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FORMAÇÃO
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Introdução – Princípios gerais do socorrismo
Assim, a forma mais eficaz de eliminar ou reduzir nas vítimas as sequelas que resultam destes incidentes,
é através do socorro prestado nos primeiros minutos que sucedem ao incidente. A eficácia deste primeiro
socorro será tanto maior quanto maior for a formação do socorrista.
Os primeiros socorros podem muitas vezes fazer a diferença entre a vida e a morte ou entre as lesões
ligeiras ou agravadas.
O que se pretende no fundo com a formação em primeiros socorros é criar competências na atuação em
situações de emergência com vista à estabilização de uma vítima até à chegada de socorro
especializado.
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1. Mala de primeiros socorros
O local de trabalho é onde passamos uma grande parte do nosso dia. É, por isso, natural que
aconteçam imprevistos de saúde. Quebras de tensão, dores de cabeça e outros mal estares
podem fazer-se sentir em jornada laboral.
Para começar é importante abordar alguns aspetos importantes quando planeia o Kit de
Primeiros Socorros da sua empresa:
Conhecer a área da empresa. A área da empresa implica, por sua vez, uma maior ou
menor dispersão dos postos de trabalho. Por isso, influencia fortemente a quantidade
de Kits de Primeiros Socorros necessários. Em casos com áreas de trabalho muito
grandes deve tomar uma decisão ponderada acerca da localização do seu Kit para que
seja de fácil acesso para todos os trabalhadores.
De acordo com o Artigo 75.º da Lei n.º 102/2009 de 10 de Setembro, Regime jurídico da
promoção da segurança e saúde no trabalho, é atribuído às empresas a
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responsabilidade da prestação de cuidados de primeiros socorros aos trabalhadores que
tenham tido um acidente de trabalho. Porém, a lei é negligente em relação aos
procedimentos a adotar em caso de emergência e até mesmo da localização e conteúdo
do Kit de Primeiros Socorros.
Para que saiba como organizar o kit de primeiros socorros para a sua empresa e para privilegiar
a flexibilidade da mesma, há alguns princípios legislativos que devem ser seguidos. Tais como:
Instrumentos
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Termómetro
Tesoura
Pinça
Mascara Proteção Facial
Luvas tipo cirúrgica (látex)
Compressas de diferentes dimensões;
Pensos rápidos;
Rolo adesivo;
Ligadura não elástica;
Solução anti-séptica (unidose);
Álcool etílico70% (unidose);
Soro fisiológico; (unidose);
Tesoura de pontas rombas;
Pinça;
Luvas descartáveis em latex.
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2. INEM
Missão:
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O seu funcionamento é assegurado, 24 horas por dia, por equipas de profissionais qualificados
(Médicos e Técnicos) com formação específica para efetuar o atendimento, triagem,
aconselhamento, seleção e envio de meios de socorro.
É ainda possível selecionar e preparar a receção hospitalar dos doentes, com base em critérios
clínicos, geográficos e de recursos da unidade de saúde de destino.
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Meios de Emergência
A partir de Julho de 2004, os motociclos de emergência médica passaram a fazer parte dos
meios do INEM. O motociclo de emergência médica é um meio ágil, vocacionado para o trânsito
citadino, que permite chegar rapidamente ao local onde se encontra o doente.
Este material permite ao Técnico do INEM adotar as medidas iniciais necessárias à estabilização
da vítima, até que estejam reunidas as condições para um eventual transporte.
Em alguns casos, a intervenção deste meio é a única necessária, dispensando a presença de
uma ambulância de socorro no local.
Ambulância de Socorro
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As Ambulâncias de Socorro (AS) têm como missão assegurar a deslocação rápida de uma
tripulação com formação em técnicas de emergência médica ao local da ocorrência e no mínimo
tempo possível, em complementaridade e articulação com os outros meios de emergência
médica pré-hospitalar bem como o eventual transporte para a unidade de saúde mais adequada
ao estado clínico da vítima.
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Ambulância de Emergência Médica
Têm como missão a deslocação rápida de uma equipa de emergência médica pré-hospitalar ao
local da ocorrência, a estabilização clínica das vítimas de acidente ou de doença súbita e o
transporte assistido para o serviço de urgência mais adequado ao seu estado clínico.
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Ambulância de Suporte Imediato de Vida
As Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) têm por missão garantir cuidados de saúde
diferenciados, tais como manobras de reanimação. A tripulação é composta por um Enfermeiro e
um Técnico de Emergência Pré-hospitalar (TEPH) e visa a melhoria dos cuidados prestados em
ambiente pré-hospitalar à população.
Ao nível dos recursos técnicos tem a carga de uma Ambulância de Suporte Básico de Vida,
acrescida de um monitor-desfibrilhador e diversos fármacos. O equipamento das SIV permite a
transmissão de eletrocardiograma e sinais vitais.
Missões Primárias
O helicóptero coloca uma equipa médica e equipamento no local da ocorrência. Em regra, os
doentes são helitransportadas, no entanto podem ser transportadas em Ambulância para o
hospital, acompanhados ou não pela equipa do helicóptero.
Outras Missões
Transporte de órgãos
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Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência
As UMIPE são ainda integradas nos dispositivos de resposta do INEM a situações de exceção,
nomeadamente, incêndios, inundações, explosões, catástrofes naturais e humanas, entre outras.
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Transporte Inter-hospitalar Pediátrico
Estão equipadas com todo o material necessário à estabilização de doentes dos 0 aos 18 anos
de idade, permitindo o seu transporte para hospitais onde existam unidades diferenciadas com
capacidade para o seu tratamento. O serviço tem uma cobertura nacional e funciona 24 horas
por dia, todos os dias do ano.
O TIP veio absorver o antigo Subsistema de Transporte de Recém-Nascidos de Alto Risco, que
funciona no INEM desde 1987. As ambulâncias do TIP são um meio ligeiramente diferente dos
restantes, pois não realizam transportes primários (do local da ocorrência para o hospital), mas
sim transportes secundários (entre hospitais).
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Viatura de Intervenção em Catástrofe
No seu interior transporta diverso material de Suporte Avançado de Vida, que permite a
montagem de um Posto Médico Avançado (PMA).
Este pequeno hospital de campanha está equipado com material igual ao da Viatura Médica de
Emergência e Reanimação (VMER) e permite o tratamento de 8 vítimas muito graves em
simultâneo.
Para além disso, a VIC está também equipada com uma célula de telecomunicações, que
permite criar uma rede de comunicações entre o local do acidente, os Centros de Orientação de
Doentes Urgentes (CODU) e os hospitais da zona.
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Hospital de Campanha
Trata-se de uma estrutura móvel composta por diversas partes que é armazenada num veículo
longo (contentor) quando está inativa, de forma a permitir fácil transporte por vias terrestre,
marítima ou aérea.
É constituído por 17 tendas insufláveis, com uma área de cerca de 2400 m2, no qual se inclui
além da estrutura hospitalar, a zona de alojamento da equipa e de suporte e a zona de comando
da operação.
Esta estrutura encontra-se dotada de equipamento que lhe garante autonomia logística –
geradores, purificação de águas, iluminação, unidades de climatização, de pressão positiva,
cozinhas de campanha, casas de banho, depósitos de água e combustível, etc.
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O Hospital de Campanha tem a grande vantagem de ser uma estrutura modular que poderá ou
não ser montado na totalidade consoante a situação em questão.
Permitirá assim ser utilizado numa variedade de conceitos alternativos como sejam o de módulo
de intervenção em ambiente internacional integrando uma resposta de carácter humanitário de
cariz bilateral ou multilateral.
Pode ainda ser acionado como estrutura de cariz pré-hospitalar alargada utilizada como tampão
de segurança, para evacuação em massa de vítimas para zonas distantes, em caso de afetação
das vias de comunicação.
Admissão e Triagem
Reanimação, dotada de 3 camas com os respetivos ventiladores
Ambulatório – destinado a doentes com patologias médicas ligeiras
Pequena cirurgia/ Ortopedia – estabilização e tratamento de fraturas, material de
sutura para lesões da pele
Serviço de Observação (SO) – 8 camas, vigilância do doente e monitorização de
parâmetros vitais
Bloco Operatório – equipado com todo o material que permite realizar intervenções
cirúrgicas
Unidade de Cuidados Intensivos – 5 camas, dotado de equipamento que permite
monitorização intensiva e invasiva e terapêuticas correspondentes
4 Enfermarias – 10 camas cada
Imagiologia – permite realizar exames radiológicos e ecográficos
Laboratório – permite realizar exames hematológicos e de bioquímica
Tem uma capacidade total de 60 camas.
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O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) é o organismo do Ministério da Saúde
responsável por coordenar o funcionamento, no território de Portugal continental, de um Sistema
Integrado de Emergência Médica (SIEM), de forma a garantir aos sinistrados ou vítimas de
doença súbita a pronta e correta prestação de cuidados de saúde.
A prestação de socorros no local da ocorrência, o transporte assistido das vítimas para o hospital
adequado e a articulação entre os vários intervenientes no SIEM (PSP, GNR, INEM, Bombeiros,
Cruz Vermelha Portuguesa e os Hospitais e Centros de Saúde) são as principais tarefas do
INEM.
Este sistema é ativado quando alguém liga 112, o Número Europeu de Emergência. O
atendimento das chamadas cabe à PSP e à GNR, nas centrais de emergência. Sempre que o
motivo da chamada tenha a ver com a área da saúde, a mesma é encaminhada para os Centros
de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM.
O INEM, através do Número Europeu de Emergência – 112, dispõe de vários meios para
responder com eficácia, a qualquer hora, a situações de emergência médica.
O INEM recorda que os meios de emergência devem ser apenas utilizados em situações de
risco de vida. Para uma correta avaliação da situação, é fundamental que ligue 112 e colabore
com o INEM, respondendo às perguntas que lhe são colocadas.
O Número Europeu de Emergência – 112 é atendido em primeira linha por uma Central de
Emergência da Polícia de Segurança Pública (PSP), que encaminha para o INEM as chamadas
que à saúde digam respeito. Após receber a chamada transferida pela Central 112, o INEM inicia
um processo de localização, triagem e aconselhamento.
O que fazer?
Informe, de forma simples e clara:
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A localização exata e, sempre que possível, com indicação de pontos
de referência. Esta localização é imprescindível para enviar a ajuda
necessária, devendo ser o mais completa possível;
O número de telefone do qual está a ligar;
O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.);
O número, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de
socorro;
As queixas principais e as alterações que observa.
Só assim é possível o INEM enviar os meios de socorro adequados à condição clínica das
vítimas, ajuda que pode passar pelo acionamento de Ambulâncias de Emergência ou Socorro,
Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação, Motociclos de Emergência Médica,
Helicópteros de Emergência Médica, entre outros.
Para ajudar, basta manter a calma e responder às questões colocadas pelos operadores,
seguindo todas as indicações.
O INEM tem por missão acudir a situações de emergência médica. A diferença entre os
conceitos de Urgência e Emergência Médica não é apenas uma questão de português: a gestão
dos meios de socorro tem de ser feita de forma criteriosa para que não faltem em situações em
que são realmente necessários.
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Após receber a chamada transferida pela Central 112, o INEM inicia um processo de localização,
triagem e aconselhamento da ocorrência. Esta triagem é feita com base nas questões colocadas
ao contactante e permite identificar se a situação é urgente ou emergente.
Numa situação de urgência, a vítima pode ter necessidade de ser observada numa unidade
hospitalar para receber o tratamento adequado, mas não corre risco de vida imediato. Nestes
casos, a chamada é transferida para o Centro de Contacto SNS24, serviço do Ministério da
Saúde constituído por profissionais qualificados e preparados para aconselhar os doentes sobre
a melhor forma de melhorar o seu estado de saúde.
Este Centro pode aconselhar a deslocação do doente a uma unidade de saúde, sendo dadas
alternativas ao contactante para que seja efetuado um outro tipo de transporte, serviço esse
garantido por entidades como Corporações de Bombeiros, Cruz Vermelha Portuguesa ou
empresas privadas que se dedicam ao transporte de doentes não urgentes.
Já numa situação emergente, a vítima apresenta sinais e sintomas que indicam estar-se perante
uma situação de risco de vida iminente, sendo necessária a prestação de cuidados de saúde
ainda no local e durante o transporte até à unidade de saúde adequada para o um tratamento
eficaz.
Sempre que verificar uma situação de emergência, o INEM envia os meios de socorro
adequados. Por isso, a avaliação correta da situação é fundamental!
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4. Cadeia de Sobrevivência
O rápido acesso ao SIEM assegura o início da Cadeia de Sobrevivência. Cada minuto sem se
chamar o socorro reduz a possibilidade de sobrevivência da vítima. Por isso, é fundamental ligar
112 e colaborar com o operador.
Desfibrilhação Precoce
A maioria das PCR no adulto ocorrem devido a perturbações do ritmo cardíaco. O único
tratamento eficaz é a desfibrilhação, que quando aplicada precocemente alcança uma alta taxa
de sucesso.
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5. Avaliação do Estado de Consciência
Os acidentes e as doenças súbitas acontecem quando menos se espera, sendo uma mais-valia
estar preparado para atuar. É por isso importante saber abordar uma vítima e avaliar o seu
estado de consciência.
Se a vítima responde significa que está consciente. Tente perceber o que se passou e
se necessário ligue 112.
Se a vítima não responde, considere que está desmaiada.
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Caso a vítima não responda, precisa saber se ela respira. Para avaliar se uma vítima respira
deve Ver se o tórax expande, Ouvir a passagem de ar e Sentir a expiração na face.
1. Coloque uma mão na testa e dois dedos da outra mão no queixo da vítima, provocando
uma ligeira extensão da cabeça. Este gesto melhora a passagem do ar para os pulmões.
2. Coloque o seu ouvido perto da boca e nariz da vítima e olhe para o peito dela. Preste
atenção a sons de respiração, se sente o ar da respiração no seu rosto e se observa os
movimentos respiratórios do peito da vítima. Faça isto durante 10 segundos.
Se não respira normalmente: Ligue 112 e inicie manobras de Suporte Básico de Vida
(reanimação).
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Causas:
Sendo a diabetes uma doença que resulta da difícil absorção do açúcar (glicose) e da sua
utilização na produção de energia, é necessário ter atenção aos valores deste no sangue.
A diabetes por si só não é uma emergência, mas sim uma doença que pode ser evitada ou pelo
menos, as suas consequências minimizadas. No entanto, se não existir cuidado por parte do
doente pode originar uma de duas situações que podem por em risco a vida, a hiperglicemia e a
hipoglicemia. O açúcar é essencial para que as células produzam energia. Para que o açúcar
possa ser utilizado a nível celular tem primeiro que ser digerido. Na digestão do açúcar é
essencial a presença de insulina, produzida pelo pâncreas. Ao nível de açúcar no sangue dá-se
o nome de glicemia. Ao aumento da quantidade de açúcar no sangue dá-se o nome de
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hiperglicemia. À diminuição acentuada da quantidade de açúcar no sangue dá-se o nome de
hipoglicemia.
Hiperglicemia
Sinais e sintomas:
Náuseas e vómitos;
Fraqueza muscular e tonturas;
Pele avermelhada e seca;
Sensação de sede;
Hálito cetónico;
Aumento da frequência ventilatória;
Sonolência;
Confusão mental;
Desorientação;
Inconsciência - Coma hiperglicémico.
Atuação:
Hipoglicemia
Sinais e sintomas:
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Fraqueza muscular;
Sensação de fome;
Pulso rápido e fraco;
Pele pálida, húmida e viscosa;
Tonturas;
Náuseas e dor abdominal;
Tremores e convulsões;
Desorientação;
Confusão mental;
Inconsciência - Coma hipoglicémico.
Atuação:
Convulsão (Epilepsia)
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Existem fundamentalmente dois tipos de crises epiléticas:
A sintomatologia é mais exuberante nas crises convulsivas ou de grande mal. Muitas vítimas
sentem a aura, isto é, um pré-aviso antes do início da crise que se caracteriza geralmente por:
Cefaleias;
Náuseas;
Ranger de dentes, entre outras.
Atuação:
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Manter a via aérea permeável;
Registar a duração, tempo de intervalo ,zona atingida e as características das crises
convulsivas;
Após a crise convulsiva, colocar a cabeça da vítima de lado e aspirar secreções, se
necessário.
Despistar a hipertermia;
Avaliar e registar sinais vitais;
Recolher o máximo de informação;
Atuar em conformidade com os traumatismos associados;
Manter vigilância apertada.
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Acidente vascular cerebral
O acidente vascular cerebral (AVC), vulgarmente designado por trombose, é uma das maiores
causas de morte em Portugal. O AVC deve-se essencialmente ao sedentarismo e hábitos
alimentares associados a muitos fatores desajustados, e que se sobrepõe aos cuidados que
cada indivíduo tem de ter com a saúde.
A melhor medida de combate a este tipo de doença é adotar uma atitude preventiva, ou seja,
assumir uma alimentação saudável, não fumar e sempre que possível praticar desporto, e em
complemento realizar exames médicos regularmente.
Sinais e sintomas:
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Atuação:
Sincope (desmaio)
A perda súbita do conhecimento, vulgarmente conhecida por «desmaio» ou lipotimia, pode ter
várias origens, bem como indicar vários quadros clínicos. Os mais frequentes são:
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No entanto, pode também indicar situações de maior gravidade, ou seja, quando a perda de
conhecimento esteja associada a:
Dor torácica;
Convulsão.
Atuação:
Na maioria dos casos o doente recupera a consciência ao fim de poucos minutos, no entanto,
devem ser adotados os seguintes procedimentos:
Doente inconsciente
Verificar a boca e retirar próteses dentárias ou outras substâncias que possam
provocar obstrução;
Verificar se o doente respira. Se não respira, abandonar o doente e ligar 112
(caso esteja acompanhado mandar ligar 112) e, após o pedido de ajuda estar
garantido, iniciar as manobras de suporte básico de vida;
Se o doente respira, continuar com os procedimentos;
Colocar o doente em PLS (procedimento explicado no capítulo 8);
Tentar saber o que aconteceu;
Manter o doente quente;
Ligar 112 e transmitir a informação recolhida:
Informar:
Local;
Número de telefone de contacto;
Descrever a situação;
Seguir as instruções dadas pelo
operador de central.
O doente recuperou a consciência.
Na maioria dos casos, o doente irá recuperar ao fim de alguns minutos. Assim, deve
proceder-se da seguinte forma:
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Acalmar o doente;
Desapertar alguma roupa como, por exemplo, o colarinho da camisa e o cinto
das calças;
Elevar os membros inferiores (basta a altura de algumas almofadas ou de uma
pequena cadeira);
Saber quais são as queixas que o doente refere e o que aconteceu;
Manter o doente quente;
Ligar 112 e transmitir a informação recolhida:
Se se deparar com uma vítima inconsciente mas a respirar normalmente e se não suspeitar ser
vítima de trauma, deve colocá-la na chamada “Posição Lateral de Segurança” (PLS).
Nesta posição as vias aéreas ficam desimpedidas, garantindo que a queda da língua não impede
a passagem de ar para os pulmões e que, caso existam líquidos, não obstruam as vias aéreas.
Abandone a vítima apenas se necessário para ir chamar ajuda e avalie-a regularmente para
assegurar que não há agravamento do seu estado clínico.
Coloque o braço da vítima que está junto a si dobrado, com a palma da mão virada para
cima e ao nível da cabeça.
Permaneça onde está e pegue na outra mão da vítima. Dobre-lhe o braço por forma a
cruzar o peito e a colocar as costas da mão na face da vítima do seu lado. Após este
movimento, segure do lado oposto ao seu a perna da vítima na zona do joelho, levante-a
e dobre-a.
Utilize a perna dobrada para ajudar a rolar a vítima para o seu lado. Durante este
movimento mantenha uma mão a apoiar a cabeça da vítima enquanto a faz rolar.
Certifique-se que a vítima está a respirar.
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Ligue 112 e fique atento a alterações do estado da vítima enquanto aguarda pelo
socorro.
Dor torácica
A dor torácica é, sem margem para dúvida, o sintoma que mais preocupações provoca uma vez
que é normalmente associado às situações cardíacas, nomeadamente ao enfarte agudo do
miocárdio. Sendo esta a situação mais frequente, no entanto, não é a única responsável pela
origem da dor torácica, uma vez que no tórax existem outras estruturas anatómicas e órgãos,
como ossos, músculos, grandes vasos sanguíneos, esófago e pulmões, que podem em alguns
casos dar origem à dor. Por este motivo, a avaliação da dor torácica pode ter origem cardíaca ou
origem não cardíaca.
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A dor torácica de origem cardíaca surge em consequência de um deficiente fornecimento de
oxigénio ao músculo cardíaco. Este fator leva a que este entre em sofrimento (isquemia) tendo
como sintoma a dor. A arteriosclerose é a principal responsável por este fornecimento deficitário
de oxigénio, uma vez que ao diminuir o diâmetro das artérias coronárias, reduzindo a
elasticidade das mesmas, provoca uma situação que facilita a sua obstrução e
consequentemente a interrupção do fluxo sanguíneo.
Atuação:
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7. Suporte Básico de Vida
Por isso, após garantir as condições de segurança do local onde se encontra a vítima, verifique
se esta está consciente abanando-lhe suavemente os ombros e chamando por ela. No caso de a
vítima não responder, considere que está desmaiada (inconsciente) avaliando depois se respira,
recorrendo à técnica VOS: Ver se o tórax expande, Ouvir a passagem do ar e Sentir a respiração
na face.
Caso a vítima não respire, ligue de imediato 112 (ou garanta que alguém o faz), recorrendo à
alta voz do seu telemóvel, e se necessário abandonando a vítima.
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Logo que verifique que o latente/criança não respira normalmente, faça 5
ventilações apenas com a quantidade de ar necessária para expandir
eficazmente o tórax.
Se não houver sinais de vida deve iniciar de imediato compressões torácicas,
mantendo uma alternância de 15 compressões com 2 insuflações.
Adapte as compressões ao tamanho da vítima: se bebé até um ano use apenas
2 dedos e se criança até 8 anos apenas uma mão, deprimindo até 1/3 da altura
do tórax.
Esta é a técnica recomendada para que um socorrista único efetue compressões em lactentes.
O socorrista, mantendo a permeabilidade da via aérea (extensão da cabeça com uma mão),
deve colocar a ponta de dois dedos da outra mão sobre a metade inferior do esterno do lactente
e comprimir o tórax na vertical, de forma a causar uma depressão de cerca de 1/3 da sua altura
(4 cm). Depois de cada compressão, deve aliviar a pressão de forma a permitir ao tórax retomar
a sua forma.
Após cada série de 15 compressões, deve retirar os dedos para fazer a elevação do queixo e
efetuar 2 insuflações eficazes, continuando sucessivamente esta relação de 15:2.
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Técnica do Abraço
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costais inferiores, se localiza onde as duas se encontram). Deve levantar os dedos de forma a
que só a base da mão faça pressão, para não comprimir as costelas.
De seguida, mantendo o braço esticado, sem fletir o cotovelo, e de forma que o ombro fique
perpendicular ao ponto de apoio da mão, pressiona o tórax cerca de um terço da sua altura (5
cm na criança), usando o peso do seu corpo. Após cada 15 compressões, o reanimador
permeabiliza a via aérea e efetua duas insuflações, mantendo esta relação de 15:2
sucessivamente.
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8. Obstrução da Via Aérea
Se a vítima conseguir tossir, ainda passa algum ar para os pulmões e estamos perante
uma Obstrução Ligeira. Se a vítima deixar de conseguir tossir, estamos perante uma Obstrução
Grave da Via Aérea.
Num adulto ou numa criança, o procedimento é basicamente o mesmo, apenas com algumas
adaptações em função da idade da vítima.
Qualquer vítima que tenha sido sujeita a este tipo de manobras, deve ser encaminhada ao
Hospital para prevenir algum tipo de lesão associada (ligue 112).
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No caso de um bebé (até um ano), realize as pancadas nas costas segurando-o de barriga para
baixo com a cabeça levemente mais baixa do que o tórax, apoiada no seu antebraço e apoie a
cabeça e a mandíbula do lactente com a sua mão;
Substitua as compressões abdominais por compressões torácicas, usando apenas 2 dedos para
comprimir o tórax. Verifique a boca no final de cada ciclo de 5 compressões.
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9. Dificuldade Respiratória
Quando o frio se faz sentir com maior intensidade, as doenças respiratórias tornam-se mais
habituais e comuns. Idosos e crianças são os grupos etários mais vulneráveis a este tipo de
problemas, que devem ser precavidos. A dificuldade em respirar é uma sensação de respiração
difícil ou desconfortável, que geralmente exige um trabalho respiratório excessivo. É importante
conseguir identificar e corrigir corretamente estas situações, pois podem implicar risco de vida.
Sinais e Sintomas:
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Respiração acelerada, ruidosa e sibilante;
Tosse;
Incapacidade de falar ou completar frases;
Incapacidade para pensar com clareza;
A pele torna-se azul-acinzentada (cianose), sobretudo nas orelhas, lábios e pontas dos
dedos.
Potenciais causas:
Como atuar?
Todas as pessoas que tenham experienciado dificuldade respiratória têm de ser assistidas num
hospital, mesmo aparentando já terem recuperado. É importante certificar que não houve dano
permanente e confirmar a causa que originou a situação.
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10. Intoxicações
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atuar. Os conselhos que aqui lhe deixamos são essenciais para a abordagem a este tipo de
situações e permitem que cada cidadão tenha o conhecimento necessário para atuar em caso de
intoxicação.
O que fazer:
Quem?
O Quê?
Quanto?
Quando?
Onde?
Como?
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Se não conseguir ligar para o CIAV, ligue 112 ou dirija-se ao hospital mais próximo;
Leve sempre consigo as embalagens dos produtos que originaram a intoxicação.
A maioria das intoxicações ocorrem de forma acidental, quer seja por descuido ou simplesmente
porque as crianças gostam de brincar com coisas diferentes. A ingestão de produtos químicos
pode colocar crianças ou adultos em risco de vida.
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Não esqueça que os perfumes, águas-de-colónia e loções para a barba podem ser
soluções alcoólicas, pelo que devem estar devidamente guardados;
Não tenha plantas tóxicas em casa ou no jardim, tendo crianças pequenas.
Cuidado com as bagas!
O contacto com produtos químicos pode resultar em queimaduras graves que precisam de
cuidados urgentes. A gravidade da queimadura depende da substância envolvida e de quanto
tempo esteve em contacto com o corpo.
Sinais e Sintomas
Dor e vermelhidão
Lacrimejo e irritação
Incapacidade de abrir os olhos
Pálpebras inchadas
Perda de visão ou vista turva
Atuação
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A localização das lesões normalmente surge na parte do corpo exposta ao químico. No entanto,
pode ser absorvido pelo organismo e apresentar alterações noutras regiões do corpo.
Sinais e Sintomas
Atuação
Avalie a situação – segurança, proteção (ex.: luvas), riscos, qual o produto, queimaduras
(algumas podem não ser visíveis imediatamente).
Coloque a vítima em segurança – local seguro e bem ventilado.
Ajude a vítima a retirar roupas contaminadas.
Lave abundantemente com água corrente durante 15 minutos – tenha cuidado para que
o produto não escorra sobre partes do corpo não afetadas.
Ligue para o Centro de Informação Antivenenos – 800 250 250.
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Sinais e Sintomas:
Atuação:
Recolha informação sobre o produto ingerido, pedindo ajuda à vítima se esta estiver
capaz de falar.
Acalme a vítima.
Caso ainda exista alguma substância na boca, peça à vítima para a expelir.
Dê a beber alguns goles de água ou leite.
Se a vítima vomitar espontaneamente, incline-a ligeiramente para a frente por forma a
escoar o produto.
Não provoque o vómito.
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Intoxicações na Praia e no Campo
Quem não gosta de aproveitar o verão para umas idas à praia? Por isso mesmo é importante
que fique a saber que mesmo nestes locais estamos expostos a possíveis intoxicações, sendo
muito importante preveni-las.
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Picada ou mordedura de animal
Em Portugal existem muito poucos casos de morte relacionados com picadas ou mordeduras de
animais. Os dados mais recentes do Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do INEM não
revelam a existência de casos mortais, mas as vítimas nem sempre contactam este Centro de
Informação Toxicológica.
Como regra para todos os casos deve aplicar-se gelo no local da picada, imobilizar o membro
atingido e procurar apoio médico nos casos mais graves. No caso do peixe-aranha deve aplicar-
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se água quente na área atingida. Já nos casos das alforrecas, medusas e caravela portuguesa
deve lavar-se a área atingida com água corrente ou vinagre.
Insolação
Esta situação é causada pela exposição prolongada do indivíduo ao calor em ambiente com
pouca humidade atmosférica, ou seja na presença de calor seco. Surge habitualmente quando
existe uma exposição prolongada a um ambiente quente e bastante seco, como por exemplo, no
caso dos atletas num ginásio ou exposição prolongada ao sol. Na origem desta situação está
habitualmente a falência do mecanismo regulador da temperatura, deixando de haver perda de
calor por cessação súbita da transpiração. Por vezes esta situação surge da evolução do golpe
de calor após a falência do mecanismo da transpiração.
Sinais e sintomas:
Insolação
Hipertermia
Pele vermelha, quente e seca;
Agitação;
Convulsões;
Pulso rápido e fraco;
Cefaleias (dores de cabeça);
Menos frequente é o aparecimento de: pupilas dilatadas, vómitos e inconsciência.
Atuação:
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Retirar a vítima do ambiente quente;
Colocação de compressas húmidas nas axilas, testa e virilhas;
Não administrar líquidos, apenas humedecer os lábios;
Prosseguir com o exame da vítima na tentativa de recolha do máximo de informação;
As lesões pelo frio surgem devido à exposição prolongada do indivíduo a um ambiente muito frio.
O frio causa vasoconstrição (diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos) pelo que a maioria
das lesões tecidulares se devem à deficiente circulação e logo má oxigenação dos mesmos. A
extensão da lesão está diretamente relacionada com a intensidade do frio e tempo de exposição
pelo que as extremidades, tal como os pés, mãos, orelhas, nariz, são as primeiras zonas a
serem afetadas.
Sinais e sintomas :
Edema (“inchaço”);
Rubor (vermelhidão);
Comichão;
Nos casos mais graves em que já houve congelamento dos tecidos, pode surgir dor
local, cianose e flitenas.
Hipotermia
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Sinais e sintomas:
Pele pálida;
Hipotermia (redução da temperatura sanguínea central abaixo de 36ªC);
Inconsciência;
Respiração lenta e superficial;
Pulso fraco/fino;
Pupilas pouco reativas à luz.
Atuação: Estas lesões não devem ser menosprezadas dado o perigo de destruição dos tecidos e
de lesões irreversíveis do tecido nervoso. Assim, se existe congelamento, deve:
12. Trauma
Os traumatismos das extremidades e dos tecidos moles são frequentes nos traumatizados. As
lesões podem variar entre pequenas escoriações sem gravidade e lesões que ameaçam a vida
do traumatizado. Por tecidos moles entendem-se os tecidos que suportam, rodeiam ou ligam
estruturas ou órgãos e que incluem os músculos, tecidos fibrosos (tendões, ligamentos e
aponevroses), tecidos gordos, vasos e tecido sinovial. A ameaça mais imediata para a vida da
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vítima com lesões das extremidades e dos tecidos moles resulta, geralmente, de perdas
sanguíneas.
Assim, durante o Exame Primário, a identificação dos traumatismos que causam hemorragias
importantes e o controlo destas são prioritários. As lesões que não comprometem a vida da
vítima deverão ser abordadas durante o Exame Secundário.
Eventualmente, algumas destas lesões pouco importantes apenas serão identificadas após a
exposição. As principais lesões das extremidades e dos tecidos moles são:
Equimoses e Hematomas;
Escoriações;
Feridas;
Queimaduras;
Fraturas;
Lesões articulares (lesões ligamentares, luxações/ sub-luxações e fraturas articulares);
Esfacelos;
Amputações.
Equimoses
Lesão de pequenos vasos da pele que não causam grande acumulação de sangue nos tecidos,
habitualmente designadas por nódoas negras.
Hematomas
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Na presença de hematomas ou equimoses deve fazer aplicações frias sobre o local, para
diminuir o edema, a hemorragia e a dor. Os hematomas encontram-se muitas vezes associados
a fraturas, pelo que ambas as situações beneficiam da imobilização da área afetada. Esta
imobilização evita o agravamento do hematoma e estabiliza a fratura, reduzindo as lesões
provocadas pelos topos ósseos e a dor.
Escoriações
Traumatismo Craniano
Nunca abandone uma vítima que tenha sofrido uma lesão na cabeça.
Sinais e sintomas:
O que fazer:
Evite mover a vítima caso esta tenha desmaiado ou sinta formigueiros em alguma parte
do corpo.
Aplique gelo na região inchada da lesão;
Avalie a situação para perceber se as queixas vão desaparecendo;
Se não melhorar, ligue 112.
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Lave com água ou soro até remover as impurezas visíveis;
Coloque uma compressa sobre o local da hemorragia, fazendo pressão;
Coloque uma ligadura à volta da cabeça de forma a garantir que a compressa fica em
pressão e corretamente colocada;
Leve a vítima para os serviços de urgência ou em casos mais graves ligue 112.
Atenção:
Traumatismo da Coluna
A coluna vertebral suporta o corpo e protege a medula espinal. Um traumatismo na coluna pode
fraturar uma ou mais vértebras ou lesar os músculos. Um trauma grave pode danificar a medula
espinal, o que pode resultar numa lesão grave como a perda permanente de mobilidade em
qualquer parte do corpo abaixo desse ponto.
Assim, nas situações seguintes, nunca deve movimentar a vítima, a menos que esta esteja em
perigo imediato de vida:
Ter em atenção que uma vítima que se suspeita de trauma ao nível da coluna não deve, em
momento algum, ser movimentada.
É importante saber que a partir do momento em que se coloca as mãos na cabeça da vítima,
garantindo a sua estabilização, não deve voltar a largar.
Normalmente é necessária uma força considerável para se partir um osso, mas a força pode
também provocar uma luxação, entorse ou até rasgar ou distender um músculo. A menos que se
veja a extremidade de um osso numa ferida ou a deformação seja evidente, é impossível saber
Sinais e sintomas:
Aviso:
Se existir um ferimento, tape-o com uma compressa para o proteger de infeções e controle a
hemorragia. Imobilize sempre a lesão antes de transportar alguém para minimizar o risco de
lesão adicional.
O que fazer:
Ajude a vítima a sentar-se e apoie o braço, fazendo um ângulo de 90º, suportado pelo
outro braço;
Coloque uma ligadura que envolva o cotovelo e o antebraço e que fique suportada pela
região do pescoço;
Se possível, transporte a vítima ao hospital;
Ligue 112 se necessário.
Uma lesão na bacia ou num membro inferior é, na maior parte das vezes, provocada por uma
queda, podendo originar luxações, entorses e ossos partidos. Traumatismos na bacia ou no
fémur poderão causar hemorragia interna e estado de choque.
Compare sempre o membro lesado com o membro são, quando estiver a avaliar a gravidade de
um traumatismo. É mais seguro encarar um traumatismo como se se tratasse de uma fratura.
Entorse
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Entorse é uma lesão nos tecidos moles (cápsula articular e/ou ligamentos) de uma articulação.
Sinais e Sintomas:
Podemos suspeitar de uma fratura pelos sinais e sintomas que habitualmente acompanham este
tipo de lesões:
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5. Edema (inchaço): É resultante de uma reação normal do organismo. Encontramos
também frequentemente um aumento do volume na zona da fratura que corresponde ao
hematoma formado pela hemorragia dos topos ósseos e que é tanto maior quanto maior
for o diâmetro do osso.
6. Exposição de topos ósseos: Habitualmente significam que o traumatismo responsável
pela fratura foi de grande violência.
Apoie a perna ferida, colocando toalhas enroladas de cada lado da perna e não deixe a
vítima andar;
Solicite a alguém que ligue 112;
Mantenha a perna imobilizada até à chegada das equipas de emergência.
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Como atuar perante uma lesão na bacia:
Não deixe a vítima movimentar-se e coloque algo por baixo do joelho, por forma a
manter uma posição confortável;
Ligue 112 e não deixa a vítima movimentar-se até à chegada das equipas de
emergência.
Aviso:
Não deixe uma vítima com uma lesão num dos membros inferiores andar. A vítima tem de ser
transportada a um hospital de maca. Evite movimentos desnecessários, visto que as
extremidades dos ossos partidos podem danificar algum vaso sanguíneo ou os nervos da área
afetada.
13. Feridas
Pele
A pele é o órgão que reveste o corpo e assegura as relações entre o meio interno e o externo.
As suas funções são múltiplas e diferentes incluindo:
Proteção dos tecidos e órgãos do corpo dos agentes externos tais como frio e calor.
Funciona como barreira à entrada de microrganismos;
Regulação da temperatura, facilitando a perda de calor nos dias quentes e a
conservação nos dias frios;
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Excreção, eliminando o suor através dos poros (orifícios de saída das glândulas
sudoríparas). Lubrificando os pelos e amaciando a superfície da pele através da
secreção das glândulas sebáceas;
Sensitiva, captando sinais como o frio, calor e dor através da pele, recebendo
informação das alterações dos meios interno e externo, informação essencial para a
saúde e, muitas vezes, vital para a sobrevivência.
Composição da Pele:
71
Feridas incisas
As feridas incisas são as soluções de continuidade da pele, regulares, que podem ou não
envolver os tecidos adjacentes e são habitualmente conhecidas por “golpes” ou “cortes”.
Normalmente são provocados por objetos cortantes. Apresentam os bordos regulares que,
quando unidos, encerram perfeitamente a ferida.
Feridas contusas
São também soluções de continuidade da pele mas, ao contrário das feridas incisas, são
irregulares. Geralmente são provocadas por objetos rombos. São feridas em que os bordos se
apresentam irregulares implicando normalmente perda de tecido. Este é o principal motivo
porque não se consegue um encerramento completo da ferida.
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Feridas perfurantes
São lesões produzidas por instrumentos que atuam em profundidade, dissociando um ou mais
planos de tecidos - agulhas, estiletes, picador de gelo, pregos, paus aguçados, esquírolas, balas,
entre outros Os instrumentos perfurantes, lesam os tecidos mediante dois processos:
Nos ferimentos por arma de fogo deve procurar sempre um orifício de saída do projétil,
normalmente maior que o orifício de entrada. Neste tipo de traumatismos, podem existir fraturas
e lesões dos órgãos vitais que se encontravam no trajeto do projétil. Não esquecer que o projétil
pode ser desviado por uma estrutura óssea, podendo haver lesões nas mais variadas
localizações, por vezes afastadas do local de entrada do projétil. Não esquecer ainda a
possibilidade de a vítima ter sido atingida por mais que um projétil.
Feridas inciso-perfurantes
Eviscerações
Resultam da lesão da parede abdominal, com exteriorização das ansas intestinais ou de outras
estruturas intra-abdominais. Esta situação, mesmo que não coloque a vítima em risco de vida
imediato (a lesão da parede pode ser pequena e sangrar pouco) é sempre grave pelas
complicações infeciosas que normalmente acarreta. Assim, a abordagem deste tipo de
traumatismos e a manipulação das vísceras exteriorizadas devem ser feitas com todo o cuidado.
Para além das feridas, por vezes, os OBJETOS que as causam ficam EMPALADOS. Se um
objeto, se encontra empalado, independentemente da sua localização, nunca o tente retirar.
Deve sempre imobilizá-lo. Para proceder à imobilização do objeto, pode utilizar um copo de
papel ou plástico com um orifício no fundo, ou mesmo 2 rolos de ligaduras ou compressas.
Amputações
Nas amputações ocorre secção (por corte, arrancamento ou outro tipo de traumatismo) de um
membro ou de um segmento de um membro. As amputações podem provocar hemorragias
muito importantes e levar à perda irreversível da parte amputada. A parte amputada deve
acompanhar sempre a vítima ao hospital. Deve ser mantida seca, dentro de um saco de plástico
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fechado, que deve ser colocado dentro de outro e envolto em gelo. Deve seguir para o hospital
Esfacelos
São lesões graves dos tecidos moles em que existe perda de substância. Resultam
habitualmente do esmagamento dos membros e, frequentemente, coexistem lesões de todas as
estruturas na zona atingida (cutâneas, músculo-esqueléticas e neurovasculares). Dependendo
da sua extensão e das zonas atingidas, os esfacelos podem condicionar hemorragias
importantes, de difícil controlo. Nas situações mais graves podem colocar a vida da vítima em
risco e levar à amputação do segmento afetado. Geralmente, deixam sequelas significativas.
Perante qualquer esfacelo, a prioridade é o controlo da hemorragia. Devem, ainda, ser feitos
todos os esforços para prevenir infeções. Amputações traumáticas são lesões graves que,
frequentemente, condicionam a perda definitiva do segmento amputado. Além disso,
dependendo do nível da amputação, podem condicionar hemorragias difíceis de controlar que
podem colocar a vida da vítima em risco. Perante qualquer amputação, a prioridade é o controlo
da hemorragia. Com a hemorragia controlada, devem ser feitos todos os esforços para prevenir
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infeções e para preservar o segmento amputado, na perspetiva de poder ser tentada a sua
reimplantação.
76
14. Queimaduras
As queimaduras são lesões que resultam do contato com o calor ou frio extremo, substâncias
químicas, eletricidade ou radiações. Os acidentes por queimaduras são muito frequentes e na
sua maioria consistem em pequenas lesões que não originam grandes complicações.
Algumas queimaduras, em certos locais do corpo humano, podem não só afetar a funcionalidade
normal do corpo, como serem fatais. O socorro a estas vítimas resume-se essencialmente ao
arrefecimento da queimadura e à prevenção das infeções. As queimaduras estão dividias em
três níveis de gravidade.
Vermelhidão
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Calor
Dor
Dor intensa
Bolhas
Queimaduras químicas
São as lesões provocadas por ação das radiações sendo as mais comuns: os Raios X e as
Radiações Nucleares.
Queimaduras elétricas.
Queimaduras térmicas
Aquelas que são provocadas por ação do calor ou frio. Podemos incluir as provocadas por fogo,
sol, gelo, liquido fervente, entre outras.
Atuação :
15. Hemorragia
Sempre que o sangue sai do espaço vascular estamos perante uma hemorragia. As hemorragias
sendo uma emergência necessitam de um socorro rápido e imediato. É imperioso que a equipa
de socorro atue de forma rápida e eficaz. A perda de grande quantidade de sangue é uma
situação perigosa que pode rapidamente causar a morte. Um adulto com 75 Kg de peso tem
cerca de 5,5 litros de sangue. A perda de 1 litro de sangue no adulto, de 0,5 litro na criança ou
de 25 a 30 mL num recém-nascido pode levar rapidamente ao choque. A gravidade da
hemorragia depende de vários fatores, como o tipo de vaso atingido (artéria, veia, capilar), da
sua localização e do seu calibre. O corte do principal vaso sanguíneo do pescoço, braço ou coxa
pode causar uma hemorragia tão abundante que a morte pode surgir dentro dos primeiros 3 a 10
minutos iniciais após a lesão.
Hemorragias arteriais
O sangue é vermelho vivo e sai em jato, em simultâneo com cada contração do coração. É uma
hemorragia muito abundante e de difícil controlo.
Hemorragias venosas
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O sangue é vermelho escuro e sai de uma forma regular e mais ou menos constante. Não
obstante não ser tão grave como a arterial, a hemorragia venosa poderá ser fatal se não for
detetada. De um modo geral, estas hemorragias são mais fáceis de controlar.
Hemorragias capilares
Têm uma cor intermédia (entre o vermelho vivo e o vermelho escuro) e o sangue sai lentamente,
devido à rotura dos minúsculos vasos capilares de uma ferida. Estas hemorragias são de fácil
controlo, podendo parar espontaneamente.
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As hemorragias internas podem ainda acontecer em situação de doença como é o caso
de uma úlcera no estômago. Neste caso existem habitualmente sinais como
hematémeses ou melenas.
Atuação:
Animar e moralizar;
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Nada de BEBER;
Hemorragia externa
Compressão direta:
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Compressão indireta:
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Elevação do membro:
Aplicação do garrote:
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O garrote deve ser de material largo e não elástico;
Atenção:
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Procure utilizar luvas para garantir as melhores condições de segurança para si e para a
vítima;
Caso a vítima se sinta cada vez mais fraca, deite-a e eleve-lhe as pernas ligeiramente
acima do nível do coração (+-30°);
Se existir algum objeto estranho a perfurar a vítima, não o remova: imobilize-o.
16. Afogamento
Barotrauma
Por barotraumatismo entende-se o conjunto das lesões resultantes da variação de pressão (ex.
uma subida rápida para a superfície, em mergulhos profundos). Segundo as leis da Física, um
determinado volume de gás varia na razão inversa da pressão, quando sujeito a uma
temperatura constante. Por outro lado o corpo humano contém cavidades que contêm ar ou gás.
O mergulhador, ao estar sujeito a grandes diferenças de pressão, irá sofrer alterações do volume
dos gases contidos nessas cavidades, dando origem, em determinados casos, a lesões graves.
Acidentes tóxicos
Acidentes tóxicos, que ocorram por intoxicação, são motivados por inalação excessiva de
oxigénio, dióxido de carbono ou monóxido de carbono. A intoxicação por oxigénio é mais rara e
ocorre quando a vítima utilizou misturas muito ricas em oxigénio durante longos períodos. As
intoxicações por dióxido de carbono ou monóxido de carbono ocorrem quando o mergulhador
respirou ar contendo os referidos gases em quantidades superiores às toleradas pelo organismo.
Isto ocorre quando as garrafas de ar comprimido utilizadas são cheias por compressores
localizados junto de fontes de dióxido ou monóxido de carbono.
Doença ou síndroma de descompressão. Esta situação constitui um dos mais graves acidentes
em meio aquático. Com o aumento da pressão ocorrido durante o mergulho, alguns gases
dissolvem-se facilmente no sangue e tecidos. Durante a subida (se não forem cumpridas as
regras de descompressão e esta for demasiado rápida), com a diminuição da pressão, a
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libertação dos gases dissolvidos não se processa adequadamente e estes passam para o estado
gasoso. Formam-se então bolhas de gás na rede sanguínea e nos tecidos resultando
microembolias gasosas generalizadas.
Esta complicação tem sido observada em mergulhadores jovens, após mergulhos em águas frias
ou temperadas. Não se relaciona com o Barotrauma nem com o Acidente por Descompressão
mas a sua fisiopatologia permanece mal esclarecida.
Socorrer em segurança, de nada serve ir salvar uma vítima dentro de água (exceto em situações
muito pontuais) se não se dispõe das condições necessárias para assegurar condições de
segurança para quem presta socorro. Os meios de acesso até à vítima são vários devendo a sua
seleção obedecer à ordem que se segue:
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Bibliografia
AA VV., Requisitos a observar nos gabinetes de estética, ed. Unidade de Saúde Pública de
Matosinhos/Saúde Ambiental, 2015
90
AA VV. Suporte básico de vida: Manual TAS, Ed. INEM, 2012
Alves, Ana Paula et al. Noções de Saúde: Manual do Formando, Projeto Delfim, GICEA - Gabinete de
Gestão de Iniciativas Comunitárias do Emprego, 2000
Sites consultados
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