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PROJECTO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DO MINISTÉRIO DO INTERIOR

ACÇÃO A.1.9.15
ORGANIZAÇÃO POSTOS COMANDO
SENSAP
INCÊNDIOS FLORESTAIS

José Manuel Moura


Comandante Operacional Nacional OUTUBRO 2013
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O ÊXITO NO COMBATE AOS
INCÊNDIOS FLORESTAIS,
DEPENDE ACIMA DE TUDO DA
PREVENÇÃO, DO COMBATE
RÁPIDO E EFICAZ E DE UM
SEGURO RESCALDO

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ESTRUTURAS DE DETECÇÃO
APOIO AO COMBATE ATEMPADA

MENOR
ÁREA
ARDIDA

COMBATE
RÁPIDO E SEGURO
EFICAZ RESCALDO
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DEFINIÇÕES - INCÊNDIO FLORESTAL

Incêndio sem controlo, sem qualquer limitação de área,

com início numa zona florestal ou que atinja uma zona

florestal.

Considera-se zona florestal uma área arborizada

(povoamento) ou de incultos (matos).

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DEFINIÇÕES - INCÊNDIO FLORESTAL

Incêndio não circunscrito


Incêndio em evolução sem controlo e sem qualquer limitação de
área.
Incêndio circunscrito
Incêndio impedido de avançar e propagar-se para fora dos limites
já atingidos.
Incêndio dominado
Incêndio que atingiu uma fase em que as chamas já não afectam
os combustíveis vizinhos nos mecanismos de transmissão de calor.
(não há propagação)
Incêndio extinto
Situação onde os principais focos de incêndio estão extintos,
mantendo-se somente dentro do perímetro, pequenos focos de
combustão

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DEFINIÇÕES - INCÊNDIO FLORESTAL

Incêndio em rescaldo
Operação onde se elimina ou se isola pequenos focos de
combustão, garantindo-se que o mesmo não reacende.
Consolidação da extinção e vigilância activa após
incêndio
Depois de dados por concluídos os trabalhos de rescaldo, ficam no
local, o pessoal e material indispensável para actuar em caso de
necessidade
Reactivação
Aumento de intensidade de uma linha no perímetro de um incêndio,
durante as operações e antes de este ser considerado extinto, pelo
COS.
Reacendimento

Reactivação de um incêndio depois de este ter sido


considerado extinto. 7
DEFINIÇÕES - INCÊNDIO FLORESTAL

Fogo Controlado
O uso do fogo na gestão de espaços florestais, sob condições, normas e
procedimentos conducentes á satisfação de objectivos específicos e
quantificáveis e que é executada sob a responsabilidade de técnico
credenciado;

Fogo de Supressão
O uso do fogo no âmbito da luta contra os incêndios florestais
compreendendo o fogo táctico e o contrafogo;

Fogo Táctico
O uso do fogo no âmbito da luta contra os incêndios florestais, consistindo na
ignição de um fogo ao longo de uma zona de apoio com o objectivo de
reduzir a disponibilidade do combustível, e desta forma diminuir a
intensidade do incêndio, terminar ou corrigir a extinção de uma zona de
rescaldo de maneira a diminuir as probabilidades de reacendimentos, ou
criar uma zona de segurança para a protecção de pessoas e bens;

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DEFINIÇÕES - INCÊNDIO FLORESTAL

Contrafogo

O uso do fogo no âmbito da luta contra os incêndios florestais,


consistindo na ignição de um fogo ao longo de uma zona de apoio,
na dianteira de uma frente de incêndio de forma a provocar a
interacção das duas frentes e fogo e a alterar a sua direcção de
propagação ou a provocar a sua extinção;

Fogo Técnico

O uso do fogo que comporta as componentes de fogo controlado e


de fogo de supressão;

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DEFINIÇÕES - INCÊNDIO FLORESTAL

Livro de Campo
Livro de registo de participação em acções de fogo controlado

Planeamento fogo controlado


Planeamento de acções com recurso á técnica de fogo controlado ….
•i)O Plano de fogo controlado;
•ii)E o plano operacional de queima;

Técnico credenciado em fogo de supressão


Técnico habilitado a avaliar a oportunidade de utilização desta técnica,….

Técnico credenciado em fogo controlado


Técnico habilitado a planear o fogo controlado, a preparar, a executar ou a
dirigir a execução da operação…..

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0
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE APOIO AO COMBATE

O TRABALHO DOS
SERVIÇOS MUNICIPAIS

• ABERTURA E LIMPEZA DE CAMINHOS


• PONTOS DE ÁGUA
• CRIAÇÃO DE ACEIROS E ARRIFES
• SENSIBILIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
• VIGILÂNCIA
• APOIO AO COMBATE
• OUTRAS
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GRUPOS TREINADOS
PREPARADOS PARA
ACTUAR

FARDADOS E EQUIPADOS
PARA O COMBATE

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Meios de combate a incêndios florestais

Agulheta para combate a I.F. Extintor dorsal

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Meios de combate a incêndios florestais

Equipamentos capazes de
garantirem uma imediata
intervenção

Veículos
Bombas
Ferramentas manuais
Ferramentas mecânicas

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Meios Aéreos

Aviões
Helicopteros

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Equipamentos pesados
( Apoio )

Auto-tanques
Bulldozers

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Planeamento

Organização

Coordenação

Controlo

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PLANEAMENTO
ORGANIZAÇÃO

CONTROLO
COORDENAÇÃO

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É importante conhecer o comportamento do fogo,

e os factores que contribuem para o seu

desenvolvimento e propagação:

OS COMBUSTÍVEIS
AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS
O RELEVO DO TERRENO

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TRIÂNGULO DO
INCÊNDIO FLORESTAL
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O COMBUSTÍVEL

UM DOS FACTORES DE MAIOR IMPORTÂNCIA NO


DESENVOLVIMENTO DO FOGO FLORESTAL
A QUANTIDADE O TIPO DE COMBUSTÍVEL

DETERMINAM
A CARGA TÉRMICA EXISTENTE

ENERGIA CAPACIDADE DE PROGRESSÃO


LIBERTADA
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OS COMBUSTÍVEIS VEGETAIS

• Combustíveis Vivos
-Todos os combustíveis em normal crescimento
(humidade elevada) FINOS, MÉDIOS E GROSSOS

• Combustíveis Mortos
- Caruma dos pinheiros, ervas secas, ramos, troncos e folhas secas
(baixo teor de humidade que varia com a humidade do ar)

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CLASSIFICAÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS, QUANTO Á SUA FORMA:

COMBUSTÍVEIS MORTOS: ramos


caídos, folhas secas (manta morta).
O teor de água é muito baixo e, além disso varia com a humidade do ar
ARBÓREO
COMBUSTÍVEIS VIVOS: finos,
regulares, médios e grossos (ervas,
A quantidade de água é elevada e não
ARBUSTIVO
mato).
baixa para além de certo limite.

HERBÁCEO
FINOS REGULARES MÉDIOS GROSSOS
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CLASSIFICAÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS QUANTO
À SUA DISPOSIÇÃO NO ESPAÇO:

CONTINUIDADE HORIZONTAL SEPARAÇÃO HORIZONTAL

CONTINUIDADE VERTICAL SEPARAÇÃO VERTICAL

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OS COMBUSTÍVEIS VEGETAIS

Principais características dos combustíveis:

• Carga

• Tamanho

• Continuidade

• Teor de humidade

• Percentagem de C.F.M.
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OS COMBUSTÍVEIS VEGETAIS
Combustíveis finos mortos:
( c.f.m.)

- Responsáveis pela facilidade


de ignição e pela velocidade
de propagação da frente de
um incêndio florestal
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AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS
Aspectos meteorológicos importantes no desenvolvimento
dos incêndios:

• Temperatura
• Humidade
• Vento ( Velocidade e Rumo)

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AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

TEMPERATURA – PROVOCA O PRÉ-AQUECIMENTO DOS


COMBUSTÍVEIS ATRAVÉS DA RADIAÇÃO SOLAR.
A TEMPERATURA DO SOLO AFECTA O MOVIMENTO DAS
CORRENTES DO AR.

AFECTA TAMBÉM OS BOMBEIROS EM COMBATE.


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CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

VENTO – É O FACTOR QUE MAIS AFECTA A


PROPAGAÇÃO DOS INCÊNDIOS.
CARACTERIZA-SE PELA SUA VELOCIDADE E
DIRECÇÃO.

•PODEM VARIAR RÁPIDAMENTE O QUE TORNA


ESTE FACTOR O MAIS DIFÍCIL DE DETERMINAR
OU PREVER.

•SÃO TAMBÉM CLASSIFICADOS COMO GERAIS E


LOCAIS, DEVIDO ESTE ÚLTIMO ÀS CONDIÇÕES
TOPOGRÁFICAS
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CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

O VENTO FAVORECE A PROGRESSÃO DAS CHAMAS

-ALIMENTA A COMBUSTÃO
COM AR FRESCO
- INCLINA AS CHAMAS
AUMENTANDO A ÁREA DE
RADIAÇÃO
-PRÉ-AQUECE O COMBUSTÍVEL
- PROJECTA MATERIAIS
INCANDESCENTES Á DISTÂNCIA
-POSSIBILITA A PASSAGEM DO
FOGO ÁS COPAS.
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AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS
A importância dos ventos na propagação dos incêndios

PROPAGAÇÃO EM FUNÇÃO DO VENTO

COM VENTO

SEM VENTO

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O RELEVO DO TERRENO
Aspectos topográficos importantes no
desenvolvimento dos incêndios:

• ALTITUDE

• RELEVO

• EXPOSIÇÃO

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A TOPOGRAFIA
OUTRO FACTOR INFLUENTE NO COMPORTAMENTO
DO INCÊNDIO FLORESTAL, O MAIS CONSTANTE, E
QUE PERMITE PREVER O SEU COMPORTAMENTO

A TOPOGRAFIA CONDICIONA OS OUTROS DOIS FACTORES:

O COMBUSTÍVEL E AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS.

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TOPOGRAFIA
O DECLIVE
DÁ TAMBÉM ORIGEM ÀS CHAMADAS BRISAS DE MONTANHA, QUE
SE FORMAM DEVIDO AO DESIGUAL AQUECIMENTO OU
ARREFECIMENTO DO AR JUNTO AO SOLO E DAS CAMADAS
SUPERIORES DA ATMOSFERA.

FORMAM-SE ASSIM AS BRISAS “DIURNAS” E “NOCTURNAS”,


ENCOSTA ACIMA OU ENCOSTA ABAIXO, QUE EM SITUAÇÕES DE
VENTO FRACO OU NULO, PODEM AFECTAR A PROPAGAÇÃO DO
INCÊNDIO OU FAVORECER O SEU ATAQUE.

ESTAS BRISAS MUDAM, NORMALMENTE, APÓS O NASCER OU PÔR


DO SOL.

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TOPOGRAFIA

EFEITO DO RELEVO NA PROGRESSÃO DAS CHAMAS


FOGO A SUBIR FOGO A DESCER
-MAIS FORTE -MAIS REDUZIDO
-MAIS RÁPIDO -MAIS LENTO

QUANTO MAIOR O DECLIVE


MAIOR O COMPRIMENTO DAS CHAMAS 35
Incêndio a subir a encosta
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“Efeito de Chaminé”

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PROPAGAÇÃO DOS INCÊNDIOS
PROPAGAÇÃO EM COROA
TODO O PERÍMETRO DO
FOGO ESTÁ ACTIVO

PROPAGAÇÃO EM
4 FRENTES
O PERÍMETRO DO FOGO
PROPAGAÇÃO RAMIFICADA ESTÁ ACTIVO EM 4 LOCAIS
O PERÍMETRO DO FOGO ESTÁ NÃO LIGADOS ENTRE SI
ACTIVO PROPAGANDO-SE
RÁPIDAMENTE EM MÚLTIPLAS
DIRECÇÕES LIGADAS ENTRE SI
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PROGRESSÃO DO INCÊNDIO

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O FOGO E AS HORAS DO DIA

O INCÊNDIO AUMENTA O INCÊNDIO TEM CONDIÇÕES


AO AMANHECER FAVORÁVEIS PARA PROGREDIR

O INCÊNDIO É
O INCÊNDIO VAI
MAIS FÁCIL DE
DIMINUINDO
DOMINAR
ATÉ À MADRUGADA
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Propagação dos incêndios florestais:

CONVECÇÃO

RADIAÇÃO
RADIAÇÃO

NOVO FOCO
POR PROJECÇÃO

- DESLOCAÇÃO DE MATÉRIA INFLAMADA

Principais formas de transmissão de energia e da combustão


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Classificação dos Incêndios Florestais
 Incêndios de Superfície
São caracterizados pela queima de material de superfície, tal como os arbustos,
galhos, vegetação morta e rasteira, parte superior da manta morta.
 Incêndios de Copa
Estes tipos de incêndios causam danos apenas na vegetação rasteira.

Tipo de incêndios que se desenvolvem na superfície atingindo a vegetação mais


Incêndios Subterrâneos
 alta e as copas das arvores, onde à grande circulação de vento o que
proporciona uma rápida propagação das chamas.

Propagam-se debaixo da superfície terrestre,


Fonte: Manual queimam
de formação a camada de húmus,
iniciallenta
raízes e matérias finas, são de combustão do bombeiro
e contínua, normalmente sem
chama pela ausência de oxigénio
Fonte: Manual de formação inicial do
bombeiro

Fonte: Manual de formação


inicial do bombeiro 42
Propagação da Combustão
 Radiação

É o processo de dissipação de calor através da radiação infra-


Condução
 de um corpo a outro através do espaço, sem suporte
vermelha
material. O calor irradiado não é absorvido pelo ar, ele
desloca-se no espaço até encontrar um corpo aquecendo-o.
Transmissão
Podemos dar de calor
como de um corpo
exemplo disso apara outro havendo
radiação solar quecontacto
se
directo. Quanto
desloca nomelhor
espaçofor o encontrar
até condutor mais rápida é essa
a terra.
 Convecção transmissão.
Fonte: Manual de
formação inicial do
bombeiro
É a transmissão de calor através de correntes ascendentes
dos gases e descendentes do ar circundante mais frio,
originando a circulação do ar aquecido para outros pontos.
Deslocamento de Corpos Inflamados
 dizer que o ar quente ao subir por ser mais leve vai
Pode-se
Transmissão do fogo pela queda ou projecção de material
empurrar o ar frio para baixo formando correntes de circulação
incandescente. Exemplo; fagulhas levadas pelo vento,
pelas diferenças de temperatura.
queda de árvores, etc.

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Fonte:
Fonte:
Manual
Manual
de formação
de formação
inicial
inicial
do bombeiro
do bombeiro
Princípio da combustão

calor comburente

combustível comburente Reacção


em
cadeia
combustível

calor

Triângulo de Fogo Tetraedro de Fogo

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Fogo: combustão controlada

Incêndio: Combustão
sem controle no espaço e
no tempo

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Formas de extinção de incêndios florestais:

calor comburente

Reacção
• Arrefecimento em
• Asfixia cadeia
• Inibição do combustível combustível

• Rotura da reacção em cadeia

Tetraedro de Fogo

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Agentes extintores utilizados no combate
a incêndios florestais:

Água

Aditivos espumíferos
( Retardantes curta duração )

Aditivos retardantes
( Curta e longa duração )

Pó químico seco

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Meios de combate a incêndios florestais

Ferramentas manuais de combate:


• Pá
• Enxada
• Enxadão
• Enxada-ancinho
• Machado
• Foição
• Roçadoura
• Batedor / abafador

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Ferramentas mecânicas de combate:

Motosserra Motorroçadoura

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Fases do combate ao incêndio florestal:
(marcha geral das operações)

Reconhecimento/Avaliação

Salvamentos

Estabelecimento dos meios


circunscrito
Ataque dominado
extinto
Rescaldo

Vigilância Activa
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Duas acções decisivas para conter o avanço
do incêndio florestal:
•Impedir a progressão livre da cabeça do incêndio
•Atacar os flancos para reduzir a cabeça

Regras gerais para o sucesso no combate:

• Actuação rápida e firme sempre com segurança


• Evitar que o incêndio se parta em várias frentes
• Compreender o comportamento do incêndio

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ESTRATÉGIAS de ataque aos incêndios florestais:

• Ataque directo –
Combate directo sobre as chamas • Ataque indirecto –
Criando barreiras á progressão do incêndio

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MÉTODOS DE ATAQUE

NUM INCÊNDIO DE PEQUENAS


PROPORÇÕES E NOS FLANCOS DE
UM GRANDE INCÊNDIO, UTILIZA-SE O
ATAQUE DIRECTO.

PARA DETER O AVANÇO DE UM GRANDE


INCÊNDIO, EM PARTICULAR DE UMA
FRENTE PRINCIPAL, EMPREGA-SE O
ATAQUE INDIRECTO.

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MÉTODO DE ATAQUE DIRECTO
VANTAGENS DA SUA UTILIZAÇÃO
- LIMITA A PROPAGAÇÃO DO INCÊNDIO, DEVIDO À
EXTINÇÃO DIRECTA E IMEDIATA
- EXISTE UM MENOR RISCO DE FOGOS INESPERADOS, AO
CONTRÁRIO DA UTILIZAÇÃO DE CONTRA-FOGO
DESVANTAGENS
- MUITO CALOR E FUMO QUE DIFICULTAM O TRABALHO
- A LINHA DE CONTENÇÃO PODE SER IRREGULAR,
LONGA E FATIGANTE
- MAIOR PERIGO DE REACENDIMENTOS
- NECESSÁRIO MAIOR RESCALDO E VIGILÂNCIA
- MAIS PERIGOSO PARA OS COMBATENTES 54
COMBATE DIRECTO

HELICOPTERO E AVIÃO EM ATAQUE DIRECTO

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MÉTODO DE ATAQUE INDIRECTO
VANTAGENS
-OS BOMBEIROS TRABALHAM AFASTADOS DO FOGO,
MENOS EXPOSTOS ÀS CHAMAS E AO FUMO
-MAISO TEMPO PARA ORGANIZAR O COMBATE
MENOS POSSIBILIDADE DE REACENDIMENTOS
DESVANTAGENS

-A INCORRECTA APLICAÇÃO PODE AUMENTAR


DECISIVAMENTE O INCÊNDIO
-EXIGE UMA ESTIMATIVA MUITO PRECISA DA
PROGRESSÃO DO INCÊNDIO
-SACRIFICA POR VEZES FLORESTA VALIOSA
-OBRIGA A UMA MAIOR VIGILÂNCIA
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MÉTODO DE ATAQUE INDIRECTO

O ATAQUE INDIRECTO PRESSUPÕE, EM GERAL, TRÊS FASES:

ESTABELECER UMA CONTRA


AVALIAR LINHA DE
A SITUAÇÃO CONTENÇÃO
FOGO…!..

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COMBATE INDIRECTO

FAIXA DE CONTENÇÃO CONTRA-FOGO A PARTIR DE


FAIXA DE CONTENÇÃO

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Condições para maior eficácia
no combate com meios aéreos:

•Ventos fracos

•Relevo pouco acentuado

•Curta distância ao local de


reabastecimento
•Combustível rasteiro

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Limitações dos meios aéreos no combate:

• Vales estreitos
• Ventos acima dos 40 Km
• Turbulência
• Efeito do sol na visão piloto
• Fumo denso
• Aproximar da noite
• Floresta alta e densa
Descarga de avião

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Condições necessárias para
executar um contra-fogo:

· A decisão e responsabilidade do contra-fogo


é sempre do comandante de operações no
local, COS;

· Todo o pessoal tem de estar ao corrente da


decisão tomada;

· Entre o incêndio e a faixa de contenção não


podem estar pessoas;
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· Reunir toda a equipa que vai montar o contra-fogo
no local que se decidiu como de início;

· Colocar vigias que detectem e abafem, de imediato,


qualquer foco secundário, que
nestas situações ocorrem com frequência;

· Não adiantar a linha de fogo mais do aquilo que a equipa


pode vigiar e deixar segura depois do rescaldo;
Ter sempre a certeza onde vai ligar a faixa com a
área queimada.

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FASE DE RESCALDO
A fase de rescaldo é parte integrante das operações de
combate ao incêndio florestal, e da máxima importância:

1. Construção de uma faixa de segurança


2. Encharcamento da faixa
3. Eliminação de focos em actividade

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O rescaldo é a consolidação
da extinção !

Após o rescaldo garanta


vigilância no local do incêndio,
evite surpresas !
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Preservação de vestígios
Procedimentos ao encontrar um vestígio
possível causa do incêndio:
 Sinalizar o vestígio

 Isolar o local

 Alertar as autoridades

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Consequências Dos Incêndios

 Consequências Positivas

 Destruição de animais nocivos à


agricultura;
 Eliminação de insectos ou pragas;

 Limpeza de terrenos quando devidamente


controlados;
 Regeneração de espécies florestais
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Consequências Dos Incêndios

 Consequências Negativas
 Danos no solo provocando a desagregação e

a consequente erosão do solo;


 Destruição da fauna, atingindo animais em

vias de extinção e outros;


 Grandes perdas económicas nomeadamente
a destruição de casas, e perda de valor do
material lenhoso;
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Consequências Dos Incêndios

 Destruição da matéria orgânica que é uma


fonte de fertilidade do solo;
 Redução de lençóis freáticos, pois o

coberto vegetal ajuda na fixação e


infiltração da água nos solos, por vezes
em épocas de chuvas a água não se fixa
escoando e provocando cheias e
inundações;
 Poluição através da libertação de CO2. 68
CONSIDERAÇÕES

 A principal causa do incêndios é de origem


humana.
 A partir de 2003 começou-se a tomar
consciência do grave problema que são os
incêndios. Começou a haver mais investimento
nesta área, mais planeamento, elaboração de
estudos, investigação, elaboração do plano
nacional de defesa para a floresta e
organização do sistema nacional de defesa da
floresta contra os incêndios.

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CONSIDERAÇÕES

 Deve haver uma maior preocupação com o


ordenamento do território principalmente nas
zonas rurais.
 Com as alterações climáticas, que originam
tempo seco em qualquer altura do ano, como
foi o ano de 2007, deve haver uma maior
preparação para evitar os incêndios, esta deve
ser feita num patamar mais elevado, ou seja
tem que se prever o que era até agora
imprevisível.

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