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com

Análise quantitativa e descritiva do


ligamento meniscotibial em cadáveres humanos

Bezerra, F.S.1,2,3, Alves, JN.1, Silva, MA.1, Trajano, ETL.1,


Ferreira, T.A.1, Vasconcellos, HA.3e Valença, SS.1*

Instituto de Anatomia, Universidade Severino Sombra – USS, Av.


1

Expedicionário Oswaldo de Almeida Ramos, 280, Centro,


CEP 27000-000, Vassouras, RJ, Brasil
2Laboratório de Reparo Tecidual, Departamento de Histologia e Embriologia,
Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes – IBRAG,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, Av.
Prof. Manoel de Abreu, 444, 3° andar, Maracanã,
CEP 20550-170, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
3 Departamento de Anatomia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
* E-mail: samuelv@hotmail.com

Abstrato
Os ligamentos meniscotibiais (LMT) de humanos são fibras capsulares com origem proximal na borda lateral dos meniscos e inserção distal na borda lateral do côndilo tibial,

também denominado ligamento coronário do joelho. No entanto, poucos estudos descrevem a presença, curso e variações anatômicas desse ligamento. Nosso objetivo foi

avaliar o LMT por meio de métodos quantitativos e descritivos. Foram examinados 85 joelhos (42 joelhos direitos [RK] e 43 joelhos esquerdos [LK]), dissecados, avaliados,

catalogados e fotografados por quatro examinadores. Vinte joelhos (23,53%) apresentaram TLM, 6 (30%) em RK e 14 (70%) em LK. Em dois RKs, o LMT apresentou inserção

proximal nos meniscos mediais e distal no côndilo tibial medial; nas outras, o LMT apresentou inserção proximal nos meniscos laterais e distal no côndilo lateral da tíbia. No LK,

quatro LMT apresentaram inserção proximal no menisco medial e inserção distal no côndilo tibial medial, enquanto os demais apresentaram inserção proximal no menisco

lateral e inserção distal no côndilo tibial lateral. Um LMT no LK apresentou inserção proximal e distal em ambos os meniscos e côndilo tibial. A análise de cadáveres humanos em

nosso estudo sugere que a presença do LMT é muito mais comum no LK do que no RK, com inserção mais frequente na região proximal dos meniscos laterais e inserção distal no

côndilo lateral da tíbia. enquanto os demais apresentavam inserção proximal nos meniscos laterais e inserção distal no côndilo lateral da tíbia. Um LMT no LK apresentou

inserção proximal e distal em ambos os meniscos e côndilo tibial. A análise de cadáveres humanos em nosso estudo sugere que a presença do LMT é muito mais comum no LK

do que no RK, com inserção mais frequente na região proximal dos meniscos laterais e inserção distal no côndilo lateral da tíbia. enquanto os demais apresentavam inserção

proximal nos meniscos laterais e inserção distal no côndilo lateral da tíbia. Um LMT no LK apresentou inserção proximal e distal em ambos os meniscos e côndilo tibial. A análise

de cadáveres humanos em nosso estudo sugere que a presença do LMT é muito mais comum no LK do que no RK, com inserção mais frequente na região proximal dos meniscos

laterais e inserção distal no côndilo lateral da tíbia.

Palavras-chave:ligamento meniscotibial, joelho, anatomia.

1. Introdução
Os meniscos são estruturas fibrocartilaginosas aderidas à os ligamentos ial e meniscofemoral também
tíbia e acomodam o fêmur (BRODY, LIN, HULSTYN et al., compreendem o ligamento capsular medial, que
2006; KOHN e MORENO, 1995; LaPRADE, ENGEBRETSEN, LY representa uma porção da cápsula articular medial
et al., 2007). Eles servem para transmitir forças axiais e (LaPRADE, MORGAN, WENTORF et al. 2007; MERIDA-
tensionais através da articulação, amortecer a carga VELASCO, SANCHEZ-MONTESINOS, ESPIN-FERRA et al.
mecânica, limitar o deslocamento abrangente, distribuir o 1997; SCHMEISER, HEMPFLING , BUHREN et al., 2001). As
líquido sinovial, aumentar a área de superfície para o fibras do ligamento meniscotibial são, no entanto, difíceis
movimento condilar femoral e prevenir o impacto sinovial de separar da cápsula adjacente e das fibras do
(AMIS, BULL, GUPTE et al., 2003; GUPTE, BULL, THOMAS et al., ligamento colateral. Os ligamentos meniscotibiais ou
2003; GUPTE, BULL, THOMAS et al., 2003). Os ligamentos coronários estão ligados vários milímetros abaixo da
meniscocapsulares, incluindo os componentes cartilagem articular à tíbia e ocasionalmente resultam em
meniscofemoral e meniscotibial, fixam os meniscos ao fêmur um pequeno recesso sinovial. Embora esse recesso possa
posterior e ao platô tibial, respectivamente (LaPRADE, ser visto na RM, os próprios ligamentos meniscotibiais
MORGAN, WENTORF et al., 2007; NAGASAKI, OHKOSHI, raramente são identificados separadamente (BASSETT,
YAMAMOTO et al., 2006). Os ligamentos meniscotibiais são GROVER e SEEGER 1990; ERBAGCI, YILDIRIM, KIZILKAN et
curtos, bandas ligamentares confluentes que se fixam al., 2002; LEE, JEE, KIM et al., 2000).
perifericamente ao corpo do menisco e servem para
estabilizar e manter o menisco na posição adequada no platô
2 Material e métodos
tibial (LaPRADE, ENGEBRETSEN, LY et al., 2007; GOODFELLOW
e O'CONNOR, 1986; GUPTE, BULL, MURRAY et al., 2007). Os Este estudo foi realizado entre novembro de 2005 e
ligamentos meniscotibiais ou coronários formam ainda uma maio de 2006 com 109 joelhos de cadáveres humanos do
porção da terceira ou mais profunda camada da cápsula Instituto de Anatomia da Universidade Severino Sombra
articular lateral. Juntos, os meniscoti- (IAUSS). Os joelhos com inserção muscular (que

Braz. J. Morphol. Sci., 2007, vol. 24, não. 4, pág. 211-213 211
Bezerra, FS., Alves, JN., Silva, MAS. et ai.

respondem àqueles usados para aprendizagem) foram excluídos 1998; LAPRADE, 1997). A função dos ligamentos
deste estudo. Um total de 24 joelhos, 8 direitos e 16 esquerdos, foram meniscotibiais de fixar o menisco ao côndilo tibial também
excluídos da amostra. Oitenta e cinco joelhos, 42 direitos e 43 foi relatada (GUPTE, BULL, THOMAS et al., 2003; GUPTE,
esquerdos, foram dissecados por um especialista anatomista
participante deste estudo, fazendo duas incisões transversais no osso
de 10 cm. acima do côndilo femoral, poupando parte do tendão do
músculo quadríceps, e outra incisão de 10 cm. do côndilo tibial. O
anatomista também realizou um minucioso corte transversal, no qual
foram retraídos os ligamentos colaterais tibiais, colaterais fibulares e
as cápsulas articulares. Todos os procedimentos de dissecção foram
seguidos pelos participantes deste trabalho. As amostras foram
fixadas em formol a 7% e conservadas com glicerina. Todas as peças
anatômicas foram analisadas, catalogadas e fotografadas.

3. Resultados

O ligamento meniscotibial estava presente em 20 joelhos


(23,5%) dos 85 joelhos examinados. Entre os 20 joelhos que
apresentavam ligamentos meniscotibiais, 6 joelhos estavam
do lado direito (30%) e 14 do lado esquerdo (70%). Em 42
joelhos direitos dos 85 analisados, o ligamento meniscotibial
foi observado em 6; enquanto o ligamento foi observado em
14 dos 43 joelhos esquerdos analisados (Tabela 1). Em dois
joelhos direitos, a localização do ligamento meniscotibial
para inserção proximal foi no menisco medial e para inserção
distal no côndilo medial da tíbia. A localização do ligamento
meniscotibial em quatro joelhos direitos para inserção
proximal foi no menisco lateral e para inserção distal no
côndilo lateral da tíbia. A localização do ligamento Figura 1.Ligamento meniscotibial do joelho esquerdo com
meniscotibial em quatro joelhos esquerdos para inserção inserção medial proximal e distal.
proximal foi no menisco medial e para inserção distal no
côndilo medial da tíbia (Figura 1). A localização do ligamento
meniscotibial em nove joelhos esquerdos para inserção
proximal foi no menisco lateral e para inserção distal no
côndilo lateral da tíbia (Figura 2). Um ligamento meniscotibial
apresentou inserção proximal e distal em ambos os meniscos
e côndilos da tíbia.

4. Conclusão
O formato do menisco medial é o mesmo de uma linha
descendente com maior base para inclusão dos cornos
anterior e posterior através dos ligamentos meniscotibiais
(BRODY, LIN, HULSTYN et al., 2006; LaPRADE, ENGEBRETSEN,
LY et al., 2007; CHO, KO e WOO, 2006; NAIK, RAO e RAO,
2007). O ligamento coronário está localizado sob a cápsula
articular, e sua ação é fixar o menisco na superfície articular,
dando-lhe a designação de ligamento meniscotibial em
decorrência das estruturas com as quais está em contato (De
MAESENEER, LENCHIK, STAROK et. al.,

Tabela 1.A distribuição dos joelhos para o lado e a presença do


ligamento meniscotibial.
Análise de joelhos dissecados e avaliados no IAUSS*
Amostras Joelhos analisados Presença de MTL**
Joelhos direitos 42 6
Joelhos esquerdos 43 14
Total 85 20
* Instituto de Anatomia da Universidade Severino Sombra; e Figura 2.Ligamento meniscotibial do joelho esquerdo com
* * Ligamento meniscotibial. inserção lateral proximal e distal.

212 Braz. J. Morphol. Sci., 2007, vol. 24, não. 4, pág. 211-213
Análise do ligamento meniscotibial

BULL, THOMAS et al., 2003; CHO, KO, WOO, 2006; MORAN, GOODFELLOW, JW. e O'CONNOR J. Resultados clínicos do joelho de
POYNTON, MORAN et al., 2006). Finalmente, o desenvolvimento Oxford. Artroplastia de superfície da articulação tibiofemoral com
prótese de suporte meniscal.Clin Orthop Relat Res.1986, n. 205, pág.
do ligamento meniscotibial pode ser devido ao crescimento das
21-42.
junções periféricas entre o platô tibial e o perímetro de ambos os
meniscos (MERIDA-VELASCO, SANCHEZ-MONTESINOS, ESPIN- GUPTE, CM., BULL, AM., MURRAY, R. et al. Anatomia comparativa do
FERRA et al., 1997; DUFF, 1985). Entretanto, outros anatomistas ligamento meniscofemoral em humanos e alguns mamíferos
domésticos.Anat Histol Embriol.2007, v. 36, nº. 1, pág. 47-52.
consideram o mesmo ligamento como segmentos capsulares dos
meniscos que margeiam o segmento tibial superior (borda dos GUPTE, CM., BULL, AM., THOMAS, RD. et ai. Uma revisão da
côndilos tibiais) (LaPRADE, 1997; HUNTER, MARASCALCO, função e biomecânica dos ligamentos meniscofemorais.
HUGHSTON, 1983). Artroscopia.2003, v. 19, não. 2, pág. 161-171.
Em nosso estudo observamos o ligamento meniscotibial com GUPTE, CM., BULL, AM., THOMAS, RD. et ai. Os ligamentos
duas inserções diferentes. A inserção proximal e distal do meniscofemorais: restrições secundárias à gaveta posterior.
ligamento meniscotibial foi mais frequente na face lateral do que Análise da frouxidão ântero-posterior e rotatória no joelho
na medial. Apenas um joelho apresentou inserção proximal e intacto e com deficiência de cruzado posterior.J Bone Joint Surg
Br.2003, v. 85, não. 5, pág. 765-773.
distal nas superfícies medial e lateral. Apesar de poucas peças
apresentarem ligamentos meniscotibiais, acreditamos haver uma HASSINE, D., FERON, JM., HENRY-FEUGEAS, MC. et ai. Os ligamentos
importância funcional para este ligamento. Essa função poderia meniscofemorais: ressonância magnética e correlações anatômicas.
Surg Radiol Anat.1992, v. 14, não. 1, pág. 59-63.
ser melhor analisada por exames de imagem (BASSETT, GROVER,
SEEGER, 1990; ERBAGCI, YILDIRIM, KIZILKAN et al., 2002; LEE, JEE, HUNTER, SC., MARASCALCO, R. e HUGHSTON, JC. Ruptura do
KIM et al., 2000; De ABREU, CHUNG, TRUDELL et al., 2007; vasto medial oblíquo com lesões do ligamento medial do joelho.
HASSINE, FERON, HENRY-FEUGEAS et al., 1992; PARK, JACOBSON, Am J Sports Med.1983, v. 11, não. 6, pág. 427-431.
JAMADAR et al., 2007). Além disso, as diferenças nas peças com KOHN, D. e MORENO, B. Anatomia da inserção do menisco como base
ligamentos meniscotibiais podem ser decorrentes de para a substituição do menisco: um estudo morfológico cadavérico.
desenvolvimentos anatômicos de outras estruturas como Artroscopia.1995, v. 11, não. 1, pág. 96-103.
músculos, cápsulas articulares e outros ligamentos. Poucos LAPRADE, RF. Avaliação artroscópica do compartimento lateral dos
relatos sobre ligamentos meniscotibiais foram encontrados na joelhos com lesões póstero-laterais do complexo do joelho grau 3.Am
literatura. Nosso estudo aponta a incidência e localização do J Sports Med.1997, v. 25, não. 5, pág. 596-602.
ligamento meniscotibial e mostra maior frequência no joelho LaPRADE, RF., ENGEBRETSEN, AH., LY, TV. et ai. A anatomia da
esquerdo. Mais estudos são necessários para descrever, analisar parte medial do joelho.J Bone Joint Surg Am.2007, v. 89, nº. 9,
e caracterizar a função, estrutura e incidência do ligamento pág. 2000-2010.
meniscotibial.
LaPRADE, RF., MORGAN, PM., WENTORF, FA. et ai. A anatomia da
face posterior do joelho. Um estudo anatômico.J Bone Joint Surg
Referências Am.2007, v. 89, nº. 4, pág. 758-764.
LEE, BY., JEE, WH., KIM, JM. et ai. Incidência e importância da
AMIS, AA., BULL, AM., GUPTE, CM. et ai. Biomecânica do LCP e
demonstração do ligamento meniscofemoral na RM.Br J Radiol.
estruturas relacionadas: ligamentos posterolateral, posteromedial e
2000, v. 73, nº. 867, pág. 271-274.
meniscofemoral.Joelho Cirúrgico Esportes Traumatol Artrosc. 2003, v.
11, não. 5, pág. 271-281. MERIDA-VELASCO, JA., SANCHEZ-MONTESINOS, I., ESPIN-FERRA, J.
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Braz. J. Morphol. Sci., 2007, vol. 24, não. 4, pág. 211-213 213

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