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Edgar Rui dos Santos Moda

Amostras Biológicas

(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em gestão de Laboratório)

Universidade Rovuma

Lichinga

2021
Edgar Rui dos Santos Moda

Amostras Biológicas

(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em gestão de Laboratório)

Trabalho da Cadeira de Técnica de


Recolha e Processamento de Amostras
a ser apresentado ao Departamento de
Ciências Naturais e Matemática para
fins avaliativos orientado pelo docente
dr: Belito Bento Manuel.

Universidade Rovuma

Lichinga

2021
Índice
1. Introdução..................................................................................................................3

1.1. Objectivos...........................................................................................................3

1.1.1. Geral:...........................................................................................................3

1.1.2. Específicos:..................................................................................................3

2. Metodologia...............................................................................................................3

3. Equipamento de protecção individual para a recolha de amostras biológicas...........4

4. Colheita de amostras biológicas.................................................................................5

5. Higienização das mãos...............................................................................................6

6. Local de escolha para colheita do sangue..................................................................7

7. Cuidados na antissepsia..............................................................................................7

Antissepsia com Clorexidina......................................................................................8

8. Transporte de amostras de sangue..............................................................................9

9. Erros na colheita de sangue......................................................................................10

10. Colheitas de Urinas...............................................................................................10

10.1. Conservação..................................................................................................11

10.2. Identificação das Amostras:..........................................................................12

10.3. Transporte e armazenamento da urina..........................................................12

11. Colheita de fezes...................................................................................................12

11.1. Conservação..................................................................................................13

11.2. Identificação das Amostras...........................................................................14

11.3. Transporte de fezes.......................................................................................14

12. Conclusão.............................................................................................................15

13. Bibliografia...........................................................................................................16
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1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Técnica de Recolha e Processamento de Amostras


aborda sobre a Equipamento de protecção individual para a recolha de amostras
biológicas, Colheita de amostras biológicas, Higienização das mãos, Aspectos a ter em
conta na recolha de amostras biológicas, Locais de escolha para colheita do sangue,
Cuidados na antissepsia, Transporte de amostras de sangue, Erros na colheita de sangue,
Áreas a evitar colheita do sangue, Colheitas de Urinas, Transporte e armazenamento da
urina, Colheita de fezes e Transporte de fezes, dizer que os Equipamentos de protecção
individual são equipamentos que servem para protecção do contacto com agentes
infecciosos, substâncias irritantes e tóxicas, materiais perfuro cortantes e materiais
submetidos a aquecimento ou congelamento; Higienização das mãos É a medida
individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções
relacionadas à assistência à saúde.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral:
 Saber sobre equipamento de protecção individual.

1.1.2. Específicos:
 Descrever aspectos a ter em conta na recolha de amostras biológicas
 Reconhecer a importância da higienização das mãos
2. Metodologia

No que tange o desenvolvimento do trabalho, realizou-se na base da internet.


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3. Equipamento de protecção individual para a recolha de amostras biológicas

Segundo ATIYEH & HAYEK (2009) Os EPI são equipamentos que servem para
protecção do contacto com agentes infecciosos, substâncias irritantes e tóxicas,
materiais perfuro cortantes e materiais submetidos a aquecimento ou congelamento.
Os procedimentos de manipulação de amostras biológicas produzem partículas que
podem entrar pelas vias aéreas e causar infecções ou contaminar roupas, bancadas e
equipamentos. Usar EPI é um direito do profissional da saúde e a instituição em que
esse profissional trabalha é obrigada a fornecê-los. É fundamental que o profissional da
saúde utilize os EPI de forma correta. O uso indevido desses equipamentos também
pode provocar acidentes. Os EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em
número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato
fornecimento ou reposição.

Idem Os EPI que devem estar disponíveis, obrigatoriamente, para todos os profissionais
que trabalham em ambientes laboratoriais são: jalecos, luvas, máscaras, óculos e
protectores faciais. Há também protectores de ouvido para trabalhos muito demorados
com equipamentos que emitam ruídos além dos níveis recomendados pelo Ministério do
Trabalho e do Emprego e máscaras de protecção contra gases para uso na manipulação
de substâncias químicas tóxicas e em caso de acidentes.

O jaleco protege a roupa e a pele do profissional do laboratório clínico, da


contaminação por sangue, fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de material
infectados, que pode ocorrer desde colecta, transporte, manipulação e descarte de
amostras clínicas. É importante que o jaleco seja colocado assim que o profissional
entre no laboratório, e permaneça com ele o tempo todo, porém ao ir a cantinas,
refeitórios, bancos, bibliotecas, auditórios, outros, ele deve ser retirado, pois são áreas
não contaminadas e o jaleco pode levar agentes biológicos para estes locais (ATIYEH
Os EPI 2009).

A limpeza do jaleco deve ser feita na própria lavandeira do hospital, caso esse serviço
não esteja disponível para o profissional da saúde, o ideal é que primeiramente o jaleco
seja autoclavado e depois levado para casa, esse procedimento não gera riscos de
contaminação.
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As luvas descartáveis servem para manipulação de materiais potencialmente infectantes,


conhecidas como luvas de procedimentos, que são de látex (borracha natural) ou de
material sintético (vinil). Estas últimas, além de mais resistentes aos perfuro cortantes,
são também indicadas a pessoas alérgicas às luvas de borracha natural. As luvas
descartáveis devem ser usadas em todos os procedimentos, desde colecta, transporte,
manipulação até o descarte das amostras biológicas, pois elas são uma barreira de
protecção contra agentes infecciosos.
É importante que as luvas devam ser calçadas com cuidado para que não rasguem e que
fique bem aderida a pele, evitando acidentes.
As luvas de borracha são grossas e antiderrapantes, servem para manipulação de
resíduos ou lavagem de materiais ou procedimentos de limpeza em geral.
As luvas resistentes à temperatura (alta e baixa) servem para manipulação de materiais
submetidos a aquecimento ou congelamento, como procedimentos que utilizem estufas
para secagem de materiais, banho-maria, câmaras frias, frizer para conservação de
amostras, além de outros. As luvas de borracha e as resistentes à temperatura podem ser
reutilizadas.
As máscaras descartáveis e os óculos de protecção devem ser utilizados em todas as
actividades que envolvam a formação de aerossol ou suspensão de partículas como
pipetagem, centrifugação, execução de raspados epidérmicos, semeadura de material
clínico, outros. Na manipulação de amostras contendo agente infeccioso da tuberculose,
deve-se usar a máscara N95.
Os óculos de proteção devem ser de material rígido e leve, cobrir completamente a área
dos olhos. É importante lembrar que os óculos de grau não substituem os óculos de
protecção. É importante o uso dos óculos com máscara descartável, pois protegem todo
o rosto.
Outra opção para proteger o rosto é o protector facial. Ele é feito com o mesmo material
dos óculos, deve ser ajustável a cabeça e cobrir todo o rosto. Os óculos e os protectores
faciais são equipamentos reutilizáveis e devem ser desinfectados.
Esses equipamentos funcionam como barreira para: olhos, nariz, boca e pele contra
respingos e aerossóis de materiais infectados por agentes patogénicos e substâncias
químicas, evitando lesões.
4. Colheita de amostras biológicas
Para CRAIG (2005) É a obtenção de amostras de organismos silvestres, nativos ou
exóticos - animal, vegetal, fúngico ou microbiano - seja pela remoção do indivíduo do
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seu habitat natural, seja pela colheita de amostras biológicas. Colecta é o simples ato
de obter amostras em campo.

Obtenção de amostras biológicas e acomodação nos respectivos recipientes de colheita,


sempre sob a supervisão do Especialista e da “leges artis” e observando as regras de
manuseamento de produtos biológicos.

A colheita de amostras biológicas só pode ser feita pelo especialista ou por pessoal sob
a sua responsabilidade.

Não é permitida, nos postos de colheita, a obtenção de produtos biológicos destinados a


análise cuja realização deva ser imediata, ou cujo resultado possa vir a sofrer alterações
com o transporte para o laboratório (IT 06).

5. Higienização das mãos

Para ANVISA, (2005). Higienização das mãos É a medida individual mais simples e
menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência
à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização
das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a
higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia
cirúrgica das mãos.

As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos que podem se


transferir de uma superfície para outra, por meio de contacto directo com um individuo,
ou indirecto, através do contacto com objectos e superfícies contaminados. Segundo
dados da UNICEF e a OMS, é possível reduzir em até 40% a incidência de infecções,
como a diarreia, com o simples ato de lavar as mãos (ANVISA,2005).

Lavagem das Mãos


 Abrir a torneira com a mão não dominante (para destro, usar a mão esquerda;
para o canhoto, à direita) e molhá-las sem encosta-se a pia ou lavatório;
 Ensaboar as mãos, friccionando- as por aproximadamente 15 a 30 segundos,
atingindo: palma das mãos; dorso das mãos; espaços interdigitais; polegar;
articulações; unhas e extremidades; dedos e punhos;
 Enxaguar as mãos, tirando o sabão com bastante água corrente;
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 Enxugar com papel absorvente e fechar a torneira utilizando o papel absorvente


ou os cotovelos;
 Calçar as luvas e executar o trabalho de rotina no laboratório;
 Quando terminar os exames, retirar as luvas com cuidado pelo avesso e colocar
na lixeira de pedal para material infectante e tornar a lavar as mãos, de acordo
com as instruções acima.
6. Local de escolha para colheita do sangue

Condição para a Colecta Sanguínea


 Sala bem iluminada e ventilada, com pia;
 Cadeira recta com braçadeira regulável ou maca;
 Garrote, Algodão hidrófilo e Álcool a 70%;
 Agulha e seringa descartáveis e/ou Sistema a vácuo;
 Tubo de ensaio com tampa, Pipetas Pasteur e Estantes para tubos
 Etiquetas e canetas esferográficas para identificação de amostras;
 Descarte com parede rígida;
 EPI: Avental, Máscara, Luvas descartáveis, Gorro
O que deve ser feito antes da colecta da amostra de sangue
De acordo com DUQUE (2009) Identifique os tubos para colocação da amostra.
Escreva na etiqueta os dados do paciente: nome, número do registro, data de
nascimento, sexo, data da colecta, número ou código de registro da amostra e o nome da
instituição solicitante.
Em algumas unidades, utiliza-se apenas códigos ou abreviaturas em lugar do nome do
paciente.
7. Cuidados na antissepsia

Anti-sepsia
Segundo DUQUE (2009) A anti-sepsia é a destruição ou a inibição dos microrganismos
com agentes que podem ser utilizados sobre tecidos vivos, como a pele do paciente ou
da equipe cirúrgica.
Antissépticos são agentes químicos que destroem ou inibem o crescimento dos
microrganismos patogênicos. É um termo reservado para agentes utilizados para o corpo
do paciente
Na pele, encontramos bactérias:
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 Transitórias: são removidas mecanicamente


 Residentes: formam uma população estável e são eliminadas pelas soluções
antissépticas

Assim, a antissepsia das mãos realiza

 Uma remoção mecânica das sujidades e da oleosidade da pele


 Diminui a contagem de microrganismos transitórios para quase zero
 Realiza um efeito depressor de longo prazo na microflora das mãos e do
antebraço

Qual a importância de se limpar as feridas

A limpeza adequada é um dos cuidados mais cruciais no tratamento de feridas.


Independentemente do tipo da lesão e do estágio em que se encontra, muitos estudos
comprovam a eficiência da antissepsia (higienização) quando comparada à falta da
limpeza.
Ao realizar uma limpeza adequada você:

 Reduz a presença de bactérias, vírus e outros agentes patológicos


 Preserva os tecidos da pele
 Favorece a cicatrização; e também
 Ajuda a minimizar eventual dor local

Antissepsia da ferida diminui o tempo de tratamento da lesão, impede seu agravamento


em alguns casos e até pode reduzir gastos desnecessários com material médico.
Antissepsia com Clorexidina
A anti-sepsia da pele com clorexidina demonstrou ser mais eficaz do que outros agentes
anti-sépticos, como soluções de povidina e o álcool:
A técnica é a seguinte:
 Prepare a pele com anti-séptico/detergente de clorexidina 2% em álcool
isopropílico 70%;
 Aperte as asas do aplicador de clorexidina para abrir a ampola; mantenha a
aplicador voltado para baixo de modo a saturar com solução toda a compressa;
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 Pressione a compressa sobre a pele utilizando movimentos de fricção para frente


e para trás por pelo menos 30 segundos. Não retire o excesso, nem contamine a
área;
 Deixe a solução anti-séptica secar completamente antes de iniciar a punção
(cerca de 2 minutos).

8. Transporte de amostras de sangue

Qual o material necessário para o transporte de amostras

 Sacos plásticos
 Caixa térmica
 Gelo reciclável ou comum
 Fita adesiva
 Etiqueta, envelope e caneta
Quais os cuidados com o transporte de material biológico

 Comunique o envio das amostras ao destinatário, com a data e o horário de


chegada previstos;
 Acondicione as amostras em saco plástico, transparente, bem vedado;
 Coloque o saco com amostra em caixa térmica para transporte contendo gelo
reciclável. Caso você não disponha de gelo reciclável, coloque cubos de gelo
dentro de um saco plástico bem vedado, evitando o vazamento da água quando o
gelo descongelar. A quantidade de gelo utilizada deve corresponder a, no
mínimo, 1/3 do volume (cubagem) da embalagem;
 Coloque em um envelope protegido com um saco plástico as informações
devidamente conferidas relativas à amostra;
 Prenda, com fita adesiva, esse envelope na parte interna da tampa da caixa
térmica;
 Cole, na parte externa da tampa, uma etiqueta com o nome da instituição
destinatária, endereço, nome do responsável pelo recebimento, nome da
instituição remetente, endereço, telefone, fax, horário de envio e validade da
embalagem.
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9. Erros na colheita de sangue

Segundo DONATELLI (2008) O papel do laboratório é apoiar o diagnóstico preciso


para que o paciente tenha um tratamento de excelência. Porém, no dia-a-dia, as falhas
acontecem e podem comprometer todo o processo.

 Erros Mais Comuns na Colecta de Sangue


 Não desprezar a primeira gota de sangue na punção digital;
 Demorar garroteamento durante a colecta;
 Não atingir a veia logo à primeira “picada”;
 Usar agulhas de calibre muito fino ou muito grosso;
 Aspirar o sangue violentamente (agulha / seringa)
 Agitar violentamente o sangue para misturá-lo ao anticoagulante;
 Demora em transferir o sangue para o tubo com ou sem anticoagulante (agulha /
seringa),
 Puncionar veias onde esteja ligado soro ou qualquer outro medicamento,
 Vácuo do tubo

Para DONATELLI (2008) É necessário ter cuidados específicos em todas as fases de


um processo de exame laboratorial. Isso será tão valioso para os profissionais
envolvidos quanto para o paciente.
Reduzir erros na operação é sinônimo de conquista de confiança, aumento da qualidade
e fidelização dos clientes.

10.Colheitas de Urinas

Colecta de Urina: Orientação da colecta:


 Higiene dos genitais externos;
 Utilizar frasco adequado e identificados;
 Volume mínimo de 10 ml. (pediatria)
 Orientação da colecta:
 Higiene com assepsia dos genitais externos;
 Utilizar frasco esterilizado adequado e identificados;
 Colector pediátrico (máximo 40 min);
 Volume mínimo de 10 ml.
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Segundo CRAIG (2004) A urina deve ser colhida com a máxima assepsia. Amostras de
urina destinadas a exames químico e microscópico devem ser colhidas em frasco
padronizado, fornecido pelo laboratório. A colheita da urina pode ser realizada mediante
micção espontânea ou provocada, por compressão da bexiga nos cães e gatos,
massagens na região peruviana nas vacas ou no prepúcio, para os touros; cateterismo ou
por punção de bexiga (cistocentese). Em cadelas, ovelhas, porcas, éguas e vacas é
preferível que se utilize sondas metálicas apropriadas. Nos machos, sondas flexíveis
apropriadas. Excepção se faz a Ruminantes e suídeos machos, nos quais a flexura
sigmóide impede a passagem de sonda. Nas fêmeas, antes da introdução da sonda,
utilizar um espéculo vaginal para facilitar o trabalho. O calibre da sonda varia de acordo
com o porte do animal. No cão macho, utilizar sempre sondas de calibre fino devido à
presença do osso peniano. Cuidado especial com a assepsia e anti-sepsia para não
introduzir agentes infecciosos nas vias urinárias com o cateter, evitando-se também
traumatizar a mucosa uretral. Geralmente, uma quantidade em torno de 10 a 20 ml de
urina é perfeitamente suficiente para uma completa análise.
Amostras de urina para exames bacteriológicos (mesmo para exames químicos ou
microscópicos) devem preferencialmente ser colhidas diretamente da bexiga, mediante
o uso de um cateter estéril ou por cistocentese e devem ser acondicionados em frasco
estéril fornecido pelo laboratório.
10.1. Conservação
O frio de geladeira (cerca de 8º a 10º C) conservará bem a urina por um período de
cerca de 24 horas. Esta técnica não vai alterar a capacidade evolutiva de bactérias,
permitindo a realização de culturas bacterianas. Mas é importante lembrar que não se
deve congelar a urina. O congelamento destrói os elementos celulares. É interessante
que se proteja a amostra da acção da luz envolvendo-a em papel aluminizado. Na
Leptospirose, dependendo da fase da doença, pode-se pesquisar a presença de
Leptospira na urina, porém em virtude da grande fragilidade desse microorganismo, o
exame deve ser realizado imediatamente após a colheita DONATELLI (2008).

10.2. Identificação das Amostras:


A identificação deve conter nome do animal, o nome do proprietário do animal, a
espécie e raça, sexo, idade, a data e hora da colheita e um breve histórico do problema.
Informe ao laboratório todos os medicamentos que estão sendo usados, mesmo os mais
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banais. Em urinálise, qualquer medicamento que altere a cor da urina, mesmo vitaminas
como as do complexo B, altera sobremaneira as análises.

10.3. Transporte e armazenamento da urina


 Enviar imediatamente ao laboratório”;
 Manter em local fresco por no máximo 2 hs; Transporte que 2 hs conservar em
geladeira;
 Transportar em maletas rígidas apropriadas com gelo reciclável;
 Evitar vazamentos colocando cada copo coletor dentro de saco plástico
11. Colheita de fezes

Segundo ATIYEH & HAYEK (2009) O exame de fezes pode fornecer ao clínico uma
série de informações não somente com relação aos distúrbios do trato digestivo como
também das enfermidades localizadas em outros órgãos. As amostras podem ser
destinadas a exames parasitológico, bacteriológico, virológico ou químico.
Colheita:
Em animais de grande e médio porte (inclusive cães, caprinos e ovinos) e que sejam
acostumados ao contacto directo com o homem, o ideal é que se colha o material
directamente da ampola rectal destes animais por toque rectal, manual ou digital. Para
aqueles animais que não permitem este tipo de manipulação, ou em locais onde esta
técnica se torna dificultosa, devemos colher a porção superior do bolo fecal defecado
naturalmente, que não teve contacto com o solo. Fitas adesivas transparentes, tocadas na
região em torno do ânus e depois colocadas sobre lâminas de vidro, podem ser de
grande valia para a detecção de parasitas como por exemplo os Oxiuris sp. que
depositam seus ovos nesta região.
Geralmente, uma quantidade em torno de 10 gramas de fezes é perfeitamente suficiente
para um completo exame parasitológico de fezes.
Existe ainda a possibilidade de se fazer um lavado rectal via sonda para colher material
para análise. Para tanto deve-se utilizar uma sonda plástica acoplada a uma seringa que
é introduzida no recto do animal, dispersar o líquido de lavagem e puxar em seguida o
êmbolo da seringa. Para este caso, recomenda-se que seja utilizada solução fisiológica
salina para evitar a lise osmótica de elementos celulares ou organismos unicelulares.
Um volume de cerca de 10 a 20 ml de lavado rectal é suficiente para análise (ATIYEH
& HAYEK, 2009).
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O material para coprocultura pode ser colhido utilizando swabs estéreis. Neste caso,
colecta-se material directamente do recto do animal, abrindo o invólucro do swab
apenas no momento da colecta e evitando encostar o mesmo nos pêlos do animal.
Não utilize recipiente diferente dos padronizados. Um bom laboratório fornece os
recipientes indicados para colecta de fezes.
11.1. Conservação
Existem duas técnicas básicas para se preservar as fezes caso estas não possam ser
remetidas imediatamente ao laboratório: O frio e o MIF.
O frio de geladeira (cerca de 8º a 10º C) conservará bem as fezes por um período de um
a dois dias. Esta técnica não vai alterar a capacidade evolutiva de ovos, oócitos e
bactérias, permitindo a realização de culturas para obtenção de larvas ou coproculturas
bacterianas. Mas é importante lembrar que não se deve congelar as fezes. O
congelamento destrói os elementos celulares.
O MIF (Mertiolate, Iodo, Formol) preserva morfologicamente os ovos de helmintos,
oocistos de protozoários e larvas por um longo tempo. Permitem também as técnicas de
enriquecimento e concentração de rotina. É o preservativo de escolha para colheita de
múltiplas amostras em dias distintos. Mas é importante salientar que a quantidade de
fezes deve ser proporcional à quantidade do conservante. O material fecal deve estar
submerso em boa quantidade de MIF, e não o contrário. Quando o médico veterinário
solicita o MIF, o paciente deve receber um frasco para cada amostra solicitada. Colha,
como para o exame parasitológico comum, uma amostra diferente por frasco. Após
colocar as fezes no frasco, devemos fechar bem o frasco e agitar para dissolver as fezes
no líquido conservante (ANVISA, 2005).
Para a identificação de parasitas encontrados, deve-se utilizar o formol a 10% ou em
álcool a 70%.
11.2. Identificação das Amostras
A identificação deve conter nome do animal, o nome do proprietário do animal, a
espécie e raça, sexo, idade, a data e hora da colheita, o conservante adoptado e um breve
histórico do problema. Informe ao laboratório todos os medicamentos que estão sendo
usados, mesmo os mais banais.

11.3. Transporte de fezes


 Depois da colecta, o material deverá ser encaminhado ao laboratório.
 O material não fica armazenado após análise
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12. Conclusão

Chegado ao fim do trabalho conclui-se que A urina deve ser colhida com a máxima
assepsia. Amostras de urina destinadas a exames químico e microscópico devem ser
colhidas em frasco padronizado, fornecido pelo laboratório, no caso das fezes, o exame
de fezes pode fornecer ao clínico uma série de informações não somente com relação
aos distúrbios do trato digestivo como também das enfermidades localizadas em outros
órgãos. As amostras podem ser destinadas a exames parasitológico, bacteriológico,
virológico ou químico, no processo de colecta de todas essas amostras biológicas o
técnico deve estar vestido de equipamentos de protecção individual porque esses
equipamentos funcionam como barreira para: olhos, nariz, boca e pele contra respingos
e aerossóis de materiais infectados por agentes patogénicos e substâncias químicas,
evitando lesões.
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13. Bibliografia

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Biossegurança. Rev. Saúde


Pública, 2005.
ATIYEH, B. S. HAYEK, S. N. Wound cleansing, topical antiseptics and wound
healing. International Wound Journal, 2009.
CRAIG, Jean V; Smyth, Rosalind L. Prática Baseada na Evidência. Manual para
Enfermeiros. Loures: Lusociência. 2004
DONATELLI, L. J. P. Manual de Biossegurança para Odontologia. Campo Marão,
2008.

DUQUE, Helena Paula. Úlceras de Pressão – Uma abordagem estratégica. Coimbra:


Edições Formasau – Formação e Saúde. 2009

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