Você está na página 1de 13

1

Izaida Manuel Joaquim

NORMAS E SEGURANÇA NO LABORATÓRIO


(Licenciatura em Ciências Alimentares)

Universidade Rovuma
Nampula
2021
2

Izaida Manuel Joaquim

Normas de segurança no laboratório


O presente trabalho da cadeira de Práticas
Profissionais III, apresentada ao departamento de
Ciências Alimentares e Agrafias, para obtenção
do grau académico de Licenciatura em Ensino de
Ciências Alimentares, 2o semestre do III nível,

Lecionado pelo: Mcs. Porfírio Rosa.

Universidade Rovuma
Nampula
2021
3 III

ÍNDICE
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................4
1. NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO.............................................................5
2. Material básico de laboratório..............................................................................................5
2.1. Escovilhões....................................................................................................................5
2.2. Espátula.........................................................................................................................6
2.3. Colher de combustão.....................................................................................................6
2.4. Almofariz e pilão...........................................................................................................6
2.5. Destilador de água.........................................................................................................6
2.6. Capela Laboratorial.......................................................................................................7
2.7. Centrífuga......................................................................................................................7
2.8. Bata................................................................................................................................7
2.9. O Bastão de vidro..........................................................................................................8
2.10. Avental ou jaleco.......................................................................................................8
2.11. Visores ou óculos de proteção...................................................................................8
2.12. Máscaras e respiradores.............................................................................................8
2.13. Luvas..........................................................................................................................8
3. Limpeza e secagem de material de vidro..............................................................................9
4. Técnicas de transferência de líquidos e sólidos..................................................................10
5. Acidentes comuns em laboratório e primeiros socorros.....................................................10
5.1. Intoxicações.................................................................................................................10
5.2. Choche.........................................................................................................................10
5.3. Queimaduras................................................................................................................10
5.4. Acidentes com exposição dos olhos a produtos químicos..........................................11
5.5. Incêndios no laboratório..............................................................................................11
5.6. Acidentes por ingestão de produtos químicos.............................................................11
4

INTRODUÇÃO
O presente trabalho debruça detalhadamente sobre as normas de segurança no laboratório, no
qual pretende -se mencionar e descrever cada uma delas. Este tema é de extrema importância,
pois, vai fazer perceber sobre quais normas de segurança um Técnico deve tomar no laboratório.

Portanto, o objectivo principal deste trabalho é descrever todas as normas de segurança no


laboratório, com o intuito de fazer o cursante se familiarizar com as mesmas na execução das
suas funções de estudante.

A importância do laboratório na pesquisa de alimentos, humana, animal ou académica, em


qualquer de suas especialidades, seja botanológica, química, eléctrica e biológica, baseia-se no
exercício de suas actividades sob condições ambientais controladas.

Objectivos:

 Objectivo geral

Objectivo geral deste trabalho é de mencionar as normas de segurança no laboratório;

 Objectivos específicos
 Descrever os critérios usados na medição de volumes e massas;
 Explicar as técnicas de transferência de lípidos e sólidos;
 Conhecer os materiais básicos usados no laboratório.
5

1. NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO


Eis as normas de segurança no laboratório:

 Não trabalhe sozinho no laboratório;


 Use sapato fechado (nunca sandálias!);
 Não fume, beba e coma no laboratório;
 Se algum ácido ou outro produto químico for derramado, lave local com bastante água.
 Use o guarda-pó ou avental para proteger a roupa;

 As áreas de trabalho devem estar limpas e livres de obstruções;


 Os acessos aos equipamentos e saídas de emergência nunca devem estar bloqueados;
 Os materiais utilizados devem ser identificados e armazenados em locais adequados;
 Os equipamentos de laboratório devem ser inspecionados e mantidos em perfeitas
condições de uso. Os registros contendo inspeções, manutenções e revisões dos
equipamentos, devem ser sempre guardados e arquivados pelo chefe de laboratório;
 Materiais usados ou não etiquetados não devem ser acumulados no interior do laboratório
e devem ser adequadamente descartados;
 Não devem ser utilizadas extensões para ligar aparelhos a instalações permanentes.

É necessário que todos os usuários conheçam e pratiquem determinadas regras, desde o primeiro
instante que pretenderem permanecer em um laboratório. É importante saber que o laboratório é
um local de trabalho com potenciais riscos de acidentes, tendo em vista que se manipulam
substâncias com uma periculosidade considerável e, que se indevidamente utilizadas, podem
causar danos graves ao usuário do laboratório seja ele aluno, laboratorista ou professor.
(CHAMBEL, 2014).

2. Material básico de laboratório


De acordo com o Manual de Regras Básicas de Segurança para Laboratórios de Química (2016),
seguem-se os materiais utilizados nos laboratórios:

2.1. Escovilhões
Utilizado na limpeza de todo o material de vidro e apresenta formas e tamanhos variados.
6

2.2. Espátula
Utilizado no manejo (transferência e trituração) de pequenas quantidades de sólido.

2.3. Colher de combustão


Utilizado no aquecimento e combustão de pequenas quantidades de sódio.

2.4. Almofariz e pilão


Duas peças utilizadas em simultâneo para triturar ou pulverizar partículas solidas.

2.5. Destilador de água


Sua função é promover a purificação da água, removendo seus íones e possíveis
contaminantes. A água destilada é amplamente utilizada no laboratório, seja para produção
de soluções ou para lavagem de vidrarias e materiais.
7

2.6. Capela Laboratorial


Cabine construída de forma aerodinâmica cujo fluxo de ar ambiental não causa turbulências e
correntes, assim reduzindo o perigo de inalação e contaminação do operador e ambiente. É
essencial em um laboratório de química, principalmente para que seja possível a manipulação de
reagentes perigosos para o usuário. Esse equipamento é muito importante, pois impede que o
manipulador inale os gases provenientes das soluções e dos reagentes, evitando possíveis riscos à
saúde.

2.7. Centrífuga
Aparelho utilizado para acelerar a sedimentação de partículas sólidas suspensas em líquidos.

2.8. Bata
A Bata tem a função de proteger o pesquisador do risco de respingos das substâncias que estão
sendo utilizadas. Se você está protegido com um bom avental, a função de proteger outra roupa
que esteja por baixo e o seu próprio corpo está sendo cumprida. O jaleco deve ser confecionado
em tecido resistente à penetração de líquidos, com comprimento abaixo do joelho e mangas
longas.
8

2.9. O Bastão de vidro


É um bastão maciço e serve para agitar e facilitar as dissoluções ou manter massas líquidas em
constante movimento.

2.10. Avental ou jaleco


Seu uso deve ser obrigatório e restrito aos laboratórios. Os aventais de tecido devem ser sempre
de mangas compridas, comprimento pelo menos até a altura dos joelhos e devem ser usados
abotoados. Deve ser dada preferência às fibras naturais (100% algodão) uma vez que as fibras
sintéticas se inflamam com facilidade.
2.11. Visores ou óculos de proteção
Para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes, luminosidade intensa, radiação
ultravioleta, radiação infravermelha, e contra respingos de produtos químicos e partículas
sólidas.
2.12. Máscaras e respiradores
Para proteção de inalação de pó e ou gases, utilizar as máscaras dependendo da necessidade (de
tecido, fibra sintética descartável, filtros para gases).

2.13. Luvas
Luvas de material adequado devem ser utilizadas na manipulação de substâncias químicas
perigosas não usar luvas fora da área de trabalho. São elementos de contenção de uso individual
utilizados para proteger o profissional do contato com agentes biológicos, químicos e físicos no
ambiente de trabalho. Sempre verificar a integridade física das luvas antes de colocá-las.
9

Também, para evitar a contaminação do material em experimento ou em produção. Desta forma,


a utilização do equipamento de proteção individual torna-se obrigatória durante todo
atendimento/procedimento. Utilizar as luvas de acordo com o procedimento – Borracha (para
serviços gerais, tais como processos de limpeza de instrumentos e descontaminação), Latéx
(contato com membranas mucosas, lesões e em procedimentos que não requeiram o uso de luvas
estéreis. Obs.: Em caso de alergia às luvas de látex utilizar as luvas Nitrínicas) ou Nitrílicas
(produtos químicos).

3. Limpeza e secagem de material de vidro


A limpeza e ordem do material a ser utilizado são essenciais no laboratório, pois muitas
substâncias podem atacar o vidro ou causar interferências nos procedimentos realizados. O
sucesso do trabalho depende, em grande parte, da lavagem adequada dos materiais utilizados em
todos os procedimentos laboratoriais.

Segundo CRISPHINO (2994), antes de colocar qualquer vidraria ou material novo em uso é
preciso uma lavagem prévia. Os materiais devem ser lavados imediatamente após seu uso, mas
se não for possível, deve-se colocar de molho em água, detergente neutro e no caso de materiais
contaminados, solução de hipoclorito de sódio 5%. Os materiais contaminados ou
potencialmente contaminados, como sangue e fluídos corporais, devem ser esterilizados antes da
lavagem. Esta esterilização pode ser por fervura ou em autoclave. É muito importante que não
sobre resíduos sólidos, portanto deve ser esfregado até a limpeza completa do material, podendo
inclusive utilizar água quente para facilitar o processo. Para remoção de gordura pode ser usado
uma solução bem diluída de carbonato de sódio.

De acordo com ROSA et al., (2013), deve ser usada uma esponja macia para evitar riscos na
vidraria, o que dificultaria a leitura das análises. Para frascos de boca estreita como erlenmeyers,
provetas e tubos em geral são utilizados escovas específicas (cepilhos) que possuem cerdas
macias e são encontradas em diversos tamanhos. O enxague deve ser minucioso já que resíduos
de detergente podem alterar resultados de testes sorológicos e atrapalhar o cultivo
microbiológico. Todo material deve ser enxaguado em água corrente. Em frascos e tubos, deve-
se preencher além da metade com água corrente e descartar por sete vezes, repetindo o
10

procedimento no mínimo três vezes com água destilada. No caso de vidrarias para testes
sorológicos, deve-se repetir o enxague com água destilada por sete vezes.

Apos a lavagem os materiais podem ser secos naturalmente, em temperatura ambiente ou


colocada em estufa de secagem usada especificamente para esta finalidade. Deixar sempre a boca
dos tubos e frascos voltados para baixo e deve-se atentar para a compatibilidade do material com
a temperatura da estufa, por exemplo, uma vidraria ou instrumento de metal suporta mais calor
do que um recipiente plástico, que pode inclusive derreter com altas temperaturas. (OLIVEIRA
et al., 2015).

4. Técnicas de transferência de líquidos e sólidos


Oliveira et al., (2007). Afirma que se o material em manuseio for líquido, deve-se cuidar para
que o frasco não esteja umedecido; caso isso tenha ocorrido, seque-o previamente. Ao verter o
líquido de um frasco, deve-se fazê-lo do lado oposto ao rótulo. Isso evita que o mesmo seja
danificado, caso o líquido escorra. Ao transferir o líquido de um frasco para o outro, deve-se
utilizar um bastão de vidro, para evitar que o líquido escorra para fora do frasco.

Na perspectiva de TRINDADE (1998), caso o sólido em manuseio seja corrosivo, deve-se cuidar
para que o frasco não esteja umedecido. Caso esteja umedecido, limpe-o previamente. Quando
retirar uma tampa plástica rosqueava de um frasco, evite deixá-la sobre a bancada com o lado
aberto tocando a bancada, a fim de evitar contaminações. Jamais coloque objectos sujos no
interior do frasco e só retorne uma substância ao seu frasco original, se tiver certeza absoluta que
a mesma não foi contaminada durante o manuseio.

5. Acidentes comuns em laboratório e primeiros socorros


5.1. Intoxicações
 Lavar abundantemente o local afectado com água corrente.
 Se os olhos forem afectados: lavar com água corrente durante 15 minutos e cobri-los,
sem pressão, com pano limpo ou gaze;
 Encaminhar ao serviço médico (pronto socorro ou hospital).

5.2. Choche
 Corte ou desligue a fonte de energia, mas não toque na vítima;
11

 Afaste a pessoa da fonte eléctrica que estava provocando o choque, usando materiais não
condutores e secos como a madeira, o plástico, panos grossos ou borracha;
 Chame uma ambulância, ligando para a emergência;

5.3. Queimaduras
 Coloque a região queimada de baixo de água fria por, pelo menos, 15 minutos;
 Mantenha um pano limpo e umedecido em água fria na região durante as primeiras 24
horas, trocando sempre que a água aquecer;
 Não aplique qualquer produto como óleo ou manteiga na queimadura;

5.4. Acidentes com exposição dos olhos a produtos químicos


Lavar os olhos durante 15 a 20 minutos em água corrente. Manter os olhos abertos enquanto se
efetua a lavagem;

Sempre procurar atendimento médico no hospital em caso de exposição dos olhos a materiais
perigosos. Um lava-olhos e um chuveiro de emergência devem estar acessíveis nos laboratórios
onde reagentes perigosos para a pele e os olhos são usados. Os funcionários devem estar a menos
de 25 m e devem atravessar no máximo uma porta para chegar ao local onde estejam o lava-
olhos e o chuveiro de emergência. (POSTMA, 2009).

5.5. Incêndios no laboratório


a) Mantenha a calma.
b) Comece o combate imediatamente com os extintores de CO2 (gás carbônico). Afaste os
inflamáveis de perto.
c) Caso o fogo fuja ao seu controle, evacue o local imediatamente.
d) Acione o alarme que fica no corredor (uma pequena caixa vermelha). Quebre o vidro
para acioná-lo.
e) Desligue a chave geral de eletricidade.
f) Vá até o telefone direto, na secretaria ou use o orelhão na entrada do prédio. Bombeiro
193.
g) Dê a exata localização do fogo (mostre como chegar ao local).
h) Informe que este é um laboratório químico e que os bombeiros não poderão usar água
para combater incêndio em substância química.
12

5.6. Acidentes por ingestão de produtos químicos

a) Bochechar com água, sem ingerir, se a contaminação for apenas bucal;


b) Caso tenha havido ingestão, beber água ou leite em abundância;
c) Se necessário, provocar vômito pela estimulação mecânica da faringe;
d) Jamais provocar vômitos se o acidentado estiver desacordado, ou se ingerir substância
corrosiva, cáustica ou volátil;
e) Deslocar rapidamente o acidentado para o hospital.

CONCLUSÃO

Durante a produção do presente trabalho, percebeu-se que ambientes laboratoriais são locais
que podem expor as pessoas que nele trabalham ou circulam a riscos de diversas origens. Os
laboratórios de ensino e pesquisa têm características diferentes de outros, devido
principalmente a grande rotatividade de professores, pesquisadores, estagiários, alunos de
graduação e pós-graduação, além da variabilidade de atividades desenvolvidas.

O trabalho em laboratório deve ser responsável, evitando atitudes que possam acarretar
acidentes e possíveis danos para si e para os demais. Deve-se prestar atenção ao entorno para
se prevenir contra perigos que possam surgir de atividades de outros e de suas próprias
tarefas. Em laboratório deve-se adotar sempre uma atitude cuidadosa e metódica, concentrar-
se no trabalho. Da mesma forma, não se deve distrair os demais enquanto desenvolvem suas
tarefas.
13

REFERENCIAS

Manual de Regras Básicas de Segurança para Laboratórios de Química. Universidade Federal de


Santa Catarina. Disponível em: http://ppgqmc.posgrad.ufsc.br/files/2016/12/Manual-de-Seguran
%C3%A7a-do-Departamento-de-Qu%C3%ADmica-da-UFSC.pdf, Acesso em: 21/12/2021.

CHRISPINO, Álvaro. Manual De Química Experimental. São Paulo: Editora Ática.2 ª Edição,
1994.

POSTMA, James M.; ROBERTS, Julian L.; HOLLENBERG, Leland. Química no Laboratório.
Barueri, SP: Manole, 5ª Edição, 2009

ROSA, Gilberto; GAUTO, Marcelo; & GONÇALVES, Fábio. Química Analítica: Práticas de
Laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.

OLIVEIRA, C. M. A. et al. Guia de laboratório para o ensino de química: instalação montagem e


operação. CRQ-IV: São Paulo, 2007

TRINDADE, D. F et al. Química - básica experimental. São Paulo: Cone, 1998.

Você também pode gostar