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Notas de aula

Unidade I – Bioética e Biodireito

Videoaula “A Ética da Responsabilidade de Hans Jonas”

• Discípulo de Martin Heidegger.


• Luta contra o nazismo.
• Obras principais: “O princípio vida: fundamentos para uma biologia filosófica” e
“Princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica”.
• Segundo Jonas, a Ética torna-se parte da filosofia da natureza. A Ética
ultrapassa o ser humano e deve ser fundada na amplitude do ser para que
tenha significado.
• Seu pensamento é estimulado por dois grandes eixos, que dão origem a sua
proposta de transformação da Ética:
o A intervenção tecnológica na natureza, submetendo-a ao uso humano e
passível de ser alterada drasticamente;
o A intervenção extra-humana, por meio da manipulação do patrimônio
genético.
• A Ética tradicional ocupa-se com o aqui e o agora dentro dos limites do ser
humano, não se referindo a coisas extra-humanas, como os seres vivos em
geral.
• Ética para o futuro: contemplação das gerações futuras.
• O ser humano passa a ser escravo e objeto do seu próprio artifício.
• Novo imperativo: “Aja de modo a que os efeitos da tua ação sejam compatíveis
com a permanência de uma autêntica vida sobre a Terra”.
• Responsabilidade como um agir ético e prévio.
• Ausência de reciprocidade: ao dever que a Ética da Responsabilidade impõe
não se liga, necessariamente, um direito.
• Princípio responsabilidade:
o O primeiro dever corresponde à realização de um prognóstico dos efeitos
a longo prazo da ação humana, ainda incertos. Por isso, exige-se o dever
de cautela, de prever o futuro, por meio de uma representação das
probabilidades;
o O segundo dever corresponde a ser afetado pelo temor da concretização
do mal imaginado e projetado.
• Jonas defende a primazia do mau prognóstico sobre o bom prognóstico. Os
motivos são:
o a incapacidade do ser humano de realizar prognósticos de longo prazo,
prevendo o alcance dos efeitos de suas ações atuais;
o a dificuldade de se corrigir os erros.
• Não se deve apostar em ações de risco, que exponham a perigo a continuidade
da humanidade.
• “Existo, logo penso”, reflito, duvido. A dúvida deve ser tomada como certeza no
agir prudente.
• A ação responsável é aquela que considera o futuro da humanidade.
• O “saber agir” tem forte apelo dirigido à liberdade do agente da transformação,
mas essa liberdade volta-se também para as gerações futuras.

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