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AULA SEG PCT PROCESSAMENTO DE PRODUTOS 1

Transmissões processamento de produtos para


a saúde visando à segurança do
 Microrganismos podem ser paciente e dos profissionais
transmitidos de pessoa a pessoa envolvidos.
por qualquer equipamento de  Aplica-se aos Centros de
uso comum. Material e Esterilização (CME)
 Medidas preventivas: Lavagem de dos serviços de saúde públicos e
mãos entre pacientes e descontaminação privados, civis e militares, e às
do material e área utilizados. empresas processadoras
envolvidas no processamento de
 Contaminação cruzada: Fenômeno produtos para saúde.
de contaminação de uma pessoa para  CME dos serviços de saúde e as
outra ou de uma pessoa por um objeto empresas processadoras são
inanimado contaminado. responsáveis pela validação dos
processos de esterilização, bem
como pela qualificação de
RDC 15/2012 (ANVISA) instalação, operação e
desempenho dos equipamentos
 Estabelece os requisitos de boas
utilizados na esterilização de
práticas para o funcionamento
produtos para saúde.
dos serviços que realizam o

Necessidade de manter neste setor um


fluxo contínuo e unidirecional do artigo,
evitando o cruzamento de artigos sujos
com os limpos e esterilizados como
também evitar que o trabalhador
escalado para a área contaminada
transite pelas áreas limpas e vice-versa.
(SOBECC, 2009)
Estrutura da CME
Recepção (Setor sujo)  Limpeza (setor limpo)  Preparo (setor limpo) 
Esterilização (setor limpo)  Armazenagem (setor limpo)  Distribuição (setor
limpo).

 Área Suja (Contaminada)  Destinada a receber materiais sujos, para


proceder a limpeza e secagem
 Área Limpa  Artigos são inspecionados, preparados, acondicionados,
esterilizados, guardados e distribuídos.
Sala de Recepção e Limpeza
 É o local mais contaminado do CME.
 Centraliza-se grande quantidade e variedade de material sujo com sangue,
secreção e excreções.
 Deve dispor de bancada com dimensões que permitam a conferência dos
materiais.
 Deve possuir recipiente para descarte de materiais perfurocortantes.
 Dispor de água com qualidade exigida para os processos de limpeza, havendo a
necessidade de monitorar periodicamente.
 Deve possuir pia com cuba funda para evitar respingos e em número suficiente
para a quantidade de produtos, torneiras com água quente e fria, bancadas para
acomodar recipientes para soluções, pistola de água sob pressão para limpeza
manual de produtos com lúmen e ar comprimido medicinal, gás inerte ou ar
filtrado, seco e isento de óleo para secagem dos produtos.
EXPURGO  Presença de ventilação natural ou exaustor na área suja!

Sala de Preparo e Esterilização


 Local em que os materiais são inspecionados quanto a presença de sujidade;
 São selecionados quanto a funcionalidade e integridade;
 Os campos e os aventais são dobrados. Os pacotes são montados e
acondicionados de acordo com a padronização adotada na instituição;
 Área de esterilização: Onde estão localizadas as autoclaves.

Sala de Desinfecção Química


 Deve ser exclusiva para essa finalidade;
 Deve dispor de bancada com cuba para limpeza e outra para enxague do material
desinfectado com profundidade e dimensionamento adequado;
 Dispor de água que atenda aos padrões para o enxague dos produtos.
Estrutura da CME
 Área de Monitoramento do Processo de Esterilização  Dispor de sistema para
guardar os registros dos monitoramentos por 5 anos.
 Sala de Armazenamento e Distribuição de Materiais  Centraliza todo o
material processado e esterilizado para posterior distribuição às unidades
consumidoras

Relação dos EPI, de acordo com o ambiente e/ou atividades desempenhadas pelos
trabalhadores que atuam no CME ou nas empresas processadoras.
 Estrutura do Centro de Material e Esterilização
(CME): Os CMEs são classificados como CME classe I e classe II, de acordo com a
complexidade dos produtos processados.
 CME Classe I:
- Produtos de conformação não complexa.
- Produtos com superfícies internas e externas que podem ser atingidas por escovação
durante o processo de limpeza.
- Possuem diâmetros superiores a 5 milímetros nas estruturas tubulares e passíveis de
processamento
Exemplo de produtos: Consultórios e Unidades Básicas de Saúde.

 CME Classe II:


- Produtos de conformação complexa e não complexa.
- Indicado para produtos com superfícies internas e externas que podem ser atingidas
por escovação durante o processo de limpeza.
- Apresenta diâmetros inferiores a 5 milímetros nas estruturas tubulares e passíveis de
processamento.
Exemplo: Serviços diagnósticos ou terapêuticos em regime de internação ou semi-
internação.

Classificação dos Artigos:


 Críticos: - Utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e em
mucosas adjacentes, tecidos subepiteliais e sistema vascular.
Exemplos: agulhas, campos, gazes, compressas, caneta de eletrocautério, fios
cirúrgicos, cubas, catéteres intravenosos, implantes e instrumentais cirúrgicos.
Necessário ESTERILIZAÇÃO.
 Semi-críticos: - Entram em contato com mucosa íntegra colonizada (risco
intermediário).
Exemplos: nebulizadores, umidificadores, circuito de respiradores, endoscópios,
especulo vaginal.
Exige DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL, esterilização não obrigatória, mas
necessária em algumas circunstâncias como quando se usa especulo vaginal em cirurgia.
 Não críticos: - Entram em contato com pele íntegra
Exemplos: termômetros axilares, manguito de esfigmomanômetro, sensor de oxímetro
de pulso, garrote, comadre.
Exige LIMPEZA ou DESINFECÇÃO DE BAIXO NÍVEL

- Avalia o potencial de contaminação e risco de transmissão de infecção.


- Na prática assistencial, a decisão do tipo de processamento, após a limpeza, desinfecção ou
esterilização, é feita mediante essa classificação.

Sala de Armazenamento

PROCESSO DE LIMPEZA
Central de Material e Esterilização
 Limpeza:
 Retirada de sujidade visível, orgânica ou inorgânica, e consequentemente da
carga bacteriana, sendo essencial e indispensável para o processamento dos
artigos críticos, semicríticos ou não críticos.
 Presença de resíduos de tecidos e fluídos pode resultar na formação de uma
camada orgânica (biofilme) mais difícil de ser removida e na corrosão dos
artigos.
 Sem uma limpeza adequada, os processos de desinfecção e esterilização serão
ineficazes.
Produtos utilizados na limpeza:
DETERGENTE: São produtos destinados à limpeza de superfícies e tecidos por meio
da diminuição da tensão superficial, favorecendo a remoção de sujidade.
 Detergente Enzimático:
- Composto de enzimas proteases(ação em proteínas), amilases (ação em amido) e
carbamases (ação em carboidratos)
- Removem matéria orgânica do artigo em curto tempo (média de 3 minutos) facilitando
a remoção.
- A soma de enzimas e detergente possibilita a limpeza rápida em locais de difícil
acesso ou lumens estreitos.
- Possuem Ph neutro (não são ácidos nem básicos) e assim não corroem, são atóxicos e
permitem enxágue simples.
 Detergente Alcalino:
- Dissolvem e removem com segurança sangue, proteínas, amido, muco, gorduras,
demais restos orgânicos.
- Previnem o depósito de substâncias minerais provenientes de tubulações ou locais que
possuam água com alto teor de minerais.
- Em geral, demandam maior temperatura para atingir níveis ótimos de ação (entre 60 a
70ºC) – limpeza automática.

Métodos de limpeza

Desinfecção
- Conjunto de operações de natureza física ou química com o objetivo de
reduzir o nível de contaminação por microrganismos nos itens inanimados
- Realizada sob duas formas: Agente Físicos (ação térmica) e químicos
(desinfetantes)
Classificação
 Alto nível: Destrói todos os microrganismos na forma vegetativa e
alguns esporos bacterianos.
- Requer enxague do material com água estéril e manipulação com técnica
assépticas.
- Agentes químicos utilizados são: glutaraldeído, ácido peracético,
peróxido de hidrogênio e ortoftalaldeído.
 Médio nível ou Intermediário: Os agentes aplicados são eficientes para
destruir as bactérias vegetativas, bacilo da tuberculose, a maioria dos vírus
não lipídicos e fungos, mas não bactérias esporuladas.
 Baixo nível: Os agentes utilizados apresentam atividade antibacteriana
sobre as bactérias vegetativas, fungos e vírus lipídicos.

Esterilização
- É o processo pelo qual os microrganismos são mortos a tal ponto que
não seja mais possível detectá-los no meio de cultura padrão onde
previamente haviam proliferado.
- AGENTES ESTERILI:
• Físicos: Calor e Radiação
• Físico-Químico: Óxido de etileno, Vapor à baixa temperatura
com formaldeído gasoso e gás plasma de peróxido de
hidrogênio.
No Brasil, desde 2009, a esterilização química por imersão de
instrumental cirúrgico e produtos para a saúde está proibida, de acordo
com a RDC nº 8/2009.
A esterilização pelo calor seco, por meio de estufa também foi proibida
pela RDC Anvisa nº 15/2012.

 Esterilização Física Autoclave (Calor Úmido Sob Pressão)


- O vapor saturado sob pressão oferece maior segurança, destruindo
formas de vida em temperaturas entre 121°C e 134°C.
- É o mais utilizado e mais econômico.
- Mecanismo de ação: morte celular por termocoagulação das proteínas.
 Tipos de Autoclave
- Gravitacional: Injeção e vapor força saída do ar por válvula, nesse
processo pode ocorrer a formação de bolha no interior do pacote o que
impede a esterilização.
- Pré-vácuo: O ar é removido da câmara através de bomba de vácuo ou
sistema Venturi. A formação de bolsa de ar é menos provável.

Monitoramento Do Processo De Esterilização

Monitoramento
Tempo, temperatura e pressão
Mecânico

Monitoramento
Classe I a VI
Químico

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