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CENTRAL DE MATERIAL

e
ESTERILIZAÇÃO

CLAUDINEI
APARECIDO TRINDADE
Assepsia
• Conjunto de medidas adotadas para evitar a
chegada de microrganismos a local que não os
contenha.Ausência de microrganismos ou de
impurezas.

• Exemplos de técnicas assépticas: passagem de


SVD, SVA, procedimento cirúrgico, punção
venosa, calçar luvas estéreis, etc.
Anti-sepsia
• Processo de eliminação ou inibição do crescimento de
microrganismos na pele e nas mucosas, menos esporos. É
o emprego de substâncias anti-séptica.

• Não confundir com desinfecção, que também tem a


mesma finalidade, porém é realizado em objetos e
superfícies, enquanto anti-sepsia é realizado em pele e
mucosas.
Situações relacionadas com a anti-sepsia da
pele
Anti-sepsia da pele das mãos- Higienização das
mãos com anti-séptico

Anti-sepsia da pele e mucosas do paciente para


a cirurgia

Anti-sepsia pré-operatória das mãos


(escovação/degermação cirúrgica)

Anti-sepsia de feridas da pele


(profilaxia/terapia)
Anti-Sépticos
• São preparações contendo substâncias
microbiostáticas de uso na pele, mucosas
e ferimentos.
Principais Anti-Sépticos

• SOLUÇÕES ALCOÓLICAS
• IODÓFOROS (Povedine)
• CLOREXIDINA
Anti-Séptico Nome químico Tempo de ação Utilização
Álcool 70% 30”de fricção Anti-sepsia ou
desinfecção de
superfícies e da pele para
aplicação de injeções

Anti-sepsia de mãos e
Álcool glicerinado 30”de fricção
pele
A 70%com 2% de
Soluções Glicerina
alcoólicas Anti-sepsia da pele
30”de fricção
Álcool Iodado (1 ou 2%)

PVP-I aquoso 30” de fricção Anti-sepsia de mucosas


(tópico) 5’ no preparo cirúrgico. e pele

30” de fricção Anti-sepsia de mão e


PVP-I degermante 5’ no preparo cirúrgico. pele
Iodóforos
30” de fricção Anti-sepsia de pele
PVP-I alcoólico 5’ no preparo cirúrgico.

Degermante 30”- 1’de fricção Anti-sepsia de mãos e


Clorexidina 5’no preparo cirúrgico pele
Artigos Hospitalares
• Os artigos hospitalares são manejados dentro do hospital como
ferramenta para realização de diagnósticos e tratamentos, ou
apoio para esses procedimentos, compreendendo materiais ou
instrumentais cirúrgicos, utensílios de refeição, acessórios de
equipamentos, materiais de assistência respiratória e outros.

• Podem ser classificados em: críticos, semicríticos e não


críticos.

• Necessitam o controle apurado para manejo, a fim de não


comprometer a vida do paciente, disseminado a infecção
hospitalar.
Artigos Críticos: são aqueles que penetram através da pele
e mucosas, cortando-os ou perfurando-os, atingindo os
tecidos sub-epiteliais, sistema vascular, e/ou com secreções
que são consideradas contaminantes, bem como todos os
que estejam diretamente conectados com este sistema. Ex:
equipo de soro, bisturi, agulhas, pinças, etc...

Esterilização
Artigos semicríticos: são aquele que entram em contato
direto com mucosas e pele íntegra ou lesada, entretanto sem
cortá-los ou perfurá-los. Ex: Equipamento de assistência
ventilatória, endoscópios, espéculo, otoscópio, etc.

Desinfecção de alto nível


ou Esterilização
Artigos não-críticos: são todos aqueles que entram em
contato com a pele íntegra do paciente. Ex:
estetoscópio, termômetro,aparelhos de pressão, móveis
do quarto do paciente, etc.

Limpeza ou Desinfecção
CME (Central de Material e
Esterilização)
Definição

A Central de Material e
Esterilização (CME) é a
área responsável pela
limpeza e processamento
de artigos e instrumentais
médico-hospitalares. É na
CME que se realiza o
controle, o preparo, a
esterilização e a distribuição
dos materiais hospitalares
• Central de Esterilização: quem não trabalha na CME,
não imagina quão complexo sejam suas atividades. Sua
essência consiste em promover materiais livres de
contaminação para serem utilizados nos diversos
procedimentos em pacientes internados no Hospital ou
atendidos nas Unidades de Saúde.

• O ponto de destaque nesse Serviço, é o trabalho em


equipe atuando com qualidade em todas as etapas do
trabalho.
Classificação
• Descentralizada: Utilizada até o final da década de 40, neste
tipo de central cada unidade ou conjunto delas é responsável
por preparar e esterilizar os materiais que utiliza.

• Semi-centralizada: Teve início na década de 50, cada unidade


prepara seus materiais, mas os encaminha para serem
esterilizados em um único local.

• Centralizada: Utilizada atualmente, os materiais do hospital


são processados no mesmo local, ou seja, os materiais são
preparados, esterilizados, distribuídos e controlados
quantitativa e qualitativamente na CME.
Vantagens da CME Centralizada
• Concentra o material esterilizado, tornando mais fácil a
conservação e manutenção dos mesmos

• Padroniza as técnicas de limpeza, preparo e empacotamento,


desinfecção e esterilização a fim de assegurar economia de
pessoal, material e tempo

• Treinar o pessoal para atividades especificas, permitindo


obter maior produtividade
Vantagens da CME Centralizada
• Facilitar o controle de consumo, da qualidade do
material e das técnicas de esterilização,
aumentando a segurança do uso

• Favorecer o ensino e o desenvolvimento de


pesquisa

• Manter a reserva de material, afim de atender a


necessidade de qualquer unidade do hospital.
Copa WC
Distribuiçã Entr
Esterilização Armazenamento
o ada
Chefi Func WC
a ion.

Preparo
SAÍDA DE MATERIAIS
PROCESSADOS

Expurgo
Fluxo de Materiais na CME: contínuo e
unidirecional, evitando cruzamentos.

ENTRADA DE MATERIAS
CONTAMINADOS
Área suja:
Fluxo
▪ Recepção de artigos =>limpeza => lavagem =>separação.

Área limpa:
▪ Área de preparo: análise e separação dos instrumentais,
montagem de caixas, pacotes, materiais especiais, etc...;
▪ Recepção de roupa limpa, separação e dobradura;
▪ Área de esterilização: método de esterilização, montagem
da carga, acompanhamento do processo e desempenho do
equipamento;
▪ Área de armazenamento: identificação dos artigos, data de
preparo e validade;
▪ Distribuição: definir horários.
Setores da Central de Material e
Esterilização
EXPURGO - ÁREA SUJA
• Setor responsável por receber, conferir , realizar limpeza e
secar os materiais provenientes do Centro Cirúrgico e
Unidades de Internação, para dar continuidade no
processamento.
PREPARO E ACONDICIONAMENTO
DE MATERIAIS – ÁREA LIMPA

Nessa área, os materiais limpos são


inspecionados, selecionados, empacotados e
identificados para posterior esterilização.
ESTERILIZAÇÃO – ÁREA LIMPA

Responsável pela esterilização dos materiais usados por


todo o hospital, tanto do centro cirúrgico, como das
unidades de internação e outros setores. Esta área
destina-se à instalação dos equipamentos utilizados para
a esterilização de materiais pelos métodos físicos e
químicos.
ÁREA DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO
- ÁREA LIMPA

Local onde fica estocado todo o material esterilizado


para posterior distribuição. Planejada de maneira
adequada para permitir o atendimento imediato e
possuir obrigatoriamente um sistema de ar
condicionado que mantenha o ambiente Com
temperatura em torno de 18 a 22C e umidade 35 a
50%.
Áreas de apoio
• Sala administrativa: é a área que se destina ao controle
administrativo da Central de Material;

• Sanitários com vestiário e chuveiros para funcionários;

• Depósito de material de limpeza, que pode ser comum ás áreas


limpa e suja, desde que seu acesso seja externo;

• Área para lanche rápido;


Características na construção

• Pisos e paredes de cor clara, fácil limpeza,


resistente ao calor, umidade e substâncias
corrosivas;
• Janelas amplas, altas, fechadas e com telas;
• Iluminação artificial e natural;
• Ventilação adequada;
• Sistema de exaustão do calor gerado pelas
autoclaves.
Recursos Humanos

Deve ser composta de :

Enfermeiro Chefia

Técnico de Enfermagem Funcionários

Capacitados
Auxiliar de Enfermagem
Processamento de Artigos
Hospitalares
No processamento de artigos temos:
• Limpeza

• Desinfecção

• Preparo e Acondicionamento: Inspeção, Embalagem e


Identificação

• Esterilização

• Armazenamento e Distribuição

• Controle de qualidade
Limpeza
Remoção de microrganismos e sujidades em qualquer
superfície ou objetos, realizado com a aplicação de água e
sabão ou detergentes enzimáticos (desencrostantes),
contribuindo para o controle e diminuição da infecção
hospitalar.
Para o processamento de artigos que necessitam de desinfecção
e esterilização, a limpeza é o primeiro passo, e esta
intimamente ligada a qualidade final do processo.
A limpeza está inserida em todo o ambiente hospitalar, nas
diversas áreas.

“É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir


a esterilização sem limpar”
Limpeza de artigos hospitalares na
CME
• A limpeza dos materiais na CME, é o primeiro passo dentro
do processamento dos artigos médico-hospitalares.

• Pode ser realizadas manualmente ou através de processos


mecânicos ou automatizadas, utilizando-se de máquinas
lavadoras ou ultra-sônica.

• Qualquer que seja o método utilizado, sempre será


indispensável que todo resíduo de matéria orgânica e/ou
sujidade sejam removidos totalmente.
Limpeza Manual
É o procedimento realizado manualmente,
onde a sujidade é removida por meio da ação
física com auxilio de detergente, água e
artefatos como esponja e escova.
Para limpeza manual é necessário:

• Detergente comum
• Detergente desincrostante ou enzimático
• Escovas
• Água

Após limpeza:

• Enxaguar
• Secados com panos limpos ou compressa
• Encaminhados para embalagem
Detergentes enzimáticos
• São produtos indicados para a limpeza de qualquer material ou
instrumental médico-hospitalar que contenham matéria
orgânica;

• As Enzimas aceleram as reações químicas e decomposição de


matéria orgânica :dissolvem sangue, restos mucosos, etc.

• Podem ser usados na limpeza manual ou em processo


mecânico. Manualmente não dispensa limpeza de cada peça.

• Não possuem ação desinfetante, sendo a sua função restrita em


facilitar a remoção de sujidades.
Processo de limpeza mecânico ou
automatizada
É realizada por máquinas automatizadas, que
removem a sujidade por meio de ação física e
química .
O que precisa para a limpeza?
• Pia exclusiva com cuba funda (preferencialmente).
• Bancada para apoio, deve ser lavável.
• Cuba plástica para colocar a solução de limpeza(água e sabão
ou solução enzimática).
• Escovas e/ou esponjas para a limpeza dos artigos.
• Pano limpo ou compressas (deve ser lavado após o uso, e ser
exclusivo) para enxugar os artigos.
• Após o procedimento os utensílios devem ser limpos (cuba,
escovas, etc), pode fazer a desinfecção com Hipoclorito de
sódio 0,5 – 1%.
• A limpeza e secagem do artigo é obrigatória antes da
desinfecção ou esterilização.
• Definir qual procedimento o artigo vai se submetido:
desinfecção ou esterilização.
Protocolo para limpeza
• Utilizar EPI’s
• Remover toda a sujeira e matéria orgânica
• Materiais devem ser minimamente
manuseados
• Enxaguar abundantemente
• Secar com compressa ou pano limpo
• Inspecionar materiais
• Encaminhar para o preparo ou embalagem
Atenção
• Após o processo de limpeza dos artigos
hospitalares os mesmos deverão ser separados,
enxugados, inspecionados, lubrificados nos
casos de pinças , para dar continuidade no
processamento que pode ser desinfecção ou
esterilização.

• Também há necessidade de ser acondicionado


após a limpeza , ou seja, utilizar embalagens de
acordo com o processo que será realizado.
NÃO ESQUECER DE USAR EPI´s
DURANTE A LIMPEZA:
Desinfecção
• É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou
não, dos artigos, com exceção de esporos bacterianos, por
meios físicos ou químicos.

• O processo de desinfecção pode ser afetado por vários fatores:

• Limpeza prévia do material


• Tempo curto de exposição ao produto
• Concentração da solução alterada (diluída por exemplo)
Processos físicos de desinfecção
Pasteurização

► Desinfecção de alto nível – água 75ºC por 30 minutos


► Utilizada para artigos de terapia respiratória.

Lavadora termodesinfetadora

► Lavam e fazem desinfecção de alto nível – 60 a 95ºC


► Utilizada para artigos de terapia respiratória, acessórios de
respiradores, comadres, papagaios, cubas.
Agentes Químicos na Desinfecção
Indicado para artigos sensíveis ao calor, sendo usado os
desinfetantes hospitalares (de acordo com as exigências da Portaria
n.15/1988 do MS e suas atualizações) podendo ser:

• Álcool O álcool e o hipoclorito de sódio são


• Hipoclorito de Sódio os desinfetantes mais recomendados
superfícies, enquanto o desinfetante
• Glutaraldeído mais usados para instrumentais e outros
• Fenólicos materiais é o glutaraldeído.
• Quaternário de amônia
• Folmaldeído
• Iodóforos
• Peróxido de Hidrogênio
• Ácido Peracético
• ETC.
GLUTARALDEÍD
O
Esterilização
É o processo de destruição de todas as formas de
vida microbiana, mediante a aplicação de agentes
físicos, químicos e físico-químicos.

Bactérias na forma vegetativa e esporuladas


Fungos
Vírus

Se não for destruído a forma Esporulada, chama-se


DESINFECÇÃO.
Três grandes tripés da
esterilização

ci on am ento
Limpe
za Acondi
b a l ag em)
(Em

EST
OCA
EE

GEM
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO

FÍSICOS

(+
(hospitalar)
Industrial)

RADIAÇÃO CALOR
IONIZANTE
(raio gama)
ÚMIDO SECO
(AUTOCLAVE) (ESTUFA)

Imbatível para
artigos termorresistentes
Em desuso
QUÍMICOS QUÍMICOS-FÍSICOS

Como exemplo temos o


Glutaraldeído GASOSO

Como exemplo temos o


Óxido de etileno

A utilização de soluções
esterilizantes deve ser
desencorajada devido às
dificuldades de operacionalização e
não garantia de qualidade do
processo.
Esterilização Método Físico
Calor Úmido: Autoclaves
• É o processo de esterilização que maior segurança
oferece e é realizado através da autoclave, devendo
ser utilizado para esterilização de todos os artigos que
não sejam sensíveis ao calor e vapor (Temperatura
entre 121 e 134º C).

• Os microorganismos são destruídos pela ação


combinada do calor, da pressão, da umidade e tempo,
que promovem termocoagulação e a desnaturação das
proteínas da estrutura genética celular – morte celular.
Vantagens do Vapor Saturado
• Rapidez na esterilização
• Alto poder de penetração
• Eficiência – (excesso de carga o ciclo é
abortado)
• Embalagem – papel, plástico, tecido, metal
• Mais usados nos hospitais abrangendo uma
gama de materiais
• Ideal para materiais termorresistentes
• Não permite ser aberta durante o ciclo
Cada grupo de material tem um ciclo
específico
que deverá ser programado no ato da
Esterilização.
Esterilização Método Físico –
Estufas (calor seco)
O processo de esterilização ocorre com o
aquecimento dos artigos por irradiação do calor
das paredes laterais e da base da estufa.
EM DESUSO NOS HOSPITAIS
Esterilização Método Químico -
Glutaraleído
Muito utilizado para desinfecção e esterilização,
principalmente de artigos de assistência ventilatória e de
artigos da área de escopias. Abrange principalmente
artigos termossensíveis que não podem ser esterilizados
por métodos físicos tradicionais.

Desinfecção-----------------------30’
Esterilização---------------------6 a 10 horas
Esterilização
Método Físico-Químico
EX:

Autoclave (temperatura e umidade)


+
Gás = Óxido de Etileno

Serviço Tercerizado
Embalagem e
Empacotamento de Artigos
Hospitalares
POR QUE
EMBALAR/EMPACOTAR
ARTIGOS HOSPITALARES?

Todo artigo a ser esterilizado, armazenado e


transportado, deverá ser ACONDICIONADO
em embalagem criteriosamente selecionada, para
a segurança do processo.
Embalagem
Proteção de materiais evitando a contaminação, permiti o transporte
e o armazenamento do artigo odonto-médico-hospitalar e mantê-lo
estéril até o seu uso.

-Ser apropriado para os métodos e materiais de esterilização


-Proporcionar selagem adequada e ser resistente
-Proporcionar barreira adequada
-Compatível e resistir às condições físicas do processo de
Esterilização
-Permitir penetração e remoção do agente esterilizante
-Proteger o conteúdo do pacote de danos físicos
-Ser livres de furos
-Apresentar custo-benefício positivo
Principais Embalagens
• Algodão cru
• Papel Grau Cirúrgico
• Manta de Polipropileno (Não Tecido – SMS)
• Papel Crepado
• Caixas Metálicas
• Papel Kraft – EM DESUSO
TIPOS DE EMBALAGENS PARA
ESTERILIZAÇÃO
REUTILIZÁVEIS DESCARTÁVEIS

❖TECIDO DE ALGODÃO ❖PAPEL GRAU CIRÚRGICO

❖CAIXAS METÁLICAS ❖PAPEL CREPADO

❖SMS - Não Tecido

❖PAPEL KRAFT
Tecido de Algodão Crú
Papel grau cirúrgico

SELADORA
UTILIZADO PARA ÓXIDO DE ETILENO E AUTOCLAVE
Embalagem de não tecido SMS
Papel Crepado
Caixa metálica
Papel Kraft

► Porosidade não uniforme


► Solta fiapos
► Reutilização
TIPO DE INVÓLUCRO INDICAÇÃO

TECIDO DE ALGODÃO CRU CALOR ÚMIDO

PAPEL GRAU CIRÚRGICO CALOR ÚMIDO


ÓXIDO DE ETILENO
PAPEL CREPADO CALOR ÚMIDO
ÓXIDO DE ETILENO
PAPEL KRAFT EM DESUSO

CAIXA METÁLICA CALOR ÚMIDO


ÓXIDO DE ETILENO
CALOR SECO (ESTUFA)

NÃO TECIDO - SMS CALOR ÚMIDO


ÓXIDO DE ETILENO
PLASMA DE PERÓXIDO DE
HIDROGÊNIO
Empacotamento
Deve ser feito de forma que facilite a abertura
da embalagem, sem riscos de contaminar os
materiais. É realizado na área limpa, com
escolha de embalagem adequada para o tipo
de material e esterilização.
Recomendações no Empacotamento
• Lavar as mãos antes de iniciar o preparo e
empacotamento

• Selecionar embalagem de acordo com o processo,


peso e tamanho do artigo

• Avaliar necessidade de embalagens duplas, ajustando-


as para que não apresentem dobras internas

• Identificar material

• Observar a integridade da selagem, para que não


favoreça a entrada de MO
• Colocar o artigo no interior do pacote de forma a
facilitar o manuseio por parte do usuário, obedecendo
aos princípios da técnica asséptica

• Não colocar artigos pequenos em embalagens grandes,


pois dificulta a saída do ar, a entrada do agente
esterilizante e, consequentemente, a esterilização

• Observar para que o artigo não fique deslizando dentro


da embalagem, pois pode comprometer a manutenção
da esterilização.
Como Empacotar – Técnica do
Envelope
Identificação do pacote
• Os pacotes para Esterilização devem ser etiquetados de acordo
com as políticas e procedimentos da Instituição e com as
instruções do fabricante. As informações básicas de uma etiqueta
de identificação são:

• Descrição do conteúdo do pacote


• Data da esterilização e de validade que vai depender do tipo de
embalagem utilizada e o método
• Nome do preparador
• Indicador esterilização – fita zebrada (exceto em grau cirúrgico
que já vem com indicador de esterilização)

• As informações devem ser documentadas em etiquetas ou fitas,


nunca no material da embalagem.
Exemplo de Etiqueta para
identificação de caixas cirúrgicas
• OBS: papel grau cirúrgico, a identificação
deverá ser feita do lado do filme, com caneta
tinta atóxica. No papel grau cirúrgico, já possui
indicadores de processo (não colocar a fita
“zebrada”).
Indicadores de Esterilização
• O controle da segurança dos processos de esterilização depende
do tipo de equipamento, da natureza do artigo processado, do
seu acondicionamento e do carregamento do material no
equipamento.

• Parâmetros físicos, testes químicos e biológicos podem


monitorar o processo.

• Existem indicadores químicos

• Indicadores biológicos
Indicadores Químicos
Classe I ou Indicadores
de processo:
• Tiras impregnadas com
tinta termo-química que
muda de coloração quando
exposto a temperatura.
• Fita “ZEBRADA”
• Usados externamente em
todos os pacotes
• Evidenciam a passagem
do material pelo processo,
distinguindo unidades
processadas das não-
processadas.
CLASSE I
Indicadores Químicos: Classe II ou
Indicadores para uso em testes
específicos :
• Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do sistema de vácuo
da autoclave.
• Espera-se mudança uniforme da cor do papel, em toda sua
extensão.
• Recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do dia ou pelo
menos a cada 24 horas.
• Uso diário no 1º ciclo, sem carga
• Caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar revisão
imediata do equipamento.

Não Fal Pass


EVOLUÇÃO DO TESTE DE BOWIE & DICK
2 3
1
-

4 5 6
Indicadores Químicos: Classe III ou Indicadores
Monoparamétricos :
• Indicador de parâmetro único (monoparamétrico)
• Controla um único parâmetro: a temperatura
• Utilizados no centro dos pacotes.
Indicadores Químicos: Classe IV ou Indicadores
Multiparamétricos :

• Indicador multiparamétrico
• Controla a temperatura e o tempo necessários
para o processo
CLASSE IV ANTES

DEPOIS
Indicadores Químicos: Classe V ou Indicador
Integrador:
• Controla temperatura, tempo e qualidade do vapor.
• São designados para reagir a todos os parâmetros do
processo de esterilização.

APÓS
PROCESSO
DE
ESTERILIZAÇÃ
O
SEM PASSAR
PELO
PROCESSO DE
ESTERILIZAÇ
Indicadores Químicos: Classe VI ou Indicadores
Emuladores:

• Integrador mais preciso por oferecer margem de


segurança maior. Reage quando 95% do ciclo é
concluído.
3.Indicadores Biológicos
• São preparações de cepas puras de
microorganismos de alta resistência, disponíveis
na forma de esporos, comprovadamente
resistentes e específicos para um particular
processo de esterilização para demonstrar a
efetividade do processo.
Armazenamento de Artigos
Hospitalares
• Todo material processado deve possuir local
adequado para armazenagem de forma que não
haja risco de recontaminação e que facilite a
distribuição.

• O prazo de validade de esterilização está


diretamente relacionado à qualidade da
embalagem e condições de armazenagem.
Características da área de
armazenamento
• Área limpa, seca e livre de poeiras
• Acesso restrito
• Temperatura entre 18 a 22 C
• As prateleiras devem ter uma distância de 30 cm
do piso, 50 cm do teto e 5 cm da parede
• Área adjacente à área de esterilização, distantes de
fonte de água, janelas abertas, portas, tubulações
expostas
• Prateleiras devem ser de aço, fórmica, plástico
rígido, não sendo indicados de madeiras
ESTOCAGEM
Cuidados com os artigos
esterilizados
• Quanto ao artigo: após o processo de esterilização, não colocá-lo
em superfície fria (pedra ou aço inoxidável ), utilizar cestos ou
recipientes vazados até que esfriem.

• Invólucro (tecido de algodão cru, sms, papel grau cirúrgico, papel


crepado) deve permanecer íntegro e ser pouco manuseado para
evitar que os pacotes rasguem ou solte o lacre;

• Ser estocado em armários adequadamente

• Prateleiras identificadas de modo a facilitar a retirada do material

• Material deve ser estocado de acordo com a data de vencimento da


esterilização para facilitar a distribuição e não ficar material
vencido no estoque
Prazo de Validade
Diretamente ligada ao tipo de embalagem usada

Validação das embalagens-Vida de prateleira


depende dos eventos relacionados
• Houve algum evento que agrediu a embalagem? Caiu no
chão?
• Foi “apalpado”?
• Foi aberto e fechado novamente?
• Foi carregado debaixo dos braços?
• Foi colocado elásticos, barbante?
• Foi “amassado” colocando pesos ou
• Guardados em gavetas apertadas?
• Reesterilização: é definido como processo de
esterilização de artigos já esterilizados mas não
utilizados, em razão de vencimento do prazo de
validade (da esterilização ou de outra situação na qual
não haja segurança quanto ao processo ou resultado da
esterilização.

• Reprocessamento: processo aplicado a artigos para


permitir sua reutilização, processo que inclui limpeza,
esterilização, preparo, embalagem e controle de
qualidade.
Cuidados com manuseio de material
esterilizado
Ao abrirmos um material esteril devemos:

1° Lavar as mãos

2° Conferir o material – validade, integridade do invólucro

3° Limpar a superficie sobre a qual sera colocado

4° Não falar, tossir ou espirrar sobre o material

5° Ficar de frente para ele, trabalhar do nível da cintura para


cima, em local seco e sem corrente de ar.
Técnica ao abrir Campo Esteril
1° Lavar as mãos
2° Colocar o material na superficie limpa com a abertura
do envelope voltado para você
3° Conferir material retirando a fita de identificacao
4° Pegar a ponta do campo com a mão dominante e abrir
no sentido contrario a seu corpo
5° Pegar as pontas e abrir no sentido horizontal
6° Pegar a ultima ponta do campo e abrir puxando no
sentido do seu corpo
1

2 3

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DÚVIDAS

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