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Professor/a: Classificação:
Grupo I
D. no raciocínio humano que aceita como provável a sua existência com base nas
evidências empíricas.
A. teleológico e ontológico.
B. ontológico e cosmológico.
C. teleológico e cosmológico.
D. cosmológico e do mal.
4. A teoria da evolução é interpretada por muitos filósofos como uma objeção ao argumento
A. teleológico.
B. do mal.
C. ontológico.
Estes materiais encontram-se em formato editável na página do projeto, na Escola Virtual.
D. cosmológico.
A. se basear numa analogia fraca entre as coisas naturais e as coisas criadas pelos seres
humanos.
B. defender a existência do Deus teísta usando pelo menos uma premissa a priori.
B. provar a existência de Deus implica demonstrar que as cadeias causais não podem
regredir infinitamente.
A. o argumento teleológico.
B. a teodiceia de Leibniz.
D. a aposta de Pascal.
Grupo II
«Por que outra razão teriam as nossas pernas e braços três juntas, bem como os
dedos, senão por ser melhor do que ter duas ou quatro? E porque serão os nossos
dentes incisi- vos aguçados como cinzéis de corte, mas os nossos dentes interiores
largos para triturar, e não o contrário? Mas talvez tivéssemos conseguido sobreviver a
custo nessa circunstân- cia mais difícil. Mais uma vez, porque será a disposição dos
dentes tão feliz, ou, ao invés, porque não há dentes noutros ossos além dos maxilares?
Porquanto poderiam ter sido tão eficazes como estes. Mas a razão é nada ser feito
tolamente ou em vão; isto é, há uma providência divina que ordena todas as coisas.»
Henry More, citado em William Rowe, Introdução à Filosofia da Religião, Lisboa, Verbo, 2011, p. 92.
«Praticamente todas as religiões monoteístas professam que existe um ser divino que
é significativamente bom, instruído e poderoso. Os males deste mundo apresentam
vários desafios para estas religiões. O desafio mais severo é dirigido a pontos de vista
segundo os quais existe um ser que é totalmente bom, omnisciente e omnipotente. Pois
parece que tal ser teria a disposição moral, o conhecimento e o poder para prevenir
qualquer mal que seja, e disto pode-se facilmente concluir que, se existisse tal ser, não
haveria mal.»
Derk Pereboom, “The Problem of Evil”, em William E. Mann (ed.), The Blackwell Guide to the Philosophy
of Religion, Nova Jérsia, Blackwell Publishing Ltd., 2005, p. 148.
1.1. Esclarece o problema abordado no texto e toma uma posição sobre a tentativa de
Leibniz de o resolver.
Justifica mobilizando os conceitos e os argumentos estudados.
COTAÇÕES
Grupo I
1. D.
2. C.
3. C.
4. A.
5. B.
6. D.
7. A.
8. C.
9. A.
10. B.
Grupo II
1. Deus é definido como ser supremo, que possui todas as qualidades possíveis no mais alto
grau imaginável. Assim, para Anselmo de Cantuária, é obrigatório que Deus exista, pois existir
é uma qualidade suprema. Negar que Deus existe é impossível, pois a existência faz parte da
sua definição. Tal como não podemos negar que um triângulo tem três lados, não podemos
negar que Deus existe. Afirmar que Deus não existe é afirmar uma impossibilidade lógica. Se o
fizermos, caímos em contradição.
2. Pascal começa por considerar que a razão epistémica é insuficiente para responder à
questão sobre a existência de Deus. No entanto, considera que devemos utilizar a razão
prudencial, segundo a qual é racional pensar e agir de acordo com aquilo que apresentar
melhores resultados para nós. Se, entre as alternativas disponíveis, os resultados de uma
alternativa X forem melhores do que os das outras, devemos escolher X.
Depois de estabelecer este princípio prudencial, Pascal mostra que acreditar em Deus é melhor
do que não acreditar. Se acreditarmos e Ele existir, ganhamos a felicidade eterna. Se
acreditarmos e Ele não existir, apenas perdemos o tempo dedicado à oração e ao culto – nada
comparável com o que perdemos na terceira hipótese.
Se não acreditarmos e Ele existir, perdemos a felicidade eterna. Esta perda é imensamente
mais significativa do que o ganho da última hipótese – não acreditar e Ele não existir, caso em
que apenas ganhamos o tempo dedicado ao culto e à oração. Assim, fica fundamentada a
crença de que acreditar em Deus é melhor do que não acreditar, quer Deus exista, quer não.
Logo, conclui Pascal, devemos acreditar em Deus.
3.
3.1. O autor do texto refere-se ao argumento teleológico. Este raciocínio parte da constatação
de que as coisas naturais parecem possuir uma finalidade, parecem todas elas adaptadas
às suas funções e propósitos. Essa adequação de cada coisa ao seu propósito não pode
ser fruto do acaso. Como nada é «feito tolamente ou em vão», incluindo essa adaptação
às finalidades, tem de existir uma «providência divina que ordena todas as coisas». Tal
como um artefacto criado pelo ser humano e adequado à sua finalidade deve a sua
origem e orientação a esse criador humano, também o mundo das coisas naturais, tão
adaptadas às suas funções, teve de possuir um criador.
3.2. Opção A – A analogia entre os artefactos humanos e o mundo natural é fraca, pelo que
muitos a consideram falaciosa. A sua debilidade advém do facto de existirem imensas
diferenças entre os artefactos concebidos e criados pelo ser humano e o mundo natural
na sua totalidade. Essas diferenças destroem a eficácia da comparação e, portanto, da
ideia de que também o mundo tem um criador.
Opção B – A teoria da evolução veio demonstrar racionalmente que podemos explicar a
adaptabilidade dos seres vivos aos seus propósitos e finalidades mediante o processo de
seleção natural. Esta explicação racional é muito mais plausível do que a explicação
divina, pois baseia-se em evidências científicas e não apenas na especulação, no
pensamento. Se é possível explicar racionalmente a adaptação dos seres vivos aos seus
propósitos sem recorrer à ideia de Deus, então o argumento teleológico perde a sua força.
Grupo III
1.
1.1. O problema abordado no texto é o problema do mal. A existência do mal é tida por alguns
como incompatível com a existência de um Deus teísta – totalmente bom, omnisciente e
omnipotente. Como é referido no texto, um ser com estas características não deveria
permitir a existência do mal, pois se é perfeitamente benevolente, só quer o bem, se é
omnisciente, conhece tudo o que se passa no mundo e conhece todas as formas
possíveis de intervir para evitar o mal, e se é omnipotente, é capaz de qualquer
intervenção para impedir a existência do mal. No entanto, constatamos a existência do
mal. Se o Deus teísta existisse, não existiria o mal.
Opção A – A teodiceia de Leibniz é capaz de responder ao argumento do mal de forma
convincente. Todo o mal tem um sentido para existir, que é proporcionar um bem maior.
Deus criou o melhor dos mundos possíveis que, por definição, tem de incluir algum mal,
senão ficaríamos privados dos bens que se alcançam somente através desses males – o
bem do perdão só se alcança pelo mal da falta ou da ofensa.
Opção B – A teodiceia de Leibniz é capaz de responder apenas ao argumento lógico do
mal, mas não ao argumento indiciário. Leibniz defende que a existência do mal faz sentido
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mesmo existindo um Deus teísta. O mal que existe no mundo tem uma função superior:
permitir bens maiores. No entanto, existem sofrimentos tão atrozes e despropositados que
é impossível imaginar algum bem que possa advir deles. Se o Deus teísta existisse, não
existiria o mal sem sentido; como o mal sem sentido muito provavelmente existe,
concluímos que o Deus teísta muito provavelmente não existe.