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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


CURSO DE FISIOTERAPIA

ARTHUR GUILHERME BERNARDES F03HJA2, CARLA SILVA SANTOS DOS


REIS N435GG7, GUILHERME RIBEIRO MIRANDA N5014C9, GUSTAVO RIBEIRO
MIRANDA N501456, LAURA LOPES BATISTA DE MATOS, MICAELLI DA SILVA
DA SILVA N4901F0, JESSICA BARBOSA LINO N402393, STEPHANYE MELO
FERNANDES D8530I0.

APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS PRANCHAS ANATONICAS

SÃO PAULO
2019.
ARTHUR GUILHERME BERNARDES F03HJA2, CARLA SILVA SANTOS DOS
REIS N435GG7, GUILHERME RIBEIRO MIRANDA N5014C9, GUSTAVO RIBEIRO
MIRANDA N501456, LAURA LOPES BATISTA DE MATOS, MICAELLI DA SILVA
DA SILVA N4901F0, JESSICA BARBOSA LINO N402393, STEPHANYE MELO
FERNANDES D8530I0.

APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS PRANCHAS ANATONICAS

Relatório final, apresentado a


Universidade Paulista, como parte das
exigências para a obtenção de nota
semestral.

Professores: Marcelo Alves, João Cunha


e Helder Cravo.
Curso de: Fisioterapia
Matéria: Anatomia.

São Paulo
2019.
Sumario
1. Introdução

O estudo da anatomia em si nos faz refletir em como o corpo humano pode conter
tantos ramos para serem estudados, contudo o estudo pode nos proporcionar
grandes possibilidades de pesquisa, para que possamos ter o básico e até
aprofundado conhecimento do nosso corpo. Para o fisioterapeuta profissional esse
conhecimento e entendimento do assunto é primordial em suas condutas, para que
haja uma excelência em sua atuação da área, bem como proporcionar qualidade de
vida, reabilitação e auxilio a seu paciente.

Neste trabalho os assuntos que serão abordados enfaticamente, são: Sistema


esquelético, muscular e o articular. Para que possamos melhor entender suas
definições, funções e classificações, além de apresentar sua importância que têm
para pro ser humano em todos os seus âmbitos de vida.

2. Sistema esquelético.

O esqueleto pode ser definido como um conjunto de ossos, cartilagens, ligamentos e tendões que se
interligam para formar o arcabouço do corpo humano e, a partir dessa ligação, desempenhar
diferentes e numerosas funções. Cada osso é formado por variados tecidos, e por isso são
considerados, de forma individual, órgãos, que exercem funções como suporte, proteção, produção
de células sanguíneas e armazenamento de minerais. (1,2)

O sistema esquelético é composto por tecidos diferentes, predominantemente por tecido ósseo,
esponjoso e compacto. O estudo do tecido ósseo pode mostrar como os ossos se formam, o seu
envelhecimento, e como fatores externos afetam sua densidade e sua resistência, esse estudo pode
ser chamado de osteologia. (2)

Seguindo como exemplo um osso longo, cujo comprimento é maior que a largura,
nota-se a constituição das seguintes partes;

 Diáfise: é o corpo do osso, sua parte cilíndrica e centralizada.

 Epífises: são as extremidades ósseas, sendo uma proximal e uma distal.

 Cartilagem Articular: é uma camada de cartilagem que recobre a epífise de um


osso que se articula com outro osso.
 Periósteo: é uma fina camada de tecido conjuntivo denso que recobre o osso
onde não há presença de cartilagem articular.

 Endósteo: membrana que reveste internamente o osso, orientada para a


cavidade medular.

O tecido ósseo e suas diferentes formas é composto por quatro tipos diferentes de
células, sendo elas células osteogênicas, osteoblastos, osteoclastos, e osteócitos,
cada célula exerce uma função diferente dentro do osso, a ausência de um tipo de
célula pode causar danos irreversíveis ao tecido ósseo.

As células osteogênicas são células-tronco não especializadas derivadas do


mesênquina [2] são as únicas células ósseas que sofrem divisão celular,
são encontradas no periósteo, endósteo, e nos canais sanguíneos de dentro
do osso. Os osteoblastos são células formadoras de tecido ósseo, fazem a
síntese e a secreção de todos os compostos orgânicos necessários para a
produção do tecido, conforme os osteoblastos vão sendo recobertos por
matriz, se transformam em osteócitos por diferenciação celular. Os
osteócitos são células ósseas maduras, que foram originadas através dos
osteoblastos, é a principal célula do tecido ósseo e é responsável por
mantê-lo através do seu metabolismo que efetua trocas de resíduos e
nutrientes com o sangue, e por fim, os osteoclastos, que são células
consideravelmente grandes, formadas pela união de 50 monócitos, são
encontrados no endósteo, cuja principal função é a reabsorção e
decomposição da matriz óssea, atuando diretamente na manutenção e no
reparo do osso. (2,3)
As células formadoras de tecido ósseo constroem o osso de forma a garantir a
homeostasia corporal, o tecido ósseo é dividido em duas partes, o esponjoso, que é
predominante no órgão, e o compacto.

O tecido ósseo compacto, não possui muitos espaços, é localizado abaixo


do periósteo e constrói a maior parte da diáfise do osso, majoritariamente
ossos longos. O tecido ósseo compacto é repleto de vasos linfáticos e
nervos provenientes do periósteo que adentram no tecido compacto
exercendo sua irrigação e inervação, sua maior função como um todo é
fornecer proteção, resistir a impactos e a força advinda dos movimentos. Já
o tecido ósseo esponjoso, possui finas colunas que criam espaços
macroscópicos entre elas, dando leveza ao osso, também são preenchidos
por medula óssea vermelha, que fazem a irrigação sanguínea do local. O
tecido ósseo esponjoso não possui ósteons, mas possuem osteócitos, que
recebem nutrientes do sangue. A principal diferença entre o tecido ósseo
esponjoso e o compacto está na sua textura e funções, o esponjoso do
osso proporciona leveza para o osso ao ser tracionado pelo musculo, além
de proteger a medula óssea vermelha com suas colunas. (2,3)
Desde o nascimento até a fase adulta, o esqueleto está em evolução e
desenvolvimento, um constante processo de envelhecimento, que se intensifica com
o decorrer dos anos a partir do adulto. Existem dois efeitos principais do
envelhecimento que atingem o tecido ósseo, são eles a perda de massa óssea
resultada da desmineralização, a diminuição do cálcio e outros minerais abrigados
na matriz extracelular óssea, essa perda começa a partir dos 30 anos, sendo que
nas mulheres se intensifica a partir dos 45 anos, é calculada a perda de 8% de
massa óssea a cada 10 anos. O segundo é a redução na taxa de síntese proteica,
gerando fragilidade ao osso.

Proveniente do envelhecimento, o acometimento de fraturas se torna mais provável,


pois o osso fraco e envelhecido se torna menos resistente. Existem diferentes tipos
de fraturas, são elas

 Fratura exposta: onde a extremidade fraturada rompe o tecido epitelial.


 Fratura cominutiva: o osso é quebrado em pedaços que se alojam entre dois
fragmentos principais.
 Fratura em galho verde: um lado do osso é quebrado, o outro se dobra.
 Fratura impactada: uma parte do osso entra à força dentro de outro

Existem também, denominações para fraturas em ossos específicos, como fratura


de Pott e Colles, que acontece na lateral da fíbula e na parte distal do rádio
respectivamente.

2.1 Divisão e classificação dos ossos

O esqueleto é dividido em duas partes, sendo uma o esqueleto axial


(Crânio, tórax e coluna vertebral) e esqueleto apendicular (cíngulos dos
membros superiores, membros superiores, cíngulo do membro inferior,
membro inferior). O esqueleto humano é constituído de 206 ossos, 80 do
axial e 126 do apendicular, levando em analise um corpo humano adulto
totalmente desenvolvido, existem fatores que podem alterar esse resultado,
são eles fatores etários, individuais e de contagem. (1,3)

Existem diferentes maneiras de classificar os ossos, podem ser classificados pela


sua posição topográfica, reconhecidos como axiais ou apendiculares, ou pelo seu
formado, sendo essa a classificação mais utilizada no meio acadêmico e clinico. Os
ossos quando classificados por seu formato, são divididos em longos, curtos,
laminares, irregulares, pneumáticos e sesamóides, que serão abordados
individualmente.
 Longo: é o osso cujo comprimento é maior que a largura ou
espessura. Exemplo: fêmur
 Laminar (plano): apresenta comprimento proporcional a largura, que
são maiores que sua espessura. Exemplo: escápula
 Curto: possui equivalência entre os três diâmetros. Exemplo: osso
carpais
 Irregular: osso cuja morfologia não se compara a figuras geométricas
populares. Exemplo: vertebras torácicas
 Pneumático: são ossos que possuem uma cavidade que abrigam ar,
são encontrados no crânio, proporcionando leveza. Exemplo: frontal,
zigomático.
 Sesamóide: ossos que se desenvolvem sob um tendão ou da capsula
fibrosa. Exemplo: patela. (1,3)

É de extrema importância compreender o funcionamento do sistema esquelético,


sua constituição e suas principais funções, suporte, proteção, produção de células
sanguíneas e armazenamento de minerais e triglicerídeos.

3. Sistema articular.

As articulações são como conexões existentes entre dois ou mais ossos ou partes
rígidas do esqueleto. As articulações tem várias formas e funções, algumas delas
não tem movimentos, outras tem uma ampla gama de movimentos e outras permite
apenas pequenos movimentos. (5) Os componentes das articulações proporcionam
estabilidade e reduz o risco de danos por uso constante e determina o grau e o
sentido do movimento, como o movimento dos braços para frente e para trás e a
rotação do ombro.

As articulações transmitem uma sensação denomina propriocepção que


proporciona a consciência do movimento. Existe três de categoria de
articulações: Fibrosas, cartilagínea e sinovial, que são tecidos que se
recompõe e faz a ligação e elas vai de acordo com a função, a forma e o
tipo de material pelo qual os ossos são unidos. (5,6)

3.1 Classificação das Articulações

 Articulação Fibrosas: Na maioria ele não possui movimentos, porém apresenta


uma certa elasticidade como um grau de movimento que depende das fibras, que
unem os ossos como um tecido. Como exemplo a articulação da satura do
crânio.
 Articulação cartilagíneas: Tem movimentos limitados, as estruturas são unidas
por uma cartilagem hialina que geralmente são uniões temporárias e
fibrocartilagem que é extremamente forte e resistente. Como exemplo a
articulação entre as vertebras.
 Articulação sinoviais: Tem movimentos amplos, as células desse tecido
produzem uma pequena quantidade de líquido sinovial, como se fosse um
lubrificante para facilitar o movimento. Como exemplo a articulação do ombro.

As articulações sinoviais é os tipos mais comuns, que permite livre


movimento, geralmente reforçadas com ligamentos como já foi citado em
aula. Algumas articulações sinoviais possuem características diferentes
como disco articulares fibrocartilaginosos e meniscos, que estão presentes
quando as superfícies articulares dos ossos são irregulares. [5]

3.1.2 Formas das superfícies articulares (SINOVIAIS)

Existe seis principais tipos de articulações sinoviais que é classificada de acordo


com o formato das superfícies articulares e o movimento que elas permitem.

Articulações planas: Elas permitem um movimento de deslizamento, suas


superfícies é planas e tem um movimento limitado como exemplo a articulação
acromioclavicular.
Articulações gínglimos: Elas permitem um movimento de flexão e extensão, como
um encaixe '' parafuso'' que tem sua rotação, como exemplo a articulação do
cotovelo.
Articulações trocoídes: Elas permitem rotação ao redor de um eixo central ''em
pivo'' como exemplo a articulação atlantoaxial mediana.
Articulações selares: Elas permitem um movimento de abdução e adução, flexão,
extensão e movimento circular como exemplo a articulação metacarpofalângeas.
Articulações condilares: Elas permitem um movimento de rotação, flexão e
extensão como exemplo a articulação tibiofemoral.
Articulação esferoíde: Elas permitem um movimento de vários eixos, como a
circundação, como exemplo articulação do quadril.
Temos também a articulação temporomandibular é umas das articulações
mais utilizadas do corpo. É uma articulação sinovial, condilar, ovoide
modificada e do tipo gínglimo com superfícies fibrocartilagíneas em vez de
cartilagem hialina e possui um dico articular. [6]
Esse ligamento atua como orientação para manter firmemente em posição o
côndilo, o disco e o osso temporal como movimentos ativos como abertura e
fechamento da boca, desvio lateral da mandíbula para direita e para a
esquerda. (6)
Já no caso da vida adulta as articulações sinoviais pode causar alterações
degenerativas, que no caso é inevitável, mesmo que ela seja resistente, conforme os
anos devido ao uso excessivo ela se torna vulnerável ao atrito repetido que ocorre
durante os movimentos articulares, em algumas pessoas não causam sintomas
significativos já em outras causa dor intensas.

Portanto é necessário o sistema articular porque ele é responsável por muitos


movimentos que realizamos, ele que é responsável por conectar os ossos do
esqueleto humano aos outros ossos e cartilagens.

4. Sistema muscular

Podemos definir o sistema muscular como um conjunto de todos os músculos que


nos permite movimentação do esqueleto, geração de calor, postura, sustentação do
corpo, regular o volume dos órgãos e mover as substâncias no interior do corpo.
Músculos são tecidos, em que as células ou as fibras musculares são dispostas no
interior do músculo em feixes denominados de fascículos e têm a função de
possibilitar a contração e realização de movimentos. A formação do corpo do ser
humano é constituída por aproximadamente 600 músculos, que em conjunto
trabalham com articulações, ossos e tendões, são agrupados em músculos do
pescoço, da cabeça, músculos do tórax e abdômen, músculos dos membros
superiores e dos membros inferiores, capazes de converter a energia química para
uma energia mecânica.

Cada músculo do corpo contém o seu nervo motor, e são divididos em uma
vasta quantidade de ramos, para que todas as suas células musculares
sejam controladas. (4)
São revestidos por uma lâmina do tecido conjuntivo denominado fáscia muscular,
que serve como bainha elástica de contenção, sua espessura varia de acordo o
músculo que está sendo revestido, seu papel é para que o músculo possa executar
eficientemente o trabalho de tração quando se contraem.

Quando os músculos esqueléticos realizam seus movimentos, eles


exercerem força sobre os tendões, que no caso, puxam os ossos ou outras
estruturas e a maior parte deles cruzam pelo menos uma articulação. (1)
São existentes dois tipos de tecidos musculares: liso e estriado, sendo o estriado
dividido em estriado esquelético estriado cardíaco.

Os músculos lisos (não estriados) tem a ação de contração involuntária e lenta, isso
quer dizer que, os movimentos que são gerados por eles ocorrem
independentemente do nosso desejo e são responsáveis, por exemplo, por causar a
elevação dos pelos na pele, que popularmente chamamos de “arrepio”, pela
movimentação de órgãos como o estômago, esôfago, o intestino, veias e as artérias,
ou seja, músculos que estão relacionados aos movimentos peristálticos e ao fluxo de
sangue no nosso organismo.

O músculo estriado esquelético fixa-se aos ossos geralmente através de cordões


fibrosos, que são chamados tendões. Estes possuem contração voluntária e
vigorosa, portanto, os movimentos por ele realizados obedecem ao nosso desejo e
seus componentes são o ventre, tendão ou aponeurose (quando tiver forma mais
“alargada”), sendo eles os músculos dos braços, mãos, das pernas e dos pés.
Entretanto o músculo responsável por promover os batimentos cardíacos é estriado
cardíaco e o miocárdio, o músculo do coração. Neste caso a contração é vigorosa e
também involuntária.

4.1 Classificação dos Músculos

Os músculos podem ser classificados quanto a sua forma, sendo diferenciadas em:

 Longos: podem ser encontrados particularmente nos membros,


podendo passar por duas ou mais articulações.
 Curtos: são encontrados nas articulações em que os movimentos têm
pouca amplitude.
 Largos: podem ser encontrados nas paredes das grandes cavidades,
e são reconhecidos por serem laminares. (4)

Em sua situação:

 Superficiais ou cutâneos, podendo localizarmos abaixo da pele e


evidenciam uma de suas inserções na camada profunda da derme no
mínimo, podemos localizá-los na cabeça, pescoço e mãos.
 Profundos ou subaponeuróticos, são os que não mostram inserções na
profunda camada da derme, e geralmente se subsumam em ossos. (1)

Na disposição da fibra:
 Transverso: classificado por ser perpendicular à linha média.
 Oblíquo: por ser diagonal à linha média.
 Reto: sendo classificado por ser paralelo à linha média. (1)

Na origem e inserção:

 Origem: É quando a origem do músculo vem de um tendão.


 Inserção: É quando a inserção ocorre em mais de um tendão.
Existem funções específicas que os músculos podem realizar, sendo elas
chamadas de:
 Agonistas: Estes são os principais músculos que estimulam
especificamente um movimento do corpo, com isso, eles ativamente se
contraem para executar um movimento pretendido.
 Antagonistas: São músculos que contrariam a atuação dos agonistas,
ou seja, no momento em que o agonista se contrai, o antagonista
progressivamente relaxa, fazendo com que ocorra um movimento leve.
 Sinergistas: Contribuem com a estabilização das articulações, para
não ocorrer algum movimento involuntário no decorrer da ação principal.
 Fixadores: São responsáveis por estabilizarem a origem do agonista,
de uma forma que ele possa funcionar mais eficientemente. A parte
proximal do membro é estabilizada enquanto a parte distal se move. (4)
Também podemos ver classificações na nomenclatura, onde o nome que é
atribuído aos músculos deriva-se de numerosos fatores, a localização e o
fisiológico estão entre eles:
 Ação: Extensor dos dedos.
 Ação associada à forma: Pronador redondo e pronador quadrado.
 Ação associada à localização: Flexor superficial dos dedos.
 Forma: Músculo Deltoide (letra grega delta).
 Localização: Tibial Anterior.
 Número de origem: Bíceps femoral e Tríceps braquial. (4)

O sistema muscular contribui para a homeostasia dos movimentos do corpo, em que


o resultado do movimento é a alternância entre a contração e o relaxamento e da
transformação de energia química em energia mecânica que possibilita a realização
do trabalho dos músculos para que seja possível gerar o movimento, em que a força
muscular é reflexo desses movimentos.

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