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Fratura Tíbia/Fíbula

Tipos de Fratura

Fratura do platô tibial- envolvem o aspecto proximal ou metáfise da tíbia, e frequentemente


também a superfície articular.

Mecanismo de Lesão

● Mais comumente são causadas pela aplicação de força medialmente direcionada,


resultando numa deformidade valga (a clássica "fratura de para choque").
● Também podem ser decorrentes de uma força lateralmente direcionada (causando
deformidade vara), força compressiva axial, ou uma combinação de força axial com força
medial ou lateralmente direcionada.
● Tipo l é uma fratura em cunha ou com divisão
vertical do platô tibial lateral.

● Tipo II é uma fratura com depressão e divisão


I II III vertical do platô lateral, envolvendo lesão articular

● Tipo III é uma fratura puramente por depressão do


plató lateral, que também envolve lesão articular

● Tipo: IV é uma fratura com divisão vertical e


depressão do platô tibial medial, frequentemente
envolvendo a eminência intercondilar e ligamento
cruzado associado. Habitualmente essa fratura
IV V VI está associada a lesão articular

● Tipo V é uma fratura bicondilar envolvendo os dois


platôs. Também é conhecida como fratura em Y
invertida, estando comumente associada a uma
lesão articular

● Tipo VI é uma fratura da junção


diafisária-metafisária tibial proximal.
Fratura da diáfise tibial : fratura do corpo da tíbia que comumente não envolve as regiões articulares ou metafisárias.

Mecanismo da Lesão

· Traumatismo de alta energia gerado por impacto direto pode resultar em fraturas
transversas ou cominutivas.

· Frequentemente são expostas.

· Traumatismo indireto e de baixo impacto, proveniente de lesão por torção com o pé


plantado, ou de queda de baixa altura, pode causar um padrão de fratura em espiral
ou oblíquo.
Fraturas do (plafond) teto tibial: envolvem a superfície horizontal de sustentação do
peso da tíbia

Mecanismo de Lesão

Essas fraturas são causadas por impactos de alta energia. comumente uma força de
desaceleração como ocorre em uma queda de lugar alto, ou num acidente automobilístico.
Tratamento
Para plena cicatrização óssea, deve-se manter os fragmentos da fratura justapostos e imobilizados
enquanto o osso se recupera.

Os dispositivos que são usados para manter o osso no lugar durante a recuperação são:

● tala gessada;
● aparelho gessado;
● osteossíntese com placas e parafusos metálicos (requer cirurgia);
● osteossíntese apenas com parafusos metálicos (requer cirurgia);
● osteossíntese com haste intramedular (requer cirurgia);
Métodos de tratamento
Aparelho de Gesso

O tratamento com aparelho de gesso longo aplicado à perna é satisfatório para fraturas
com mínima cominuição, que estejam estáveis e aceitavelmente alinhadas, depois da
imobilização.

A perna é imobilizada em um aparelho gessado geralmente da coxa até os dedos dos pés.
Haste intramedular
Indicações: Esse tratamento é considerado como padrão para fraturas tibiais instáveis e
segmentadas, ou para fraturas que não podem ser adequadamente alinhadas e imobilizadas
por método não operatório.

O pino intramedular permite mobilização precoce do paciente;

Há necessidade da aplicação de parafusos de travamento proximal e distalmente ao local fraturado


em fraturas com fragmentos em borboleta instáveis, ou com cominuição intensa.

Esse procedimento cria fixação estática e impede encurtamento e perda do alinhamento rotacional.

Fraturas transversais e fraturas com mínima cominuição podem ficar sem travamento numa das
extremidades. Isso cria fixação dinâmica e permite compressão interfragmentar com a sustentação
do peso, o que, por sua vez, estimula a consolidação.
Fixador externo
Indicações: Esse método é frequentemente utilizado em fraturas expostas
em que ocorreu significativa perda de tecido ósseo e cominuição, além de
contaminação.

Nesses casos, o método é utilizado juntamente com desbridamento


intraoperatório e irrigação pulsátil.

Essa forma de tratamento deve ser considerada provisória, até que tenha
ocorrido cobertura por tecido mole, com aplicação de enxerto de pele.
Comumente, segue-se a aplicação de pino intramedular como forma de
tratamento definitivo.
Tempo de consolidação da fratura: 3 a 4 meses

Fisioterapia
Exercícios de amplitude de movimentos ativos para o tornozelo, joelho e quadril

Exercícios isométricos para o quadríceps, tibial anterior e gastrocnêmio-solear.

Sustentação de peso ocorrerá após consolidação

Evitar movimentos de rotação


Fisioterapia

Posteriormente…

Duas a quatro semanas

Serão conservados os exercícios de amplitude de movimentos ativos para quadril, joelho e


tornozelo, com os exercícios de fortalecimento para aumentar a força, a massa e a flexibilidade
dos músculos isquiotibiais e quadríceps
Fisioterapia

Posteriormente…

Quatro a seis semanas

Continuar os exercícios de amplitude de movimentos ativos podendo ser iniciados movimentos


passivos para ganhar amplitude de movimento e exercícios contra resistência, ou de
fortalecimento utilizando caneleiras no tornozelo inicialmente com peso leve, enfatizando os
movimentos de joelho de flexão e extensão
Fisioterapia

Fase de resolução (a partir da 8ª semana)

Os objetivos nessa fase será a sequência do avanço de todo o arco articular do joelho e do
quadril e aumento da potência de toda a extremidade fraturada.

Serão utilizados exercícios com sustentar relaxar, e a mobilização ativa do quadril e do joelho e
continuam-se evitando os movimentos de rotação e se insistirá nos últimos graus de extensão do
joelho

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