TIPOS DE CONHECIMENTO
O Conhecimento
A Importância do Conhecimento
Deste modo, diferenciam-se dos outros animais, também, por possuírem uma linguagem que
possibilita o compartilhamento de informações.
A curiosidade humana e sua capacidade de abstrair (imaginar) são responsáveis por criar
sistemas de crenças e explicações. Bem como, compreender, apropriar-se e reformular
explicações vindas de outros indivíduos e grupos.
Conhecimento Mítico
O conhecimento que se baseia nos mitos tem como característica principal ser fabuloso. É
um conhecimento que advém de uma tradição oral, das narrativas míticas. Na Grécia antiga,
a transmissão desses conhecimentos era tarefa dos poetas-rapsodos.
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Essas narrativas remontam histórias sobre o início dos tempos. Dão conta de explicar de
maneira fantasiosa, a origem do mundo e de tudo o que é relevante para a vida daquele
grupo de indivíduos.
O Conhecimento Religioso
Com base na fé, a união entre o conhecimento e as religiões, chamado de teologia, visa
estruturar sistemas de conhecimento baseados em verdades não-demonstráveis e
indubitáveis, chamados de dogmas. A religião garante a ligação entre o que é humano e o
que é divino.
Esses dogmas reforçam um ato de conhecimento comum na religião: a divisão entre o que
é profano e observável e o que é sagrado e misterioso. A partir dessa ideia, há uma
hierarquização dessa divisão, que confirma o poder divino sobre os indivíduos.
Apesar de possuir uma lógica frágil e uma interpretação parcial das relações de causa e
efeito, o saber popular do senso comum vem sendo objeto de estudo de diversas áreas da
ciência.
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O Conhecimento Científico
Sendo assim o que caracteriza e distingue o conhecimento científico dos demais é o método.
O método científico cumpre a função de impedir ou reduzir ao máximo todo o tipo de erro
ou ambiguidade.
O Conhecimento Filosófico
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A filosofia e a ciência caminham juntas no rigor, na necessidade lógica e no uso da razão.
Entretanto, o método científico, apesar de ter sido produzido filosoficamente, não se aplica
integralmente à produção de conhecimento filosófico.
A atividade filosófica é uma reflexão crítica sobre as bases que tornam todas as formas de
conhecimento possíveis. E, para além disso, volta-se também para a reflexão crítica sobre
sua própria atividade e construção.
Teoria do Conhecimento
A teoria do conhecimento, ou gnosiologia, é uma área da filosofia voltada para a
compreensão da origem, natureza e a forma que tornam possível o ato de conhecer pelos
seres humanos.
Como disciplina da filosofia, a teoria do conhecimento surgiu na Idade Moderna, tendo como
fundador o filósofo inglês John Locke.
Partindo dessa relação, é possível conhecer algo e estabelecer formas distintas para o
conhecimento, ou melhor, para a apreensão do objeto.
Formas de Conhecimento
mitologia
senso comum
filosofia
ciência
religião
O saber filosófico se diferencia dos outros saberes por conta das especificidades de cada um
deles. Por seu caráter lógico e racional, a filosofia afasta-se da mitologia e da religião por
esses saberes estarem baseados na crença e não há provas ou demonstrações.
Por seu caráter universal e sistemático, afasta-se do senso comum porque este trabalha
baseado em experiências particulares.
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E, por não possuir um objeto de estudo específico como as ciências (por exemplo, a química,
a física, a biologia, a sociologia etc.), o saber filosófico possui uma forma específica em meio
aos diversos tipos de conhecimento.
A filosofia se preocupa com a totalidade dos saberes e dentro desta totalidade está a teoria
do conhecimento.
A Epistemologia
“De fato, os homens começaram a filosofar, agora como na origem, por causa da admiração,
na medida em que, inicialmente, ficavam perplexos diante das dificuldades mais simples; em
seguida, progredindo pouco a pouco, chegaram a enfrentar problemas sempre maiores.”
(Aristóteles, Metafísica, I, 2, 982b12, trad. Reale)
Da admiração que nasce, nas palavras de Pitágoras, o "amor pelo conhecimento" (philo +
sophia). A atitude filosófica consiste em olhar para o que há de mais comum e habitual como
se fosse algo inédito a ser descoberto.
Sócrates ganhou o título de "pai da filosofia", mesmo não sendo o primeiro filósofo.
Sistematizou a atitude filosófica como o a busca por um conhecimento válido, seguro e
universal capaz de agir com uma base teórica para novos saberes e da consciência filosófica.
E foi seu discípulo Platão que, ao longo de sua obra, buscou definir dois tipos de saberes
distintos: a doxa ("opinião") e a episteme ("conhecimento verdadeiro"). E, a partir daí, ao
falarmos de conhecimento, estamos direcionados às questões gerais relativas ao
conhecimento verdadeiro, o conhecimento científico, a Epistemologia.
O estudo sobre o conhecimento científico possui uma subdivisão que se refere à Lógica e a
Teoria do Conhecimento. E é a teoria do conhecimento que será tratada com mais atenção
aqui no texto.
O Conhecimento e os Objetos
Como dito anteriormente, a teoria do conhecimento não se ocupa dos saberes específicos,
por exemplo, o saber sobre política, futebol, artes ou química, mas em compreender como
opera o ato de conhecer.
Para isso, é preciso perceber que o objeto a ser conhecido possui dois aspectos centrais.
Existe fora da mente humana, mas, por outro lado, pode ser entendido como a própria mente
humana dando sentido à realidade.
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A relação do ser cognoscente com o objeto cognoscível produz uma série de saberes que
chamamos de conhecimento.
Deste modo, ao longo da tradição filosófica, foram dadas diversas explicações para a
pergunta "o que é o conhecimento?". Temos aqui alguns exemplos de respostas dadas a
essa pergunta.
Corrente
Pontos-chave
Filosófica
Acredita que tudo pode ser conhecido. A relação com o conhecimento se dá
Dogmatismo a partir de verdades inquestionáveis (dogmas) orientadas pela razão. Tudo
pode ser conhecido.
Compreende que o sujeito não dá conta de apreender o objeto. Há limites
Ceticismo para o conhecimento e para a razão humana. É impossível um conhecimento
total.
Corrente
Pontos-chave
Filosófica
O conhecimento tem origem na razão. Todo o conhecimento tem por base a
Racionalismo
Razão. Os sentidos nos enganam.
O conhecimento tem origem na experiência. É a partir dos sentidos e das
Empirismo percepções que nos relacionamos com o mundo e podemos conhecer alguma
coisa.