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CASO 1

A busca pela ética está cada vez mais em evidência no mundo


moderno. O conceito de Ética deixou de ser apenas uma visão individual de
busca pelo viver bem, por satisfação pessoal e passou a ser abordada em
diversas áreas tornando-se objeto de estudo.

Ramificações de estudo da ética foram criadas como ética médica,


ética jornalística, ética política, etc, onde passa-se a estudar como o
comportamento ético, ou não, desses profissionais pode influenciar na
satisfação e consequente bem estar dos seus clientes, funcionários,
fornecedores, e consequentemente na sociedade em geral.

O mundo dos negócios, sempre tão dinâmico e competitivo, não


poderia ficar de fora. A ética empresarial tem cada vez mais destaque no
mundo dos negócios, onde aquele conceito antigo de que vale tudo pelo
lucro é retrógrado e imoral.

No primeiro exemplo do caso 01 vemos comerciantes independentes


que não têm influência na ética e caráter um dos outros, porém quando
falamos em empresas que possuem sócios, independentemente, da
formação sócio cultural da cada um, todos devem convergir num
pensamento ético em prol da empresa. Nesse caso é de suma importância
que seja elaborado um código de ética para ser o norte dos relacionamentos
interpessoais da empresa e com os demais agentes da sistema produtivo
como clientes, fornecedores, etc.

O código de ética deve ser claro e direto, englobando desde o mais


alto escalão dos dirigentes aos funcionários. Na descoberta de infração ao
código de ética por algum dirigente é de responsabilidade dos demais atuar
com rigidez para que o desvio de conduta individual não macule a
organização. Da mesma forma com os funcionários. Os chefes de setor
devem estar atentos ao comportamento dos funcionários e agir sob a
orientação do código e dos dirigentes quando houver desvios de conduta.

No segundo exemplo vemos um desvio de conduta já enraizado no


cotidiano da empresa, tanto que o funcionário já deve achar ser algo
comum, sem maiores danos e o faz sem culpa. O antigo dono por falta de
escrúpulos implantou um sistema de roubo no restaurante em questão e
talvez há época os funcionários se viram obrigados a praticar por medo de
perder o emprego, tendo depois de algum tempo tornado-se corriqueiro e
“normal” para os mesmos. Ao entrar um novo dirigente em cena lhe é
passado o procedimento e o mesmo é convencido que será bom para a
empresa e trará mais retorno financeiro, convencendo-o a aceitar o
esquema, porém há um desvio de ética enraizado nesse restaurante que
poderá trazê-lo a falência. Lesar o cliente nunca é bom negócio, será
descoberto e a imagem desse restaurante nunca mais se recuperará. É
necessário uma tomada de consciência ética do novo administrador e uma
reeducação completa do quadro de funcionários para que padrões éticos
estejam sempre em primeiro lugar no atendimento ao cliente com a máxima
urgência.

No exemplo da Ford temos um caso mais grave que não engloba


apenas o prejuízo financeiro e sim a real possibilidade de perda de vidas.

É um grande exemplo de como a falta de ética pode ser prejudicial.


Grandes corporações ainda têm encravado no pensamento dos seus
dirigente que no mundo dos negócios vale tudo pelo lucro. Grandes
empresas que tentam falir pequenas para comprá-las mais barato,
espionagem empresarial, roubo de matéria prima. Existem empresários que
não medem esforços para alcançar seus objetivos e por muitas vezes tomam
caminhos obscuros para o tal.

Devido há isso é cada vez mais imprescindível que os novos gestores


que estão entrando no mercado de trabalho venham com uma formação
sólida na parte ética, que tenham a real consciência da necessidade e o
valor que a ética traz aos negócios e a imagem da empresa bem como o
bem estar dos clientes, para que esse cenário vá se modificando cada vez
mais.

CASO 02

Como demonstramos no caso anterior, o pensar ético nos dias atuais


não é voltado apenas para uma satisfação individual, mas deve-se levar em
conta como nossas ações afetaram aos próximo e a sociedade em geral.

Para Kant, o ser humano deve fazer um exercício antes de agir. Esse
exercício simples consiste em pensar se aquela ação pode ser considerada
boa ou correta em qualquer situação em que ela for empenhada. Se a
resposta for sim, então é uma ação moralmente correta. Se a resposta for
não, é uma ação moralmente condenável. Bentham afirma que a
moralidade de uma ação não está na ação em si, mas em sua finalidade e
nos resultados dela.

Ou seja, no nosso caso que é o meio empresarial, temos que, antes de


tomarmos decisões, levar em consideração as consequências das mesmas
para os demais envolvidos no processo. E essa tomada de decisão deve
sempre ser pautada em um pensamento ético e moral.

É certo que o valor moral de cada pessoa varia da sua formação, de


sua influência sócio cultural, de onde nasceu, como viveu, suas relações
interpessoais, por isso é de suma importância que cada empresa desenvolva
seu código de ética para evitar desvios morais que possam prejudicar a
organização.

A ética profissional consiste basicamente em não prejudicar outras


pessoas ou organizações com suas ações. O crescimento e o lucro da
empresa é de suma importância, mas se não se der por meios éticos perdem
sua legitimidade.

CASO 03

Nesse caso vemos uma clara disputa que vem sendo travada em meio
as grandes corporações: Ética x Capitalismo.

Quando falamos em ética médica a responsabilidade é maior pois


trata-se de vidas humanas que estão em jogo. No caso em questão
entendemos que houve uma falha grave na conduta ética dos dirigentes
desse hospital que resultou na perda de uma valiosa vida. É preciso levar
em consideração que TODAS as vidas são valiosas, independente da classe
social.

Os médicos dessa instituição quebraram seu juramento e seu código


de ética e um preço muito alto foi pago por esse erro. Entendemos também
que o hospital é uma organização comercial que visa o lucro, porém como
já expomos anteriormente, tem valores que veem antes do capital.

Cremos que os primeiros socorros deveriam ser feitos no transeunte e após


o mesmo estabilizado aí sim ser transferido para um hospital público. Se
fosse verificado pela equipe médica que o mesmo não teria condições de
ser transferido todo o atendimento deveria ser dado no hospital em questão
após a recuperação do paciente ser lhe dado todas condições de pagamento
das despesas como parcelamentos e descontos. Se ainda assim o paciente
não tivesse como arcar, o hospital deveria colocar seu departamento
jurídico para que o paciente conseguisse o custeio de seu atendimento por
parte do governo. Assim seria salvo a vida do paciente e a empresa, o
hospital, não ficaria com prejuízo financeiro e nem maculado sua imagem.

CASO 04

Sempre que lidamos com recursos naturais, devemos fazê-lo de


forma sustentável para que futuras gerações possam usufruir os mesmos.
Empreendimentos que ficam nessas regiões devem passar pela análise e
vistoria dos órgãos governamentais competentes para que a natureza seja
protegida.

Até então o albergue em questão possui uma estrutura pequena em


total harmonia e equilíbrio com a natureza. É de difícil acesso que também
favorece a preservação ambiental.

O albergue deve ter um projeto para eliminação de resíduos sólidos,


aproveitamento das energias naturais e renováveis da região, treinar e
empregar mão de obra local, que são os mais interessados na preservação
do meio ambiente da região, dentre outros. O ramo do eco turismo está
cada vez mais em alta e a preservação ambiental é o carro chefe do mesmo.

O dono do albergue tem planos para expandir as áreas recreativas do


mesmo com quadras de tênis e campo de golfe que trarão impactos
ambientais como desmatamento. No nosso ponto de vista é uma atitude
equivocada que não trará o retorno financeiro esperado frente ao impacto
ambiental. O público alvo do empreendimento são clientes que amam estar
em contato com a natureza, que querem vislumbrar as belas paisagens do
local e navegar pelos seus afluentes em busca de uma pescaria. Para esse
público um campo de golfe ou de tênis não é um atrativo. Além do mais se
o órgão competente atuar de forma correta, sem corrupção, não liberará a
construção.
É necessário que o dirigente de um negócio conheça a fundo o seu
público alvo. O rústico, o natural nesse caso sairá mais em conta e com
maior lucro e procura.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

KANT, Immanuel. La metafísica de las costumbres. Trad. de Adela


Cortina Orts y Jesus Conill Sancho. 2. ed. Madrid, Espanha: Tecnos, 1994

ARAÚJO, Cicero. Bentham, o Utilitarismo e a Filosofia Política Moderna.


En publicacion: Filosofia política moderna. De Hobbes a Marx Boron,
Atilio A. CLACSO; DCP-FFLCH, USP. São Paulo, 2006.

BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da


legislação. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo. Editora Abril. 1974.

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