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FACULDADE DOM ALBERTO

MONICA CONCEIÇÃO CAMPOS

DIFICULDADES NA LEITURA E NA ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

RIO DE JANEIRO
2023
FACULDADE DOM ALBERTO

MONICA CONCEIÇÃO CAMPOS

DIFICULDADES NA LEITURA E NA ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título de Pedagoga.

RIO DE JANEIRO
2023
DIFICULDADES NA LEITURA E NA ESCRITA NA ALFABETIZAÇÃO

Autora1, Monica Conceição Campos.

Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais.

RESUMO- A dificuldade da leitura e na escrita é um termo que desperta a atenção para a existência da
criança que frequenta escola e que apresenta vários tipos de dificuldade embora não apresenta nenhum
tipo de defeitos físicos, sensorial, intelectual e emocional. Ao longo de um longo período de tempo, essas
crianças foram ignoradas e mal diagnosticadas. Recentemente, elas estão apresentando um índice de
dificuldade na escola, juntamente com as dificuldades e outros problemas relacionados à
multidisciplinaridade que os alunos enfrentam no processo escolar. Com base nessa situação, deve se
concentrar mais no processo de letramento, com esta dificuldade de aprendizagem e a necessidade de
uso de métodos para superá-la, buscar soluções para os problemas que causam dificuldades de
aprendizagem por meio de metas que possam ajudar no desenvolvimento intelectual dos alunos, analisar
o papel do educador no enfrentamento das dificuldades dos alunos no processo de construção infantil,
identifica como os educadores podem ajudar a melhorar as habilidades intelectuais dos alunos Os
resultados indicam que a avaliação psicológica desses alunos servirá como um ponto de partida que
permitirá identificar os fatores que norteiam o problema em sua totalidade. Os resultados mostram que a
avaliação psicológica desses alunos é um ponto de partida que possibilitará a identificação das causas
que norteiam a problemática em toda sua extensão.

PALAVRAS-CHAVE: Escrita. Leitura. Alfabetização. Dificuldades.

1
E-mail da autora: monicacamposrja@gmail.com
1 INTRODUÇÃO

As dificuldades de aprendizagem é um problema que envolve vários fatores de


interferências significativas como: intelectual, físico, psicomotor, social e cultural. É
fundamental incentivar as crianças a experimentar a leitura como uma maneira de obter
conhecimento e emoção. Se a iniciação da leitura não está ocorrendo em casa, é para
a escola que se voltam todas as expectativas da sociedade. No entanto, a alfabetização
não é o único requisito; é necessário desenvolver o senso crítico das crianças desde a
infância, a fim de desenvolver habilidades de leitura qualitativas e quantitativas. Estudar
não é difícil porque estudar é criar, não compartilhar. “Estudar é um dever
revolucionário” (FREIRE, 1981, p. 59).
Para entender melhor o processo evolutivo de cada criança e lidar com as
dificuldades de aprendizagem na leitura usando dados concretos, os professores
devem conhecer a realidade familiar dos alunos e suas intervenções nos grupos sociais
em que participam. Ao fazer isso, os professores poderiam identificar e atender às
necessidades dos alunos em uma relação de respeito promovendo o papel de
construtores de conhecimento (FERNANDES et al., 2016).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa
(PCN/LP, 1998, p.54), formar um leitor competente significa que ele tenha uma
compreensão do que seria ler e possa além disso também aprender a ler textos não
escritos, identificar elementos implícitos, criar relações entre o texto que lê e outros
textos que já leu, que tenha conhecimento de vários sentidos que podem ser atribuídos
a ele, e que possa justificar e valorizar.
Lúria (1988) diz que a escrita da criança começa muito antes que o professor dê
um lápis para ela. A falta de valorização do que as crianças sabiam e praticaram antes
de entrar no processo de alfabetização pode ser a razão pela qual as crianças não
conseguem relacionar a escrita com a leitura. Muitos pais alfabetizam seus filhos em
casa usando métodos empíricos e simples. Para assimilar as estratégias utilizadas,
alguns fatores psicológicos também precisam ser avaliados ao identificar as causas do
desinteresse da criança e do déficit cognitivo.
Além disso, pesquisas realizadas na área da linguística, sociolinguística e
psicolinguística demonstraram a importância das práticas sociais de leitura e escrita,
enfatizando as diferenças entre as modalidades da língua falada e escrita e
demonstrando como muitas crianças se apropriavam da linguagem escrita por meio do
contato com vários gêneros textuais (LÚRIA, 1988).
Jean Piaget (1979) afirma que, quando se trata do desenvolvimento da leitura e
da escrita, é muito difícil aceitar a perspectiva das crianças. Como resultado, ignoramos
os sinais mais claros de esforços infantis para compreender o sistema da escrita.
Devido ao fato de que a necessidade humana de se expressar por meio da leitura e da
escrita pode ser um processo doloroso e traumático, as atitudes dos educadores em
relação às crianças que não seguem o ritmo de aprendizado imposto pelo sistema
educacional devem ser repensadas.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A CONCEPÇÃO DE LEITURA E ESCRITA

A leitura é uma condição necessária para se tornar totalmente envolvido na


cultura escrita. Através dela, podemos conectar significados, entrar em outros mundos,
atribuir sentidos, nos distanciar dos fatos e, com uma postura crítica, questionar a
realidade sem correr o risco de perder a cidadania da comunidade letrada
(FERNANDES et al., 2016).
FREIRE (1981) afirma que a leitura é crucial porque permite que as pessoas
entendam o mundo e descubram o que realmente significa viver. Observa-se que
durante a infância, a leitura representa um mundo específico da criança e dá significado
às coisas que a rodeiam. Ao aprender as coisas que se expressam em seu mundo, o
ser humano descobre uma tarefa criadora, e desse ponto de vista: A leitura do mundo
precede sempre a leitura da palavra; ambos são levados em primeiro lugar juntos.
Palavras e temas significativos formam o mundo da leitura e da escrita. (FREIRE, 1988)
De acordo com MARTINS (1999) o ato de ler é usualmente relacionado com a
escrita e nesse respeito é possível de se efetivar diversas formas de leitura, tais como
ter o olhar de alguém, ler o tempo, ler o espaço, e assim a importância da leitura e
escrita se destaca como importante fator a ser considerado no desenvolvimento
humano, e então o conceito de leitura está geralmente restrito a decifração da escrita,
sua aprendizagem.
A escola deve dar prioridade ao aprendizado da leitura e escrita dos alunos de
acordo com sua realidade. Isso pode ser benéfico porque eleva o nível sociocultural dos
sujeitos na sociedade. O papel da escola na vida das crianças é crucial porque a
sociedade letrada reconhece o valor da aprendizagem de leitura e escrita. Portanto, o
ambiente escolar é um ambiente favorável para a apreensão de informações.
Segundo FREIRE (1989):

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta
não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade
se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançado por sua
leitura crítica implica percepção das relações entre o texto e o contexto.

Freire também destaca a importância da primeira experiência existencial, a


leitura do mundo, do pequeno mundo, na compreensão do ato de ler o mundo particular
que move a criança. De fato, a primeira leitura que as crianças aprendem a fazer é
sobre as relações familiares, onde elas lêem promessas, ameaças e gratificação. A
leitura é atribuída um valor positivo absoluto, pois oferece vantagens claras à sociedade
e ao indivíduo. Uma forma de lazer e de prazer, de aquisição de conhecimento e de
enriquecimento cultural, de ampliação das condições de convívio social e de interação
(FERNANDES et al., 2016).

2.2 O GRANDE DESAFIO NO PROCESSO DE LETRAMENTO

A sociedade moderna exige muito das escolas, mas elas não estão fazendo
nada para melhorar a educação. A cobrança tem se tornado comum, mas as escolas
precisam de apoio dos pais, principalmente quando se trata de manter seus filhos na
escola. Eles devem trabalhar juntos para garantir uma educação de alta qualidade tanto
para a comunidade escolar quanto para os alunos (FERNANDES et al., 2016).
Soares (2003) afirma que o termo letramento surgiu durante as grandes
mudanças culturais, sociais, políticas, econômicas e tecnológicas. Isso ampliou o
significado do que era conhecido como alfabetização. A alfabetização foi ensinada por
muito tempo como a aquisição de um código baseado nas relações entre fonemas e
grafemas. O quadro de analfabetismo era significativamente maior do que é hoje, o que
contribui para a crescente variação na escrita e na fala.
Uma das maneiras mais eficazes de melhorar o desempenho escolar e social
dos alunos é a colaboração entre a escola e os pais. Portanto, a escola deve sempre
tentar atrair o apoio da família ao trabalho escolar, e os pais devem monitorar o
desempenho escolar de seus filhos e solicitar melhorias na educação de seus filhos se
for necessário (FERNANDES et al., 2016).
De acordo com Piaget (1979):

No caso do desenvolvimento da leitura e escrita, a dificuldade para adotar o


ponto de vista da criança foi tão grande que ignoramos completamente as
manifestações mais evidentes das tentativas infantis para compreender o
sistema da escrita.

A linguagem é um processo mental consciente que usamos para comunicar os


nossos pensamentos em interações sociais. Além disso, nosso subconsciente e
inconsciente influenciam a linguagem. O bebê sente e ouve a voz da mãe no ventre
materno e começa a se desenvolver antes mesmo do nascimento. Após o nascimento,
o bebê comunica através de gestos, olhar, sorrisos e choro. Os adultos podem ajudar
os desenvolvimentos linguísticos das crianças ao não infantilizar sua própria fala ao
conversar com eles; eles também podem falar corretamente as palavras para que eles
tenham um modelo adequado; e eles também podem permitir e incentivar as
brincadeiras das crianças (FERNANDES et al., 2016).
Consideramos que a criança melhorou a construção gramatical aos cinco anos;
Aos seis anos, ela já é capaz de emitir qualquer som do idioma, comunicar o essencial
dos eventos e fazer corretamente as concordâncias entre sujeito e verbo e tempos
entre orações principais e subordinadas. A psicopedagogia afirma que a linguagem nos
permite transformar e criar nossa realidade. É dessa maneira que a criança apropria-se
do conhecimento e de suas ações (FERNANDES et al., 2016).
2.3 A FIGURA DO PROFESSOR NO PROCESSO DE LETRAMENTO

A escola e a sociedade têm avançado em várias áreas, e é vital que tanto os


professores quanto a escola acompanhem essas mudanças, estando conectados a
essas mudanças, falando a mesma língua e facilitando o acesso ao conhecimento para
os alunos. Não é possível conceituar a construção do conhecimento como um processo
individualizado. O conhecimento é o resultado da atividade e do conhecimento
humanos que são definidos social e culturalmente. Os professores são responsáveis
por interligar os conteúdos da aprendizagem com as atividades construtivas de
assimilação. "ABREU & MASETTO", lançado em 1990.
O desenvolvimento do trabalho do professor em sala de aula, seu
relacionamento diário com os alunos é expresso pela relação que ele tem com a
sociedade e com a cultura. ABREU & MASETTO (1990; 115), afirma que:

“é o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas


características de personalidade que colabora para uma adequada
aprendizagem dos alunos, fundamenta-se numa determinada concepção do
papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade”.

Relações do professor com a sociedade e a cultura refletem seu trabalho diário e


relacionamento com os alunos. A aprendizagem independente é difícil para as crianças.
Aprendem reflexivamente porque alguma pessoa as coloca em situação de refletir.
Portanto, o educador é o principal ator ativo na aprendizagem de seus alunos
(MARUNY, 2000). O educador ajuda os alunos a ler e escrever facilmente e usando os
pensamentos de cada aluno e considerando o que cada aluno pode aprender,
realizando atividades que envolvem alunos que já sabem ler e escrever e outros. Além
disso, para que todos possam trabalhar juntos para o melhor desenvolvimento das
crianças, é importante informar a escola sobre os problemas encontrados e os sinais
observados (PETRONILO, 2007).
O objetivo do professor não deve ser que todos aprendam da mesma maneira;
alcançar esse objetivo é extremamente difícil. Todos devem ter a capacidade de
trabalhar de forma reflexiva e construir o pensamento coletivo sem que ninguém seja
excluído ou marginalizado. Lamentavelmente, muitos professores rotulam os alunos
como fracassados e preguiçosos, ignorando os fatores que contribuem para as
dificuldades de aprendizagem dos alunos (PETRONILO, 2007).
Para evitar esse erro, o professor deve observar a bagagem de cada aluno.
Porém, não é apenas uma questão de diferenças nas experiências vividas; é também
uma questão de habilidades e maturidade das crianças, linguagem oral, valores
culturais em relação à cultura escrita e à cultura escolar, atitudes para com os adultos e
para com a aprendizagem das normas, motivação, estilos de aprendizagem e
adaptação social e emocional. As crianças chegam às escolas com diferentes níveis de
experiência com o uso da linguagem escrita e da linguagem oral (PETRONILO, 2007).
Os professores devem auxiliar as crianças com dificuldades de aprendizagem
nas tarefas da escola, dividindo os trabalhos longos em pequenas partes para ajudá-las
a rever o conteúdo de ensino; usar enigmas para descrever as coisas; e tomar cuidado
com o material escrito, incluindo letras claras, desenhos e diagramas, e menos palavras
escritas. O uso do dicionário deve ser ensinado e, quando possível, ilustrado; bem
como o uso de material colorido e grande para o aprendizado da letra. Enfim, para
apoiar e ajudar a criança durante o processo de aprendizagem, o professor e a família
devem estar informados, familiarizados e sensibilizados (PETRONILO, 2007).
Cada atividade deve permitir que os alunos se envolvam. É fundamental que o
educando se sinta capaz de sugerir o que deve escrever ou ler, bem como os métodos
pelos quais deve fazê-lo. No entanto, nem tudo pode ser proposto. O educador deve
estabelecer os limites da tarefa, mas é melhor que a tarefa seja um pouco aberta e
flexível para permitir uma resposta individualizada (PETRONILO, 2007).

2.4 DIFICULDADES DA CRIANÇA NA LEITURA E NA ESCRITA:


CARACTERISTICAS

Os teóricos estudados, incluindo Calafange (2004) e Martins (2003), afirmam que


"o termo dislexia é aplicável a uma situação na qual a criança é incapaz de ler com a
mesma facilidade com a qual lê seus iguais, apesar de possuir uma inteligência normal,
saúde e órgãos sensoriais intactos, liberdade emocional, motivação e incentivos
normais, bem como instrução adequada." O uso do significado e da gramática de um
texto é menos comum entre as crianças com dificuldade de aprendizagem de leitura e
escrita em comparação com outras crianças.
Nunes et al., (1992) descobriu que as crianças com dislexia enfrentam desafios
na aprendizagem da leitura e da escrita, e esses desafios são maiores do que se
esperaria com base em seu nível intelectual. Essas crianças avançam na alfabetização
mais lentamente do que seus colegas da mesma idade e condições intelectuais,
embora tenham motivação suficiente, apoios satisfatórios dos pais e capacidades
intelectuais normais ou até acima do normal.
As crianças com dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita aprendem
com a mesma rapidez do que os outros alunos.
“Para a criança, independente de ser disléxica ou não, a aprendizagem é muito
importante, pois com a repetição combinada em números suficientes de vezes, ela
aprenderá a pensar no objeto ao ver a palavra impressa (leitura). O objeto, um retrato
do objeto, a palavra às palavras, reagindo aos estímulos ao mesmo tempo, levará a
criança a pensar no objeto quando ver a palavra (NUNES et al., 1992).
A renovação da prática pedagógica, nos últimos anos refere-se, exatamente às
tentativas de tornar a leitura e a escrita mais significativa na escola. A escrita e a leitura
são duas habilidades complexas que são necessárias para obter conhecimento e outras
habilidades escolares. A dislexia é uma dificuldade de leitura específica, de acordo com
Martins (2003). Os professores e pais observam um transtorno inesperado no
desempenho leitor da criança. O ato de ler, escrever ou soletrar pode ser um sinal de
que alguém tem dislexia.
A característica mais notável de uma criança com dificuldade de aprendizagem é
a repetição e perseverança em cometer erros ao ler e escrever. De acordo com
Condermarin (1986), os seguintes problemas são os mais comuns:
* Confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia: a-o;
c-o; e-c; f-t; h-n; v-u; etc.
* Confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas com
diferente orientação no espaço: b-d; b-p; b-q; d-p; n-u; w-m; a-e.
* Confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos
sons são acusticamente próximos: d-t; j-x; c-g; m-b-p;v-f.
* Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me-em; sol-los; som-mos;
sallas; pal-pla.
* Substituição de palavras por outras de estrutura mais ou menos similar ou
criação de palavras, porém com diferentes significados: soltou/salvou; era/ficava.
* Contaminações de sons.
* Adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras: famoso substituído por
fama; casa por casaco.
* Repetições de sílabas, palavras ou frases.
* Pular uma linha, retroceder para linha anterior e perder a linha ao ler.
* Excessivas fixações do olho na linha.
* Soletração defeituosa: reconhecer letras isoladamente, porém sem poder
organizar a palavra como um todo, ou então ler a palavra sílaba por sílaba, ou ainda ler
o texto “palavra por palavra”.
* Problemas de compreensão.
* Leitura e escrita em espelho em casos excepcionais.
* Ilegibilidade.
* Ao escrever, a criança ocupa toda a largura da página.
* Escreve palavras com todas as letras iguais, exemplo: BATATA/AAA.
* Palavras diferentes são escritas da mesma maneira, exemplo: SUCO/UO.
* Os nomes próprios são escritos pela metade, exemplo: ANA- AA.

Existem também outras perturbações da aprendizagem, as mais comuns são


(Condermarin,1986):
* Alterações na memória: algumas crianças apresentam dificuldades para
lembrança imediata de fatos passados, não conseguem lembrar palavras ou sons que
escutam, têm dificuldade em memorizar visualmente objetos, palavras ou letras.
* Alterações na memória de séries e seqüências: tais como os dias da semana,
os meses do ano, o alfabeto e as horas.
* Orientações direita-esquerda: as crianças são incapazes de orientar-se com
propriedade no espaço e aprender a noção de direita e esquerda. Não conseguem
situar a direita e a esquerda em seu próprio corpo ou quando olham outra pessoa.
* Linguagem escrita: quando a criança não consegue ler com facilidade,
tampouco consegue utilizar com propriedade os símbolos gráficos da expressão escrita.
Quando escreve, revela sinais de confusões, inversões, adições, omissões e
substituições.
* Dificuldades em matemática: não consegue entender a formulação do
problema. Sendo assim, difícil ler, invertem números ou então sua seqüência.

Segundo Davis (2004), há habilidades que todos os disléxicos compartilham:


* São capazes de utilizar seu dom mental para alterar ou criar percepções (a
habilidade primária);
* São altamente conscientes do meio ambiente;
* São mais curiosos que a média;
* Pensam principalmente intuitivos e capazes de muitos insights;
* Pensam e percebem de forma multimendisional (utilizando todos os sentidos);
* Podem vivenciar o pensamento como realidade;
* São capazes de criar imagens muito vívidas.

Se os pais e professores não minam essas habilidades, rotulando a criança


como incapaz de desenvolvê-las, a criança pode ter uma inteligência acima do normal e
uma criatividade extraordinária, sem se tornarem incapazes de aprender. Assim, para
evitar discriminação em sala de aula, todas as crianças devem receber instruções
iguais. As crianças com deficiência podem precisar de mais tempo e atenção.
(PETRONILO, 2007)

3 CONCLUSÃO

O estudo afirma que o olhar sensível ajuda a motivar a pesquisa e o esforço para
melhorar an educação, especialmente para aqueles que estão diante das
circunstâncias atuais de formação de professores alfabetizadores em nosso país, que
estão em busca de um novo método revolucionário de aprender a ler e escrever. É
importante destacar que essa luta deve ser empreendida por todos aqueles que ainda
acreditam no objetivo de melhorar o mundo por meio da educação de alta qualidade,
que deve ser um direito de toda criança desde a constituição de nosso país. Em virtude
do grande fracasso escolar da rede de ensino, principalmente na área de alfabetização
e letramento do ensino infantil, é necessário considerar alguns métodos de ensino que
já foram usados e não ter medo de usá-los em sala de aula.
Há uma busca por conceitos que levará an uma determinação clara de objetivos
definidores, conceitos de habilidades e atitudes que caracterizam as pessoas
alfabetizadas de uma perspectiva (psicológica, linguística e, principalmente, social e
política). A escolha de paradigmas conceituais (psicológicos, linguísticos e
pedagógicos) levou a uma nova concepção dos processos de aprendizagem da língua
escrita pelas pessoas alfabetizadas. É semelhante a entender o sujeito como um
agente que não está passivo diante dos estímulos externos, mas que pode construir
seu próprio conhecimento.

4 REFERÊNCIAS

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