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DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL – DPF

DELEGACIA DE CONTROLE DE SEGURANÇA PRIVADA – DELESP


PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS – PCI

PRINCÍPIOS BÁSICOS
NORMAS CONSULTADAS

 Lei nº 7.102/1983: Dispõe sobre a segurança para estabelecimentos


financeiros e prestação de serviços de vigilância e transporte de valores;
 Portaria nº 3.233/2012 DG-DPF: Normas de Segurança Privada;
 Norma Regulamentadora nº 23: Proteção Contra Incêndios; e
 Decreto Lei nº 21.361/2000 GDF: Regulamento de Segurança Contra
Incêndio e Pânico do Distrito Federal – RSIP-DF.
NORMAS CONSULTADAS

 Norma Técnica 03/2015 CBMDF: Sistema de proteção por extintores de


incêndio.
 Norma brasileira 12.693/2016: Sistema de proteção por extintores de
incêndio.
 Norma brasileira 12.962/2016: Extintores de incêndio – inspeção e
manutenção.
 Norma Técnica 04/2015 CBMDF: Sistema de proteção por Hidrantes.
 Norma brasileira 11.861: Mangueiras de incêndio.
 Norma brasileira 13.714: Sistema de hidrantes e mangotinhos para
combate a incêndio.
 Norma brasileira 12.779: Inspeção, manutenção e cuidados em
mangueiras de incêndio.
OBJETIVO DA DISCIPLINA

 Dotar o aluno de noções e técnicas básicas de prevenção e


combate a incêndios, bem como capacita-lo a adotar providências
adequadas em caso de sinistros, principalmente na evacuação de
edificações, garantindo a vida e o patrimônio, durante a carga
horária de 06 h/a (Com a realização de exercício prático).
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
PREVENÇÃO
 Considerações preliminares;
 Conceitos de fogo e incêndio;
 Triângulo do fogo;
 Meios de Propagação;
 Formação de incêndios e sinistros conexos;
 Classes de incêndio;
 Métodos preventivos; e
 Papel das Brigadas de Incêndio e dos Bombeiros.

COMBATE
 Métodos de extinção;
 Extintores de incêndio;
 Evacuação de locais;
 Trabalho em conjunto com as Brigadas de
Incêndio; e
 Recepção aos Bombeiros Militares.
CONSIDERAÇÕES
PRELIMINARES
 O homem, há milhares de anos, convive com o fogo e
aprendeu que ele tanto pode nos trazer benefícios,
como também causar grandes prejuízos, ceifando vidas
e destruindo patrimônios. Não são poucos os casos em
que incêndios causaram grandes catástrofes, gerando
a morte de centenas e milhares de pessoas.
 Normalmente os incêndios ocorrem pela negligência às
regras e principalmente pela falta de prevenção.
 A prevenção de incêndios é obtida com a aplicação
de um conjunto de medidas para evitar a ocorrência de
fogo. O fogo só acontece onde a PREVENÇÃO falha.
CONSIDERAÇÕES
PRELIMINARES
 Como, praticamente, os elementos necessários à
existência do fogo podem ser encontrados na
maioria dos ambientes, a prevenção somente é
possível pela eliminação das condições propícias
para que o evento se materialize.
 A prevenção compreende uma série de medidas e
uma determinada distribuição dos equipamentos
de combate a incêndio, visando impedir o
aparecimento do fogo ou dificultar sua
propagação, extinguindo-o ainda na fase inicial.
CONSIDERAÇÕES
PRELIMINARES
É necessário ter em mente o espírito
prevencionista, isto é, ter vontade de colaborar em
defesa da própria segurança, de outros e de todas
as instalações, garantindo, assim, o trabalho de
cada um. Para isso, é necessário possuir
equipamentos e saber manuseá-los.

Observe que: “Prevenir um


incêndio, é sempre melhor
que combatê-lo”.
NOÇÕES E TÉCNICAS BÁSICAS DE PREVENÇÃO

 Definição: Ato de se antecipar às consequências de uma


ação, no intuito de prevenir o seu resultado, corrigindo-o e
redirecionando-o por medida de segurança.
 IMPORTANTE:
 Procurar conhecer as normas internas de segurança da
edificação e/ou empresa (Em geral);
 Inspecionar diariamente os equipamentos de prevenção e
combate a incêndio e pânico (Extintores, hidrantes, sinalização
de emergência, centrais de alarme e outros);
 Saber a localização exata dos equipamentos para manuseá-los
quando necessário (Nunca para outra situação);
 Inspecionar diariamente as saídas de emergência checando
obstruções (Manter o caminho livre);
 Avaliar os riscos existentes e comunica-los a chefia imediata;
 Sempre realizar relatórios informando sobre as irregularidades
encontradas (Atualizados);
 Orientar a população fixa e flutuante da edificação sobre os
procedimentos de segurança da edificação e/ou empresa; e
 Manter visível no posto de trabalho os números de emergência.
CONCEITOS DE FOGO
 Teoria do Fogo: O fogo está presente
em nosso dia a dia desde a Pré-história, e
com o passar dos anos, vários foram os
benefícios e malefícios ocasionados pela
sua existência;
O que é Fogo?
 O fogo é o fenômeno químico denominado combustão que
ocorre com a produção de luz e calor.; ou

 O fogo nada mais é do que um processo químico


caracterizado pela presença de calor e luz.

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TRIÂNGULO DO FOGO

 Para melhor entendimento e compreensão, o surgimento do


fogo é representado graficamente pela forma geométrica de
um triângulo, ao qual denominamos de Triângulo do
Fogo. A existência do fogo está condicionada à presença de
03 (Três) elementos presentes neste triângulo, que são o
Combustível, o Comburente e o Calor, onde em condições
favoráveis sustentam a combustão/queima.
ELEMENTOS DA COMBUSTÃO
 Combustível: É toda substância capaz de queimar e
alimentar a combustão. Os combustíveis dividem-se em 03
(Três) categorias, de acordo com o estado físico em que se
apresentam:

 Combustíveis Sólidos: São combustíveis que em sua


maioria transforma-se em vapores reagindo com o oxigênio
do ambiente, exemplos são: Madeira, papel e plástico;

 Combustíveis Líquidos: Assumem a forma do recipiente


que os contém. É importante notar que a maioria dos
líquidos inflamáveis é mais leve que a água, portanto
flutuam sobre esta, exemplos são: Petróleo e derivados; e

 Combustíveis Gasosos: Em regra, os gases não um têm


forma e volume definidos, tendendo a ocupar rapidamente
todo o recipiente ou recinto que ocupam, exemplos são:
Metano e propano.
 Comburente: É o elemento que possibilita vida às chamas
intensificando a combustão. O mais comum na natureza é o
oxigênio, encontrado no ar atmosférico a 21%, sendo que
78% do ar é composto por nitrogênio e o 01% restante
compreende a outros gases;

 Calor: É uma forma de energia que eleva a temperatura


gerada da transformação de outra energia, através de
processos físicos ou químicos, dando início ao fogo,
aumentando também o volume dos corpos e a mudança do
estado físico da matéria; e

 Reação em Cadeia: A reação em cadeia torna a queima


auto-sustentável. O calor irradiado da chama atinge o
combustível e este é decomposto em partículas menores,
que se combinam com o oxigênio e a queima, irradiando
outra vez calor para o combustível, formando um ciclo
constante.
TETRAEDRO DO FOGO

 Modernamente foi acrescentado ao Triângulo do Fogo mais


um elemento, entendido como a Reação em Cadeia,
formando assim o Tetraedro do Fogo. Os combustíveis
após iniciar a combustão geram mais calor liberando mais
gases ou vapores combustíveis, sendo que os átomos livres
são os responsáveis pela liberação de toda a energia
necessária para a reação em cadeia.
 IMPORTANTE: Se a existência do fogo está condicionada à
presença dos elementos que o formam (Combustível,
Comburente, Calor e Reação em Cadeia), logo, se um ou
mais de um dos elementos for(em) retirado(s) do processo,
não mais existirá o fogo, desfazendo assim o Triângulo
e/ou Tetraedro do Fogo.
O QUE É INCÊNDIO

 Podemos dizer que incêndio é o fogo que foge do


controle do homem, queimando aquilo que a ele
não é destinado queimar. Sabemos que o fogo é
um dos elementos mais úteis do desenvolvimento
da humanidade, tornando possível o mundo de
hoje, porém, este mesmo fogo que tanto
constrói, pode também destruir, causando danos
materiais, e o que pode ser pior, levando vidas.

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PONTOS DE TEMPERATURA
Todo material possui certas propriedades que o
diferenciam de outros, em relação à inflamabilidade. Por
exemplo, pode-se incendiar a gasolina com a chama de
um isqueiro, não ocorrendo o mesmo em relação à
madeira. Isso porque o calor gerado pela chama do
isqueiro não seria suficiente para levar madeira à
temperatura necessária para que ele liberasse vapores
combustíveis. A combinação dos elementos essenciais do
fogo – combustível, comburente (O2) e calor, dão início
ao fogo, tornando-se autossustentável na reação em
cadeia. Cada material, dependendo da temperatura a
que estive submetido, liberará maior ou menor
quantidade de vapores. Para melhor compreensão do
fenômeno, definem-se algumas variáveis, denominadas:
 Ponto de Fulgor: É entendido como a menor temperatura
na qual um combustível começa a desprender
vapores/gases, que ao entrarem em contato direto com
uma fonte externa de calor queimarão, porém a chama
produzida se mantém viva em vista da quantidade de
vapores desprendidos serem pequenas Flashpoint;

 Ponto de Combustão: É a temperatura mínima em que


um combustível desprende vapores/gases, que ao entrarem
em contato direto com uma fonte externa de calor,
queimarão até que o combustível se consuma Fire-point; e

 Ponto de Ignição: É a temperatura mínima na qual um


combustível desprende vapores/gases, que com o simples
contato com o oxigênio existente no ar, ativa-se até que o
combustível se consuma por completo, não necessitando de
uma fonte externa de calor Flashover.
MEIOS DE PROPAGAÇÃO

 O calor é um dos principais causadores do alastramento do


fogo, podendo, caso não seja impedido, ser transmitido à
grandes distâncias, das três seguintes formas: Irradiação,
Condução e Convecção.
 Irradiação: É a transmissão de calor através de raios e
ondas que ocorrem em espaços vazios. Um exemplo diário
deste fenômeno é o calor do sol Fonte irradiado através do
espaço até a terra Corpo, onde não há a necessidade de
continuidade molecular;

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 Condução: É a transmissão do calor que ocorre de uma
fonte para um corpo, através de um material que seja um
bom condutor de calor. Se pegarmos um pedaço de ferro e
segurarmos numa das pontas com a mão e colocarmos a
outra ponta em contato com uma fonte de calor, vamos
perceber após alguns segundos que todo o ferro está
quente, indo aquecer consequentemente a nossa mão, ou
seja, houve a continuidade molecular; e

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 Convecção: É a transmissão do calor característica dos
gases e dos líquidos. Ocorre devido ao fato de os gases e os
líquidos serem aquecidos quando em contato com o fogo,
formando correntes ascendentes. O ar quente (a fumaça
pode chegar a 1000Cº) tende a subir, e leva consigo o calor
que poderá entrar em contato com outros combustíveis,
propagando o fogo.

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 IMPORTANTE: Recentemente, foram adotados 02 (Dois)
novos meios de propagação, que são:
 Propagação por Eletricidade: A eletricidade é composta
por uma onda eletromagnética que se propaga de duas
formas simultâneas, por dentro e por fora de seu condutor,
sendo o lado de dentro a corrente elétrica e o lado de fora o
campo magnético criado ao redor do condutor, que se
revezam para conduzirem a força; e
 Deslocamento de Corpos Inflamados: Nessa forma de
propagação, corpos móveis que estejam em estado de
chamas, ao entrarem em contato com outros corpos,
proporcionam o alastramento do fogo.
FORMAÇÃO DE INCÊNDIOS E SINISTROS
CONEXOS
 A causa/origem dos incêndios (Formação) se dão pelas 03
(Três) seguintes maneiras:

 Natural: Quando provocado por um agente da natureza,


exemplos são Raios, Vulcões Ativos e Radiação Ultravioleta;

 Acidental: Quando provocada pela ação involuntária do


homem, por negligência, imprudência ou imperícia,
exemplos são Crianças brincando com fósforos e líquidos
inflamáveis, Curto-circuito e Pontas de cigarros jogadas
acesas na vegetação; e

 Criminoso: Quando provocada pela ação voluntária do


homem, no intuito de causar danos, exemplos são Atos
incendiários, Sabotagens e Bombas-relógio.
 IMPORTANTE: Após a combustão/queima, além do que já
vimos até o presente momento, também ocorrem outras 07
(Sete) consequências preocupantes, conhecidas como
produtos da combustão, que são:

1. Fumaça: Causadora de asfixia quando inalada;

2. Calor: Causador de desidratação;

3. Vapor d’água: Provoca queimaduras internas e externas;

4. Carvão: Produz resíduos altamente tóxicos;

5. Cinzas: Tende a inutilizar os equipamentos expostos ao


seu contato;
6. Backdraft: É uma explosão típica de incêndios ocorridos
em ambientes fechados, resultante da mistura de oxigênio
+ fumaça quente. O oxigênio ao encontrar com a fumaça
provoca a reação em cadeia, dando mais força de
devastação ao incêndio; e

7. Flashover: É o momento em que todo o ambiente entra


em combustão. Em virtude da fumaça quente e inflamável
existente no ambiente onde está ocorrendo o incêndio, os
materiais presentes atingem o seu ponto de ignição.
MÉTODOS PREVENTIVOS
 São diversas formas utilizadas pelo prevencionista visando
impedir que o incêndio tenha início. Os métodos preventivos
mais comuns são:

 Evitar o acúmulo de lixo em locais inapropriados;

 Não armazenar produtos químicos e inflamáveis em local


não ventilado e indevidamente sinalizado;

 Respeitar as proibições de NÃO FUMAR;

 Descartar pontas de cigarros sempre apagadas e em local


apropriado;

 Evitar gambiarras e sobrecarga nas instalações elétricas; e

 Manter fósforos e inflamáveis fora do alcance de crianças.


NOÇÕES E TÉCNICAS
BÁSICAS DE COMBATE

 Definição: Ato de providenciar medidas e ações no intuito


de eliminar os riscos e extinguir o incêndio.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

 Os métodos de extinção consistem na eliminação da ação


de um ou mais dos elementos essenciais que formam o
Triangulo e/ou Tetraedro do Fogo, sendo:
 Resfriamento: É o método mais utilizado,
que consiste em diminuir a temperatura do
material que está queimando até ela ficar
abaixo do seu ponto de fulgor, reduzindo
então os gases e vapores inflamáveis;

 Abafamento: Consiste em diminuir ou


eliminar o oxigênio existente próximo
ao material que está queimando. Pode-
se abafar o fogo utilizando cobertores,
terra e gases especiais por exemplo;

 Isolamento/Retirada do Material: É a
forma mais simples de extinguir/eliminar um
incêndio, consistindo em retirar o material
que está queimando das proximidades do
material que não está, ou vice-versa; e
CLASSES DE INCÊNDIO

 Os incêndios são classificados de acordo com os materiais


combustíveis com eles envolvidos e também pela situação a
qual se encontram. Essa classificação foi normatizada e
padronizada Internacionalmente e Nacionalmente no intuito
de melhor determinar qual será o agente extintor mais
adequado e mais seguro para ser utilizado no processo de
extinção dos incêndios. Para identificar a correlação dos
agentes extintores com as respectivas classes de incêndio,
as referidas foram divididas em 06 (Seis), sendo:
 IMPORTANTE:

 03 (Três) Classes Principais: Com especificações


previstas nas Normas Brasileiras e nas Normas
Internacionais, que são as classes “A”, “B” e “C”; e

 03 (Três) Classes Especiais: Sem especificações


previstas nas Normas Brasileiras, apenas nas Normas
Internacionais, que são as classes “D”, “E” e “K”.
 Classe "A": Caracterizada pela queima em superfície e
profundidade de materiais Sólidos. Exemplos são Madeira,
papéis e tecidos.

 Agentes Extintores: Água / Espuma Mecânica / Dióxido de


Carbono / Agentes Extintores de Ação Múltipla (Bicarbonato
de Sódio, Bicarbonato de Potássio e Manofosfato de Amônia);
 Classe “B": Caracterizada pela queima em superfície de
materiais Líquidos e/ou Combustíveis. Exemplos são Álcool,
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo e óleos.

 Agentes Extintores: Espuma Mecânica / Dióxido de


carbono / Agentes Extintores de Ação Múltipla (Bicarbonato de
Sódio, Bicarbonato de Potássio e Manofosfato de Amônia);
 Classe “C": Caracterizada pela queima proveniente de
instalações Elétricas e/ou Equipamento Energizados que
estejam na iminência de curto-circuito. Exemplos são
Computadores, lâmpadas e televisores.

 Agentes Extintores: Dióxido de carbono / Agentes não


Condutores Elétricos (FM-200 e NOVEC-1230);
 Classe “D": Caracterizada pela queima proveniente de
materiais pirofóricos (Ligas Metálicas). Exemplos são
Magnésio, titânio e alumínio.

 Agentes Extintores: Agentes Extintores Especiais (Cloreto


de Sódio, Cloreto de Bário e Grafite Seco);
 Classe “E": Caracterizada pela queima proveniente de
materiais radioativos, corrosivos e químicos que oferecem
risco iminente de contaminação à saúde de humanos e/ou
animais e riscos ao meio ambiente.

E
 Agentes Extintores: Há uma exceção para essa classe,
pois ela envolve primeiramente técnicas, equipamentos
especiais e profissionais com treinamento específico para
lidar com a situação, que ao se depararem com algum
sinistro envolvendo a classe citada, escolheram os agentes
que julgarem necessários para a extinção; e
 Classe “K": Caracterizada pela queima proveniente de
materiais Sólidos e/ou Líquidos de origem animal e vegetal.
Exemplos são Banhas, gorduras e óleos.

 Agentes Extintores: Agentes Extintores de Base Alcalina


(Acetato de Potássio).
EXTINTORES DE INCÊNDIO
 Os extintores de incêndio são aparelhos de fácil identificação
e manuseio, destinados a combater Princípios de Incêndio
que ocorram nos ambientes em que os referidos estão
dimensionados. Normalmente são nomeados de acordo com
o agente extintor que transportam em seu interior. Os
aparelhos extintores podem ser classificados em dois tipos
quanto a sua estrutura física, que são os Portáteis e os
Montados sobre Rodas:

 Portáteis: Quando destinados a serem operados


por uma única pessoa, tendo o seu peso total
igual ou inferior a 25Kg; e

 Montado sobre Rodas: Quando destinados a


serem operados por mais de uma pessoa, tendo o
seu peso total superior a 25Kg, sendo apelidado
de carreta.
 Outras duas classificações que os aparelhos extintores
recebem se dão pela forma de dispersão dos agentes
extintores contidos no interior de seus recipientes, sendo
os extintores Pressurizados e os Pressurizáveis:

 Pressurizados: São os extintores que não


requerem auxílio de pressão externa para o
seu funcionamento. A pressão necessária para
que haja a dispersão do agente extintor já
encontra-se em seu interior Pressão Direta; e

 Pressurizáveis: Ao contrário dos extintores


pressurizados, necessitam do auxílio de
pressão externa para o seu funcionamento,
onde há um pequeno cilindro dotado de
válvula anexado ao seu recipiente contendo
um gás propulsor que pressuriza o interior do
aparelho Pressão Indireta.
EXTINTORES PORTÁTEIS (NT 003/2015

CBMDF E NBR 12693/2016)


São aparelhos de fácil manuseio, destinados a
combater princípios de incêndio. Recebem o nome
do agente extintor que transportam em seu interior.
TIPOS:
 Extintor de Água Pressurizada
 Extintor de Pó Químico Seco
 Extintor de Gás Carbônico
 Extintor de Espuma Mecânica
 Extintor Halogêneo.
EXTINTOR DE ÁGUA
PRESSURIZADA
 Água Pressurizada (AP)
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO
SECO “ABC”
 Pó Químico Seco (PQS)
EXTINTOR DE GÁS
CARBÔNICO (CO²)
 Gás Carbônico (Co2)
 Halogenado (Halon)
 Espuma Mecânica (EM)
 Espuma Química (EQ)
 Pó Químico Seco
Especial (PQSE)
 Pó Químico Seco
Especial (PQSE)
 Água Desmineralizada
ou Deionizada
 TÉCNICA PARA UTILIZAR OS EXTINTORES PORTÁTEIS
OS EXTINTORES DEVEM
ESTÁ
 Visíveis (bem localizados).
 Desobstruídos (livre de qualquer obstáculo que
possa dificultar o acesso até eles);
 Sinalizados (para melhor visualizá-los caso não
sejam visíveis);
 A uma altura não superior que 1,60m.

https://tecnicasdebombeirocivil.wordpress.com
 IMPORTANTE: Os extintores só deverão ser retirados
de sua localização, salvo em situação de Princípio de
Incêndio, Manutenção ou Prática de Treinamentos
e/ou Instruções.

http://www.academiabombeirocivil.com http://apextintores.com.br/ http://www.bombeiros.ms.gov.br


 PARTES DE UM EXTINTOR DE INCÊNDIO

Cilindro + Gatilho + Pistola + Pino de Segurança + Manômetro + Mangueira

Difusor + Punho + Lacre + O’ring + Etiqueta + Selo + Painel de Instrumentos


TABELA DE COMPATIBILIDADE

CLASSE AGENTES EXTINTORES


DE
INCÊNDIO PQS/BC PQS/ABC ÁGUA CO2 ESPUMA PQSE
INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E RECARGA DOS EXTINTORES

DE INCÊNDIO (NBR 12962/2016)

A manutenção começa com o exame periódico e


completo dos extintores e termina com a correção
dos problemas encontrados, visando um
funcionamento seguro e eficiente.
É realizada através de inspeções, onde são
verificados: localização, acesso, visibilidade, rótulo
de identificação, lacre e selo da ABNT, peso, danos
físicos, obstrução do bico ou na mangueira, peças
soltas ou quebradas e pressão nos manômetros.
MANÔMETRO OU
INDICADOR DE PRESSÃO
 Aparelho indicador de pressão.
 Nos aparelhos extintores pressurizados de ÁGUA,
PQS E ESPUMA, indicam se há pressão para uso.

http://pt.gauge-china.com https://portuguese.alibaba.com http://extintores.projebengenharia.com.br


MANÔMETRO OU
INDICADOR DE PRESSÃO
 VERMELHO À ESQQUERDA – PRESSÃO
ABAIXO DO NORMAL.
Deve ser enviado para a manutenção afim de ser
recarregado.
 VERDE – PRESSÃO NORMAL.
Ideal para uso.
 BRANCO/AMARELO/VERMELHO À DIREITA –
EXCESSO DE PRESSÃO.
Porém pode ser usado.
TESTE HIDROSTÁTICO
Teste no qual o cilindro do aparelho extintor é
submetido a uma pressão pré-determinada, a fim
de comprovar e garantir a sua integridade física.
O TESTE HIDRSTÁTICO é realizado
OBRIGATORIAMENTE a cada 05 anos de uso do
aparelho, o teste é executado por empresa
especializada, devendo gravar, no cilindro, o ano de
realização.
INSPEÇÃO
• Consiste em uma verificação cuidadosa por
pessoa habilitada de que o extintor de incêndio
está em condições de uso, com sua carga
completa, no local adequado e de fácil acesso,
que não tenha sido violado e que não apresente
danos físicos ou qualquer condição que impeça
seu funcionamento.

http://www.treinnar.com.br http://www.direcionalcondominios.com.br https://jvasextintores.blogspot.com.br


PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS COM O GLP
 O GLP - Gás Liquefeito de Petróleo, popularmente conhecido
como “Gás de Cozinha”, é um produto inodoro “Sem Cheiro”
que recebe uma odorização a base de enxofre antes de sua
comercialização por questões de segurança com a finalidade
de identificar vazamentos, conhecida como “MERCAPTAN”.
 A composição do GLP é proveniente da mistura entre os
gases Butano e Propano, na proporção de 50% de cada
um desses gases para ocorrer a composição. Em relação
ao ar, quando encontrado na forma gasosa, o GLP é cerca
de 1,5 vezes mais pesado do que o ar, fator esse que
proporciona o seu alojamento mais próximo ao solo
quando há a ocorrência de vazamentos, dificultando a sua
dispersão na atmosfera e aumentando os riscos de
explosão, pois o seu limite de explosividade está entre
18% pra o limite inferior e 82% para o limite superior,
fazendo com que qualquer fonte de calor que provoque
centelhas acarrete em uma explosão do ambiente onde
está havendo o vazamento.
 Para serem instalados, os botijões necessitam de algumas
partes complementares, que são:

 Mangueira: Transporta o GLP;


 Registro: Dispositivo que bloqueia
e desbloqueia a passagem do gás;
 Regulador de Pressão: Reduz a
pressão do gás entre o botijão e os
queimadores;
 Cone-Borboleta: Abre a válvula
do botijão deixando o gás chegar
até o regulador; e
 Válvula de Passagem: Impede
a passagem do gás sempre que o
cone-borboleta é desconectado.
 Caso haja vazamento com GLP, as medidas
preventivas cabíveis a serem tomadas para
evitar as explosões são:

1) Acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193;


2) Desligar a chave geral do local exposto;
3) Não produzir nenhuma fonte de calor;
4) Evitar o envolvimento de pessoas não habilitas com a
situação;
5) Proporcionar ventilação ao local exposto não abrindo
portas e janelas e fazendo ventilação artificial com pano
de prato;
6) Se houver fogo extingui-lo, caso seja possível; e
7) Transportar botijas, botijões ou cilindros para uma área
aberta e ventilada, caso seja possível.
 IMPORTANTE: O BLEVE é o nome técnico dado ao fenômeno
que provoca as explosões em acidentes com botijões. Abaixo
vão algumas dicas de como evitar este fenômeno:

. Jamais deitar ou virar o botijão de ponta-cabeça;

. Não permitir o aquecimento de sua parte exterior;

. Mantê-lo sempre em local ventilado; e

. Nunca acondiciona-los próximo a redes elétricas.


SISTEMA DE HIDRANTES
 Os sistemas de hidrantes são caracterizados por serem
aparelhos de proteção instalados para atender edificações, a
serem utilizados como meios de combate a incêndios,
podendo ser Públicos ou Prediais.

 Públicos: Quando instalados em logradouros


públicos Calçadas; e

 Prediais: Quando instalados em logradouros


particulares Edificações.

 A água é o agente extintor existente em um sistema de


hidrantes convencional, que é composto basicamente pelo
somatório de alguns equipamentos e acessórios, sendo:
 Reserva Técnica de Incêndio (RTI): Volume
de água destinado exclusivamente à utilização
em casos de incêndio;

 Hidrante: Ponto de tomada de água onde há


uma ou mais saídas;

 Abrigo: Compartimento dotado de porta


destinado a guardar e proteger equipamentos
e acessórios (Mangueiras, chaves e outros);

 Mangueira: Acessório que conduz a água de


um ponto para o foco do incêndio;

 Esguicho: Dispositivo acoplado a mangueira


que direciona o jato d’água para o combate ao
incêndio, podendo ser regulável ou não;

 Chaves e Uniões Storz: Auxiliam o engate e


desengate das mangueiras e esguichos;
 Bombas de Incêndio: Fornecem a pressão
necessária para o funcionamento dos hidrantes;

 Canalização: Rede de canos que conduzem a


água desde a RTI até a boca de expulsão dos
hidrantes;

 Sinalização de Segurança: Informa onde é a


localização e qual é o tipo do equipamento;

 Hidrante de Recalque: Dispositivo instalado no


passeio da edificação, utilizado pelo CBMDF; e

 Reservatório Subterrâneo: Tem por finalidade


abastecer o reservatório superior.
PAPEL DAS BRIGADAS DE INCÊNDIO E DOS BOMBEIROS

 Brigada de Incêndio: Grupo organizado por pessoas


voluntárias e profissionais habilitados, treinados e
capacitados para atuar na prevenção, abandono
seguro e combate a um “Princípio de Incêndio” e
prestar os primeiros socorros a feridos, dentro de uma
área pré-estabelecida;

 Brigadista Voluntário: Pessoa selecionada entre a população fixa da


edificação que age em ações de prevenção e abandono de área
auxiliando o Bombeiro Civil. Os brigadistas voluntários receberão
instruções práticas e teóricas ministradas pelos Bombeiros Civis da
edificação onde atuam, a fim de adquirirem conhecimentos para o
auxílio em situações de urgência e emergência; e

 Bombeiro Civil: Profissional com formação especializada em


legislação aplicada, combate a incêndios, salvamento e resgate e
atendimento em primeiros socorros em cursos com carga horária
superior a 151 h/a, ministrado em academia credenciada junto ao
Corpo de Bombeiros e com registro autorizado pelo respectivo órgão.
A) AÇÕES DE PREVENÇÃO

 Avaliar os riscos de incêndios existentes nas edificações;


 Inspecionar os equipamentos de combate a incêndio e rotas de fuga;
 Apontar sugestões para melhoria conforme a legislação;
 Realizar relatórios sobre as atividades prestadas;
 Treinar e orientar a população fixa através de cursos e treinamentos;
 Realizar exercícios simulados pelo menos uma vez ao ano; e
 Realizar exclusivamente o que é previsto pela legislação.

B) AÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

 Identificação da situação;
 Acionar o alarme geral e auxiliar no abandono de área;
 Desativar o fornecimento de energia;
 Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;
 Prestar os primeiros socorros a feridos;
 Combater o princípio de incêndio; e
 Estar sempre em condições de auxiliar o Corpo de Bombeiros.
 Bombeiros Militares: O artigo 144 da Constituição
Federal de 1988, apresenta que a segurança pública é
dever do estado, direito e responsabilidade de todos
os Brasileiros. Para os Bombeiros Militares, além das
atribuições especificadas na Lei nº 8.255/91, incube a
execução de atividades de Defesa Civil, que são:
 Realizar serviços de prevenção e extinção de incêndios;
 Realizar serviços de busca e salvamento;
 Realizar perícias de incêndio relacionadas a sua competência;
 Prestar primeiros socorros a vítimas;
 Realizar pesquisas técnico-científicas relacionadas a segurança contra
incêndio e pânico;
 Realizar atividades de segurança contra incêndio e pânico visando a
proteção de pessoas e bens públicos e privados;
 Executar atividades de prevenção aos incêndios florestais e proteção
ambiental; e
 Executar atividades de segurança pública quando a pedido da Presidência da
República durante os estados de Defesa, Sítio e Intervenção.
RECEPÇÃO AOS BOMBEIROS MILITARES

 Acione-os através do número 193;

 Identifique-se como vigilante e informe os acontecimentos;

 Informe o local e um ponto de referência;

 Dirija as equipes de socorro até o local do sinistro;

 Informe a localização dos preventivos de segurança; e

 Só participe do procedimento se for solicitado.


EVACUAÇÃO DE LOCAIS

 O que é? É um procedimento que realiza-se


quando uma edificação encontra-se em situação
de exposição, apresentando riscos iminentes
que envolvam a vida de seus ocupantes ou que
esteja em ocorrência de sofrer um colapso em
sua estrutura física. Em poucas palavras, é a
desocupação de uma edificação;

 PET – Ponto de Encontro e Triagem: Local


previamente estabelecido, onde serão reunidos
TODOS os colaboradores, prestadores de
serviço e visitantes presentes na edificação para
a contagem e averiguação de necessidade de
atendimento pré-hospitalar;
 Pânico: É a manifestação do desespero que se apodera da
tomada de decisão das pessoas, fazendo com essas ajam
pelo instinto de autodefesa diante de um perigo que muitas
vezes é irreal; e
 Rota de Fuga: Trajeto livre de obstáculos existente na
edificação, devidamente sinalizado, a ser percorrido com
calma e a passos rápidos até o ponto de encontro. Durante
o percorrer desse trajeto, devem ser observados os pontos
críticos existentes, por exemplo: Obstruções temporárias,
cantos vivos de paredes, lugares escorregadios, pessoas em
pânico, escadas e corrimãos.

COM ILUMINAÇÃO SEM ILUMINAÇÃO


 Durante o momento da evacuação, recomenda-se o cumprimento
das seguintes orientações:

 Manter a calma para não instalar-se o pânico;


 Andar a passos largos e nunca correr;
 Sempre descer os pavimentos e nunca subi-los;
 Não fazer uso dos elevadores e sim das escadas;
 Apoiar portadores de necessidades especiais e
desorientados;
 Verificar se as portas fechadas estão quentes antes
de abri-las;
 Nunca pule as janelas;
 Caminhar agachado ou até mesmo rastejar-se caso
haja muita fumaça; e
 Mantenha-se vestido, se puder molhe as roupas.
 IMPORTANTE: NUNCA, JAMAIS, EM HIPÓTESE ALGUMA
retorne para junto das proximidades do fogo para salvar
objetos pessoais ou de terceiros, A VIDA É O QUE TEMOS DE
MAIS VALIOSO.
TRABALHO EM CONJUNTO COM AS BRIGADAS DE INCÊNDIO

 Se cada um fizer a sua parte os problemas em geral


serão evitados e/ou minimizados, cada função tem a sua
importância independente de hierarquia ou classe social.
DÚVIDAS
“A maioria dos sinistros só ocorre onde a prevenção para evita-los é inexiste ou falha”

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