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Etec Antônio Furlan

Vitória Da Silva Sobrinho

Pesquisa CME

Barueri,2023
O que é autoclave?
A Autoclave é um equipamento que realiza a esterilização de
diversos tipos de materiais. É amplamente usada em hospitais,
na indústria farmacêutica, laboratórios ou qualquer ambiente
que necessite de higiene intensa e contínua. O processo
consiste no extermínio de qualquer forma de vida de
microrganismos, impedindo sua reprodução e
consequentemente, provocando a morte dos germes. O
procedimento na autoclave, ocorre por meio do uso de calor do
vapor, ou seja, através de um meio físico. Este calor destrói
vários processos essenciais para a vida de microrganismos,
gerando por exemplo, a coagulação e desnaturação de enzimas.
Quando o instrumento que passou pela autoclavagem está com
probabilidade de contaminação muito baixa, pode-se dizer que
está estéril.
Etapas do CME:campo sujo e campo limpo
Etapas do processamento: recepção, limpeza, secagem, inspeção, embalagem,
esterilização e armazenamento
O processamento de materiais na Central de Material e Esterilização (CME) é um
processo meticuloso e complexo que envolve várias etapas críticas. O objetivo principal
é garantir que todos os instrumentos e equipamentos sejam adequadamente limpos,
desinfetados ou esterilizados para evitar a propagação de infecções. As etapas
principais incluem:

Recepção e Limpeza: Esta é a primeira etapa do processo, onde os materiais usados são
recebidos. Eles são primeiramente inspecionados e, em seguida, limpos.
Desinfecção: Esta etapa é necessária para materiais que não podem ser esterilizados
devido ao seu material ou design. A desinfecção é realizada usando-se desinfetantes
químicos ou físicos (como calor) para matar a maioria dos microrganismos patogênicos.
Preparação e Acondicionamento: Após a limpeza e desinfecção, os materiais são
preparados para esterilização. Isso pode envolver a montagem de instrumentos
complexos, a embalagem dos materiais em pacotes de esterilização e a verificação de
que todos os itens estão prontos para a esterilização.

Esterilização: Esta é a etapa mais crítica do processamento. Os materiais são expostos a


agentes esterilizantes (geralmente calor, como o fornecido por autoclaves, ou gases,
como o óxido de etileno) que matam todos os microrganismos, incluindo esporos
bacterianos.
Armazenamento: Após a esterilização, os materiais são armazenados em uma área
limpa e seca, mantendo-se na embalagem de esterilização até o momento do uso para
garantir que permaneçam estéreis.
Distribuição: Os materiais esterilizados são então distribuídos para as várias unidades e
salas de cirurgia dentro do hospital conforme necessário.
Controle de Qualidade: Durante todo o processo, devem ser realizados controles de
qualidade para garantir que todas as etapas sejam executadas corretamente e que os
materiais estejam efetivamente estéreis. Isso pode incluir a verificação do
funcionamento das máquinas, testes de indicadores biológicos e químicos para
confirmar a eficácia da esterilização, e a monitoração das condições de
armazenamento.
Lavam, enxaguam, desinfetam com calor e secam os instrumentos.
A limpeza é uma etapa vital porque a presença de matéria orgânica pode interferir com
o processo de esterilização. Após a limpeza, os instrumentos devem ser
completamente secos para evitar a proliferação de microrganismos e a corrosão do
equipamento. Ao longo de todas essas etapas, é essencial seguir rigorosamente os
protocolos estabelecidos para garantir a segurança do paciente e dos profissionais de
saúde.
Desinfecção
A desinfecção é uma etapa crucial no processamento de materiais na Central de
Material e Esterilização (CME). Ela se destina a reduzir a quantidade de
microorganismos presentes nos materiais, mas não necessariamente elimina todas as
formas de vida microbiana, como os esporos bacterianos. Existem três níveis de
desinfecção – alta, intermediária e baixa – e a escolha do nível adequado depende da
classificação do instrumento (crítico, semicrítico, não crítico) e do seu uso pretendido.
Desinfecção de Alto Nível (DAN): Este é o nível mais alto de desinfecção e pode
eliminar todos os microorganismos, exceto grandes quantidades de esporos
bacterianos. Geralmente é usado para desinfetar instrumentos semicríticos, ou seja,
aqueles que entram em contato com as mucosas ou a pele não intacta. A DAN pode ser
realizada usando uma variedade de agentes químicos, como glutaraldeído, ácido
peracético, peróxido de hidrogênio, entre outros.
Desinfecção de Nível Intermediário (DNI): Este nível de desinfecção é capaz de matar a
maioria dos vírus, fungos, bactérias e alguns esporos. É geralmente usado para
instrumentos que entram em contato com a pele, mas não com as mucosas ou a pele
não intacta. Compostos como o quaternário de amônio e o hipoclorito de sódio são
comumente usados para DNI.
Desinfecção de Baixo Nível (DBN): Este nível de desinfecção pode matar a maioria das
bactérias, alguns vírus e fungos, mas não é eficaz contra esporos e alguns vírus. É
adequado para a desinfecção de instrumentos que entram em contato apenas com a
pele intacta. Alcoóis e compostos de amônio quaternário são usados para DBN.
Importante ressaltar que a desinfecção deve ser seguida por enxágue adequado para
remover os resíduos químicos que podem interferir com a etapa de esterilização e
podem ser prejudiciais aos pacientes e aos profissionais de saúde. Também é crucial
que as instruções do fabricante sejam seguidas para a preparação e o uso de
desinfetantes, pois a eficácia dos desinfetantes pode ser afetada por fatores como
concentração, tempo de contato, temperatura e pH. A desinfecção é uma parte
essencial do processamento de materiais, mas não substitui a esterilização. Para os
instrumentos classificados como críticos, uma etapa de esterilização é necessária após
a desinfecção para garantir a segurança do paciente.
Preparação e Acondicionamento
A etapa de preparação e acondicionamento é fundamental no processo de
processamento de materiais na Central de Material e Esterilização (CME). Esta fase
engloba uma série de atividades que preparam os itens para o processo de
esterilização e para o armazenamento posterior.
Inspeção e Preparação: Após a limpeza e desinfecção, os materiais devem ser
cuidadosamente inspecionados para verificar se ainda há sujeira ou detritos presentes.
Além disso, os instrumentos devem ser verificados quanto à integridade e
funcionalidade. Instrumentos danificados ou quebrados não devem ser processados e
devem ser descartados ou enviados para reparo. Os instrumentos devem ser
preparados para esterilização de acordo com as instruções do fabricante. Por exemplo,
alguns instrumentos devem ser desmontados, enquanto outros devem ser esterilizados
em uma posição aberta.
Acondicionamento: O acondicionamento é o processo de embalar os instrumentos em
materiais apropriados antes da esterilização. O objetivo do acondicionamento é
proteger os itens de contaminação após a esterilização durante o armazenamento e o
manuseio. Os materiais de embalagem devem ser resistentes à penetração de
microorganismos e permitir a penetração do agente esterilizante. As embalagens
comuns incluem papel grau cirúrgico, tecido de algodão, bolsas e envelopes de
esterilização, e containers rígidos. Além disso, cada pacote deve conter um indicador
químico interno que mostrará se as condições de esterilização foram atingidas no
interior do pacote.
Selagem: Após a embalagem, os pacotes devem ser selados para evitar a entrada de
microorganismos. A selagem pode ser realizada com fita adesiva para embalagens de
papel ou tecido, ou com seladoras de calor para bolsas e envelopes de esterilização.
Rotulagem: Por fim, cada pacote deve ser rotulado com informações como o conteúdo
do pacote, a data de esterilização e o operador responsável. Este passo é importante
para a rastreabilidade dos pacotes e para garantir que os pacotes sejam usados dentro
do prazo de validade da esterilização. A preparação e acondicionamento adequados
dos materiais são cruciais para garantir que a esterilização seja eficaz e que os
instrumentos permaneçam esterilizados até o momento do uso.

Controle de qualidade na esterilização: Este inclui o uso de indicadores químicos e


biológicos para garantir que as condições adequadas de esterilização foram alcançadas.
Além disso, deve-se confirmar a integridade das embalagens dos materiais
esterilizados.
Monitoramento de equipamentos: Isso envolve a manutenção regular e inspeções de
todos os equipamentos utilizados na CME, incluindo lavadoras desinfectoras,
autoclaves e esterilizadores. Os registros de manutenção devem ser mantidos.
. Treinamento e educação dos funcionários: Os profissionais da CME devem ser
adequadamente treinados e educados sobre os procedimentos corretos de limpeza,
desinfecção e esterilização. O treinamento deve ser continuamente atualizado para
refletir as melhores práticas atuais.
Auditorias e inspeções: Estas devem ser realizadas regularmente para verificar a
conformidade com as diretrizes e regulamentos de controle de infecções. Qualquer
problema ou desvio dos padrões deve ser corrigido imediatamente.
Documentação e registros: Todas as atividades de controle de qualidade devem ser
documentadas e registradas para permitir a rastreabilidade e a revisão dos processos.
O controle de qualidade na CME é fundamental para a segurança do paciente. Através
da monitorização rigorosa e contínua dos processos de limpeza, desinfecção e
esterilização, a CME pode garantir que os materiais processados estejam seguros para
uso em procedimentos de saúde.

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