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UFCD 9887

Extinção de Incêndios Rurais


Iniciação

Sessão 9887-S3 (2)

Manobras de Extinção

3 (2) 2

Manobras de extinção

• Manobras de extinção;
• Proteção de vidas (pessoas e animais) e de bens;
• Rescaldo;
• Vigilância.

60 min.

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USO EXCLUSIVO DA ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS

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Após a conclusão da sessão, os formandos devem: 3

• Descrever as manobras de extinção;

• Identificar os princípios fundamentais para evitar o


desenvolvimento do incêndio no ataque inicial;

• Reconhecer a importância da proteção de vidas, de


pessoas e de animais, e a proteção de bens;

• Explicar os procedimentos a realizar no rescaldo e


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na vigilância.

Manobras de extinção
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Atuação com água


• Os veículos, as bombas de serviço de incêndios e outro tipo de
equipamentos destinados à extinção de incêndios florestais
requerem bastante formação prática, para que deles se possa
tirar o melhor rendimento;
• É dever dos bombeiros conhecer todos os equipamentos, praticar
a sua utilização e treinar o mais possível.

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Manobras de extinção
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Atuação com água

• A água sob pressão, com linhas de mangueira adequadas,


consegue alcançar grandes distâncias e suprimir, com eficácia e
rapidez, as chamas se se souber manobrar bem a agulheta para
dela tirar o melhor rendimento.

Manobras de extinção
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Atuação com água

• A água em jato utiliza-se quando não é


possível a aproximação a uma linha de
chamas intensa:
– Baixa o comprimento das chamas;
– Permite uma melhor aproximação;
– Mas, implica maior consumo de água.

• A água pulverizada utiliza-se quando é


possível a aproximação às chamas:
– O efeito de extinção é superior;
– Abrange maior área e absorve mais calor;
– Implica menor consumo de água.

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Manobras de extinção
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Atuação com água

• Se não for possível a aproximação, devido à


intensidade do incêndio, deve utilizar o jato,
apontando-o para a base das chamas, sendo que
deverá oscilá-lo lateralmente;

• Quando já é possível a aproximação ao incêndio


deve passar-se para a posição de cone de
ataque, para que possa abranger uma maior área;

• Caso seja necessário maior proteção para se


aproximar da linha de chamas, deve-se colocar
a agulheta na posição de cortina de proteção;

Manobras de extinção
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Formas de poupar água


• Incêndio em herbáceas:
− Incidir a água para a base das chamas;
− Cobrir o combustível a arder apenas o tempo necessário à
extinção das chamas;
− Evoluir rapidamente para abranger a maior área possível.

• Incêndio em árvore ou tronco a arder:


− Incidir a água para a base do tronco;
− Depois subir ao longo do tronco.

Não é aplicável nos incêndios de copas

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Manobras de extinção
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Formas de poupar água

• Quando existe manta morta a arder a água deve atingir a


profundidade necessária e em quantidade adequada à extinção.

Nos movimentos de um foco para outro a agulheta deve ser fechada,


de modo a não desperdiçar água em zonas que não estão a arder.

Manobras de extinção
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Manobra da agulheta

• Prestar atenção ao ângulo de ataque e atuar em função do combustível,


do terreno e do vento;
• Incidir sempre na base das chamas e regular o caudal de forma
adequada;

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Manobras de extinção
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Manobra da agulheta

• Em mato de um metro de
altura, trabalhar com a agulheta
quase na horizontal com uma
pulverização intermédia, para
cobrir mais combustível;

• Em combustível rasteiro
(erva ou folhada) inclinar a
agulheta, apagando e
molhando de imediato.

Manobras de extinção
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Manobras de mangueiras
• As mangueiras mais utilizadas nos incêndios florestais são flexíveis
DN25 (25 mm de diâmetro) e DN38 (38 mm de diâmetro);
• Se for necessário passar a mangueira sobre uma área já queimada,
manter as mangueiras elevadas em relação ao solo evitando que
fiquem sobre pontos quentes e se queimem ou danifiquem.

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Manobras de extinção
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Utilização de equipamento sapador

• O material de sapador é essencial no combate a incêndios florestais.


De entre as suas utilizações mais frequentes destacam-se:
− Aplicação de terra ou areia em focos de incêndio ou incêndios de
pequenas proporções e no rescaldo;
− Batimento nas chamas em incêndios de pequenas proporções,
em erva e folhada, para os extinguir por abafamento.

Exemplo: utilização da pá florestal. Exemplo: utilização de batedores.

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Utilização de equipamento sapador

− Corte de vegetação para abertura da faixa de contenção, com vista


a reduzir a intensidade do incêndio.

Exemplo: utilização de motosserra, ancinho de corte, enxada-ancinho (McLeod),


enxadão (Pulaski), pá florestal e multiusos florestal (Gorgui, Torga, Maga).

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Utilização de equipamento sapador

− Abertura de faixa de segurança na consolidação do rescaldo,


por forma a evitar reacendimentos.

Exemplo: utilização de enxadas-ancinho (McLeod), enxadão (Pulaski),


pás florestais, multiusos florestal (Gorgui, Maga, Torga) e extintor dorsal.

Proteção de vidas (pessoas, animais) e de bens


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É fundamental efetuar uma boa avaliação do comportamento do incêndio


e excelente reconhecimento para se identificarem as prioridades;
• A ação de salvamento de pessoas, dos seus bens e haveres, dos
animais existentes, merece a prioridade dos esforços de combate.
• Durante a fase do reconhecimento é importante verificar bem o terreno
e as proximidades, em especial na direção do incêndio, procedendo às
evacuações e salvamentos, se existirem.

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Proteção de vidas (pessoas, animais) e de bens
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1. A defesa de vidas, de pessoas e animais, é prioritária!

Proteção de vidas (pessoas, animais) e de bens


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2. A defesa de bens, tais como casas de habitação e outras


infraestruturas, escolas e lares, património histórico, indústrias,
são também prioridades;

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Proteção de vidas (pessoas, animais) e de bens
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3. Carros, maquinaria agrícola, florestal e outra, muitas vezes


necessária à subsistência da população devem também ser
salvaguardadas, que se encontram em anexos às habitações,
barracões ou noutros espaços na zona de interface urbano-florestal.

Rescaldo
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• Destina-se a extinguir todos os focos que existam em combustão na


área ardida, no caso de áreas pequenas, ou em todo o perímetro do
incêndio no limite entre o queimado e a zona que não ardeu;

• Esta fase é muito importante e deve ser bem executada para que não
ocorram reativações e reacendimentos.

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Rescaldo
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Engloba três ações:


1. Eliminação de focos em atividade dentro da área ardida
2. Construção da faixa de segurança;
3. Encharcamento da faixa com água.

Rescaldo
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• Ao iniciar o rescaldo poderão existir


alguns focos de combustão na área
queimada, que se encontram
afastados do limite da área ardida.

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Rescaldo
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• Todos os focos devem ser eliminados, principalmente os


que se encontram próximos da faixa de segurança, pois são
os que, com maior probabilidade, poderão dar origem a
reativações e/ou reacendimentos.

Rescaldo
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1. Eliminação de focos em atividade dentro da área ardida

Deverá proceder-se da seguinte forma:

− Cobri-los com terra;

− Desenterrar, espalhar e extinguir


materiais em combustão, como
cepos, raízes e manta morta;

− Aplicar água em tocos e buracos em


combustão, provenientes dos focos
subterrâneos, especialmente os mais
próximos da faixa de segurança;

− Derrubar troncos em combustão e


cobri-los com terra.

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Rescaldo
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2. Construção da faixa de segurança

• Nos incêndios dominados


numa fase inicial, a faixa deve
envolver todo o perímetro do
incêndio;

• Nos incêndios de maiores


dimensões, deve ser construída
onde for possível e necessário,
eventualmente, devido à
dimensão das áreas, com
recurso a maquinaria pesada;

Rescaldo
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2. Construção da faixa de segurança

• A manobra de abertura da faixa de


segurança poderá ser executada
com recurso a material de sapador,
sendo que a largura da faixa deverá
ser a suficiente para fazer a
separação entre a área ardida e a
área não ardida;

• Os materiais que não arderam são


retirados para a zona que não ardeu
e as cinzas, terra ou manta morta
são espalhadas para dentro da área
queimada (negro para o negro,
verde para o verde);

• Abrir valas se necessário!

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Rescaldo
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3. Encharcamento com água


• Depois de se construir a faixa de segurança, é indispensável que a
mesma seja encharcada com água, tendo como objetivo assegurar
que o incêndio não passará para a zona que se pretende proteger;

• O encharcamento pode ser feito


com apoio de veículo com água e
se necessário em zonas menos
acessíveis com extintores dorsais;

• O encharcamento, quando não


exista veículo, deverá ser feito com
extintores dorsais que, quando
regulados para utilização de água
pulverizada têm um bom
rendimento.

Vigilância
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• Depois do incêndio estar devidamente rescaldado, a vigilância é


fundamental, para que se observem eventuais reativações e para
que o tempo de resposta às mesmas seja menor.

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Vigilância
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• Deverão ser distribuídas equipas em todo o perímetro do incêndio,


em número adequado face à dimensão da área ardida, sendo que
deverá ser dada informação regular ao COS.

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Manobras de extinção;

Proteção de vidas (pessoas e animais)


e de bens;

Rescaldo;

Vigilância.

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VERSÃO 1
2019

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