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Jhennifer Chaves de Souza

Psicologia 1 fase.

O senso comum é uma característica de ideias que não são aprofundadas


por vertentes científicas, ou seja, ideias que tem seu fundamento no cotidiano e no
dia-a-dia, usadas por pessoas inexperientes no assunto.Nesse sentido não é
possível confiar nesse tipo de conhecimento como se confia na ciência, uma vez
que o senso comum pode estar correto ou não. Existem diversas “verdades” que
são passadas de geração a geração pelo senso comum, sem que apresentem
qualquer tipo de prova ou façam sentido cientificamente. 
Fruto da subjetividade coletiva, nasce do conhecimento empírico e qualitativo
do cotidiano, ou seja, ação de observar e vivenciar hábitos, crenças, culturas,
tradições, assim passado entre gerações. Partindo em direção a história não é de
hoje que o senso comum é generalizado, é possível destacar ocorrência de estudos
sobre o senso comum desde a Grécia antiga e o surgimento da Filosofia.A filosofia
explica o senso comum como as interpretações feitas pelos indivíduos à realidade
que os cercam sem estudos prévios ou provas científicas. Já os sociólogos
intensificam que é como um conhecimento informal de determinado assunto e que
pode às vezes auxiliar provisóriamente.
Existem segmentos de raciocínio que contrapõe o senso comum e é muito
importante enfatizar alguns deles. O conhecimento científico, por exemplo, traz
consigo a ciência e difere do senso comum justamente por impor a pesquisa e a
formulação de hipóteses como um método científico, outro fator determinante é a
como os resultados são impostos de forma qualitativa. Segundo Aristóteles, o
conhecimento científico resulta das causas pelas causas. Ou seja, é um
conhecimento em que é possível a demonstração e a repetição com muito mais
embasamento e complexidade que o senso comum, pode-se apontar como
antônimo de senso comum, a perspiciência, o senso crítico que é baseado no uso
da razão e contrapõe o senso comum por não aceitar nenhuma verdade sem
questioná-la. Desta forma, o senso crítico realiza uma análise de afirmações
utilizando da perspicácia e sabedoria visando conclusão satisfatória da vida e do
mundo.
Embasando-se assim nos fatos apresentados anteriormente pressupostos do
senso comum é alentado estipularmos exemplos de que o senso comum é falho. O
exemplo mais explícito filosoficamente é o Mito da Caverna, escrita por Platão. Ele
descreve que alguns homens, se encontram aprisionados em uma caverna desde
que nasceram, por estarem imóveis e virados de costas para a entrada da caverna
veem apenas sombras, já que existe uma fogueira atrás deles, por ali passam
homens transportando coisas, mas como a parede oculta o corpo dos homens,
apenas as coisas que transportam são projetadas em sombras e vistas pelos
prisioneiros. Determinado dia um homem consegue fugir e ver o exterior da caverna.
No entanto a luz incomoda os olhos dele, já que ele nunca tinha visto a luz antes.
Esse homem tem a opção de voltar para a caverna e manter-se como havia se
acostumado ou permanecer fora ou voltar pra buscar seus companheiros
Provavelmente, eles não acreditariam no seu testemunho, já que a verdade era o
que conseguiam perceber da sua vivência na caverna.
O real significado que isso trás para o senso comum é que sombras e ecos
nunca são projetados exatamente do modo como os objetos que os ocasionam são.
As sombras são distorções das imagens e os ecos são distorções sonoras. Por isso,
esses elementos simbolizam as opiniões erradas e o conhecimento preconceituoso
do senso comum que julgamos ser verdadeiro.
Dessa forma o senso comum é um conhecimento ralo e vago, torna-se
obsoleto e superficial fazer uso de uma informação na qual não possui-se um
embasamento científico por trás da mesma. Pesquise, argumente, discuta, mas não
faça conclusões precipitadas sem antes ponderar na consciência.

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