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Cirurgias ortopédicas e trauma de extremidades

O sistema musculoesquelético é o maior sistema do nosso organismo, é responsável pela


locomoção, hematopoiese, proteção e sustentação de órgãos e estruturas. O preparo cirúrgico
geral para este sistema deve priorizar o apoio psicológico e a não administração
medicamentosa no membro afetado.

Gesso
É um dispositivo rígido de mobilização externa que tem a vantagem de aplicar pressão
uniforme ao tecido mole encapsulado. Tem como objetivos: manter fragmentos ósseos
alinhados e imobilizados, favorecer a cicatrização de partes moles, prevenir e corrigir
deformações, profilaxia de fraturas e prevenir complicações. A assistência de enfermagem tem
como objetivo: aliviar o desconforto, a dor, reduzir a ansiedade, promover a independência e o
autocuidado, manter a perfusão tissular adequada e evitar complicações como úlceras,
diminuição do fluxo sanguíneo, alterações nervosas, infecções e necrose. Também faz parte
dos cuidados orientar para a alta a respeito de evitar movimentação excessiva do membro,
contudo realizar os exercícios propostos para manutenção do tônus muscular, evitar apoiar ou
carregar peso, uso de tipoia, proteger durante o banho, evitar introdução de objetos entre o
gesso e a pele e mantê-lo limpo e seco.

Prótese e Órtese
A prótese é um dispositivo permanente ou transitório que substitui total ou parcialmente um
membro, órgão ou tecido. Exemplo: perna mecânica, aparelho auditivo, silicone mamário ou
implantes cardíacos. A órtese é um dispositivo permanente ou transitório utilizado para auxiliar
as funções de um membro, órgão ou tecido, evitando deformidades ou sua progressão
compensando insuficiências funcionais. Exemplo: bengalas, muletas, colares cervicais,
andadores, óculos, aparelhos ortodônticos, fixadores externos ou drenos.

Tração
A tração é a aplicação de uma força de tração sobre uma parte do corpo, pode ser cutânea ou
óssea e é utilizada como paliativo até que outras modalidades, como a fixação externa ou
interna sejam possíveis, reduzindo o risco da síndrome do desuso. A modalidade esquelética é
utilizada com maior frequência para tratar de fraturas de fêmur, da tíbia e do úmero, a
colocação dos pinos é realizada por meio de ato cirúrgico necessitando de anestesia geral e os
pesos são presos aos pinos por um sistema de cabos e roldanas exercendo de 7 a 12 Kg de
força.
Assistência de enfermagem ao paciente com tração cutânea: observar ruptura do tecido
cutâneo, lesões, abrasões e o enchimento capilar principalmente próximo ao local de inserção
das fixações, atentar para a formação de úlceras nas regiões de maior pressão.
Assistência de enfermagem ao paciente com tração óssea e fixador externo: além do curativo
normal na ferida operatória, a limpeza diária da junção entre a pele e o pino com água ou SF
0,9% é fundamental para evitar inflamação ou infecção. Pode haver corrimento, sangramento
ou formação de crosta nesta junção, deve ser observado e removido. Os pinos devem ser
envolvidos por gaze estéril, o uso de cobertura com ataduras são indicadas apenas nos
primeiros dias, após isso o banho pode ser feito normalmente. O uso de roupas é permitido,
desde que largas para não movimentar os pinos. Realizar avaliação da dor, normalmente é
ausente, inclusive para sua retirada (não necessita anestesia e nem internação, é realizada em
ambulatório), caso presente é tratada com analgésicos de costume do paciente.

Trauma de extremidades
A microcirurgia reconstrutiva é uma especialidade ortopédica responsável pelo tratamento
cirúrgico de amputações e reimplantes dos dedos da mão e lesões traumáticas do plexo
braquial, tem por diferencial a reconstrução vascular e nervosa a fim de reestabelecer a função
do membro podendo utilizar inclusive o halux para o implante.

Fratura
É a perda total ou parcial da continuidade de um osso, pode ser simples ou exposta e
geralmente é seguida de algum tipo de trauma. As prioridades em um trauma são: 1 – salvar a
vida do paciente; 2 – salvar o membro; 3 – salvar a função do membro e 4 – evitar
complicações.

Redução
Consiste na reposição mais aproximada possível da anatomia normal por manipulação externa
ou cirúrgica após fratura com grande deslocamento.

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