Você está na página 1de 8

______________________________________________________________________________

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho

Representações Funcionais do Trabalho

Discentes:
Paulo César de Castro Hafiz

Docente:
Dr. Reginaldo Sitoe

Maputo, Maio de 2020

i
Índice

1. Introdução.................................................................................................................................3

1.1. Objectivo Geral.....................................................................................................................3

1.2. Objectivo Específicos...........................................................................................................3

2. Definição de conceitos.................................................................................................................4

2.1. Ergonomia.............................................................................................................................4

2.2. Representações.....................................................................................................................4

2.3. Representações funcionais....................................................................................................5

3. Historial.......................................................................................................................................5

4. Características das Representações Funcionais...........................................................................5

5. Aplicações Praticas das Representações Funcionais...................................................................6

6. Relação do Tema com a Disciplina de Ergonomia......................................................................6

7. Papel do Psicólogo na Identificação e Aperfeiçoamento das Representações Funcionais..........6

8. Conclusão....................................................................................................................................7

Referências bibliográficas...............................................................................................................8

ii
1. Introdução

O presente trabalho de ensaio surge no âmbito do curso de Licenciatura em Psicologia


Organizacional fornecido pela Universidade Eduardo Mondlane na disciplina de
Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho e tem como tema Representações
Funcionais do Trabalho. Este ensaio faz uma exploração do actual estado de arte quanto
ao tema em questão e visa fornecer aos futuros psicólogos organizacionais a
compreensão de como as representações funcionais guiam a acção dos colaboradores.

Com este trabalho o grupo pretende alcançar os seguintes objectivos:

1.1. Objectivo Geral


 Compreender as implicações das representações funcionais de trabalho na
ergonomia e segurança dos colaboradores.

1.2. Objectivo Específicos


 Definir os conceitos de ergonomia, representações, representações funcionais;

 Apresentar o historial evolutivo do conceito de representações funcionais;

 Descrever as características das representações funcionais;

 Identificar as aplicações práticas das representações funcionais;

 Relacionar as representações funcionais á ergonomia;

 Identificar o papel do psicólogo organizacional na identificação e


aperfeiçoamento das representações funcionais.

Para a elaboração deste ensaio, os discentes alicerçaram-se na revisão literária de artigos


científicos e livros ligados ao tema. Quanto a sua estrutura, após a introdução é
apresentada a definição de conceitos, historial da evolução do conceito de
representações funcionais, características das representações funcionais, aplicações
práticas, relação do tema coma ergonomia, o papel do psicólogo quanto as
representações funcionais, conclusão e por fim as referências bibliográficas.

1
2. Definição de conceitos

2.1. Ergonomia
Segundo Francheschi (2013) A ergonomia é uma palavra de origem grega, sendo que o
termo ERGOS refere-se a trabalho e NOMOS às leis, normas e regras. A definição desta
disciplina poderia, portanto, resumir-se simplesmente ao facto de ser a “ciência do
trabalho”.

Ainda de Acordo Francheschi (2013) O termo ergonomia foi utilizado pelo polonês
Wojciech Jastrzebowski pela primeira vez na publicação do artigo “Ensaios de
ergonomia ou ciência do trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência sobre a
natureza” em 1857. Neste caso é notável que Jastrzebowski usa o termo ergonomia no
seu sentido etimológico literal. No entanto Merino (s/d) afirma que esta definição
etimológica não especifica o objecto da disciplina e define a ergonomia como sendo
“conjunto de conhecimentos ao respeito do desempenho do homem no trabalho, com a
finalidade de aplicá-las à concepção das tarefas, dos instrumentos, das máquinas e dos
sistemas de produção”.

Em agosto de 2000, a Associação Internacional de Ergonomia – IEA adotou a definição


oficial de ergonomia, como sendo uma disciplina científica relacionada ao entendimento
das interações entre os seres humanos e diferentes elementos ou sistemas, e à aplicação
de teorias, princípios, dados e métodos a projetos com o objetivo de aperfeiçoar o bem-
estar humano e o desempenho global do sistema. (Francheschi, 2013)

2.2. Representações
Para Teiger (2013), a origem do conceito de representação remonta à filosofia grega.
Para Aristóteles “a ideia de objeto é o seu reflexo ideal”. Teiger (2013) define a
representação como o modelo interiorizado da realidade que assegura a guiagem da
ação, ou seja, uma abstração de um objecto ou fenómeno exterior ao sujeito, que é
interiorizada e serve para guiar sua interação com a realidade exterior.

Segundo Araújo (2003) por representações mentais entendem-se ideias, conceitos,


categorias, imagens internas etc.; enfim, são aqueles eventos mentais que estabelecem
uma certa concepção de “coisas” ou significados do mundo externo.

Norman (1983) citado por Castillo e Villena (2005) distingui as representações em


quatro níveis:

2
1. O objecto ou, de um modo mais geral, o sistema de referência com o seu
funcionamento;

2. A representação de um perito ou modelo conceptual, concebida para dar uma


representação apropriada na medida em que é exacta, consistente e completa.
Esta representação é fornecida por um especialista que conhece bem o sistema;

3. A representação do operador, que se constitua a partir dos seus conhecimentos e


da sua experiência, esta será diferente de operador a operador.

4. As representações do psicólogo ou modelo de um modelo, que são as


representações que são elaboradas pelo psicólogo das representações
precedentes, que não são directamente observáveis.

É importante ressaltar que muitas vezes é usado o termo de modelo mental como
sinonimo de representação mental.

2.3. Representações funcionais


De acordo com Castillo e Villena (2005) o conceito de representação funcional centra-
se no papel desempenhado pela representação nas actividades que se realizam em
situações de trabalho. A representação funcional é aquela que além de caracterizar um
objecto também assegura a planificação e orientação da acção.

Desde modo o grupo conclui que, quanto a finalidade, há dois tipos de representações,
as não funcionais, que são aquelas que apenas servem para caracterizar e simbolizar o
objecto e as representações funcionais que alem de caracterizar guiam o individuo na
interacção e uso do objecto. Em alinhamento á ideia Norman (1983) citado por Castillo
e Villena (2005) salienta a “potência preditiva dos modelos” e afirma que o objectivo de
um modelo mental consiste em permitir compreender e antecipar o comportamento de
um sistema físico.

3. Historial

4. Características das Representações Funcionais

Castelo e villela (2005) propõem que as representações funcionais apresentam


características e dentre elas destacam-se:
3
Finalização – a própria natureza da representação funcional implica ser finalizada, isto
é, orientada para a realização de um objectivo.

Seletividade – a representação funcional retém do sistema no qual se insere apenas as


propriedades pertinentes para esta actividade, e neste sentido ela é seletiva por natureza.

Deformação – a representação funcional apresenta acentuação dos pontos informativos


mais importantes em função da tarefa a realizar com o objectivo de minimizar as
possibilidade de errar.

Instabilidade do conteúdo – consoante os tipos de actividades predominantes num


dado periodo, a representação poderá modificar-se, os traços não pertinentes para uma
actividade poderão ser esquecidos e não intervirem, mesmo se forem necessários.

Ausência possivel de cientificidade – as representações funcionais visam orientar a


acção para obter certo resultado em determinadas condições e estas representações
podem ser consideradas satisfatórias quando este objectivo é atingido embora as
representações bem conseguidas podem apoiar-se em propriedades da tarefa não
pertinentes mas que conduzem ao êxito.

5. Aplicações Praticas das Representações Funcionais

6. Relação do Tema com a Disciplina de Ergonomia

7. Papel do Psicólogo na Identificação e Aperfeiçoamento das Representações


Funcionais

4
8. Conclusão

5
Referências bibliográficas

Araújo, A. (2003). O Problema Das Representações Mentais E Algumas Tentativas De


Solução. Universidade Federal de Goiás. Acesso em 01 de Maio de 2020. Disponível
em:
https://www.researchgate.net/publication/272854183_O_PROBLEMA_DAS_REPRES
ENTACOES_MENTAIS_E_ALGUMAS_TENTATIVAS_DE_SOLUCAO

Castelo, J. J e Villela, J. (2005). Ergonomia: conceitos e métodos. 1ª Edição. Lisboa:


Dinalivros;

Francheschi, A. (2013). Ergonomia. Colégio Técnico Industrial da Universidade Federal


de Santa Maria. Acesso em: 28 de Abril de 2020. Disponível em:
http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/quinta_etapa/ergonomia.pdf

Merino, E. (s/d).Fundamentos da ergonomia. Acesso em 28 e Abril de 2020. Disponível


em: https://moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?id=387304

Teiger, C. (2013). Apresentação esquemática do conceito de representação em


ergonomia. Universidade do Porto. Acesso em: 01 de Maio de 2020. Disponível em:
https://journals.openedition.org/laboreal/6314

Você também pode gostar