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PRESSUPOSTOS BÁSICOS QUE

SUBSIDIAM O TRABALHO DO
PROFESSOR ALFABETIZADOR
Objetivo

Compreender os pressupostos básicos da


aprendizagem e do ensino da alfabetização.
Qual a relevância destes
pressupostos básicos?

São eles que subsidiam o trabalho do professor


alfabetizador na escolha dos conteúdos, na metodologia
e na forma de avaliar o processo de alfabetização.

Figura 01
Vamos refletir?
O que é alfabetizar?

É saber copiar
palavras? É saber cada letra
É fazer uma letra do alfabeto?
bonita?
Posso dizer que uma pessoa está
alfabetizada:

Quando ela for capaz


de decifrar algumas Ou quando
placas na rua ou no Quando ela souber apenas
bairro onde mora? redigir um bilhete assinar o seu
simples? nome?
Alfabetização
Ação de ensinar/aprender a ler e a escrever.

Figura 02

(SOARES, M. Letramento e alfabetização: as muitas facetas.


Apresentação na XXVI Reunião anual da ANPED. GT
Alfabetização, leitura e escrita. Poços de Caldas, 2003.)
Letramento

Estado ou condição
de quem não
apenas sabe ler e
escrever, mas
cultiva e exerce as
práticas sociais
que usam a escrita. Figura 03

(SOARES, M. 2003)
A ação pedagógica mais adequada e produtiva é
aquela que contempla, de maneira articulada e
simultânea, a alfabetização e o letramento.
Segundo a pesquisadora Emilia Ferreiro
(2001, p. 40-41)......

• “[...] as mudanças necessárias para enfrentar sobre bases


novas a alfabetização inicial não se resolvem com um novo
método de ensino, nem com novos testes de prontidão,
nem com novos materiais didáticos (particularmente novos
livros de leitura).” (FERREIRO, 2001, p. 40-41)
• É preciso mudar os pontos por onde nós fazemos passar o
eixo central das nossas discussões.

(FERREIRO, E. Reflexões sobre


alfabetização. São Paulo; Cortez, 2001)
Segundo a pesquisadora...
• “[...] temos uma imagem empobrecida da criança que
aprende: a reduzirmos a um par de olhos, um par de
ouvidos, uma mão que pega um instrumento para marcar e
um aparelho fonador que emite sons.

• Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa,


que constrói interpretações, que age sobre o real para fazê-
lo seu”. (FERREIRO, 2001, p.40-41).
Uma criança alfabetizada pode ser
considerada uma criança não
letrada?

Figura 04
Uma criança alfabetizada pode ser
considerada uma criança não letrada?

• Para Magda Soares, a criança que, mesmo


“alfabetizada”, não consegue ler livros, jornais e
revistas, mesmo escrevendo palavras e frases, não
consegue passar para o papel comunicações
diversas (cartas, bilhetes, notícias e outros) não é
considerada letrada, pois não sabe fazer uso da
escrita como meio de interação social. (SOARES, M.
2003).
Será que precisamos esperar a criança “estar
pronta” para ser alfabetizada ou podemos criar
situações diferenciadas para que ela tenha
contato e vivências significativas com a leitura e
escrita?
Os novos materiais didáticos, por si só,
conseguem e garantem a alfabetização?

Ou é necessário um diagnóstico, um
planejamento, uma intervenção, uma escolha e
um uso adequado destes novos materiais
didáticos sob a mediação do professor
conhecedor dos pressupostos básicos?
Para a autora Telma Weisz, a
criança precisa construir
respostas para duas questões?

O que a escrita representa?

Qual a estrutura do modo de representação


da escrita?

WEISZ, Telma. Como se aprende a ler


e escrever ou, um problema mal
colocado. Publicado em Ciclo Básico,
CENP/Secretaria de Estado na
Educação de São Paulo, 1988.
Enquanto a criança não encontra respostas para
estas perguntas, ela continua com um enorme
conflito cognitivo, refletindo e tentando adequar
suas hipóteses às informações que recebe do
mundo que a cerca.

Sugestões: Leitura dos capítulos 16 e 17 das


autoras Fontana e Cruz e os vídeos da autora
Telma Weisz.
Parte II – O ensino da língua
• http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/fasciculo_po
rt.pdf
Parte II – O ensino da língua

Concepção de língua materna


proposta neste capítulo:
A língua é um sistema que tem como
centro a interação verbal, que se faz
através de textos ou discursos,
falados ou escritos. Isso significa que
esse sistema depende da
interlocução:

Inter + locução = ação


linguística entre sujeitos
Para isso, é necessário...
Um planejamento que contemple diversificadas atividades
de fala, escuta e reflexão sobre a língua; atividades de
produção e interpretação de diferentes textos orais; enfim,
organizar atividades que possibilitem aos alunos transitarem
das diferentes situações coloquiais que vivenciam
cotidianamente a outras mais formais, para que possa
conhecer, vivenciar e aprender a utilizá-las.
Para tal, é preciso ensinar o aluno a utilizar
adequadamente a linguagem nos diferentes espaços, a
fazer uso da língua oral de forma cada vez mais
competente.

Logo, ensinar a língua que eles já falam requer a clareza


de o que e de como ensinar.

Figura 05
Sistema de Avaliação da Educação
Básica - SAEB

Os dados do SAEB, desenvolvidos pelo Instituto


Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira – INEP, mostram que muitas crianças, embora
alfabetizadas, não são letradas. Mas o que isso
quer dizer?
Quer dizer...
que muitas crianças não são capazes de utilizar a
língua escrita em práticas sociais.
Segundo a autora Magda Soares (2003), a criança é um
sujeito ativo que deve interagir com a língua escrita em seus
usos e práticas sociais, isto é, interagir com o material “para
ler”, não com material artificialmente produzido para
“aprender a ler”.

Figura 06
É gradativo e demanda
do alfabetizador
sistematização e Dá relevância ao
planejamento.
organização.
Esse
processo...
Identifica e compreende
Deve levar em o raciocínio realizado
consideração o ritmo pelas crianças na
próprio de cada criança. construção/superação das
suas hipóteses.
Deve estar atento:
ao planejamento das aulas.

à escolha adequada do material didático.


ao acompanhamento sistematizado.

à verificação da aprendizagem
dos discentes.
à recuperação de aprendizagem e
à avaliação de todo o processo.
Referência das figuras

Figura 01
Acervo Deposith Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód. 4759571)

Figura 02
Acervo Deposith Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód.)

Figura 03
Acervo Deposith Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód.)

Figura 04
Acervo Deposith Photos. Acervo EAD-Uniube. (Cód.)

Figuras 05 e 06
Acervo EAD-Uniube.

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