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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Desvantagem das actividades cognitivas dos alunos para a obtenção do


conhecimento

Ana da Clemência António Tivane - 708200729

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Didactica I- A0009
Docente: Dra.Regina Maluleque
Ano de Frequência:3o Ano

Maputo, Junho, 2022


Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3

2. Objectivos.................................................................................................................................4

2.1. Objectivo Geral.................................................................................................................4

2.2. Objectivos Específicos......................................................................................................4

3. Metodologia..............................................................................................................................4

4. Esterilização, Desinfeção e Antissepsia...................................................................................5

4.1. Esterilização......................................................................................................................5

4.1.1. Conceito.....................................................................................................................5

4.1.2. Métodos de estilização...............................................................................................5

4.2. Desinfeção.........................................................................................................................7

4.2.1. Conceito.....................................................................................................................7

4.2.2. Diferentes tipos de procedimentos.............................................................................8

5. Antissepsia............................................................................................................................9

Conclusão......................................................................................................................................11

Bibliografia....................................................................................................................................12
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1. Introdução

Segundo UNESPO (2009) A falta de conhecimento, o uso de métodos de esterilização,


desifencao e antissepsia sem controlo, a resistência de diversos tipos de vírus e bactérias e a falta
de cuidado dos profissionais com situações de risco têm contribuído para o aumento do número
de casos de infecções por vírus.

. Os produtos utilizados na limpeza, esterilização, desinfecção e antissépsia participam na


prevenção das infecções nosocomiais, o tratamento correcto na limpeza de matérias usados em
laboratórios, e principalmente nos hospitais reduz o índice de contaminação por vírus ou
qualquer outra bactéria, ter-se cuidado com esses tipo de procedimento é de extrema importância
para o ser humano pós evita com que esse contraia vírus dentro de laboratórios.

Neste trabalho ira-se se estudar três procedimentos de combate aos vírus, baterias e outros
agentes de contaminação.
Segundo UNESPO (2009) esterilização é o processo de destruição de todas as formas de vida
microbiana, inclusive as esporuladas, mediante aplicação de agentes físicos e/ou químicos
desinfecção – processo físico ou químico que elimina as formas vegetativas de micro-
organismos, exceto os esporulados. Antissepsia – é o procedimento que visa o controle da
infecção a partir do uso de substâncias biocidas de uso na pele ou mucosas, ou seja Antissepsia é
um conjunto de técnicas de esterilização que visam evitar a proliferação de microrganismos
patogênicos, responsáveis por provocar doenças infecciosas,

.
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2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
 Conhecer os esterilizantes, desinfetantes e antissepsias

2.2. Objectivos Específicos


 Indicar s conceitos de esterilizantes desinfetantes e antissepsia
 Identificar os métodos usados para cada procedimento
 Identificar as diferenças existentes nesses procedimentos

3. Metodologia
Para a realização do presente trabalho ira-se recorrer a pesquisa bibliográfica, A pesquisa
bibliográfica é o levantamento ou revisão de obras publicadas sobre a teoria que irá
direcionar o trabalho científico o que necessita uma dedicação, estudo e análise pelo
pesquisador que irá executar o trabalho científico e tem como objetivo reunir e analisar textos
publicados, para apoiar o trabalho científico. Para Gil (2002, p. 44), a pesquisa bibliográfica
“[...] é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros
e artigos científicos. Nesta senda, todo o material que foi usado para a materialização desse
trabalho esta devidamente apresentado na página refente a referências bibliográficas.

4. Revisão Bibliográfica
Segundo Hayos (2014) para a eliminação ou redução de matéria orgânica e sujidades em
superfícies e objetos podem ser utilizados técnicas manuais ou automatizadas por ação química
de detergentes e sabões,

Esterilização Processo utilizado para completa destruição de microorganismos, incluindo todas


as formas, inclusive as esporuladas, com a finalidade de prevenir infecções. (Hoyos, 2014)
Desinfecção É o processo reduz o número de microorganismos potencialmente patogênicos em
objetos e superfícies, sem ocorrer, necessariamente, a destruição de certos vírus e esporos
Antissepsia: É o método através do qual se impede a proliferação de microrganismos em tecidos
vivos com o uso de substâncias químicas (anti-sépticos) usadas como bactericidas ou
bacteriostáticos. (Hoyos, 2014)
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5. Esterilização, Desinfeção e Antissepsia


5.1. Esterilização

5.1.1. Conceito

Processo pelo qual os microrganismos são mortos a tal ponto que não seja mais possível detecta
los no meio de cultura padrão no qual previamente haviam proliferado.
Segundo A OMS define a esterilização como a técnica de saneamento cuja finalidade é a
destruição de todas as formas de vida, aniquilando todos microrganismos patogênicos e não
patogênicos. patógenos, incluindo suas formas esporuladas, altamente resistente.

A esterilização é uma técnica que inclui todos os procedimentos de descontaminação mecânica,


física e química em que são destruídos microrganismos e esporos de um objeto (germes
patogênicos), obtendo-se instrumentos muito seguros para uso posterior. A carga microbiana
inicial ou biocarga é entendida como o número de microrganismos que existem inicialmente em
um objeto, antes de proceder à sua esterilização. Insistimos na importância da limpeza adequada
do material a ser esterilizado. Partir de uma biocarga baixa não é o mesmo que partir de uma
biocarga muito maior devido à limpeza inadequada; Quanto menor a carga microbiana inicial,
maior a probabilidade de o material ser devidamente esterilizado. Um material é considerado
estéril quando a probabilidade de ser contaminado após um processo de esterilização é de 1 em
um milhão. Para que um instrumento previamente esterilizado não atue como mecanismo de
transmissão, ele não deve ser contaminado enquanto estiver armazenado e que, quando usado,
deve ser feito com técnicas assépticas. (Hoyos, 2014)

5.1.2. Métodos de estilização

Existem várias formas de realizar a esterilização. Porém, a decisão de qual processo utilizar
deve ser baseada no tipo de material e no risco de contaminação.

Cada estabelecimento deve verificar qual método é o mais adequado para cada procedimento
(desinfecção de nível baixo, médio ou alto, ou esterilização), de acordo com o seu produto,
garantindo a eliminação da maior quantidade de micro-organismos.
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Os métodos de esterilização podem ser divididos em físicos (calor, filtração e radiação) e


químicos (compostos fenólicos, clorexidina, halogênios, álcoois, peróxidos, óxido de etileno,
formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético). Para a escolha do melhor método, deve-se levar
em consideração, além da compatibilidade do material, a efetividade, toxicidade, facilidade de
uso, custos, entre outros.

Os métodos de esterilização mais importantes encontrados são:

a) Métodos físicos
 Calor seco: esterilização com ar quente, como fornos Poupinell, que requer longos
períodos de exposição. Provoca oxidação do material metálico; no entanto, permite
tratar materiais como vaselinas e óleos com maior aplicação na indústria. É um método
de validação complexa1, sendo um dos principais motivos do seu desuso em ambientes
hospitalares.
 Calor úmido: é realizado nas chamadas autoclaves através do uso de vapor d'água,
tornando-se o método mais usual atualmente existente. Os mais recomendados são
aqueles que possuem estágio de pré-vácuo, e que necessitam de curtos períodos de
exposição, com temperaturas que costumam oscilar entre 121ºC e 132ºC. Não gera
resíduos tóxicos no material, embora certos materiais, por serem termossensíveis, não
possam ser esterilizados com este sistema1,2,4.
b) Métodos químicos
 Óxido de Etileno: Esteriliza por alquilação. É útil contra materiais termolábeis
(sendo o primeiro procedimento desenvolvido para utilizar baixas temperaturas) e
possui alto poder microbiocida; porém, apresenta carcinogenicidade e grande
toxicidade, necessitando de longos tempos de aeração para os elementos
esterilizados1,2,4,5.
 Formaldeído: gás de vapor a baixas temperaturas. Com indicações semelhantes às
do método anterior, é rápido e não deixa resíduos tóxicos, embora o referido gás
como tal seja altamente tóxico. É contraindicado em materiais sensíveis à umidade1.
 Peróxido de hidrogênio, plasma: O plasma é considerado o quarto estado em que a
matéria pode ser encontrada. Este procedimento é indicado para dispositivos que
não suportam altas temperaturas, também possui ciclos rápidos, não requer aeração e
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pode ser utilizado com equipamentos sensíveis à umidade. Por outro lado, não pode
trabalhar com celulose, por isso necessita de embalagens específicas que não a
incorporem, nem suportem líquidos1,2,4.
 Ozônio: com aplicabilidade para equipamentos que não toleram altas temperaturas e
são sensíveis à umidade. Não apresenta toxicidade e não requer aeração, mas por
outro lado necessita de embalagens específicas, os resultados deste processo ainda
são limitados e seu poder microbicida deve ser mais estudado2,4.
 Ácido peracético: é um meio líquido de esterilização que imerge materiais, portanto
aqueles que não podem ser imersos são contraindicados para este procedimento.
Outras vantagens são que utiliza baixas temperaturas e tem ciclos rápidos. Não
permite armazenamento, pelo que a sua escolha será tida como uma das últimas
opções1,4.
 Glutaraldeído: é um desinfetante líquido, fácil de usar, barato e com ação
antimicrobiana de amplo espectro. O seu vapor pode causar problemas respiratórios,
pode deixar vestígios de tecido nas superfícies e tem um efeito de coagulação do
sangue. (Hoyos, 2014)

5.2. Desinfeção
5.2.1. Conceito
A desinfecção é uma operação para eliminar ou matar microorganismos e/ou inativar vírus
indesejáveis.
Sob o termo desinfecção, são agrupadas 5 atividades diferentes:
 Bactericida Produto que mata bactérias
 Levedura Produto anti-levedura
 Fungicida Produto que mata fungos (esporos e bolores)
 Esporicida Produto que mata esporos bacterianos.
 Virucida Produto que mata vírus
 Assim, um desinfetante pode ser apenas bactericida, enquanto outro pode ser bactericida,
fungicida e virucida.
. A desinfecção não impede a recontaminação subsequente, por isso deve ser renovada
regularmente. A desinfecção é uma operação com resultado temporário que permite eliminar ou
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matar microrganismos e/ou inativar vírus transportados em meios inertes contaminados de


acordo com os objetivos definidos.
Agentes infecciosos são frequentemente encontrados em objetos como mesas, portas, travesseiros,
casacos, etc. A aplicação de um desinfetante serve para prevenir o desenvolvimento de uma
infecção, pois elimina os microrganismos antes que possam afetar o ser humano. Dentro da área
da saúde, para citar um caso, a desinfecção é essencial para evitar problemas de saúde nos
trabalhadores e também nos pacientes. Assim, por exemplo, estabelece-se a necessidade de
realizar a desinfecção de alto nível, especialmente em equipamentos de fisioterapia respiratória,
em circuitos de anestesia, em broncoscópios. (Hoyos, 2014)

Portanto, o resultado desta operação está limitado às organizações presentes no momento da


operação. Só desinfectamos realmente o que está limpo. A desinfecção regular reduz a densidade
microbiana abaixo de um limite de risco.

5.2.2. Diferentes tipos de procedimentos


Se for a se utilizar procedimentos físicos, temos que estabelecer que existem dois métodos de
desinfecção:

 Desinfecção pelo calor, que também responde pelo nome de pasteurização. Consiste
basicamente em manter o líquido utilizado a uma temperatura de aproximadamente 65º
por pelo menos 15 minutos.
 Desinfecção com raios ultravioletas, que reduzem drasticamente a carga microbiana.

Os produtos desinfetantes que podem ser utilizados são divididos em três grupos bem
diferenciados:

Baixo nível: Elimina a maior parte das bactérias em estado vegetativo e vírus envelopados,
porém tem pouca atividade com outras formas mais resistentes. Emprega-se em instrumentos que
entram com contato com pacientes de maneira não invasiva, como eletrodos de
eletrocardiograma e estetoscópios. Exemplo: compostos quaternários de amônia.

Compostos quaternários de amônia: sua estrutura com quatro grupos orgânicos ligados ao
nitrogênio permite atividade microbicida por meio desnaturação de constituintes das membranas
celulares, promovendo lise e morte celular. Os agentes mais conhecidos são o Cloreto de
Benzalcônio e o Cloreto de Cetilpiridínio. Têm boa atividade contra a maioria dos
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microorganismos, porém Pseudomonas aeruginosa , micobactérias, esporos, vírus e alguns


fungos são resistentes. (Hoyos, 2014)

 Nível médio: Elimina praticamente todos os microorganismos patogênicos, exceto


esporos bacterianos. Utilizado em materiais em que a chance de esporos e outros
microorganismos resistentes é improvável, como endoscópios flexíveis, laringoscópios,
espéculos vaginais, peças de sistemas de ventilação mecânica e outros itens. Exemplos:
compostos alcoólicos, iodados ou fenólicos. Compostos alcoólicos e iodados podem ser
empregados tanto como desinfetantes de médio nível quanto como agentes antissépticos,
dependendo da formulação e concentração. Os compostos fenólicos já foram os primeiros
desinfetantes utilizados em cirurgias, porém atualmente são empregados basicamente na
indústria de alimentos, rações e cosméticos.
 Alto nível: Elimina todos agentes patogênicos, porém é ineficiente para eliminar esporos
bacterianos em grande quantidade. Aplicado em materiais utilizados em procedimentos
invasivos que não tolerariam métodos de esterilização, como endoscópios e alguns
instrumentos cirúrgicos com peças de plástico, os quais não poderiam ser autoclavados.
Exemplos de desinfetantes de alto nível: Glutaraldeído, Peróxido de Hidrogênio, Ácido
Peracético e compostos clorados. (UNESP, 2009)

6. Antissepsia
Antissepsia é o método através do qual se impede a proliferação de microrganismos em tecidos
vivos com o uso de substância químicas (anti-sépticos) usadas como bactericidas ou
bacteriostáticos. Ex: limpeza da pele antes da cirurgia. (Hoyos, 2014)
Uso de agentes químicos na pele ou outros tecidos vivos para diminuir o número de
microorganismos por meio de inibição ou eliminação, sem atividade esporicida.
a) Álcoois: excelente atividade contra a maioria das bactérias em estado vegetativo,
micobactérias, alguns fungos e vírus com envelope lipídico, porém sem atividade contra
esporos e vírus não envelopados. Não são tóxicos, porém removem lipídeos da pele,
podendo gerar ressecamento. Não possuem atividade residual após a aplicação e só
podem ser utilizados em superfícies sem sujidade, pois a matéria orgânica os inativa.
Desse modo, a pele precisa ser demergada antes da aplicação de álcool. Os mais usados
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são o etanol e o isopropanol. A atividade é maior em presença de água, portanto a


formulação 70% é mais ativa que 95%
b) Compostos iodados: elemento altamente reativo capaz de precipitar proteínas e oxidar
enzimas essenciais, o composto penetra na parede celular dos microorganismos,
rompendo a estrutura e a síntese das proteínas e do ácido nucléico. É bactericida e
virucida, mas necessita de contato prolongado para eliminar esporos bacterianos. Assim
como nos álcoois, sua ação é rápida e não há efeito residual, porém são relativamente
mais tóxicos para a pele. Também são inativados por matéria orgânica (fezes, sangue,
líquidos serosos, urina e secreções respiratórias) e necessitam de demergação de
sujidades antes de serem aplicados. O iodo pode se apresentar em formas diluída com
potássio, álcool ou com carreadores. Um exemplo de carreador é polivinilpirrolidona,
encontrado no iodopovidona.
c) Clorexidina alcoólica : atividade antimicrobiana de maior espectro que o álcool e os
compostos iodados, porém com menor velocidade de eliminação de microorganismos.
Sua ação é considerada residual, pois a atividade antimicrobiana persistente mesmo após
a aplicação. Matéria orgânica e pH alto inativam a substância, portanto é importante a
degermação prévia. Não se deve aplicar clorexidina alcoólica ou degermante em
mucosas, portanto nesses casos utiliza-se uma solução de clorexidina aquosa.
d) Triclosan: tem ação antibactericida, porém pouca atividade contra outros
microorganismos. É um antisséptico comumente usado em sabonetes e pastas de dente.
Também é utilizado revestindo dispostivos médicos, como fios de sutura. (
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Conclusão
Na Esterilização através da ação de procedimentos químicos e físicos, há a eliminação de todos
os microorganismos., inclusive vírus e esporos de bactérias. A esterilização é uma operação que
remove completamente ou mata todos os microrganismos.

Os métodos de esterilização mais importantes podem ser agrupados em dois grandes grupos:
físicos e químicos. Para aqueles materiais que suportam altas temperaturas, a primeira opção
deve ser a autoclave. Dependendo das características do equipamento, existem diferentes
procedimentos para encontrar o mais adequado para a esterilização, devendo em qualquer caso
ser uma decisão fundamentada.

Desinfecção É o processo reduz o número de microorganismos potencialmente patogênicos em


objetos e superfícies, sem ocorrer, necessariamente, a destruição de certos vírus e esporos.
Operação com resultado momentâneo que elimina ou mata microorganismos e inativa vírus
indesejáveis.

Antissepsia é destruição de microorganismos transitórios ou residentes da pele através da


aplicação de um agente germicida com ação contra microorganismos muito frágeis como o
Pneumococo, porém, são inativos para Stafilococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e outras
bactérias Gram- negativas.
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Bibliografia
Hoyos Serrano M. Esterilização, desinfecção, antissépticos e desinfetantes. Revista de
Atualização Clínica. 2014;

UNESPO, Manual De Biossegurança Faculdade De Odontologia De Araraquara. 2009


RODRIGUES, Antônio . . Histórico das infecções hospitalares. In: RODRIGUES, E. A. C. et al.
Infecções hospitalares: prevenção e controle. São Paulo: Sarvier, 1997.

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