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Curso de Técnicos Autores

de Projetos e Planos de
Segurança contra Incêndio
em Edifícios de
2.º, 3.º e 4.º categorias de
risco
2023

Mod.DFRH.110/04
Formador: Jorge Pereira

MÓDULO: REGIME JURÍDICO DE SCIE

Mod.DFRH.110/04
Síntese da apresentação:

❑ Antecedentes à Regulamentação;

❑ Evolução da Legislação de Segurança Contra Incêndio em Edifícios;

❑ RJ-SCIE – Lei n.º 123/2019, de 18 de out. que procede à 3.ª alteração e


republicação do Dec-Lei n.º 220/2008, 12 novembro;

❑ Legislação Complementar.

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Regulamentação de SCIE
Antecedentes
…Década de 60:

➢ Incêndio no Teatro
D. Maria II, 2 de
dezembro 1964;

➢ Incêndio no
Teatro Avenida,
13 de dezembro
1967;

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Regulamentação de SCIE
Antecedentes
➢ Inicio de trabalhos relativos à reformulação da SCIE (final dos anos 60);

➢ LNEC equipado com laboratório de ensaios de reação ao fogo (década de


70);

➢ Criação no Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes da


Subcomissão de Regulamentos de Segurança Contra Incêndio em Edifícios
(década de 70).

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Regulamentação de SCIE
Antecedentes

Incêndio do Chiado
25 de agosto 1988.

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Regulamentação de SCIE
Antecedentes
Entre 1989 e 2008
Tipos de edifícios abrangidos:

✓ Centros urbanos antigos (DL 426/89)


✓ Habitacionais (DL 64/90)
✓ Espetáculos e divertimentos públicos (DR 34/95)
✓ Estacionamentos cobertos (DL 66/95)
✓ Empreendimentos turísticos e restauração (P 1063/97)
✓ Administrativos (DL 410/98; P 1276/02; RCM 31/89)
✓ Escolares (DL 414/98; P 1244/02)
✓ Hospitalares (DL 409/98; P 1275/02)
✓ Comerciais (DL 368/99; P 1299/2001)

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Regulamentação de SCIE
Antecedentes
Principais questões:

➢ Legislação sobre SCIE dispersa;

➢ Heterogénea;

➢ Incompleta;

➢ Parcialmente incoerente;

➢ De interpretação difícil/problemática;

➢ Repetitiva /Volumosa /de manuseamento complicado;

➢ Edifícios sem regulamentação específica de SCIE.


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Regulamentação de SCIE

❑ Antecedentes:

➢ RGEU (Capítulo III do Título V) - 1951; (20 artigos)


➢ Posturas municipais; 1974 a 1979;
➢ Regulamentação diversa por tipo de ocupação – 1979 a 2008.

❑ Estado atual:

➢ Regime Jurídico (RJ-SCIE) + Regulamento Técnico (RT-SCIE).

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Regulamentação Geral
Vantagens
➢ Toda a regulamentação num só diploma;
➢ Menos volumoso que a regulamentação anterior (eliminam-se as repetições
nela existentes);
➢ De manuseamento mais fácil;
➢ Homogéneo e coerente;
➢ Cobrindo, praticamente, a totalidade dos edifícios (só não se aplica a casos
especiais, justificando regime próprio).

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Regulamentação Geral
Principais inovações
➢ Aplicação geral – 12 Utilizações-Tipo
➢ Classificação das UT por 4 categorias de risco
➢ Classificação dos locais de risco
➢ Edifícios de Utilização exclusiva e mista
➢ Medidas de Autoproteção – (para todos os edifícios)
➢ Adaptação ao RJUE (DL 555/99, Lei 60/2007 e Lei 26/2010)
✓ Pareceres e vistorias não obrigatórios
✓ Responsabilização dos intervenientes
✓ Inspeções
➢ Ficha de Segurança para a 1ª categoria de risco

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Atual Quadro Regulamentar
REGIME JURÍDICO
Decreto-Lei nº 220/2008, de 12 de novembro – Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RJ-SCIE),
com as alterações introduzidas pela Lei nº 123/2019, de 18 de outubro (3.ª alteração)*. * (Verificando-se a existência de
erros de impressão, deve ser considerado o texto de alteração e não de publicação);
Decreto-Lei n.º 9/2021, de 29 de janeiro – 4.ª alteração ao Dec-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro - Aprova o Regime
Jurídico das Contraordenações Económicas
REGULAMENTO TÉCNICO
Portaria nº 1532/2008, de 29 de dezembro – Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios (RT-
SCIE), alterada e republicada pela Portaria n.º 135/2020, de 2 de junho.
Declaração de Retificação n.º26/2020, de 27 de julho – Retifica a Portaria n.º 135/2020, de 2 de junho. (Correção de
alguns artigos)
CARGA DE INCÊNDIO MODIFICADA
Despacho nº 2074/2009, de 15 de janeiro – Critérios técnicos para determinação da densidade de carga de incêndio
modificada, alterado e republicado pelo Despacho nº 8954/2020, de 18 de setembro.

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Atual Quadro Regulamentar
CREDENCIAÇÃO DE TÉCNICOS MUNICIPAIS PARA A 2.ª, 3.ª E 4.ª CATEGORIA DE RISCO E BOMBEIROS
Portaria n.º 64/2009, de 22 de janeiro - Estabelece o regime de credenciação de entidades para a emissão de
pareceres e para a realização de vistorias e de inspeções das condições de SCIE, alterada pela Portaria n.º 148/2020,
de 19 de junho.
CREDENCIAÇÃO DE TÉCNICOS MUNICIPAIS PARA 1ª CATEGORIA DE RISCO

Portaria n.º 32/2021, de 10 de fevereiro - Regulamentação do processo de credenciação de técnicos municipais


responsáveis pela apreciação de projetos e medidas de autoproteção e pela realização de vistorias e inspeções das
condições de segurança contra incêndio em edifícios de edifícios e recintos classificados na 1.ª categoria de risco.
REGISTO DE ENTIDADES
Portaria n.º 773/2009, de 21 de julho - Procedimento de registo, na ANEPC, das entidades que exerçam a atividade de
comercialização, instalação e ou manutenção de produtos e equipamentos de SCIE, alterada pela Portaria n.º
208/2020, de 01 de setembro.
Despacho n.º 11832/2021, de 30 de novembro - Regulamento para acreditação dos técnicos responsáveis pela
comercialização, instalação e manutenção de produtos e equipamentos de SCIE​. Em vigor a partir de 07/04/2022.
Despacho n.º 10738/2011, de 30 de agosto - Regulamento para acreditação dos técnicos responsáveis pela
comercialização, instalação e manutenção de produtos e equipamentos de SCIE​. Em vigor

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Atual Quadro Regulamentar
TAXAS

Portaria n.º 1054/2009, de 16 de setembro - Taxas a cobrar pelos serviços de SCIE prestados pela ANEPC Com
atualização anual.

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Alterações ao RJ-SCIE
2008
É Publicado o RJ-SCIE - Decreto-Lei nº 220/2008, 12 de novembro

2015
1.ª alteração - Decreto-Lei nº 224/2015, 9 de outubro

2018
É revogado o artigo 16.º - Acórdão n.º 319/2018, 10 de julho

2019
É alterado o artigo 14-A.º (2.ª alteração) - Dec-Lei n.º 95/2019, 18 de julho (Regime aplicável à
reabilitação de edifícios ou frações autónomas)

2019
3.ª alteração - Lei n.º 123/2019, de 18 de outubro

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Alterações ao RJ-SCIE
Alterações: Com a
Publicação
- Clarificação de alguns conceitos e a ajustamentos técnicos pontuais; da
Lei 123/2019

- Artigos: 2º, 3º, 5º, 9º, 10º, 11º, 12º, 14º, 14-Aº, 17º, 18º, 19º, 21º, 22º, 24º, 25º, 26º, 27º, 28º,
29º, 32º, e 34º (22 artigos) e Anexos: II e III, passam a ter nova redação.

Artigo 5.º (Competências)

A ANEPC é a entidade competente para assegurar o cumprimento do RJ-SCIE, com exceção


dos edifícios e recintos que são classificados na 1.ª categoria de risco, cuja competência é dos
municípios;

É aditado o Artigo 15º-A responsabilidade por Projetos de SCIE e MAP


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RJ-SCIE

Motivo das alterações ao RJ-SCIE:

O Artigo 35º do DL 220/2008, determinava a criação de uma Comissão de


Acompanhamento, presidida pela ANPC e constituída por peritos
representantes do IMPIC, LNEC, ANMP, OA, OE, OET, APS e de cada um dos
Governos das Regiões Autónomas.

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Motivo das alterações ao RJ-SCIE
Necessidade de proceder a alguns ajustamentos, identificados pela ANPC e
pela CA, designadamente:

➢ Clarificação de alguns aspetos do articulado;


➢ Correção de erros ou gralhas;
➢ Harmonização de requisitos técnicos.

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RJ-SCIE - Estrutura do Diploma
Capítulos:
I – Disposições gerais
II – Caracterização dos edifícios e recintos
III – Condições de SCIE
IV – Processo contraordenacional
V – Disposições transitórias
Anexo I – Classes de reação ao fogo para produtos de construção
Anexo II – Classes de resistência ao fogo padrão p/ produtos de construção
Anexo III – Categorias de Risco das Utilizações-Tipo
Anexo IV – Elementos do projeto da especialidade de SCIE
Anexo V – Fichas de segurança

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Regime Jurídico de
Segurança Contra Incêndio
em Edifícios

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Objeto
RJ-SCIE
Artigo 1.º

➢ Estabelece o Regime Jurídico da segurança contra incêndio em edifícios,


abreviadamente RJ-SCIE.

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Definições

Mod.DFRH.110/04
Definições
RJ-SCIE
Artigo 2.º

• Altura da utilização-tipo
• Área bruta e área útil de um piso ou fração
• Carga de incêndio e carga de incêndio modificada
• Categorias de risco
• Densidade de Carga de incêndio e a Densidade de carga de incêndio
modificada
• Edifício
• Edifícios Independentes
• Efetivo

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Definições
RJ-SCIE
Artigo 2.º

• Efetivo de público
• Espaços
• Imóveis classificados
• Inspeção
• Local de risco
• Plano de referência
• Recintos
• Uso dominante de uma utilização-tipo
• Utilização-tipo

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Âmbito de aplicação

Mod.DFRH.110/04
Âmbito
RJ-SCIE
Artigo 3.º

Sujeitos ao regime de SCIE:

➢ Edifícios ou suas frações autónomas, qualquer que seja a sua utilização;

➢ Edifícios de apoio a instalações de armazenamento de produtos de petróleo


e a instalação de postos de abastecimento de combustíveis;

➢ Recintos permanentes;

➢ Recintos provisórios ou itinerantes;

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Mod.DFRH.110/04
Âmbito
RJ-SCIE
Artigo 3.º

➢ Edifícios de apoio a instalações de armazenamento e tratamento industrial


de petróleos brutos, seus derivados e resíduos (Decreto nº 36270 de 9 de
maio de 1947);
➢ Edifícios de apoio a instalações de receção, armazenamento e
regaseificação de gás natural liquefeito (GNL);

➢ Edifícios de apoio a instalações afetas à indústria de pirotecnia e à indústria


extrativa;

➢ Edifícios de apoio a instalações dos estabelecimentos que transformem ou


armazenem substâncias e produtos explosivos ou radioativos.
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Mod.DFRH.110/04
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Mod.DFRH.110/04
Âmbito
RJ-SCIE
Artigo 3.º

Não sujeitos ao regime de SCIE:


➢ Estabelecimentos prisionais;
➢ Espaços de acesso restrito das instalações das forças armadas ou de
segurança;
➢ Paióis de munições ou de explosivos e as carreiras de tiro.

Cabe às entidades responsáveis adotar as medidas de segurança mais


adequadas a cada caso, ouvida a ANEPC se entendido por conveniente.

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Âmbito
RJ-SCIE
Artigo 3.º

Apenas sujeitas ao regime de SCIE em matéria de acessibilidade dos meios de


socorro e disponibilidade de água para combate a incêndio:

➢ Edifícios e recintos fora do âmbito de aplicação deste RJ-SCIE cuja


legislação específica não contemple aquelas matérias.

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Mod.DFRH.110/04
Âmbito
RJ-SCIE
Artigo 3.º

Exceptuam-se ainda:
➢ Espaços interiores de cada habitação.

➢ Nos Imóveis classificados, quando o


cumprimento das normas for lesivo dos
mesmos ou de concretização
desproporcionada, são adotadas medidas de
autoproteção adequadas, após parecer da
ANEPC.

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Princípios gerais
RJ-SCIE
Artigo 4.º

Baseia-se na preservação da vida humana, do ambiente e do património


cultural, visando:
• Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios;
• Limitar o desenvolvimento dos incêndios;
• Facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes;
• Permitir a intervenção eficaz e segura dos meios de socorro

A resposta aos referidos princípios é estruturada com base na definição das


UT, LR e CR que orientam as diferentes disposições de segurança.

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Mod.DFRH.110/04
Competências

Mod.DFRH.110/04
Competências
RJ-SCIE
Artigo 5.º
Com a
Publicação
da

➢ A ANEPC: Lei 123/2019

• Assegura o cumprimento do RJ-SCIE, com exceção dos edifícios e


recintos da 1.ª CR cuja competência é dos municípios; (Novo)
• Credencia entidades para a emissão de pareceres realização de vistorias
e inspeções das condições de SCIE.

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Responsabilidades em
Edifícios ou Recintos

Mod.DFRH.110/04
Responsabilidades em
Edifícios e Recintos
RJ-SCIE
Artigo 6.º

Em fase de projeto e construção:

➢ Autores e coordenadores de projectos de operações urbanísticas


(intervenções acessórias ou complementares, no decurso da obra);

➢ Empresa responsável pela execução da obra;

➢ Diretor de obra e Director de Fiscalização.

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Mod.DFRH.110/04
Responsabilidades em
Edifícios e Recintos
RJ-SCIE
Artigo 6.º

Subscrição de Termos de Responsabilidade:

Autor do projeto – Com referência ao cumprimento das disposições de SCIE na


elaboração do projeto;

Coordenador do projeto – Compatibilidade dos demais projetos de


especialidade com o projeto de SCIE;

Diretor de obra e Diretor de fiscalização da obra – a execução da mesma em


conformidade com o projeto de SCIE.
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Mod.DFRH.110/04
Responsabilidades em
Edifícios e Recintos
RJ-SCIE
Artigo 6.º

Manutenção das condições de SCI e implementação das MAP


durante todo o ciclo de vida dos edifícios:

Utilização-Tipo I (Habitacionais):
Da responsabilidade dos respetivos proprietários, com exceção das partes
comuns em propriedade horizontal que são da responsabilidade do
condomínio.

Restantes Utilizações-Tipo:
• Do proprietário, no caso de estar na sua posse;
• De quem detiver a exploração;
• Das entidades gestoras dos espaços comuns.
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Responsabilidades pelas
Condições Exteriores
RJ-SCIE
Artigo 7.º

Manutenção das condições exteriores de SCIE em domínio privado:

• Rede de hidrantes exteriores;


• Acesso das viaturas de socorro.

➢ Do proprietário, no caso de estar na sua posse;


➢ De quem detiver a exploração;
➢ Das entidades gestoras dos espaços comuns.
➢ Sem prejuízo da responsabilidade das entidades públicas

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Mod.DFRH.110/04
Caraterização dos Edifícios e Recintos

Mod.DFRH.110/04
Utilizações-Tipo de Edifícios e Recintos
RJ-SCIE
Artigo 8.º

Aos edifícios e recintos correspondem as seguintes utilizações:


Tipo I – Habitação
Tipo II – Estacionamentos (cobertos e ao ar livre (recintos delimitado) c/A≥ 200m2)
Tipo III – Administrativos
Tipo IV – Escolares
Tipo V – Hospitalares e Lares de Idosos
Tipo VI – Espetáculos e Reuniões Públicas
Tipo VII – Hoteleiros e Restauração
Tipo VIII – Comerciais e Gares de Transporte
Tipo IX – Desportivos e Lazer
Tipo X – Museus e Galerias De Arte
Tipo XI – Bibliotecas e Arquivos
Tipo XII – Industriais, Oficinas e Armazéns

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Mod.DFRH.110/04
Classificação dos Locais de Risco
RJ-SCIE
Artigo 10.º

Todos os locais dos edifícios e recintos são classificados de acordo com a


natureza do risco.

Exceção:
E E E
• Espaços interiores de cada fogo;

• Vias horizontais e verticais de evacuação;


A A A E E
• Espaços ao ar livre.

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Mod.DFRH.110/04
Classificação dos Locais de Risco
RJ-SCIE
Artigo 10.º

➢ Locais de risco: A, B, C, D, E e F

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Mod.DFRH.110/04
Caracterização dos Edifícios e Recintos

(A apresentar em módulo próprio)

Artigo 8º (Utilizações-Tipo)

Artigo 9º (Produtos de construção)

Artigo 10º (Classificação dos locais de risco)

Artigo11º (Restrições do uso em locais de risco)

Artigo 12º (Categorias e factores de risco)

Artigo 13º (Classificação do risco)


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Mod.DFRH.110/04
Perigosidade Atípica
RJ-SCIE
Artigo 14.º
Edifícios e Recintos novos:
➢ Quando as disposições do RT-SCIE sejam desadequadas às características
dos edifícios (grandes dimensões em altimetria/ou planimetria ou às suas
características de funcionamento, ou de exploração ou construtivas).
Ficam sujeitos a soluções de SCIE que cumulativamente:

✓ Sejam devidamente fundamentadas pelo autor do projeto com base em


métodos de análise de risco reconhecidos pela ANEPC ou em métodos de
ensaio ou modelos de cálculo ou com base em novas tecnologias cujo
desempenho em SCIE seja devidamente justificado, no âmbito das
disposições construtivas ou dos sist. e equip. de segurança
✓ Sejam explicitamente referidas como não conformes no TR do autor do
projeto;
✓ Sejam aprovadas pela ANEPC ou pelos municípios quanto à 1.ª CR.
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Mod.DFRH.110/04
Edifícios e Recintos Existentes
RJ-SCIE
Artigo 14.º- A

➢ Estão sujeitos ao disposto no presente DL, nos termos do RJUE, as


operações urbanísticas referentes a edifícios, suas frações e recintos
existentes, construídos ao abrigo do direito anterior;

➢ Pode ser dispensada a aplicação de algumas disposições do RT-SCIE,


quando a sua aplicação for desproporcionada, ao abrigo dos princípios
previstos no Dec-Lei 95/2019, 18 de julho (Regime aplicável à reabilitação
de edifícios ou frações autónomas), mediante decisão da ANEPC, ou órgãos
executivos dos municípios, quanto à 1.ª CR.

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Mod.DFRH.110/04
Edifícios e Recintos Existentes
RJ-SCIE
Artigo 14.º- A

Nos casos previstos no número anterior, o projetista determina:


➢ Medidas de segurança contra incêndio a implementar no edifício, com
fundamentação adequada na memória descritiva do projeto de SCIE,
recorrendo a métodos de análise de risco, reconhecidos pela ANEPC ou por
método a publicar pelo LNEC;

Compete à ANEPC definir e publicar os métodos que venham a ser


reconhecidos.

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Mod.DFRH.110/04
Método reconhecido pela
ANEPC

Avaliação do Risco de Incêndio por


Aplicação do Método GRETENER

Aplicável à perigosidade atípica


artigo 14.º

48
Mod.DFRH.110/04
Método reconhecido pela
ANEPC

Aplicável aos edifícios existentes


artigo 14.º - A

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Mod.DFRH.110/04
Condições Técnicas de Segurança

Mod.DFRH.110/04
Condições Técnicas de SCIE
RJ-SCIE
Artigo 15.º

Constam no RT-SCIE:

➢ Condições exteriores comuns;

➢ Condições de comportamento ao fogo, isolamento e proteção;

➢ Condições de evacuação;

➢ Condições das instalações técnicas;

➢ Condições dos equipamentos e sistemas de segurança;

➢ Condições de autoproteção.
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Mod.DFRH.110/04
Responsabilidade pela Elaboração de
Projetos de SCIE e
Medidas de Autoproteção

Mod.DFRH.110/04
Projetos de SCIE e
Medidas de Autoproteção
RJ-SCIE
Artigo 15.º- A

Repõe as exigências técnicas do artigo 16.º, que havia sido revogado pelo
Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 319/2018

➢ A responsabilidade pela elaboração de Projetos de SCIE e Medidas de


Autoproteção de edifícios e recintos de 2.ª, 3.ª e 4.ª CR, tem de ser assumida
exclusivamente por técnicos reconhecidos pelas respetivas Ordens (OA, OE
e OET), com certificação de especialização declarada para o efeito de
acordo com os requisitos técnicos objeto de protocolo entre a ANEPC e cada
uma daquelas associações profissionais.
53
Mod.DFRH.110/04
Projetos de SCIE e
Medidas de Autoproteção
RJ-SCIE
Artigo 15.º- A

➢ A ANEPC deve proceder ao registo atualizado dos autores de projeto e


medidas de autoproteção e publicar a listagem dos mesmos no sitio da
ANEPC. (Reposição da lista de técnicos credenciados).

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Mod.DFRH.110/04
Elaboração de Projetos de SCIE e
Medidas de Autoproteção

Utilizações-Tipo Categorias de Projetos e MAP Requisitos para


Risco elaboração
Medidas de
1.ª Sem requisitos
Autoproteção
Técnicos Inscritos nas
Desde 23/10/2019 ordens profissionais
(OA, OE e OET)
Todas
2.ª, 3.ª e 4.ª Técnicos Inscritos nas
ordens profissionais
(Protocolo entre
(OA, OE e OET) com
ANEPC e as Ordens)
registo na ANEPC

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Mod.DFRH.110/04
Procedimentos Administrativos
-
Operações Urbanísticas
e
Utilização de Edifícios

Mod.DFRH.110/04
Operações Urbanísticas
RJ-SCIE
Artigo 17.º

Procedimentos Administrativos:
➢ Projeto de especialidade de SCIE, com o conteúdo descrito no Anexo IV da
Presente Lei;
➢ Operações urbanísticas da 1.ª CR são dispensadas da apresentação de
projeto de especialidade de SCIE, o qual é substituído por ficha de
segurança por cada UT.

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Mod.DFRH.110/04
Projetos de SCIE
com parecer obrigatório da ANEPC
➢ Nos casos de perigosidade atípica (artigo 14.º);
➢ Nos edifícios existentes sempre que não sejam possível cumprir o RT-SCIE
(artigo 14.º- A);
➢ Em função de legislação específica:
• Dec-Lei nº 64/2007, de 14 de Março
(Estabelecimentos de apoio social);

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Mod.DFRH.110/04
Utilização de Edifícios
RJ-SCIE
Artigo 18.º

➢ O pedido de autorização de utilização deve ser instruído com TR do Diretor


de obra ou Diretor de Fiscalização de obra, declarando que estão cumpridas
as condições de SCIE;

➢ Quando haja lugar a vistorias, deve ser verificado o cumprimento das


condições de SCIE e dos respetivos projetos de SCIE ou fichas de
segurança;

➢ As vistorias referidas no ponto anterior, referentes às 2ª, 3ª e 4ª CR


integram um representante da ANEPC ou entidade por ela credenciada.
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Mod.DFRH.110/04
Vistorias

➢ Equipamentos Sociais com apoios da Segurança Social


(nº 2 do Artigo 9.º da Dec-Lei n.º64/2007 de 14 de Março, alterado e
republicado pelo Dec-Lei n.º 33/2014, de 4 de março).

Outras situações previstas em legislação especifica que preveja ou determine


a realização de vistoria.

60
Mod.DFRH.110/04
Inspeções

Mod.DFRH.110/04
Inspeções
RJ-SCIE
Artigo 19.º

➢ Todos os edifícios ou recintos e suas frações estão sujeitos a Inspeções a


realizar pela ANEPC ou por entidade por ela credenciada.

➢ No caso de edifícios ou recintos e suas frações classificadas na 1.ª CR, a


competência para a realização das inspeções é do respetivo município.

62
Mod.DFRH.110/04
Inspeções
RJ-SCIE
Artigo 19.º

➢ Inpeções Regulares (obrigatórias):

▪ Excepto: 1ª CR das UT I a III e VI a XII e edifícios de utilização exclusiva da UT I da 2.ª


CR;
▪ 6 em 6 anos para 1ª CR,
▪ 5 em 5 anos para 2ª CR,
▪ 4 em 4 anos para 3ª CR,
▪ 3 em 3 anos para a 4ª CR.

➢ Inspeções Extraordinárias, por iniciativa da ANEPC ou por outra


entidade com competência fiscalizadora.

63
Mod.DFRH.110/04
Inspeções
RJ-SCIE
Artigo 19.º

➢ Compete às entidades inspecionadas, independentemente da instauração


de processo contraordenacional, assegurar a regularização das condições
que não estejam em conformidade com a legislação de SCIE aplicável,
dentro dos prazos fixados nos relatórios das inspeções.

64
Mod.DFRH.110/04
Delegado de Segurança

Mod.DFRH.110/04
Delegado de Segurança
RJ-SCIE
Artigo 20.º

A entidade responsável designa um Delegado de Segurança para executar as


medidas de autoproteção.

O Delegado de Segurança age em representação da entidade responsável,


ficando esta integralmente obrigada ao cumprimento das condições de
segurança.

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Mod.DFRH.110/04
Medidas de Autoproteção

Mod.DFRH.110/04
Medidas de Autoproteção
RJ-SCIE
Artigo 21.º

A autoproteção e a gestão de segurança, durante a exploração, baseia-se nas


seguintes medidas:
➢ Medidas preventivas: (Conforme CR)
▪ Procedimentos de prevenção,
▪ Plano de prevenção.
➢ Medidas de intervenção em caso de incêndio: (Conforme CR)
▪ Procedimentos de emergência,
▪ Plano de emergência interno.
➢ Registos de segurança (Relatórios vistoria/insp. e ações de mautenção);
➢ Formação em SCIE (Ações destinadas aos colaboradores);
➢ Simulacros (Para teste das MAP e treino dos ocupantes).

68
Mod.DFRH.110/04
0
Procedimentos administrativos
Medidas de Autoproteção
Registos de Segurança

69
Mod.DFRH.110/04
Medidas de Autoproteção
RJ-SCIE
Artigo 21.º

➢ As MAP respeitantes a cada UT, de acordo com a respetiva CR, são


definidas no RT-SCIE e estão sujeitas a parecer obrigatório da ANEPC ou
dos municípios para a 1.ª CR.

70
Mod.DFRH.110/04
Implementação
Medidas de Autoproteção
RJ-SCIE
Artigo 22.º

➢ As MAP aplicam-se a todos os edifícios e recintos, incluindo os existentes


em 1/1/2009, com exceção os da UT I, da 1ª e 2ª CR;
➢ As modificações às MAP aprovadas (com alteração da categoria de risco ou
da UT), devem ser apresentadas à ANEPC ou nos municípios, quanto à 1.ª
CR, para parecer;
➢ As modificações das MAP devem ser aprovadas pelo RS e constar nos
registos de segurança;
➢ As mudanças da entidade responsável deve ser comunicada à ANEPC, ou
aos municípios para a 1.ª CR;
➢ Simulacros (realizados nos períodos definidos no RT-SCIE).

71
Mod.DFRH.110/04
Comércio Instalação e Manutenção de
Equipamentos e Sistemas de SCIE

Mod.DFRH.110/04
Comércio, Instalação e Manutenção de
Equipamentos e Sistemas de SCIE
RJ-SCIE
Artigo 23.º

➢ Sujeito a registo das entidades na ANEPC, sem prejuízo de outras licenças,


autorizações ou habilitações previstas na Lei para o exercício da atividade.

73
Mod.DFRH.110/04
Equipamentos e Sistemas de SCIE
- Portas e envidraçados resistentes ao fogo e fumo, seus acessórios; Portaria
773/2009
- Sistemas de compartimentação de resistência ao fogo e ao fumo, Artigo 2º
acessórios e produtos de proteção contra o fogo por isolamento térmico;
- Sistemas automáticos e dispositivos autónomos de deteção de incêndio e
de gases;
- Sistemas e dispositivos de controlo de fumo;
- Extintores;
- Sistemas de extinção por água;
- Sistemas de extinção automática por agentes distintos da água e água
nebulizada;
- Sinalização de segurança; Novo
Com a Publicação da
- Sistemas e dispositivos de controlo de poluição de ar; Portaria 208/2020 que
altera a Portaria
- Iluminação de emergência; 773/2009

- Instalações de para-raios; Despacho 11832/2021


Registo Obrigatório a partir
- Sinalização ótica para a aviação. de 07/04/2022

74
Mod.DFRH.110/04
Divulgação das Entidades Registadas e dos
Técnicos Responsáveis associados à Entidade

75
Mod.DFRH.110/04
Funções do Técnico Responsável
- Planeamento;
- Organização e controlo de qualidade da comercialização, instalação
ou manutenção dos equipamentos e sistemas de SCIE;
- Coordenação dos técnicos operadores e dos subempreiteiros.
- Deve subscrever um termo de responsabilidade para o exercício das
atividades de instalação ou manutenção dos equipamentos e
sistemas de SCIE.

O reconhecimento da capacidade técnica para um determinado equipamento


ou sistema de SCIE e atividade de comercialização, instalação ou
manutenção a ele associada apenas é válido para uma entidade registada
na ANEPC.

76
Mod.DFRH.110/04
Competência de Fiscalização
-
Contraordenações
-
Coimas
-
Sanções Acessórias

Mod.DFRH.110/04
Competência de Fiscalização
RJ-SCIE
Artigo 24.º

São competentes para fiscalizar o cumprimento das condições de SCIE:

▪ A ANEPC;
▪ Os municípios, na sua área territorial quanto à 1ª CR;
▪ A ASAE em relação aos equipamentos.

➢ No exercício das ações de fiscalização pode ser solicitada a colaboração


das autoridades administrativas e policiais.

78
Mod.DFRH.110/04
Decreto-Lei n.º 9/2021 de 29 de janeiro - Aprova o Regime Jurídico das Contraordenações Económicas.

▪ Alínea oooo) do nº 2 do Artigo 1.º - À quarta alteração ao Decreto -


Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro, alterado pelos Decretos -Leis
n.os 224/2015, de 9 de outubro, e 95/2019, de 18 de julho, e pela
Lei n.º 123/2019, de 18 de outubro, que estabelece o regime
jurídico da segurança contra incêndio em edifícios;

79
Mod.DFRH.110/04
Decreto-Lei n.º 9/2021 de 29 de janeiro - Aprova o Regime Jurídico das Contraordenações Económicas.

80
Mod.DFRH.110/04
Decreto-Lei n.º 9/2021 de 29 de janeiro - Aprova o Regime Jurídico das Contraordenações Económicas.

81
Mod.DFRH.110/04
Sanções Acessórias
RJ-SCIE
Artigo 26.º

➢ Simultaneamente com as coimas podem ser aplicadas sanções


acessórias:

✓ Interdição de uso do edifício, por obras ou alteração de uso não


aprovado, ou por inexistência ou não funcionamento dos sistemas e
equipamentos de SCIE;
✓ Interdição de exercício da actividade profissional no âmbito da
certificação (Projetistas);
✓ Interdição de exercício da actividade de entidades credenciadas;
✓ Interdição do exercício das atividades de comercio, instalação e
manutenção de equipamentos e sistemas de segurança. (Novo)
➢ As sanções têm a duração máxima de 2 anos.

82
Mod.DFRH.110/04
Instrução e Decisão dos
Processos Sancionatórios
RJ-SCIE
Artigo 27.º

➢ A instrução e decisão de processos por contra-ordenação compete


respetivamente, à ANEPC e ao seu Presidente, com exceção da 1.ª CR, cuja
competência é do respetivo município.

83
Mod.DFRH.110/04
Disposições finais e transitórias

Mod.DFRH.110/04
Taxas
RJ-SCIE
Artigo 29.º

Estão sujeitos a taxas os serviços da ANPC no âmbito da SCIE:

✓ Credenciação;
✓ Emissão de pareceres a projetos de SCIE;
✓ Emissão de pareceres a Medidas de Autoproteção;
✓ Realização de vistorias;
✓ Realização de inspeções regulares;
✓ Registo.

85
Mod.DFRH.110/04
Taxas
RJ-SCIE
Artigo 29.º

Os serviços de SCIE prestados pelos municípios estão sujeitos a taxas,


nomeadamente:

✓ Emissão de pareceres sobre condições de SCIE;


✓ Realização de vistorias;
✓ Realização de inspeções regulares;
✓ Emissão de pareceres sobre Medidas de Autoproteção.
➢ As taxas correspondem aos custos efetivos dos serviços prestados;
➢ A cobrança coerciva das taxas provenientes da falta de pagamento das
taxas faz-se através de processo de execução fiscal.

86
Mod.DFRH.110/04
Credenciação
RJ-SCIE
Artigo 30.º

➢ A Credenciação de Entidades para emissão de pareceres e realização de


vistorias e inspeções da condições de SCIE é definida pela Portaria nº
64/2009, de 22 de Janeiro, alterada pela Portaria nº 148/2020, de 19 de
junho (Regime de Credenciação).

87
Mod.DFRH.110/04
Incompatibilidades
RJ-SCIE
Artigo 31.º

➢ A subscrição de fichas de segurança, projetos ou MAP, é incompatível com a


prática de atos ao abrigo da credenciação da ANEPC, no exercício das suas
competências de emissão de pareceres, realização de vistorias e inspeções
das condições de SCIE.

88
Mod.DFRH.110/04
Sistema Informático
RJ-SCIE
Artigo 32.º

A tramitação dos procedimentos, da competência da ANEPC, é realizada com


recurso a sistema informático, o qual permite:

➢ A entrega de requerimentos, comunicações e documentos;


➢ A consulta pelos interessados do estado dos procedimentos;
➢ O envio de pareceres, relatórios de vistoria/inspeções de SCIE;
➢ A decisão.

As comunicações são realizadas via eletrónica e sempre que exigível com


assinatura eletrónica.
A tramitação de procedimentos da competência dos órgãos municipais, é
realizada informaticamente, através do Sistema Informático previsto no RJUE.
89
Mod.DFRH.110/04
Serviços de SCIE
www.eportugal.gov.pt

90
Mod.DFRH.110/04
91
Mod.DFRH.110/04
Publicidade
RJ-SCIE
Artigo 33.º

➢ As normas técnicas e regulamentares do RJ-SCIE são publicitadas no sítio


da ANPC.

92
Mod.DFRH.110/04
Norma Transitória
RJ-SCIE
Artigo 34.º

▪ Projetos cujo licenciamento ou comunicação prévia tenha sido requerida até


à data da entrada em vigor do presente DL, são apreciados e decididos de
acordo com a legislação vigente à data da apresentação.

▪ Para efeitos de apreciação das MAP, o processo é enviado à ANEPC, por via
eletrónica:

➢ Até aos 30 dias anteriores à entrada em utilização, no caso de obras de


construção nova, de alteração, ampliação ou mudança de uso;

➢ No prazo máximo de um ano, após a data de entrada em vigor do


presente decreto-lei, para o caso de edifícios e recintos existentes àquela
data.
93
Mod.DFRH.110/04
Comissão de Acompanhamento
RJ-SCIE
Artigo 35.º

É criada uma comissão de acompanhamento da aplicação do presente DL,


presidida pela ANEPC e constituída por um perito de cada uma das seguintes
entidades:

➢ IMPIC,I.P.;
➢ LNEC;
➢ ANMP;
➢ OA;
➢ OE;
➢ OET;
➢ APS;
➢ Um representante de cada um dos Governos Regionais.

94
Mod.DFRH.110/04
Comissão de Acompanhamento
Competências nos termos do Despacho 7812/2020 de 7 de agosto

Compete à comissão:
a) Proceder ao acompanhamento da aplicação do regime jurídico da
segurança contra incêndio em edifícios (SCIE), identificando eventuais
constrangimentos e propondo medidas necessárias à sua resolução;
b) Propor linhas estratégicas sobre a legislação de SCIE e emitir parecer sobre
eventuais alterações legislativas, levando em consideração a análise de
grandes incêndios em edifícios e recintos;
c) Propor a transposição de Normas Europeias (EN) e da Organização
Internacional para a Padronização (ISO) para a legislação nacional de
SCIE.
Plenário da comissão reúne de forma ordinária a cada 6 meses ou de forma
extraordinária por iniciativa do Presidente da CA.
95
Mod.DFRH.110/04
Norma Revogatória
RJ-SCIE
Artigo 36.º

Todos os diplomas com referencia a matérias de SCIE publicados até à data de


publicação RJ-SCIE.

96
Mod.DFRH.110/04
Regiões Autónomas
RJ-SCIE
Artigo 37.º

Aplica-se, a todo o território nacional, sem prejuízo de diploma regional que proceda às
necessárias adaptações nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

Decreto Legislativo Regional n.º 11/2010/Madeira de 25 de junho, alterado pelo Decreto


Legislativo Regional n.º 3/2021/M, de 19 de fevereiro.

Decreto Legislativo Regional n.º 6/2015/Açores de 5 de março

➢ Ajusta as competências às estruturas administrativas regionais;


➢ Flexibiliza a aplicação aos edifícios existentes;
➢ Altera as condições relativas à perigosidade atípica;
➢ As taxas e as credenciações têm regulamentação regional própria.
97
Mod.DFRH.110/04
Classes de Resistência ao fogo
-
Classes de Reação ao fogo

Anexo I e II

Mod.DFRH.110/04
Classes de Reação ao Fogo
Classes de Resistência ao Fogo Padrão
RJ-SCIE
Anexos I e II

(A apresentar em módulo próprio)

99
Mod.DFRH.110/04
Utilizações-Tipo
-
Fatores de Risco

Anexo III

Mod.DFRH.110/04
Categorias de Risco das
Utilizações-Tipo I a XII
RJ-SCIE
Anexo III

CR da UT I «Habitacionais»

Valores máximos
Categoria N.º Pisos ocupados pela
Altura da UT I
UT abaixo PR (*)
1.ª ≤9m ≤1
2.ª ≤ 28 m ≤3
3:ª ≤ 50 m ≤5
4.ª > 50 m >5
(*) Não são contabilizados os pisos destinados exclusivamente a
instalações e equipamentos técnicos que apenas impliquem a presença
de pessoas para fins de manutenção e reparação, e/ou que disponham de
instalações sanitárias.

101
Mod.DFRH.110/04
Elementos do Projeto de SCIE
Anexo IV

Mod.DFRH.110/04
Elementos do Projeto de SCIE
RJ-SCIE
Anexo IV

➢ Memória descritiva e justificativa;


➢ Peças desenhadas de SCIE;
➢ Projetos de alterações à arquitetura (Peças desenhadas devem incluir
amarelos e vermelhos).

103
Mod.DFRH.110/04
Elementos do Projeto de SCIE
Memória descritiva e justificativa:

I - Introdução: (Caracterização da UT e Classificação da CR);


II - Condições exteriores;
III - Resistência ao fogo de elementos de construção;
IV - Reação ao fogo de materiais;
V - Evacuação;
VI - Instalações técnicas;
VII - Equipamentos e sistemas de segurança.

104
Mod.DFRH.110/04
Elementos do Projeto de SCIE
Peças desenhadas de SCIE:

a) Planta de localização (1:2000 ou 1:5000);


b) Cortes e alçados (1:100 ou 1:200), com envolvente até 5 m;
c) Planta de implantação (1:200 ou 1:500), evidenciando a acessibilidade para
veículos de socorro, hidrantes exteriores e o posicionamento do edifício
relativamente aos edifícios vizinhos;
d) Plantas dos pisos, (1:100 ou 1:200), representando a classificação dos locais
de risco, efetivos totais e parciais, resistência ao fogo dos elementos de
construção, vias de evacuação, saídas e a posição em planta de todos os
dispositivos, equipamentos e sistemas de SCIE.
105
Mod.DFRH.110/04
Planta de Localização

106
Mod.DFRH.110/04
Planta de Implantação

107
Mod.DFRH.110/04
Planta de Projeto SCIE

108
Mod.DFRH.110/04
109
Mod.DFRH.110/04
Cortes

110
Mod.DFRH.110/04
Alçados

111
Mod.DFRH.110/04
Ficha de Segurança de SCIE
Anexo V

Mod.DFRH.110/04
Fichas de Segurança
Só para a 1.ª Categoria de Risco
RJ-SCIE
Anexo V

▪ Identificação;
▪ Caracterização do edifício e da UT;
▪ Condições exteriores;
▪ Resistência ao fogo e isolamento;
▪ Reacção ao fogo;
▪ Condições de evacuação;
▪ Instalações técnicas;
▪ Equipamentos de segurança;
▪ Observações.
113
Mod.DFRH.110/04
Fichas de Segurança
Nas UT IV e V da 1.ª Categoria de Risco
RJ-SCIE
Anexo V

A Ficha de Segurança deve ser complementada com as seguintes peças desenhadas:


a) Planta de localização (1:2000 ou 1:5000);
b) Cortes e alçados (1:100 ou 1:200), evidenciando a envolvente até 5 m;
c) Planta de implantação (1:200 ou 1:500), evidenciando a acessibilidade para
veículos de socorro dos bombeiros, a disponibilidade de hidrantes exteriores e o
posicionamento do edifício ou recinto relativamente aos edifícios ou recintos vizinhos;
d) Plantas de todos os pisos (1:100 ou 1:200), representando, para os espaços em
apreciação, a classificação dos locais de risco, os efetivos totais e parciais, as
características de resistência ao fogo que devem possuir os elementos de construção,
as vias de evacuação e as saídas e, finalmente, a posição em planta de todos os
dispositivos, equipamentos e sistemas de segurança contra incêndio previstos para
esses espaços.

114
Mod.DFRH.110/04
Notas Técnicas

Mod.DFRH.110/04
Notas Técnicas ANEPC
Conjunto de especificações técnicas que têm por objetivo complementar a
legislação de SCIE.

Disponíveis no sitio da ANEPC: www.prociv.pt

Formador: Fernando
11
João 6

116
Mod.DFRH.110/04
Síntese conclusiva:

• O RJ-SCIE tem um âmbito de aplicação definido;


• Existem diferentes responsáveis nas diferentes fases (projeto, construção e
durante todo o ciclo de vida dos edifícios);
• Os edifícios de perigosidade atípica e existentes são objeto de aprecição pela
ANEPC;
• A responsabilidade dos projetos e medidas de autoproteção é assumida por
técnicos reconhecidos pelas respetivas Ordens profissionais;
• As entidades de comercialização, instalação ou manutenção de equipamentos e
sistemas de segurança estão sujeitas a registo na ANEPC;
• A ANEPC, as Câmaras Municipais e a ASAE são as entidades competentes para
fiscalizar;
• Existe um processo contraordenacional com sanções acessórias;
• Os projetos de SCIE e ficha de segurança obedecem a uma estrutura.
117
Mod.DFRH.110/04
Comunilog Consulting Lda
NIPC: 507 424 395
Tlf: 271 100 017 | Fax: 271 100 001
Tlm: 961 926 240
consultores@comunilog.com
www.comunilog.com

Mod.DFRH.110/04

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