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A construção do conhecimento

científico. As bases de pesquisa


científica.
1º Período B Psicologia
Profe.: Fábio Rodrigues Carvalho
O Problema do Conhecimento:

Enigmático e cheio de limitações.

Realidade múltipla e complexa.

Questões fundamentais: Possibilidade de conhecer a verdade? O que é


verdade? Como podemos ter certeza do conhecimento?

O Trinômio: Verdade - Evidência - Certeza é

importante para a construção do pensamento

científico.
A Verdade:

Limitações humanas e complexidade da realidade.

Desvelamento parcial da realidade.

Importância do esforço humano na busca da verdade.

A Evidência:

Evidência como critério da verdade.

Manifestação clara e transparência.

Necessidade de desvelamento da natureza e essência das coisas.


A Certeza:
Adesão firme à verdade.
Fundamentação na evidência.
Relação entre evidência, verdade e certeza.

Estados de Espírito:
Ignorância, Dúvida e Opinião.
Exploração dos diferentes estados mentais diante da manifestação do objeto.
Análise da ignorância como ausência de conhecimento devido à falta de
desvelamento.
Distinção entre dúvida espontânea, dúvida refletida, dúvida metódica, dúvida
universal.
Compreensão da opinião como afirmação com temor de engano.
Importância da Clareza e Evidência
Reconhecimento da necessidade de clareza e evidência para sustentar o
conhecimento.
Reflexão sobre como a falta de evidência leva a diferentes estados mentais.

O Espírito Científico como Produto da História


Formação progressiva do espírito científico ao longo da história.
Reconhecimento da importância das técnicas de pesquisa exatas e
verificáveis.
Compreensão do espírito científico como resultado da interação entre
indivíduos e comunidades científicas.
Necessidade de Iniciação e Familiaridade com Métodos Científicos

Importância da formação adequada e da familiaridade com os métodos


científicos.

Reconhecimento da necessidade de rigor, seriedade e liberdade na


investigação científica.

Reflexão sobre os desafios e responsabilidades dos pesquisadores na busca


pela verdade.
A Complexidade do Mundo e a Necessidade de Conhecimento:
Mesmo com todo conhecimento, o mundo é complexo e desafiador.
O humano antigo enfrentava a hostilidade da natureza e buscava compreendê-la
para sobreviver.
Exemplo do fogo como uma descoberta que transformou a vida do ser humano,
mas levantou questões sobre sua natureza e uso.

Os Saberes Espontâneos:
Construídos a partir da experiência e observação pessoal.
Exemplo dos humanos aprendendo a acender o fogo.
Objetivo principal: entender o funcionamento das coisas para controlá-las e
melhorar a qualidade de vida.
Mitos e Explicações do Mundo:

Religiões e mitologias respondiam às primeiras inquietações sobre o mundo.

Uso de mitos para explicar o desconhecido e o sobrenatural.

Intuição e Senso Comum:

Intuição como percepção imediata sem raciocínio.

Senso comum como conhecimento originado de observações sumárias da


realidade.

Limitações do senso comum, exemplificado pela crença de que o Sol girava


em torno da Terra.
Tradição e Transmissão de Saberes:
Elaboração da tradição como meio de compartilhar saberes úteis para a vida.
Uso da autoridade para transmitir tradições, como na religião e nas normas
sociais.
Exemplo da transmissão de conhecimentos sobre casamento pela Igreja Católica.

Escola e Autoridade:
Instituição escolar como transmissora de conhecimento selecionado pelas
autoridades.
Ensino de interpretações específicas de fatos históricos e outros conteúdos.
Missão da escola em ensinar também a construção do saber e o pensamento
crítico.
Trajetória do Saber Racional
Surgimento do desejo por conhecimentos metodicamente elaborados.
Importância dos filósofos gregos na distinção entre sujeito e objeto.
Desenvolvimento dos raciocínios dedutivo e indutivo.
Construção do Saber
Raciocínio dedutivo: do geral aos particulares.
Raciocínio indutivo: dos particulares ao geral.
Método científico: combinação de observação empírica e experimentação.
O Triunfo da Ciência no Século XVII
Expansão das descobertas científicas.
Aplicação prática da ciência na vida cotidiana.
Mudanças sociais, econômicas e tecnológicas significativas.
Ciências Humanas e Positivismo

Desenvolvimento das ciências humanas na segunda metade do século XIX.

Características do positivismo: empirismo, objetividade, experimentação,


busca por leis naturais, validade e previsão.

Impacto do Positivismo

Aplicação do modelo científico ao estudo do ser humano e da sociedade.

Determinismo e previsibilidade dos comportamentos sociais.


Críticas e Limitações do Positivismo:

Reconhecimento dos limites do modelo positivista na compreensão dos


fenômenos humanos.

Questionamento do modelo metodológico nas ciências naturais e humanas.

Enfraquecimento do Positivismo:

Claude Bernard e sua crença na aplicabilidade do positivismo em todas as


áreas do conhecimento.

Dificuldades na aplicação do positivismo nas ciências humanas devido à


complexidade dos fenômenos.
Diferenças entre Ciências Naturais e Humanas:

Objetos de estudo distintos: natureza versus fenômenos humanos.

Maior complexidade e dificuldade de identificação dos fenômenos humanos.

Complexidade dos Fenômenos Humanos:

Desafios na compreensão de fenômenos como a evasão escolar,


desigualdade social, etc.

Necessidade de considerar aspectos objetivos e subjetivos na pesquisa.


O Pesquisador como Ator:

Diferença fundamental entre ciências humanas e naturais: os objetos de


estudo nas ciências humanas são atores, pensam, agem e reagem.

O pesquisador também é um ator que exerce influência e tem preferências,


inclinações e interesses.

Na pesquisa social, o pesquisador não pode adotar uma objetividade absoluta


como nas ciências naturais.

O pesquisador tem concepções prévias que moldam sua abordagem e


influenciam seus estudos.
Construção do Saber nas Ciências Humanas:
A interação entre pesquisador e objeto de estudo resulta em um saber cuja
verdade é relativa e provisória.
Dificuldades em generalizar resultados e definir leis nas ciências humanas
devido à complexidade e à liberdade dos fenômenos estudados.

Teoria e Subjetividade na Construção do Conhecimento:


Reconhecimento de que o conhecimento científico é construído pela mente
do pesquisador e pode ser influenciado por suas concepções.
Transformação do conceito de objetividade, que passa a depender mais da
relação ativa entre o pesquisador e o objeto de estudo.
Objetividade baseada na objetivação da subjetividade.
Inter-subjetividade e Validade do Conhecimento:
Os saberes produzidos são considerados objetivos na medida em que são
reconhecidos e aceitos por outros pesquisadores, o que sugere uma noção de
intersubjetividade.
Multidisciplinaridade:
Abordagem multidisciplinar para compreender problemas de pesquisa.
Superar compartimentações disciplinares para uma visão mais global.
Trabalhos em equipe e colaborações são essenciais.
Debate Quantitativo vs. Qualitativo:
Debate entre pesquisa quantitativa e qualitativa contínua.
Ambas as abordagens têm seus méritos e são complementares.
Importância de adaptar a abordagem ao objeto de pesquisa.
Referências:
Cap 01: CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia Científica. 6. ed.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. 162 p.

Cap 01 e 02: LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber. Belo


Horizonte: UFMG, v. 340, p. 1990, 1999.

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