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Colecção
CADERNOS
ESPECIALIZADOS
2
ENB
S I N T R A 2002
Ficha Técnica
Ficha Técnica
Título
Manual de Comando Operacional
Colecção
Cadernos Especializados ENB
(nº2)
Edição
Escola Nacional de Bombeiros
Quinta do Anjinho – Ranholas
2710 - 460 Sintra
Telef.: 219 239 040 • Fax: 219 106 250
E.mail: enb@mail.telepac.pt
Texto
Artur Gomes
Comissão de Revisão Técnica e Pedagógica
Artur Gomes, Carlos Ferreira de Castro, F. Hermínio Santos,
Gil Martins, J. Barreira Abrantes, Luís Abreu, Pedro Cunha
Fotografia
Rogério Oliveira, Victor Hugo
Ilustrações
Osvaldo Medina, Ricardo Blanco, Victor Hugo
Grafismo e fotomontagens
Victor Hugo Fernandes
Impressão
Gráfica Europam, Lda.
ISBN: 972-9848-89-0
Depósito Legal nº 174421/01
Outubro de 2002
Tiragem: 3 000 exemplares
Preço de capa:
15,00 (pvp)
7,50 (bombeiros)
Prefácio
Manual de Comando Operacional
D e acordo com a Portaria nº 449/2001, de 5 de Maio,
compete ao comandante das operações de socorro (COS)
comandar em exclusivo as operações de socorro e assistência no
teatro de operações (TO), estabelecer um posto de comando
operacional dos bombeiros (PCOB) e garantir a existência de
condições de segurança para o pessoal envolvido.
O sistema de comando operacional (SCO) foi instituído em
Portugal, no ano de 1985, pela Norma de Execução Permanente
n.º 4, emanada da Inspecção Superior de Bombeiros, tendo sido
baseado, entre outros, no esquema aplicado nos Estados Unidos
da América, nomeadamente destinado aos incêndios florestais.
Durante muitos anos o SCO foi associado a este tipo de
acidente, sendo praticamente nula a sua utilização noutras
ocorrências. Por outro lado, generalizou-se o conceito de que
o SCO dependia da existência de, pelo menos, três corpos de
bombeiros na mesma operação.
Nada mais errado! O comando e a organização de um
teatro de operações inicia-se logo que o primeiro veículo
chega ao local do acidente. Na maior parte dos casos, basta que
o graduado assuma a função conjuntural de comandante das
operações de socorro e coordene directamente as guarnições
intervenientes. Noutros, será necessário estabelecer uma estrutura
mais complexa, que resultará, sempre, do desenvolvimento da
organização existente no início.
Este manual procura criar «doutrina» e proporcionar o
estudo do sistema de comando operacional aplicado aos diversos
tipos de acidente, nomeadamente incêndios florestais, urbanos
e industriais e em edifícios de grande altura, bem como em
acidentes com matérias perigosas e em acidentes com elevado
número de vítimas.
Não será, certamente, um trabalho acabado. Sendo o primeiro
é, por consequência, o pior. Seria, também, abusivo considerá-
-lo totalmente original, na medida em que procura adaptar
para a realidade do nosso País os estudos e conceitos expostos
na bibliografia indicada.
Deve ser utilizado, em primeiro lugar, como complemento
das acções de formação sobre a matéria, em segundo lugar,
como guia de aperfeiçoamento permanente dos conhecimentos,
mesmo – e porque não – naquelas alturas em que apetecia
«carregar num botão» que permitisse suspender a progressão da
ocorrência durante o tempo suficiente para reorganizar o TO e,
então, começar de novo...
Sumário
Manual de Comando Operacional
1 O sistema de comando operacional 9
5 O desenvolvimento da organização 53
Anexo 119
AMP Acidente com matérias perigosas
ARICA Aparelho respiratório isolante de circuito aberto
AVAC Aquecimento, ventilação e ar condicionado
CCS Centro de coordenação de socorros
COS Comandante das operações de socorro
CODU Centro de orientação de doentes urgentes
EDR Estação directora de rede
EGA Edifícios de grande altura
GAL Grupo de apoio logístico
GIMAP Grupo de intervenção em matérias perigosas
IEGA Incêndios em edifícios de grande altura
INEM Instituto Nacional de Emergência Médica
MGOCI Marcha geral das operações de combate a incêndios
PCOB Posto de comando operacional dos bombeiros
RIA Rede de incêndio armada
SAV Suporte avançado de vida
SBV Suporte básico de vida
SCO Sistema de comando operacional
TO Teatro de operações
VCI Veículo de combate a incêndios
VCOC Veículo de comando e comunicações
VFCI Veículo florestal de combate a incêndios
VPME Veículo de protecção multirriscos especial
VPP Ventilação por pressão positiva
VTPT Veículo de transporte de pessoal táctico
VTTR Veículo tanque táctico rural
VTTU Veículo tanque táctico urbano
VUCI Veículo urbano de combate a incêndios
ZCR Zona de concentração e reserva
1.
Manual de Comando Operacional
1. 1.
1. 1. Os princípios fundamentais
1. 2. A aplicação do SCO
1. 3. A estrutura da organização
1. 4. As funções na estrutura da
organização
1. 5. Os níveis de actuação
10
1.
Manual de Comando Operacional
O sistema de comando operacional (SCO) é uma forma de organização de
carácter conjuntural, isto é, aplica-se, apenas, para fins operacionais, sendo
desactivada quando termina a ocorrência que lhe deu origem.
Tem por objectivo facilitar a implementação das condições necessárias à 1.
execução das prioridades tácticas, sob a responsabilidade do comandante 11
das operações de socorro (COS).
Entende-se por comandante das operações de socorro o elemento que,
Os princípios fundamentais 1. 1.
No sistema de comando operacional existem três princípios funda-
mentais a ter em conta.
1.
14
1. 3. A estrutura da organização
1.
19
2. 1. O planeamento
2. 2. A organização
2. 3. A direcção
2. 4. O controlo
2. 5. O ciclo dinâmico
(1)
Adaptado da NEP nº. 4/85/ISB, de 1 de Março
(Sistema de Comando Operacional).
22
2.
Manual de Comando Operacional
E m sentido restrito, comandar implica:
• Planeamento;
• Organização;
• Direcção;
2.
• Controlo. 23
A organização 2. 2.
A organização consiste na estrutura de disposição dos meios, constituindo-
-se diferentes órgãos, aos quais são atribuídas as funções (missões) necessárias
para que se atinjam os objectivos planeados.
A organização tem a ver com a sequência do estabelecimento de meios, isto
é, com o estabelecimento dos meios de acção.
2. 3. A direcção
Manual de Comando Operacional
2.
24
2. 4. O controlo
Por último, o controlo, que tem por fim avaliar:
• Do rigor do cumprimento das ordens transmitidas;
• Da sua adequação à obtenção dos objectivos planeados;
• Da evolução da situação.
É, verdadeiramente o topo de toda a acção de supervisão.
2. 5. O ciclo dinâmico
O ciclo constituído pelo planeamento, organização, direcção e controlo,
é, essencialmente um ciclo dinâmico, isto é, está em constante renovação no
tempo, face à evolução da situação operacional, como se ilustra na figura 7.
2.
25
3.
A função de comandante das 27
operações de socorro
Manual de Comando Operacional
3.
30
3.
32
Exemplo 1
«VFCI02 de Barcelos no local. Povoamento de pinheiro. Incêndio sobe encosta
com intensidade. Não há habitações em perigo. O chefe deste veículo assumiu o
comando das operações. Necessito dois VFCI»
Exemplo 2
«VUCI02 de Vila Real no local. Contentor de lixo. Não há exposições. Não são
necessários mais meios»
Exemplo 3
«VUCI03 de Leiria no local. Armazém, médias proporções, todo envolvido,
exposições na fachada esquerda. O chefe deste veículo assumiu o comando das
operações. Necessito 2º e 3º alarme»
Exemplo 4
«VUCI01 do Estoril no local. Edifício escolar, 2 pisos, “fogo de arder” no 2º piso.
O chefe deste veículo assumiu o comando das operações. 1º alarme suficiente»
3.
33
3.
34
3.
38
A estrutura do sistema de
comando operacional
Manual de Comando Operacional
4.
41
4.
Fig. 12 Um grupo de combate constituído por quatro VFCI e um VCOT.
44
4.
46
O desenvolvimento da
organização
Manual de Comando Operacional
5.
53
5. 1. As células do PCOB
O desenvolvimento da organização
5. 2. As frentes
5. 3. Os adjuntos do comandante de
operações de socorro
5. 4. As operações aéreas
54
5.
Manual de Comando Operacional
Q uando uma pequeno ocorrência evolui para um acidente de grandes
proporções, a capacidade do comandante das operações de socorro para
controlar directamente os meios tende a atingir o limite, em função da
chegada de meios adicionais e da implementação de novas divisões.
Para além disso, se as proporções ou gravidade do acidente o justificarem, o
COS poderá constituir um posto de comando operacional conjunto (PCOC),
por si coordenado e integrando elementos de ligação das várias entidades envol-
vidas na operação (assistência sanitária, segurança, apoio, etc.), sem prejuízo do
respeito pela cadeia hierárquica de comando das organizações e entidades presentes.
Num espaço de tempo relativamente curto, o comandante das operações de
socorro pode ficar sobrecarregado com todas as tarefas que tem para atender:
• Gerir as informações; 5.
• Planear e prever; 55
• Colocar veículos;
• Requisitar meios adicionais;
O desenvolvimento da organização
• Comunicar via rádio;
• Actualizar a documentação operacional, etc..
As células do PCOB 5. 1.
As células do posto de comando (fig. 21), que podem ser criadas a
qualquer momento, em função das necessidades da operação, constituem
um «estado-maior» operacional que visa apoiar o comandante das operações
de socorro na prossecução dos seus objectivos, particularmente nas tarefas
respeitantes ao combate, ao planeamento e à logística.
Fig. 21 Organização do posto de comando operacional dos bombeiros (PCOB).
Manual de Comando Operacional
O desenvolvimento da organização
O graduado responsável por cada uma destas áreas utiliza nas comunicações
rádio a identificação ZCR (Posto de comando, aqui ZCR, escuto).
O desenvolvimento da organização
Deste modo, pode afirmar-se que nos acidentes de maiores proporções ou
maior complexidade, a gestão das informações é uma tarefa que se desenrola
a tempo inteiro.
O desenvolvimento da organização
ser ultrapassada perante uma maior complexidade da ocorrência.
O desenvolvimento da organização passa, então, pelo agrupamento das
divisões em frentes.
Contudo, há que ter presente que as frentes nem sempre são essenciais à
organização da célula de combate (fig. 27), devendo ser implementadas, apenas,
quando o número de divisões exceder o recomendado para a manutenção da
capacidade de controlo directo do comandante de combate.
5.
62
5.
63
O desenvolvimento da organização
operações de socorro
Os adjuntos do comandante das operações de socorro são graduados,
preferencialmente de comando, responsáveis por actividades que se situam
fora da linha hierárquica da organização e que dizem respeito às relações
públicas, à segurança e à ligação (fig. 30).
O desenvolvimento da organização
• Transmitir aos pilotos as necessárias instruções para a missão;
• Propor a desmobilização dos meios aéreos que coordena.
A particularidade dos
incêndios em edifícios
de degrande
Manual Comandoaltura
Operacional
6. 6. O material de ordenança
(1ºalarme)
6. 7. A responsabilidade do chefe do
primeiro veículo
68
6.
Manual de Comando Operacional
E ste capítulo visa a aplicação do sistema de comando operacional (SCO)
aos incêndios em edifícios de grande altura (IEGA). Na verdade, embora
possa parecer que este tipo de incêndio coloca aos bombeiros os mesmos
problemas que os incêndios em edifícios de um ou dois pisos, há certos
aspectos da configuração de um edifício de grande altura (EGA) que obrigam
a algumas alterações na organização do teatro de operações (TO).
É exemplo, a necessidade de funções especiais de apoio, que são únicas no
sistema de comando operacional aplicado à organização de um TO quando
se trata de um IEGA. As funções atrás referidas, que irão ser objecto de um
estudo mais detalhado, são:
• Grupo de apoio logístico (GAL);
• Grupo de controlo da entrada principal;
• Grupo de apoio à caixa de escada.
6.
O estabelecimento do GAL é prioritário em relação a todo o demais
71
trabalho relacionado com este tipo de incêndio, sem prejuízo da actividade de
busca e salvamento, pelo que essa missão deve ser dada à equipa de um dos
6.
Fig. 33 Ninguém deve subir para o local onde está instalado o GAL de mãos vazias. 73
forças de segurança.
6.
Uma das suas primeiras responsabilidades é comunicar ao seu superior
77
directo, com base nas informações que podem obter-se através dos elevadores,
qual o número de pisos do edifício e se existe alguma chamada dos pisos
6.
78
Fig. 37 Controlo de entradas e saídas do edifício.
A responsabilidade do chefe do 6. 7.
primeiro veículo
Num IEGA, o chefe do primeiro veículo a chegar ao TO – o primeiro
comandante das operações de socorro – tem um conjunto mínimo de
tarefas a desenvolver.
6.7.1. Reconhecimento inicial
6.
85
7. 1. As operações de controlo de
acidentes com matérias perigosas
7.
7. 2. A divisão em níveis dos acidentes 87
com matérias perigosas
7. 5. As actividades secundárias do
GIMAP
88
7.
Manual de Comando Operacional
C omo pode ser demonstrado pela leitura dos capítulos anteriores, os
procedimentos operacionais são importantes para qualquer organização
que pretenda ser eficaz. Contudo, a sua importância aumenta de uma forma
crítica, quando se trata de um acidente com matérias perigosas (AMP).
Na verdade, uma resposta lenta ou desorganizada a um AMP poderá dar
origem a que as equipas de intervenção corram sérios riscos no que respeita à
segurança, nomeadamente significativos danos pessoais como a contaminação,
que podem levar à morte.
Apenas como ilustração, os critérios de actuação destinados a um grupo de inter-
venção em matérias perigosas podem comparar-se aos sistemas informáticos.
Ambos consistem em dois elementos: meios (equipamentos) e programação.
Os equipamentos informáticos podem custar centenas de contos, mas de
pouco servirão se não possuírem uma adequada programação. Do mesmo
modo, os meios de resposta dos bombeiros (pessoal, veículos, equipamentos,
etc.) tampouco darão resposta eficaz se não trabalharem de forma coordenada
e em segurança.
Os procedimentos operacionais são a «adequada programação» que dirige as 7.
acções dos grupos de intervenção no controlo dos acidentes com matérias perigosas. 89
Fig. 44 O GIMAP pode funcionar como um grupo de combate ou como uma frente.
A divisão em níveis dos 7. 2.
acidentes com matérias perigosas
A fim de facilitar a compreensão relativa à inserção, na estrutura do SCO
atrás mencionada, do grupo de intervenção em matérias perigosas, indicam-
-se no quadro seguinte os diferentes níveis dos AMP.
QUADRO I
Níveis de acidentes com matérias perigosas
7.
91
7.
92
7. 4. As actividades primárias do GIMAP
Ao grupo de intervenção em matérias perigosas estão cometidas as seguintes
actividades tácticas:
7.4.1. Segurança
7.
93
7.4.4. Acesso
acidente.
7.4.5. Descontaminação
7.
95
8. 1. O grupo de salvamento e
desencarceramento
8. 2. O grupo de triagem
8.
8. 3. O grupo de assistência
97
pré-hospitalar
diversos acessos e pontos de saída, deve ser escolhido para posto ou área de
triagem um local o mais central possível em relação às saídas.
Nalguns acidentes como, por exemplo, quando existem casos de
encarceramento complicado em espaços confinados, poderá ser necessário,
em primeiro lugar, remover as vítimas com lesões menores de modo a facilitar
o acesso às que se encontram em situação mais crítica, acabando aquelas por
dar entrada na triagem antes das restantes.
8.
Todas as vítimas que não se possam movimentar por si próprias devem ser
102
removidas através de macas adequadas à situação após imobilização cervical,
se necessário. Para o transporte das vítimas em maca devem ser utilizados
bombeiros de equipas adstritas ao grupo de salvamento e desencarcera-
mento (fig. 48).
8. 2. O grupo de triagem
Classificar eficaz e rapidamente as vítimas de acordo com a gravidade das
lesões apresentadas, requer um enorme esforço, grande empenhamento e
soluções adequadas a cada teatro de operações.
Quando se estabelecem procedimentos operacionais com vista à avaliação
8.
do estado e posterior tratamento das vítimas, procura-se evitar que a confusão
104
e a desordem se instale, permitindo rapidez e eficácia no socorro.
O grupo de triagem (fig. 49) tem por missão assegurar a avaliação e
classificação das vítimas quanto ao tipo e gravidade das lesões apresentadas,
com o objectivo de definir prioridades no respectivo tratamento.
dos veículos. Quando tal não acontece deve ser estabelecida uma área própria
para o efeito, onde as vítimas são assistidas até à sua evacuação.
De todos os diferentes grupos envolvidos num acidente deste tipo, a
assistência pré-hospitalar configura o que requer, normalmente maior número
de elementos, quer para as funções especializadas, quer para as de apoio.
A área destinada à assistência pré-hospitalar, a escolher pelo chefe do grupo,
deve ser segura, com boa acessibilidade no que diz respeito à entrada das
vítimas e à sua saída para efeitos de evacuação secundária, com dimensão
apropriada para receber as vítimas e permitir a mobilidade dos técnicos de
saúde e outros socorristas.
É importante que o local seja escolhido e preparado antes da chegada
da primeira vítima vinda do posto de triagem. Nos acidentes de menores
proporções a assistência poderá ter lugar no próprio local de salvamento e
desencarceramento. Quando tal não acontece, o chefe do grupo de assistência
pré-hospitalar deve dar conhecimento ao seu superior directo do local que
seleccionou e do momento em que a área ficar pronta a receber as vítimas.
O local escolhido deve ser facilmente identificável com a entrada bem visível,
marcada através de cones de sinalização ou similares, e ser do conhecimento
de todos os intervenientes nas operações de socorro.
O chefe do grupo de assistência pré-hospitalar deve destacar pessoal
destinado a receber e encaminhar as vítimas para as diferentes localizações
dentro da área, de acordo com a sua classificação, isto é, urgência absoluta,
urgência relativa e não urgentes.
A colocação das primeiras vítimas deve fazer-se o mais perto possível da
saída para a evacuação secundária e, sucessivamente na direcção da entrada,
Manual de Comando Operacional
8.
109
Fig. 52 O grupo de assistência pré-hospitalar.
8.
110
8.
113
Considerações finais
Manual de Comando Operacional
9.
115
Considerações finais
9.
116
Manual de Comando Operacional
O rganizar um teatro de operações nem sempre é uma tarefa fácil. Por ser um
trabalho de equipa, será tanto mais difícil quanto menor for o conhecimento
dos elementos de comando e graduados em relação ao sistema de comando
operacional.
119
Anexo
120
Manual de Comando Operacional
121
Anexo
122
Manual de Comando Operacional
123
Anexo
124
Manual de Comando Operacional
Bibliografia
Manual de Comando Operacional
Glossário
Índice remissivo
Índice geral
125
126
Manual de Comando Operacional
Bibliografia
Manual de Comando Operacional
A
Adjunto para a ligação – Elemento de comando que trabalha directamente com
o COS, responsável pelo desenvolvimento dos contactos com os
representantes de outras entidades
Adjunto para a segurança – Elemento de comando que trabalha directamente
com o COS, responsável pela avaliação dos perigos e situações de
risco, que toma as medidas necessárias à segurança individual dos
bombeiros empenhados na operação
Adjunto para as relações públicas – Elemento de comando que trabalha directamente
com o COS, responsável pelos contactos com a comunicação
social
Agrupamento de meios – Conjunto organizado de veículos ou grupos de combate
Área geográfica – Espaço de actuação de meios no TO
C
Capacidade de controlo directo – Número de elementos que um graduado pode
dirigir directamente, para que se obtenha uma supervisão eficaz
Célula de combate – Parte da estrutura do PCOB responsável pela gestão de todas
129
as actividades tácticas
Célula de logística – Parte da estrutura do PCOB responsável pelo apoio à
Glossário
D
Descontaminação – Processo físico ou químico que visa reduzir e prevenir a extensão
da contaminação veiculada através de pessoas ou equipamentos
utilizados nos acidentes com matérias perigosas
Difusão – Acto ou efeito de difundir; divulgação
Divisão – Nível da organização responsável pelas operações numa
determinada área geográfica
Manual de Comando Operacional
E
Edifício de grande altura – Aquele em que a diferença entre a cota do último piso
130 coberto susceptível de ocupação e a cota da via de acesso ao edifício
no local onde seja possível aos bombeiros lançar, eficazmente, para
todo o edifício as operações de salvamento de pessoas e combate
a incêndios, seja superior a 28 metros
Estação directora de rede – Posto coordenador do funcionamento dos restantes
postos da mesma rede de comunicações, quando a exploração é
do tipo rede dirigida
Estratégia – Definição de objectivos com vista a alcançar um determinado fim
Estrutura – Disposição ou organização das diferentes partes de um todo
Etiquetagem das vítimas – Colocação de cartões com o registo de dados relativos à
vítima, nomeadamente a classificação e a prioridade de tratamento
Evacuação secundária – Transferência das vítimas do teatro de operações para
unidades hospitalares
Expansão – Alargamento; desenvolvimento
F
Factor crítico de sucesso – Ponto de equilíbrio das condicionantes para a
concretização de um objectivo
Focos secundários – Que eclodiram fora do perímetro do incêndio principal
«Fogo de arder» – Gíria que caracteriza um incêndio no estádio de desenvolvi-
mento avançado
Frente – Nível da organização que se situa numa posição intermédia entre
as divisões e a célula de combate
Funcional – Que diz respeito a uma função específica
G
Gestão – Direcção; coordenação; administração
Grupo de combate – Agrupamento de meios responsável pela execução de funções
específicas de carácter funcional, integrando até cinco veículos
I
Implementar – Aplicar; colocar em prática; dar cumprimento ao estabelecido
Incêndios nascentes – Que eclodiram há pouco tempo em outros locais, fora do
teatro de operações 131
M
Glossário
N
Não urgentes – Classificação das vítimas que apresentam, apenas, pequenas
escoriações ou que, não necessitando de qualquer tratamento,
sofram de alterações psicológicas
Nível intermédio – Situado entre duas ou mais partes
O
Objectivos tácticos – Operações necessárias para alcançar os objectivos específicos
determinados pela estratégia
Ocorrência – Relativo a todo e qualquer tipo de acidente
P
Planeamento – Previsão; antecipação
Manual de Comando Operacional
S
Sistema de alarme e alerta – Instalação que permite, em caso de emergência, emitir
alarmes, alertar os bombeiros e accionar os dispositivos previstos
para intervir em caso de incêndio
Sistema de comando operacional – Forma de organização que se aplica, exclusiva-
mente para fins operacionais e que é desactivada quando termina
a ocorrência que lhe deu origem
Suporte avançado de vida – Nível da emergência médica que utiliza os procedi-
mentos do SBV, técnicas invasivas e administração de fármacos
Suporte básico de vida – Nível da emergência médica que procede à avaliação
inicial, manutenção da via aérea, ventilação com ar expirado e
compressão do tórax da vítima, sem o recurso a qualquer tipo de
equipamento que não seja de protecção individual
Supressão – Acção concreta e objectiva destinada a extinguir, solucionar ou
impedir a continuação de qualquer acidente
T
Táctica – Organização dos meios de acção com o fim de concretizar os
objectivos definidos pela estratégia 133
Técnicos especialistas – Elementos com formação técnica adequada que podem ser
mobilizados para o TO, nomeadamente nas áreas de estruturas,
química, ambiente, comportamento do fogo e meteorologia
Trasfega – Passagem de um recipiente para outro
Triagem – Avaliação e classificação das vítimas quanto ao tipo e gravidade
das lesões apresentadas, com o objectivo de definir prioridades no
respectivo tratamento
U
Urgência absoluta – Classificação das vítimas que necessitam de cuidados
imediatos
Urgência relativa – Classificação das vítimas que, embora necessitem de tratamento
urgente, podem aguardar até que seja efectuada a terapêutica
adequada
Z
– Área do TO destinada a localizar temporaria-
Zona de concentração e reserva
mente os meios e recursos disponíveis
Zona de controlo– Designação das áreas respeitantes a acidentes com matérias
perigosas baseada nos índices de segurança e no grau de risco
Zona de controlo 0– Área imediatamente circundante do local do acidente com
matérias perigosas, com um raio suficiente que previna os efeitos
adversos da substância libertada em relação ao pessoal que se
encontra fora do seu perímetro
Zona de controlo 1– Área circundante da zona de controlo 0, onde o pessoal e
Manual de Comando Operacional
134
Índice remissivo
Manual de Comando Operacional
A
Adjunto para a ligação .................................................................................. 64
Adjunto para a segurança .................................................................. 64, 92, 93
Adjunto para as relações públicas .................................................................. 63
Agrupamento de meios ........................................................................... 43, 45
C
Capacidade de controlo directo ......................................................... 13, 48, 61
Célula de combate ...................................................................... 56, 59, 61, 70
Célula de logística ................................................................. 60, 74, 77, 79, 95
Célula de planeamento ................................................................................. 58
Chefe do grupo de combate .............................................................. 12, 16, 49
Circunscrever ................................................................................................ 18
Coluna seca ............................................................................................ 69, 78
Comandante da logística ....................................................... 60, 74, 75, 77, 79
Comandante da zona de concentração e reserva ...................................... 74, 75
Comandante das operações aéreas ................................................................. 65
Comandante das operações de socorro ........... 11-16, 19, 29-39, 44, 45, 48-50,
55-58, 61-64, 70, 72-75, 77, 79, 82, 83, 92, 99, 100, 117
Comandante de célula .................................................................................. 16 135
Comandante de divisão ............................................. 12, 16, 43, 45, 48-51, 62
Comandante de frente ...................................................................... 12, 16, 62
Índice remissivo
M
Matéria perigosa ...................................................................................... 89-92
N
Não urgentes ...................................................................................... 108, 109
O
Objectivos estratégicos ............................................................................ 17, 18
Objectivos tácticos ............................................ 18, 31, 38, 48, 50, 57, 92, 100
136
Ocorrência 11, 12-15, 31, 33-36, 39, 55, 56, 59, 61, 63, 89, 99, 100, 102, 103
Operações aéreas .......................................................................................... 65
P
Planeamento ................................................................... 16, 23, 24, 29, 55, 61
Plano estratégico de acção ......... 17, 18, 29, 31, 38, 59, 61, 65, 75, 92, 99, 100
Ponto de situação ......................................................................................... 38
Posto de comando operacional dos bombeiros .......................... 24, 30, 55, 111
Procedimentos operacionais ...................................................... 29, 37, 89, 104
R
Reconhecimento ............................. 23, 30, 31, 33-36, 82, 84, 85, 94, 99, 100
Rede de incêndio armada .............................................................................. 78
S
Sistema de alarme e alerta ............................................................................. 69
Sistema de comando operacional ....................... 11-14, 17, 18, 29, 30, 69, 117
Suporte avançado de vida .................................................................... 103, 109
Suporte básico de vida ................................................................................ 109
Supressão do acidente ......................................................... 29, 33, 56, 94, 117
T
Táctica ............................ 11, 18, 29, 30, 36, 48, 56, 57, 59, 62, 70, 74, 82, 92
Teatro de operações ..11-18, 31, 44, 45, 48, 55, 56, 59-65, 69, 99, 104, 111, 117
Técnicos especialistas .................................................................................... 64
Trasfega ........................................................................................................ 89
Triagem ............................................................................... 100-106, 108, 110
U
Unidade de comando .................................................................................... 11
Urgência absoluta ............................................................................... 108, 109
Urgência relativa ................................................................................. 108, 109
Z
Zona de concentração e reserva ................... 13, 72, 74-76, 78, 79, 81, 82, 112
Zona de controlo .......................................................................................... 94
137
Índice remissivo
138
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Índice geral
Manual de Comando Operacional
Prefácio 3
Sumário 5
Siglas 7
5. O desenvolvimento da organização 53
5.1. As células do PCOB ........................................................................ 55
Manual de Comando Operacional
Anexo 119
Bibliografia 127
Glossário 129
142
Anotações
143
144
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Anotações