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ALFABETIZAÇÃO E

LETRAMENTO
Curso online grátis
O bom aluno Disciplina como a
1 chave do sucesso
do curso à É importante manter horários
distância para os estudos, e uma boa
revisão dos conteúdos.

A forma como você organiza o


seu estudo diz muito sobre como
seu conhecimento vai ser
adquirido. Por isso é possível
traçar formas importantes para
seu conhecimento. Abaixo
listamos algumas dicas.
Acompanhe!

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2 Organização como consequência
da disciplina
3 Não se deixe levar pela facilidade
da internet
Uma boa organização consiste em atenção aos Quando o aluno não consegue se desconectar
prazos de trabalhos e testes, anote se for da internet e muito mais fácil dar aquela
necessário. É importante que seu ambiente de espiada nas redes sociais enquanto estuda.
estudo seja adequado, organizado, com importante saber que você só adquire
materiais acessíveis e sem distrações. aprendizado com foco e dedicação.

4 Utilizar tudo o que lhe é fornecido


e ir além
5 Crie mecanismos de motivação
Nem todos os dias você estará tão motivado, por
Aproveite para utilizar os materiais completos isso, é necessário criar estratégias e mecanismos
disponibilizados. E, se possível, pesquise novas para estimular o seu ânimo.Utilize a sua
formas de conhecimento. criatividade. Você pode mesclar conteúdos mais
fáceis com os mais difíceis, misturar o estudo de
uma disciplina mais teórica com outra mais
prática, por exemplo.
1 Síntese
Alfabetização e letramento | Síntese

Síntese

A finalidade deste curso é auxiliar os interessados na área da educação a


desenvolverem uma dinâmica eficaz no processo de aquisição de conhecimento para
aprendizagem e interpretação da leitura. Alfabetização e letramento possuem formas
distintas porém complementares.

A alfabetização está mais voltada para a decodificação de códigos como letras e números e a
representação da grafia, enquanto o letramento tende a compreender a comunicação, o
conteúdo, a ideia que está implícita no texto, a mensagem como um todo. Saber sobre a
escrita correta da grafia, sons, cartilhas, métodos utilizados nesse processo, auxiliam um
planejamento eficaz que trará bons resultados para a ação de ensinar a ler, compreender o
mundo e também a escrever.

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2 Introdução
Alfabetização e letramento | Introdução
Introdução
Desde o nascimento, o indivíduo está exposto em um ambiente de significados já existentes
devido a historicidade do seu meio e interage com ele. A criança, adapta-se às regras das
vivências das pessoas que se relacionam com elas no contexto sociocultural do próprio meio.
Cada pessoa é produto das relações que estabelece desde o nascimento, entre as pessoas
com quem convive em casa, na escola, no trabalho e nos locais que frequenta.

A escola é a instituição que tem como finalidade a socialização do saber, o conhecimento


elaborado, a cultura erudita, estabelecendo relação entre teoria e prática, através de
situações próximas da realidade do aluno, permitindo que os conhecimentos adquiridos
atuem na vida cotidiana e social do indivíduo, proporcionando a aquisição de instrumentos
que possibilitem o acesso a compreensão desse saber elaborado e suas bases.

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Alfabetização e letramento | Introdução
Introdução
Quando se trata de alfabetização, o que nos vem imediatamente à cabeça é a sala de aula,
porém uma das principais dificuldades da educação é a incapacidade que muitas crianças
têm em compreender e depreender significados do que leem, criar argumentos, produzir
conteúdo significativo baseado na dedução implícita de um texto.

Considerando que a criança já faz traz consigo uma percepção intrínseca do mundo, o
educador, ao preparar os alunos para a compreensão do texto, precisa também preparar esse
aluno para lidar com sua realidade e com seu contexto social. A aprendizagem, nesse
sentido, precisa ser significativa, gerar aplicabilidade e ter uma relação com o meio em que o
aluno vive.

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Alfabetização e letramento | Introdução
Introdução
A função da escola no que tange alfabetização e letramento, então, se torna fundamental. É
na escola que o aluno adquire e desenvolve habilidades e competências relacionadas ao uso
da língua oral e escrita.

A escola precisa, portanto, gerar situações de uso para o que o aluno aprenda em suas
leituras, em suas aulas, criando práticas pedagógicas significativas e contextualizando os
conteúdos. É nesse ambiente que as crianças aprendem novas capacidades e são
amplamente estimuladas a desenvolver essas habilidades.

No entanto, as crianças têm diferentes ritmos. Elas chegam com conhecimentos prévios
distintos, obrigando a escola a encontrar métodos que sejam eficientes para todo o grupo. A
escola deve oferecer a estrutura adequada para estimular o aprendizado da criança. Isso
envolve o espaço físico, professores capacitados e estratégias de ensino que sejam
eficientes, visando sempre ao desenvolvimento completo.

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Alfabetização e letramento | Introdução
Introdução
O ambiente escolar é onde se treina para usar o letramento em situações sociais. Uma
população esclarecida não se deixa condicionar e dominar, nem materialmente, nem
intelectualmente. O letramento também traz o desenvolvimento intelectual, que estimula todos
os setores da sociedade. Além de tudo isso, o cidadão letrado irá buscar sempre transformar
sua realidade em algo melhor, promovendo o bem-estar dos seus e dos outros.

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3 Fonemas e
letras
Alfabetização e letramento | Fonemas e letras
Fonemas e letras
Os fonemas são os sons produzidos que representam as unidades sonoras.

As letras são os sinais gráficos que representam os fonemas. Também conhecemos como
grafia, que é a técnica do uso das linguagens para a comunicação escrita, por meio dos
códigos das letras, sinais de pontuação, ideogramas (símbolos) que representam, além da
fala, outra forma de comunicar.

A sonoridade convencional é a correspondência entre o fonema e a letra.

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Alfabetização e letramento | Fonemas e letras
03.1 - FONÉTICA
A fonética é o uso dos sons da fala humana e toda sua contextualização: concepção,
produção, percepção, combinação, descrição e representação gráfica por símbolos.

Como a nossa escrita é fonética, os alunos precisam identificar os grafemas (representação


das letras) e fonemas (sons) e com eles formarem sílabas, palavras, frases, orações e textos.

O discernimento desses símbolos é um processo chamado de decodificação, porque permite


ao aluno entender o código da escrita da língua que fala.

A decodificação é entendida como alfabetização porque permite ao aluno compreender o


significado dos símbolos alfabéticos.

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Alfabetização e letramento | Fonemas e letras
03.1 - FONÉTICA
É fundamental perceber que há uma complexidade no ensinamento da decodificação pois a
assimilação é crescente, não-linear, parcial e diversificada. O fato de se organizar um processo
apresentando as letras numa determinada ordem não garante a aprendizagem nessa mesma
ordem.

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Alfabetização e letramento | Fonemas e letras
03.2 O USO DA FONÉTICA PARA A
ALFABETIZAÇÃO
O educador pode desenvolver um determinado grupo de letras formando sílabas como
la-le-li-lo-lu e as crianças podem estar adquirindo várias letras, inclusive o “l” com outras
letras, seja por observação ou comparação quando identifica essa classe apresentada pelo
professor em palavras ou textos.

Pode-se identificar a classe la-le-li-lo-lu em palavras que só utilizam essas sílabas (lula,
Lalá...) e também identificar em outras palavras (bala, lima...), consequentemente se
apropriando das outras classes de sílabas.

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Alfabetização e letramento | Fonemas e letras
03.2 O USO DA FONÉTICA PARA A
ALFABETIZAÇÃO
A compreensão desse fato leva a uma mudança em relação à prática pedagógica. Se o
professor sabe que a organização e a sequenciação do processo não levam à aprendizagem
nessa ordem, não há necessidade de criar uma determinada ordem. O ideal é apresentar o
alfabeto integral e permitir que as crianças adquiram de forma natural, espontânea.

Quando se desenvolve essa prática, há a “liberação” da criança para reconstruir o sistema


linguístico no seu tempo, considerando sua realidade e atribuindo significação a aquisição
desse conhecimento.

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4 Alfabetização
versus
letramento
Alfabetização e letramento | versus
Alfabetização e letramento
Enquanto a alfabetização está mais voltada para a decodificação de códigos como letras e
números, a representação da grafia e o léxico, o letramento tende a compreender a
comunicação, o conteúdo, a ideia que está implícita no texto, a mensagem como um todo.

Ser alfabetizado pode ser simplesmente saber decodificar letras e números, mas ser letrado é
compreender a mensagem passada pelo texto, é entender seu sentido. Isso não significa que
não seja necessário aprender as letras e os sons correspondentes. Isto é apenas uma parte
da aprendizagem.

Conseguir entender os símbolos e organizá-los de modo a identificar a mensagem não


significa necessariamente compreendê-la. Para isso, é necessário que haja letramento por
parte do leitor.

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Alfabetização e letramento | versus
04.1 - ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO:
CONTEÚDOS DISTINTOS PORÉM
COMPLEMENTARES

O letramento acontece além da alfabetização, resulta da compreensão e do entendimento do


que se lê, adquirindo através dessa leitura o conhecimento. O indivíduo letrado aplica e
diversifica o conhecimento adquirido através da leitura. Consegue empregar os conteúdos
matemáticos em diversas situações teóricas e práticas, comenta e argumenta em cima de um
texto lido. Consegue também, criar seus próprios textos.

Ler e escrever não se resume a decodificar e copiar, é preciso que retire desse processo um
conteúdo significativo.

Embora os “alfabetizados” consigam decodificar a mensagem e “ler” algum texto, se não for
letrado, não conseguirá interpretá-lo. Quando um aluno não entende o que lê, é chamado de
analfabeto funcional.

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Alfabetização e letramento | versus
04.2 - ANALFABETISMO FUNCIONAL

Analfabetismo funcional é a incapacidade de compreensão.

O indivíduo identifica as palavras contidas no texto, distingue números e símbolos, palavras e


até frases, porém, não consegue reunir essas informações, organizar as ideias, entender
enunciados, interpretam erroneamente a leitura não depreendendo o significado da
mensagem e nem a intenção do interlocutor, não tem capacidade argumentativa, dificuldades
em produzir textos, têm um entendimento superficial dos conteúdos, não conseguindo
assimilar e refletir sobre eles.

Não só a recepção da mensagem fica comprometida, por não conseguir interpretar


adequadamente a informação, logo, esse indivíduo, terá dificuldades em se expressar, não
conseguindo estabelecer uma comunicação eficiente.

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Alfabetização e letramento | versus
04.2 - ANALFABETISMO FUNCIONAL

Com o índice de analfabetismo cada vez mais baixo, devido a matrícula e presença
obrigatória das crianças em idade escolar no ensino regular, pode-se identificar a falta de
letramento dos alunos.

Apesar do empenho dos professores e da escola, os números não têm mudado muito nos
últimos anos em relação à queda do analfabetismo funcional.

Isso se torna um desafio para a educação, portanto, uma das alternativas usadas para
decrescer esse problema é evidenciar a alfabetização e o que deriva dela, através da melhora
na qualidade do ensino, principalmente, da instrução, se irá formar uma geração mais letrada.

Para que isso seja atingido, a escola não pode mais se limitar apenas ao método tradicional
de ensino. Precisa se atualizar, adotar novas tecnologias e pedagogias mais ativas, que dão
maior significado e aplicabilidade aos conteúdos ensinados.

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Alfabetização e letramento | versus
04.3 DESAFIOS DA ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO
O método tradicional, já considerado arcaico, restrito somente a cartilha, prioriza o ditado, a
cópia da lousa ou textos já definidos, a repetição automática dos vocábulos, das letras e das
sílabas, sem qualquer inovação que crie motivação, ou qualquer contextualização das
palavras aprendidas faz com que a assimilação se torne mecânica e sem significado. Com
esse método, o aluno não aprende a usar a língua, não lhe dá funcionalidade, daí se torna um
analfabeto funcional.

O aluno precisa, o quanto antes, considerar a leitura e a escrita um instrumento de


transformação social, é indispensável usar seu aprendizado para obter prazer, conhecimento
e descobrir aptidões. Ao alfabetizar, o educador deve promover o letramento do aluno,
apresentando ferramentas para todas possibilidades de uso, compreensão, análise e
interpretação da linguagem.

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Alfabetização e letramento | versus
04.3 DESAFIOS DA ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO
A diversidade cultural no Brasil é muito grande e, esse é mais um dos motivos por que não se
deve apresentar o universo literário ao aluno de forma padronizada. A diversidade deve estar
presente no ensino da alfabetização dos alunos brasileiros. Isso é contextualizar o ensino,
algo preciso no momento atual.

A área educacional não pode ignorar a bagagem cultural, histórica e social que seu contexto
lhe fornece, pois assim estaria ignorando seu próprio aluno. Para que esse aluno absorva o
significado de sua aprendizagem, precisa se identificar com a escola, com os educadores,
demais alunos, atividades pedagógicas, eventos e todo ambiente que o envolve, despertando
assim, sentido para o conhecimento adquirido e assimilação eficaz.

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Alfabetização e letramento | versus
04.4 - ABORDAGEM EMPÍRICA PARA A
CONSTRUÇÃO DO LETRAMENTO
A abordagem do letramento no processo da alfabetização tende a promover o entendimento
da língua escrita. Diante desse contexto, a escola precisa assegurar diariamente a vivência
de práticas reais de leitura e produção de textos diversificados, uma vez que o para o acesso
ao mundo letrado aluno precisa vivenciar, no cotidiano escolar, situações em que textos são
lidos, escritos e interpretados porque atendem a determinada finalidade.

O problema do analfabetismo funcional, da falta de letramento e entendimento não se


resumem prioritariamente às questões didáticas e metodológicas, mas sim a um uso social da
alfabetização. Torne-se necessário elaborar um método no qual se utilize experiências e
vivências do cotidiano dos alunos como base para interação e integração com o meio.

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Alfabetização e letramento | versus
04.4 - ABORDAGEM EMPÍRICA PARA A
CONSTRUÇÃO DO LETRAMENTO
Desse modo, a alfabetização passa de uma simples decodificação da escrita a um
conhecimento de caráter significativo, esclarecedor, compreensível, tornando a linguagem
escrita um poderoso recurso de comunicação. Ao adquirir o letramento, o aluno poderá reunir
e organizar informações, compreender o mundo em que vive, ampliar seu conhecimento,
analisar fatos, assimilar e refletir sobre eles, se tornando um cidadão crítico capaz de
desenvolver progressos para si e a comunidade.

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5 O papel da escola
na alfabetização
e letramento
Alfabetização e letramento | papel da escola
O papel da escola na alfabetização e letramento

A criança, desde cedo, percebe que faz parte de uma comunidade. O primeiro grupo social é
a família, e esta, pertence a um outro grupo, a sociedade. Ao iniciar sua vida na escola,
vivencia experiências de sociabilidade e aprende a lidar com as primeiras questões sociais, já
que a escola reflete e representa a sociedade na qual está inserida.

A escola é uma instituição social que tem o objetivo de tornar o conhecimento acessível a
todos os cidadãos. A Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
de 1996 garantem o ensino básico a todas as pessoas.

O aluno, ao entrar na escola, já traz consigo experiências adquiridas em suas vivências,


construídos com sua família, sua comunidade e com a coletividade em que se está agregada.
Essa bagagem é composta pela cultura peculiar de cada família, ou determinado grupo.

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Alfabetização e letramento | papel da escola
O papel da escola na alfabetização e letramento
O professor precisa analisar esse conteúdo antes de iniciar qualquer processo de ensino. A escola
precisa conhecer a realidade do aluno e trazer essa realidade para suas aulas. O conteúdo escolar,
métodos e estratégias, para ser eficiente, apresentar significado, deve estar sempre relacionado ao
contexto do aluno.

A escola deve estar sempre atenta ao desenvolvimento da linguagem, do diálogo, da comunicação,


para promover a troca de experiências, de vivências, sempre estimulando a socialização e a
integração.

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Alfabetização e letramento | papel da escola
05.1 - A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO COMO
FERRAMENTA NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM
O discente precisa ter participação no processo de aprendizagem. Esse processo deve ser pertinente a sua
realidade, sua necessidade e objetivo. A escola precisa estimular e desenvolver o senso crítico, o
questionamento, a curiosidade científica, para que o aluno absorva conhecimento e se torne capaz de
apresentar ideias próprias, ser autônomo.

A escola possui uma função social de imprescindível importância e precisa ser ativa e efetiva nessa função.
Para isso, precisa desenvolver as habilidades físicas, psíquicas, emocionais e cognitivas de seus alunos,
através da exploração de todas as possibilidades de seu contexto social, econômico e cultural. O contexto
social tem forte influência na educação e aprendizado.

A função da escola no que tange alfabetização e letramento, então, se torna fundamental. É na escola que o
aluno adquire e desenvolve habilidades e competências relacionadas ao uso da língua oral e escrita. A
escola precisa, portanto, gerar situações de uso para o que o aluno aprenda em suas leituras, em suas
aulas, criando práticas pedagógicas significativas e contextualizando os conteúdos.

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6 Métodos de
alfabetização e
letramento
Alfabetização e letramento | métodos
Métodos de alfabetização e letramento

Na escola, os processos educacionais de ensinar e aprender são ações que devem estar
fundamentadas em estudos e teorias de aprendizagem. Os métodos de ensino devem ser
pensados e planejados.

É preciso que se desenvolvam estratégias mais ativas de aprendizagem, buscando motivação


para as crianças que, atualmente, já estão cercadas de informações com a velocidade dos
recursos digitais e tecnológicos. Os métodos arcaicos, onde o aluno é somente passivo, não
despertam interesse e nem significação para prática de suas habilidades.

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Alfabetização e letramento | métodos
Métodos de alfabetização e letramento

A aprendizagem deve fazer sentido para quem aprende. O conteúdo ensinado deve ter
alguma relação com a realidade do aluno e também com o que este já aprendeu.

A escola é responsável pelo processo de alfabetização e o letramento deve ser


oferecido junto a esse segmento.

Alfabetizar é fazer com que a pessoa consiga decodificar o código da escrita, podendo
ler e escrever na língua em que foi alfabetizada. O aluno consegue identificar símbolos
e números, dominar uma técnica relacionada à gramática, à ortografia e ao léxico.
Porém, é necessário que o aluno também saiba praticar socialmente o uso da leitura e
escrita. É preciso compreender a mensagem Os métodos de alfabetização precisam
considerar também o letramento.

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Alfabetização e letramento | métodos
Métodos de alfabetização e letramento
No método tradicional de alfabetização, baseado em cartilhas e na instrução passiva do
aluno, se aprende de forma mecânica, lendo e escrevendo sem refletir sobre o assunto,
tornando o discente um analfabeto funcional, não é mais objetivo dos educadores.

Letramento e alfabetização, embora sejam processos distintos, são, ao mesmo tempo,


interdependentes e indissociáveis.

A conceituação de alfabetização sofreu algumas mudanças nas últimas décadas.

Diversos métodos foram considerados para o aprendizado educacional com parâmetros de


efeitos e resultados positivos e negativos, então, mais importante do que a escolha do
método a utilizar é a forma como empregar. Sua didática precisa ser baseada em
metodologias ativas e o conteúdo usado precisa ser dinâmico e contextualizado.

Os métodos estão divididos em dois grupos: os sintéticos e os analíticos.

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Alfabetização e letramento | método sintético
06.1 - SINTÉTICOS
Os métodos sintéticos partem de elementos menores para maiores, da parte para o todo.
Esse tipo de metodologia obedece uma sequência: ensina primeiro as letras, depois as
sílabas, as palavras, frases, orações, períodos até os textos.

Os métodos sintéticos fazem uma correspondência entre a língua oral e escrita, interpretando
as letras como representações dos sons.

São divididos em métodos alfabéticos, fônicos e silábicos.

Método alfabético: inicia-se com os nomes das letras do alfabeto, seguindo das letras para
sílabas e das combinações silábicas, surgem as palavras. Parte para sentenças curtas até
chegar em histórias completas. A soletração é muito usada nesse método.

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Alfabetização e letramento | método sintético
06.1 - SINTÉTICOS
Método fônico: nesse método o aluno vai identificando e associando o fonema e a grafema, a
criança aprende vinculando que aquele som que as palavras fazem quando pronunciadas,
são representados graficamente pelas letras, partindo dos mais fáceis para os mais
complexos, iniciando com as vogais, consoantes e então sílabas e palavras até construir
frases.

Deve- se atentar para palavras com sons iguais e grafias diferentes, muito comuns em nosso
idioma.

Método silábico: nesse método o aluno partirá do aprendizado das famílias silábicas para as
construções maiores. Considerando que não pronunciamos os sons de cada consoante
isoladamente e sim as sílabas, que são as combinações de dois ou mais sons, normalmente
entre vogais e consoantes, esse método se baseia em sílabas por ser a menor unidade
pronunciável quando utiliza-se consoantes.

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Alfabetização e letramento | método sintético
06.1 - SINTÉTICOS
O professor pode escolher qualquer um desses métodos sintéticos em seu processo de
alfabetização, desde que esteja atento ao letramento, que deve estar sempre presente em
suas práticas e didáticas. Independentemente do método escolhido, o docente precisa
contextualizar as palavras que escolher para utilizar em seu objetivo educacional, observando
se há relação entre as palavras e a realidade social do aluno.

Só assim o processo de alfabetização será eficaz adquirindo significação e fomentando o


letramento.

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Alfabetização e letramento | método analíticos
06.2 -ANALÍTICOS
Os métodos analíticos de alfabetização fazem o processo contrário dos sintéticos. Partem do
todo para a parte, ou seja, de um texto, passando por períodos, orações, frases, palavras,
sílabas e letras. Inicia-se da compreensão da palavra ou texto em sua totalidade para o
conhecimento e reconhecimento das letras.

Os mais comuns são palavração, sentenciação e global.

Método da palavração: as palavras são apresentadas de acordo com o contexto do aluno. O


processo começa com a seleção, pelo professor, de palavras do cotidiano, se faz um estudo
de todos os detalhes que compõem a palavra apresentada ao aluno, como o som, as sílabas
e letras, para em seguida serem decompostas.

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Alfabetização e letramento | método analíticos
06.2 -ANALÍTICOS
Método da sentenciação: o professor escolhe uma sentença inteira, podendo ser frase ou
oração, trabalha seu significado, explora o contexto e em seguida inicia a decomposição em
palavras, sílabas e letras.

Método global: nesse método, o professor apresenta um texto, normalmente relacionado com
o cotidiano do universo infantil, para em seguida trabalhar sua decomposição em unidades
menores. Partindo do texto completo até as letras. Porém, essa análise só acontece após um
trabalho acentuado de interpretação e compreensão do conteúdo desse texto.

O professor pode adequar também outros métodos como o método natural e o método
construtivista.

Método natural: esse método é focado na produção espontânea das crianças e em uma
leitura relacionada a essa produção. O professor mediaria a ação da escrita, ensinando ao
aluno como se escreve a palavra que ele tem interesse.

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Alfabetização e letramento | método analíticos
06.2 -ANALÍTICOS
Método construtivista: valoriza o conhecimento prévio da criança antes de ser engajado no ambiente
escolar, considera a vivência dos alunos, ensinando a alfabetização a partir de assuntos que eles
conhecem e já conseguem identificar em seu dia a dia. Salienta que escrita e leitura são atividades
que necessitam serem praticadas juntas para um maior desenvolvimento e o significado das
palavras é trabalhado em todo o processo de alfabetização.

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7 Princípios e
práticas
Alfabetização e letramento | princípios e práticas
PRINCÍPIOS E PRÁTICAS
O professor tem papel fundamental na vida escolar da criança, pois quando conhece as
dificuldades da sua turma, é capaz de adequar o melhor método ou saber tirar as melhores
práticas de cada um deles para trabalhar em sua sala de aula, estabelecendo um novo
método que atenda suas especificidades.

Alfabetização e letramento são distintos, porém, interligados. Um processo é parte e


complemento do outro. Portanto, o docente precisa buscar uma didática contextualizada,
ensinando a usar a língua socialmente, mostrando a diversidade que o mundo da escrita
apresenta e trabalhando com uma variedade significativa de materiais e dos conteúdos.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas
07.1 - DEFININDO DIDÁTICA DE ENSINO
Não podemos definir um método como melhor ou pior, existe a necessidade de uma reinvenção do ato de
alfabetizar, levando em conta não só a decodificação da escrita, mas a aquisição do letramento.

Quando o aluno faz uso do ato de ler e escrever para a vida em sociedade e para o acesso à cultura e ao
conhecimento, junto com a alfabetização, considera-se letrado. Por isso o entendimento do alfabeto e dos
números precisa ser contextualizado, para o discente perceber que esses conhecimentos são instrumentos
de interação social, servem para capacitar a exercer papéis dentro da sociedade e que contribuem para o
enriquecimento pessoal.

A tarefa principal e desafiadora do professor é saber oferecer um conteúdo significativo durante o processo
de alfabetização e tornar esse ambiente motivador para seus alunos.

Ao iniciar o trabalho pedagógico, o professor precisa conhecer a realidade da escola, e saber sobre o
contexto familiar, cultural e social dos seus alunos.

Assim, poderá adaptar estratégias à didática de ensino.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas
07.2 - PROPOSTAS QUE ESTIMULAM O
LETRAMENTO
O espaço deve conter estímulos que motivam a criança a ler e escrever.

Os alunos precisam ser estimulados a buscarem conhecimento, entender a importância da leitura e


desenvolver habilidades cognitivas. Por isso, é interessante que a instituição conte com salas que sejam
atraentes, recursos diferenciados e metodologias ativas, colocando a criança como foco.

Cantinhos da leitura: com livros, quadrinhos, panfletos, revistas, fantoches, máscaras...

Alfabeto: ilustrado, colorido, com os nomes dos alunos...

Números: ilustrado, colorido...

Calendário: ilustrado, colorido, destacando datas comemorativas e especiais...

Mural de regras: a princípio ilustrado e conforme a alfabetização, poderá ser alterado para frases e textos.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas
07.2 - PROPOSTAS QUE ESTIMULAM O
LETRAMENTO
Mural de tarefas: com a rotina diária da sala de aula.

Mural de trabalhos: espaço para apresentação dos trabalhos.

Cada professor deve adaptar seu espaço de acordo com a necessidade e realidade vivida na
sala de aula.

As atividades deverão apresentar significação que serão úteis no processo de alfabetização.

Música e dança: a letra da música pode ser usada na alfabetização. Após escutar uma
música escolhida pelas crianças, abra um debate sobre a mensagem que essa música tráz,
estimule os alunos a cantarem e perceberem a diferença entre os sons das palavras, além de
contribuir para o letramento também lhe fornece informações sobre a realidade cultural dos
alunos.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas
07.2 - PROPOSTAS QUE ESTIMULAM O
LETRAMENTO
Desenho: peça aos alunos para desenharem suas casas, sua família, tente explorar a relação familiar
desses alunos e o contexto social que estão inseridos, aproveite os desenhos para marcar a inicial das
letras correspondentes aos desenhos.

Roda da leitura e teatro com fantoches e bonecos: o professor conta histórias com vários personagens,
muda o tom de voz para separar e identificar cada personagem, imita sons de animais, mostrando assim,
diferença dos sons, incentiva as crianças a construir uma história com características de personagens,
descrição de ambientes...

Monte seu personagem: o professor pode criar personagens para os alunos irem acrescentando
características físicas (cabelos, olhos, roupas, acessórios) ou o personagem preferido, de desenho, filmes
ou da própria imaginação. Esses personagens serão usados para narrativas, criar histórias, a fim de manter
os alunos interessados tornando o processo de alfabetização mais lúdico.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas
07.2 - PROPOSTAS QUE ESTIMULAM O
LETRAMENTO
Uso do alfabeto móvel: com as letras móveis, o aluno pode ir formando palavras conforme vai aprendendo
as letras. Use sempre palavras do universo da criança para fazer uma lista.

Números móveis: assim como o alfabeto, serve para fazer atividades práticas. Os números também devem
ser contextualizados, podendo ser datas comemorativas, calendários, receitas de comidas preferidas,
compras em mercado...

Jogos: escolhidos com cuidado, são inúmeras opções para manter o interesse nas aulas sem distanciar do
objetivo que é promover o desenvolvimento cerebral das crianças. Utiliza-se o jogo da forca, caça palavras,
adedanha, liga palavras, entre outros.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas

07.2 - PROPOSTAS
QUE ESTIMULAM O
LETRAMENTO
A internet também dispõe de
muitas atividades para o
professor que está
alfabetizando, existem
materiais para todo tipo de
atividade. Porém, na hora da
escolha, é necessário atentar
ao nível da classe,
disponibilidade dos alunos e o
objetivo que pretende atingir.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas
07.2 - PROPOSTAS QUE ESTIMULAM O
LETRAMENTO
A leitura e a escrita são usadas em diversas situações do dia a dia. Ambas são práticas
sociais de suma importância para o desenvolvimento do ser humano.

A alfabetização deve estar em todas as atividades, ou seja, integrar o currículo como um todo.
O aprendizado em matemática, ciências e estudos sociais contribui para que a criança
aprenda também o alfabeto.

Tarefas como escrever uma frase sobre um problema de história ou gerar palavras de
vocabulário para descrever um objeto na aula de ciências, são exemplos de atividades que
ajudam a manter em mente as metas de leitura, escrita e fala em todas as lições dando
significado a elas, proporcionando assim uma condição de letramento.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas
07.2 - PROPOSTAS QUE ESTIMULAM O
LETRAMENTO
Adquirir o letramento é adquirir acesso ao conhecimento e à cultura, e um dos instrumento
mais usado para isso é a leitura.

Pode afirmar que a principal condição para o letramento é o trabalho com a leitura. Placas,
letreiros, programas de TV, embalagens, marcas, títulos e todos os objetos constantes no seu
dia-a-dia transmitem uma significação própria e se tornam tão familiares que sua leitura é
espontânea, podendo ocorrer muito antes da decifração dos códigos.

A sala de aula deve dar continuidade à leitura prazerosa, aquela que estimula a criança, que
aguça sua curiosidade, sensibilizando-a de alguma maneira.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas
07.2 - PROPOSTAS QUE ESTIMULAM O
LETRAMENTO
Leituras de letras de música, receitas de culinária, contos de fadas, regras de jogos, histórias vivenciadas
pela classe, bilhetes e comunicados direcionados aos responsáveis, manchetes de jornal, embalagens e
avisos são elementos que fazem com que as crianças se identifiquem com a realidade.

Seja qual for o tipo de turma, textos orais produzidos pelas crianças e escritos pelo professor também
podem servir de ponto de partida para o trabalho de alfabetização. Pode-se, também, escolher e utilizar
livros de poesias, narrativas, contos de fadas, entre outros gêneros. Essa prática ajuda a aumentar o
vocabulário e adiciona estruturas sintáticas que a linguagem falada não consegue ensinar.

Além disso, os livros também podem trazer lições importantes para a vida da criança, ajudando a
desenvolver outras áreas. Por isso, é necessário, na hora da escolha, priorizar conteúdos que tragam
conhecimento em áreas que serão aproveitadas na escola, como história, geografia, além de leituras mais
leves e atraentes.

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Alfabetização e letramento | princípios e práticas
07.2 - PROPOSTAS QUE ESTIMULAM O
LETRAMENTO
A escola tem muitas possibilidades de oferecer o letramento ao seu aluno. Cabe ao educador, usar a
criatividade, o comprometimento e as boas escolhas metodológicas e materiais.

Trabalhar o letramento é inserir uma leitura significativa no cotidiano dos alunos, para que não apenas
decodifique o que lê, mas reflita, desenvolva, opine, critique, questione e entendam o que estão lendo e
consigam expressar esse entendimento.

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8 Cartilhas
Alfabetização e letramento | cartilhas
CARTILHAS
No Brasil, desde a época colonial, utilizava-se manuais para o processo de alfabetização e na
aprendizagem da leitura. Os professores criavam seu próprio material para alfabetizar e
usavam também as cartilhas que vinham importadas de Portugal.

Essas cartilhas continham a apresentação do alfabeto em grupos de letras para a formação


de sílabas e de textos religiosos escritos em português e latim. Os materiais produzidos pelos
professores foram denominados Cartas do ABC, que consistiam no alfabeto escrito de várias
formas, valorizando a grafia. Esse método alfabético, partia da análise de cada letra e
utilizava o processo de soletração para decifrar as palavras. Posteriormente, considerava-se
os sons das letras para o aprendizado da leitura.

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Alfabetização e letramento | cartilhas
CARTILHAS
As primeiras cartilhas eram baseadas no método sintético de silabação, desenvolvendo
através da evolução dos níveis de dificuldades apresentando conteúdos partindo dos mais
fáceis para os mais difíceis.

Dessa forma, era muito comum que as primeiras atividades giravam em torno das vogais e
em seus encontros, como uma das condições para a sistematização das sílabas nas
próximas atividades. Após a etapa dos estudos das vogais, as consoantes eram inseridas,
criando as famílias silábicas e recompostas para formar novas palavras. Em seguida,
pequenas frases e textos são propostos, a partir de combinações entre sílabas já estudadas.

Com a reforma na instrução pública, as cartilhas passaram a ser produzidas tendo como base
os métodos analíticos.

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Alfabetização e letramento | cartilhas
CARTILHAS
Os métodos analíticos funcionam de forma inversa em relação aos métodos sintéticos. No
primeiro, o ensino da leitura segue o caminho do "todo" para as "partes". Dessa forma, a
maneira de ensinar a introdução à leitura começava com unidades completas de linguagem e
posteriormente se dividia em frases, palavras, letras e sons.

Entretanto, o aprendizado não correspondia satisfatoriamente aos objetivos dessa


modalidade de ensino, criando resistências nos professores quanto a utilização desse método
e começaram a buscar novas propostas de solução para o problema do ensino e
aprendizagem. Diante desse cenário, ocorreu a conciliação dos dois tipos básicos de
métodos de ensino (sintéticos e analíticos).

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Alfabetização e letramento | cartilhas
CARTILHAS
Na prática, os métodos de alfabetização estavam restritos ao uso de uma determinada cartilha, pois
neste material didático estava o método a ser seguido e a matéria a ser ensinada, de acordo com
um programa oficial estabelecido previamente.

O processo de nacionalização das cartilhas produzidas por brasileiros foi uma necessidade da
organização do sistema educacional do país, responsável pela instrução pública, que esses manuais
estivessem de acordo com a realidade brasileira. Criando uma expansão do mercado editorial
brasileiro, encontrando na escola um vasto público utilizador desses livros.

A alfabetização através das cartilhas foi o método utilizado durante muito tempo no sistema
educacional e ainda existe sua permanência como uma prática norteadora para o processo de
instrução.

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Alfabetização e letramento | cartilhas
08.1 - O SURGIMENTO DE NOVAS PROPOSTAS E
ADAPTAÇÃO DAS CARTILHAS
Visando atingir maior rapidez e eficiência na alfabetização, visto que o ensino está ligado a
maturidade da criança, sua cognição, evolução, seu psicológico e postura didática do
educador, surgem atividades que têm como objetivo desenvolver as habilidades visuais,
auditivas e motoras que são administradas pelo do professor e que acompanham as cartilhas,
para o ensino da leitura e escrita.

Nas últimas décadas, as cartilhas deixaram de ser a única ferramenta de apoio ao ensino da
alfabetização e passaram a ser um suporte norteador.

Diferentes propostas e projetos pedagógicos foram sugeridas e aplicadas para a formação da


fase de alfabetização de alunos.

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Alfabetização e letramento | cartilhas
08.1 - O SURGIMENTO DE NOVAS PROPOSTAS E
ADAPTAÇÃO DAS CARTILHAS
Surgem, então, vários estilos literários com o objetivo de acrescentar conhecimento a outras didáticas para
atender essa nova demanda da escola. Ainda hoje, as cartilhas são usadas nas salas de aula exercendo
forte influência nas práticas pedagógicas relacionadas ao ensino da língua, um eficiente material auxiliar que
em conjunto com o trabalho pedagógico abordado pelo professor, se direciona para a construção do
conhecimento.

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9 Avaliação
Alfabetização e letramento | avaliação
AVALIAÇÃO
A avaliação do desenvolvimento do aluno é tão importante quanto a apresentação do conteúdo. Na
observação atenta do professor surge uma percepção de como o assunto tratado está sendo
assimilado pelo discente e serve para avaliar não só o seu trabalho, serve também como um
indicador para a continuidade, ou não, de sua prática pedagógica.

Como o processo de construção da leitura e escrita não é igual para todas as crianças, é preciso
criar condições de aprendizagens favoráveis para cada um, considerando as suas peculiaridades,
levando em conta o acompanhamento do aprendizado constante que o estudante faz ao longo da
alfabetização, sua evolução, conquistas, permitindo o estabelecimento de relações entre as ações
didáticas e as estratégias de trabalho que conduzam ao conhecimento e à superação das
dificuldades que podem ocorrer durante o processo.

Como orientação para avaliação na alfabetização, o professor pode considerar a observação, o


registro e a documentação como ações fundamentais.

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Alfabetização e letramento | avaliação
09.1 - COMO O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
INFLUENCIA NO DESEMPENHO DA
APRENDIZAGEM
O educador deve se atentar para o desenvolvimento da criança no dia a dia. Em cada
atividade proposta, verificar se estão atingindo os objetivos esperados naquele momento e se
houve alguma dificuldade na execução da tarefa. Com base no que foi percebido, criar outras
oportunidades para que os alunos desenvolvam, evoluam e, mais uma vez, observem o
comportamento do aluno.

Desta forma, será mais fácil identificar e entender de que maneira ele aprende e quais são
suas reais dificuldades. Deve também registrar tudo que foi observado. O registro deve seguir
uma rotina, ser diário ou semanal. Assim, o professor percebe o que a criança já faz com
facilidade e autonomia de acordo com o processo evolutivo e, no que ela encontra
obstáculos, situações em que é preciso intervir.

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Alfabetização e letramento | avaliação
09.1 - COMO O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
INFLUENCIA NO DESEMPENHO DA
APRENDIZAGEM
Quando o registro é feito com frequência, o docente tem a chance de ajustar rapidamente
suas atitudes e retomar o rumo em proveito da aprendizagem de cada aluno.

O portfólio deve ser organizado e planejado com atividades realizadas ao longo de um


determinado período. Esse documento é um instrumento que ajuda na construção de
saberes sobre as aprendizagens e as necessidades da criança. Ao olhar as atividades de um
determinado período, pode-se identificar no que houve progresso, evolução e no que a
criança não conseguiu assimilar e executar.

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Alfabetização e letramento | avaliação
09.1 - COMO O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
INFLUENCIA NO DESEMPENHO DA
APRENDIZAGEM
As pontuações determinadas nos erros e acertos de provas escritas nem sempre refletem o
aprendizado assimilado. Avaliar a qualidade dos trabalhos executados é mais coerente do que
atribuir valores numéricos a eles, visto que, muitas vezes, esse procedimento não é suficiente para
representar a realidade dos alunos no que se refere à apreensão de conceitos e conteúdos.

Avaliar não pressupõe erros, falhas, defeitos, mas sim envolve determinar o valor da ação
educadora e o desenvolvimento individual de cada um.

É importante utilizar estratégias de avaliação que estejam realmente relacionadas ao


desenvolvimento dos alunos.

Ao educador cabe diagnosticar a dificuldade e, por meio dela, observar o desenvolvimento de seu
aluno. A partir dessa observação ele pode criar estratégias mais adequadas facilitando o
desenvolvimento.

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Considerações
10 finais
Alfabetização e letramento | considerações finais
Considerações finais
Numa sociedade em crescente progresso, os métodos de alfabetização utilizados se
tornaram ultrapassados, não correspondendo a evolução das exigências cobradas do
indivíduo como um cidadão pertinente à sociedade.

Com o problema do analfabetismo funcional advindo de uma alfabetização mecânica,


educação bancária, onde os ensinamentos eram apenas depositados sem a intenção da
intervenção e criticidade do aluno surgiu uma necessidade de readaptação dos métodos de
ensino, mais adequados a esse mundo, agora, tão globalizado.

A escola precisa oferecer mais que alfabetização, precisa oferecer letramento. Letramento é o
desenvolvimento do uso competente da leitura e escrita nas práticas sociais.

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Alfabetização e letramento | considerações finais
Considerações finais
Para que o sistema educacional consiga formar gerações de alunos alfabetizados/letrados,
que entendem o sentido dos textos que leem, que conseguem produzir uma escrita
significativa e original e se tornem cidadãos críticos, que refletem e discutem os temas sociais
com consciência é preciso dar significado ao aprendizado, oferecer a esses alunos, desde
muito cedo, o contato com a leitura significativa e com a diversidade cultural que obtém com
essa leitura.

O letramento é adquirido através do trabalho com o contexto social, do uso da língua em


diversas situações e com reflexões sobre os textos lidos e escritos.

Para educar é preciso que o professor esteja preparado para os desafios do dia-a-dia, e um
desses desafios é a atenção que deve ser mantida para cada indivíduo pois, cada aluno
precisa de atenção diferenciada em seu processo de aprendizagem.

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Alfabetização e letramento | considerações finais
Considerações finais
Não há dúvidas que as cartilhas constituíram uma importante memória de um método de
ensino que permanece vivo nas escolas, mesmo que adaptada.

Podemos notar que essa prática é constantemente apoiada por meio de um livro didático a
ser utilizado pelo professor alfabetizador. Com isso, a “cartilha” nunca deixou de ser utilizada
como norteadora da ação de ensinar, porém, não é mais a única ferramenta de ensino.

Porém, seja qual for o método escolhido, o conhecimento das suas bases teóricas e condição
essencial, não é suficiente. A boa aplicação técnica de um método exige prática, tempo e
atenção para observar as reações das crianças, registrar os resultados, ver o que acontece
frequentemente e procurar soluções para os problemas dos alunos que não acompanham.

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Alfabetização e letramento | considerações finais
Considerações finais
Com estudos, esforços, planejamento e atenção, é possível sim, atingir a qualidade na
educação das classes de alfabetização, com práticas educacionais que utilizem diferentes
metodologias, que proporcionem tanto o desenvolvimento da alfabetização quanto o
desenvolvimento do letramento de cada sujeito, através do qual ele possa ser autor de sua
vida e de transformações, capacitado para viver apropriadamente como cidadão efetivo na
sociedade.

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11 Bibliografia
Alfabetização e letramento | Bibliografia
Bibliografia
ABDALA BELOTI, S.H.; DE FARIA, Moacir. Relação professor/aluno.Revista eletrônica saberes da
educação, volume 1°, n° 1, 2010. Disponível em:
<http://www.facsaoroque.br/novo/publicacoes/pdfs/salua.pdf>. Acesso em: 19 Março. 2015.

BECK, C. Método Paulo Freire de alfabetização. Andragogia Brasil, 2016. Disponível em:
https://andragogiabrasil.com.br/metodo-paulo-freire-de- alfabetizacao/

FERNANDES et al. Alfabetização hoje: teorias, concepções vigentes e práticas docentes dos professores
alfabetizadores. III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO UNISALESIANO. Lins: 2011.

FERREIRO, E. TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.

FRADE, I.C.A.S. Aspectos metodológicos: métodos de alfabetização. In: Secretaria de Educação do Estado
de Minas Gerais. Coleção Veredas. Guia de Estudo. V.1. Belo Horizonte: SEE-MG, 2004.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. São Paulo: Editora Paz e Terra

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Alfabetização e letramento | Bibliografia
Bibliografia
GOULART, Cecília. A organização do trabalho pedagógico: alfabetização e letramento como eixos
orientadores. In Brasil, Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a
inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: MEC/SEB, 2006.

GRANDO, K.B. O letramento a partir de uma perspectiva teórica: origem do termo, conceituação e relações
com a escolarização. Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul: IX ANPED – SUL, 2012.

MOREIRA. M.A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: Editora EPU, 2011.

PIAGET,J. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 1964.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2013.

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Alfabetização e letramento | Bibliografia
Bibliografia
STAMATTO, M. I.S. Os manuais escolares, o método de alfabetização e de ensino no Brasil (1822 – 1889).
In: FERNANDES, Rogério e Adão, Áurea, Adão (orgs.).

Leitura e escrita em Portugal e no Brasil (1500-1970). Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação.


Porto, 1998.

VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

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