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Instituto Politécnico Magude Nkanyine

Nome: Epifania Ângelo da Costa

Turma: TMG-7

Curso: Técnico de Medicina Geral

Cadeira: Ciências Médicas

Tema: Microbiologia e Paracitologia

Docente: Fláusia Monteiro

Classif.________(Valores)

Magude, Março, 2023

Instituto Politécnico Magude Nkanyine


Nome: Epifania Ângelo da Costa

Turma: TMG-7

Curso: Técnico de Medicina Geral

Tema: Microbiologia e Paracitologia

Trabalho de pesquisa a ser apresentado


no Instituo Politécnico de Magude, na
cadeira de Ciências Médicas, sob
orientação da docente: Abel David

Magude, Março, 2023


Índice
1.0.Introdução ............................................................................................................................. 1
1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 2
1.1.1.Específicos ......................................................................................................................... 2
1.2.Metodologia .......................................................................................................................... 2
2.0.Referencial Teórico .............................................................................................................. 3
2.1.Exame de Expectoração........................................................................................................ 3
2.2.Exsudado Vaginal ................................................................................................................. 3
2.2.1.Procedimento laboratorial.................................................................................................. 4
2.2.2.Exame directo .................................................................................................................... 4
2.3.Colecta de Fezes ................................................................................................................... 5
2.3.1.Procedimento laboratorial.................................................................................................. 5
3.Coleta Microbiológica ............................................................................................................. 6
3.1.Considerações gerais da colecta microbiológica .................................................................. 6
3.2.Urina ..................................................................................................................................... 6
3.3.Colecta de urina .................................................................................................................... 6
3.3.1.Coleta de urina de mulheres .............................................................................................. 7
3.3.2.Coleta de urina para crianças ............................................................................................. 8
3.3.3.Adultos (sexo feminino) .................................................................................................... 8
3.3.4.Adultos (sexo masculino) .................................................................................................. 9
3.4.Procedimento laboratorial..................................................................................................... 9
3.5.Interpretação de resultados ................................................................................................. 10
4.Paracitologia .......................................................................................................................... 11
4.1.Exame do sangue ................................................................................................................ 11
4.2.Métodos indirectos ............................................................................................................. 12
5.Conclusão .............................................................................................................................. 13
6.Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 14
1.0.Introdução

O ensino de Ciências e Biologia são caracterizados por terem como objectivo de estudo a vida
por meio de diversos aspectos e níveis de complexidade. Assim sendo, estas disciplinas
buscam despertar o interesse dos discentes pelo fato de muitas temáticas abordadas em sala de
aulas serem comuns ao cotidiano e a realidade no qual estão inseridos. Uma das áreas da
Biologia que apresenta uma grande diversidade são a Microbiologia e Parasitologia Humana.
Os microrganismos e parasitas estão presentes em muitos dos conteúdos de Ciências e
Biologia.

Microbiologia: e o estudo dos microorganismos e de suas actividades. Preocupa-se com o


formato, a fisiologia e a relação recíproca destes com outros seres vivos, tem seus efeitos
positivos e negativos sobre o meio ambiente e seres que neles habitam. E uma ciência antiga,
sendo que o termo “micróbio” foi adoptado em 1878, por sidillot, para designar o organismo
vivo microscópicos unicelular. Normalmente não são visíveis a olho nu; necessitam do
auxilio de um microscópio para sua identificação.

Parasitologia: e o estudo dos parasitas em geral, sendo estes agentes infecciosos que associam
a outro ser vivo deste tirarem benefício (parasitismo) ou seja parasitologia, o que é estudado
são as formas de relação entre parasitas e seus hospedeiros, englobando também a pesquisa
sobre cada vector. O conhecimento sobre parasitas oferece mais opções de combate às causas
das enfermidades causadas por esses organismos.

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1.1.Objectivos

 Falar de Microbiologia e Paracitologia

1.1.1.Específicos

 Explicar as Instruções de Colecta Microbiológica e Pacitologica de Sangue


 Caracterizar o Exame de expectoração
 Detalhar a colecta de Urina, Fezes e Exsudado vaginal;

1.2.Metodologia

No presente trabalho recorreu-se ao método bibliográfico que, consiste na colecta de material


teórico que aborda sobre o objecto de estudo, material esse que tem como vantagem garantir
que o investigador consiga fazer a colecta e a sistematização das matérias a serem analisadas
(Marconi & Lakatos, 2000).

O método bibliográfico concentra-se na análise de livros, artigos, dicionários e enciclopédias.


É quando um investigador desenvolve a sua investigação a partir de estudos já efectuados por
outros investigadores.

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2.0.Referencial Teórico

2.1.Exame de Expectoração

O trato respiratório inferior é normalmente estéril. No entanto, o diagnóstico de infecções


respiratórias inferiores é frequentemente dificultado pela contaminação das amostras por flora
comensal da orofaringe durante a colheita. O laboratório deve processar apenas as amostras
de boa qualidade.:

A recolha é feita de manhã após higiene nasal e oral só com água.

 Se possível, colher a primeira expectoração da manhã;


 Lavar a boca e gargarejar só com água antes da colheita;
 Colher a expectoração por tosse profunda (o laboratório deverá desprezar amostras de
saliva ou rinorreia posterior);
 Colocar a amostra em recipiente estéril, seco, de boca larga e tampa de rosca;
 A expectoração poderá ser induzida, através de nebulização com soro fisiológico.
 Colher a expectoração resultante de tosse profunda para um recipiente estéril
fornecido pelo Laboratório.
 Não enviar amostras com saliva ou corrimento nasal. Entregar o mais rapidamente
possível no Laboratório.

2.2.Exsudado Vaginal

Durante a colheita, deve questionar-se a utente sobre a presença de comichão, ardor, cor do
corrimento, etc. A utente não deverá ter feito qualquer tratamento local nos três dias 36 que
antecederam a colheita e no próprio dia não deverá ter efectuado a sua higiene intima. O
procedimento consiste em:

 Na posição ginecológica, introduzir um espéculo (sem lubrificante ou humedecido


com soro fisiológico estéril) no endocolo vaginal;
 Colher o exsudado das paredes vaginais com recurso a uma zaragatoa seca em
movimentos rotativos;
 Repetir o procedimento, uma vez que a primeira zaragatoa é destinada ao exame
cultural e a segunda ao exame microscópico corado e teste de KOH a 10%;

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 Inserir a 3ª zaragatoa no caso de haver pesquisa de Streptococcus agalactiae em
utentes grávidas entre as 35 e 37 semanas de gestação.

A lâmina para o exame corado é feita logo após a colheita, seguida do teste de KOH a 10%
para avaliação do cheiro. O produto biológico deve ser conservado a 37ºC durante 30 minutos
até ao processamento laboratorial.

Para a realização deste exame a utente não deve:

1. Estar a fazer nos 3 dias que antecedem a colheita (preferencialmente uma semana)
terapêutica com:
 Antibióticos ou anti-fúngicos orais;
 Óvulos, cremes ou geles de aplicação intra-vaginal

2. Ter relações sexuais nos 2 dias que antecedem a colheita;


3. Estar menstruada

No dia da colheita, a utente deve lavar-se apenas com água abundante e sabão (outros
produtos poderão alterar resultado).

2.2.1.Procedimento laboratorial

2.2.2.Exame directo

O exame macroscópico poderá orientar no diagnóstico:

 Pús amarelo: suspeita de N. gonorrhoeae;


 Corrimento amarelo/verde líquido: suspeita de Trichomonas vaginalis;
 Pús espesso branco – suspeita de fungos;
 Corrimento espesso amarelo e inodoro – suspeita de Enterobactérias

A amostra deverá ficar na estufa a 37ºC durante 30 minutos após a colheita. É então efectuado
o exame a fresco para pesquisa de Trichomonas vaginalis e elementos leveduriformes,
contagem de células epiteliais, leucócitos e eritrócitos. É ainda feita a observação e semi-
quantificação de Bacilos de Doderlein (Lactobacillus spp.).

A coloração de Gram é utilizada para semi-quantificar Bacilos de Doderlein, pesquisar outras


bactérias e “clue cells” (células epiteliais recobertas de bactérias com Gram variável), que
poderão ser sugestivas de vaginose bacteriana por Gardnerella vaginalis.

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2.3.Colecta de Fezes

 Devem ser colectadas no início ou fase aguda da doença, quando os patógenos estão
usualmente presentes em maior número e, preferencialmente, antes da antibioticoterapia.
 Colectar as fezes e colocar em um frasco contendo o meio para transporte (Cary Blair ou
salina glicerinada tamponada), fornecido pelo laboratório, em quantidade equivalente a
uma colher de sobremesa. Preferir sempre as porções mucosas e sanguinolentas.
 Fechar bem o frasco e agitar o material. · Se a amostra não for entregue no laboratório em
uma hora, conservar em geladeira a 4ºC, no máximo por um período de 12 horas.
 Marcar o horário da colecta.

2.3.1.Procedimento laboratorial

2.3.2.Exame directo Exame após coloração:

2.3.3.Coloração de Gram e Kinyoun-Gabett.

É seleccionada uma porção purulenta da amostra e efectuado um esfregaço por estiramento


entre duas lâminas, coradas de seguida pelos métodos referidos.

A coloração de Gram é efectuada para avaliar a qualidade da amostra. Na objectiva de 10x


quantificam-se (média por campo) células epiteliais, leucócitos, células leveduriformes e
bactérias. O critério de aceitação da amostra é efectuado segundo a classificação de Murray e
Washington.

2.4.Classificação da qualidade da expectoração segundo Murray e Washington.

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3.Coleta Microbiológica

3.1.Considerações gerais da colecta microbiológica

 Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível.


 Quando a terapia antimicrobiana já tiver sido instituída, colectar sangue ou
urina imediatamente antes da próxima dose do antimicrobiano.
 Instruir claramente o paciente sobre o procedimento.
 Colher do local onde o microorganismo suspeito tenha maior probabilidade de ser isolado,
priorizando tecidos vitalizados, e nunca tecidos necróticos ou materiais purulentos
acumulados na lesão.
 Quantidade suficiente de material deve ser colectado para permitir uma completa análise
microbiológica. Caso a quantidade seja pequena, priorizar os exames de maior relevância;
 O pedido do exame e o frasco contendo material devem conter as informações descritas
no módulo anterior (ver requisição de exame).

3.2.Urina

A urina é um fluido biológico habitualmente estéril, mas a sua passagem através da uretra
durante a micção arrasta os microrganismos que usualmente a colonizam, podendo induzir a
erros na interpretação da urocultura

3.3.Colecta de urina

A colheita da amostra é um passo muito importante para o sucesso do diagnóstico, uma vez
que se não houver uma boa colheita, facilmente esta se contamina e torna-se necessária a sua
repetição.
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Para o diagnóstico de infecção do trato urinário são válidas várias amostras, nomeadamente
jacto médio, punção de cateter urinário (algália), saco colector (crianças sem controlo dos
esfíncteres), punção supra-púbica, drenagem de nefrostomia e punção renal. Deve ser colhida
a primeira urina da manhã

A colecta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção do dia, ou então
após retenção vesical de duas a três horas

As urinas são refrigeradas a 4ºC e processadas até 24 horas após a colheita. Chegam ao
laboratório para análise urinas colhidas por “jato médio”, saco colector e, punção de cateter
urinário.

A colecta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção do dia, ou então
após retenção vesical de duas a três horas. Pacientes com urgência urinária podem ser
dispensados dessa retenção, anotando-se o fato na requisição.

Na colheita por “jato médio”, o utente é alertado previamente para o seguinte procedimento:

 Lavar as mãos com água e sabão;


 Usando uma compressa esterilizada embebida em água e sabão neutro (disponibilizada
pelo laboratório) lavar, na mulher, a vulva, sempre da frente para trás e, no homem,
puxar o prepúcio e lavar a glande;
 Remover o sabão com uma compressa esterilizada embebida em água e em seguida
secar com compressa esterilizada;
 Com as mãos, afastar os grandes lábios ou prepúcio mantendo-os nessa posição
durante o processo, e com a outra mão segurar no recipiente esterilizado próprio para a
recolha de urina;
 Rejeitar as primeiras gotas e colher o jato médio para o recipiente, desperdiçando a
restante urina;

3.3.1.Coleta de urina de mulheres

Para se obter melhores resultados, a colecta de amostras das mulheres deve ser supervisionada
e realizada por profissionais treinados.

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No caso de objecção por parte da paciente, orientar clara e objectivamente todos os passos do
procedimento e alertar quanto às consequências de uma má colecta (necessidade de retornar
para nova amostra, dificuldade do médico interpretar, etc.)

3.3.2.Coleta de urina para crianças

No caso das crianças sem controlo dos esfíncteres (saco colector), o procedimento consiste
em:

 Lavar as mãos com água e sabão;


 Colocar o bebé numa superfície plana e retirar a fralda (este laboratório possui um
muda-fraldas para o efeito);
 Lavar os genitais externos com água e sabão neutro, com auxílio de uma compressa
esterilizada.
 Colar o saco colector em torno do meato urinário;
 Mudar o saco de 30 em 30 min caso a criança ainda não tenha urinado.

Em indivíduos algaliados a colheita não é efectuada no laboratório. Esta deve ser feita por
aspiração no local referenciado para o efeito, ou por punção da algália. Não é aceitável uma
colheita de urina realizada a partir do saco colector da algália. O procedimento consiste em:

 Clampar a algália durante 10 minutos, imediatamente abaixo da derivação;


 Desinfectar as mãos e colocar luvas esterilizadas;
 Desinfectar o local a puncionar com álcool a 70%, uma extensão de 5-10 cm e deixar
secar;
 Puncionar (com um ângulo de 45º) a parte oposta ao lúmen do balão, utilizando um
tubo esterilizado com ácido bórico adaptado a uma agulha subcutânea e aspirar a
urina;
 Retirar a pinça de clampagem e desinfectar o locar de punção com álcool a 70% após
a colheita;
 Homogeneizar a urina invertendo o tubo várias vezes

3.3.3.Adultos (sexo feminino)

A colecta de amostras do sexo feminino deve ser supervisionada pessoalmente por uma
enfermeira ou auxiliar treinada. O processamento laboratorial deve ser feito dentro de duas

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horas ou as amostras deverão ser refrigeradas a 4ºC até o momento da semeadura, no máximo
de 24 horas.

 Remover toda a roupa da cintura para baixo e sentar no vaso sanitário.


 Separar as pernas tanto quanto for possível.
 Afastar os grandes lábios com uma das mãos e continuar assim enquanto fizer a
higiene e colecta do material.
 Usar uma gaze embebida em sabão neutro, lavar de frente para trás e certificar-se que
está limpando por entre as dobras da pele, o melhor possível.
 Enxaguar com uma gaze umedecida, sempre no sentido de frente para trás.
 Continuar afastando os grandes lábios para urinar.
 O primeiro jato de urina deve ser desprezado no vaso sanitário.
 Colher o jato médio urinário no frasco fornecido pela enfermagem (um pouco mais da
metade do frasco). Evite encher o frasco.
 Fechar bem o frasco e caso haja algum respingo na parte externa do frasco, lave-o e
enxugue-o.

3.3.4.Adultos (sexo masculino)


 A colecta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção do dia, ou
então após retenção vesical de duas a três horas.
 Pacientes cateterizados com sistema de drenagem fechada;
 Colher a urina puncionando-se o cateter na proximidade da junção com o tubo de
drenagem. Não colher a urina da bolsa colectora. No pedido laboratorial deverá
constar que o paciente está cateterizado.

3.4.Procedimento laboratorial

 Exame directo

Para o exame a fresco do sedimento urinário: Efectua-se após centrifugação de 10 ml de urina


a 1500-2000 rpm, durante 5 minutos. São pesquisados e contabilizados (média/campo) no
sedimento: células epiteliais, leucócitos, eritrócitos, bactérias, elementos leveduriformes e
parasitas. A presença de muitos leucócitos bem como de eritrócitos faz suspeitar uma
infecção. A observação de numerosas células epiteliais escamosas, de lactobacilos ou flora
mista sugere uma má colheita.

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Para o exame após coloração utiliza-se a Coloração de Gram.

 Exame cultural

Os meios de cultura utilizados são a Gelose CLED ou Gelose CPS. Pode também semear-se a
urina no meio CAN2, caso se tenha verificado a presença de leveduras no exame
microscópico do sedimento. Semeia-se directamente a partir da urina com uma ansa calibrada
de 10 μl, segundo o procedimento seguinte:

 Emergir a ansa verticalmente na urina previamente homogeneizada e descarregar a


urina na placa através de um raio vertical seguido de estrias perpendiculares apertadas
em toda a superfície da placa;
 Incubar a 37ºC durante 18 a 24 horas.

3.5.Interpretação de resultados

Após incubação, observam-se as placas de CLED ou CPS e faz-se a contagem do número


colónias. O cálculo da concentração bacteriana é efectuado tendo em conta a densidade das
colónias presentes na placa:

Considera-se contaminação a presença de 2 ou mais colónias diferentes num Nº de UFC/ml <


104 . No caso de haver uma colónia predominante com um Nº de UFC/ml > 105 , esta deverá
ser investigada tendo em conta a história clínica do utente, presença de sintomatologia,
gravidez, etc.

Além da densidade das colónias, avalia-se a cor, o cheiro e a textura da colónia. A colónia de
interesse é repicada para um meio cromogénico (CPS). Se necessário, recorre-se a testes de
identificação complementares e Gram. Depois é feita, no sistema automático Vitek, a
identificação do microrganismo (se necessário) e antibiograma.

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4.Paracitologia

Do ponto de vista da parasitologia, existem algumas técnicas largamente utilizadas no exame


do sangue e de tecidos com o intuito de detectar a presença de parasitas. Estas técnicas
descritas na literatura apresentam valores de sensibilidade e especificidade variáveis no que
tange à detecção de formas parasitárias em diferentes tecidos, podendo ser a detecção
realizada de maneira directa ou indirecta. Descrevemos a seguir alguns dos métodos e
soluções utilizados de rotina em laboratórios com o objectivo de detectar parasitas no sangue
(como o T. cruzi, T. rangeli, Plasmodium spp., etc…) ou em outros tecidos (como Leishmania
spp.).

4.1.Exame do sangue

O sangue é examinado para os seguintes parasitas; plasmodium, microfilarias, tripanossoma, e


leishmania.

A técnica mais comumente usada para exame de sangue é o esfregaço de sangue corado.

 Preparo do esfregaço fino e espesso na mesma lâmina

Para a rotina de microscopia de malaria, um esfregaço fino e um espesso são feitos na mesma
lâmina. Um esfregaço fino como indicação, se bem preparado, é também útil para
confirmação de espécies. O esfregaço espesso deve ser usado para exame.

 Métodos Directos: Exame a fresco ou directo

Para realização desta técnica, uma pequena gota de sangue obtida por punção da polpa digital
ou de sangue venoso colhido com anticoagulante é colocada entre lâmina e lamínula e
examinada exaustivamente ao microscópio em objectiva de (40 x). Entretanto, face aos
pequenos volumes de sangue examinados a cada vez, o método necessita ser repetido várias
vezes ao dia ou mesmo em dias consecutivos até que o parasita possa ser detectado.

 Preparações coradas

O esfregaço delgado e a gota espessa devem ser preparados e corados pelo método de Giemsa
ou de Leishman. O exame do material corado permite, além da detecção, a diferenciação
morfológica entre tripomastigotas sanguíneos de T. cruzi e T. rangeli e a identificação

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específica de Plasmodium spp. A desvantagem dos esfregaços corados é que estes
normalmente requerem parasitemias elevadas para evidenciação do parasita.

4.2.Métodos indirectos

 Hemocultura

A hemocultura é uma técnica mais difícil de ser realizada uma vez que requer condições
assépticas para a colecta e o manuseio da amostra de sangue, o que a torna pouco prática nos
trabalhos de campo. O T. cruzi é capaz de crescer e de multiplicar-se em diferentes meios de
cultura acelulares que contenham hemina ou derivados da hemoglobina.

 Xenodiagnóstico

O xenodiagnóstico é uma técnica perfeitamente aplicável para a pesquisa de campo e/ou


isolamento de amostras de T. cruzi de pacientes e/ou animais. Este método introduzido por
Brumpt em 1914 é largamente empregado ainda nos dias actuais no diagnóstico da doença de
Chagas. Entretanto, sua utilização em pacientes pode ocasionar com certa frequência
reacções alérgicas decorrentes da saliva dos triatomíneos levando à rejeição do exame pelo
paciente.

 Inoculação em animais de laboratório

A inoculação de camundongos ou cobaias jovens tem sido utilizada por alguns pesquisadores.
Face aos avanços científicos atuais, esta metodologia não é mais empregada para o
diagnóstico da infecção chagásica. Entretanto, a inoculação de animais pode ser perfeitamente
utilizada para isolamento de amostras de T. cruzi a partir de sangue positivo, tanto de
pacientes como de outros reservatórios do parasita.

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5.Conclusão

Depois de uma dedicada e longa pesquisa sobre Microbiologia e Pacitologia, conclui se que
Microbiologia é a ciência que estuda os microorganismos e suas actividades, preocupa-se com
o formato, a fisiologia e a relação recíproca destes com outros seres vivos, tem seus efeitos
positivos e negativos sobre o meio ambiente e seres que neles habitam. E Paracitologia é o
estudo dos parasitas em geral, sendo estes agentes infecciosos que associam a outro ser vivo
deste tirarem benefício (parasitismo) ou seja parasitologia, o que é estudado são as formas de
relação entre parasitas e seus hospedeiros, englobando também a pesquisa sobre cada vector.
O conhecimento sobre parasitas oferece mais opções de combate às causas das enfermidades
causadas por esses organismos.

Na colecta microbiológica das amostras de Urina, Fezes, Exsaduo vaginal, existem


Considerações/procedimentos a seguir como: Colher antes da antibioticoterapia, sempre que
possível, Quando a terapia antimicrobiana já tiver sido instituída, colectar sangue ou
urina imediatamente antes da próxima dose do antimicrobiano, Instruir claramente o paciente
sobre o procedimento, e depois da colecta as amostras passam pelo Procedimento laboratorial:
Exame directo e Exame cultural

Para o exame a fresco do sedimento urinário: Efectua-se após centrifugação de 10 ml de urina


a 1500-2000 rpm, durante 5 minutos. São pesquisados e contabilizados (média/campo) no
sedimento: células epiteliais, leucócitos, eritrócitos, bactérias, elementos leveduriformes e
parasitas.

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6.Referências Bibliográficas

CARVALHO, J.C.; BOSSOLAN, N.R.S. Algumas concepções dos alunos do ensino médio a
respeito de proteínas. VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências,
Florianópolis, 2009.

CIMERMAN, B; CIMERMAN, S. Parasitologia Humana e Seus Fundamentos Gerais. 2. ed.


São Paulo: Atheneu, 2010.

Correia L. Slides da cadeira de Hematologia II, 6º Mestrado em Análises Clínicas da


Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, 2013.

Otta VT. Bioquímica Clínica para o laboratório: Princípios e interpretações. 4ªed. Porto
Alegre: Editora Médica Missau; São Paulo: Robe editorial, EDUCS – Caxias do Sul, 2003.

Serviço Cliente - Biblioteca Técnica - bioMérieux Portugal, Lda. [acesso em 28 mar 2014].
Disponível em http://www.biomerieux.pt/servlet/srt/bio/portugal/home

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