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CETI FRUTUOSO JUSSELINO

DISCIPLINA:________________________________ DATA: ___/___/2024


PROFESSOR(A): _______________________________ ____ SÉRIE ____

Conhecimento

O conhecimento é a capacidade humana de entender, apreender e compreender


as coisas, além disso ele pode ser aplicado, criando e experimentando o novo.

O conhecimento é a capacidade humana de apreender algo. A partir do que for


apreendido, pode-se criar, como fazem as ciências e as artes.
O conhecimento é a substantivação do verbo conhecer. Conhecer é o ato de entender,
compreender, apreender algo por meio da experiência ou do raciocínio. O
conhecimento fascina a humanidade desde a Antiguidade, quando a Filosofia passou a
pensar os modos como o ser humano pode conhecer a verdade.

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Significado de conhecimento

A palavra conhecimento tem origem no latim, da palavra cognoscere, que significa


"ato de conhecer". Conhecer, no latim, também advém do mesmo radical "gno",
presente na língua latina e no grego antigo, da palavra "gnose", que significa
conhecimento, ou "gnóstico", que é aquele que conhece.
Conhecer é o ato de apreender, de ser capaz de abstrair leis do entendimento e
entender algo. Conhecimento é o atributo de quem conhece, isto é, é aquilo que resulta
do ato de conhecer, entender etc.

O conhecimento é possível apenas ao ser humano. Os animais, por outro lado,


desenvolvem mecanismos de aprendizagem por meio da experiência prática e da
repetição de experiências, porém o conhecimento complexo, efetivo e racional somente
é apreendido por nós.

Isso ocorre porque o conhecimento bem estruturado que desenvolvemos só pode ser
elaborado, organizado, codificado e decodificado pela linguagem e por nossos
mecanismos racionais (linguagem e raciocínio são elementos necessariamente
interligados, sendo impossível determinar qual tenha surgido primeiro no ser humano,
visto que há uma interdependência entre ambos).

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Saiba mais: Conheça os conceitos de linguagem, língua e fala

Quais os tipos de conhecimento

Desde que a linguagem foi desenvolvida, o ser humano busca mecanismos para
conhecer e estabelecer relações entre o mundo e as suas experiências com ele,
tentando desmistificar e entender a complexidade da existência. Por isso,
desenvolvemos, ao longo de mais ou menos dez milênios, variadas formas de entender o
mundo, o que atesta a existência de diversos tipos diferentes de conhecimento.

 Conhecimento de senso comum

É um dos tipos mais abrangentes do conhecimento humano, pois está baseado


nas vivências particulares e sociais, partilhadas por meio de trocas de experiências e das
relações hereditárias. O conhecimento de senso comum parte da sabedoria popular e
da manifestação de opiniões, podendo ter um valor e uma importância por estar
intimamente ligado à formação cultural.

O conhecimento de senso comum também pode manifestar crenças e opiniões


verdadeiras, porém é necessário ter cuidado com esse tipo de conhecimento quando se
quer algo para se embasar e afirmar com certeza, pois o conhecimento de senso comum
não requer nenhum tipo de validação ou método que ateste o seu sentido lógico racional
ou a sua veracidade.

 Conhecimento teológico

Esse tipo de conhecimento também habita a sociedade e os modos particulares da vida


humana, visto que o ser humano busca a religião desde o início para explicar aquilo
que é, até o momento, inexplicável. Podemos estabelecer duas marcas dentro do
registro acerca do conhecimento teológico.

Uma delas é a religião em si, que o ser humano busca como forma de conforto e
explicação "sobrenatural", e a outra é o registro da Teologia, enquanto um ramo do
saber científico que tenta criar uma estrutura de fatos e elementos que compõem as
religiões. O conhecimento teológico, enquanto religião em si, está baseado na fé pessoal
que as pessoas manifestam e em elementos da própria religião, com escrituras, práticas,
rituais, dogmas, crenças etc.

 Conhecimento filosófico

A Filosofia surgiu como um conjunto de saberes necessários para questionar e, às vezes,


complementar o conhecimento fornecido pelo senso comum e pela religião. A Filosofia
é uma forma de estabelecer normas para a obtenção de um tipo de conhecimento
mais seguro, assim como a ciência, mas não podemos dizer que o conhecimento
científico acontece da mesma forma que o conhecimento filosófico. A Filosofia, nesse
sentido, é a mãe de todas as ciências, pois ela foi a primeira a buscar uma maneira de
conhecer as coisas com mais segurança.

Saiba mais: Tales de Mileto: o primeiro filósofo

 Conhecimento científico

Esse tipo, por sua vez, deve ser rigorosamente testado e verificado, o que garante a ele
maior veracidade. Isso faz com que busquemos a ciência para determinar formas válidas
e corretas de pensamento, para que não caiamos no erro com facilidade.

É tarefa do cientista, sobretudo dos que trabalham com as ciências naturais, observar
fenômenos, identificar problemas, formular hipóteses, testar para verificar as hipóteses
formuladas, formular deduções e concluir a sua tarefa por meio da formulação de
teorias.

Conhecimento para a Filosofia

A Filosofia lida, desde o seu surgimento, com a questão do conhecimento, visto que ela
surge para apresentar uma nova forma de conhecer o mundo. Ao longo de sua
história, os filósofos apresentaram diferentes teorias sobre o modo como o ser humano
conhece e as formas de se conhecer.

Se levarmos em consideração o conhecimento na Antiguidade, Platão admite a


existência de apenas dois graus do conhecimento: o sensível e o inteligível. O
sensível, causado por dados oriundos dos sentidos do corpo, era inferior e enganoso,
enquanto o inteligível era racional e superior.

Já Aristóteles estabelece uma mistura de vários graus


diferentes do conhecimento que deve passar, necessariamente, pelo conhecimento
sensível para que desperte na pessoa uma informação. As teorias desses dois pensadores
influenciaram todo o debate sobre o conhecimento sustentado por filósofos posteriores.

As formas de se conhecer deram origem ao campo da Filosofia


chamado Epistemologia, que formula as bases da teoria do conhecimento. Outra área
que surge é a Filosofia da Ciência, que busca problematizar a questão do método e do
conhecimento científico, proporcionando avanços para utilização da própria ciência.
Se considerarmos as questões históricas dentro da Filosofia da Ciência, temos o
momento, na Modernidade, em que Galileu Galilei, pela primeira vez, dedicou-se a
explicar a necessidade de se atingir um método para alcançar um conhecimento
científico.

Porém, o embate acerca do conhecimento que mais marcou a Modernidade foi a querela
entre empiristas e racionalistas. Os empiristas defendiam que o conhecimento é obtido
apenas mediante a experiência prática e sensível, que por meio dos dados obtidos pelos
órgãos dos sentidos e enviados ao cérebro produzem as ideias. Os principais empiristas
que estão defendendo a experiência como modo de acessar o conhecimento verdadeiro
são John Locke e David Hume.

John Locke é uma importante figura do empirismo moderno.


Já os racionalistas defendiam que a origem do conhecimento é puramente racional e
intelectual, não sendo necessariamente afetada pelo meio externo. René Descartes, por
sua vez, é um filósofo racionalista que defende que o conhecimento verdadeiro é única e
exclusivamente obra de nossos raciocínios, e que devemos desconfiar de qualquer tipo
de conhecimento advindo dos sentidos do corpo, pois estes, segundo Descartes,
poderiam nos enganar.

Paul Feyerabend, filósofo da ciência do século XX, ao contrário da tradição


anterior, dedicou-se a defender uma ciência anarquista, livre de métodos e regras
fixas, mais aberta para a pluralidade e criatividade. Em seu livro A ciência em uma
sociedade livre, o pensador contemporâneo fala da importância de se libertar o trabalho
científico de métodos e amarras, o que gerou críticas e um intenso debate no campo da
Filosofia da Ciência e da própria ciência.
O também filósofo e estudioso de Epistemologia contemporâneo Thomas Kuhn foi um
intenso crítico do trabalho de Feyerabend, pois acreditava que o essencial da ciência
era a confiabilidade de seu método.

Friedrich Nietzsche fundou uma nova vertente epistemológica que ele chamou
de perspectivismo, que defende a não possibilidade da pretensão positivista de basear o
conhecimento, sobretudo nas Ciências Sociais e na História, em fatos, pois o que
acontece é narrado a partir de perspectivas.

O livro publicado em 1874, intitulado da Utilidade e Desvantagem da História para a


Vida (o segundo livro que o filósofo lançou em uma série de quatro escritos
intitulada Considerações extemporâneas) centraliza a crítica de Nietzsche sobre o
conhecimento histórico feito até então, baseado na busca por fatos, mas sem se dar
conta de que um fato pode ter a versão ou a interpretação de uma ou mais pessoas que
vivenciaram um acontecimento.

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