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INTRODUÇÂO

A analise clinica e o ramo de conhecimento que trabalha com o estudo de alguma

Substancia de forma a coletar dados e apontar diagnostico a respeito da saúde

Do paciente. Essas analises ocorrem a partir de um exame feito a pedido de um

medico e são entregues em laboratório para a realização dos exames.

Através dos relatórios , que compõem o meu estagio, espero levar a coordenadora do

estagio Vanda Batista Carvalho do curso de Técnico em Analises Clinicas a

compreender a experiência que obtive , durante o meu estagio e permanência no

laboratório onde estagiei e pude observar, analisar e vivenciar a pratica de um técnico,

experiência que me proporcionou colocar em pratica a teoria já estudada em sala de

aula, aprimorando mais os meus conhecimentos.

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OBJETIVO

O objetivo principal deste artigo é registrar a realização do estágio e os

conhecimentos que obtive, relatando as experiências desenvolvidas durante o período

de aprimoramento e desenvolvimento das atividades laboratoriais, pois se entende por

estágio supervisionado o tempo de prática profissional, durante o qual o aluno habilita-

se nos exercícios da profissão técnico de patologia clínica.

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AMBIENTE LABORATORIAL

O laboratório é um ambiente extremamente hostil. Convivem no mesmo espaço

equipamentos, reagentes, soluções, microorganismos, pessoas, papéis, livros,

amostras, entres outros.

Essa variedade de agentes de riscos necessita de uma organização e cuidados

para que não ocorram acidentes e para que os resultados produzidos sejam

confiáveis.

Além disso, um ambiente laboratorial organizado e disciplinado favorece a

credibilidade da instituição e de todos que lá trabalham.

Normalmente, as pessoas pensam que o grande fator que favorece a

ocorrência de um acidente é o erro humano, ou por deficiência técnica ou por

negligenciamento. Mas, esse, não é o principal fator, mas sim as deficiências no

gerenciamento é que levam, na maioria das vezes, a serem indicadas como causa

motivadora do acidente.

A saúde é um direito de todos, e para tê-la é necessário, entre outras coisas

trabalhar em condições dignas e saudáveis e aí entram em cena os processos da

qualidade, que devidamente aplicados, podem contribuir muito para essa organização

e disciplina, conseqüentemente, para a sua segurança no trabalho.

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BIOSSEGURANÇA

Níveis de biossegurança,descarte de material biológico

É de responsabilidade do laboratório, minimizar a contaminação de grande

quantidade de lixo, normalizar e implementar a classificação, a segregação, o

manuseio, o acondicionamento, a coleta e o armazenamento destes resíduos.

Especificar os recipientes, o tipo e a cor dos sacos plásticos para os

diversos grupos dos resíduos, normalizar a limpeza dos recipientes, treinar os

profissionais do laboratorial para a classificação do lixo na sua fonte geradora,

prevenir acidentes ocasionados pela inadequada separação e acondicionamento dos

perfurocortantes, permitir a reciclagem dos resíduos laboratoriais não contaminados.

Esse processamento visa expor as normas desse laboratório no que diz respeito aos

resíduos gerados nas suas atividades, abrangendo as instruções da ABNT e

vigilância sanitária para os procedimentos de recolhimento, armazenamento e

descarte.

Estas normas são responsabilidade da direção do Laboratório, que

contará com a colaboração da UGQ e do Encarregado da Segurança (ou CIPA e

técnico em segurança do Trabalho, se houver) para a disseminação e monitorização

destas normas. Há ainda co-responsabilidade de todos os funcionários do

laboratório, desde que devidamente instruídos.

Classificação dos resíduos laboratoriais:

GRUPO “A” – Resíduos Infectantes ou Biológicos:São os resíduos

infectantes ou biológicos que apresentam risco potencial à saúde pública e

ao meio ambiente. O Laboratório apresenta os seguintes resíduos

pertencentes a este grupo: Seringas, agulhas, resíduos dos setores técnicos

(Sangue, Fezes, Urina, Secreções), resíduos dos setores de microbiologia e

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micologia. São acondicionados em saco plástico branco leitoso. E estão

identificados como “Risco Biológico”.

GRUPO “B” – Resíduos Químicos:O Laboratório apresenta os

seguintes resíduos pertencentes a este grupo: Reagentes. São acondicionados

em frasco plástico e identificados como resíduos químicos.

GRUPO “D” – Resíduos Comuns Secos :São acondicionados em

sacos azuis resistentes de modo a evitar derramamento durante seu

manuseio. O Laboratório apresenta os seguintes resíduos pertencentes a este

grupo: Lixo de escritório, recepção (todo lixo de papel). Acondicionados em

sacos azuis e identificados como “resíduo comum seco”.

GRUPO “D” – Resíduos Comuns Úmidos: São acondicionados em

sacos pretos (resíduos alimentares). E identificados como “resíduo comum

úmido”.

Manuseio de resíduo

Manuseio de resíduos - Reduza ao máximo o manuseio de resíduos,

em especial perfuro-cortantes.

Os profissionais responsáveis pela limpeza e conservação são bem

orientados e é obrigatório equipamento de proteção. Todos os recipientes

para descarte são identificados. Devemos nos lembrar de que, pela legislação

brasileira, quem gera o resíduo é responsável por sua eliminação e controle.

No caso de materiais reutilizáveis, como vidraria e utensílios, são

depositados em recipiente contendo hipoclorito de sódio a 2%, pelo tempo

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mínimo de 1 hora, secando em estufa a 100 ºC e guardados para o uso

posterior.

EPI

Estabelecer normas para melhor organização e segurança nos diversos setores do

laboratório preservando a saúde dos funcionários e clientes, a limpeza e o meio

ambiente.

Estabelecer conduta para preservação de incêndios, aplicar as NR exigidas no Manual

de Acreditação e incentivar o uso de equipamentos de proteção individual (EPI),

equipamento de proteção coletiva (EPC).

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE SEGURANÇA

Todo cuidado é pouco na manipulação e descarte de materiais

biológicos, tais como soro, sangue ou secreções, fluidos orgânicos, tecidos.

As atenções devem ser redobradas, pois esses materiais são potencialmente

infectantes e muitas vezes são contaminados com agentes etiológicos

diferentes do que se está pesquisando ou ainda, desconhecidos. Nunca pipete

com a boca, use pipetadores manuais ou automáticos, jamais cheire placas de

cultura, observar as proibições da área técnica e o uso de EPI, assim evitara

acidentes.

Lembre-se de que, com a automação, aumentou muito o número de

amostras processadas em um laboratório e, consequentemente, aumentou

também o risco de contaminação. Como se sabe, é difícil afirmar que um

profissional se contaminou, de fato, em serviço. Isso faz com que as doenças

infecto-contagiosas causadas por acidentes de trabalho não sejam

devidamente notificadas. Em conseqüência, as medidas de segurança

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envolvendo o bio-risco acabam sendo negligenciadas.

A incubação do soro a 56ºC por 30 minutos em banho-maria não

elimina o potencial infectante da amostra.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Usar sempre Equipamento de Proteção Individual (EPI): avental ou

jaleco, luvas descartáveis, óculos de proteção, máscara e touca.

Os EPI são regulamentados pelo Ministério do Trabalho e seu uso

visa a minimizar a exposição do técnico aos riscos e evitar possíveis

acidentes nos laboratórios. Os profissionais do laboratório deve se adaptar ao

uso de EPI na sua rotina.

DESCARTE

Jamais reencape agulhas. Esse procedimento é uma das principais

causas de contaminação de profissionais de saúde por microorganismos

existentes no sangue em outros fluidos orgânicos, como por exemplo, o vírus

da hepatite B e o HIV. Após a coleta, desencaixe a agulha da seringa

utilizando instrumento para esta finalidade e logo após proceda ao descarte,

deve-se descartar esse material diretamente em recipientes de paredes rígidas

e tampa.

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Limpeza e descarte

Seleção do tipo de frasco:

A introdução de artigos nos plásticos no laboratório foi uma grande melhoria

para as análises laboratoriais. Alguns materiais são agora altamente resistentes à

corrosão, impacto e tensão. Trabalhamos com o material plástico mais adequado que

permite a limpeza e reutilização, se for o caso. O plástico tem a vantagem sobre o

vidro por não quebrar facilmente e não liberar íons para as soluções.

Os tubos de polietileno são permeáveis ao vapor d’água, por isso não é

recomendada a sua utilização para guardar pequenos volumes em frasco de maior

capacidade por longo tempo, sabemos que este produto não é completamente inerte e

pode aderir às proteínas, corantes, iodo, ácido pícrico.

Os tubos de polipropileno têm a vantagem de resistir a altas temperaturas,

absorve pigmentos e tende a manchar. A tendência é usar todo o material plástico

descartável. A presença de resíduos, reativos, gorduras, proteínas e detergentes

interferem em testes laboratoriais por isso todos os artigos de vidros devem ser

tratados com solução desincrostante (detergente alcalino) e autoclavados se for o

caso.

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Limpeza:

A presença de matéria orgânica impede o acesso de agentes esterilizantes aos

microorganismos e pode causar interferências analíticas. Antes de qualquer outro

processo para reutilização de material, é necessária a limpeza prévia.

O trabalho no laboratório exige material quimicamente limpo e seco. A

exatidão das determinações depende do estado de limpeza do material usado, sendo

este o passo inicial.

A limpeza é realizada mediante o uso de agentes químicos que reage com os

resíduos aderidos ao material e posteriormente são eliminadas pela lavagem.

A ação da limpeza está relacionada à redução da tensão superficial, possuem

ação desincrostantes, não interfere no Ph, coagulação das proteínas, hemólise,

quando o material é lavado adequadamente. A presença de matéria orgânica

(gordura, sangue, pus, secreções, etc.) protege os microorganismos contaminantes da

ação do agente esterilizante e devem ser tratados pelos processos de esterilização.

Água tipo II: água tratada por um sistema de purificação e possui resistividade

maior ou igual a 1,0 megohms/cm.

Água tipo III: água proveniente do sistema de abastecimento possui

resistividade maior ou igual a 0,1 megohms/cm.

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BIOQUÍMICA

A bioquímica é uma ciência que estuda principalmente as reações químicas

dos processos biológicos que ocorrem em todos os seres vivos. É voltada

principalmente para o estudo da estrutura e função de componentes celulares como

proteínas, carboidratos, lipídios, ácidos nucléicos e outras biomoléculas. Quem estuda

bioquímica utiliza-se de ferramentas e conceitos da química, particularmente da

química orgânica e físico-química, para a elucidação do sistema vivo. A bioquímica é

estudada por uma grande gama de profissionais das áreas médica, engenharia,

análise clínica, exata, agrícola, entre outras.

Alguns Tipos de exames:

Glicose

Ureia

Creatinina

Acido Úrico

Bilirrubina

Colesterol HDL

Colesterol LDL

Colesterol Total

Cálcio

Albumina

Ferro

Fosfatase Alcalina

Mucoproteina

Potassio

Sodio

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Ácido Urico

Albumina

Fósfaro

Gama GT

Transaminase Oxalacética (TGO)

Transaminase Pirúvica (TGP)

GLICOSE:

A glicose é um açúcar simples que serve como a principal fonte da energia para o

corpo. Os carboidratos que nós comemos são quebrados na forma de glicose (e

alguns outros açúcares simples), absorvidos pelo intestino delgado e distribuídos por

todo o corpo pela corrente sanguínea. A maioria das células do corpo necessita de

glicose para a produção de energia; o cérebro e as células do sistema nervoso são as

mais exigentes.

O uso da glicose pelo corpo depende da disponibilidade de insulina, um

hormônio produzido pelo pâncreas. A insulina age transportando a glicose para dentro

das células, estimulando o organismo a armazenar o excesso de glicose na forma de

glicogênio (para o armazenamento em curto prazo) e/ou como triglicérides em células

gordurosas. Os seres humanos não podem viver sem glicose ou insulina, e estas duas

substâncias devem existir no organismo de forma balanceada. Normalmente, o nível

de glicose no sangue eleva-se ligeiramente após uma refeição e a insulina é então

secretada para abaixá-lo. A quantidade de insulina liberada é proporcional ao tamanho

e à quantidade de açucares da refeição. Se a taxa de glicose no sangue ficar muito

baixa, como pode ocorrer entre refeições ou após um exercício físico mais forte, o

glucagon (um outro hormônio do pâncreas) é secretado na corrente sanguínea, para

comunicar ao fígado para transformar parte do glicogênio armazenado em glicose

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novamente, elevando, assim, os níveis de glicose circulante. Se o mecanismo de

feedback da glicose/insulina estiver trabalhando corretamente, a quantidade de glicose

no sangue permanecerá razoavelmente estável. Se o equilíbrio for rompido e os níveis

de glicose no sangue se elevarem, o corpo tenta restaurar a estabilidade, aumentando

a produção de insulina e excretando glicose pela urina.

Anticoagulantes

Substâncias usadas para prevenir a coagulação e retardar a deterioração

do sangue, este é obtido não coagulado, transferindo-se as amostras, logo após a

colheita

para frasco contendo quantidade conhecida de anticoagulante. A escolha e quantidade

do

anticoagulante são de suma importância, se pouco, permite a coagulação, o excesso

interfere nos testes, escolhido impropriamente interfere nas reações bioquímicas.

Ex:

EDTA (dosagem de potássio), Oxalato de amônia (dosagem de uréia). O excesso de

anticoagulante líquido interfere nas determinações quantitativas. Em nossa rotina

usamos

os seguintes anticoagulantes.

Hematologia: EDTA

Anticoagulante que possui propriedade conservadora das células

sanguíneas. Impede a aglutinação das plaquetas no sangue, permitindo estimativa

grosseira do seu número no esfregaço corado, feito logo após a coleta do sangue.

Não deve ser utilizado no tempo de protombina e função plaquetária.

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Heparina: Inibe a formação de trombina impedindo a conversão de

fibrinogênio em fibrina, não altera morfologia e tamanho celular, indicado para teste

de fragilidade osmótica das hemácias e dosagens de chumbo.

Glicose: Fluoreto: Combinação de EDTA e fluoreto de potássio, solução

anticoagulante inibidora da glicólise, impedindo alteração na dosagem de glicose.

Citrato de sódio: Utilizado em teste de coagulação, combina com cálcio

impedindo a coagulação.

Os anticoagulantes possuem cores diferentes e os frascos possuem rótulos que os

identificam.

Para a coleta de sangue total em EDTA é utilizado o tubo plástico com tampa

roxa, para coleta de glicose (fluoreto), tubo plástico com tampa verde ou cinza, para a

coleta de Tempo de Atividade de Protrombina ou PTTa tubo plástico com tampa azul e

para coleta de soro, tubo plástico 16X100 mm ou 13X75 mm, dependendo da

quantidade de material a ser colhido, com ativador de coágulo, tampa vermelha.

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Hematologia

É o ramo da biologia que estuda o sangue.Estuda os elementos figurados do

sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas.

Estuda, também, a produção desses elementos e os órgãos onde eles são produzidos

(órgãos hematopoiéticos): medula óssea, baço e linfonodos.

Além de estudar o estado de normalidade dos elementos sangüíneos e dos órgãos

hematopoiéticos, estuda as doenças a eles relacionadas.O sangue do indíviduo é

colhido com anticoagulante (EDTA) ou mistura de Paul-Heller, para se evitar a

coagulação do mesmo. Após a coleta com seringa descartável, o sangue é transferido

para um tubo de ensaio de vidro, que deverá ser rotulado, contendo o nome do

paciente e lacrado com tampa. A coleta de sangue deve ser feita com o paciente em

jejum de pelo menos 12 horas, 24 horas sem pratica de exercícios físicos e 48 horas

sem consumo de bebida alcoólica Após a coleta, o tubo deverá ser enviado a um

laboratório capaz de fazer o hemograma.

Coleta de Sangue

O (a) coletador (a) anuncia o paciente para a coleta de sangue, de

acordo com os exames a serem realizados constantes no pedido do medico. A (o)

mesma separa e identifica, na frente do paciente os tubos que serão

utilizados para colocar o material coletado. Na etiqueta de identificação tem

nome do paciente, número de registro e material. O material de fezes e urina

é identificado em sala, destinada a esta função com caixa de isopor, com

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gelo, apropriada para acondicionar a amostra até a realização dos exames.

O coletador (a) deve perguntar ao paciente se ele tomou algum

medicamento nas últimas 24 horas ou se faz uso contínuo de algum

medicamento ou tratamento, sobre jejum e dieta anterior quando houver

dosagem de lípides.

O coletador (a) deve estar tranqüilo, passar esta tranqüilidade ao

paciente, estar vestido com avental, portar o crachá de identificação, usar

luvas, touca, cabelo preso.

A coleta do sangue é realizada fazendo garroteamento rápido no

braço, assepsia com álcool a 70%. O garroteamento é para favorecer a

distensão da veia pelo sangue, pede-se ao paciente para fechar a mão,

ancora-se a veia mais proeminente apalpando-a, faz a assepsia com álcool e

espera secar, em seguida utilizando seringa plástica descartável, previamente

preparada faz-se a punção, introduzindo a agulha no interior da veia; aspira

um pouco de sangue, solta-se o garrote favorecendo a queda da pressão

venosa no local da punção, pedir ao paciente que abra a mão, coletar a

quantidade de sangue necessária para a realização dos exames, retira a

agulha, comprimindo o local pressionando com um pedaço de algodão

embebido em álcool, distribui o sangue em frascos com ou sem

anticoagulante, dependendo do exame a ser realizado, após a coleta, distribui

primeiramente em tubos sem anticoagulante ou com ativador de coágulo, em

seguida citrato, após tubos com ETDA, por fim, os tubos com fluoreto,

evitando assim, possíveis contaminações.

O material coletado em tubos com anticoagulante específico deve ser

homogeneizado, por inversão no mínimo 5 vezes, para impedir a coagulação.

O material colhido juntamente com o cadastro do paciente é enviado

para a bancada de distribuição dentro do laboratório para ser numerado e

seguir sua rotina.

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Após a coleta coloca-se o adesivo hipoalérgico no local da punção,

assina a ficha de coleta, verifica-se o paciente está bem e se despede

oferecendo-lhe um lanche.

As agulhas utilizadas são desprezadas em um coletor de perfurocortante

com identificação de “Risco biológico”, as seringas e o algodão são

desprezados em uma lixeira com saco branco leitoso, próprio para material

infectante com identificação “Risco biológico”. O material é recolhido pela

empresa que faz a coleta do lixo hospitalar.

O material é transportado do setor de coleta, para setor técnico em

galerias apropriadas.

IDENTIFICAÇÃO:

No balcão de identificação, o material e o cadastro de pacientes

devem ter o mesmo número de registro.

O cadastro do paciente e os dados dos exames a serem realizados já

foram feitos na recepção e estão disponíveis no sistema.

O material identificado após a dessoração é centrifugado, exceto os

tubos destinados à hematologia.

Após a separação do soro ou plasma, colocar as amostras em tubos

identificados com o mesmo número de registro do paciente; se houver

fracionamento da amostra identificar igualmente todos os tubos. Os exames

que não forem realizados no momento e os enviados ao laboratório de apoio

são estocados em geladeira e freezer, sendo que os tubos contendo as

amostras serão vedados com tampa de borracha.

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Hemograma

É um exame realizado que avalia as células sanguíneas de um paciente, ou seja, as

da série branca e vermelha, contagem de plaquetas, reticulócitos e índices

hematológicos.O exame é requerido pelo médico para diagnosticar ou controlar a

evolução de uma doença. Vale salientar que a expressão "Hemograma Completo" é

de certa maneira redundante, já que todo e qualquer Hemograma (isto é, série

vermelha, branca e plaquetária), exceto por erro do laboratório, é completo.

As células circulantes no sangue são divididas em três tipos: células vermelhas

(hemácias ou eritrócitos), células brancas (ou leucócitos) e plaquetas (ou trombócitos).

Colorações e técnicas de coloração sangue periférico

Método May-grunwald: O método associa o corante de May-grunwald pouco

específico para o núcleo, com o de Giemsa que apresenta afinidade nuclear.

Os corantes panóticos pertencem ao grupo dos corantes sintéticos, derivados da

hulha,anilinas, solubilizados no estado de sais. O tempo de coloração deve ser

adequado já que o corante perde estabilidade ao longo do tempo.

Hemossedimentação

Inicialmente ocorre a queda individual das hemácias, seguida pela agregação dos

glóbulos,com formação de rouleax e o aumento da velocidade de

hemossedimentação, que se torna constante para diminuir na fase final, quando os

glóbulos se concentram na porção inferior da pipeta.

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As hemácias sofrem sedimentação com velocidade variável em função da

concentração de fibrinogênio, globulinas, tamanho e forma das hemácias e alterações

elétrica do plasma e glóbulos.

A hemossedimentação mede a estabilidade da suspensão de hemácias no plasma,

que por ser menos denso, favorece a sedimentação dos glóbulos pela ação da

gravidade, quando colocados em uma pipeta graduada de 0 a 200 mm com 2,5 mm de

diâmetro interno e 1 ml de capacidade.

À medida que as hemácias caem forma uma corrente de plasma, essa corrente

ressuspende as hemácias isoladas, mas não as agregadas. Logo a VHS mede

indiretamente a capacidade de aglomeração de glóbulos vermelhos.

Podemos considerar que a VHS é proporcional a quantidade de fribinogênio, a alfa

globulina, heptoglobina, ceruloplasmina e proteínas C reativas no plasma.

Objetivo:

Monitorar doença inflamatória ou maligna.Auxiliar na determinação e diagnóstico de

doenças ocultas tais como tuberculose, necrose tecidual ou doença do tecido

conectivo.

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GRUPO SANGUINEO

Os tipos sanguíneos são determinados pela presença, na superfície das hemácias, de

antígenos que podem ser de natureza bioquímica variada, podendo ser compostos por

carboidratos, lipídeos, proteínas ou uma mistura desses compostos. Estes antígenos

eritrocitários são independentes do Complexo principal de histocompatibilidade (HLA),

o qual determina a histocompatibilidade humana e é importante nos transplantes.

Observamos o sistema ABO temos, nas hemácias, dois tipos de proteínas (antígenos)

denominadas aglutinogênios A e aglutinogênios B, responsáveis pela determinação do

fenótipo sangüíneo. O plasma sangüíneo, por sua vez, pode abrigar outras duas

proteínas (anticorpos) denominadas aglutininas anti-A e aglutininas anti-B.

Os anticorpos do sistema ABO são formados no plasma do feto sem uma exposição

prévia como ocorre com outras proteínas. Isto ocorre pois no intestino do feto existem

bactérias que imitam as glicoproteínas do sistema ABO estimulando a formação de

anti-A e anti-B. o contato com sangue tipo A e tipo B desencadeará reações do tipo

antígeno x anticorpo.

Assim, os indivíduos pertencentes ao grupo AB possuem aglutinogênios A e

aglutinogênios B, mas são desprovidos de quaisquer aglutininas; os indivíduos

portadores de sangue tipo A possuem aglutinogênios A e aglutininas anti-B; os

pertencentes ao grupo B possuem aglutinogênios e aglutininas anti-A; os indivíduos do

grupo O, finalmente, possuem aglutininas anti-A e aglutininas anti-B, sendo, portanto,

destituídos de quaisquer aglutinogênios. Observe o quadro:

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Fator Rh:

É um importante antígeno presente no sangue de determinadas pessoas, cuja

presença significa que a classificação será Rh+. Os indivíduos que não possuem

naturalmente o tal antígeno recebem a classificação Rh-.

A designação “Rh” é uma abreviatura do nome do macaco

“Rhesus”, no qual os cientistas Landsteiner e Wiener identificaram

pela primeira vez a presença do antígeno que denominaram “fator

Rh”.

Através dessa experiência realizada em 1940 com o macaco

Rhesus também foi possível verificar a produção de anticorpos

designados por “anti-Rh”.

Para determinar se o Rh de uma pessoa é positivo ou negativo,

deve-se juntar uma solução com anticorpos Rh a uma gota de

sangue da pessoa em questão. Se houver aglutinação das

hemácias, a pessoa tem Rh+, se não houver, a pessoa tem

sangue Rh-.

O Sistema ABO é essencial pois indica os quatro grupos

sanguíneos existentes no ser humano: A, B, AB e O. É

conhecimento que nos grupos sanguíneos humanos ABO, as

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hemácias possuem dois tipos de antígenos, que se chamam

aglutinogênios, sendo eles A e B. O plasma pode ter dois

anticorpos (aglutininas), sendo eles anti-A e anti-B.

Teste de Coombs

As imunoglobulinas, como outras proteínas, podem ser imunogênicas quando

utilizadas para imunizar indivíduos de outras espécies. A maioria das anti-

imunoglobulinas geradas desta maneira reconhecem as regiões conservadas de

todos anticorpos de mesma classe. Os anticorpos anti-imunoglobulinas foram

inicialmente desenvolvidos por Robin Coombs para estudar a anemia hemolítica do

recém nascido e o teste para esta doença é denominado de Teste de Coombs.

Teste de Coombs direto:

Pesquisa de anticorpos fixos às hemácias nos casos de incompatibilidade materno-

fetal,transfusões incompatíveis em algumas anemias hemolíticas adquiridas.

Um teste de Coombs Direto positivo indica a presença de imunoglobulinas fixas à

superfície das hemácias.

Neste teste anticorpos maternos que atravessaram a placenta podem ser detectados

ligados nas hemácias Rh positivas do bebê. Para isso as hemácias do bebê são

coletadas, lavadas para remoção de anticorpos não ligados, e simplesmente

incubadas com anti-imunoglobulina humana. O teste é denominado de Coombs Direto

pois a aglutinação presente vai indicar a presença dos anticorpos anti-Rh ligados nas

hemácias do bebê

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Teste de Coombs indireto:

Detecta a presença de anticorpos livres no soro, que é incubado com hemácias,

contendo

antígenos conhecidos. A prova é usada nos casos de imunização da mãe por

incompatibilidade materno-fetal e na imunização do caso conseqüente à transfusão de

sangue.

Após a primeira gravidez sensibilizante os anticorpos são detectados, possivelmente

em resposta à transfusão de um grande número de hemácias fetais à circulação

materna no momento do parto. Numa segunda gravidez esses anticorpos anti Rh pré-

existentes,juntamente com os anticorpos produzidos, glóbulos vermelhos fetais levam

à doença hemolítica pré-natal.

Deve-se fazer freqüentemente a titulação dos anticorpos anti Rh maternos, como

forma de prevenir a morte fetal.

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Imunologia

É o ramo da biologia que estuda o sistema imunitário (ou imunológico). Ele lida, entre

outras coisas, com o funcionamento fisiológico do sistema imune de um indivíduo no

estado sadio ou não, mal funcionamento do sistema imune em casos de doenças

imunológicas (doenças autoimunes, hipersensitividade, deficiência imune rejeição pós

enxerto); características físicas, químicas e fisiológicas dos componentes do sistema

imune in vitro, in situ e in vivo.As células responsáveis pela imunidade são os linfócitos

e os fagócitos. Os linfócitos podem apresentar-se como linfócitos T ou linfócitos B

(estes são responsáveis pela produção de anticorpos), as células T citotóxicas (CD8)

destroem células infectadas por vírus e os linfócitos T auxiliares (CD4) coordenam as

respostas imunes. Além das defesas internas existem também defesas externas (Ex:

pele – barreira física, ácidos gordos e comensais). As defesas externas são a primeira

barreira contra muitos organismos agressores. No entanto, muitos conseguem

penetrar, activando assim as defesas internas do organismo. O sistema imune pode

sofrer um desequilíbrio que se apresenta como imunodeficiência, hipersensibilidade ou

doença auto-imune

Um dos exames realizados na Imunologia:

VDRL

O teste VDRL (sigla de Venereal Disease Research Laboratory) trata-se de um teste

para identificação de pacientes com sífilis.

Um teste de VDRL negativo quase sempre significa que a pessoa nunca teve contato

com a sífilis. Entretanto, em uma pessoa com sífilis em um estágio avançado da

doença, o VDRL dará frequentemente resultado negativo. Isto é chamado de resultado

falso negativo. Por outro lado, o VDRL é às vezes positivo na ausência do sífilis.

Chama-se de resultado falso positivo. Como exemplo, na mononucleose infecciosa, no

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lupus eritematoso sistêmico, na hepatite A, na hanseníase, na malária e,

ocasionalmente, até na gravidez podem ser encontrados pequenos títulos que não

significam a presença de sífilis.

A combinação de lecitina, colesterol e cardiolipina possui semelhança imunológica

com antígenos do Treponema pallidum, consistindo em um antígeno não treponêmico.

A interação das reaginas da amostra com este antígeno produz floculação que pode

ser detectada ao microscópio óptico.

Hormônios

Hormona ou hormônio é uma substância química específica fabricada pelo

sistema endócrino ou por neurônios altamente especializados. Esta substância é

segregada em quantidades muito pequenas na corrente sanguínea ou em outros

fluídos corporais. Assim sendo, podem ser produzidas por um órgão ou em

determinadas células do mesmo. É libertada e transportada directamente pelo sangue

ou por outros fluidos corporais. A sua função é exercer uma ação reguladora (indutora

ou inibidora) em outros órgãos ou regiões do corpo. Em geral trabalham devagar e

agem por muito tempo, regulando o crescimento, o desenvolvimento, a reprodução e

as funções de muitos tecidos, bem como os processos metabólicos do organismo.

Podemos aqui citar como exemplo o hormona insulina, que controla a razão, e a

maneira pela qual a glicose é utilizada pelo corpo. Outras hormonas incluem as

sexuais, as corticoesteróides, a adrenalina, a tiroxina, e a hormona do crescimento.

Em plantas as hormonas são conhecidas como factores de crescimento.

HORMÔNIO TIREOTRÓFICO (TSH), TRI-IODOTIRONINA (T3) E TIROXINA (T4)

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É de conhecimento antigo uma correlação entre tireóide e função sexual, e ainda, que

seus distúrbios são significativamente mais frequentes no sexo feminino. Daí a

importância prática de estar o clínico atento a esta área pois, tanto o hipo quanto o

hipertireoidismo são suscetíveis de causar distúrbios menstruais e esterilidade, além

da galactorréia típica do hipotireoidismo. Ignora-se se a influência manifesta-se por

efeitos centrais ou periféricos das taxas de tiroxina. A síntese do hormônio

tireoidiano depende basicamente de um suprimento adequado de iodo na dieta e do

estímulo do TSH hipofisário. Na tireóide o iodo liga-se ao ácido aminado tirosina.

Monoiodotirosina e diiodotirosina combinam-se para formar tiroxina (T4) e

triiodotironina (T3). Estes compostos iodados são parte da molécula de tireoglobulina,

o colóide que serve como depósito do hormônio tireoidiano. O TSH promove um

processo proteolítico que resulta no lançamento de iodotironinas na corrente

sanguínea. No sangue o hormônio tireoidiano circula ligado a uma proteína

transportadora (TBG). Os estrogênios produzem uma elevação da TBG e, portanto, a

função tireoidiana é afetada pela gravidez ou medicação estrogênica continuada. Com

o aumento da capacidade TBG, a manutenção de um estado eutireoidiano depende do

conceito de que a tiroxina livre é mantida em limites normais.

Embora T4 seja secretado 20 vezes mais que T3, é T3 o responsável pela

maioria, senão todas, as funções tireoidianas no organismo. T3 é 3 a 4 vezes mais

potente que T4. Cerca de um terço do T4 secretado diariamente é convertido nos

tecidos periféricos, particularmente fígado e rins, em T3, e cerca de 40% é convertido

na forma inativa, T3 reverso. São duas as razões para que T3 seja mais ativo que T4:

os receptores celulares para hormônio tireoidiano tem cerca de 10 vezes mais

afinidade por T3, e as proteínas sanguíneas ligam T4 mais fixamente que T3.

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Parasitologia

É a ciência que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e relações entre eles.

Engloba os filos Protozoa (protozoários), do reino Protista e Nematoda (nematódes),

annelida (anelídeos), Platyhelminthes (platelmintos) e Arthropoda (artrópodes), do

reino Animal. Os protozoários são unicelulares, enquanto os nematódeos, anelídeos,

platelmintos e artrópodes são organismos multicelulares. Temos também parasitismo

em plantas (holoparasita e hemiparasita) como é o caso do cipó-chumbo. temos

parasitismo em fungos (micose) e em bactérias e até virus. Como disciplina biológica,

o campo da parasitologia não é determinado pelo organismo ou ambiente em questão,

mas pelo seu modo de vida Eles são considerados agressores, pois prejudicam o

organismo hospedeiro através do parasitismo.

O parasita pode viver muitos anos em seu hospedeiro sem lhe causar grandes

malefícios, ou seja, sem prejudicar suas funções vitais.

Entretanto, alguns deles podem até levar o organismo à morte, neste caso, porém, o

parasita sucumbirá junto com seu hospedeiro, uma vez que, era através dele, que ele

se beneficiava unilateralmente.

Dentre as diferentes espécies de parasitas, existem os parasitas facultativos, que são

assim chamados por não necessitarem unicamente de um hospedeiro para sobreviver.

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Urinálise

A uranálise ou urinálise é a análise da urina com fins de diagnóstico ou

prognóstico de estados fisilógicos ou patológicos. Consiste em uma subespecialidade

da Patologia clínica. A análise da urina é um dos métodos mais comuns de diagnóstico

médico.. A urina é um material de coleta simples, não invasiva e indolor, e seu exame

fornece importantes informações tanto do sistema urinário como do metabolismo e de

outras partes do corpo. O laboratório moderno dispõe de modernos instrumentos e

metodologias, capazes de diagnósticos complexos de estados fisiológicos e

patológicos através da urinálise, desde o diagnóstico da gravidez até o diagnóstico e

acompanhamento de doenças urológicas e sistêmicas.

Exame de Rotina da Urina

O exame mais comumente realizado na urina é denominado Exame de Rotina

da Urina, também conhecido como EAS. Para a realização do EAS é necessária a

coleta de urina de jato médio, efetuada após rigorosa higiene dos genitais. A urina de

jato médio é colhida desprezando-se a parte inicial da micção, preenchendo-se o

coletor e desprezando-se o restante. Esse procedimento visa a eliminar resíduos e

bactérias eventualmente presentes na urina. Coletores esterelizados de boca larga

devem sr utilizados, estando disponíveis em farmácias e laboratórios clínicos. O ideal

é a coleta da primeira urina da manhã, por ser a mais concentrada.

O EAS é um exame complexo, constituindo-se de pelo dos seguintes procedimentos:

Avaliação da cor (normalmente amarela ou amarela clara) e do aspecto (límpido ou

turvo) são determinados por observação direta; neste mesmo momento, pode-se

atentar e registrar eventuais odores anormais.

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A hematúria confere à urina uma cor de laranja a vermelha, podendo estar presentes

rajas de sangue.

Medicamentos podem conferir à urina tons diversos, como verde ou laranja escuro;

outros estados patológicos podem resultar em alteração da cor da urina pela presença

de pigmentos, sangue ou resíduos do metabolismo.

Elementos da Urina:

PH : útil na avaliação de cristalúria e de distúrbios renais que cursam com

incapacidade renal de secretar ou reabsorver ácidos ou bases. As tiras usuais avaliam

o pH na faixa em torno de 5 a 9; amostras com pH superior a 9 são consideradas

inadequadas à análise por má conservação.

Densidade: a qual pode ser também checada por meio de um refratômetro é útil na

avaliação da qualidade da amostra (urina muito diluída pelo excesso de ingestão de

líquidos tem densidade próxima de 1.000, a densidade da água) e para avaliãção da

capacidade do rim de concentrar a urina.

Proteínas: que na urina normal estão ausentes. Podem estar presentes em doenças

renais, diabetes etc.

Glicose: também ausente na urina normal, e presente em pacientes diabéticos e

casos de glicosúria renal. A glicosúria deve ser quantificada por análise bioquímica.

Cetonas ou Corpos Cetônicos: comumente presentes em pacientes diabéticos ou

após jejum prolongado. são produzidos no metabolismo dos lipídeos, incluindo:

acetona, ácido acetoacético e ácido beta-hidróxibutílico.

Sangue (Hemoglobina): ausente na urina normal e presente nas hemorragias de

quaquer causa que atingem o sistema urinário (Infecções urinárias, cálculo renal etc).

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A detecção de hemoglobina através da tira reativa deve ser correlacionada com a

análise do sedimento.

Bilirrubina: susbstância resultante do metabolismo da hemoglobina e que dá à urina

coloração amarela. Sua presença em quantidade aumentada pode indicar hemólise ou

hepatopatia. A Bilirrubinúria deve ser comprovada por testes químicos.

Urobilinogênio: o qual que em quantidade elevada deve ser confirmado por meio de

reagentes químicos; pode indicar hepatopatia, distúrbios hemolíticos ou porfirinúria.

Assim como a bilirrubina, resulta do metabolismo da hemoglobina.

Nitrito: normalmente ausente, é produzido por algumas espécies de bactérias

eventualmente presentes em infecções do urinárias. Sua positividade é indicativa da

presença de bactérias na urina, mas sua negatividade não exclui a presença de outros

tipos de bactérias.

Análise microscópica do sedimento urinário.

Para esta, é necessária a centrifugação e concentração da urina em condições

padronizadas. O sedimento concentrado é analisado à microscopia óptica, à procura

de elementos anormais, que podem ser avaliados semi-quantitativamente ou

quantitativamente (análise mais precisa). Podem estar presentes, entre outros

elementos:

•Leucócitos. A leucocitúria se correlaciona a processos inflamatórios e infecciosos do

sistema urinário.

•Hemácias devem ser avaliadas quanto à quantidade e morfologia (presença ou

ausência dismorfismo eritrocitário).

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•Células epiteliais de vários tipos, oriundas da descamação a partir de diversos

pontos do trato urinário. Sua morfologia é indicativa de seu local de origem. Sua

presença em quantidade elevada é anormal.

•Cristais.

-Parasitas, como levedura.

-Infecção do trato urinário (Candida) ou protozoários (Trichomonas vaginalis).

-Bactérias.

•Cilindros. Formados na luz do túbulo contorcido distal e do duto coletor, têm como

seu principal componente a proteína de Temm-Horsfall, proteína excretada pelas

células tubulares renais. Há cilindros de diversos tipos, e podem conter inclusões

celulares.

•cilindros hialinos em pequena quantidade é normal, principalmente após o exercício

físico.

•Cilindros hematínicos contém hemácias e/ou hemoglobina.

•Cilindros leucocitários contém leucócitos em seu interior e são indicativos de

infecção ou inflamação no interior do néfron.

•Cilindros epiteliais contém células epiteliais e são indicativos de lesão tubular renal.

• Cilindros granulares são resultantes da degradação dos outros tipos de cilindro,

podendo também conter bactérias. Cilindros céreos representm um estágio avançado

dos cilindros hialinos.

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Microbiologia

A microbiologia tem por objetivo o estudo dos microrganismos e suas atividades. Os

microrganismos compreendem as Bactérias, Fungos (bolores, leveduras e orelha de

pau), Vírus (limiar da vida), Algas e Protozoários.

Identificação de microorganismos patogênicos, utilizando corantes bacteriológicos e

meios de cultura adequados para o desenvolvimento das bactérias.

Diagnóstico preventivo de infecções causadas por microorganismos tais como:

cocos,bacilos, espiroquetas e bastonetes.

Amostras:

- Urina

- líquidos biológicos.

- Escarro,

-Sangue para realização de hemocultura.

- Secreção

- Fezes

EQUIPAMENTOS:

- Placas de Petry

- Alça Calibrada

- Bico de Bunsen

- Lâminas

- Microscópio

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TÉCNICAS DE COLORAÇÃO BACTERIOLÓGICAS

MÉTODO DE GRAM

É a coloração de amplo espectro bacteriano, é a mais importante.

Fazer esfregaço em lâmina desengordurada e nova, secar ao ar e

flambar rapidamente.

Corar 1 minuto com solução cristal violeta fenicada.

Escorrer o corante e cobrir durante 1 minuto com solução de lugol.

Lavar em água corrente.

Descolorir com descorante.

Lavar em água corrente

Corar o fundo rapidamente com fucsina diluída.

Lavar e secar a temperatura ambiente.

Germes gram-positivos, roxos; germes gram-negativos e núcleos

celulares, vermelhos.

Urocultura

A coleta de urina para a urocultura é ainda mais exigente do que a coleta para

o EAS. Deve ser utilizado coletor próprio estéril, tomando-se todo o cuidado para não

contaminar a urina com bactérias provenientes de fora do sistema urinário. A coleta

segue os mesmos procedimentos da coleta do EAS, com a diferença de que se deve

adotar técnica estéril. Deve ser feita de preferência no próprio laboratório, sob

supervisão de um profissional treinado. O ideal é colher a primeira urina da manhã,

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mas se não for possível deve-se colher urina que permaneceu na bexiga pelo menos

por um período de duas a quatro horas. Dentro do laboratório, a urina colhida no

mesmo frasco pode ser separada e destinada à execução do EAS.A urocultura é

realizada por meio da semeadura de uma pequena gota da urina homogeneizada,

separada por meio de uma alça de platina calibrda. Isto possibilita a quantitação de

bactérias eventualmente presentes na urina, o que lhe confere maior precisão

diagnósiica. pois de acordo com esta técnica considera-se que, na amostra diluída e

semeada, cada célula bacteriana fixada no meio de cultura dará origem a uma colônia

bacteriana (as colônias são contadas após um período de incubação a 37°C, o que

possibilita a multiplicação celular bacteriana).

Urina é semeada em meios de cultura apropriados para o isolamento de bactérias

Gram-positivas e Gram-negativas, excluídas as bactérias anaeróbicas que não são

usualmente pesquisadas ; Em uma segunda etapa do exame, as bactérias que

cresceram na etapa de isolamento são incubadas em meios adequados para a

determinação da sua espécie (Identificação) e susceptibilidade a antimicrobianos, o

chamado antibiograma. Estes resultados representam importantes guias para o

médico na condução do tratamento, e, coletivamente, para avaliações

epidemiológicas.

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CONCLUSÃO

Ao concluir o estágio perceber-se que , ele nos oferece uma grande

oportunidade de aprendizado, sendo necessário unir a teoria á prática para se ter o

domínio da profissão. Desempenhando nosso aprendizado com a supervisao e auxilio

de profissionais capacitados e com larga experiencia no exercicio diario da profissao

como: Técnicos e Bioquímicos , nos tras conhecimento e confiança e oferecer-nos

uma oportunidade de conhecer todos setores e rotina dentro de um laboratório de

Análises Clínicas. Devemos estar sempre atentos as normas do

estabelecimento,dentro do laboratório cumprindo nossas disciplinas, assim

contribuindo para melhoria do mesmo, e para nosso melhor conhecimento.

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