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O que é Ciência?
A palavra Ciência vem do latim, scientia, que pode ser traduzida por conhecimento, sabedoria.
A Ciência seria a busca pelo conhecimento de forma sistemática, formulando suas explicações através de leis científicas
e matemáticas.Muitas vezes, a pesquisa científica gera mais perguntas que respostas.
Campo Científico
A Ciência limita o seu campo de estudo aos fenômenos regulares e busca classificá-los. Desta maneira está apta a formular enunciados
generalizadores – as leis científicas – que explicam estes mesmos fenômenos.
Exemplo: chuva.
O fenômeno chuva pode ser observado em quase todas as partes do globo. O cientista questiona como se forma a chuva pela observação, sua
regularidade e características. Assim, elabora teorias sobre sua origem, buscando explicações na própria natureza e sem atribuir a algum ser exterior -
deus, mitos - a ocorrência da chuva. Após as pesquisas está apto para descrever o fenômeno chuva com dados físicos, químicos e matemáticos:
evaporação, condensação e precipitação. Classificar os tipos de nuvens, também de chuvas e elaborar uma lei científica sobre o assunto.
"O método científico é um conjunto de etapas que deve ser seguido para que um estudo seja considerado científico. É o método científico que valida
uma pesquisa como um conhecimento verdadeiro, livre de conceitos prévios ou subjetividade dos pesquisadores.
As etapas do método científico envolvem:
observação;
questionamento;
construção de hipóteses;
experimentação;
análise das hipóteses;
conclusão.
A partir da aplicação do método científico são formuladas leis, postulados ou teorias científicas."
A Filosofia da Ciência surge como um ramo distinto do saber no final do século 18 e se consolida no século 19. Estamos no contexto da Revolução
Industrial, das expedições científicas na América, na busca por entender o funcionamento da natureza. Desta forma surgem duas proposições de como
o ser humano deve ser aproximar da natureza. Nietzsche (1844-1900) defendia que só é possível conhecer a natureza pela força e dominação. Todo
conhecimento implicaria em poder. Porém, o filósofo J. Bronowski (1908-1974) defendia o contrário: ―O homem domina a natureza não pela força, mas
pela compreensão‖.
Limites da Ciência
A Filosofia da Ciência também questiona a utilidade da Ciência. Sabemos que algumas pesquisas científicas podem levar tanto à melhoria da qualidade
de vida quanto à destruição. Este campo da filosofia da ciência é chamado de ética científica.
Exemplo: DNA
Com a decodificação do DNA e dos genes na década de 50 abriu-se um vasto campo na Biologia e na Medicina. Doenças incuráveis puderam ser
contornadas desde a concepção. No entanto, essas mesmas informações podem levar a uma espécie de seleção natural ao serem descobertas
doenças genéticas ainda incuráveis.
O Mito surge há milhares de anos, quando os seres humanos começaram a racionar sobre os fenômenos da natureza e os associaram com as
pessoas, utilizando da alegoria e da metáfora. Os mitos foram as primeiras tentativas de explicar o mundo.
A Filosofia surgiu como aprimoramento, é uma forma de compreender a realidade e a origem das coisas de forma mais lógica. Assim, utiliza as
habilidades da mente e a observação do mundo. Ela veio como uma oposição ao mito como fonte de verdade, mas compreende a importância que ele
teve em seu contexto.
O Senso Comum abrange aqueles conhecimentos do dia a dia que caem em uso generalizado. Não há uma investigação sobre se esse saber é
correto ou não, ele apenas é repetido, algo cultural. Pode ser que um saber mitológico caia em senso comum, bem como um saber científico.
A Religião é um conjunto de crenças que aborda as questões que estão além do mundo que enxergamos e tocamos. Elas são bem diversas,
então há aquelas se aproximam do mito e há outras que têm bases filosóficas ou alguma relação com a ciência. Por fim, a ciência é aquela que busca
provar as coisas na prática, usa a razão pura e aplicada, busca estudar aquelas coisas que são concretas. Ela sempre muda e se aperfeiçoa
conforme as invenções e técnicas.
SENSO COMUM SENSO CRÍTICO
O senso comum é transmitido de geração O senso crítico é baseado no uso da razão e
para geração nas sociedades. Por meio dele, o vai contra ao senso comum por não aceitar
homem embasa o cotidiano e explica a realidade nenhuma verdade sem questioná-la. Quem pensa
em que vive. criticamente tem a capacidade de fazer a
O senso comum tem como característica a avaliação, o julgamento e discernir com base no
subjetividade que reflete sentimentos e opiniões equilíbrio.
construídos por um grupo de indivíduos. Por Desta maneira o senso crítico se baseia na
conseguinte, pode variar de pessoa para pessoa e dúvida, no questionamento que levariam à
de grupo para grupo reflexão e à contestação. Posteriormente, se
Também expressam a avaliação qualitativa, encaminhariam para mudar a realidade
pois considera os efeitos produzidos nos nossos apresentada.
sentidos e órgãos, bem como nos objetos.
É preciso entender que o senso comum é
ligado ao instinto, à necessidade que o homem tem
de ser proteger de um ambiente
hostil.
Quais são as correntes filosóficas da Teoria do Conhecimento?
Dogmatismo: tudo pode ser conhecido pela verdade única, seja orientado pela razão ou revelação.
Ceticismo: nada pode ser conhecido completamente, nem pela razão nem por outra forma. Sempre haverá mais do que podemos entender em
qualquer momento da existência.
Criticismo: admite que podemos alcançar algumas verdades e outras nunca. É uma conciliação entre dogmatismo e ceticismo.
Conhecimento empírico
O termo "empírico" tem como origem a palavra grega empeiria, que significa experiência,
vivência. Por basear-se nessa experiência do cotidiano, o saber empírico está associado ao
senso comum e compreendido como algo vulgar ou um conhecimento menor em relação a outras
formas de conhecimento.
ATIVIDADES
1- A Ciências da Natureza é o campo da ciência que se dedica ao estudo da natureza e os elementos que a compõe. Também conhecida como
ciências naturais. Quais são as áreas da Ciências da Natureza?
9- Considere a situação:
João foi informado que almoçar e tomar banho em seguida faz mal.
Essa informação foi baseada em conhecimento do senso comum ou conhecimento científico? Justifique sua resposta.
10- Qual a importância do senso comum e do conhecimento científico para a vida do homem?
LINHA DO TEMPO
Seminário
Cada dupla (ou grupo) deverá escolher a biografia de um cientista de grande relevância e fazer a apresentação para a turma.
2º BIMESTRE
SUSTENTABILIDADE
O que é sustentabilidade?
Sustentabilidade é a capacidade de cumprir com as necessidades do presente sem comprometer as mesmas das gerações futuras. O conceito
de sustentabilidade é composto por três pilares: econômico, ambiental e social. O conceito de sustentabilidade começou há mais de 400 anos quando
umcapitão alemão transformou essa palavra em estratégia ao perceber que deveria ―tratar a madeira com cuidado‖ para que não acabasse seus
negócios e consequentemente o seu lucro.
Diversos autores conceituaram esse termo, e por isso, achamos várias definições na internet relacionadas a sustentabilidade. Todas elas seguem uma
ideiaprincipal: o desenvolvimento sustentável tem como o objetivo a preservação do planeta e o atendimento das necessidades humanas.
Simples assim: devemos explorar com cuidado, caso contrário, no futuro não teremos o que explorar. Etimologicamente, a palavra sustentável tem
origem no latim sustentare, que significa “sustentar”, “apoiar” e “conservar”. A sustentabilidade é alcançada através do desenvolvimento
sustentável, isso quer dizerque um recurso explorado de forma sustentável poderá ser explorado também, por nossas gerações futuras.
TIPOS DE SUSTENTABILIDADE
Sustentabilidade social
A sustentabilidade social está ligada a um conjunto de ações de pessoas que visam melhorar a qualidade de vida de uma população maior. Dessa
forma, a diminuição da desigualdade social , garantir a todos acesso aos serviços, como saúde e educação, são ótimos indicadores que as ações
sociais estão funcionando. É importante lembrar que essas ações não beneficia apenas a comunidade de baixa renda, uma vez que estamos todos
inseridos em uma comunidade só e essas ações influenciaram diretamente na qualidade de vida das pessoas que possuem uma renda maior. Um
excelente exemplo disso seria a diminuição da violência proporcionalmente à ampliação do sistema público educacional de qualidade.
Sustentabilidade econômica
O maior desafio da sustentabilidade econômica é o desenvolvimento da empresa, gerar lucros e empregos com um conjunto de práticas administrativas
e econômicas que visam a preservação do meio ambiente e manutenção dos recursos naturais para gerações futuras. Porém, é totalmente possível
isso acontecer com a escolha de algumas práticas, como por exemplo, a escolha sempre por energia limpa, tratamento dos resíduos orgânicos, entre
outras. A sustentabilidade econômica está muito ligada a empresarial, porém podemos praticar nas residências também.
Tripé da sustentabilidade
Um conceito muito utilizado é chamado de tripé da sustentabilidade onde o autor baseou em três fatores que precisam se integrar para que
sustentabilidade se sustente: o social, o ambiental e o econômico.
Social: Engloba a sociedade e suas condições de vida, como educação, saúde, violência, lazer.
Ambiental: Refere-se aos recursos naturais do planeta e a forma como são utilizados pela sociedade, comunidades ou empresas.
Econômico: Relacionado com a produção, crescimento, distribuição e consumo de bens e serviços. A economia deve considerar a questão social e
ambiental. O tripé da sustentabilidade é muito utilizado em empresas sustentáveis, porém é uma metodologia difícil de implantar, pois depende de
um alto investimento, mudança de cultura e paradigmas dos donos e funcionários.
Exemplos de Sustentabilidade
As ações sustentáveis podem ser adotadas desde indivíduos até o nível global. Veja alguns exemplos:
Ações Individuais
Economia de água;
Evitar o uso de sacolas plásticas; Reduzir o consumo de carne bovina;
Preferência por consumir produtos biodegradáveis;Separar o lixo para coleta seletiva;
Reciclagem;
Realizar trajetos curtos através de caminhadas ou bicicletas. Adotar transportes coletivos ou caronas.
Ação Comunitária
Na comunidade do Vale Encantado, no estado do Rio de Janeiro, os moradores buscaram investimentos com colaboradores para melhoria do local onde
vivem. Eles implantaram um sistema de esgoto, painéis solares, biodigestores, horta comunitária e oportunidades econômicas relacionadas com o
turismo ecológico. Tais condições favoreceram amelhoria da qualidade de vida de todos.
A comunidade ficou reconhecida internacionalmente como um modelo de desenvolvimentosustentável.
Ações Globais
Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
Diminuição do consumo de energia;
Desenvolvimento de tecnologias que possibilitem o uso de fontes energéticas renováveis;
Aumento da produção industrial nos países não industrializados à base de tecnologias ecologicamente viáveis;
Criação de Unidades de Conservação. No Brasil, existem diversas áreas protegidas;
Controle da urbanização e integração entre campo e cidades menores.
ATIVIDADES
1- A sustentabilidade é formada por um tripé composto por três grandes esferas:
A) urbanística, ambiental e social.
B) social, ambiental e econômica.
C) religiosa, econômica e turística.
D) cultural, econômica e espiritual.
E) local, cultural e socioambiental.
3- (Enem 2021) A produtividade ecológica articula-se com uma produtividade tecnológica, porque não se deve renunciar a todas as possibilidades da
ciência e da técnica, e sim reencaminhar muitas delas para a construção desse novo paradigma produtivo. Essa construção social, porém, não pode ser
guiada por um planejamento centralizado da tecnologia normatizada pela ecologia. A alma dessa nova economia humana são os valores culturais.
Cada cultura dá significado a seus conhecimentos, a sua natureza, recriando-a e abrindo o fluxo de possibilidades de coevolução, articulando o
pensamento humano com o potencial da natureza.
LEFF, E. Discursos sustentáveis. São Paulo: Cortez, 2010 (adaptado).
O paradigma produtivo apresentado no texto tem como base a harmonização entre tecnologia e ecologia e propõe uma sustentabilidade pautada no(a):
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A expressão desenvolvimento sustentável designa um modelo de desenvolvimento que visa a articular o progresso econômico, social e político dos
Estados nacionais com a preservação ambiental, levando em consideração a finitude da maioria dos recursos naturais de que a sociedade faz uso.
Por definição, o desenvolvimento sustentável nada mais é do que um tipo de desenvolvimento que atenda todas as necessidades da sociedade atual
em termos técnicos e produtivos e que, ao mesmo tempo, não comprometa a disponibilidade dos mesmos recursos naturais para as gerações
futuras. Embora exista outras formas de se definir o que seja o desenvolvimento sustentável, essa é a principal delas e foi apresentada no
documento chamado Relatório Brundtland, de 1987, conhecido também como Relatório Nosso Futuro Comum.
As discussões a cerca da urgência em se repensar o modelo industrial produtivo (que teve início com a Revolução Industrial e transformou
definitivamente as relações homem-natureza) ganharam mais força a partir da segunda metade do século XX. À época, o esgotamento dos
recursos naturais e os impactos mais severos da ação antrópica sobre o meio ambiente já davam os seus primeiros sinais, demonstrando que não
seria possível a manutenção do modelo de desenvolvimento em voga sem consequências no longo prazo. Era preciso, portanto, reformulá-lo.
Quase uma década antes do estabelecimento da definição do que seja o desenvolvimento sustentável, realizou-se a Conferência das Nações
Unidas pelo Meio Ambiente em 1972, na cidade de Estocolmo, na Suécia, onde se levantou questões a respeito do progresso econômico e industrial
da sociedade em contraposição à preservação ambiental.
Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, presidida pela médica Gro Harlem Brundtland, produziu o documento que
serve de referência para a conceituação do novo modelo de desenvolvimento e também aparece como um guia para as próximas reuniões e
conferências, que sistematizariam as estratégias e metas para o alcance dessa realidade proposta. São elas:
Eco-92 ou Rio-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992;
Rio+10, realizada em Joanesburgo, na África do Sul, em 2002;
Rio+20, realizada no Rio de Janeiro em 2012;
Cúpula do Desenvolvimento Sustentável realizada em Nova York em 2015.
ATIVIDADES
1) O uso do termo desenvolvimento sustentável tem se tornado recorrente à medida que cresce a preocupação mundial com as questões
ambientais. O conceito de desenvolvimento está ligado à:
A) atuação dos principais organismos internacionais na incentivação do desmatamento.
B) relação entre o elevado índice de desemprego e a inocorrência de mudanças climáticas.
C) diminuição dos níveis de poluição verificados nas áreas mais industrializadas do mundo.
D) ligação entre os grandes produtores agropecuários e a diminuição do uso de agrotóxicos.
E) conciliação entre os ideais de desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.
2) Quais são os três princípios básicos que apoiam o conceito de desenvolvimento sustentável?
A) Florestal, financeiro e humano.
B) Ambiental, econômico e social.
C) Sanitário, humanístico e cultural.
D) Humano, financeiro e ambiental.
E) Humanitário, sanitário e social.
3) As discussões sobre o conceito de desenvolvimento sustentável estão embasadas, em especial, no contexto ambiental. Um dos argumentos que
retratam a preocupação com a conservação do meio ambiente está atrelado à:
A) ausência de impactos ambientais no solo.
B) elevação das reservas de água potável.
C) diminuição global da temperatura.
D) imutabilidade dos aspectos climáticos.
E) finitude da maioria dos recursos naturais.
ODS é a sigla para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que fazem parte da chamada ―Agenda 2030‖. Trata-se de um pacto global assinado
durante a Cúpula das Nações Unidas em 2015, pelos 193 países membros.
A agenda é composta por 17 objetivos ambiciosos e interconectados, desdobrados em 169 metas, com foco em superar os principais desafios de
desenvolvimento enfrentados por pessoas no Brasil e no mundo, promovendo o crescimento sustentável global até 2030.
alimentação.Confira a seguir:
ODS 1 – Erradicação da pobreza: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
ODS 2 – Fome zero e agricultura sustentável: acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a
agricultura sustentável.
ODS 3 – Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
ODS 4 – Educação de qualidade: assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao
longo da vida para todos.
ODS 5 – Igualdade de gênero: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
ODS 6 – Água potável e saneamento: garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.
ODS 7 – Energia limpa e acessível: garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos.
ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico: promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego
pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.
ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura: construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e
fomentar a
inovação.
ODS 10 – Redução das desigualdades: reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles.
ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.
Outro ponto importante é a redução significativa do número de afetados por desastres naturais até 2030. A ONU salienta que é preciso reduzir
globalmente os impactos ambientais negativos sobre os moradores das cidades, inclusive com atenção especial à qualidade do ar, gerenciamento de
resíduos municipais, entre outros.
A batalha pelo desenvolvimento sustentável será vencida ou perdida nas cidades. Nesse contexto, o ODS 11 busca tornar as cidades e comunidades
mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.
Para isso, o conjunto de objetivos se desdobra em dez metas que englobam a garantia de que todos tenham acesso à moradia segura e adequada até
2030, incluindo acesso a serviços básicos e urbanização de favelas.
Em conjunto com a necessidade de moradia digna, outros ODS 11 estão relacionados à vida urbana. Sendo assim, a mobilidade entra em pauta e
instiga as cidades a fornecerem acesso a sistemas de locomoção seguros e sustentáveis para todos.
Dentre as iniciativas estão a melhoria da segurança rodoviária, por meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as
necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade, como mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos.
Por consequência, também é possível encontrar no ODS 11 a urbanização inclusiva e sustentável, voltada para o planejamento e gestão de
assentamentos humanos participativos, integrados e sustentáveis, em todos os países.
Desse modo, cabe aos governos proporcionarem o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes. Neste cenário,
também deve-se fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo.
Até 2030, a meta é reduzir significativamente o número de mortes e pessoas afetadas por desastres naturais. A ONU estipula que os países devem
diminuir as perdas econômicas causadas por mudanças climáticas em relação ao produto interno bruto (PIB) global, incluindo os relacionados à água,
com foco na proteção dos pobres e pessoas em situação de vulnerabilidade.
Logo, se faz necessário reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, com foco na qualidade do ar e gestão de resíduos municipais. Ou
seja, desenvolver e implementar, de acordo com o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030, o gerenciamento holístico do
risco de desastres em todos os níveis.
O ODS 11 destaca o apoio às relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas, periurbanas e rurais, reforçando o planejamento
nacional e regional de desenvolvimento. Para isso, é preciso considerar também territórios de povos e comunidades tradicionais.
Todos esses aspectos devem ser levados em conta juntamente com o suporte aos países menos desenvolvidos, inclusive por meio de assistência
técnica e financeira, para construções sustentáveis e resilientes, utilizando materiais locais.
A partir de cada meta são estabelecidos os KPIs (Key Performance Indicators), que são os indicadores-chave de desempenho. Por meio deles, é
possível avaliar objetivamente o quanto se está ou não avançado na conquista do objetivo. O Brasil tem a definição de seus indicadores, a partir de sua
realidade, assim como cada cidade possui seus próprios parâmetros.
Um exemplo é a Meta 11.1, que fala sobre garantia de habitação segura e adequada a preço acessível. O indicador para saber que essa meta já chegou
ao final leva em consideração a proporção da população vivendo em assentamentos precários, informais ou inadequados. Nesse sentido, o setor
imobiliário tem uma função essencial.
No Brasil, um dos principais desafios da implementação do ODS 11 ainda está na área dos dados. Por se tratar de um objetivo ao mesmo tempo
interdisciplinar e hiperlocal, a maior dificuldade está em descobrir os indicadores de cada cidade para saber quais são as metas que precisam ser
reforçadas.
Recurso Natural é toda matéria ou energia, oriundos da natureza, úteis para o homem. Exemplo: água, petróleo, madeira, solo, entre outros. Os
recursos naturais são divididos em dois tipos: renováveis e não renováveis.
Recursos naturais renováveis são aqueles que se renovam em prazo curto comparado com o tempo de vida humano. Alguns exemplos de recursos
renováveis são: água, solo, matéria orgânica, biocombustíveis e vento.
Os não renováveis são aqueles que não se renovam em um prazo curto comparado com o tempo de vida humano. Por exemplo: petróleo, carvão
mineral, minérios, materiais radioativos e gás natural.
A natureza de forma geral pode ser considerada um recurso natural renovável, pois dentro dos ciclos biogeoquímicos existe ciclagem de nutrientes
(nitrogênio, oxigênio, carbono, entre outros) em tempo relativamente curto (comparado com o tempo de vida do homem). Analisando sob esse aspecto
pode-se concluir realmente que a natureza é um recurso natural renovável. Porém, atualmente, é possível perceber exatamente o oposto. Com a
degradação ambiental existente, a natureza deixa de se tornar um recurso natural renovável, pois seus recursos são consumidos de forma muito mais
acelerada do que a capacidade de renovação destes. A capacidade de um recurso natural se renovar após algum impacto se chama resiliência. A
palavra resiliência está ligada a propriedade de algo, voltar ao estado original, após sofrer alguma alteração. Para exemplificar pode-se imaginar uma
floresta no qual se faz uma extração de sementes para venda. O impacto foi a retirada das sementes e a capacidade da floresta de produzir novas
sementes é a resiliência.
Deste modo, percebe-se que muitos recursos naturais renováveis, têm se tornado não renováveis, devido ao não respeito da capacidade de resiliência
deste recurso. Ou seja, retira-se mais do recurso natural, do que a capacidade deste de se renovar. Um exemplo disso é a questão da água. Apesar do
planeta Terra possuir uma grande parcela da sua superfície coberta de água, muitas pessoas sofrem com a falta de água, pois a água doce
existente muitas vezes está poluída e imprópria para o consumo. Existem diversos outros exemplos de recursos naturais, que devido a degradação
ambiental, estão se tornando cada vez mais escassos, o que justifica que a natureza não seja um recurso natural renovável.
Deve-se considerar o tempo que o recurso natural leva para se renovar. Por exemplo, uma floresta cujos elementos (madeira, frutos, sementes, entre
outros) são retirados em quantidade e velocidade mais alta do que ela pode produzir estaremos tornando a floresta também um recurso não renovável.
Para que a natureza seja renovável deve-se utilizá-la de forma consciente. Esse uso é conhecido como uso sustentável, que significa utilizar, mas
garantindo a continuidade deste recurso para as gerações futuras. A garantia dessa continuidade, ou seja, que o recurso renovável continue renovável
baseia-se na consideração da sua resiliência, pensando de forma sustentável.
Pensar de forma sustentável em meio a uma sociedade consumista é um grande desafio, porém não é algo utópico, pois muito já foi feito no caminho
para um mundo mais sustentável e muito ainda pode ser feito.
ATIVIDADE
1- Os recursos naturais são subdivididos em dois grupos conforme as suas capacidades de manterem-se disponíveis ou não na natureza após a
utilização pelas atividades humanas. Existem, assim, os recursos naturais renováveis e os não renováveis.
Preencha a segunda coluna conforme os itens enumerados na primeira, identificando quais recursos naturais são renováveis e quais não são.
Coluna 01
(1) Recursos Renováveis
(2) Recursos Não Renováveis
Coluna 02
( ) ouro
( ) diamante
( ) solo
( ) água
( ) vegetais
( ) luz solar
( ) petróleo
( ) florestas
2- Atualmente, existem aqueles recursos naturais que são de maior utilidade e, portanto, de maior importância para as atividades socioeconômicas.
Um deles é um recurso não renovável que se encontra cada vez mais escasso na natureza, podendo acabar nos próximos anos. Tal recurso demanda
muitos gastos e técnicas avançadas na sua extração, mas é muito utilizado na produção de materiais (como o plástico) e também é visto como uma
fonte de energia.
O trecho acima fala do seguinte elemento retirado da natureza:
a) Alumínio
b) Petróleo
c) Ouro
d) Biomassa
e) Carvão Mineral
3-
Hoje acabam todos os recursos naturais gerados para 2014
A partir de hoje a Terra entra no vermelho. Segundo dados da Global Footprint Network (GFN), uma organização de pesquisa que mede a pegada
ecológica do homem no planeta, em menos de 8 meses esgotamos todos os recursos que a natureza é capaz de oferecer de forma sustentável no
período de um ano. Este 19 de agosto é o dia da Sobrecarga da Terra (em inglês, Overshoot Day). Isto significa que pelo resto do ano, vamos manter o
nosso déficit ecológico: reduziremos nossas reservas e aumentaremos ainda mais a quantidade de CO2 produzido na atmosfera [...]. De acordo com os
cálculos da GFN, seria necessário 1,5 planeta para produzir os recursos ecológicos necessários para suportar a atual pegada ecológica mundial.
(Beatriz de Souza. Revista Exame, 19/08/2014).
Assinale a melhor medida possível para a solução ou a diminuição do problema apontado pelo texto acima:
a) Conscientizar as pessoas a abandonarem o consumo de matérias-primas em geral.
b) Criar tecnologias que façam com que o homem não utilize mais recursos naturais.
c) Reduzir o consumo, reaproveitar os produtos que consumimos e reciclar o lixo.
d) Reflorestar tudo o que for desmatado e recuperar rapidamente os solos erodidos.
e) Deixar de produzir mercadorias fabricadas com recursos não renováveis.
4- (UEL - adaptada)
"Se cada pessoa da Terra tivesse computador, celular e carro, consumisse a mesma quantidade de água, de cereais e de energia que os americanos,
seria preciso quatro planetas para dar conta do recado."
(Revista Isto É, n. 1719, 11 set. 2002. p. 75.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a apropriação de bens de consumo e recursos no mundo atual, é correto afirmar:
a) O padrão de consumo norte-americano é sustentável pelo fato de os Estados Unidos possuírem recursos próprios em quantidade suficiente para
atender sua demanda.
b) As bases do padrão de consumo norte-americano são a sustentabilidade, o conservacionismo e o preservacionismo ambiental.
c) Para atingir uma economia sustentável, o padrão de consumo norte-americano deve ser disseminado entre os diferentes povos.
d) O padrão de consumo norte-americano evidencia uma relação socioambiental predatória e insustentável.
e) O acesso a bens de consumo nos países subdesenvolvidos pode alcançar o atual padrão norte-americano sem prejuízo ao meio ambiente.
CONSUMO CONSCIENTE
Fique atento às suas escolhas, dê adeus à tentação das compras por impulso e dê a sua contribuição para um futuro mais sustentável.
ATIVIDADE
O que é consumo?
3- O que pode ser feito para conscientizar as pessoas sobre esse exagero?
IMPACTO AMBIENTAL
"Impacto ambiental é o nome dado a uma modificação causada no meio ambiente devido à ação humana. Toda e qualquer atividade humana causa um
impacto no ambiente, que pode ser negativo oupositivo. Os impactos negativos são extremamente conhecidos pela população, sendo exemplos:
poluição;
destruição de habitat;
redução do número de indivíduos de espécies silvestres;
extinção de espécies.
Os impactos ambientais positivos são menos conhecidos e se relacionam àquelas atividades que trazem melhoria e recuperação ao meio, como
projetos de restauração de áreas que foram impactadas negativamente."
De acordo com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº 1, de 23 de janeirode 1986, temos que:
Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou
energia resultante das atividades humanas que,direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da
população;II - as atividades sociais e
econômicas;
III- a biota (conjunto de todos os seres vivos de uma região);
IV- as condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente;V - a qualidade dos recursos
ambientais.
Ao descartarmos inadequadamente nosso lixo, estamos impactando negativamente nosso planeta. A resposta para essa pergunta é sim. Nossas
atividades, mesmo que pequenas, causam impactos no planeta. O desperdício de água e a não separação do nosso lixo são atitudes comuns que
podem contribuir, por exemplo, para o desabastecimento de água e para o aumento da poluição do planeta.
Para reduzir nossos impactos negativos, podemos adotar algumas atitudes simples no nosso dia a dia,como:
evitar o desperdício de água;
reduzir o uso de automóveis;
economizar energia elétrica;
separar o lixo orgânico do reciclável;
não jogar lixo no chão;
não comprar animais silvestres;
reduzir o consumismo."
Resíduos sólidos: o que são, legislação a respeito e como destinar e tratar corretamente
Poluição atmosférica
A poluição atmosférica está relacionada à contaminação por gases, partículas sólidas, líquidos em suspensão, material biológico ou energia,
―ingredientes‖ que provocam danos diretos no ecossistema de uma região.
A poluição do ar, ainda, é uma das grandes responsáveis pelo aquecimento global, um dos maiores problemas ambientais a serem combatidos
atualmente.
Poluição hídrica
A poluição ambiental é uma das principais consequências de má gestão de resíduos sólidos. Um potencial risco pela destinação irregular de
resíduos é a poluição hídrica.
A poluição hídrica, por sua vez, é caracterizada pela introdução de qualquer resíduo ou energia que altere as propriedades físico-químicas de um
determinado corpo de água.
Os principais causadores desse tipo de poluição são os efluentes industriais (produtos químicos, metais pesados), agrícolas (fertilizantes outros tipos de
agrotóxico), o esgoto doméstico e o chorume oriundo da decomposição de resíduos.
O contato ou ingestão de uma água contaminada pode provar sérios danos à saúde tanto humana como da fauna próxima a esses corpos d‘água. Sem
contar que o odor torna o ambiente bem desagradável e a proliferação de micro-organismo na água reduz ou até impede qualquer ser a sobreviver
nesse ambiente.
O assunto é muito sério. O mundo todo, segundo dados de 2011 da Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos dois milhões de pessoas -
principalmente crianças menores de cinco anos de idade - morrem anualmente por conta da ingestão de água contaminada.
Poluição do solo
A poluição do solo consiste em qualquer mudança na natureza ou na composição da terra decorrente do seu contato com produtos químicos e resíduos
sólidos ou líquidos.
Esse tipo de poluição é perigoso porque pode tornar a solo inútil e infértil, além de gerar riscos à saúde dos humanos, dos animais e das plantas.
Nas cidades, a contaminação se dá principalmente pelo acúmulo de lixo — chamados de resíduos sólidos urbanos — em áreas irregulares de
descarte. Naszonas rurais, o uso indevido e inadvertido de adubos e outros químicos é o principal causador da poluição do solo.
Poluição visual
O prejuízo ambiental mais perceptível causado por uma má gestão de resíduos é a poluição visual. Muitas pessoas costumam relacionar esse tipo de
impacto ao excesso de elementos ligados à comunicação visual, em ambientes urbanos, como cartazes, anúncios e placas de rua, entre outros.
O abandono de resíduos sólidos —orgânicos ou não— expostos em locais inapropriados também são considerados poluição visual e são
responsáveis pela degradação das cidades.
Alagamentos e inundações em períodos de chuva
As empresas que não realizam a gestão adequada dos resíduos podem descarta-los incorretamente, provocando o entupimento das galerias de águas pluviais, que servem
para escoar a água da chuva até córregos e riachos. Uma vez obstruídas por acúmulo do resíduo descartado nas ruas, elas impedem a passagem da água que retorna e
provoca alagamentos e inundações.
Proliferação de endemias
O acúmulo de resíduo descartado de forma irregular pode gerar a proliferação de pragas e vetores de endemias e colocar em risco a saúde pública.
A legislação ambiental no Brasil é uma das mais completas e avançadas do mundo. Criada
com o intuito de proteger o meio ambiente e reduzir ao mínimo as consequências de ações
devastadoras, seu cumprimento diz respeito tanto às pessoas físicas quanto às jurídicas.
Essas leis ambientais definem normas e infrações e devem ser conhecidas, entendidas e
praticadas. Afinal, há um processo de mudança de comportamento na sociedade civil e no
mundo empresarial, que não está associado apenas às eventuais penalidades legais, mas à
adoção de uma postura de responsabilidade compartilhada entre todos para vencer os
desafios ambientais, que já vivenciamos.
Duas leis podem ser consideradas marcos nas questões relativas ao meio ambiente:
Lei 9.605/1998 - Lei dos Crimes Ambientais - Reordena a legislação ambiental quanto às
infrações e punições. Concede à sociedade, aos órgãos ambientais e ao Ministério Público
mecanismo para punir os infratores do meio ambiente. Destaca-se, por exemplo, a
possibilidade de penalização das pessoas jurídicas no caso de ocorrência de crimes
ambientais.
Lei 12.305/2010 - Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e altera a Lei 9.605/1998 - Estabelece diretrizes à gestão integrada e ao
gerenciamento ambiental adequado dos resíduos sólidos. Propõe regras para o cumprimento de seus objetivos em amplitude nacional e interpreta a
responsabilidade como compartilhada entre governo, empresas e sociedade. Na prática, define que todo resíduo deverá ser processado
apropriadamente antes da destinação final e que o infrator está sujeito a penas passivas, inclusive, de prisão.
Lei 12.651/2012 - Código Florestal Brasileiro – Revoga o Código Florestal Brasileiro de 1965 e define que a proteção do meio ambiente natural é
obrigação do proprietário mediante a manutenção de espaços protegidos de propriedade privada, divididos entre Área de Preservação Permanente
(APP) e Reserva Legal (RL).
É importante lembrar que as leis enumeradas são apenas parte do Direito Ambiental do País, que ainda possui inúmeras outras matérias, como decretos,
resoluções e atos normativos.
Há também regulamentações de órgãos comprometidos para que as leis sejam cumpridas, como é o caso do Conselho Nacional de Meio Ambiente
(Conama) e do Ministério do Meio Ambiente.
Também é preciso ter conhecimento da legislação específica de cada Estado e, ao seguir as normas estabelecidas pela legislação federal ou estadual,
sempre é aconselhável optar pelas mais restritivas para não correr o risco de sofrer punições.
ATIVIDADE:
1) Vamos pensar na seguinte situação: O prefeito municipal recebeu uma proposta de construção de uma usina Hidrelétrica nas imediações da cidade.
Mais precisamente no parque municipal. A proposta viabilizaria um grande investimento na cidade e principalmente geraria milhares de empregos.
Entretanto, os impactos ambientais gerados seriam catastróficos para uma cidade tão pequena.
Divida a turma em dois grupos, organize qual equipe ficará responsável pela defesa da abertura da Hidrelétrica e qual ficará responsável pela acusação.
Pesquise, monte cartazes e gráficos para que possamos montar um pequeno júri.
3º BIMESTRE
O que é BIOÉTICA?
"A Bioética é uma área de estudo interdisciplinar que envolve a Ética e a Biologia,
fundamentando os princípios éticos que regem a vida quando essa é colocada em risco pela
Medicina ou pelas ciências. A palavra Bioética é uma junção dos radicais ―bio‖, que advém do
grego bios e significa vida no sentido animal e fisiológico do termo (ou seja, bio é a vida pulsante
dos animais, aquela que nos mantém vivos enquanto corpos), e ethos, que diz respeito à conduta
moral.
Trata-se de um ramo de estudo interdisciplinar que utiliza o conceito de vida da Biologia, o Direito
e os campos da investigação ética para problematizar questões relacionadas à conduta dos seres
humanos em relação a outros seres humanos e a outras formas de vida.
Origem da Bioética
A Bioética surgiu na segunda metade do século XX, devido ao grande desenvolvimento da
Medicina edas ciências, que avançaram cada vez mais para a modificação da vida humana
e a promoção do
conforto humano, bem como para a utilização de cobaias vivas (humanas e não humanas). A fim de evitar horrores, como os que foram vividos dentro
dos campos de concentração nazistas e de técnicas médicas que ferissem os princípios vitais das pessoas, surgiu a Bioética como meio de
problematizar o que está oculto na pesquisa científica ou na técnica médica quando elas envolvem a vida.
A importância social da Bioética centra-se, justamente, no fato de que ela procura evitar que a vida seja afetada ou que alguns tipos de vida sejam
considerados inferiores a outros. A Bioética discute, por exemplo, a utilização de células-tronco embrionárias em suas mais diversas problemáticas,
passando pela necessidade de abortar-se uma gestação para retirar tais células e pelos benefícios que os tratamentos obtidos por esse recurso podem
promover para as pessoas.
Também é tratado por estudiosos de Bioética o respeito aos limites que devemos ter ao lidar com animais, seja para o cuidado ou a alimentação, seja
para a utilização comercial deles, pois são seres vivos dotados de sentidos e capazes de sofrer.
Autores da Bioética
Hoje, alguns autores são referências para os estudos de Bioética no mundo. Entre eles, estão o filósofo Tom L. Beauchamp, professor da Georgetown
University, e o filósofo e teólogo James F. Childress, professor de Ética da Universidade de Virgínia. Juntos, esses dois destacados estudiosos da
Bioética escreveram o livro Princípios de Ética Biomédica, que contém a formulação dos princípios bioéticos básicos, inspirados em grandes sistemas
éticos de filósofos considerados cânones do conhecimento ocidental, como Kant e Mill.
Outro autor de igual importância é Peter Singer, filósofo australiano e professor da Universidade de Princeton desde 1999. Dentre suas obras, podemos
destacar Ética prática, que problematiza questões referentes à Ética enquanto área de estudo capaz de interferir na vida cotidiana das pessoas,
analisando questões polêmicas, como o aborto e a eutanásia; e Libertação animal, que funda a teoria dos direitos dos animais."
Em Princípios de Ética Biomédica, Beauchamps e Childress estabelecem quatro princípios básicos que devem nortear o trabalho bioético tanto para as
ciências que utilizam cobaias quanto para as técnicas biomédicas e médicas que lidam diretamente com a vida. Esses princípios estão ligados a teorias
éticas conhecidas e ganham um novo contorno em suas formulações voltadas para a vida animal.
1. Princípio da não maleficência: consiste na proibição, por princípio, de causar qualquer dano intencional ao paciente (ou à cobaia de testes
científicos). A sua mais antiga formulação pode ser encontrada no Juramento de Hipócrates, e, no século XX, ele foi estabelecido como princípio bioético
pelos estudiosos Dan Clouser e Bernanrd Gert.
2. Princípio da beneficência: pode ter seu gérmen encontrado no juramento hipocrático, em que se é afirmado que o médico deve visar ao
benefício do paciente. Beauchamp e Childress vão além, estabelecendo que tanto médicos quanto cientistas que utilizem cobaias devem basear-se no
princípio da utilidade (o utilitarismo de Mill e Bentham), visando a provocar o maior benefício para o maior número possível de pessoas.
3. Princípio da autonomia: tem suas raízes na filosofia de Immanuel Kant e busca romper a relação paternal entre médico e paciente e impedir
qualquer tipo de obrigação de cobaias para com a ciência. Trata-se do respeito à autonomia do indivíduo, pois esse é o responsável por si, e é ele que
decide se quer ser tratado ou se quer participar de um estudo científico.
4. Princípio da justiça: baseado na teoria da justiça, de John Rawls, esse princípio visa a criar um mecanismo regulador da relação entre
paciente e médico, a qual não deve ficar submetida mais apenas à autoridade médica. Tal autoridade, que é conferida ao profissional devido ao seu
conhecimento e pelo juramento de conduta ética e profissional, deve submeter-se à justiça, que agirá em caso de conflito de interesses ou de dano ao
paciente.
ATIVIDADES
1- A pesquisa envolvendo seres humanos deverá ter como base quatro princípios básicos da bioética definidos abaixo:
2-A bioética é apoiada por quatro princípios e um deles assegura o bem-estar das pessoas, evitando danos, e garante que sejam atendidos seus
interesses.
Busca-se a maximização do benefício e a minimização dos agravos. Esse é o princípio da
A) autonomia.
B) não maleficência.
C) beneficência.
D) justiça.
E) igualdade.
3-Paciente J.C.L, 67 anos, portador de câncer, em cuidados paliativos, possui queixa continua de dor. Nesse caso, a enfermeira implementou um
plano decontrole da dor e monitorou a resposta do paciente ao plano.
O princípio que norteia o monitoramento é o(a)
A) justiça.
B) fidelidade.
C) beneficência.
D) não maleficência.
E) respeito à autonomia.
CLONAGEM
A bioética visa estimular na sociedade discussões sobre temas polêmicos como aborto,
eutanásia, reprodução assistida e engenharia genética e outros problemas ligados à vida, à
morte e à existência humana, mas sempre visando o debate quanto aos aspectos éticos.
Tipos de Clonagem
Há 4 tipos de clonagem:
1. Clonagem Natural: é o caso dos gêmeos univitelinos, seres idênticos que possuem o mesmo genoma.
2. Clonagem Induzida: reprodução assexuada realizada artificialmente em laboratório através de duas células mães, que produzirão seres
idênticos, ou clones.
3. Clonagem Reprodutiva: processo de reprodução assexuada através de células somáticas, ou seja, qualquer célula do corpo, exceto os gametas
sexuais (óvulo e espermatozoide).
4. Clonagem Terapêutica: técnica utilizada para a reprodução de células-tronco, muito semelhante à clonagem reprodutiva, contudo, não é
introduzida no
útero.
ATIVIDADES
1) Quando falamos em clonagem, normalmente nos lembramos das técnicas realizadas em laboratório em que é possível produzir um indivíduo idêntico
a outro.
Entretanto, a formação de clones é possível também na natureza por meio do processo de
a) reprodução assistida.
b) conjugação.
c) reprodução assexuada.
d) fecundação interna.
e) reprodução sexuada.
2) Apesar do que muitos pensam, a clonagem não é utilizada apenas com a finalidade de gerar um indivíduo idêntico ao que o originou. Algumas
vezes ela é realizada para produzir células-tronco para o tratamento de algumas enfermidades. Esse último tipo de clonagem é conhecido por:
a) clonagem in vitro.
b) clonagem reprodutiva.
c) clonagem multiplicadora.
d) clonagem terapêutica.
e) clonagem reparadora.
3-) Em 2012, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) divulgou sua intenção de trabalhar na clonagem de espécies ameaçadas de
extinçãono Brasil, como é ocaso do lobo-guará, da onça-pintada e do veado-catingueiro. Para tal, células desses animais seriam coletadas e mantidas
em bancos de germoplasma para posterior uso. Dessas células seriam retirados os núcleos e inseridos em óvulos anucleados. Após um
desenvolvimento inicial in vitro, os embriões seriam transferidos para úteros de fêmeas da mesma espécie. Coma técnica da clonagem, espera-se
contribuir para a conservação da fauna do Cerrado e, se der certo, essa aplicação pode expandir-se para outros biomas brasileiro
Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 8 mar. 2013 (adaptado).
A limitação dessa técnica no que se refere à conservação de espécies é que ela
A) gera clones haploides inférteis.
B) aumenta a possibilidade de mutantes.
C) leva a uma diminuição da variabilidade genética.
D) acarreta numa perda completa da variabilidade fenotípica.
E) amplia o número de indivíduos sem capacidade de realizar diferenciação celular.
FERTILIZAÇÃO IN VITRO
A reprodução humana assistida é um dos métodos mais tradicionais de procriação, auxiliando aqueles
que, por algum motivo, não conseguem realizar o projeto parental de modo natural. Um dos métodos de
reprodução humana assistida é a fertilização in vitro, a qual se faz através da junção de material genético
do homem e da mulher, criando em laboratório embriões que serão implantados no útero, dando início a
gestação. Para que ocorra sucesso no tratamento, são produzidos embriões além do necessário, ou seja,
embriões excedentários, que poderão ser congelados, doados e até mesmo descartados.
Em 1978, a introdução da fertilização in vitro (sigla em inglês IVF) desencadeou intenso debate ético
sobre o uso de tecnologias inovadoras de reprodução, que se haviam deflagrado uma década antes.
Foram levantadas questões sobre se as técnicas prejudicariam crianças e pais e/ou alterariam a
compreensão sobre o significado de procriação, família e paternidade.
A controvérsia diminuiu gradualmente, quando bebês saudáveis nasceram por esses recursos: em pelo
menos oito países, comitês voltados à Ética e à Bioética emitiram declarações que consideraram, em princípio, o uso de IVF ―eticamente aceitável‖, pela
chance de permitir que casais inférteis gerassem descendentes, até como extensão do modo natural de reprodução: embora envolva a junção de
espermatozoide e óvulo em uma placa de petri (recipiente usado em laboratório para cultura de micro-organismos) ou em tubo de ensaio, uma vez
implantados, os embriões cumprem um período natural de gestação, que culmina no nascimento de bebês.
A reprodução humana assistida renovou a esperança dos que não podiam concluir com o planejamento familiar de f iliação, trazendo consigo inúmeros
questionamentos quanto a ética na pesquisa e na manipulação do material genético doado.
Os conflitos diminuíram ao se verificar que tais tecnologias, com exceção da inseminação artificial por doador, levaram pessoas até então estéreis a
terem seus próprios filhos genéticos. Além disso, filhos gerados pelos novos métodos não se traduziram, então, em riscos às famílias nucleares e
tradicionalmente estruturadas.
Os desafios éticos voltaram à tona a partir da década de 1990, devido os avanços científicos, aliados às mudanças de ambientes sociais e culturais: a
intervenção humana no processo de procriação tornou-se mais frequente, mais complexa, e altamente tecnológica.
Por exemplo, oócitos (gametas femininos que ainda não atingiram a maturidade) passaram a ser removidos cirurgicamente de uma mulher e, após a
fertilização, transferidos a outra. Mães substitutas puderam ceder seus úteros a casais com quem não tinham conexão genética. Embriões criados in
vitro, a serem criopreservados e armazenados para uso nos próximos anos por pais genéticos ou por desconhecidos – e por aí afora.
Dilemas éticos
Atualmente é difícil argumentar que tais métodos inovadores correspondem a meras extensões do jeito natural de se reproduzir. Partenogênese
(desenvolvimento de um ser vivo a partir de um óvulo não fecundado); clonagem (processo utilizado para criar uma réplica geneticamente exata de
uma célula,tecido ou organismo), e ectogênese (conjunto de técnicas necessárias para produzir bebês fora do corpo da mulher, isto é, úteros artificiais)
já estão no horizonte científico.
Doadoras de óvulos, mães substitutas e doadores de esperma figuram como ―auxiliares‖ aos que não têm filhos de maneira natural. Novas formas
de reprodução assistida são cada vez mais usadas para gerar crianças sem vínculos hereditários ou genéticos com as famílias que as criarão.
Finalmente, tecnologias de reprodução assistida não são mais usadas exclusivamente no contexto de famílias nucleares tradicionais: casais
homossexuais e mulheres e homens solteiros contam acesso a elas, o que leva grupos religiosos – e até alguns seculares – a expressarem
preocupações quanto ao enfraquecimento do compromisso mútuo familiar e o bem-estar dos filhos resultantes de processos artificiais. Também na mira
dos críticos está eventual ―uso indevido de recursos sanitários‖, porque esses métodos não são empregados somente na superação de problemas
médicos, mas com a intenção de contornar limites biológicos à paternidade.
Além disso, há quem veja o perigo de mercantilização de seres humanos e seus produtos corporais: oferecer grandes quantias de dinheiro a terceiros,
principalmente os mais carentes, pode diminuir a voluntariedade de sua escolha em participar do processo. Lembrando: no Brasil, o Conselho Federal
de Medicina (CFM) proíbe que a cessão temporária de útero tenha caráter lucrativo ou comercial.
Aqui vale lembrar outra questão ética importante: apenas poucas pessoas se beneficiam das novas tecnologias reprodutivas: o acesso depende, entre
outros, de fatores econômicos, culturais, de raça e de classe social. Assim, seu uso tem potencial para ampliar ainda mais as fronteiras econômicas e
sociais entre ricos e pobres, e entre uma subcultura e outra.
No Brasil, não existe ainda nenhuma legislação que regulamente os procedimentos de reprodução assistida. O único documento de que se dispõe para
tanto é a Resolução 1358/923 do Conselho Federal de Medicina. Este, apesar de não ter força de lei, oferece as orientações éticas para utilização das
novas tecnologias reprodutivas nas clínicas de fertilização. Nesse documento estão presentes algumas informações sobre o que os médicos estão
permitidos ou impedidos de fazer no uso das tecnologias reprodutivas.
Em uma análise das sessões dessa resolução, percebe-se uma tentativa de banalizar a atividade médica quando da manipulação de gametas para fins
reprodutivos. A utilização de técnicas médicas para realização de procedimento de fecundação abriu uma série de novas situações que impõem dilemas
específicos, os quais demandam reflexão e regulamentação ética para além dessa resolução. Diversos aspectos do uso das novas tecnologias
conceptivas, porém, encontram-se defasados nesse documento, como a assistência à reprodução para casais não-heterossexuais, a doação de
embriões pré-implantados para pesquisa científica e clonagem humana.
ATIVIDADES
1- João e Maria, recorreram a FIV após várias tentativas de engravidar sem sucesso. Foram retirados 6 óvulos que foram fertilizados e congelados.
Na primeira tentativa de fertilização, foram implantados 2 óvulos. Após alguns dias, Maria descobriu que estava grávida, ou seja, sua FIV havia
positivado. Ela não tem interesse em implantar os outros óvulos e encaminhou-os para descarte. Vamos refletir sobre a questão. Maria está
cometendo algum crime? O que você pensa a respeitos dos embriões que serão descartados?
_
CÉLULAS TRONCOS
Embriões “destruídos” : Embora existam questões éticas e bioéticas interessantes em torno da coleta e uso de células-tronco adultas de fetos
abortados e sangue do cordão umbilical, a controvérsia mais intensa até hoje se concentra no uso de células-tronco embrionárias humanas, e envolvem
sua derivação e uso para pesquisa. Ou seja, a remoção da massa de células primordiais dos blastocistos, os impede de continuar seu desenvolvimento.
Os favoráveis às pesquisas argumentam que os embriões excedentes (não usados pelos doadores de gametas) seriam descartados de qualquer forma
pelas clínicas de fertilização, e que, portanto, empregá-los para tratamentos futuros daria finalidade e ―dignidade‖ à sua criação e destruição. O
problema é que nem a Filosofia, nem a Religião, nem a Ciência, e nem mesmo a Bioética, chegaram a um consenso sobre o momento em que a vida
começa, isto é, se embriões em fase tão insipiente merecem proteção; e direitos legais e morais iguais aos das pessoas nascidas, por carregarem
material genético humano.
Além do embrião
As células-tronco adultas ou multipotentes estão presentes em pequenas quantidades no organismo, dispersas em diferentes tecidos. Isso quer dizer
que, embora exista certa restrição em qual tipo celular será originado, contam com capacidade de se multiplicarem, originando outro tipo de células,
como epiteliais, e da medula óssea.
Um dos adventos científicos testados como eventuais substitutos das células-tronco embrionárias diz respeito às células estaminais pluripotentes
induzidas pelo homem (sigla em inglês, iPS) – fibroblastos dérmicos geneticamente modificados para se comportarem como células-tronco embrionárias
humanas. No entanto, a maioria dos cientistas que trabalha na área não crê que as células iPS (ou qualquer outra ―fonte alternativa‖ de células-tronco)
possam evitar a necessidade de pesquisas contínuas com células-tronco embrionárias humanas.
Enquanto permanecem os dilemas éticos, na prática científica, muito do que se diz sobre utilização de células-tronco embrionárias como forma de
tratamento encontra-se no campo especulativo: apesar de serem vistas como células especiais, com capacidade quase infinita de se multiplicar e se
transformarem células especializadas, como neurônios, células do fígado ou músculo cardíaco, uma grande quantidade de pesquisas é necessária para
desenvolver linhas celulares capazes de gerar células e tecidos substitutos para tratar muitas doenças.
ATIVIDADE
ABORTO
Falar de aborto nem sempre é uma tarefa fácil, pois o tema além de ser delicado envolve questões morais, científicas, éticas, religiosas e
filosóficas. A prática, que já é antiga, também representa diversos riscos à saúde das mulheres.
Diariamente, cerca de 830 mulheres são vítimas de complicações durante e após o período gestacional, sendo o aborto um dos principais catalisadores
das mortes maternas em todo o mundo.
Aliás, somente na América Latina e no Caribe acontecem 4 milhões de aborto por ano. Por isso, é essencial conhecer o tema e discuti-lo com urgência.
Neste conteúdo, você vai entender as principais nuances que permeiam as mais fervorosas discussões sobre esta temática. Vem com a
gente!O que é definido como aborto?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, aborto, do Latim ‗ab-ortus‘ (privação do nascimento), refere-se à interrupção da gestação com a extração
ou expulsão do embrião, ou do feto de até 500 gramas antes do período perinatal (que data entre 22.ª semana completa e os 7 dias completos após o
nascimento). Partindo de uma classificação médica, o aborto pode ser precoce, quando ocorre antes da 13.ª semana de gravidez, ou tardio, entre a
13.ª e a 22.ª semana. De acordo com o dicionário médico Luís Rey, o procedimento deve ocorrer antes que o feto seja viável, isto é, o nascituro não
consegue sobreviver
ainda fora do útero, após esse período denomina-se parto prematuro.
Segundo relatório publicado na The Lancet Global Health, entre 2015 e 2019 mais da metade das gestações não planejadas (61%), terminaram em
aborto. Passar pelo processo de abortamento não é fácil, a maioria das mulheres além de lidar com as preocupações de uma gravidez não intencional
também enfrentam as consequências físicas e psíquicas do procedimento.
Espécies de aborto
A interrupção da gravidez pode acontecer de modo voluntário, ou seja, pela vontade da gestante ou involuntário, natural ou acidentalmente. Desse
modo, de acordo com os conceitos da obstetrícia, podemos classificar o aborto em três espécies.
O aborto espontâneo ocorre quando há a interrupção natural da gravidez pelo próprio organismo da gestante. Vários fatores como a idade, anomalias
cromossômicas, problemas endócrinos, doenças autoimunes, obesidade ou magreza excessiva e outros problemas relacionados ao organismo
feminino, como, por exemplo a trombose, podem contribuir para a ocorrência desta condição.
Estima-se que 15% das mulheres grávidas com idade até 35 anos podem ser vítimas dessa espécie de aborto, conforme o artigo Postgraduate medical
Journal de 2015.
O aborto acidental também acontece de forma involuntária e resulta de uma experiência traumática vivenciada pela gestante, exigindo assim a
presença de um fator externo. Como exemplo, pode-se citar quedas de escada, atropelamentos, espancamentos, acidentes de trânsito, sustos ou até
mesmo escorregões.
Por fim, temos o aborto induzido que é quando se realiza um procedimento para interromper a gravidez. Desse modo, ele pode decorrer da própria
escolha da grávida, de abusos contra a autodeterminação dos seus direitos sexuais (abortos forçados ou decorrentes de estupro), quando a gestação
represente riscos à sua saúde ou quando o feto não tem chances de sobreviver fora do útero, por presença de má formação congênita.
Segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o processo pode ser executado de forma cirúrgica – aspiração a vácuo, sucção ou
dilatação e evacuação- entre as 6 e 16 semanas de gestação ou por meio do consumo de pílulas abortivas (medicamentos que bloqueiam os hormônios
da gravidez e o próprio organismo da mulher faz o esvaziamento do útero) esse procedimento pode ser realizado até as 12 semanas de gravidez.
O aborto induzido pode ser realizado de modo seguro por pessoas treinadas seguindo o método adequado ao tempo da gravidez recomendado
pela OMS. No entanto, o potencial de risco é bem maior quando as pessoas que apoiam ou realizam o procedimento não possuem a habilidade
necessária ou ele acontece em ambientes que não estejam de acordo com os padrões médicos mínimos, ou ambos não são atendidos.
Nestes casos, temos o que chamamos de abortos inseguros ou clandestinos, este procedimento pode envolver a introdução de objetos ou substâncias
no útero (agulhas de tricô, cabides de ferro e até misturas caseiras), ingestão de medicamentos ou líquidos nocivos e uso de força externa, o que pode
causar rompimento do útero, hemorragias e até a morte da mulher.
O aborto no mundo
Por mais que se fale tanto em aborto, às vezes pode até parecer que ele é um fenômeno atual que decorre da vida moderna, entretanto esse
procedimento já acompanha a humanidade há um bom tempo, estando presente nas mais variadas culturas. Portanto, precisamos entender como esta
prática foi tratada no decorrer da história.
De fato, o controle populacional sempre foi motivo de preocupação para a sociedade. Enquanto a sociedade greco-romana encarava a prática como um
meio para controlar e manter o crescimento da população estável, outras civilizações a consideravam uma transgressão de princípios.
O Código de Hamurabi no século V a.C e o Código Hitita do século XII a.C previam punições severas a quem praticasse ou incentivasse o aborto.
No outro lado do mundo, aqui na América do Sul, as comunidades indígenas encaravam o tema de diferentes formas, abortava-se por escassez de
alimentos ou em função da maternidade, isto é, todas as gestantes abortam do seu primeiro filho para facilitar o parto do segundo.
Em 1869, quando a Igreja Católica apresentou seu posicionamento sobre a teoria da animação, a qual se refere ao momento em que se dá início a vida,
concluiu-se que a alma faz parte do embrião e declarou-se o aborto e outro métodos contraceptivos como pecado.
Neste ínterim, as condições sociais entre os séculos XIX e XX contribuíram para que as legislações criadas nesta época trouxessem dispositivos sobre a
permissão ou punição do aborto.
Com as grandes conquistas e descobertas científicas da época, os Estados passaram a criar políticas de incentivo à demografia que afetaram o papel da
mulher e sua importância na reprodução dos futuros cidadãos. Desse modo, boa parte das deliberações nacionais incorporaram a tutela do nascituro e
a punição do aborto.
Todavia, com a descoberta das pílulas anticoncepcionais e o advento das teorias feministas, houve a dissociação entre as imagens de maternidade e
sexualidade. Dali em diante, adveio a segmentação entre os ideais da Igreja e do Estado no que se refere ao aborto.
No ano de 1920, a União Soviética criou políticas sociais para garantir a saúde da mulher trabalhadora e legalizou a prática. Após pouco mais de uma
década, o México reconheceu o direito ao aborto em caso de estupro. Em seguida, outros países, como Polônia, Islândia, Suécia, Reino Unido, Canadá
e mais recentemente a Irlanda, cada qual do seu modo, legalizaram o procedimento.
Aproximadamente 90 milhões de mulheres em idade reprodutiva vivem nos 26 países em que o aborto é totalmente proibido, mesmo que a saúde ou
suas vidas estejam ameaçadas. A maior parte destes Estados se concentram na África, Oriente Médio e Sudeste Asiático. Como exemplo, podemos
citar Cisjordânia,Egito, El Salvador, Haiti, Honduras, Filipinas, Iraque, Nicarágua, Senegal e Suriname.
Outros 39 países (a maioria localizados no Oriente Médio, América Latina e Caribe) permitem a interrupção da gravidez em certas circunstâncias para
salvar a vida de gestantes, cerca de 359 milhões de mulheres em idade fértil vivem nesses lugares. Este grupo inclui Afeganistão, Brasil, Chile,
Guatemala, Irã, Mianmar Síria e Sudão, entre outros países. Outra característica comum deles é que são todos países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento.
Tendo como justificativa o resguardo da integridade feminina, isto é, proteger a saúde da gestante contra as consequências físicas ou psicológicas
de levar a gestação adiante, 56 países permitem legalmente a interrupção da gravidez. Este é o caso da Arábia Saudita, em que embora a prática seja
proibida, a mulher desde que receba a aprovação de médicos especialistas e do marido, pode impedir a continuidade da gestação.
Ademais, as legislações de outros 14 países permitem o aborto em uma ampla gama de situações. Para isso, a lei leva em consideração fatores sociais
e econômicos que podem impactar as condições atuais e futuras das gestantes.
Por último, o direito ao aborto é legal sob a solicitação da mulher grávida em 56 Estados, situados principalmente em regiões desenvolvidas. Em sua
maioria, como Rússia e Noruega, permitem o procedimento até as 12 semanas de gravidez.
Conforme dados da OMS, entre 2010 e 2015 foram realizados 55 milhões de abortos em todo o mundo, destes 45% foram inseguros e em sua maioria,
cerca de 97%, ocorreram nas regiões da América Latina, Ásia e África, onde há legislações punitivas quanto ao procedimento.
Segundo relatório organizado pela Lancet Global Health, uma das revistas de publicações científicas mais renomadas do mundo, nos países em que
as leis são mais restritivas e é mais difícil obter medidas anticoncepcionais adequadas e seguras, a proporção de gestações indesejadas que resultam
em aborto é alta, com variação de 32/48 por mil mulheres, à medida que em locais de maior renda e interrupção legal da gravidez, a taxa é de 11 a cada
1000.
ATIVIDADE
1) Cite e explique um dos fatores que podem ser relevantes na decisão de um país de tornar o aborto permitido sob determinadas
condições ou completamente proibido.
EUTANÁSIA
A eutanásia, originalmente definida como ‗‘boa morte‘‘, ou seja, uma morte sem dor ou sofrimento,
tem como objetivo reduzir o tempo de vida de um paciente, através da orientação de um profissional da
medicina. Este procedimento ocorre quando a um indivíduo em estado terminal, sobrevivendo por
ajuda de aparelhos em leitos de
hospitais se oferece a opção de desligar os aparelhos, para que então possa sessar o suposto
sofrimento do doente e fazê-lo ―descansar em paz‖.
Este ato de controlar o tempo de vida de uma pessoa enferma envolve princípios morais, éticos e
religiosos, decisões que são extremamente delicadas, sempre acompanhadas de uma controvérsia.
De acordo com os princípios cristãos, uma boa morte é aquela que ocorre de forma ―natural‖, quando
o indivíduo está espiritualmente pronto para seguir seu caminho que o conduzirá até Deus. A verdade
decisiva que leva à conclusão de que Deus é contra a eutanásia é sua soberania sobre a vida e a
morte e, neste quesito, para os cristãos a eutanásia poderia ser entendida como a usurpação deste
poder divino.
No quesito do biodireito, no Brasil, a eutanásia ainda é considerada crime. Quando é executada, mantêm-se um ―pacto de silêncio‖ quer nas unidades
de assistência públicas ou particulares, o que acaba tornando tal decisão um ato dissimulado e infracional. O assunto é excluído da discussão pelo
Ministério da Justiça, por considerá-lo muito polêmico.
Existem conceitos que a tipificam: Eutanásia ativa, eutanásia passiva e eutanásia de duplo efeito; e quanto ao consentimento do enfermo em eutanásia
voluntaria, eutanásia involuntária e eutanásia não voluntária. Ainda surgem mais conceitos no que se refere ao fim da vida, entre eles o suicídio. Tendo
estes conceitos em mente, é possível discutir os prós e contras sobre este tema que sempre deve passar pelo crivo da bioética.
Os argumentos que são contra vão desde os religiosos, éticos até mesmo os políticos sociais. Lembrando o próprio juramento de Hipócrates que
considera que a vida como um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz. Percebe-se a dimensão complexa do assunto. Outros argumentos
contra concentram-se na parte legal, uma vez que o código penal atual não especifica nenhuma permissão da eutanásia, condenando qualquer ato que
ponha fim a uma vida como homicídio ou auxílio ao suicídio. Mesmo que a pedido da vítima ou por alegada ―compaixão‖, estes são punidos
criminalmente.
Embora muitos sejam a favor da eutanásia e muitos contra, deve-se levar em consideração a bioética. Deve-se ponderar pela vida, mesmo que o doente
peça pela morte. A medicina visa fazer sempre o máximo para salvar o próximo, mesmo que a vida do indivíduo já esteja sob o risco, e é preciso cuidado
para que a perda de esperança não inviabilize uma recuperação, pois alguns casos de cura são inesperados mesmo dentro da medicina mais
avançada. Sabe-se que há muito a se discutir antes da tomada de decisões sobre este tema. Assim, não se pode deixar de falar, nem falar levianamente
sobre um assunto que divide opiniões mesmo entre os mais aptos estudiosos.
ATIVIDADE
1) Quem é a favor da eutanásia acredita que seja um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas que estejam em fase terminal ou sem
qualidade de vida. Defendem que a pessoa morre de uma forma pouco dolorosa significando que teve uma morte digna. Porém, relacionado à bioética,
será que essa atitude seria uma maneira digna de morrer? Justifique.
O Homem, a ciência e a bioética…, três realidades completamente distintas e simultaneamente tão próximas. Completam-se, numa arriscada dinâmica
de interligações, interdependências e relações muitas vezes conflituosas. A ciência evoluiu nas últimas décadas como nunca sequer sonhou que
poderia evoluir. A base da relação entre o Homem e a ciência é continuamente ameaçada por novas descobertas, novos caminhos que surgem, novas
possibilidades, que indubitavelmente nos fazem refletir.
Perante isto também a própria ciência se interroga sobre o sentido e limites do seu progresso e pede a contribuição da bioética.
A fonte mais evidente de problemas novos, ainda que não a mais simples de resolver, relaciona-se com os problemas éticos ligados à vida humana e às
ciências da vida.
É desde o início da vida biológica do ser humano até à sua extinção que surgem problemas. Tudo se passa como se este princípio da vida
humana tivesse recuado progressivamente do nascimento à gravidez, da gravidez à fecundação e – no sentido diferente do termo ―início‖ – da
fecundação ao genoma dos progenitores. Em sentido inverso, o fim da vida já não se refere apenas ao momento da morte, mas há vivência
progressiva da idade avançada, desde a
diminuição das faculdades físicas e mentais até à total dependência, desde os cuidados específicos da idade avançada até aos cuidados paliativos
e às eventuais decisões acerca do morrer.
Após assistirmos o filme: UMA PROVA DE AMOR, debata com os seus colegas e escreva seu ponto de vista sobre até onde, o Homem tem o direito
de intervir na “vida e morte” dos seres vivos.
4º BIMESTRE
Os impactos ambientais, gerados pela industrialização e pelo avanço da tecnologia, são notáveis no Brasil e no mundo. Até pouco tempo, o
desenvolvimento tecnológico e industrial parecia ir contra a busca pela sustentabilidade e a conservação ambiental. Porém, a tecnologia ambiental
vem para demonstrar que é sim possível se desenvolver e cuidar de nosso planeta.
Hoje, as emissões de dióxido de carbono (CO2) aumentaram, plásticos e outros resíduos estão poluindo cada vez mais os oceanos, áreas vegetais
estão sendo exploradas e desmatadas ilegalmente e o preço do petróleo dispara. Ainda assim, é possível pensar em uma abordagem diferente, com
foco na preservação da natureza, ao apostar na ciência e nas tecnologias ambientais.
#1 Poluição do ar
A poluição do ar ocorre quando quantidades, excessivas ou prejudiciais de gases, como dióxido de carbono, monóxido de carbono, dióxido de enxofre,
óxido nítrico e metano são introduzidos na atmosfera terrestre.
As principais fontes emissoras desses poluentes surgiram após a revolução industrial, com as fábricas, a agricultura em massa e os veículos.
As consequências da poluição do ar inclui impactos negativos para a saúde de humanos e animais, bem como contribui para o aquecimento global.
Isso porque o aumento da quantidade de gases de efeito estufa no ar retém energia térmica na atmosfera terrestre e faz com que a temperatura global
aumente.
#2 Esgotamento dos recursos naturais
O esgotamento de recursos é outro impacto negativo da tecnologia no meio ambiente. Diante de tantas demandas, o consumo dos recursos têm sido
maisrápido do que a capacidade de reabastecimento natural dos mesmos.
Os recursos naturais podem ser renováveis ou não renováveis. Atualmente, existem vários tipos de esgotamento de
recursos.Confira alguns dos mais graves:
Esgotamento de aquíferos;
Desmatamento;
Mineração de combustíveis fósseis e minerais;
Contaminação de recursos;
Erosão do solo;
Consumo excessivo de recursos.
Isso ocorre, principalmente, como resultado da agricultura, mineração, uso de água e consumo de combustíveis fósseis de maneira desenfreada e sem a
devida mitigação de impactos.
Além disso, os níveis de degradação dos recursos naturais também estão aumentando devido ao aumento da população global. Desde a revolução
industrial, a exploração mineral e petrolífera em grande escala tem aumentado, gerando o esgotamento natural do petróleo e demais recursos minerais.
O desmatamento também é extremamente severo e agressivo. Segundo dados do Banco Mundial, a perda líquida de floresta global entre 1990 e 2015
foi de 1,3 milhão de km. Tal prejuízo ocorre, principalmente, por conta da agricultura em larga escala, da extração de madeira para combustíveis e da
criação de espaços para novas áreas residenciais.
O resultado, além da derrubada das árvores, que removem dióxido de carbono da atmosfera, é a agressão a toda fauna e flora local, que se tornam
suscetíveis à extinção.
Energia do biogás
Como uma fonte alternativa para a produção de energia renovável, o biogás se destaca cada vez mais como uma das soluções de tecnologia ambiental.
Produzido a partir da degradação de várias substâncias orgânicas, em processos biológicos de fermentação com ausência de oxigênio, o biogás
contém um alto teor de metano (CH4). Por isso, pode ser convertido em eletricidade e calor por meio do processo de cogeração.
Na prática, o biocombustível costuma ser usado em sistemas de aquecimento e, também, para a iluminação urbana.
Energia solar
Hoje, contamos com diversas opções de fontes de energias renováveis como, por exemplo, a energia solar. Pela sua característica abundante e
inesgotável, a energia solar é uma excelente alternativa para universalizar o acesso sustentável à eletricidade.
A energia solar é uma das tecnologias ambientais mais limpas e fáceis de implementar em seu negócio!
No Brasil, a energia solar já é de grande destaque e tende a se tornar ainda mais popular nos próximos anos, já que o clima do país favorece a adoção
deste tipo de tecnologia ambiental.
Lâmpadas inteligentes
Até agora, abordamos sistemas de tecnologia ambiental mais complexos e avançados. Contudo, é possível contribuir para um ecossistema mais
equilibrado adotando boas práticas simples.
As lâmpadas de LED inteligentes, por exemplo, podem ser controladas por meio de um app de celular. A ferramenta permite, ainda, programar a
ativação e o desligamento, com horários agendados, a intensidade e as cores da luz emitida. No Brasil, a Philips desenvolveu a linha
HUE.
Às empresas, cabe priorizar a definição de uma estratégia focada no desenvolvimento sustentável e na preservação dos recursos naturais. Com a
tecnologia ambiental, as companhias ganham ecoeficiência e a sociedade ganha um planeta equilibrado. A tecnologia e o meio ambiente podem andar
lado a lado.
Porém, os gestores precisam, além de consciência e boa vontade, otimizar e colocar seus investimentos nas soluções certas. Por isso, comece a inovar
com umolhar verde e selecione tecnologias limpas.
Muitos dos processos que já existem na sua companhia, certamente, podem ser otimizados, para que se tornem mais sustentáveis. Vejamos um
exemplo:
Hoje, como você faz o descarte dos equipamentos de TI? Existe uma política bem definida e consistente? Se a resposta for negativa, você pode
começar revendo esse fluxo e implantando uma estratégia completa de logística reversa. Esta é uma das práticas verdes que estão ao seu alcance,
mas é possível ir muito além. O leque de tecnologias sustentáveis sócresce. A adesão às soluções também está aumentando.
ATIVIDADE
REALIDADE VIRTUAL
Depois de entender o que é Realidade Virtual, chegou o momento de conhecer seus benefícios.
Do ponto de vista mercadológico, essa tecnologia possibilita enxergar as operações a partir de um novo viés. Confira suas principais vantagens a seguir.
Reduz o retrabalho
Um dos maiores obstáculos da produtividade em um negócio é o retrabalho.
Pausar o andamento de um projeto para consertar falhas de execução pode causar a perda na qualidade da entrega.
Trazendo de volta o exemplo da empresa arquitetônica, quando o cliente consegue ver todos os detalhes da projeção 3D, ele ganha uma noção mais
clara do que deseja.
Assim, a empresa não precisará gastar tanto tempo refazendo projetos e pedindo feedbacks.
VR de simulação: usa ferramentas que possibilitam ao usuários se sentir em um ambiente inteiramente virtual, mesmo estando no mundo físico;
VR de projeção: o usuário se encontra no mundo físico, mas consegue se comunicar com objetos e personagens virtuais;
VR aumentada: utiliza um dispositivo visual específico para oferecer uma imersão com o mundo virtual, como o Oculus Rift;
VR de mesa: usa-se dispositivos com óculos e monitores para que o usuário consiga interagir com o mundo virtual.
É muito comum vermos a Realidade Virtual nos jogos, como no game Pokémon Go, ou nas redes sociais, como os filtros de
Instagram.Porém, conforme indicamos nos tópicos acima, essa tecnologia está presente em inúmeros segmentos do mercado.
Conheça as aplicações.
Hospitais
O campo da medicina é o setor que mais se beneficia com a Realidade Virtual.
Médicos residentes, por exemplo, já conseguem treinar a prática cirúrgica de forma imersiva, a fim de ganhar mais segurança e experiência antes de
realizar uma operação no mundo real.
Também podem acompanhar procedimentos cirúrgicos sem precisar disputar espaço físico.
A RV também faz diferença nos tratamentos; crianças em recuperação podem aproveitar a tecnologia para se sentirem em casa e conversar com os pais.
Hotéis
O setor hoteleiro aproveita as vantagens de RV para treinar seus funcionários há algum
tempo.Do ponto de vista do hóspede, essa tecnologia ajuda ampliar a experiência de
estadia e lazer.
Com a imersão garantida, o estabelecimento pode apresentar suas dependências aos clientes sem que eles precisem deixar o quarto de hotel, ou
mesmo antes de fazer o check-in.
Disponível em: https://master.org.br/artigos/o-que-e-realidade-virtual/ Acesso em 13/02/2023
ATIVIDADE
2. Existem vários tipos de realidade virtual. Cite e comente sobre dois deles.
3. Onde a realidade virtual está sendo usada?
5. Do ponto de vista mercadológico, a realidade virtual possibilita enxergar as operações a partir de um novo viés. Exemplifique como a RV
pode oferecer vantagens competitivas.
REALIDADE AUMENTADA
A Realidade Aumentada (RA) é uma tecnologia que permite sobrepor elementos virtuais à nossa visão da realidade. Trata-se de uma tecnologia de
interface avançada entre um usuário e o computador. Ela cria um ambiente 3D mais próximo da realidade da pessoa com efeitos visuais, sonoros e
táteis. As interações podem acontecer através de acessórios como: Óculos VR; Luvas; Mouse e outros dispositivos.
1- Monitoramento a distância
Algumas empresas já estão utilizando a realidade aumentada para monitorar os trabalhos que ocorrem a distância. Com ela, é possível ter
acesso a informações e permitir que os funcionários interajam com os padrões enviados em tempo real.
2- Simulação de tarefas
Isso é algo muito comum em empresas que utilizam a realidade aumentada. O colaborador executa testes de tarefa, lidando com os objetos e agindo de
acordo com os protocolos antes de realmente fazer isso na vida real. Esta ação evita erros e melhora o desempenho.
3- Atendimento ao cliente
O cliente poderá provar roupas, simular viagens, testar maquiagens e muito mais a partir da realidade aumentada. Isso economiza tempo e faz com que
ele tenha mais precisão na hora da compra. A vantagem para a empresa é mais assertividade na hora da oferta. Como se pode observar, a realidade
aumentada proporciona muitas vantagens às empresas. Ela pode ajudar a otimizar as vendas, economizar tempo, dar acesso a informações a distância,
em tempo real, assim como deixar você níveis acima da concorrência.
Disponível em: https://www.iberdrola.com/inovacao/o-que-e-realidade-aumentada Acesso em 13/02/2023
ATIVIDADE
2- Quais são os benefícios da realidade aumentada para as empresas? Comente sobre uma.
3- Para o diretor executivo da Apple, Tim Cook, a diferença entre RA e RV está muito clara: A Realidade Aumentada abrange mais do que a
Realidade Virtual. O que ela possibilita?
4-A tecnologia ajuda a reduzir impactos ambientais de várias formas. Uma delas e tão importante quanto as mais conhecidas do grande
público, é o laboratório de análises físico-químicas e microbiológicas. Em que essa tecnologia consiste?