O senso comum é uma característica de ideias que não são aprofundadas
por vertentes científicas, ou seja, ideias que tem seu fundamento no cotidiano e no dia-a-dia, usadas por pessoas inexperientes no assunto.Nesse sentido não é possível confiar nesse tipo de conhecimento como se confia na ciência, uma vez que o senso comum pode estar correto ou não. Existem diversas “verdades” que são passadas de geração a geração pelo senso comum, sem que apresentem qualquer tipo de prova ou façam sentido cientificamente. Fruto da subjetividade coletiva, nasce do conhecimento empírico e qualitativo do cotidiano, ou seja, ação de observar e vivenciar hábitos, crenças, culturas, tradições, assim passado entre gerações. Partindo em direção a história não é de hoje que o senso comum é generalizado, é possível destacar ocorrência de estudos sobre o senso comum desde a Grécia antiga e o surgimento da Filosofia.A filosofia explica o senso comum como as interpretações feitas pelos indivíduos à realidade que os cercam sem estudos prévios ou provas científicas. Já os sociólogos intensificam que é como um conhecimento informal de determinado assunto e que pode às vezes auxiliar provisóriamente. Existem segmentos de raciocínio que contrapõe o senso comum e é muito importante enfatizar alguns deles. O conhecimento científico, por exemplo, traz consigo a ciência e difere do senso comum justamente por impor a pesquisa e a formulação de hipóteses como um método científico, outro fator determinante é a como os resultados são impostos de forma qualitativa. Segundo Aristóteles, o conhecimento científico resulta das causas pelas causas. Ou seja, é um conhecimento em que é possível a demonstração e a repetição com muito mais embasamento e complexidade que o senso comum, pode-se apontar como antônimo de senso comum, a perspiciência, o senso crítico que é baseado no uso da razão e contrapõe o senso comum por não aceitar nenhuma verdade sem questioná-la. Desta forma, o senso crítico realiza uma análise de afirmações utilizando da perspicácia e sabedoria visando conclusão satisfatória da vida e do mundo. Embasando-se assim nos fatos apresentados anteriormente pressupostos do senso comum é alentado estipularmos exemplos de que o senso comum é falho. O exemplo mais explícito filosoficamente é o Mito da Caverna, escrita por Platão. Ele descreve que alguns homens, se encontram aprisionados em uma caverna desde que nasceram, por estarem imóveis e virados de costas para a entrada da caverna veem apenas sombras, já que existe uma fogueira atrás deles, por ali passam homens transportando coisas, mas como a parede oculta o corpo dos homens, apenas as coisas que transportam são projetadas em sombras e vistas pelos prisioneiros. Determinado dia um homem consegue fugir e ver o exterior da caverna. No entanto a luz incomoda os olhos dele, já que ele nunca tinha visto a luz antes. Esse homem tem a opção de voltar para a caverna e manter-se como havia se acostumado ou permanecer fora ou voltar pra buscar seus companheiros Provavelmente, eles não acreditariam no seu testemunho, já que a verdade era o que conseguiam perceber da sua vivência na caverna. O real significado que isso trás para o senso comum é que sombras e ecos nunca são projetados exatamente do modo como os objetos que os ocasionam são. As sombras são distorções das imagens e os ecos são distorções sonoras. Por isso, esses elementos simbolizam as opiniões erradas e o conhecimento preconceituoso do senso comum que julgamos ser verdadeiro. Dessa forma o senso comum é um conhecimento ralo e vago, torna-se obsoleto e superficial fazer uso de uma informação na qual não possui-se um embasamento científico por trás da mesma. Pesquise, argumente, discuta, mas não faça conclusões precipitadas sem antes ponderar na consciência.