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Crânio
Hioide e vértebras
cervicais
SISTEMA
ESQUELÉTICO
Tronco
São distinguidos pela quantidade rela- Ossos planos Tem função protetora
ticular. A cavidade articular de uma acordo com o formato das faces arti-
articulação sinovial, como o joelho, é culares e/ou o tipo de movimento que
um espaço potencial que contém um permitem. São elas:
pequeno volume de líquido sinovial
• Articulações planas
lubrificante, secretado pela membra-
na sinovial. No interior da cápsula, a • Gínglimos
cartilagem articular cobre as faces • Articulações selares
articulares dos ossos; todas as ou-
tras faces internas são revestidas por • Articulações elipsoides
membrana sinovial. O periósteo que • Articulações esferoideas
reveste os ossos na parte externa à
articulação funde-se com a camada • Articulações trocoideas
fibrosa da cápsula articular. As arti-
culações sinoviais geralmente são re- As articulações planas permitem
forçadas por ligamentos acessórios movimentos de deslizamento no pla-
separados (extrínsecos) ou são um no das faces articulares. As superfí-
espessamento de parte da cápsula cies opostas dos ossos são planas
articular (intrínsecos). Algumas arti- ou quase planas, com movimento li-
culações sinoviais têm características mitado por suas cápsulas articulares
diferentes, como discos articulares fi- firmes. As articulações planas são
brocartilagíneos ou meniscos, encon- muitas e quase sempre pequenas.
trados quando as faces articulares Um exemplo é a articulação acromio-
dos ossos são desiguais. clavicular situada entre o acrômio da
escápula e a clavícula. Os gínglimos
permitem apenas flexão e extensão,
movimentos que ocorrem em um
plano (sagital) ao redor de um único
eixo transversal; assim, os gínglimos
são articulações uniaxiais. A cápsu-
la dessas articulações é fina e frouxa
nas partes anterior e posterior onde
há movimento; entretanto, os ossos
Figura 6. Sinovial. Disponível em http://fisioliferodrigori-
são unidos lateralmente por ligamen-
velino.blogspot.com/2011/04/doenca-articular-degene- tos colaterais fortes. A articulação do
rativa_06.html
cotovelo é um exemplo de gínglimo.
As articulações selares permitem
Os seis principais tipos de articula- abdução e adução, além de flexão e
ções sinoviais são classificados de extensão, movimentos que ocorrem
ESQUELETO AXIAL 12
Etmoide
Vômer
Arcada dentária
inferior
Mandíbula Frontal
Viscericrânio
Abrigam os dentes (esqueleto facial)
Maxilas Temporal
Arcada dentária
Ossos penumáticos
superior
Conchas nasais
Esfenoide
inferiores CRÂNIO
Zigomático Etimoide
res. As duas maxilas são unidas pela que sustenta os dentes mandibula-
sutura intermaxilar no plano me- res. Consiste em uma parte horizontal,
diano. As maxilas circundam a maior o corpo, e uma parte vertical, o ramo.
parte da abertura piriforme e formam Inferiormente aos segundos dentes
as margens infraorbitais medialmen- pré-molares estão os forames men-
te. Elas têm uma ampla conexão com tuais para os nervos e vasos mentuais.
os zigomáticos lateralmente e um fo- A protuberância mentual, que forma
rame infraorbital, inferior a cada ór- a proeminência do queixo, é uma ele-
bita, que dá passagem ao nervo e aos vação óssea triangular situada em po-
vasos infraorbitais. sição inferior à sínfise da mandíbula,
A mandíbula é um osso em formato a união óssea onde se fundem as me-
de U que tem um processo alveolar tades da mandíbula do lactente
processos palatinos das maxilas; e servadas nas vistas facial, lateral e in-
pelo palatino, esfenoide, vômer, tem- ferior do exterior do crânio e as faces
poral e occipital. A parte anterior do cerebrais são observadas nas vistas
palato duro (palato ósseo) é forma- internas da base do crânio. Os pro-
da pelos processos palatinos da cessos pterigoides, formados pelas
maxila e a parte posterior, pelas lâ- lâminas lateral e medial, estendem-
minas horizontais dos palatinos. A -se em sentido inferior, de cada lado
margem posterior livre do palato duro do esfenoide, a partir da junção do
projeta-se posteriormente no plano corpo e das asas maiores. O sulco
mediano como a espinha nasal pos- para a parte cartilagínea da tuba
terior. Posteriormente aos dentes in- auditiva situa-se medial à espinha
cisivos centrais está a fossa incisiva, do esfenoide, abaixo da junção da
uma depressão na linha mediana do asa maior do esfenoide com a parte
palato duro na qual se abrem os ca- petrosa do temporal. As depressões
nais incisivos. Os nervos nasopalati- na parte escamosa do temporal,
nos direito e esquerdo partem do na- denominadas fossas mandibulares,
riz através de um número variável de acomodam os côndilos mandibulares
canais incisivos e forames (podem ser quando a boca está fechada. A parte
bilaterais ou fundidos em uma única posterior da base do crânio é forma-
estrutura). Na região posterolateral da pelo occipital, que se articula com
estão situados os forames palati- o esfenoide anteriormente. As quatro
nos maior e menor. Superiormente à partes do occipital são dispostas ao
margem posterior do palato há duas redor do forame magno, o elemen-
grandes aberturas: os cóanos (aber- to mais visível da base do crânio. As
turas nasais posteriores), separados principais estruturas que atravessam
pelo vômer, um osso plano ímpar esse grande forame são: a medula
trapezoide que constitui uma grande espinal (onde se torna contínua com
parte do septo nasal ósseo. Encaixa- o bulbo do encéfalo); as meninges do
do entre o frontal, o temporal e o occi- encéfalo e da medula espinal; as ar-
pital está o esfenoide, um osso ímpar térias vertebrais; as artérias espinais
irregular formado por um corpo e três anteriores e posteriores; e a raiz es-
pares de processos: asas maiores, pinal do nervo acessório (NC XI). Nas
asas menores e processos pterigoi- partes laterais do occipital há duas
des. As asas maiores e menores do grandes protuberâncias, os côndilos
esfenoide estendem-se lateralmente occipitais, por intermédio dos quais
a partir das faces laterais do corpo o crânio articula-se com a coluna ver-
do osso. As asas maiores têm faces tebral. A grande abertura entre o oc-
orbital, temporal e infratemporal ob- cipital e a parte petrosa do temporal
ESQUELETO AXIAL 22
das três fossas do crânio. Essa fossa é dela pelas cristas esfenoidais salien-
formada pelo frontal anteriormente, o tes lateralmente e o limbo esfenoidal
etmoide no meio, e o corpo e as asas no centro. As cristas esfenoidais são
menores do esfenoide posteriormen- formadas principalmente pelas mar-
te. A parte maior da fossa é formada gens posteriores salientes das asas
pelas partes orbitais do frontal, que menores dos esfenoides, que se pro-
sustentam os lobos frontais do encéfa- jetam sobre as partes laterais das fos-
lo e formam os tetos das órbitas. Essa sas anteriormente. Os limites mediais
superfície tem impressões sinuosas das cristas esfenoidais são os proces-
(impressões encefálicas) dos giros (cris- sos clinoides anteriores, duas proje-
tas) orbitais dos lobos frontais. A crista ções ósseas pontiagudas. Uma crista
frontal é uma extensão óssea mediana com proeminência variável, o limbo
do frontal. Em sua base está o forame esfenoidal, é o limite anterior do sulco
cego do frontal, que dá passagem a pré-quiasmático transversal, que se
vasos durante o desenvolvimento fetal, estende entre os canais ópticos direi-
mas se torna insignificante depois do to e esquerdo. Os ossos que formam
nascimento. A crista etmoidal é uma as partes laterais da fossa são as asas
crista óssea mediana e espessa, situa- maiores do esfenoide e as partes es-
da posteriormente ao forame cego, que camosas dos temporais lateralmente,
se projeta superiormente a partir do et- e as partes petrosas dos temporais
moide. De cada lado dessa crista está a posteriormente. As partes laterais da
lâmina cribriforme do osso etmoide, fossa média do crânio sustentam os
semelhante a uma peneira. Seus mui- lobos temporais do encéfalo. O limite
tos forames pequenos dão passagem entre as fossas média e posterior do
aos nervos olfatórios (NC I), que se- crânio é a margem superior da par-
guem das áreas olfatórias das cavida- te petrosa do temporal lateralmente,
des nasais até os bulbos olfatórios do e uma lâmina plana de osso, o dorso
encéfalo, situados sobre essa lâmina. da sela do esfenoide, medialmente.
A sela turca é a formação óssea em
formato de sela situada sobre a face
Fossa média do crânio superior do corpo do esfenoide, que
A fossa média do crânio, em forma é circundada pelos processos clinoi-
de borboleta, tem uma parte central des anteriores e posteriores. Clinoi-
formada pela sela turca no corpo do de significa “pé de cama”, e os quatro
esfenoide e grandes partes laterais de- processos (dois anteriores e dois pos-
primidas de cada lado. A fossa média teriores) circundam a fossa hipofisial, o
do crânio situa-se posteroinferiormen- “leito” da hipófise, como os quatro pés
te à fossa anterior do crânio, separada de uma cama.
ESQUELETO AXIAL 24
Figura 10. Vista superior da base do crânio. Disponível em: MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para a Prática
Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
SAIBA MAIS!
O crânio possui vários forames e aberturas que dão passagem a algumas estruturas. Confira
na tabela abaixo:
Vértebras atípicas
Semelhante
C2 ou áxis Vértebras Não se articula
a um dente Hioide
cervicais a outros ossos
Sustentam a cabeça
e as articulações
intervertebrais Único que faz parte
Manúbrio do
Clavículas do esqueleto
esterno
apendicular superior
Corpo vertebral
pequeno
Vértebras típicas
Sentido
laterolateral>
anteroposterior
costelas acima delas; portanto, a co- quase horizontal), mais curta e mais
nexão com o esterno é indireta; cos- curva das sete costelas verdadeiras.
telas flutuantes (vertebrais, livres) Tem uma única face articular em sua
(costelas XI, XII e, às vezes, a X), as cabeça para articulação apenas com
cartilagens rudimentares dessas cos- a vértebra T I e dois sulcos transver-
telas não têm conexão, nem mesmo sais na face superior para os vasos
indireta, com o esterno; elas terminam subclávios; os sulcos são separados
na musculatura abdominal posterior. pelo tubérculo do músculo escaleno
As costelas típicas (III a IX) têm os anterior ao qual está fixado o múscu-
seguintes componentes: Cabeça da lo escaleno anterior. A costela II tem
costela, cuneiforme e com duas fa- um corpo mais fino, menos curvo e é
ces articulares, separadas pela crista bem mais longa do que a costela I. A
da cabeça da costela, uma face para cabeça tem duas faces para articula-
articulação com a vértebra de mesmo ção com os corpos das vértebras T I
número e outra face para a vértebra e T II; sua principal característica atí-
superior a ela; Colo da costela, une pica é uma área rugosa na face su-
a cabeça da costela ao corpo no ní- perior, a tuberosidade do músculo
vel do tubérculo; Tubérculo da cos- serrátil anterior, na qual tem origem
tela, situado na junção do colo e do parte desse músculo As costelas X a
corpo; uma face articular lisa articu- XII, como a costela I, têm apenas uma
la-se com o processo transverso da face articular em suas cabeças e arti-
vértebra correspondente, e uma face culam-se apenas com uma vértebra.
não articular rugosa é o local de fixa- A costelas XI a XII são curtas e não
ção do ligamento costotransversário; têm colo nem tubérculo.
Corpo da costela (diáfise), fino, plano
e curvo, principalmente no ângulo da Cartilagens costais
costela, onde a costela faz uma cur-
va anterolateral. O ângulo da costela As cartilagens costais prolongam as
também marca o limite lateral de fixa- costelas anteriormente e contribuem
ção dos músculos profundos do dor- para a elasticidade da parede torá-
so às costelas. A face interna côncava cica, garantindo uma fixação flexível
do corpo exibe um sulco da costela, para suas extremidades anteriores.
paralelo à margem inferior da costela, As cartilagens aumentam em com-
que oferece alguma proteção para o primento da costela I a VII, e depois
nervo e os vasos intercostais. diminuem gradualmente. As sete pri-
meiras cartilagens apresentam fixa-
As costelas atípicas (I, II e X a XII)
ção direta e independente ao esterno;
são diferentes. A costela I é a mais
as costelas VIII, IX e X articulam-se
larga (i. e., seu corpo é mais largo e
ESQUELETO AXIAL 33
tes, como uma faca, no canal vertebral medial. Os planos articulares bilaterais
e a lesão da medula espinal. As faces entre as respectivas faces articulares
articulares superiores convexas dos das vértebras torácicas adjacentes
processos articulares superiores estão formam um arco, cujo centro está em
voltadas principalmente em sentido um eixo de rotação no corpo vertebral.
posterior e ligeiramente lateral, en- Assim, é possível fazer pequenos mo-
quanto as faces articulares inferiores vimentos rotatórios entre vértebras
côncavas dos processos articulares in- adjacentes, limitados pela caixa torá-
feriores estão voltadas principalmen- cica fixada às vértebras.
te em sentido anterior e ligeiramente
Figura 16. Esterno em sua vista anterior e lateral. Disponível em: http://aneste.org/sistema-esqueltico-axila-v3.html
ESQUELETO AXIAL 38
Mediastino
Dividida em
Cavidades
pulmonares
Faces Faces
articulares articulares Processos Cartilagens costais
Fóveas
inferiores – superiores - espinhosos
côncavas convexas Porção superior Formato de
12 vértebras mais estreita cone truncado
torácicas
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guana-
bara Koogan, 2001.
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan, 2000.
ESQUELETO AXIAL 40