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SENSO

COMUM X
PENSAMENTO
CIENTÍFICO
Metodologia Científica – 5LM
11-02-19 Prof. Dr. Antônio do Nascimento Gomes
 Não é no espaço que devo buscar minha dignidade, mas na
ordenação de meu pensamento. Não terei mais, possuindo
terras; pelo espaço, o universo me abarca e traga como um
ponto; pelo pensamento, eu os abarco. (Pascal, matemático
francês)
 “Penso, logo existo”
 Descartes (filósofo)
 “Aquilo que se sabe quando
ninguém nos interroga, mas
que não se sabe mais quando
devemos explicar, é algo
sobre o que se deve refletir. (E
evidentemente algo sobre o
que, por alguma razão,
dificilmente se reflete”
 Wittgenstein (filósofo)
SENSO COMUM
 Na Filosofia, o senso comum (ou conhecimento
vulgar) é a primeira suposta compreensão do
mundo resultante da herança fecunda de um grupo
social e das experiências atuais que continuam
sendo efetuadas.
 Crenças e proposições “normais”
 Não dependem de investigação

 Acumula no cotidiano, baseado na tentativa e erro

 Tradições que passam de geração para geração


+e–
+ -
congrega conhecimentos e
sabedoria popular e os prolonga crenças ou
transmite de geração em opiniões menos verdadeiras
geração fornecendo bases e/ou preconceituosas
para uma vida em
sociedade

a Ciência pode comprovar ou desmistificar


fatos/acontecimentos baseados no senso comum, através
dos métodos de pesquisa científica.
CONCEITO DE CIÊNCIA
 Conjunto de procedimentos
que permite a distinção
entre aparência e essência
dos fenômenos perceptíveis
pela inteligência humana.

 As peculiaridades de seu
método diferenciam a
Ciência das muitas formas
de conhecimento humano.

 Nada é eternamente
verdadeiro.
OBJETIVO DA PESQUISA
 A pesquisa científica objetiva fundamentalmente
contribuir para a evolução do conhecimento humano
em todos os setores, da ciência pura, ou aplicada;
da matemática ou da agricultura, da tecnologia ou
da literatura.
 Tais pesquisas são sistematicamente planejadas e
levadas a efeito segundo critérios rigorosos de
processamento das informações.
DOGMA
 Dogma é uma crença ou doutrina estabelecida de
uma religião, ideologia ou qualquer tipo de
organização, considerada um ponto fundamental e
indiscutível de uma crença.
 São princípios teológicos básicos, de modo que sua
disputa ou proposta de revisão por uma pessoa
não é aceita nessa religião.
 Não encontra lugar na Ciência (Medeiros)
 A Assunção de Maria,
Mãe de Deus, aos
céus, é um dogma
católico
ORIGEM

 Resposta para os questionamentos humanos


como "o que há lá fora?", "do que o mundo
é feito?", "qual é o segredo da vida?" e
"como chegamos até aqui?”
 Por meio da observação e experimentação
- do método científico - era possível não só
compreender o mundo que nos cerca mas
Ptolomeu. Na também a nós mesmos, isso de forma a
Grécia Antiga impelir o desenvolvimento de novas
encontram-se as tecnologias e, assim, melhorar a qualidade
origens do
pensamento de vida das pessoas.
científico.  A ferramenta mais indispensável à
manutenção do progresso.
 A Escola de Atenas, Rafael
NATURAL X SOBRENATURAL

 Tanto as religiões como


a ciência tentam
descrever a natureza. A
diferença está na forma
de pensar.
 O cientista não aceita
descrever o natural com
o sobrenatural, e para
ele é necessária a
observação de
evidências que
eventualmente falseiam
as ideias.
 A criação do
mundo, Capela
Sistina, Vaticano
RIGOR NO TRABALHO CIENTÍFICO
 No conhecimento científico, o pensar deve ser
sistemático, verificando uma hipótese (ou conjunto de
hipóteses), atribuindo o rigor na utilização de métodos
científicos.
 Dessa forma, o trabalho científico configura-se na
produção elaborada a partir de questões específicas
de estudo.
 Segundo Galliano (1986, p. 26), “ao analisar um fato,
o conhecimento científico não apenas trata de explicá-
lo, mas também busca descobrir suas relações com
outros fatos e explicá-los.”
TEORIA, ANÁLISE E POLÍTICA
 Teoria: conjunto de princípios de uma ciência, ou
conjunto de tentativas de explicação de um número
limitado de fenômenos.
 apenas a mente humana que possui teorias é capaz de
distinguir, entre inúmeros fatos, aqueles que são
relevantes.
 Análise: ocupa-se da aplicação da teoria.
 Política: transição entre o que é para o como deve
ser.
 Dois segmentos de Ciência: lógicas (Lógica e
Matemática) e empíricas (sociais e naturais)

 Quatro níveis de conhecimento fundamentais:


empírico, científico, filosófico e teológico.
 Empírico: é o conhecimento popular (vulgar), guiado
somente pelo que adquirimos na vida cotidiana ou
ao acaso, servindo-nos da experiência do outro, às
vezes ensinando, às vezes aprendendo. É
assistemático, está relacionado com as crenças e os
valores, faz parte de antigas tradições.
 Tomar chá de Macela, mais conhecida como Marcela,
cura dor de estômago, mas ela precisa ser colhida na
Sexta-feira Santa, antes do sol nascer.
 Científico: é o conhecimento real e sistemático, próximo
ao exato, procurando conhecer além do fenômeno em
si, as causas e leis.
Por meio da classificação, comparação, aplicação dos métodos,
análise e síntese, o pesquisador extrai do contexto social, ou do
universo, princípios e leis que estruturam um conhecimento
rigorosamente válido e universal.
 Não é considerado algo pronto, acabado e definitivo,
busca constantemente explicações, soluções, revisões e
reavaliações de seus resultados: é um processo em
construção.
 Teológico: é o estudo de questões referentes ao
conhecimento da divindade, implicando sempre em
uma atitude de fé diante de revelações de um
mistério ou sobrenatural, interpretados como
mensagem ou manifestação divina; o ser humano se
relaciona por intermédio da fé religiosa.
 Maomé e o Anjo Gabriel
 Filosófico: procura conhecer a realidade em seu
contexto universal, sem soluções definitivas para a
maioria das questões; a tarefa principal da
filosofia resume-se na reflexão.
 Cervo e Bervian (2002) apresentam alguns
exemplos que deixam claro esse conceito:
A máquina substituirá o homem?
 As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado
do homem?
 O que é valor hoje?
 O Homem Bicentenário
LÓGICA
 A Filosofia possui interesse em investigar a verdade
das coisas. O uso da razão é necessário para que
a verdade seja descoberta e a Lógica é a forma
de usar corretamente o raciocínio.

 A lógica tenta
investigar as leis do
pensamento e a forma
correta de pensar.
PARADOXO
 Um paradoxo é uma declaração aparentemente
verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou
a uma situação que contradiz a intuição comum.
 Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do
que alguém pensa ser a verdade".
 A identificação de um paradoxo baseado em
conceitos aparentemente simples e racionais pode
auxiliar a Ciência.
 Paradoxo do
Pinóquio: Seria
impossível o
personagem
Pinóquio dizer:
meu nariz vai
crescer agora..
 Paradoxo do Grupo no Facebook: Em Novembro de
2010, o historiador da ciência português Bruno
Almeida sugeriu um Grupo dos utilizadores que
não pertencem a qualquer grupo no Facebook.

 No mundo do Facebook não é possível criar este grupo já


que qualquer grupo tem que ter pelo menos um membro - o
seu criador. No entanto, o criador de tal grupo não pode
ele próprio ser membro do grupo, uma vez que não pode
pertencer a qualquer grupo.
 Paradoxo de São Paulo: Uma
cidade que nunca dorme nunca
acorda.
 Dilema do Crocodilo: Um crocodilo
promete ao pai de uma criança não
devorá-la caso ele preveja com
exatidão o que acontecerá.
 Paradoxo do queijo
suíço: Quanto mais
queijo, mais buracos.
Quanto mais buracos
menos queijo. Logo,
quanto mais queijo,
menos queijo
EMPIRISMO

 Na filosofia, empirismo é uma teoria do


conhecimento que afirma que o conhecimento vem
apenas ou principalmente, a partir da experiência
sensorial.
 o empirismo enfatiza o papel da experiência e da
evidência, experiência sensorial, especialmente, na
formação de ideias.
GALILEU GALILEI
 Galileu Galilei foi personalidade
fundamental na revolução
científica.
 Desenvolveu os primeiros estudos
sistemáticos do movimento
uniformemente acelerado e do
movimento do pêndulo.
 Sua principal contribuição: o
Método Científico.
 Galileu e o Santo Ofício
ANJOS E DEMÔNIOS

[cena]
PRÓXIMAS AULAS

 Leitura, Markoni e Lakatos (p. 19-35)


 Método Científico, Severino (p. 99-126)
META

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