1

UFCD 9915
Extinção de Incêndios Rurais
Avançado

Sessão 9915-S5

Leitura de Cartas Militares

5 2

Leitura de cartas militares

• Carta topográfica;
• Margens e legenda;
• Escalas;
• Distâncias e declives;
• Cálculo de declives;
• Cota, altitude, curva de nível;
2
• Representação do relevo pelo método das
curvas de nível;
• Formas de relevo/ orografia;
(T) 60 min. • Geodesia;
(P) 60 min. • Coordenadas geográficas;
• Coordenadas retangulares;
• Coordenadas UTM.
Copyright © 2019 ENB
USO EXCLUSIVO DA ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS

1
 3

No final da sessão o formando deverá ser capaz de:

• Utilizar adequadamente as cartas militares à escala

1:25 000 como instrumento de apoio à gestão inicial
de operações.

Carta topográfica
4

A carta topográfica permite ver:

• A distância entre pontos;

• A forma do terreno;

• A altitude do terreno;

• A implantação;

• A orientação.

2
 Margens e legenda
5

Leitura da margem superior da carta militar

No canto superior direito da folha:

Número da folha
Designação da
maior aldeia, vila ou Número da folha desta Número da folha desta
cidade contida na parcela de terreno da parcela de terreno da carta
folha da carta militar carta à escala 1: 50 000 à escala 1: 250 000

Margens e legenda
6

Leitura da margem superior da carta militar

No canto superior esquerdo da folha:

Número da folha Números das folhas

que dão seguimento
de leitura

3
 Margens e legenda
7

• Na folha, ao fundo, começando a leitura da esquerda para a direita:

Nota: a primeira
palavra corresponde
ao primeiro símbolo
e assim
sucessivamente.

Margens e legenda
8

• Continuando a leitura da legenda, da esquerda para a direita:

4
 Margens e legenda
9

• Continuando a leitura da legenda, da esquerda para a direita:

Legenda de uma carta mais recente em que estão representadas as

coordenadas Transversa Mercator WGS84 (sepia), UTM - Datum
Europeu (azul) e UTM WGS84 (preto).

Margens e legenda
10

• Continuando a leitura da legenda, da esquerda para a direita:

Vértices geodésicos ou
marcos representados
na carta militar:

• De primeira
ordem;
• De outra ordem;
• Auxiliar.

5
 Margens e legenda
11

• Continuando a leitura da legenda, da esquerda para a direita:

Escalas
12

Escala numérica:

• É a relação entre a unidade de medida na carta e a

medida real.

Escalas:
1/10 000 Planos de povoações;
1/25 000 Artilharia;
1/50 000 Táticas ou logísticas;
1/ 200 000 Itinerárias
…

6
 Escalas
13

Escala numérica

Escala 1: 25 000
ou 1/ 25 000

25 000
1 unidade de medida na carta unidades
reais

1 cm 25 000 cm
1m 25 000 m 1cm 250 metros
1 km 25 000 km

Distâncias e declives
14

Distância real
ou natural

Deslocação pelo terreno do ponto A para o ponto B

7
 Distâncias e declives
15

DISTÂNCIA GEOMÉTRICA
OU RETA

Se entre os pontos A/B se estendesse um cabo, o comprimento

dele seria a distância geométrica ou reta.

Distâncias e declives
16

Distância horizontal ou reduzida

Projeção horizontal da distância natural / reta

8
 Cálculo de declives
17

Distância Vertical
D= X 100
Distância Horizontal

Distância vertical = 150-120= 30 m

Distância Horizontal = 220 m

D= 30 X 100 =
220
D= 13,6 %

30
220

Cálculo de declives
18

Tabela equivalência entre graus e percentagens

In texto Condução Fora-de-Estrada, António Carvalho (2008)

9
 Cálculo de declives
19

Declive Distâncias gráficas horizontais

Classificação do declive Praticabilidade de acesso
% entre curvas de nível sucessivas

5 Suaves 8 mm

8 Fáceis 5 mm Todos os
veículos
12 Difíceis 3,3 mm e
18 Ásperos 2,2 mm pessoal

25 Muito ásperos 1,6 mm Difícil a veículos normais

33 Rápidos 1,2 mm Marcha a passo

50 Muito rápidos 0,8 mm Marcha em ordem dispersa - TT

Difícil mesmo em ordem dispersa

100 Abruptos 0,4 mm Tratores e veículos TT

Cota, altitude, curva de nível

20

Altitude
• É a cota de um ponto medida em relação ao plano do nível
médio da água do mar.
(plano de referência utilizado na maior parte das cartas).

Curva de nível

• Representa uma linha imaginária sobre o terreno, ao longo

da qual todos os pontos têm a mesma cota (altitude) ou uma
linha que une, no plano, os pontos de igual cota.

10
 Representação do relevo pelo método das curvas de nível
21

Método das curvas de nível

• Determina as cotas dos pontos do terreno;

• Facilita a interpretação dos declives e formas do terreno;

• O terreno visualiza-se como se fosse cortado em planos

horizontais iguais, projetados num plano horizontal.

Representação do relevo pelo método das curvas de nível

22

Equidistância:
É a distância vertical entre
dois planos horizontais
consecutivos

Nas cartas à escala 1 : 25 000 a equidistância gráfica é de 0,4mm, o que

equivale à equidistância de 10 metros de altitude no terreno.

0,4mm x 25.000 = 10 metros

11
Representação do relevo pelo método das curvas de nível
23

• As curvas de nível
mestras, mais
carregadas na cor,
estão representadas
de 50 em 50 metros
de altitude, na escala
1:25 000.

• Quanto mais juntas

estão as curvas de
nível, maior é o
declive (inclinação)
do terreno.

Representação do relevo pelo método das curvas de nível

24

150

140
PERFIL DE UM
TERRENO
130

120

110

12
Representação do relevo pelo método das curvas de nível
25

Fonte: Carta Militar do IGE

Formas de relevo: orografia

26

Orografia

• Em geografia, chama-se orografia ao estudo das nuances do

relevo de uma região. Efeito orográfico é também chamado
"chuvas de relevo". Quando uma massa de ar encontra uma
encosta, começa a subir a elevação;

• À medida que sobe, a massa de ar fica mais fria e dá origem

a chuva (chuvas orográficas).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Orografia

13
 Formas de relevo: orografia
27

No relevo podem-se distinguir:

• As elevações: sopé, encostas, cumes;

• As depressões: bacias, vales, covões, crateras;

• As planuras: planaltos, planícies, terraços fluviais,

terraços ou socalcos antrópicos.

Formas de relevo: orografia

28

• A cumeada:

• Os cabeços, outeiros ou colinas:

14
 Formas de relevo: orografia
29

• Os cumes das elevações ou colinas:

Elevação ou colina, uma curva de nível em

forma de argola ou volta fechada.

* Bibliografia:

Manual de Leitura de Cartas do Instituto Geográfico

do Exército, 4ª ed., Maio 2000, Lisboa;

Pesquisas na internet

Formas de relevo: orografia

30

• Os vales (a união de dois vales forma uma depressão):

vale

vertentes

• Os talvegues ou linhas de reunião de águas (no fundo dos vales):

Vertentes
ou
encostas

talvegue

15
 Formas de relevo: orografia
31

• As depressões, bacias ou covas (a união de dois vales forma

uma depressão):
vale

• As planuras (planícies, planaltos…):

Formas de relevo: orografia

32

• As linhas de cumeada/ cumeeira/ festo são representadas

por linhas de cor vermelha no âmbito do estudo da análise
da zona de intervenção:

Linha de festo/ cumeeira

principal

linhas de festo secundárias

16
 Formas de relevo: orografia
33

• As linhas de água/ talvegues:

(princípio hidrográfico - representa-se a azul)

Formas de relevo: orografia

34

• O “esqueleto” do terreno na análise da zona de intervenção:

---- Linhas de água/ talvegues

A ponta da flecha indica sempre o
ponto mais alto (maior cota)

Linhas de festo
A ponta da flecha indica sempre o
ponto mais baixo (menor cota)

17
 Formas de relevo: orografia
35

Jusante

Sentido de
deslocação, das Sentido de
partes mais altas deslocação, das
para as partes partes mais
mais baixas; baixas para as
partes mais altas

Montante

Geodesia
36

Sistemas de referenciação

• Referenciar é o ato ou a possibilidade de se designar a outrem,

qualquer objeto ou posição, relacionando-o com um sistema de
referência usada por ambos os utentes.

18
 Geodesia
37

Direções de referência

Geodesia
38

Direções de referência

Azimute geográfico Azimute magnético (dado pela

(verdadeiro ou azimute) bússola – Norte Magnético)

N.C.

Declinação Magnética: é o
Azimute cartográfico ou RUMO
ângulo entre o Norte
(medido a partir do Norte
Geográfico e Magnético.
Cartográfico)

19
 Geodesia
39

Orientação

Coordenadas geográficas
40

• Rede geodésica europeia unificada Datum europeu

(eur50=ed50; impressas a azul);

• Rede geodésica WGS84 (impressas a preto + recentes);

• Rede geodésica nacional – elipsóide internacional – Datum de

Lisboa (impressas a preto + antigas).

20
 Coordenadas geográficas
41

• Coordenadas geográficas rede geodésica europeia

unificada – elipsoide internacional:

- Datum europeu -
ED50 (escritas a azul)
- WGS84 (escritas a
preto)

ex.: 39º 25’ 25’’N (latitude)

7º 56’ 48’’ W (longitude)

Coordenadas retangulares
42

• Sistemas de referenciação por quadrícula quilométrica:

UTM – FUSO 29 - WGS84 – ESTÃO IMPRESSAS A PRETO (+

RECENTES)

UTM FUSO 29 – ELIPSÓIDE INTERNACIONAL - DATUM EUROPEU

(1950). ESTÃO IMPRESSAS A AZUL

TRANSVERSA DE MERCATOR WGS84 (SUBSTITUI A IMPRESSÃO

DAS GAUSS)

GAUSS – ELIPSÓIDE INTERNACIONAL - DATUM DE LISBOA.

ESTÃO IMPRESSAS A CASTANHO (+ ANTIGAS)

21
 Coordenadas retangulares
43

Data; Datum

WGS84 – WORLD GEODETIC SYSTEM – INTERNACIONAL

(+ RECENTE E UTILIZADO PELOS MEIOS AÉREOS, NORMALMENTE
PELAS COORDENADAS GEOGRÁFICAS)

DATUM EUROPEU – CONSIDERADO UM DATUM REGIONAL;

DATUM DE LISBOA – CONSIDERADO UM DATUM LOCAL;

Coordenadas UTM
44

• Uma quadrícula é formada por dois conjuntos de linhas retas

paralelas e equidistantes entre si intersetando-se segundo
ângulos retos, dando origem a uma malha de quadrados.

Lisboa:
Zona 29 T

Lisboa:
Zona 29 S

http://en.wikipedia.org/wiki/Universal_Transverse_Mercator_coordinate_system

22
 Coordenadas UTM
45

- +
0-

• Identificadas pelas linhas retas na vertical e na horizontal. A cor das

linhas depende do Datum;
• A quadrícula é quilométrica, ou seja, tem 1 Km de cada lado (quadrado
perfeito).

Coordenadas UTM
46

• Para cálculo da coordenada UTM WGS 84 tome como exemplo a

casa apontada em Vale de Oleiras.

23
 Coordenadas UTM
47

Quadrícula divisão 100 metros (os quadrados pequenos têm distância 100m)

1.ª leitura: faz-se da esquerda para a direita das linhas verticais (ex. 5 70 9 )

2.ª leitura: faz-se de baixo para cima das linhas horizontais (ex. 44 50 1)

Coordenadas UTM
48

Quadrícula divisão 50 metros (os quadrados pequenos têm distância 50m)

1.ª leitura: faz-se da esquerda para a direita das linhas verticais (ex. 05 7095 )

2.ª leitura: faz-se de baixo para cima das linhas horizontais (ex. 44 5010)

24
 Coordenadas UTM
49

Numéricas – 29T 05709…e 44501…n (ex. nos GPS,

Google), que aparecem no GPS com o mesmo tamanho e podem
vir seguidas ou separadas, por exemplo:

29T 057095E (Este lê-se em 1.º lugar)

445010N (Norte lê-se em 2.º lugar)

ou 29T 057095E 445010N

Alfanuméricas – 29TNE7095 5010, em que NE substitui os

algarismos pequenos da carta militar. Esta aparece explicada na
legenda da carta e com um exemplo.

Coordenadas UTM
50

(Quadrícula quilométrica U.T.M. fuso 29 – elipsoide

internacional – Datum Europeu)

• Exemplo de coordenadas alfanuméricas: 29T NE 70… 50..

• Exemplo de coordenadas numéricas: 29T 0570… 4450..

Em que:

29T – Designa a zona T (6º X 8º), situada no fuso 29; (lê-se na legenda da carta)

29 T NE – Designação de uma referência situada na zona 29T e no quadrado NE de 100

km de lado; (lê-se na legenda da carta)
29 T NE 70 – Com precisão de 10 km; (lê-se nas linhas da carta)

29 T NE 709 501 – Quadrado com precisão 1 km; (lê-se nas linhas da carta)
29 T NE 7095 5010 – quadrado de 100 m (área 10 000m2 = 1 ha). (lê-se na quadrícula)

25
 Coordenadas UTM
51

Arquipélago dos
Açores Fusos 25 e
26; Zonas 25S e 26S Portugal
continental
Fuso 29,
zonas 29T e
29S

Arquipélago da
Madeira Fuso28,
Zona 28S

Coordenadas UTM
52

Arquipélago da Madeira

26
 Coordenadas UTM
53

Arquipélago dos Açores

Grupo Ocidental - Corvo e Flores: Fuso 25, Zona 25S;

Grupo Central - Faial, Graciosa, Pico, São Jorge, Terceira: Fuso 26, Zona 26S
Grupo Oriental - Santa Maria e São Miguel: Fuso 26, Zona 26S

54

Exercícios práticos

27
 Bibliografia
55

Instituto Geográfico do Exército (2008). Manual de Leitura de Cartas. 7ª Edição.

Instituto Geográfico do
Exército
Av. Dr. Alfredo Bensaúde
1849-014 Lisboa
Tel. : 218505300
Fax.: 218532119
Homepage – www.igeoe.pt

DOMÉNECH, Francisco Valdés (1981). Topografia. Edições Cetop.

CASACA, M., MATOS J., BAIO, M.. Topografia Geral. Editora Lidel

Instituto Português de Cartografia e Cadastro - DSGE (1999). Manual do

Programa TransCoord (transformação de coordenadas). Obtido por
pesquisa na NET.

Bibliografia
56

http://www.igeoe.pt (Instituto Geográfico do Exército – tem um utilitário para

transformação de coordenadas).

http://www.igeo.pt/ (Instituto Geográfico Português);

http://snig.igeo.pt (Informação Geográfica Digital – podemos aceder a este

sítio pelo http:// www.igeo.pt

http://scrif.igeo.pt Contém coordenadas de corporações de bombeiros, pontos

de água, locais, postos de vigia… e ortofotomapas.

http://www.geodesia.org/

http://earth.google.com/intl/pt-PT/

28
 Carta topográfica;
57

Margens e legenda;

Escalas;

Distâncias e declives;

Cálculo de declives;

Cota, altitude, curva de nível;

Representação do relevo pelo método das curvas
de nível;
Formas de relevo/ orografia;
57
Geodesia;

Coordenadas geográficas;

Coordenadas retangulares;

Coordenadas UTM.

58

VERSÃO 1
2019

© TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É estritamente proibida, sem autorização prévia e escrita da ENB, a reprodução total ou parcial dos conteúdos desta obra, por qualquer meio ou procedimento (reprodução,
difusão ou transmissão, utilização, modificação, venda, publicação, distribuição ou qualquer outro), rejeitando a ENB qualquer responsabilidade derivada da utilização não autorizada deste conteúdo por terceiros.

29