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Na lista de obras e textos para a Educação Literária, as Aprendizagens Essenciais indicam, para a abordagem do Sermão de Santo António, a leitura integral dos capítulos I e V e a
leitura de excertos dos restantes capítulos.

Contextualizar
Texto A
Nota: Durante a visualização do Texto A, deve chamar-se a atenção para a pronúncia incorreta da palavra «pregadores» pelo locutor, ou, em alternativa, solicitar-se aos alunos
que identifiquem a incorreção.
1. A estratégia visa destacar o facto de os sermões serem «o centro mediático do seu tempo». A figura do pregador reunia todas as atenções e movia multidões, à semelhança do
que acontece atualmente com figuras mediáticas de diferentes áreas.
2. «Vida aventurosa» de Vieira, marcada pelas passagens por diversos continentes e países e múltiplas funções. «A experiência de cenários extremos»: a atividade no Brasil, em
contacto com as populações indígenas. O contacto com «o luxo das grandes cortes e dos palácios europeus», em Portugal e na Itália.
2.1. A escrita de Vieira, associada ao seu papel de orador, possuía uma intenção persuasiva, procurando sensibilizar para questões sociais e morais e influenciar compor-
tamentos.

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Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do excerto do documentário

Sugestão de trabalho:
O programa Portugueses com História (RDP Internacional) dedicou uma das emissões ao Padre António Vieira, focando a vida e a obra do orador. É possível aceder à rubrica
radiofónica através do link: https://www.rtp.pt/play/p4408/e331917/portugueses-com-historia

Texto B
3. (A) Falsa. «sermões vieirianos cujas teses abandonam o teor teológico para abraçarem o moral e o político.» (ll. 8-9). (B) Verdadeira. Primeiro parágrafo. (C) Verdadeira. Linhas
14-17 e último parágrafo.

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Texto C
4. (a) Contexto internacional: Reforma; domínio dos Habsburgos; Contrarreforma; Concílio de Trento; Inquisição; guerras religiosas. (b) Contexto português: desaparecimento de D.
Sebastião em Alcácer Quibir; perda da independência e união ibérica.

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Texto D
5. As facetas do Barroco, procurando a ostentação e o exagero nas diversas manifestações artísticas, contribuíam para encantar e seduzir e, desse modo, persuadir os
destinatários.

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Textos E, F, G
6. Docere: exemplos, citações de textos sagrados e de obras clássicas.
Delectare: discurso figurativo (alegoria, metáfora, comparação); outros recursos expressivos (trocadilho, enumeração, antítese).
Movere: elementos não verbais (voz, gestos), apóstrofe, interrogação retórica, frases exclamativas e imperativas, argumentos de autoridade.

Sugestão:
A importância da eloquência enquanto arte de bem falar em público pode ser explorada a partir do trailer do filme O Discurso do Rei, disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=uoxzoDCelpQ
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Manual Digital

PowerPoint®
Sermão de Santo António

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Letras prévias
1.1. A expressão significa «falar para quem não quer ouvir» e teve origem na lenda de Santo António, que, não sendo escutado pelos homens, resolveu dirigir as suas palavras
aos peixes.
1.2. Sentindo-se em situação semelhante à de Santo António, sendo ignorado pelos homens num tempo de «corrupção», Vieira resolve, como ele, mudar o seu auditório
e dirigir a sua pregação aos peixes.
Nota: A transcrição dos excertos do «Sermão de Santo António» segue a edição da Obra Completa do Padre António Vieira do Círculo de Leitores, dirigida por José Eduardo
Franco e Pedro Calafate. A pontuação foi atualizada nos casos em que o original não corresponde às normas sintáticas atuais.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 28

Educação Literária
1.1. (a) ouvintes; (b) «impedir a corrupção» (l. 3); (c) «a terra se vê tão corrupta como está a nossa» (l. 3); (d) «o sal não salga» (l. 5); (e) «a terra se não deixa salgar» (l. 5); (f) os
Pregadores não cumprem a sua função e não transmitem «a verdadeira doutrina» (l. 6), «dizem uma coisa e fazem outra» (ll. 8-9) e «se pregam a si, e não a Cristo»
(ll. 10-11); (g) os ouvintes não querem receber a doutrina (ll. 7-8), preferem imitar o que fazem os pregadores do que «fazer o que dizem» (l. 10) e, «em vez de servir a Cristo,
servem a seus apetites» (ll. 11-12); (h) «lançá-lo fora como inútil, para que seja pisado de todos» (ll. 17-18); (i) Cristo; (j) Mudar de auditório; (k) Santo António.
1.2. No primeiro parágrafo, recorre-se ao paralelismo para apresentar as diferentes hipóteses, introduzidas pela conjunção coordenativa disjuntiva, que respondem à questão co-
locada anteriormente. As interrogações concretizam hipóteses para as quais o orador vai apresentando possíveis respostas.
2. O conceito predicável, associando metaforicamente os pregadores ao sal que age sobre a terra, evitando a sua corrupção, não é, segundo Vieira, suficiente para dar conta
da amplitude da atuação de Santo António, pois este, tendo pregado aos homens e aos peixes, «foi sal da terra, e foi sal do mar» (ll. 42-43).
3. a. Os determinantes demonstrativos destacam a proximidade dos espaços em que o orador tem sentido a indiferença face à sua doutrina.
b. A enumeração salienta a forma continuada e repetida dos sermões, que, ainda assim, são ignorados.
c. A adjetivação evidencia as virtudes da doutrina que a tornam necessária.

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Gramática
1.
1. (D); 2. (A); 3. (B); 4. (E); 5. (C).
2. (D). 3. (B). 4. (B)

À letra
A rubrica «À letra» visa promover a reflexão sobre a presença, na língua portuguesa, de palavras ou expressões que, devendo usar-se em situações comunicativas distintas, se
confundem frequentemente e originam erros e incongruências. Nos vídeos interativos, explica-se o sentido de cada uma das palavras, expressões ou formas verbais e explici-
tam-se os contextos de utilização apropriados. Deste modo, existindo uma forma correta para a opção apresentada na atividade do manual, realça-se que também a alternativa, inade-
quada nesse contexto, é válida e correta noutros (igualmente exemplificados no vídeo).

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Educação Literária
1. O pregador considera os peixes o «pior auditório», mas destaca a sua capacidade de ouvir. Antecipando o facto de não se poderem converter, associa-os aos ouvintes
que ignoram a sua palavra e que está acostumado a conhecer, desse modo dirigindo uma crítica ao auditório humano marcado pela insensibilidade e pelo desinteresse
face à palavra de Deus.
2. Vieira retoma o conceito predicável no momento em que concretiza a exposição do seu sermão. Tal como o sal apresenta «duas propriedades» (l. 8), «conservar o são, e
preservá-lo» (ll. 8-9), assim também o seu discurso se organizará em dois momentos: «louvar o bem» (l. 11) e elogiar as virtudes dos peixes e «repreender o mal» (ll. 11-12) e
criticar os seus «vícios» (l. 14).
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3. (a) 5.; (b) 7.; (c) 2.; (d) 1.
4. A história de «António» (o santo ou, em circunstâncias semelhantes, o pregador) realça a natureza distinta dos homens e dos peixes. Aqueles, sendo racionais, não
mostraram uso adequado da «razão», agindo como se fossem «feras» (l. 39) irracionais, e ignorando a palavra de Deus; estes, mesmo sem faculdades que os dotassem
para tal, acudiram à sua voz e ouviram-no com atenção.
5.1. Os peixes são elogiados por, ao contrário do que acontece com os outros animais que, vivendo junto do homem, se deixam domesticar (e sofrem devido a essa subju-
gação), se manterem afastados do homem, revelando, por essa razão, grande prudência.
5.2. O paralelismo salienta a ideia de que os animais referidos, embora aparentem ter uma vida feliz com os homens, estão, na realidade, privados da sua liberdade e sob
o seu domínio.

Oralidade
1.1. A vandalização da estátua de Padre António Vieira, com tinta vermelha e a inscrição «descoloniza».
1.2. (B)
1.3. (C)

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Página 33

Em destaque
1. a. «os comportamentos errados dos homens» (ll. 7-8); «sociedade portuguesa colonial no Brasil do século XVII e dos homens em geral» (ll. 21-22).
b. Linhas 3-6 e 22-25.

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Educação Literária
1. Depois de apresentar cada um dos peixes, Vieira descreve as suas virtudes (o poder curativo e purificador do peixe de Tobias, a força da rémora e a descarga elétrica do
torpedo) e os efeitos que as mesmas produzem: o peixe de Tobias cura a cegueira e expulsa os demónios; a rémora prende o leme dos barcos; o torpedo faz tremer os pesca-
dores. Em seguida, exemplifica essas mesmas virtudes na figura de Santo António.
2. Tal como o peixe de Tobias, Santo António possuía a capacidade de curar a «cegueira» dos homens, se estes não se assustassem com as suas palavras e seguissem os
seus ensinamentos.

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3. A rémora, representando a força e a capacidade de discernimento, permite a crítica aos homens que carecem dessas qualidades e que «embarcam» na «Nau Soberba»,
entregando-se inconsequentemente à ganância até à perdição, ou à «Nau Cobiça», cedendo à ambição desmedida.
4. O pregador manifesta inveja pela descarga elétrica produzida pelo torpedo, já que desejaria que os que «pescam» alegoricamente na terra sofressem esse efeito tre-
mente e tomassem consciência dos seus erros.
5. Através da interrogação retórica, Vieira expressa a sua incredulidade perante o comportamento dos homens. De facto, ao comparar a pesca no mar e na terra, esta última em
sentido metafórico, conclui que são bastantes mais os instrumentos utilizados pelos homens, que se aproveitam dos seus semelhantes, muitas vezes beneficiando de posições
de poder, para as quais remetem os objetos mencionados. Contudo, e apesar dadiversidade dos «pescadores», eles não se arrependem, o que motiva a admiração do pregador.

Oralidade
1.1. Tal como no sermão, o peixe é apresentado a partir da descrição das suas qualidades, seguindo-se a explicitação dos seus benefícios para os homens (neste caso, de forma
concreta e não alegórica).
1.2. Resposta pessoal.
Sugestão: o peixe-zebra consegue regenerar a sua medula espinhal; muitos homens, tendo quebrado a sua coluna vertebral (em sentido alegórico, cedendo a pressões ou à neces-
sidade e entregando a sua vida ou o seu amor-próprio a outra pessoa, a quem se dedicam), seguindo o seu exemplo, poderão recuperá-la (restaurando a sua dignidade).

Em relação
1. Tanto o sermão como as cantigas exploram a crítica social a partir da referência ou alusão a aspetos do quotidiano merecedores de censura (como a decadência da nobreza e o
culto das aparências, na poesia trovadoresca, ou os vícios dos homens no período de colonização do Brasil, no sermão). A crítica é, contudo, construída de modos diferentes: o
sermão privilegia a alegoria e o discurso figurativo; as cantigas valorizavam a sátira e a ironia.

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3. Fichas de Oralidade
Exposição sobre um tema

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Oralidade
Exposição sobre um tema
Página 40

Letras prévias
1.1. As relações humanas assentam na exploração de «presas» por «predadores».
1.2. Tal como o capítulo IV do Sermão de Santo António, o filme desenvolve a ideia de que os seres humanos se aproveitam uns dos outros (se «comem» uns aos outros).

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Educação Literária
1. A frase estabelece a ligação entre os dois grandes momentos do sermão: findos os louvores aos peixes, é tempo, por oposição (como sugere o conector «porém»), de apresentar as
repreensões aos peixes.
2. (a) 1 a 76; (b) Comem-se uns aos outros; (c) «Os homens com suas más, e perversas cobiças vêm a ser como os peixes, que se comem uns aos outros» (ll. 9-10); (d) Santo
Agostinho (l. 8); (e) Os grandes comem os pequenos (ll. 5 e 44-45); (f) Comem-se vivos (ll. 31-32); (g) Comem-se como pão, sempre e com tudo (ll. 46-49); (h) Um homem
que morreu (ll. 23-29); (i) Um homem acusado de um crime (ll. 34-40); (j) 77 a 95; (k) Ignorância e cegueira (l. 78); (l) «Cá se deixam pescar os homens pelo mesmo en-
gano, menos honrada, e mais ignorantemente.» (ll. 85-86); (m) O homem do mar que seduz com tecidos (ll. 86-92).
3. (a) 2.; (b) 3.; (c) 2.; (d) 1.
4. a. A metáfora joga com o duplo sentido da palavra «terra»: na primeira ocorrência, refere-se a sepultura, mas, na segunda, a palavra remete para a sociedade, insinuando a
rapidez e a intensidade com que explora o ser humano. b. A metáfora associa ao pão os «pequenos», ou seja, os que, na sociedade, são mais vulneráveis. Da mesma forma como
o pão é acompanhamento regular de outros alimentos, também os mais frágeis são constantemente explorados pelos poderosos. Assim, o orador intensifica a ganância ávida
dos poderosos e a fraqueza dos pequenos, continuamente expostos ao «apetite» daqueles.
5. O exemplo justifica o conselho do pregador aos peixes para que se protejam pois, tal como o xaréu, podem facilmente passar de predadores a presas de outros peixes
maiores e enfatiza a ideia de que os grandes/maiores comem os mais pequenos, sendo que a sua superioridade é relativa e condicional.
6. A evocação da lenda de Santo António serve ao orador para reforçar o seu apelo aos peixes. Se lhes foi possível, de acordo com a lenda, ouvir o santo com devoção, «muito
quietos, muito pacíficos e muito amigos todos» (ll. 69-70), eles serão capazes do mesmo comportamento pacífico e fraterno, que limitará o seu «apetite particular» (l. 67) e os im-
pedirá de se comerem uns aos outros.

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Gramática
1. Panificação, panífero, panificar, panificador.
2. a. Apócope e sonorização. b. Apócope e vocalização.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.
Sugestão de trabalho:
Em articulação com o assunto do capítulo IV do Sermão de Santo António, pode configurar uma outra atividade de escrita a elaboração de uma apreciação crítica da curta-
-metragem de animação «O emprego», de Santiago Bou Grasso, que serve de base a uma proposta de trabalho na página 72 do manual, na secção «Letras em dia».

Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Apreciação crítica
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Apreciação crítica
Grelha de autoavaliação da Escrita

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica (Cartoon de Vasco Gargalo)
Avaliação
Fichas de Escrita
Apreciação crítica
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Apreciação crítica
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 45

Em destaque
1. Discurso engenhoso, com recurso a repetições, simetrias, oposições. Exemplos. Alegoria e metáfora. Tom familiar (com os peixes). Repetições, aliterações. Exploração do
campo lexical de «visão». Formas verbais no imperativo. Exclamações, paradoxos, antíteses.
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Praticar
1. «Nós» e «vemos» – o orador e os habitantes do Maranhão. «aqui»: o Maranhão.
1.1. Exemplo: em contexto escolar, um aluno pode usar a frase para salientar o empenho dos funcionários. «Nós» e «vemos» terão como referentes os alunos, grupo em que se in-
tegra o falante; «aqui» remeterá para a escola.
2. a. «Olhai» – Dêixis temporal e pessoal; «lá» – Dêixis espacial.
b. «virais» e «haveis de olhar» – Dêixis temporal e pessoal; «cá» – Dêixis espacial.
c. «vejais» – Dêixis temporal e pessoal; «estes» – Dêixis espacial.
3. «me», «vós» – Deíticos pessoais.
«aquela», «estas» – Deíticos espaciais.
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questão de aula
Dêixis
3. Fichas de Gramática
Dêixis

Manual Digital

PowerPoint®
Dêixis
QuizEV
Dêixis
Avaliação
Questão de aula e fichas de Gramática
Dêixis

Página 48

Oralidade
1. Resposta pessoal, focando a exploração do homem pelo homem associada ao racismo, à xenofobia e ao discurso de ódio.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste de Oralidade 1
3. Fichas Oralidade
Exposição sobre um tema

Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Oralidade – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Expressão oral formal

Manual Digital

Avaliação
Teste de Oralidade 1
Fichas de Oralidade
Exposição sobre um tema
Rubrica e grelhas de avaliação

Página 49

Letras prévias
1.1. O sujeito poético aconselha o interlocutor a mudar o seu comportamento e a agir sem se disfarçar e sem criar uma «fachada» (aparência, aspeto) descomprometida e
alheada da realidade.
1.2. A pessoa que o sujeito poético interpela no tema musical partilha com os seres humanos alegoricamente representados pelos peixes no capítulo V do sermão alguns traços
de carácter: a ambição (voadores), o oportunismo (pegadores) e a hipocrisia/dissimulação (polvo).

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do tema musical

Manual Digital

Áudio
Tema musical Fachada
Página 54

Educação Literária
1. Sugestão de resolução no Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Sugestão de resolução de atividades

2. Vieira alerta os peixes para que evitem explorar as riquezas que podem ser encontradas nos destroços de uma embarcação naufragada. Através da alegoria, critica os
homens por se apropriarem do que não lhes pertence.

Página 55

Em relação
1.1. O poeta recusa cantar os ambiciosos que colocam os interesses pessoais acima do bem comum, desrespeitando a lei de Deus e a lei dos homens (est. 84, vv. 2-4), e que
ascendem ao poder para satisfazerem os seus vícios (est. 84, vv. 5-8); os falsos ou dissimulados que abusam do poder para servirem os seus desejos (est. 85, vv. 1-4); os que
oprimem e exploram o povo, roubando os mais pobres (est. 85, vv. 6-8), pagando salários injustos (est. 86, vv. 1-4) e aplicando impostos excessivos (est. 86, vv. 5-8).
Sugestão de resposta adaptada dos Critérios de Classificação da Prova Escrita de Português, 12.º ano de escolaridade, 2013, 2.ª fase, GAVE.
2. Tal como Camões, Vieira denuncia os ambiciosos, através dos peixes voadores, os oportunistas, através dos pegadores, e os dissimulados, através do polvo. O pregador
salienta a exploração do homem pelo homem, que Camões exemplifica nas estâncias transcritas, também no Capítulo IV, em que, em termos gerais, critica a antropofagia e
censura os que se servem da sua posição de superioridade ou de poder para se aproveitarem dos mais fracos.

Página 57

Leitura • Gramática
1. (B)
2. (C)
3. (C)
4. (A)
5. (D)
6. a. Sujeito. b. Complemento do nome.
7. a. Dêixis pessoal e temporal. b. Dêixis pessoal.

Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Questões de aula Leitura e Gramática
3. Fichas de Leitura
Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Questões de aula e fichas de Leitura
Apreciação crítica

Página 58

Educação Literária
1.1. Através da comparação com os peixes, em que estes saem encarecidos, e da interpelação aos peixes, Vieira recapitula os principais argumentos usados para valorizar o
auditório escolhido, em alternativa aos homens. Assim, estes são criticados e os seus defeitos enumerados de forma sintética e expressiva, no final do sermão, destinado a
comover e influenciar.

Página 59

Escrita
1. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint com exemplo de texto.
Dossiê do Professor
3. Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
4. Rubricas de avaliação
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de exposição
Avaliação
Fichas de Escrita
Exposição sobre um tema
Rubrica e grelha de avaliação da Escrita – Exposição sobre um tema
Grelha de autoavaliação da Escrita

Página 60
Dossiê do Professor
3. Fichas de Leitura e Oralidade
Discurso político

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Leitura e Oralidade
Discurso político

Página 61

Leitura • Oralidade
1.1. Os deíticos presentes no primeiro parágrafo identificam o enunciador («Eu», «vivi», «cresci», «minha»...) e situam-no espacial e temporalmente («vivi», «ali», «nessa»,
«aqui», «voltei», «aquela», «esta») em relação às vivências pessoais que começa por descrever no seu discurso, para introduzir o tópico da democracia e da motivação dos
cidadãos.
1.2. A partir da linha 16, João Miguel Tavares passa a utilizar a primeira pessoa do plural, assumindo-se como parte de uma coletividade a que dá voz no seu discurso.
1.3. A enumeração gradativa («cada família, cada pai, cada adolescente») sugere que a desilusão é sentida no núcleo familiar pelos adultos, mas igualmente pelos jovens, que
sentirão os efeitos do desencanto. A estrutura anafórica elenca os motivos da frustração, face à desvalorização do mérito e à deturpação do funcionamento do mercado
laboral, metaforicamente referido como «jogo [...] viciado».
1.4. (C); 1.5. (C).

Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência

Página 62
2.1. As alusões a Os Lusíadas e à lírica de Camões introduzem a reflexão sobre a necessidade de substituir a «exaltação patriótica» e a valorização do coletivo pela «pai-
xão por cada ser humano» e atenção ao próximo.
2.2. João Miguel Tavares pede aos cidadãos que contribuam para «um bem maior» e para um «Portugal melhor e mais justo». Apela aos políticos para que «ofereçam um
objetivo claro» e um rumo mobilizador aos cidadãos e que lhes deem «alguma coisa em que acreditar» e que evidencie o «sentimento comum de pertença».
2.3. A estrutura paralelística «É preciso dizer... – tu contas» e o recurso a orações condicionais («E se...»).
2.4. Os recursos não verbais, em particular as pausas/os silêncios, o tom de voz ou as expressões do orador, contribuem para conferir expressividade ao discurso, real-
çando palavras, frases ou ideias e propiciando oscilações de ritmo que contribuem para a consecução dos objetivos da eloquência, nomeadamente o «delectare» e o
«movere».

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5. Materiais de apoio
Transcrição do vídeo

Manual Digital

PowerPoint®
Discurso político
Página 64
Dossiê do Professor
3. Fichas de Gramática por sequência

Página 65

Teste rápido de revisão


1. (C)
2. (C)
3. (B)
4. (A)
5. (D)
6. (D)
7. (B)

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Gramática por sequência
PowerPoint®
Sermão de Santo António

Página 66

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. O excerto corresponde à confirmação do Sermão de Santo António, mais concretamente ao início do capítulo IV, no qual, depois de concluídos os louvores (em geral e
em particular) aos peixes, o pregador inicia o momento dedicado às repreensões. Estas serão, neste capítulo, apresentadas na generalidade.
2. Vieira manifesta a sua indignação pelo facto de os peixes se comerem uns aos outros, condenação agravada pela «circunstância» de serem os grandes a comerem os
pequenos.

Página 67
3. (C)
4. Para levar os ouvintes a «ver» o comportamento que repreende nos peixes e que exemplifica através dos homens, Vieira recorre à utilização de palavras e expressões associadas
à visão («vejais», l. 16, «Olhai», l. 16, «olhos», l. 17, «olhar», l. 18), à repetição de formas verbais do verbo «ver» («Vede(s)», ll. 20, 21 e 22, e «vejais», ll. 16) e à estrutura paralelística
nas linhas 20 a 23.
5. Com o recurso à interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de consciência de que os «grandes» se alimentam dos «pequenos» também, e sobretudo,
na cidade, o espaço das pessoas civilizadas. Ao contrário do que poderia ser expectável, é entre «os brancos» que o «açougue» (l. 19) assume proporções mais condenáveis,
uma vez que os homens da cidade desenvolveram uma maior diversidade de estratégias para se «comerem» (ll. 20-24).
Parte B
6. Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.

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PowerPoint®
Proposta de exposição

Página 68
Grupo II
1. (C)
2. (B)
3. (A)

Página 69
4. (B)
5. (D)
6. «em que escrevi o livro»
7. Dêixis temporal e dêixis pessoal.
Grupo III
Resposta pessoal.
Cf. PowerPoint® com exemplo de texto.
Dossiê do Professor
2. Testes e Questões de aula
Teste 1, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questões de aula
Padre António Vieira, Sermão de Santo António
Gramática por sequência
3. Fichas de Educação Literária
Padre António Vieira, Sermão de Santo António

Manual Digital

PowerPoint®
Proposta de apreciação crítica
Avaliação
Teste 1, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Ficha de Educação Literária
Padre António Vieira, Sermão de Santo António
Questões de aula
Padre António Vieira, Sermão de Santo António
Gramática por sequência
Testes interativos
Sequência 1

Página 70

Perfil dos Alunos


As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promoto-
ras das competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
Incidem sobretudo em domínios e áreas constantes das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento.
Sobre estas páginas, leia-se a informação apresentada na parte 7. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
7. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave do PASEO promovidas:


A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
F Desenvolvimento pessoal e autonomia
G Bem-estar, saúde e ambiente
H Sensibilidade estética e artística
I Saber científico, técnico e tecnológico

Página 71
Dossiê do Professor
4. Rubricas de avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Manual Digital

Avaliação
Rubrica de avaliação da secção «Letras em dia» – Projetos interdisciplinares

Página 74
As Aprendizagens Essenciais, na lista de obras e textos para a Educação Literária, indicam a leitura integral de Frei Luís de Sousa.

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