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SINDROME DE
IMOBILIDADE E
DESUSO
Repercussões/Consequências
Sumário
p Imobilidade Conceitos
p Situações clínicas que podem provocar
imobilidade
p Complicações
p Fisiopatologia
p Minimizar os efeitos da Imobilidade /
Prevenção de Complicações
n Posicionamentos
n Mobilizações
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SINDROME DE IMOBILIDADE E
DESUSO
Ruptura
do ritmo Desequilíbrio
SINDROME DE IMOBILIDADE E
DESUSO (Conceitos)
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SINDROME DE IMOBILIDADE E
DESUSO (Conceitos)
p Risco de Síndrome de Desuso – diagnóstico que se
aplica quando a inactividade é voluntária ou
inevitável, aumentando o risco de deterioração dos
diversos sistemas do corpo humano
nomeadamente, o cardiovascular, respiratório,
psicológico...
SINDROME DE IMOBILIDADE E
DESUSO
p 7 a 10 dias Período de repouso
(OMS)
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SINDROME DE IMOBILIDADE E
DESUSO
p Física
p Psíquica
p Social
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Complicações
Sistema Músculo-esquelético
p Diminuição da força muscular
p Atrofia muscular
p Risco de rigidez articular
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Complicações
Sistema Músculo-esquelético
p Osteoporose
Actividade osteoclástica
Complicações
Sistema Respiratório
p Estase de secreções
p Diminuição da capacidade ventilatória
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Complicações
Sistema Respiratório
p Diminuição da capacidade dos músculos
respiratórios (alteração do padrão
respiratório)
Respiração
Costal Superior
Alterações Circulatórias/respiratórias
Recurso aos
músculos
q Aumento do consumo de acessórios da
respiração
energia
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Complicações
Sistema Respiratório
p Atelectasias
Complicações
Sistema Gastrointestinal
p Diarreia
p Anorexia
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Complicações
Sistema Cardiovascular
p Hipotensão ortostática
p Úlceras de Pressão
p Estase venosa Trombose venosa
Profunda
p Embolia Pulmonar
Complicações
Sistema Urinário
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AULA 2
Fisiopatologia
Principais causas da imobilidade:
• Privação do exercício
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Fisiopatologia
a) Perda da posição vertical
q Diminuição do volume venoso de
retorno
q Aumento do volume central
• Aumento da frequência cardíaca
• Aumento volume das cavidades
cardíacas
Fisiopatologia
a) Perda da posição vertical
q Diminuição da hormona anti diurética
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Fisiopatologia
Diminuição do Diminuição da
débito cardíaco pressão arterial
(hipovolémia)
Fisiopatologia
a) Perda da posição vertical
q Desmineralização óssea (por diminuição da
carga)
Hiper-reflexia
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Fisiopatologia
a) Privação do exercício
q “Performance muscular” com
diminuição do nº de fibras musculares
Fisiopatologia
a) Privação do exercício
q Diminuição progressiva do débito
cardíaco porque:
Não há contracção
muscular Não há circulação
de retorno
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Fisiopatologia
a) Privação do exercício
q Hipercalciúria
Fisiopatologia
a) Privação do exercício
q Aumento dos corpos cetónicos
Diminuição nº de Produtos do
fibras musculares catabolismo muscular
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Fisiopatologia
a) Privação do exercício
q Desequilíbrio hidroelectrolítico
Fisiopatologia
a) Privação do exercício
q Diminuição do funcionamento
metabólico em geral
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Úlceras de Pressão
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• Posicionamentos
• Mobilizações
• Cinesiterapia respiratória
• Hidratação
• Levante precoce
• Recurso a material auxiliar
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ULCERAS DE PRESSAO
p Conceito de úlcera de pressão
A úlcera de pressão é uma área localizada de morte celular que
tende a surgir quando o tecido é comprimido entre uma
proeminência óssea e uma superfície dura por um período de
tempo.
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Classificação
p As úlceras de pressão classificam-se em 4
graus, conforme os tecidos que atingem.
Quanto mais profundo for o a tingimento,
mais elevado é o grau e mais grave é a úlcera
de pressão.
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Factores de risco
Os principais factores de risco para o desenvolvimento de úlcera
de pressão são:
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MEDIDAS PREVENTIVAS
p Cuidados com a pele;
p Colchoes;
p Cuidados com a roupa;
p Suportes;
p Pensos Protetores;
p Recursos humanos;
p Técnica de alivios de pressao;
p Alimentaçao.
Recursos Humanos
p Doentes até 25kg: Podem ser
manipulados por 1 profissional
p Doentes 25kg-50kg: Devem de ser
manipulados por 2 pessoas;
p Doentes com mais 50kg: devem ser
manipulados por 3 pessoas;
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Alimentaçao
p Os utentes acamados, doentes ou em
deficiência devem ter uma alimentaçao
equilibrada e que forneça um valor
energético superior ao basal;
p Deve ser o mais natural possivel, com
alimentos bem confecionados e normais;
p Recorremos aos produtos farmaceuticos
em casos restritos.
Colchoes
p Agua;
p De silica;
p De silicone;
p Hidro-aéreo;
p Pressao alternada.
n A escolha do colchao deve ser de acordo com o
custo/beneficio, tendo em conta que todos eles
podem ser eficazes, mas que a alternancia de
decubitos é obrigatoria, independentemente do
colchao.
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Decúbito dorsal
Localização
- Cabeça –
Localização – Nome
braço Localização - específico -
Nome específico - Ombro osso
cotovelo Nome específico occipital
– escápula
(omoplata)
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Decúbito dorsal
Não esquecer
prevenção do
pé equino
Localização –
pés Localização –
Nome fundo das costas
específico – Nome específico
calcâneo – zona sacra 54
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Decúbito lateral
Localização –
orelha
Nome
especifico –
pavilhão
Localização – braço
Nome específico – auricular
parte externa do
cotovelo Localização -
ombro
Nome
específico –
Localização – tórax parte externa
Nome específico –
da cabeça do
grade costal 55
úmero
(costelas)
Localização –
pé
Nome
específico –
parte externa
do pé
Localização –
tornozelo Localização – anca
Nome específico ou quadril
– maléolo Localização - Nome específico –
externo do joelho
tornozelo Nome específico –
cabeça do fémur
parte externa do
joelho 56
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Aula 3
TÉCNICAS DE MOBILIZAÇAO,
TRANSFERENCIA E POSICIONAMENTO
p MOBILIDADE: O movimento pode ser definido «como a
capacidade que a pessoa tem de interagir com o meio de uma
maneira flexível e adaptável» (Hoeman S. P., 2011). Numa
abordagem holística, o movimento tem parâmetros físicos,
cognitivos, psicológicos, sociais, políticos, temporais e ambientais.
p É o Movimento corporal como um processo no sistema músculo-
esquelético: movimento espontâneo, voluntário ou involuntário,
dos músculos e articulações (CIPE).
p A alternância permanente entre a atividade e o repouso é uma
condição fundamental da vida humana e a atividade fisiológica
normal do organismo é assegurada através da mobilidade, sendo
esta dependente do bom funcionamento dos diversos sistemas.
p A mobilidade é, assim, crucial para o desempenho das atividades
de vida diária e para garantir não somente as necessidades da
pessoa mas também para obter o preenchimento das
necessidades psicossociais mais elevadas que envolvem a
qualidade de vida
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p TRANSFERÊNCIAS:
Uma transferência é um padrão de movimento pelo qual se
move uma pessoa de uma superfície para outra. A pessoa
pode transferir-se, entre outras, da cama para a cadeira,
da cadeira para a cama, da cama para a sanita ou banheira
e vice-versa. As transferências devem ser executadas pelo
enfermeiro com o apoio do assistente operacional, ou
outros prestadores de cuidados. A técnica a utilizar
depende da colaboração que a pessoa pode dar.
A técnica de transferência deve garantir segurança, tanto do
enfermeiro como da pessoa a transferir, pelo que é
fundamental avaliar as necessidades e capacidades da
mesma relativa à sua dependência, tamanho e peso,
capacidade em compreender e vontade em colaborar. A
escolha do método de transferência tem ainda que estar de
acordo com as suas condições clínicas
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Doenças
neurológicas
Défice
desnutrição
neurosensorial
Problemas
orto-
Causas da Doenças
traumatológico
s alteração crónicas
da
mobilidade
Doenças
Dor intensa
respiratórias
Alterações
do foro Envelheciment
o
psicológico
Posicionamentos
Objetivo:
p Manter o equilíbrio Neuro-muscular e
esquelético através do alinhamento dos
vários segmentos.
p Prevenir contracturas e atrofias
musculares.
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Posicionamentos
Objectivo:
p Prevenir deformidades.
p Facilitar a respiração e drenagem
brônquica.
p Garantir a integridade cutânea.
p Melhorar a estase venosa.
p Proporcionar conforto.
Posicionamentos
Factores a ter em conta nos posicionamentos:
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Posicionamentos
Factores a ter em conta nos posicionamentos:
1. Hábitos do doente
2. Idade
3. Prescrições médicas
4. Nível de colaboração do doente
• Responsabilidade
• Vantagens
• Auto posicionamento
Posicionamentos
Unidade do doente
p Base da cama estável
n Colchão compacto ou favado
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Posicionamentos
p Almofadas
n Grandes
n Médias
n Pequenas
n Almofadas de gel
Posicionamentos
Princípios dos posicionamentos:
p Posição anatómica
p Posição funcional
n Articulações ligeiramente flectidas
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Posicionamentos
p Manter a privacidade do doente
p Realizar movimentos suaves.
p Verificar o correcto alinhamento do corpo.
p Registar:
n O decúbito
n Hora
n Tolerância
n Despistar zonas de pressão
Posicionamentos
Antes de posicionar o doente:
p Preparar a unidade
p Explicar ao doente o posicionamento pretendido
e as suas vantagens
p Solicitar colaboração do doente (caso seja
possível)
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Posicionamentos
Tipos de Posicionamento
Mobilizar = de Movimentar
Mobilizar
n Deslocar
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Mobilizar = de Movimentar
p Movimentar no leito
n Plano
n Livre de roupa de cama
n Livre de almofadas
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TIPOS DE
POSICIONAMENTOS
p Decúbito dorsal – DD;
p Decúbito semi dorsal (direito/esquerdo) –
DSD (D/E);
p Decúbito lateral (direito/esquerdo) – DL
(D/E);
p Decúbito ventral – DV;
p Decúbito semiventral (direito/esquerdo) –
DSV (D/E);
p Posição de Fowler.
DECÚBITO DORSAL
p Instruir sobre o procedimento e solicitar a colaboração da pessoa de
acordo com as suas capacidades;
p Posicionar a pessoa de forma que fique centrada na cama;
p Colocar almofada para apoio da cabeça e da cintura escapular para
apoio de toda a região cervical, evitando tensão e flexão da região
cervical.
p Posicionados ao longo do corpo com os cotovelos em extensão,
antebraço em pronação e ligeira dorsiflexão do punho;
p Coxofemoral em extensão; poderá ser colocada almofada sob a
região trocantérica para prevenir a rotação externa do membro;
p Colocação de uma pequena almofada na região poplítea para
promover o relaxa-
p Se necessário, poderão colocar-se pequenas almofadas nas regiões
aquilianas de forma que os calcâneos se encontrem elevados e sem
pressão;
p Posicionar o pé em ângulo reto com o auxílio de almofadas.
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DECUBITO LATERAL
p Posicionar a pessoa de forma que fique centrada na cama;
p Posicionar a cabeça sobre a almofada, que deve ter a mesma
altura que a distância do ombro ao pescoço;
p O membro superior do lado do decúbito posiciona-se com a
escapulo-umeral e cotovelo em flexão; antebraço apoiado na
cama ou com uma almofada pequena se necessário;
p O membro superior do lado contrário ao decúbito: flexão da
escapulo-umeral fazendo um ângulo de aproximadamente 90º.
Membro apoiado em almofada com pronação do antebraço, punho
e dedos em extensão;
p Posicionar o membro inferior do lado contrário ao decúbito sobre
almofada; a articulação coxofemoral e joelho formam um ângulo
de 90º. A tibiotársica deve estar em posição neutra, de forma a
que o trocânter, joelho e maléolo externo se encontrem no
mesmo plano, apoiados em almofada;
p O membro inferior do lado do decúbito fica apoiado na cama com
ligeira flexão do joelho e a tibiotársica em posição neutra.
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DECUBITO VENTRAL
p A cabeça fica lateralizada com ou sem almofada
baixa;
p Se necessário, colocar almofada sob a região
abdominal para diminuir a pressão sobre a região
mamária e escroto;
p Membros Superiores podem ser posicionados em
extensão e adução ou com abdução e rotação externa
de escapulo-umeral;
p Membros inferiores posicionam-se com extensão e
ligeira abdução da coxofemoral, flexão do joelho, pés
apoiados em almofada, de forma a que os dedos não
fiquem a tocar na base da cama
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DECUBITO SEMI-DORSAL
p Membros superiores:
n Do lado do decúbito posiciona-se em ligeira abdução e rotação
interna da escapulo-umeral, a mão apoiada na cama ou flexão
do cotovelo, antebraço em supinação e mão em extensão
apoiada em almofada;
n Do lado oposto ao decúbito posiciona-se a escapulo-umeral em
ligeira abdução, cotovelo em ligeira flexão, punho em posição
neutra, dedos em extensão, todo o membro apoiado na
almofada.
p Membros inferiores:
n Do lado do decúbito posiciona-se na base da cama, com
coxofemoral e joelho em ligeira flexão e tibiotársica em
posição neutra;
n Do lado contrário ao decúbito, o membro inferior está todo
apoiado na almofada. Posiciona-se a coxofemoral e o joelho
em extensão ou ligeira flexão apoiado na almofada;
tibiotársica em posição neutra
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DECUBITO SEMI-VENTRAL
p Membros superiores:
n Do lado do decúbito - extensão da escapulo-umeral,
cotovelo, punho e dedos em extensão apoiados na
cama;
n Do lado contrário ao decúbito - abdução da escapulo-
umeral e flexão do cotovelo, extensão do punho e
dedos.
Colocar almofada desde a escapulo-umeral até à
crista ilíaca.
p Membros inferiores:
n Do lado do decúbito - extensão da coxofemoral e joelho,
apoiado na base da cama;
n Do lado contrário ao decúbito - membro inferior apoiado
em almofada com coxofemoral a 45º, flexão do joelho,
tibiotársica em posição neutra.
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POSICIONAMENTO DE
FOWLER
p Partindo do decúbito dorsal elevar a cabeceira do leito
entre 30 e 60º;
p Este posicionamento pode ser adaptado a cada pessoa
de acordo com a sua condição física (sensibilidade,
força e equilíbrio). O uso de maior ou menor número
de almofadas obedece ao grau de dependência da
pessoa;
p Membros superiores:
n ligeira flexão da escapulo-umeral, flexão do cotovelo,
pronação e extensão do punho (a colocação de almofada
nos membros superiores é facultativa).
p Membros inferiores:
n coxofemoral em flexão e ligeira abdução, joelhos em flexão
(a colocação da almofada nos joelhos e tibiotársica é
facultativa).
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POSIÇÃO DE SENTADO
p Ter em atenção:
n Cabeça ereta olhando na horizontal;
n MS suportados pelos braços da cadeira ou
antebraços apoiados nas coxas;
n Tronco alinhado;
n MI com ancas, joelhos e tibio-tarsicas a 90°;
n As coxas devem estar em contacto com o
assento da cadeira até a região poplitea;
n Pés bem assentes no chão.
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COMPLICAÇÃO ASSOCIADA A
ALTERAÇÃO DE DECUBITO
p Ahipotensão ortostática é um quadro
que surge associado à mudança do
decúbito para o ortostatismo, sendo
caracterizada pela queda da tensão
arterial sistólica igual ou superior a 20
mmHg e/ou diminuição da tensão
diastólica igual ou superior a 10 mmHg
nos três minutos seguintes à passagem da
posição de decúbito à posição ortostática
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TRANSFERÊNCIA DE UMA
PESSOA DEPENDENTE
p Quando a pessoa apresenta um grau de
dependência baixo ou moderado, o enfermeiro
assiste-a durante a transferência. A instrução da
pessoa relativamente à técnica a utilizar é
fundamental para o sucesso da mesma e para a
minimização do risco de lesão;
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AJUDAS TÉCNICAS NA
MOBILIZAÇAO
p Cadeiras de Rodas;
p Elevadores de transferencias;
p Canadianas;
p Tripé;
p Bengalas;
p Cadeiras sanitarias;
p Barra de trapezio;
p Tabua de transferencia;
p Lençol deslizante.
FIM
HAMMERSCHMIDT.Rosalie, MEADOR,Clifton, O
pequeno livro de regras do enfermeiro
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