Você está na página 1de 3

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

CURSO: SEGUNDA LICENCIATURA


DISCIPLINA: FTM DA ALFABETIZAÇAO
PROFESSORA: LÍDIA LÚCIA DE OLIVEIRA ALVES
ACADÊMICA:
AVALIAÇÃO PARCIAL
1. Ser professor (a) alfabetizador (a) resulta em um trabalho didático fundamentado
cada vez mais em diversificadas linguagens, a busca por maior expressividade e
autonomia dos alunos e, ao mesmo tempo, a necessidade de assegurar a boa
convivência no ambiente escolar. Elabore um pequeno texto abordando quais
seriam essas diversidades de linguagens especificando suas especificidades no
desenvolvimento da autonomia do alfabetizando.

Ser um professor alfabetizador envolve uma tarefa desafiadora, pois requer a habilidade de
trabalhar com diversas linguagens para promover a autonomia dos alunos, ao mesmo tempo
em que se mantém um ambiente escolar harmonioso. A diversidade de linguagens pode ser
vista de várias maneiras:
Linguagem verbal e escrita: A base da alfabetização é a linguagem escrita e verbal. Os
professores precisam ensinar os alunos a compreender e a se expressar por meio da fala e
da escrita. Isso implica ensinar a leitura, a escrita e a compreensão textual, bem como
estimular a comunicação oral para que os alunos possam se expressar de forma eficaz.
Linguagem visual: Em um mundo cada vez mais visual, é crucial que os professores
alfabetizadores ensinem a linguagem visual. Isso inclui a interpretação de imagens, gráficos
e diagramas, bem como a capacidade de criar apresentações visuais para comunicar ideias.
Linguagem digital: Com a crescente digitalização da sociedade, os professores devem
ajudar os alunos a desenvolverem habilidades em linguagem digital. Isso abrange desde o
uso de dispositivos eletrônicos até a compreensão de como navegar na internet com
segurança e responsabilidade.
Linguagem corporal: A linguagem corporal desempenha um papel importante na
comunicação. Os professores devem incentivar os alunos a entenderem e interpretarem a
linguagem corporal, bem como a se expressarem de maneira adequada através dela
Linguagem emocional: A capacidade de reconhecer e expressar emoções é fundamental
para a autonomia dos alunos. Os professores podem ajudar os alunos a desenvolver a
inteligência emocional, promovendo a empatia, a resolução de conflitos e a autorregulação
emocional.
Através do uso e compreensão dessas diversas linguagens, os alunos podem ganhar
autonomia em suas vidas e na sua educação. Eles serão capazes de comunicar suas ideias
de maneira mais eficaz, entender e avaliar informações de diferentes fontes e colaborar de
forma mais construtiva com seus colegas. Além disso, a promoção de um ambiente escolar
inclusivo e respeitoso é fundamental para garantir a boa convivência, onde a valorização da
diversidade linguística e cultural desempenha um papel crucial. Assim, ser um professor
alfabetizador requer não apenas o domínio do conteúdo, mas também a capacidade de
trabalhar com uma variedade de linguagens para capacitar os alunos e criar um ambiente de
aprendizado positivo.

2. Qual a influência da Psicogênese da língua escrita para que possa a criança


aprender a ler escrevendo? Leia Magda Soares e Emília Ferreiro para fundamentar
sua escrita e Cite alguns exemplos.

A Psicogênese da língua escrita é uma teoria que busca compreender como as crianças
desenvolvem a capacidade de ler e escrever. Dois nomes importantes nessa área são
Magda Soares e Emília Ferreiro, que têm contribuído significativamente para a compreensão
desse processo. A influência da Psicogênese da línguagem escrita na aprendizagem da
leitura e escrita das crianças, com exemplos citados por essas autoras:
A Construção do Conhecimento de Emília Ferreiro, em sua pesquisa pioneira, observou que
as crianças não aprendem a ler e escrever como se fosse uma habilidade mágica. Elas
constroem o conhecimento progressivamente, passando por estágios. Por exemplo, uma
criança pode começar escrevendo letras aleatórias antes de entender os princípios
alfabéticos. Esse entendimento gradual é crucial para o processo de aprendizagem, pois
ajuda os educadores a compreenderem que os erros são parte desse desenvolvimento.
A Importância do Erro Tanto Emília Ferreiro quanto Magda Soares enfatizam a importância
de considerar os erros das crianças como tentativas de compreender o sistema de escrita.
Por exemplo, uma criança que escreve "casa" como "kaza" está demonstrando uma tentativa
de aplicar regras fonéticas, o que é um passo importante no caminho para a escrita
convencional. Portanto, em vez de corrigir de maneira punitiva, os educadores devem usar
esses erros como pontos de partida para ensinar princípios da língua escrita.
A Alfabetização Contextualizada Magda Soares argumenta que a alfabetização deve ser
contextualizada, ou seja, as crianças aprendem a ler e escrever melhor quando essas
habilidades são integradas à sua vida cotidiana. Por exemplo, ler histórias, escrever bilhetes
ou fazer listas de compras são atividades que têm significado prático para as crianças e as
motivam a se envolver com a língua escrita.
A Abordagem Socioconstrutivista Tanto Ferreiro quanto Soares compartilham a visão de que
a aprendizagem da língua escrita é fortemente influenciada pelo ambiente sociocultural da
criança. Isso significa que a interação com adultos, colegas e materiais de leitura e escrita
desempenha um papel fundamental no processo de aprendizagem. Por exemplo, em um
ambiente rico em livros e oportunidades de leitura compartilhada, as crianças têm mais
chances de se tornarem leitores proficientes.
Em resumo, a Psicogênese da língua escrita, como explorada por Magda Soares e Emília
Ferreiro, destaca a importância de compreender o desenvolvimento progressivo das
habilidades de leitura e escrita das crianças. Essa abordagem influencia a prática
educacional, incentivando os educadores a valorizar os erros como parte do processo de
aprendizagem, a contextualizar a alfabetização na vida cotidiana e a reconhecer o papel
crucial do ambiente sociocultural na formação de leitores e escritores competentes.

Você também pode gostar