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ESTERILIZAÇÃO

ALUNA: ANDRESSA FRANÇA

O que é Esterilização:
Esterilização é o processo de destruir todas as formas de vida
microbianas que possam contaminar materiais e objetos, como vírus,
bactérias, fungos e outros, por meio da utilização de agentes químicos ou físicos.
Este processo torna a reprodução destes organismos incapaz de se realizar,
causando então a chamada morte microbiana.
A intenção da esterilização é que a probabilidade de sobrevivência do agente
que pode contaminar um organismo seja menor que 1:1.000.000, podendo
considerar aquele objeto estéril.
A eficácia de qualquer processo de esterilização dependerá de fatores como o
tipo de método escolhido, a natureza do material, tipo de contaminação e
condições em que o objeto final foi preparado.
Já para a medicina humana e a veterinária, a esterilização se caracteriza no
método cirúrgico que interrompe a capacidade de reprodução de um ser vivo,
tornando-o estéril e infecundo.
Geralmente, os procedimentos de esterilização em seres vivos tratam-se de
uma forma de anticoncepção permanente, que é irreversível.
HISTÓRICO DA ESTERILIZAÇÃO:
Essa preocupação surgiu em meados do século XIX, chamada Era Bacteriológica.
Joseph Lister conseguiu, no tratamento dos fios de sutura e compressas usados nos
pacientes com solução de fenol, diminuir a mortalidade pós-cirúrgica, foi assim que se
impulsionou a evolução das técnicas de esterilização dos instrumentais.

IMPORTÂNCIA DA ESTERILIZAÇÃO:
A importância da esterilização é tão grande que não é absurdo falar que o procedimento
pode salvar vidas. Quando falamos de ambientes hospitalares, isso é ainda mais verdadeiro.
Nesses ambientes, a incidência de microrganismos que podem causar doenças graves é
muito maior. Ademais, pacientes, de uma maneira geral, apresentam um sistema imunológico
mais debilitado. Com isso, a chance de uma infecção grave é muito maior.
Existem casos de doenças, como hepatites B e C, por exemplo, transmitidas por
instrumentos que foram limpos, mas não esterilizados. Em casos mais graves, como em
procedimentos oftalmológicos, a falta de esterilização levou pacientes à cegueira.
Para garantir a saúde e a segurança de profissionais e pacientes, o ideal é submeter os
materiais a um procedimento para a eliminação dos microrganismos danosos.
odo estabelecimento da área da saúde precisa dar exemplo quando o assunto é a
segurança de seus produtos e materiais. Para que isso aconteça, é preciso que os métodos
de limpeza e esterilização estejam sempre atualizados, não importa o porte da empresa. O
princípio básico que deve reger a manipulação de materiais é a prevenção e a diminuição de
riscos.
Contar com uma empresa terceirizada e especialista no assunto pode ajudar (e muito)
quem não possui espaço para implementar uma Central de Material e Esterilização. A
escolha do parceiro certo, com equipe qualificada e habituada a seguir as determinações
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é fundamental para ter todos os
benefícios da esterilização.
 

TIPOS E EXEMPLOS DE ESTERILIZAÇÃO:


Os métodos de esterilização podem ser divididos em físicos (calor, filtração e radiação) e
químicos (compostos fenólicos, clorexidina, halogênios, álcoois, peróxidos, óxido de etileno,
formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético).

Métodos físicos de esterilização

Calor úmido (autoclavagem, fervura e pasteurização): provoca a desnaturação e


coagulação das proteínas e fluidificação dos lipídeos. Não pode ser utilizado em materiais
termossensíveis, nem para materiais que oxidam com água. A autoclavagem é muito utilizada
nos vários setores de serviços da saúde por ser de custo acessível e de fácil utilização. Além
disso, consegue esterilizar uma infinidade de materiais, inclusive tecidos e soluções.

Calor seco (estufa, flambagem e incineração): provoca a oxidação dos constituintes


celulares orgânicos. Penetra nas substâncias de uma forma mais lenta que o calor úmido e
por isso exige temperaturas mais elevadas e tempos mais longos. Não pode ser utilizado para
materiais termossensíveis.
Filtração: utilizada para soluções e gases termolábeis, quando atravessam superfícies
filtrantes com poros bem pequenos, como velas porosas, discos de amianto, filtros de vidro
poroso, de celulose, e filtros “millipore” (membranas de acetato de celulose ou de
policarbonato).

Radiação ionizante: destrói o DNA formando radicais super-reativos (superóxidos),


matando ou inativando os micro-organismos (quando são incapazes de se reproduzir). Muitos
materiais são compatíveis com esse tipo de esterilização, pois não há aumento da
temperatura nesse processo. Caso dos materiais termossensíveis e tecidos biológicos para
transplantes. Apesar de parecer, a radiação não é transmitida para os produtos processados.
É um processo livre de resíduos e ecológico, pois não gera emissões tóxicas ou resíduos,
além de não causar impactos na qualidade do ar ou da água.

Métodos químicos de esterilização


Dentre os métodos químicos, alguns deles podem ser utilizados tanto para desinfectar
como para esterilizar, dependendo do tempo de exposição e concentração do agente.

Os mais utilizados para produtos laboratoriais e hospitalares são:

Ácido Peracético: tem ação rápida, baixa toxicidade e é biodegradável. Porém, danifica


metais. Uma grande vantagem é ser efetivo mesmo na presença de matéria orgânica (ou
seja, os materiais não precisam ser previamente limpos). Em compensação, os materiais
devem ser utilizados imediatamente após a esterilização por esse método, por isso não é
muito utilizado.

Peróxido de hidrogênio (água oxigenada): em concentração de 3% e 6% tem ação


rápida, é biodegradável e atóxico, mas tem alta ação corrosiva. Sua ação é mais eficaz em
capilares hemodializadores e lentes de contato, mas esse processo não é muito utilizado.

Formaldeído: pode ser utilizado na forma gasosa e líquida e, para ter ação esporicida,
necessita de um longo tempo de exposição. É indicado para cateteres, drenos e tubos,
laparoscópios, artroscópios e ventriloscópios, enxertos de acrílico. Por ser carcinogênico e
irritante das mucosas, seu uso está mais restrito.

Glutaraldeído: líquido com potente ação biocida e pode ser utilizado em materiais


termossensíveis, mas necessita de um longo tempo de exposição para ser esporicida. É
muito utilizado por ter baixo custo e baixo poder corrosivo, porém é irritante das vias aéreas;
pode causar queimaduras na pele, membrana e mucosas; e materiais porosos podem reter o
produto. Enxertos de acrílico, cateteres, drenos e tubos de poliestireno são os materiais
rotineiramente esterilizados por esse processo.

Óxido de Etileno (ETO): é um gás vastamente utilizado na esterilização de materiais


laboratoriais e hospitalares de uso único por causa do seu bom custo/benefício. Sua ação se
dá pela reação com uma proteína no núcleo da célula, impedindo a reprodução. Todos os
produtos devem ser colocados em embalagens permeáveis a gases para permitir que o ETO
penetre. Seu uso não danifica os materiais e pode ser utilizado em vários tipos de materiais,
inclusive os termossensíveis. Contudo, ele é altamente tóxico, carcinogênico e teratogênico.

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