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Osteossíntese

Cuidados Pós-Operatórios
Osteossíntese
Cuidados Pós-Operatórios
Prof.ª Fátima
Graduação em Enfermagem Manhã
5º e 6º Semestre

Ana Carla Souza 37257


Douglas J. Teixeira 38184
Gabriela Menezes 21909
Luzinete Lima 21376
Silvani Anjos 5428
Talita S. Oliveira 23530
Objetivo
Preservar e melhorar tanto quanto possível as
funções musculoesqueléticas e neurológicas,
estabilizando os fragmentos e deformidades,
permitindo a mobilização precoce do paciente.

Indicação
• Pacientes polifraturados;
• Pacientes idosos;
• Fraturas abertas e/ou expostas, articulares,
com lesões vasculares, com retardo de
consolidação e pseudartrose;
• Fraturas difíceis e impossíveis de serem
reduzidas por métodos conservadores.
Conceito
A ostessíntese é um tratamento cirúrgico
empregado para a reconstituição de um
segmento ósseo interrompido; são usados
diferentes dispositivos de fixação interna
para manter os fragmentos ósseos em
posição mais anatômica até que se
processe a consolidação óssea.
Esse processo permite a fixação estável
com movimento e mobilidade precoce,
evitando atrofia muscular e rigidez
articular, além de prevenção de outros
sistemas como o respiratório, vascular e
tegumentar.
Tipos de Osteossínteses

Os tipos de osteossínteses mais utilizados são:

❖ Placas: Variam de forma e tamanho e são


fixadas ao osso. De acordo com sua função,
dividem-se em:

✔ Placa proteção ou de neutralização;


✔ Placa de suporte;
✔ Placa de compressão;
✔ Placa em banda de tensão.

Quanto a forma, são modeladas de acordo


com a anatomia do osso, e não implicam em
função.
Placa de Proteção ou
Neutralização

A estabilidade primária é alcançada com os


parafusos de compressão e não com a placa. Uma
placa serve apenas para proteger os parafusos de
compressão
Placa de Suporte

A função da placa de suporte é sustentar e prevenir deformidade axial como resultado


de cisalhamento ou flexão

Fixação interna de uma fratura volar tipo B.


Placas L de suporte (esquerda e Placa em T de ângulo reto ou oblìquo no lado
direita) palmar

Placas T destinadas a serem usadas


Escorando uma fratura no colo cirúrgico do para a fixação de fraturas recentes ou
úmero
osteotomias do rádio distal .
Placa de
Compressão
As placas autocompressivas são placas que tornam possível alcançar compressão
axial pela combinação da geometria dos furos com a inserção dos parafusos.
Placa como banda de tensão

O osso deve ser capaz de suportar a força compressiva que


resulta da conversão das forças de distração pela placa. Deve
haver uma escora óssea em oposição à placa para evitar o
arqueamento cíclico

A) Fêmur intacto; B) Em caso de fratura, abre-se o traço lateral da fratura,


enquanto o lado medial será comprimido; C) Se uma placa for colocada ao longo
da linha áspera do fêmur, ela estará sob tensão quando carregada, comprimindo
o traço de fratura, desde que haja contato ósseo medialmente; D) Se a placa for
colocada no lado de compressão, não será capaz de prevenir a abertura do traço
lateral (instabilidade); E) Se o cortical medial não estiver intacta, o princípio de
banda de tensão não conseguirá funcionar por causa da falta de suporte
Tipos de Osteossínteses
❖ Parafusos: Têm como finalidade unir
fragmentos de ossos pela compressão e são
usados fixar placas ou aparelhos
semelhantes no osso, exercendo compressão
sobre a fratura. O tamanho do parafuso
varia conforme sua aplicação: tipo de osso,
função e localização de onde é inserido.
Assim, temos os parafusos:

✔ Autoperfurantes e não autoperfurantes;


✔ Parafusos de compressão;
✔ Parafusos corticais e esponjosos para
grandes e pequenos fragmentos
✔ Parafusos maleolares.
Autoperfurantes e não
autoperfurantes

A) Autoperfurantes
B)Automacheante
Parafusos de
Compressão
Parafusos corticais e esponjosos para grandes e pequenos
fragmentos
Parafusos maleolares
Tipos de Osteossínteses

❖ Fios: são usados, normalmente, para manter


em posição pequenos fragmentos ósseos.
Entre eles, temos:

✔ Fios de Kirschner

✔ Cerclagem

✔ Amarria.
Fios de Kirschner
Cerclagem
Amarri
a
Tipos de Osteossínteses

❖ Haste Intramedular: É um bastão oco de


secção triangular, fendilhado, com ligeiro
encurvamento longitudinal; é introduzido ao
longo da cavidade medular com a finalidade
de reduzir a rotação, funciona com uma tala
de imobilização interna, mantendo estáveis
as fraturas diafisárias do terço médio dos
ossos longos. As hastes intramedulares
possuem nomes anatômicos e funcionais.
São elas:

✔ Centromedulares

✔ Condilocefálicas
Centromedulares
Condilocefálicas

A) Mecanismo e efeito do sistema; (B) Fratura transtrocantérica.


(C) Fixação ; (D) Consolidação.
Cefalomedulares
Haste Intramedular

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/
S010236161300129X

Fratura exposta da diáfise da tíbia direita: (A) imagem clínica inicial; (B) radiografia inicial
na incidência ântero-posterior da tíbia direita; (C) radiografia inicial na incidência em perfil
da tíbia direita; (D) radiografia pós-operatória imediata ; (E) radiografia pós-operatória
imediata na incidência perfil da fixação com fixador externo Pinless; (F) imagem clínica
pós-fixação com fixador externo tipo Pinless; (G) radiografia pós-operatória imediata na
incidência ântero-posterior da fixação com haste intramedular não fresada UTN; (H)
radiografia pós-operatória imediata na incidência perfil (I) radiografia pós-operatória 20
meses; (J) radiografia pós-operatória 20 meses na incidência perfil.
Importante

• A fixação intramedular é indicada nos casos


das fraturas diafisárias de fêmur e tíbia. Em
razão de possível dano à estrutura óssea, a
placa de crescimento não é empregada em
crianças.

• Osteossínteses metálicas, sempre que for


adotado mais de um dispositivo de fixação, é
necessário que sejam do mesmo tipo de
material.

• Os implantes de fixação interna são


fabricados, especialmente, em aço inoxidável,
ligas de titânio ou titânio puro e devem
possuir potenciais eletrólitos iguais, evitando a
Sinais e sintomas
no
Pós-Operatórios
Os sinais e sintomas devem ser valorizados
pela equipe de saúde. Os mais comuns são:
presença de dor, hipersensibilidade, sensação
de formigamento, latejamento e outros.

• É importante ainda avaliar independente do


local da fratura e do membro afetado os
seguintes aspectos:
• Sensibilidade
• Coloração da pele
• Pulso
• Avaliar incisão cirúrgica diariamente
• Caso paciente esteja com dreno de sucção,
fazer controle periódico até sua retirada.
A dor no pós operatório deve ser monitorada
com rigor, principalmente a progressiva que é
incontrolável, sugerindo complicações.
Cuidados no
Pós-Operatórios
de
Osteossínteses
Membros Superiores
Ombro

• Deve-se colocar o paciente em decúbito


dorsal horizontal, com ligeira elevação da
cabeceira. Mantendo o braço em abdução
com ajuda de travesseiros. Deixando o
antebraço apoiado, até o segundo dia de pós
operatório.
• Devem ser estimulados os exercícios
isométricos do braço e antebraço. Flexão e
extensão com resistência para o deltóide,
de acordo com a conduta do cirurgião.
Evitar dormir sobre o braço operado.

• Durante a higiene corporal, retirar a tala de


abdução.
Braço e Antebraço

Úmero, rádio, ulna e mão:

• Geralmente o paciente é imobilizado com


tala gessada e tipoia nos tratamentos
conservadores.

• Nas regiões medial e distal do úmero,


mantém-se uma tipoia, quando não existir
edema; caso haja edema, deve-se manter o
braço elevado com travesseiro até regredir.

• Observar com frequência pulso distal,


coloração e sensibilidade, estimular
movimentos ativos das mãos(abrir e fechar).
Cotovelo

• É feita uma imobilização de 120º a 130


º de extensão em uma tala gessada,
bem protegida e acolchoada com
algodão ortopédico e elevado em
travesseiros e/ou suspenso sobre a
cabeça nas primeiras 48 horas
utilizando um dispositivo preso na
barra transversal da cama;
Antebraço e Mãos

• As fraturas são estabilizadas e em seguida


coloca-se a tala gessada. Manter o antebraço
elevado e perpendicular à cama;

• Nas primeiras 48 hs deve ser estimulado


exercícios isométricos dos dedos, observando
a perfusão periférica, coloração e edema;

• Após as 48 hs estimular exercícios ativos d


acordo com a orientação do cirurgião e
fisioterapeuta; quanto mais cedo iniciar os
exercícios mais rapidamente ocorrerá a
recuperação do membro.

• Observar a presença de secreção, fazer


• A maioria do pacientes retorna com dreno de
sucção. Neste caso, deve-se avaliar a incisão
cirúrgica; após a retirada do dreno, remover
a tala gessada ou enfaixamento, a tipoia e
realizar curativo, envolvendo com faixa crepe.
Pelve e Membros Inferiores

• Em fraturas de pelve usa-se fixação interna, o


paciente deve ser mantido no pós operatório
em decúbito dorsal horizontal com ligeira
elevação da cabeceira;
• É preciso observar se há sangramento na
incisão cirúrgica, observar o aspecto da urina,
se há hematúria ou não;
• O controle da pressão arterial deve ser
realizado periodicamente;
• Estimular exercício isométrico de glúteos e
pernas, para manter a tonicidade muscular;
• A movimentação deve ser sempre em bloco,
de preferência para o lado não comprometido.
Sínfise Púbica

• O paciente permanece em decúbito zero nas


primeiras 24 horas; No primeiro dia de pós-
operatório, pode-se elevar o decúbito até 45
graus.
• O pós-operatório é variável, está relacionado
à habilidade e conduta do cirurgião de
conseguir uma fixação interna estável com a
qualidade
do osso e da redução.
• A deambulação pode ser iniciada com muleta
e apoio progressivo; a partir do momento em
que houver a consolidação biológica.
Fêmur

• Na cirurgia de fêmur proximal, região do colo,


o posicionamento é manter o membro em
extensão e posição neutra.
• Os cuidados pós-operatórios dependem da
qualidade do osso e da fixação.
• Normalmente, mantém-se o membro elevado
em férula de Brawn, nos primeiros dias de
pós-operatório.
Tíbia, Fíbula e Pés

• No pós-operatório imediato, observar


sangramento, dor incontrolável e perfusão
periférica.
• O curativo e a tala são retirados a partir do
segundo dia de pós-operatório para avaliação,
e a tala é recolocada, devendo os
movimentos dos artelhos ser estimulados.
• Alguns cuidados são gerais para os membros
inferiores, como: deve ser feita a avaliação do
membro com relação à perfusão periférica,
temperatura, sensibilidade, motricidade,
edema e pulso distal, dor, sempre
comparando com o membro não operado.
• O controle das eliminações intestinal e
urinária e do dreno de sucção são muito
Coluna

• Faz-se uma fixação interna por via anterior e


posterior.
• É importante no pós-operatório conhecer o
tipo de cirurgia-fixação, se houve ou não
intercorrência, para avaliar a sensibilidade, a
motricidade e as eliminações intestinal e
urinária.
• É necessário fazer mudança de decúbito,
tendo o cuidado de colocar coxim em toda
extensão da coluna e pôr travesseiros baixos
sob a cabeça, entre os joelhos e tornozelo.
• Deve-se impedir que o paciente faça rotação
do quadril. Os braços devem ficar apoiados
em um travesseiro.
• A elevação da cabeceira, a partir do segundo
dia de pós-operatório, depende da fixação
cirúrgica e da qualidade do osso.
Referências

TOSHIKO, Marisa O. Tashiro. et al. Assistência de enfermagem em ortopedia e


traumatologia: Osteossínteses, cuidados pós-operatórios. São Paulo: Editora
Atheneu, 2001, p. 75-82.

Hexagon. Roteiro para Instrumentação da Técnica de Placas. Hexagon, 2010.


Disponível em : https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.cortical.
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SILVA, Patrícia. et al. AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DA INFLUÊNCIA DO


MACHEAMENTO E DO DESENHO DOS PARAFUSOS CERVICAIS. Revista
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parafusos-cervicais . Acesso em: 04/10/2022.

CAVALCANTE, Elton. Et al. Migração intrapélvica do parafuso cefálico da haste


intramedular longa para fêmur proximal: Relato de caso. Revista Brasileira de
Ortopedia, 2017. Disponível em: https://www.rbo.org.br/detalhes/3226/pt-BR/
migracao-intrapelvica-do-parafuso-cefalico-da-haste-intramedular-longa-para-femur-
proximal--relato-de-caso- . Acesso em: 04/10/2022.
.

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