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O homem é, por natureza, um animal curioso. Desde que nasce interage com a
natureza e os objetos à sua volta, interpretando o universo a partir das
referências sociais e culturais do meio em que vive. Apropria-se do
conhecimento através das sensações, que os seres e os fenômenos lhe
transmitem. (FONSECA, 2002, p. 10).
Tipos de conhecimento
Conhecimento empírico
Conhecimento filosófico
Na visão de Matallo Júnior (1989), os gregos foram os primeiros a criar condições para
uma sistematização do conhecimento. Essa sistematização só foi possível devido à
separação de classes (homens livres - cabeça - trabalho intelectual e; escravos - mãos -
trabalho braçal). O comércio (que colocou a Grécia em contato com outros povos além
mar) e a moeda (um símbolo aceito como padrão para substituir o escambo) foram
alguns dos fatores que alargaram os horizontes dos gregos, permitindo ampliar também
os horizontes do pensamento.
Aristóteles deixou Atenas e foi para a Macedônia, onde se tornou tutor do futuro rei
Alexandre2 durante três anos. Quando retornou a Atenas, fundou a sua própria escola,
chamada de Liceu (que recebeu inestimável auxílio financeiro de seu ex-aluno,
Alexandre), onde trabalhou por treze anos seguidos (CHASSOT, 2004). Suas obras
mais famosas são Física (em quatorze volumes) e Política (MATALLO JÙNIOR,
1989). Filosofia e Ciência são irmãs: nasceram no mesmo local (Grécia), mesma época
(aproximadamente seis séculos antes de Cristo) e com o mesmo objetivo: a busca da
verdade. Ambas buscam uma sistematização do conhecimento. As duas caminharam
praticamente juntas desde o nascimento até o final do século XIX, quando houve uma
cisão mais definitiva entre as duas devido ao Positivismo.
As perguntas que a Filosofia tenta responder são diferentes daquelas que a Ciência
consegue responder. Enquanto a Ciência é fortemente baseada em fatos, tentando
estabelecer leis e padrões, a Filosofia é especulativa, baseada principalmente na
argumentação. Perguntas como “Porque um corpo cai?” ou “Porque alguém morre?” ou
ainda “Como prolongar a vida?” são objetos de estudo da Ciência. Perguntas como
“Existe alma?” ou “Se as almas existem, como se ligam ao corpo” ou ainda “Até que
ponto a eutanásia é um procedimento ético” são objetos de estudo da Filosofia.
Conhecimento teológico
Conhecimento teológico
O conhecimento teológico, isto é, o religioso, é conhecimento que se revela através da
fé divina ou crença religiosa. Esse tipo de conhecimento exige a autoridade divina, de
forma direta ou indireta. Pode-se dizer também que, o conhecimento religioso não pode
ser confirmado ou negado, como por exemplo, ocorre no conhecimento científico. Esse
tipo de conhecimento depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. O
conhecimento religioso ou teológico apoia-se em doutrinas que contêm proposições
sagradas, ou seja, proposições valorativas, por terem sido reveladas pelo sobrenatural,
ou melhor, o inspiracional e, por essa razão, as verdades produzidas por este tipo de
conhecimento são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas).
Conhecimento científico
Sim, a ciência pode ser definida como um conjunto de proposições coerentes, objetivas
e desprovidas (até certo ponto) de valorações (MATALLO JÙNIOR, 1989). O mesmo
autor nos ensina que o conhecimento científico tem início em problemas que visam
solucionar questões práticas ou explicar irregularidades em padrões da natureza. Esses
problemas criam teorias que devem ser validadas por um programa investigativo de
pesquisa. Tais programas visam determinar leis que explicam e permitem fazer
previsões (nem sempre infalíveis).
Conhecimento Popular
O conhecimento filosófico
tem como características: Valorativo – seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não
poderão ser submetidas à observação. As hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência e
não na experimentação. Não verificável – os enunciados das hipóteses filosóficas não podem
ser confirmados nem refutados. Racional – consiste num conjunto de enunciados logicamente
correlacionados. Sistemático – suas hipóteses e enunciados visam a uma representação
coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade.
Infalível e exato – suas hipóteses e postulados não são submetidos a teste da observação,
experimentação. A filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-
se pela formulação de uma concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura
responder às grandes indagações do espírito humano, buscando até leis mais universais que
englobem e harmonizem as conclusões da ciência.
Conclusão
BIBLIOGRAFIA
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia Científica. São Paulo: Editora Atlas, 1991.
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 7.ed. São Paulo: Atlas,
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ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. 5. ed. São Paulo: Atlas, 200
CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces. São Paulo: Pensamento, 1989. ________________. O
poder do mito. São Paulo: Palas Atena, 1990. ________________. As transformações dos
mitos através do tempo. São Paulo: Cultrix, 1993. ________________. Tu és isso:
transformando a metáfora religiosa. São Paulo: Madras, 2003. CHASSOT, Attico. A ciência
através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 13.
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