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Processos de extração de
óleos essenciais
Setembro/2007
Edição atualizada em Agosto/2021
Processos de extração de
óleos essenciais
O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
Dossiê Técnico OLIVEIRA, Sonia Maria Marques de; JOSE, Vera Lucia Age
Processos de extração de óleos essenciais
Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR
11/7/2007
Resumo Extraídos de plantas aromáticas, os óleos essenciais são
substâncias voláteis, altamente concentradas, utilizados na
indústria cosmética, farmacêutica e alimentícia. Este
documento aborda aspectos relativos às espécies vegetais
produtoras de óleos essenciais, propriedades dos compostos,
processos de extração, tecnologias e equipamentos utilizados.
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sejam dados os créditos ao autor, com menção ao: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - http://www.respostatecnica.org.br
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3
1.1 Cadeia produtiva de óleos essenciais ........................................................................ 4
2 PROCESSO DE EXTRAÇÃO ........................................................................................... 4
2.1 Enfloração (Enfleurage)............................................................................................... 4
2.2 Extração por solvente.................................................................................................. 5
2.3 Destilação a vapor ....................................................................................................... 6
2.3.1 Turbodestilação .......................................................................................................... 7
2.3.2 Hidrofusão .................................................................................................................. 7
2.3.3 Produção artesanal da destilação a vapor .................................................................. 7
2.3.4 Aparelho para destilação a vapor laboratorial ............................................................. 8
2.3.5 Processo industrial com a destilação a vapor ............................................................. 9
2.4 Prensagem a frio .......................................................................................................... 11
2.5 Extração por fluído supercrítico ................................................................................. 12
2.5.1 Vantagens da utilização da extração com fluído supercrítico ...................................... 13
2.5.2 Propriedades físicas dos óleos essenciais extraídos pelo processo de extração
com fluído supercrítico ......................................................................................................... 13
2.5.3 Fluxograma da extração por fluído supercrítico........................................................... 14
2.5.4 Equipamentos para extração por fluído supercrítico ................................................... 15
3 COMPONENTES DOS ÓLEOS ESSENCIAIS ................................................................. 15
4 ENSAIOS E ANÁLISES ................................................................................................... 16
4.1 Análises específicas para óleos essenciais .............................................................. 16
4.1.1 Ensaios físicos ............................................................................................................ 16
4.1.2 Ensaios químicos ........................................................................................................ 16
4.1.3 Ensaios físico-químicos .............................................................................................. 16
4.2 Grau de pureza ............................................................................................................. 17
5 ACONDICIONAMENTO DO ÓLEO E VIDA ÚTIL............................................................. 17
6 FIXADORES ..................................................................................................................... 17
7 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS ....................................................................... 17
8 EQUIPAMENTOS PARA EXTRAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS ................................... 19
Conclusões e recomendações ......................................................................................... 21
Referências ........................................................................................................................ 22
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
• Os óleos vegetais ou fixos - são óleos compostos basicamente por triglicerídios e não
evaporam facilmente; são extraídos normalmente por prensagem mecânica e são mais
utilizados na indústria farmacêutica e de cosméticos;
A International Standard Organization (ISO) define óleos voláteis (conhecidos também como
óleos essenciais, óleos etéreos ou essências) como sendo os produtos obtidos de partes de
plantas por meio da destilação por arraste de vapor d’água, bem como os produtos obtidos
por prensagem dos pericarpos de frutos cítricos.
Entre todos os tipos de plantas no mundo, aproximadamente 700 plantas são consideradas
aromática e, consequentemente, são muito significativas para a produção de óleos
essenciais. Além da fonte limitada, a pouca quantidade de óleos essenciais que são
contidos em cada planta aromática torna-a ainda mais valiosa. Hoje, os óleos essenciais são
usados principalmente na preparação das fragrâncias, como por exemplo, o perfume.
Embora alguns dos componentes químicos de óleos essenciais se assemelhem aos “óleos”,
os óleos essenciais não são gordurosos e são leves no peso. Entretanto, o uso elevado de
álcool na fabricação dos óleos essenciais proporciona uma alta volatilidade e uma taxa mais
rápida da evaporação.
2 PROCESSOS DE EXTRAÇÃO
A relativa instabilidade das moléculas que constituem os óleos voláteis torna difícil sua
conservação. A deterioração dos óleos voláteis reduz seu valor comercial, além de constituir
um fator de risco quando eles são destinados ao uso externo, já que podem causar alergias
ou dermatites de contato.
A enfleurage é uma forma artesanal e, provavelmente, a técnica mais antiga utilizada para
obtenção de óleos essenciais das flores. Embora tenha sido muito usada para a produção
de fragrâncias de luxo na França do século XIX (daí o nome), a técnica, rara, trabalhosa e
cara, quase não é mais praticada.
A enfleurage consiste em usar uma espécie de solvente vegetal para segurar o óleo. O
método é utilizado para extração de óleos essenciais de plantas extremamente delicadas e
com baixo teor de óleos essenciais, que se destiladas a vapor, podem provocar perdas
quase completas de seus compostos aromáticos. Este é um processo lento e caro utilizado
para obter-se o óleo essencial de flores.
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DOSSIÊ TÉCNICO
No processo de enfleurage a frio, uma placa grande de vidro, chamada de chassi (base), é
manchada com uma camada da gordura animal, geralmente da carne de porco. A matéria
botânica, geralmente pétalas ou flores inteiras, é colocada na gordura e seu aroma
espalhado na gordura no curso de 1-3 dias. O processo é repetido substituindo o material
botânico por outro mais fresco até que a gordura esteja saturada com fragrância. Os
quadros de vidro são colocados entre molduras de madeira em camadas. As flores são
removidas manualmente e trocadas até que a graxa absorva sua fragrância (FIG. 2).
O teor de solvente no produto final pode variar de menos de 1% até 6%. Em teores menores
ou até 1%, o produto pode ser considerado apto ao uso terapêutico, quando indicados
nesse sentido. No caso de produtos obtidos somente pelo uso do álcool, é aceitável seu
emprego com finalidade terapêutica mesmo com teores superiores a 1%, como acontece
com algumas resinas como a mirra e o benjoim.
A extração por solvente também pode alterar em muito a composição química do produto
final, um exemplo é o do óleo de cravo da Índia (Eugenia caryophyllata). No óleo extraído
por destilação a vapor obtém-se um óleo essencial com 70-90% de eugenol, sendo que 5-
12% são de ß-cariofileno, um composto que não é encontrado no produto obtido por
extração com solvente.
Os óleos essenciais obtidos por este processo raramente possuem valor comercial.
Este método, também conhecido como arraste por vapor d’água ou hidrodestilação, é o
método mais difundido para extração de óleos essenciais. Normalmente, este método é
indicado para se obter óleos essenciais de folhas e ervas, mas nem sempre é indicado para
extrair-se o óleo essencial de sementes, raízes, madeiras e algumas flores. A destilação é
um processo no qual uma mistura é aquecida para separar as partes mais voláteis das
menos voláteis, condensando as frações do vapor resultante para produzir uma substância
refinada ou quase pura.
A água que sobra de todo o processo, depois de retirado o óleo, é chamada de água floral,
destilado, hidrosol ou hidrolato. Ela retém muitas das propriedades terapêuticas da planta,
mostrando-se útil tanto em preparados para a pele, como até mesmo de uso oral no
tratamento da saúde interna. Em muitos casos, os hidrosóis são preferidos aos óleos
essenciais devido a serem mais suaves, principalmente em se tratando de crianças ou
quando uma maior diluição dos óleos se faz necessária.
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DOSSIÊ TÉCNICO
2.3.1 Turbodestilação
2.3.2 Hidrofusão
Legenda:
A – frasco de destilação, consistindo de um balão de fundo redondo com capacidade que vai
de 100 a 300 mililitros com boca esmerilhada com afunilamento;
B – coluna ascendente;
C – condensador ou “dedo-frio”;
D – tubo graduado o qual apresenta uma torneira na extremidade inferior;
E – tubo de retorno, a junta esmerilhada da coluna ascendente B se ajustará na boca
esmerilhada do balão de destilação (A);
F – o sistema de aquecimento se chama “manta de aquecimento”, que fica na parte inferior
do aparelho de destilação, é elétrico e possui termostato para manter a temperatura
constante, consiste numa peça com seu inferior côncavo revestido de amianto onde se
encaixa o frasco de destilação, até a parte mediana.
Realizar experimentos em uma escala reduzida (laboratório e piloto) é uma tática que
permite estimar com eficiência o processo a um nível industrial. Os instrumentos utilizados
para a destilação a vapor laboratorial são apresentados na Figura 5.
A água e o material vegetal, que se encontram no balão, são aquecidos pela manta de
aquecimento e o vapor resultante desse processo é bombeado sob pressão para um outro
recipiente, chamado de cabeça de destilação. O calor do vapor faz com que as paredes das
células se abram. Dessa forma, o óleo que está entre as células evapora junto com a água e
vai para o condensador Liebig. Através do vapor d’água, as glândulas se rompem, liberando
o óleo etéreo. O vapor, resfriado por um condensador Liebig, é colhido em um recipiente
coletor. Durante a destilação a vapor, surgem os hidrolatos (água aromatizada), separados
do óleo essencial.
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É importante citar alguns aspectos básicos para uma planta industrial. O projeto de
equipamentos de processo é um fator importante na funcionalidade de uma planta industrial,
é onde se pode visualizar o requerimento de materiais, acessórios, serviços públicos e
pessoais, necessários para o melhor aproveitamento de recursos. O projeto, portanto,
requer conhecimento dos processos industriais, dos materiais envolvidos e os métodos de
fabricação.
O primeiro passo é escolher o tipo de destilador e, para isso, se avalia a densidade aparente
do material vegetal a ser destilado.
Um fato importante é ter a boca do extrator no nível do piso para facilitar a operação de
carga, o emprego de um plano inclinado que leve o material dos caminhões ou veículos de
descarga para a boca do extrator ajudará na agilidade do trabalho.
Para facilitar a descarga do material usado, uma vez que se concluiu a destilação, é sempre
recomendado que não se trabalhe com cestas dentro do extrator. O importante é fazer um
fundo falso que se eleve, o que ajudará na retirada do material utilizado.
Quanto à água, não somente deve-se estudar a sua disponibilidade quantitativa, como sua
qualidade. Deve se cuidar para que a água não contenha sais alcalinos e de magnésio ou
silicatos, pois pode prejudicar o condensador, provocando o depósito de resíduos em seu
interior. É importante fazer um tratamento prévio da água antes de utilizá-la. Também é
importante conhecer a temperatura da água, no caso de que seja usada para a
condensação da essência. A água de esfriamento do condensador pode ser recuperada e
reciclada, mas para isto é necessário dispor de uma torre de resfriamento.
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Neste processo, as frutas são prensadas e delas é extraído tanto o óleo essencial quanto o
suco. Após a prensagem é feita a centrifugação da mistura, através da qual separa-se o
óleo essencial puro. Existe também a extração de óleos de cítricos por destilação a vapor, o
que é feito para eliminar as furanocumarias que mancham a pele. Porém, é considerado o
óleo retirado por prensagem a frio de qualidade superior para uso terapêutico.
Este método não é somente utilizado para extração de óleos essenciais de cítricos, mas de
maneira semelhante é utilizado para extração do óleo extravirgem de amêndoas, castanhas,
nozes, germe de trigo, oliva, semente de uva e também de algumas sementes das quais se
extrai normalmente o óleo essencial por destilação, como é o caso do cominho negro. Na
Figura 8, apresenta-se as etapas para a extração de óleos vegetais pelo processo mecânico
contínuo.
• Filtração do óleo bruto: serve para separar partículas de torta em suspensão no óleo
bruto. Ë feita pelo filtro prensa que deve ser adquirido junto com a prensa. Os produtos da
filtração são óleo refinado e resíduo da filtração.
Nos últimos anos, a extração com fluído supercrítico conquistou posições expressivas em
diversos setores das indústrias químicas, petroquímicas, farmacêuticas, de alimentos e de
polímeros, entre outras, a tal ponto que o fluído supercrítico passou a ser chamado de "o
solvente do novo milênio".
Este método permite recuperar de modo bastante eficiente, não somente os aromas de
óleos essenciais, como vários outros tipos, sendo atualmente um dos principais métodos de
escolha para extração industrial de óleos essenciais. Nenhum traço de solvente permanece
no produto obtido, tornando-o mais puro do que aqueles obtidos por outros métodos.
Quando uma substância é elevada acima de seu ponto crítico de temperatura e pressão, ela
passa para uma condição chamada de “estado fluido supercrítico” (MAUL, 2000).
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a) utilização de uma tecnologia limpa, que não deixa resíduos, o trabalho com
solventes não tóxicos, a não alteração das propriedades das matérias-primas e a extração
de produtos de alta qualidade;
e) a extração por fluído supercrítico é geralmente mais rápida que a extração líquida
e quando usa o bióxido de carbono como solvente, muito mais ecológica;
f) a diminuição dos gastos com energia térmica, quando comparados aos de certos
processos convencionais energeticamente intensivos, como, por exemplo, a destilação. No
momento atual, otimizar a utilização de energia no Brasil passou a ser uma prioridade;
Muitas das extrações por CO2 possuem um fresco, claro e característico aroma de óleos
destilados a vapor, e eles cheiram de forma muito similar à planta viva. Estudos já
demonstraram que os óleos essenciais extraídos por este método mantêm em completa
integridade seus compostos ativos.
2.5.2 Propriedades físicas dos óleos essenciais extraídos pelo processo de extração com
fluído supercrítico
Considera-se este método como sendo o que permite se obter os óleos essenciais de
melhor qualidade possível e de maior potência terapêutica. As propriedades físicas de
alguns fluidos comuns são apresentadas no Quadro 1.
Quadro 1 - Propriedades físicas de alguns fluidos comuns ordenados pela temperatura crítica em
ordem crescente
Fonte: (MAUL, 2000)
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4 ENSAIOS E ANÁLISES
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Um óleo essencial puro é aquele que é extraído de um único tipo de planta. Alguns tipos de
adulterantes são:
Um óleo essencial não deve ser adulterado. Qualidade da planta, colheita e técnicas de
produção possuem muita relação com a qualidade. A análise para a verificação do grau de
pureza de um óleo essencial é a Cromatografia Gasosa com detecção por Espectrometria
de massa (GC-MS).
Os óleos essenciais são voláteis e como tal necessitam serem manipulados com cuidado.
Os óleos essenciais podem ser prejudiciais se forem ingeridos e devem ser mantidos fora do
alcance das crianças. A deterioração de um óleo essencial reduz seu valor comercial, um
fenômeno. Para garantir a qualidade do produto, os óleos essenciais devem ser:
A deterioração pode ser percebida se o líquido estiver muito mais escuro ou mais viscoso do
que o normal. Com cuidados adequados os óleos essenciais têm um prazo de validade de 6
meses a 2 anos. Os óleos cítricos devem ser usados até um ano a partir de sua data de
fabricação. Quando diluídos em óleos carreadores, sua validade é de alguns meses. Os
recipientes plásticos apresentam problemas de permeabilidade e adsorção dos
componentes dos óleos essenciais.
6 FIXADORES
Quanto à fixação dos aromas obtidos a partir do óleo essencial, podem ser empregados os
fixadores utilizados na indústria de perfumes, sob a forma de resina, bálsamo, etc. Os
fixadores são usados em proporções que oscilam entre 0,1 e 0,5% e necessitam apresentar
algumas características básicas como serem perfeitamente solúveis em álcool e nos
princípios aromáticos, serem empregados em concentração adequada, não terem odor ou
contraste ou que prejudique os princípios aromáticos e serem incolores ou pouco coloridos.
Para ser aceito no mercado internacional, o óleo essencial deverá atender às seguintes
normas da International Organization for Standardization (ISO):
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1) Alambique: onde as partes frescas da planta, e algumas vezes as partes secas, são
colocadas.
2) Caldeira: produz o vapor que irá circular através das partes da planta forçando a quebra
das moléculas e, consequente, liberação do óleo essencial.
3) Tubo: localizado na parte superior do alambique. Neste tubo, o evaporado gerado pelo
alambique é recolhido e no final, através de resfriamento externo do tubo, ocorre a
condensação deste vapor (que contém água e óleo essencial).
4) Serpentina: responsável pelo resfriamento externo do tubo; pode usar água gelada ou
outro fluido refrigerante.
5) Decantador: local onde ocorre a separação da água e do óleo essencial gerados pelo
destilado.
No Brasil estes equipamentos não são produzidos em série, mas fabricados sob encomenda
em caldeirarias.
Figura 14 – Destilador para óleos essenciais Figura 15 – Destilador para óleos essenciais
com coleta do hidrolato tipo Clevenger
Fonte: (MARCONI, [2021]) Fonte: (MARCONI, [2021])
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DOSSIÊ TÉCNICO
Conclusões e recomendações
Extração de óleo essencial é uma operação aparentemente mais simples do que se pensa,
mas requer domínio da técnica para a sua execução, de modo a se obter o máximo de
eficiência do sistema e alto rendimento do produto requerido, além do conhecimento das
características químicas, físicas e bioquímicas da biomassa vegetal.
As aplicações e uso das técnicas e métodos de extração de óleos essenciais são opções
que cada pesquisador adapta as suas necessidades. Entretanto, o método de extração por
hidrodestilação ainda é o mais utilizado e viável economicamente, tanto em escala
laboratorial quanto em escala comercial.
As plantas que crescem naturalmente em regiões sem poluição ou que são cultivadas
organicamente fornecem óleos de melhor qualidade. Os produtos não orgânicos não são
recomendados, pois muitos pesticidas sintéticos não são solúveis nas substâncias
aromáticas da planta e podem ficar concentrados no óleo. A composição química dos
componentes dos óleos essenciais é determinada por dois fatores: um artificial (o processo
de destilação a vapor) e outro intrínseco à planta (a biossíntese das moléculas
constituintes).
As análises de mercado indicam que os óleos essenciais têm uma demanda cativa,
projetando uma prospecção altamente positiva para este mercado.
• Leitura complementar:
ETANOL é eficiente como solvente na extração de óleos essenciais. Jornal da USP, 23 jan.
2020. Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-agrarias/etanol-e-eficiente-
como-solvente-na-extracao-de-oleos-essenciais/>. Acesso em: 19 ago. 2021.
• Associação nacional:
Referências
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ARGENTIÉRE, R. Novíssimo receituário industrial. 4 ed. São Paulo: Ícone, 1992. 411 p.
CARDOSO, Maria das Graças et. al. Óleos essenciais. Disponível em:
<http://www.editora.ufla.br/BolExtensao/pdfBE/bol_62.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2006.
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DOSSIÊ TÉCNICO
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JARDIM DE FLORES. O mundo mágico dos aromas – parte 3. [S.l.], [200-?]. Disponível
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MUNIZ, Ana Rosa C. Extração de óleos essenciais usando fluido supercrítico. [S.l.],
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DOSSIÊ TÉCNICO
VITTI, Andréa M. Silveira; BRITO, José Otávio. Óleo essencial de eucalipto. Piracicaba,
2003. (Documentos Florestais, n. 17). Disponível em:
<http://www.ipef.br/publicacoes/docflorestais/df17.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2007.