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O que é metodologia?
O que é investigação?
Tipos de conhecimento
Conhecimento empírico
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O conhecimento filosófico
Conhecimento teológico
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mudanças. O questionamento é assim passível de ser questionado, quando
cria um ambiente desfavorável ao homem e à natureza.
Conhecimento científico
Natureza da ciência
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independente dos gostos e das tendências pessoais do sujeito que a
elabora.
O segundo carácter do conhecimento científico reside na sua
racionalidade. A ciência é essencialmente racional, isto é, não consta
de meros elementos empíricos mas é essencialmente uma construção
do intelecto. (...) A ciência pode ser definida como um esforço de
racionalização do real; partindo de dados empíricos, através de sínteses
cada vez mais vastas, o cientista esforça-se por abraçar todo o domínio
dos factos que conhece num sistema racional, no qual de poucos
princípios simples e universais possam logicamente deduzir-se as leis
experimentais mais particulares de campos à primeira vista
aparentemente heterogéneos. F. Selvaggi, (2002). Disponível em:
htt://ocanto.Webcindario.com/lexe.htm#empirico. Acesso em 12 de
Novembro de 2007.
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Explicação: A explicação responde a pergunta porque é que assim o
objecto de estudo? A explicação se preocupa por conhecer a razão ou motivo
de um feito, trata de demonstrar que o aparentemente singular ou natural, se
adapta a princípios definidos. A explicação sucede a descrição, já que nada se
pode explicar aquilo que ainda não foi descrito.
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Os canais informais, por meio do contato face a face ou mediados por
um computador, são fundamentais aos pesquisadores pela oportunidade
proporcionada para troca de ideias, discussão e feedbacks com os pares. O
trabalho publicado nos canais formais, de certa forma, já foi filtrado via canais
informais.
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CAPÍTULO 2 – PROJETO DE PESQUISA
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Selecionar um assunto de acordo com as inclinações, as possibilidades,
as aptidões e as tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho
científico dentro da área da engenharia de produção;
Formulação do problema
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O problema deve ser levantado, formulado, de preferência em forma
interrogativa e delimitado com indicações das variáveis que intervêm no estudo
de possíveis relações entre si. É um processo contínuo de pensar reflexivo,
cuja formulação requer conhecimentos prévios do assunto, ao lado de uma
imaginação criadora. O problema, antes de ser considerado apropriado, deve
ser analisado sob o aspecto de sua valoração (MARCONI e LAKATOS, 2006):
Viabilidade: pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa;
Relevância: deve ser capaz de trazer conhecimentos novos;
Novidade: estar adequado ao estágio atual da evolução científica;
Exequibilidade: pode chegar a uma conclusão válida;
Oportunidade: atender a interesses particulares e gerais.
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Para Appolinário (2006), as hipóteses, quando existirem, são elementos
vitais em uma pesquisa científica, pois dirigirão todo o trabalho do pesquisador.
Pode-se dizer que a pesquisa é um trabalho meramente voltado para a
comprovação ou refutação de hipóteses.
Cronograma
Referências bibliográficas
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CAPÍTULO 3 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Facilitar a elaboração de uma bibliografia ou lista de fontes que foram
consultadas;
Formular questões que necessitam de pesquisa mais profunda.
A roupa mais cara que você comprou é aquela que você nunca usou.
Copiar um documento (fotocópia ou download) e não lê-lo é um grande
desperdício de recursos.
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Leia seus documentos com uma caneta e um marca-texto sempre a
mão. O ideal é destacar a parte do texto que será importante para a sua
fundamentação teórica e escrever alguns comentários ou questões a
serem usados futuramente.
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Qual o escopo da fundamentação teórica? Quais os tipos de publicação
que estão sendo utilizados (periódicos, livros, dissertações, teses,
documentos do Governo, sites da internet)? Qual a disciplina que está
sendo tratada (sociologia, engenharia de produção, gestão do
conhecimento)?
Uma dessas fontes é formada por literatura acadêmica, que pode ser
encontrada em teses, dissertações e artigos científicos. Os artigos podem estar
publicados em revistas científicas (journals) nacionais ou internacionais, ou
ainda em congressos, simpósios etc.
Porém, onde podem ser buscadas essas fontes de dados? Uma fonte
convencional são as bibliotecas. Todas as grandes universidades e escolas de
ensino superior possuem em suas bibliotecas exemplares de revistas
científicas (nacionais e internacionais), teses e dissertações (de seus
programas de pós-graduação), além dos livros.
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tentativa de formular uma explicação sobre alguma faceta da realidade, tal
como por que algumas pessoas desfrutam de seu trabalho e outras não, ou por
que algumas organizações são burocráticas e outras não. A partir desta teoria,
uma hipótese específica (ou hipóteses) é formulada para ser testada. Esta
hipótese não só permite um teste (embora possivelmente um teste parcial) da
teoria em questão, mas os resultados do teste, independente de que as
descobertas a sustentam ou não, realimentam nosso estoque de conhecimento
a respeito do fenômeno que está sendo estudado. É a geração de dados para
testar a hipótese que em muitos aspectos constitui o ponto crucial do processo
de pesquisa quantitativa, refletindo a crença na primazia da coleta de dados
sistemáticos no empreendimento científico. Esta orientação geral para o
processo de pesquisa produziu um número de preocupações que serão
posteriormente discutidas.
Abordagens científicas
Abordagem indutiva
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Exemplos:
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a) Certificar-se de que é verdadeiramente essencial a relação que se
pretende generalizar, evitando a confusão entre o acidental e o essencial;
Abordagem dedutiva
Dedutivo: Indutivo:
Dessa forma, se a conclusão, a rigor, não diz mais que as premissas, ela
tem de ser verdadeira se as premissas o forem. Por sua vez, no argumento,
indutivo, a premissa refere-se apenas aos cães já observados, ao passo que a
conclusão diz respeito a cães ainda não observados; portanto, a conclusão
enuncia algo não contido nas premissas. É por este motivo que a conclusão
pode ser falsa, pois pode ser falso o conteúdo adicional que encerra, mesmo
que a premissa seja verdadeira. Os dois tipos de argumentos têm finalidades
diversas. O dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo das premissas e o
indutivo tem o desígnio de ampliar o alcance dos conhecimentos. Analisando
isso sobre outro enfoque, pode-se dizer que os argumentos dedutivos ou estão
corretos ou incorretos, ou as premissas sustentam de modo completo a
conclusão ou, quando a forma é logicamente incorreta, não a sustentam de
forma alguma; portanto, não há graduações intermediárias. Contrariamente, os
argumentos indutivos admitem diferentes graus de força, dependendo da
capacidade das premissas de sustentarem a conclusão. Resumindo, os
argumentos indutivos aumentam o conteúdo das premissas, com sacrifício da
precisão, ao passo que os argumentos dedutivos sacrificam a ampliação do
conteúdo para atingir a “certeza”.
Fatos e teorias
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conceitos, classificações, correlações, generalizações, princípios, leis, regras,
teoremas, axiomas, etc.
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Variáveis de pesquisa
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pesquisador, na sua tentativa de assegurar a relação do fator com um
fenômeno observado ou a ser descoberto, para ver que influência exerce sobre
um possível resultado. Por exemplo, em uma pesquisa médica, deseja-se
averiguar o efeito de um medicamento experimental sobre determinada
doença. Alguns pacientes receberão um placebo (medicamento sem efeito) e
outros a droga experimental, enquanto se monitora o que ocorre com a saúde
desses pacientes. A variável independente neste exemplo é o “tipo de droga
administrada” (placebo ou droga experimental) (MARCONI e LAKATOS, 2006;
APPOLINÁRIO, 2006);
Hipóteses
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hipótese. Ambos, problema e hipótese, são enunciados de relações entre
variáveis (fatos, fenômenos). A diferença reside em que o problema constitui
sentença interrogativa e a hipótese em uma sentença afirmativa mais
detalhada.
Temporalidade da pesquisa
Validade interna.
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estar apto a descartar as explicações rivais e demonstrar que sua conclusão é
válida.
Validade de constructo.
Validade externa
Fidedignidade
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A pesquisa aplicada caracteriza-se por seu interesse prático, isto é, que
os resultados sejam aplicados ou utilizados imediatamente na solução de
problemas que ocorrem na realidade. Segundo Appolinário (2006), a pesquisa
básica estaria mais ligada ao incremento do conhecimento científico, sem
objetivos comerciais, ao passo que a pesquisa aplicada seria suscitada por
objetivos comerciais através do desenvolvimento de novos processos ou
produtos orientados para as necessidades do mercado.
Questionários
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população escolhida. Esse procedimento é chamado de pré-teste ou teste
piloto.
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Como toda técnica de coleta de dados, o questionário também
apresenta uma série de pontos fortes e limitações. Alguns dos principais pontos
fortes são:
Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados;
Atinge maior número de pessoas simultaneamente;
Abrange uma área geográfica mais ampla;
Economiza pessoal, tanto em treinamento quanto em trabalho de
campo;
Obtém respostas mais rápidas e mais precisas;
Há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato;
Há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem identificadas;
Há menos risco de distorção, pela não influência do pesquisador;
Há mais tempo para responder e em hora mais favorável;
Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal
do instrumento;
Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis.
E algumas das limitações são:
Percentagem pequena dos questionários que voltam;
Grande número de perguntas sem respostas;
Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas;
Impossibilidade de ajudar o informante em questões mal compreendidas;
Dificuldade de compreensão, por parte dos informantes, leva a uma
uniformidade aparente;
Na leitura de todas as perguntas, antes de respondê-las, pode uma
questão influenciar a outra;
A devolução tardia prejudica o calendário ou sua utilização;
O desconhecimento das circunstâncias em que foram preenchidos torna
difícil o controle e a verificação;
Nem sempre é o escolhido quem responde ao questionário, invalidando,
portanto, as questões;
Exige um universo mais homogêneo.
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Portanto, o que caracteriza o formulário é o contato face a face entre o
pesquisador e o informante e ser roteiro de perguntas preenchido pelo
entrevistador, no momento da entrevista.
Entrevista
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curtos. As perguntas devem ser formuladas de maneira diversa, para que o
entrevistado não distorça as respostas com essas repetições.
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tenham probabilidade de ser recusadas. Deve-se permitir ao informante
restringir ou limitar suas informações. Toda pergunta que sugira resposta deve
ser evitada.
Observação
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a) Observação estruturada ou sistemática: Realiza-se em condições
controladas, para responder a propósitos preestabelecidos. Todavia, as normas
não devem ser padronizadas nem rígidas, pois tanto as situações quanto os
objetos e objetivos da investigação podem ser muito diferentes. Nela, o
observador sabe o que procura e o que carece de importância em determinada
situação; deve ser objetivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência
sobre o que vê ou recolhe. Vários instrumentos podem ser utilizados nesse tipo
de observação, tais como quadros, anotações, escalas, dispositivos
mecânicos, etc.;
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Depende menos da introspecção ou da reflexão;
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45
CAPÍTULO 5 – LEITURA E ANÁLISE DE ARTIGOS
Leitura
O ideal seria iniciar a leitura das obras clássicas, que permitem obter
uma fundamentação de qualquer campo da ciência a que se pretende dedicar,
passando depois para a leitura de outras obras mais especializadas e atuais,
relacionadas com a área de interesse da pesquisa.
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Reconhecimento ou prévia: leitura rápida, cuja finalidade é procurar um
assunto de interesse ou verificar a existência de determinadas informações.
Pode ser feita lendo-se o resumo de um artigo ou o sumário de um livro ou
dissertação/tese.
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Sublinhar apenas as ideais principais e os detalhes importantes, usando
dois traços para as palavras-chave e um para os pormenores mais
significativos;
a) Análise textual: começa por uma leitura rápida do texto para se ter
uma visão de conjunto da unidade. Leituras sucessivas vão permitir,
inicialmente, assinalar e esclarecer palavras desconhecidas, identificando os
conceitos utilizados e, depois, esquematizar o texto (mostrar como o texto foi
organizado), com a finalidade de evidenciar sua estrutura redacional.
Fichamento
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A síntese é a apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto,
destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as
principais ideias do autor da obra (LAKATOS e MARCONI, 2006).
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Uma vez compreendido o texto, selecionadas as palavras-chave e
entendida a relação entre as partes essenciais, pode-se passar para a
elaboração de um dos três tipos de sínteses citadas anteriormente.
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CAPÍTULO 6 – REDAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Segundo Versiani (2001), a primeira regra para uma boa redação, que
de fato engloba todas as outras, é a clareza do texto. Se maximizar a clareza
deve ser a preocupação maior de quem escreve academicamente, cabe
também notar que se trata, por assim dizer, de uma maximização
condicionada: uma redação clara não pode ser obtida pela simplificação
excessiva, em detrimento de uma completa exposição dos elementos em que
se baseiam os argumentos apresentados, ou os resultados obtidos. É da
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essência de um trabalho acadêmico o cuidado em fundamentar a
argumentação e as conclusões, por meio de referências frequentes à literatura,
a dados estatísticos ou outro tipo de evidência.
Um texto claro deve ser bem escrito, procurando evitar alguns tropeços
comuns no manejo da linguagem; deve ser bem estruturado, desenvolvendo
sua argumentação de forma organizada; deve citar de forma completa e correta
as referências à literatura e as fontes de dados; e deve obedecer a certas
normas convencionais de apresentação.
Frases não muito longas: nos textos científicos, a regra é evitar períodos
muito compridos, que quase sempre tendem a dificultar a compreensão.
Quando a frase começa a parecer muito longa, é hora de colocar um ponto, ou
um ponto-e-vírgula. Contudo, deve-se tomar o cuidado de não se escrever um
texto composto só de frases muito curtas, pois ele pode adquirir um ar de
composição infantil.
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Por outro lado, um texto científico deve primar pela sua qualidade
ortográfica e gramatical. Sendo assim, o autor do texto deve se atentar para
uma correta utilização das concordâncias verbais, da pontuação (ponto final,
vírgula, ponto e vírgula) e da acentuação (acento agudo, circunflexo, til e
crase).
A introdução indica o sentido geral do que vai ser dito, algo como um
roteiro do que virá a seguir, o que facilita ao leitor percorrer os passos da
argumentação. Para isso, é útil (e usual) que se faça referência expressa, na
introdução de um trabalho, às partes em que se divide o texto subsequente.
Algo como: “A próxima seção contém uma discussão geral do problema; a
seção seguinte trata dos dados e da metodologia; a quarta seção apresenta os
resultados; e uma seção final resume as conclusões e discute suas
implicações.”
Citações e referências
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primeira linha. Deve reduzir-se ao mínimo indispensável o número de citações
longas. É melhor sintetizar o texto e transcrever o pensamento do autor. Veja o
padrão de página digitada no Apêndice F.
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Sistema de chamadas
___________
b) a data;
Para Hans Küng (1999, p. 291) “no final não haverá mais profetas ou
iluminados que dividam as religiões”.
Há quem pense que “no final não existirá nenhuma religião” (KÜNG, 1999, p.
291).
(GUTIÉRREZ, 1972) e por outro, no caso de Jon Sobrino (1988, 1992, p. 47-
80), como «intellectus amoris».34
58
(ECCLESIA ..., 1970) remetendo à obra: ECCLESIA a Spiritu Sancto edocta.
LG 53. Leuven; Gembloux (Belgique): Duculot, 1970.
(KASPER, 1974a)
(KASPER, 1974b)
Exemplo.:
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Quanto ao texto das notas. Vai separado por um expaço simples “E por
filete de 5 cm, a partir da margem esquerda”. O espaço interlinear é simples e a
letra menor, possivelmente corpo 10, no mesmo estilo de fonte do texto e
coerente com as citações longas no texto. Entre as notas insere-se um espaço
correspondente ao de parágrafo (p. ex., 1,5 ou 6pt). O número da nota aparece
isolado à esquerda do alinhamento do texto.
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61
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CAPÍTULO 7 – ESTRATÉGIA DE PESQUISA I: EXPERIMENTO OU
PESQUISA EXPERIMENTAL
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Kidder (2004) considera que a principal força dos experimentos
genuínos seja sua validade interna. Quanto mais controle o experimentador
tiver, maior a validade interna do experimento. Para Bryman (1989), a ideia de
controle é essencial ao experimento. Ela implica na eliminação de explicações
alternativas da conexão aparente entre uma suposta causa e um particular
efeito.
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dois valores. Os experimentadores estudam variáveis que eles próprios ou
outra pessoa possam manipular (tal como horário, conteúdo ou quantidade de
alguma coisa).
Tipos de experimentos
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Para isso, usar-se-á a seguinte notação para descrever os diferentes
delineamentos de pesquisa:
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Uma vez que tenham sido eliminadas essas hipóteses rivais, pode-se ter
confiança de que o tratamento experimental tenha ocasionado as diferenças
subsequentes entre os dois grupos (O1 e O2). O delineamento 1 é o mais
simples dentre os delineamentos experimentais propriamente ditos (genuínos).
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valores de uma variável independente, denominada “grau de controle sobre as
visitas”.
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No diagrama acima, X é uma variável independente e Y é outra. Num
delineamento fatorial duas ou mais variáveis independentes são apresentadas
sempre em combinação. O delineamento completo inclui todas as combinações
possíveis das variáveis independentes (também conhecidas por fatores, daí o
nome de delineamento fatorial).
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CAPÍTULO 8 – ESTRATÉGIA DE PESQUISA II: MODELAGEM E
SIMULAÇÃO
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Com os atuais softwares de simulação de 4a. geração, o tempo e
esforço dispendido num projeto de simulação se concentra mais na atividade
de análise dos resultados e menos na programação e ‘debugging’.
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consome muito tempo e os benefícios podem não ser imediatos;
Para não dizer que simulação pode se aplicar a praticamente todo tipo
de sistema, a seguir apresenta-se um enquadramento das aplicações em
contextos mais específicos:
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novas tecnologias, para avaliação da viabilidade técnica e comercial do
investimento;
Conceitualização
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Para Seila (1995), uma declaração clara e concisa do problema de
decisão ou a razão para se desenvolver o modelo de simulação é a primeira
ação desta fase. O pesquisador deveria saber os tipos de decisões a serem
antecipadas e qual o sistema envolvido. Segundo Robinson (2004), em muitos
casos, o próprio cliente tem condições de explicar e descrever as operações do
sistema do mundo real que é o coração da situação problema para a definição
do modelo conceitual.
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Modelagem
Implementação
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O segundo caso envolve entregar uma cópia do estudo de simulação
desenvolvido ao cliente, de forma que ele possa rodar o modelo no momento
em que achar mais oportuno ou que necessitar dos Metodologia de Pesquisa
em Engenharia de Produção Estratégias, métodos e técnicas para condução
de pesquisas quantitativas e qualitativas resultados para tomar uma decisão.
Neste caso, é necessária a documentação adequada do modelo e o
treinamento dos clientes para sua correta utilização.
Verificação e validação
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algumas propostas ajudam na tomada de decisão e podem reduzir as
probabilidades de que se esteja tomando a decisão errada, validando um
modelo que vai gerar resultados não confiáveis, ou invalidando um modelo
bom, ocasionando perda inútil de tempo. As técnicas mais comuns de
validação utilizadas são (DUARTE, 2003):
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CAPÍTULO 9 – ESTRATÉGIA DE PESQUISA III: PESQUISA
LEVANTAMENTO OU SURVEY.
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O que é a pesquisa levantamento e quando ela pode ser utilizada
Segundo Fink e Kosecoff (1998), a survey pode ser usada para fazer
política ou para planejar e avaliar programas e conduzir pesquisas quando a
informação necessária deve ser extraída diretamente de pessoas. Os dados
fornecidos por essas pessoas são descrições de atitudes, valores, hábitos e
características básicas como idade, saúde, educação e renda.
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importantes entre eles e uma indicação da natureza e direção das
relações (especialmente se disponíveis de descobertas anteriores).
Projeto
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identificar as principais necessidades de informações (horizonte de tempo,
natureza da informação, etc.) que fluem das hipóteses formuladas e, em última
instância, dos vários propósitos do estudo. Se o estudo requer informação que
é considerada de natureza confidencial pelos respondentes, então o custo e o
tempo para conseguir a informação é provavelmente alto e um número de
alternativas para o projeto da pesquisa pode não ser viável.
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Uma das principais características de uma pesquisa levantamento é que
ela se baseia em instrumentos estruturados para a coleta da informação. Uma
vez que o pesquisador decidiu o conteúdo de uma medida (os aspectos
empíricos específicos que devem ser observados), restam diversas tarefas
para se desenvolver os instrumentos de medida, tais como:
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Para aumentar a probabilidade de sucesso da coleta de dados o
pesquisador deve planejar cuidadosamente a execução da survey e fornecer
instruções detalhadas sobre: como as unidades amostrais serão abordadas e
como os questionários serão administrados. Em outras palavras, o protocolo a
ser seguido para administrar o questionário desenvolvido tem que ser
elaborado.
Teste piloto
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Tentando-se aumentar a taxa de respostas;
• Uma última carta similar a primeira (ou mesmo uma ligação telefônica).
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Uma medida possui validade do construto se um conjunto de itens que
constituem a medida representa fielmente o conjunto de aspectos do construto
teórico medido e não contém itens que representam aspectos não incluídos no
construto teórico.
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Análise de dados
Gerar relatório
101
CAPÍTULO 10 – ESTRATÉGIA DE PESQUISA IV: ESTUDO DE CASO
102
O que é o estudo de caso e quando ele pode ser utilizado
Yin (2001) define o estudo de caso como uma investigação empírica que
investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real,
especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão
claramente definidos. A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação
tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse do que
pontos de dados e, como resultado, baseia-se em várias fontes de evidências,
com os dados precisando convergir em um formato de triângulo; e, como outro
resultado, beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para
conduzir a coleta e a análise de dados.
103
levando os alunos para o laboratório de informática para acessar uma página
de texto sem links, numa atividade de leitura que poderia ser feita com menos
desperdício de tempo com uma folha impressa na sala de aula. O estudo, no
entanto, apenas descreveria o evento, sem preocupação de generalizar,
sugerindo que seja um exemplo típico e que todos os professores fazem assim,
nem de apontar relações de causa e efeito, sugerindo que o mau uso da
tecnologia possa ser improdutivo.
Yin (2001) considera que existem três condições para definir a utilização
de métodos de pesquisa: (a) o tipo de questão de pesquisa proposto; (b) a
extensão do controle que o pesquisador tem sobre eventos comportamentais
efetivos; (c) o grau de enfoque em acontecimentos históricos em oposição a
acontecimentos contemporâneos.
107
várias partes da mesma informação do mesmo caso podem ser relacionadas à
mesma proposição teórica. Esta abordagem será comentada com mais
detalhes ainda neste capítulo.
Por fim, para concluir o projeto de pesquisa, Yin (2001) afirma que não
há uma maneira precisa de se estabelecer os critérios para interpretação das
descobertas do estudo. O que se espera é que os diferentes padrões estejam
contrastando, de forma clara e suficiente, e que as descobertas possam ser
interpretadas em termos de comparação por, pelo menos, duas proposições
concorrentes.
Selecionar os casos
Segundo Yin (2001), a investigação para o caso piloto pode ser muito
mais ampla e menos direcionada do que o plano final para a coleta de dados.
Além disso, a investigação pode incluir tanto questões imperativas quanto
metodológicas. Sob o ponto de vista metodológico, o trabalho realizado nos
locais do caso piloto podem fornecer algumas informações sobre as questões
de campo relevantes e sobre a logística da investigação de campo.
108
Segundo Yin (2001), o estudo de caso único é um projeto apropriado
nas circunstâncias onde ele representa:
um caso decisivo ao testar uma teoria bem formulada: pode ser utilizado
para determinar se as proposições de uma teoria são corretas ou se
algum outro conjunto alternativo de explanações pode ser mais
relevante;
109
prever resultados semelhantes (uma replicação literal);
111
Conduzir a pesquisa de campo
113
oportunidade de utilizar muitas fontes diferentes para a obtenção de
evidências, denominada de triangulação. O uso de várias fontes de evidência
nos estudos de caso permite que o pesquisador dedique-se a uma ampla
diversidade de questões históricas, comportamentais e de atitudes. A
vantagem mais importante, no entanto, é o desenvolvimento de linha
114
convergentes de investigação. Com a triangulação, o pesquisador pode se
dedicar ao problema em potencial da validade do construto, uma vez que
várias fontes de evidências fornecem essencialmente várias avaliações do
mesmo fenômeno (YIN, 2001).
115
116
O segundo princípio é a criação de um banco de dados para o estudo de caso.
Esse princípio tem a ver com a maneira de organizar e documentar os dados
coletados para os estudos de casos. Todo projeto de estudo de caso deve
empenhar-se para desenvolver um banco de dados formal apresentável, de
forma que, em princípio, outros pesquisadores possam revisar as evidências
diretamente, e não ficar limitados a relatórios escritos. Um banco de dados
aumenta a confiabilidade do estudo. O quadro abaixo apresenta os
componentes principais de um banco de dados para estudos de caso.
117
qualquer direção (das conclusões para as questões iniciais da pesquisa ou das
questões para a conclusão).
118
determinar a qualidade de qualquer pesquisa social empírica: a validade do
construto, a validade interna, a validade externa e a confiabilidade. O quadro
abaixo mostra as táticas empregadas no estudo de caso para esses quatro
testes da qualidade da pesquisa.
119
Yin (2001) trata a generalização dos resultados e conclusões dos
estudos de caso de outra forma.
Analisar os dados
120
por conseguinte, estabeleceriam a prioridade às estratégias analíticas
relevantes.
121
122
A ideia geral é tornar-se intimamente familiar com cada caso como uma
entidade única. Este processo permite que padrões únicos de cada caso
surjam antes que os investigadores busquem generalizar esses padrões na
análise cruzada dos casos. Voss, Tsikriktsis e Frohlich (2002) sugerem que o
ponto de partida para a análise intra-caso seja a construção de uma ordenação
dos dados e com casos longitudinais construir uma análise da sequência de
eventos. A partir disso, o pesquisador poderia começar a procurar por
explicações e causalidades.
123
A ideia geral por trás dessas táticas de análises inter-casos é forçar os
pesquisadores a ir além das impressões iniciais, especialmente pelo uso de
métodos estruturados para uso dos dados (Eisenhardt, 1989).
124
Eisenhardt (1989) afirma que os dados qualitativos são particularmente
úteis para entender por que as relações emergentes acontecem. Quando uma
relação é sustentada, os dados qualitativos em geral fornecem um bom
entendimento da dinâmica por trás da relação, ou seja, o “por que” do o que
está acontecendo. Isso é crucial para o estabelecimento da validade interna.
125
nas descobertas e fazer isso pode forçar o pesquisador a ser mais criativo e a
ser mais perspicaz.
126
O relatório de estudo de caso pode ser apresentado na forma escrita,
como uma exposição oral ou até como um conjunto de fotos ou gravações em
vídeo. Um produto escrito oferece várias vantagens importantes, tais como,
transmitir e comunicar informações mais precisas, por tratar de conceitos
abstratos na maior parte das vezes; e tanto o autor como o leitor são mais
familiarizados com este tipo de apresentação.
127
Quanto aos procedimentos para se fazer o relatório do estudo de caso,
Yin (2001) adverte que os pesquisadores devem sempre se lembrar de que
escrever significa reescrever. Quanto mais se reescrever, especialmente em
resposta aos comentários dos outros, melhor o relatório final ficará. O quadro
10.11 apresenta um resumo de três procedimentos importantes que constituem
características específicas dos estudos de caso.
128
Finalmente, Yin (2001) sugere cinco características que tornam um
estudo de caso exemplar. Ele realça que o estudo de caso exemplar vai além
dos procedimentos metodológicos já mencionados ao longo deste capítulo.
Essas cinco características devem indicar que o estudo de caso é ou deve:
Ser elaborado de uma maneira atraente: ou seja, ele deve ser escrito em
um estilo claro e que incite o leitor a continuar lendo. Engajamento, instigação e
sedução, essas são características incomuns dos estudos de caso. Produzir
um estudo de caso como esse exige que o pesquisador seja entusiástico em
relação à investigação e deseje transmitir amplamente os resultados obtidos.
130
CAPÍTULO 11 – ESTRATÉGIA DE PESQUISA V: PESQUISA-AÇÃO
Origem da pesquisa-ação
Para não haver dúvidas, Thiollent (2005) explica que uma pesquisa pode
ser qualificada de pesquisa-ação quando houver realmente uma ação por parte
das pessoas ou grupos implicados no problema sob observação. Além disso, é
preciso que a ação seja uma ação não-trivial, o que quer dizer uma ação
problemática merecendo investigação para ser elaborada e conduzida. Na
pesquisa-ação os pesquisadores desempenham um papel ativo no
equacionamento dos problemas encontrados, no acompanhamento e na
avaliação das ações desencadeadas em função dos problemas.
132
membros do sistema organizacional. As saídas desejadas da abordagem da
pesquisa-ação não são apenas soluções para os problemas imediatos, mas
importantes aprendizados destas saídas, intencionais ou não, além de uma
contribuição para a teoria e para o conhecimento científico.
133
Deveria ser conduzida em tempo real, apesar de que uma pesquisa-
ação retrospectiva seja aceitável;
134
Thiollent (2005) afirma que a relação existente entre esses dois tipos de
objetivos é variável, mas que um equilíbrio entre as duas ordens de
preocupação deve ser mantido.
O papel da metodologia
136
Segundo Thiollent (2005), pode-se considerar que a pesquisa-ação
opera a partir de determinadas instruções (ou diretrizes) relativas ao modo de
encarar os problemas identificados na situação investigada e relativa aos
modos de ação. Essas diretrizes possuem um caráter menos rígido do que as
hipóteses, porém desempenham uma função semelhante. A substituição das
hipóteses por diretrizes não implica que a forma de raciocínio hipotética seja
dispensável no decorrer da pesquisa. Trata-se de definir problemas de
conhecimento ou de ação cujas possíveis soluções, num primeiro momento,
são consideradas como suposições (quase-hipóteses) e, num segundo
momento, objeto de verificação, discriminação e comprovação em função das
situações constatadas. A formulação das hipóteses (ou das quase-hipóteses)
permite ao pesquisador organizar o raciocínio estabelecendo pontes entre as
ideias gerais e as comprovações por meio de observação concreta.
Implementação da pesquisa-ação
137
Enquanto pode não haver controle sobre as forças que demandam ação, existe
um controle adequado sobre como responder a estas forças. Neste caso
parece haver um escopo sobre quais mudanças, como e em que escala de
tempo a ação acontecerá.
138
Na sua formulação, um problema desta natureza é colocado da seguinte forma
(THIOLLENT, 2005):
139
e entrevistas, sendo utilizadas como instrumentos de captação auxiliar
(THIOLLENT, 2005).
Elaborar as interpretações;
a) Coleta de dados
O ponto crítico está no como ser útil para o sistema cliente e, ao mesmo
tempo, como investigar sobre o que está sendo observado (COUGHLAN e
COUGHLAN, 2002).
d) Planejamento da ação
f) Avaliação
Meta-passo: monitoramento
Contexto;
Conteúdo e resultados;
144
A pesquisa-ação depende de uma preocupação explícita com a teoria
que é formada do conceitualização da experiência particular em formas
de se tornarem intencionalmente significativas para os outros;
145
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