Você está na página 1de 16

FACULDADE DOM ALBERTO

PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL,


CLÍNICA E EDUCAÇÃO INFANTIL

ALINE MURIEL DE ASSIS BARONE

DIFICULDADE NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA


ESCRITA NAS PRIMEIRAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL

URUAÇU-GOIAS
2020
DIFICULDADE NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA NAS
PRIMEIRAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Alinne Muriel de Assis Barone1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto
no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor vermelha”.

RESUMO: Historicamente, as discussões sobre a leitura e escrita se organizaram em


torno da eficácia dos processos (analítico, sintético, analítico-sintético) e dos métodos
(silábico, fônico, global). Posteriormente, com a divulgação dos estudos sobre a
psicogênese da alfabetização, assistiu-se a um abandono da discussão sobre a eficácia
dos processos e métodos. Um dos objetivos do ensino da língua escrita é possibilitar ao
aluno o domínio das capacidades de leitura e escrita, que circulam socialmente e que
estão presentes no cotidiano das sociedades letradas. O domínio dessas capacidades
e seu uso efetivo em práticas sociais que caracterizam o letramento. Na prática, a
desconsideração dos significados implícitos do processo de alfabetização, o longo e
difícil caminho que o sujeito pouco letrado tem a percorrer, a reação dele em face da
artificialidade das práticas pedagógica e a negação do mundo letrado acaba por
expulsar o aluno da escola, um destino cruel, mas evitável se o professor souber
instituir em classe uma interação capaz de mediar às tensões, negociar significados e
construir novos contextos de inserção social. O trabalho em questão está
fundamentado nas obras de FERREIRO (2016) MARTINS (2010) TEBEROSKY (2013
Palavras-chave: Leitura. Alfabetização, Escrita, Prática, Capacidade

Concluinte do Curso de Pós graduação em Psicopedagogia Institucional, Clínica e Educação Infantil pela
1

Faculdade Dom Alberto.


INTRODUÇÃO

O tema escolhido tem muito a ver com os problemas que alguns professores das
series iniciais do ensino fundamental sempre enfrentam; a dificuldade na aprendizagem
da leitura e da escrita.
Mais do que se apresentar a oposição entre os conceitos de “alfabetização” e
“letramento”, Soares (2017) avalia o momento qualitativo que o conjunto de práticas
sociais representa para o indivíduo, excedendo a dimensão metodológica e
instrumental do comando do sistema de escrita: Aprender a ler e a escrever não se
refere apenas o conhecimento das letras e a maneira de decodificá-las, mas a
possibilidade de usar esse conhecimento em benefício de outras formas de expressão
e comunicação, reconhecidas e necessárias em um determinado contexto cultural.
O problema relacionado a dificuldade na leitura e escrita nas primeiras séries do
ensino fundamental pode estar relacionado a um distúrbio da aprendizagem que
comprometa o desempenho dessa competência e deve buscar um tratamento
adequado para resolver tais problemas.  O psicopedagogo clínico é um profissional
licenciado preparado para atender crianças, adolescentes e adultos com dificuldades no
processo de aprendizagem. 
É preciso considerar a leitura como uma necessidade para se compreender a
linguagem escrita e a leitura pois quando se lê está desenvolvendo a capacidade de
decodificar, interpretar e também refletir sobre o que se está lendo, tirando dúvidas e
também organizando conclusões.
  A aprendizagem da leitura e escrita vai depender da experiência e dos incentivos
que cerca a criança, assim sendo, é preciso levar em consideração que a participação
da família é fundamental para os alunos que estão em processo de letramento .
O trabalho em questão foi feito através de pesquisa em sites, periódicos e livros,
procurando aprofundar mais sobre a importância da leitura e escrita e a necessidade
das mesmas na nossa vida.
A importância da leitura nas series iniciais do ensino fundamental foi o tema
escolhido para desenvolver o trabalho de conclusão de curso buscando aprofundar
bastante sobre a importância da leitura e da escrita em todo o seu contexto
Nesta perspectiva, assume-se que o ponto de partida e de chegada do processo
de alfabetização escolar é o texto: trecho falado ou escrito, caracterizado pela unidade
de sentido que se estabelece numa determinada situação discursiva.
Alfabetização e letramento são conceitos frequentemente confundidos ou
sobrepostos, é importante distingui-los, ao mesmo tempo em que é importante também
aproximá-los: a distinção é necessária porque a introdução, no campo da educação, do
conceito de letramento tem ameaçado perigosamente a especificidade do processo de
alfabetização; por outro lado, a aproximação é necessária porque não só o processo
de alfabetização, embora distinto e específico, altera-se e reconfigura-se no quadro do
conceito de letramento, como também este é dependente daquele.
Ao permitir que as pessoas cultivem os hábitos de leitura e escrita e respondam
aos apelos da cultura grafocêntricas, podendo inserir-se criticamente na sociedade, a
aprendizagem da língua escrita deixa de ser uma questão estritamente pedagógica
para alçar-se à esfera política, evidentemente pelo que representa o investimento na
formação humana.
A literatura se tornou um recurso, porém, nem todos sabem explorá-la da
maneira a devida, até mesmo as pessoas menos favorecidas têm acesso a leitura
quando interessam. Quem tem o habito de ler deve explorar de maneira adequada o
seu gosto pela leitura e transformar esse gosto em prazer, pois quem não gosta de ler,
de certa fora não participa da sociedade ficara desatualizado.

1. IMPORTANCIA DA LEITURA PARA O CRESCIMENTO PESSOAL

Grande parte dos alunos odeia leitura e o professor sempre usa de subterfúgios
para convencer os alunos de que a leitura e importante para seu crescimento pessoal.
Se o aluno se interessa pela leitura, obviamente ele vai querer ler cada vez
mais e leitura se tornara uma diversão, um momento de lazer e colocá-la como algo
importante na sua vida.
Ferreiro (2010, 47) Qual a importância da leitura? Quais métodos práticos para
uma leitura eficiente? Questão obvia, que pela sua evidencia pouco e problematizado.
De maneira geral, a leitura aumenta de variadas formas a maneira de
interpretar e até mesmo agir, pois a pessoa culta tem outra forma de ver o mundo.
A falta da leitura colabora para que as pessoas interpretem as coisas de outra
forma e acaba por ficar fora da sociedade, pois cada leitura tem sua interpretação e
abre possibilidades para fantasias, destacando a literatura infantil e os romances.
A literatura se tornou um recurso, porém, nem todos sabem explorá-la da
maneira a devida, até mesmo as pessoas menos favorecidas têm acesso a leitura
quando interessam. Quem tem o habito de ler deve explorar de maneira adequada o
seu gosto pela leitura e transformar esse gosto em prazer, pois quem não gosta de ler,
de certa fora não participa da sociedade ficara desatualizado.
A leitura e uma forma de viajar sem sair de casa, a imaginação e a responsável
por isso e acabamos por entrar em universos desconhecidos, novos mundos através da
literatura, essa nos oferece lugares mágicos nunca antes explorados.
A cultura da leitura e fundamental, através dessa cultura se forma cabeças
pensantes e participativos e formadores de opiniões.

1.1. Conceituar Leitura

Através da leitura existem maneiras diferenciadas de se compreender algumas


situações sem importância, o importante e que nos tornamos pessoas melhores e
capazes de enxergar além, ou seja, a leitura amplia nossos conhecimentos, abre novos
horizontes para o aprendizado.
O livro e um companheiro a qualquer hora e através dele podemos refletir sobre
várias coisas, por exemplo, a falta de amor ao próximo, a falta de consideração de uns
para com os outros, enfim, coisas que estão sempre acontecendo e nem sempre
tomamos conhecimento e a leitura nos informa
É de suma importância que o professor incentive seus alunos para a leitura,
mesmo eles não gostando, com o estimulo do professor eles se sentirão motivados e
verão o quanto uma leitura pode ser prazerosa e cheia de significados.
Martins diz que:
Podemos até imaginar, enquanto lemos o livro que nossos professores
de ensino fundamental ou médio nos pedia para ler um livro e fazermos
um resumo, resenha, síntese, enfim coisas que nunca nos explicaram.
Como se faz? Mas queriam e pronto, assim como: se virem, os
estudantes são vocês e o vestibular vem ai, por isso a necessidade do
decoreba. (2012 p. 24).

Ser alfabetizado e um privilégio é algo que alguém jamais nos tira e jamais se
esquece, não importa a que classe social pertence, pois e uma cultura muito rica e fácil
de se adquirir.
Os níveis de leitura de classificam em três, os quais são: o sensorial, pode ser
demonstrado já no primeiro contato com o texto ou situação parecida. O nível
emocional e uma forma de interpretação onde o nível sensorial pode nos conduzir, o
nível racional busca a interpretação da leitura. Sabe-se que se existe novas formas de
leitura, também existem novas interpretações e à medida que o tempo passa, facilita a
compreensão sobre o que lemos e nos tornamos mais reflexivos.
Segundo Martins:

Embora o aprendizado, o desenvolvimento da capacidade de leitura


possa ser algo mais complexo, ambas as experiências evidenciam a
curiosidade se transformando em necessidade e esforço para alimentar
o imaginário. Ou seja, a necessidade de desvendar os segredos do
mundo e dar a conhecer o leitor a si mesmo através do que lê e como lê.
(2012 p, 26)

Toda leitura tem sua importância e seu valor não importa a maneira como ela
seja feita, o que realmente importa e que se torna mais fácil a produção textos. A
escrita pode se tornar uma arma importante para reivindicar nossos direitos, protestar,
fazer valer a nossa palavra.

1.2 A Leitura: Formação da Sociedade.

A sociedade exige que os indivíduos tenham conhecimento sobre a leitura, pois


essa é fundamental para se conseguir um espaço no mercado de trabalho.
Quem não tem leitura, ou seja, quem não sabe ler e escrever tem poucas
chances de se conseguir um bom emprego e com um bom salário, pois para se
conseguir um emprego razoável exige-se leitura e escrita.
Martins ainda esclarece que: “a leitura, na nossa sociedade, é uma condição
para dar voz ao cidadão, e, mais é preciso prepará-lo para tornar-se sujeito no ato de
ler. o livro deve levar a uma leitura/interpretação do indivíduo na transformação de si
mesmo e do mundo. (2012, p.33.34).
De acordo com Bamberger (2015, p. 10) “ler e adquirir a capacidade de explorar,
compreender o que foi lido”. Fazer uma boa leitura é confrontar de forma crítica o texto
e as ideias do autor. Quanto mais interessarmos pela leitura mais aumenta a
capacidade de interpretação. A relação entre o texto lido e a interpretação individual, a
capacidade crítica se transforma em criatividade gerando resultados satisfatórios.
Bamberger enfatiza:

Não e só a evolução tecnológica que regride a aptidão para a linguagem


do indivíduo. Outro fator que prejudica o gosto pela leitura são os
estímulos visuais das histórias em quadrinhos, assim também como
todas as imagens veiculadas pelos meios de comunicação. Eles
restringem o poder imaginativo da mente. A leitura iniciada
precocemente deve ser considerada, também, do ponto de vista de sua
influência para contrabalançar a deformação e o empobrecimento
linguístico. (2015 p. 11).

O contato com a leitura deve acontecer antes que as imagens tomem conta da
mente do leitor, ou seja, a leitura sem gravuras promove mais o aprendizado
principalmente quando se e um leitor iniciante, se o livro for bem colorido com certeza
ele perderá o interesse pela escrita e só vai querer saber das imagens e gravuras.
Às vezes a leitura pode ser comparada com um objeto de tortura, pois o leitor
não consegue interpretar o que está lendo e a leitura se torna algo sem prazer. A
escola deve estimular mais a leitura, oferecer ao aluno a chance de viajar através dos
textos, imaginar, sonhar.
Os professores muitas vezes são os responsáveis pela falta de estimulo para a
leitura, pois pedem os alunos para ler um livro ou um texto e nem sempre cobra do
aluno a leitura realizada levando os alunos a sentirem desestimulados, não sendo
cobrados eles não se interessam em ler.
O professor discutindo a leitura com os alunos estará ensinando a eles como
argumentar sobre o que leram esclarecer dúvidas havendo uma interação entre aluno e
professor.
Ler não é traduzir o escrito em oral para se compreender o que está lendo ,
grande parte das pessoas que aprenderam a ler aprenderam o significado e seguem
com o habito da leitura para sempre, sem dificuldade na leitura; a velocidade da
vocalização acaba dando condições para que a leitura também se torne veloz.
Ler é uma atividade voluntária, inserida em um projeto único ou em conjunto.
Deve haver uma estratégia para que a leitura se torne adequada e de acordo com a
intenção de ler.

[...] há uma dimensão de poder envolvida no processo de aculturação


efetivado na escola: aprender – ou não – a ler e escrever não equivale a
aprender uma técnica ou um conjunto de conhecimentos. O que está
envolvido para o aluno adulto é a aceitação ou o desafio e a rejeição dos
pressupostos, concepções e práticas de um grupo dominante – a saber,
as práticas de letramento desses grupos entre as quais se incluem a
leitura e a produção de textos em diversas instituições, bem como as
formas legitimadas de se falar desses textos e o consequente abandono
(e rejeição) das práticas culturais primárias de seu grupo subalterno que,
até esse momento, eram as que lhe permitiam compreender o mundo.
(Kleiman, 2009, p. 271).

O autor chama a atenção para um mundo letrado construído por práticas


pedagógicas no cotidiano da sala de aula, onde a leitura se torna uma forma de
compreender o mundo. A aprendizagem da língua escrita envolve um processo de
aculturação – através, e na direção das práticas discursivas de grupos letrados, não
sendo, portanto, apenas um processo marcado pelo conflito, como todo processo de
aprendizagem, mas também um processo de perda e de luta social.

2.ESTABELECER A COMPREENSÃO DURANTE A LEITURA


Existem dois tipos de leitores: o qualificado e o desqualificado; o primeiro
possui inteligência, sabe se comunicar é disciplinado com a leitura; o outro, se expressa
mal, não tem domínio de gramática e não tem familiaridade com a leitura. Dessa forma,
quando se fala em algo fácil de ler e necessário mencionar qual o nível de leitor a que
se refere. O leitor desqualificado não sabe identificar um texto ruim, enquanto o leitor
qualificado seleciona o que vai ler cada um tem uma forma de interpretação.
Um dos motivos que leva acriança a não aprender a ler é o risco suposto em
toda a aprendizagem. O medo de enfrentar uma situação desconhecida, o medo de
achar que não é capaz, o medo de errar e ser criticado pelos colegas, tudo isso pode
causar um bloqueio na criança e dificultar a aprendizagem.
Segundo Barbosa (2014):

Ao trocar uma palavra por outra no ato de ler, por exemplo, a própria
criança percebe que cometeu um erro caso a leitura perca o sentido. do
mesmo modo que o adulto. Se a palavra for trocada não compromete o
sentido da leitura, tanto a criança como o adulto não percebem a troca e
continuam a ler, como se nada tivesse acontecido, (2014, p, 135).

Toda criança faz uma análise do tempo que tem para ler e o interesse de cada
aprendizagem em que está se envolvendo. Prevê a recompensa e o preço a ser pago
pelo erro. se não chegar a uma conclusão de que o investimento é muito alto e que vale
a pena a arriscar.
A leitura deve ser simples, fácil, algo que desperte a atenção da criança para
que ela possa se interessar. Forçar a criança a escrever e a ler pode se tornar
desagradável, para que aconteça a leitura e a escrita é necessário que haja também
uma interação entre a criança e o professor.
Quando o professor realiza com frequência leituras de um mesmo gênero está
propiciando as crianças oportunidades para que conheçam as características próprias
de cada gênero, ou seja, identificar se no teto lido, é, por exemplo, uma história, um
anuncio etc. são inúmeras as estratégias das quais o professor pode utilizar para
melhorar as atividades de leitura.
2.1 Variedade de Leituras.

A leitura possui um amplo campo é diversificada desde leitura decifratória até a


leitura integral.
A leitura decifratória, consiste num esforço do leitor para entender o que leu ou
está lendo. É o caso das pessoas que estão aprendendo outra língua São alguns
fatores externos que dificultam a leitura fazendo com que se torne incompreensível e
dificulta e cause transtornos.
A leitura automática, não depende de muito esforço compreendê-la, ela possui
uma linguagem simples.
No que se refere a leitura vocal ela pode ser feita através da recitação com
entonação da voz ou até murmurada. A leitura mental pode ser simulada numa
recitação em alta voz, ou numa leitura sem entonação. Já a leitura fonológica pode ser
feita verbal e mental, traduzindo um código acústico, onde o signo visual se transforma
em fonema, palavra ou frase.
A leitura integral acontece com palavras e linhas uma leitura seletiva tendo como
objetivo encontrar palavras chave ou algo interessante se realizando com a leitura.
No ensino da leitura tenta-se conciliar o inconciliável, fazer compreender como
funciona o código da escrita pela descoberta do princípio alfabético e descobrir as
finalidades e as questões envolvidas na leitura usando os textos.

2.2 O Papel das Estratégias na Leitura.

Em torno da leitura sempre surgem polemicas e contestação, nem tudo e


inconsequência existe um acordo generalizado em publicações que estão na
perspectiva cognitivista/construtivista da leitura em aceitar que, quando se possui uma
razoável destreza para decifrar e compreender o que se lê.
De acordo com Sole (2018 pg. 70) “Da clareza a coerência do conteúdo dos
textos, da familiaridade ou conhecimento da sua estrutura e conhecimento do nível
aceitável do seu léxico, sintaxe e coesão interna há uma significa lógica”. Ou seja, para
o leitor pode compreender o texto em si, deve se deixar compreender e o leitor deve ter
conhecimentos para elaborar uma interpretação sobre ele.
As estratégias que o leitor utiliza para melhorar a compreensão e recordar o
que foi lido assim como descobrir onde estão os erros e falhas são estratégias que
zelam pela construção e interpretação para o texto que o leitor deve entender ou não
para resolver o problema que tem pela frente. Na medida em que a leitura acontece
vem seguida da interpretação e a informação escrita que o ato da leitura requer surge
em seguida.
O texto é entendido como unidade linguística com sentidos e criado por um ou
vários enunciados numa situação onde haja uma interação específica. o texto pode se
tornar uma forma de comunicação efetiva. para que um texto passe a existir é preciso
haver coerência e diálogo entre o escritor e o leitor.
Segundo Ribeiro:

Uma rede de relações por onde trafegam possíveis significações,


produzidas, cada vez, por uma relação de enunciação específica. A
cada leitura uma nova relação de enunciação se estabelece. Cada leitor
se constitui como um sujeito de experiências que buscará estabelecer
relações com as estruturas linguísticas do texto, de forma a produzir os
sentidos possíveis, nesse preciso momento social e histórico. (...) É um
espaço em que se entrecruzam experiências históricas e sociais, na
forma dinâmica de uma produção de sentidos. (2016: 36-37)

O leitor: deixa de ser visto como um decifrador do sentido colocado no texto e


passa a ser visto como um codenunciado, desempenhando um papel ativo na
construção das significações criadas pelo texto.

3.HABILIDADES DA ESCRITA E REESCRITA QUE FAVOREÇA O


ENTENDIMENTO DA LEITURA
O leitor deve ter condições de entender e compreender o que escreveu, leu ou
esta lendo, deve estabelecer relações entre o que lê e seu conhecimento prévio,
questionar seu conhecimento e transformar o conteúdo aprendido para outros
contextos, entre outras habilidades. Deve se considerar que a competência leitora não
e interligada, pois alguém que costuma ler e compreende muito bem textos com
estruturas de romances poderia não conseguir compreender em mesmo grau um texto
cientifico.
Por tudo isso, Sole (2018 pg.116) afirma que: “o leitor precisa ser ativo,
processar e examinar o texto buscando o objetivo daquela leitura, o que interferiria na
interpretação e extração de informações por aquele leitor.” A finalidade da leitura, no
âmbito
Ferreiro (2010) esclarece:

As atividades de reescrita de diversos textos fazem com que as


situações se tornam a favor da compreensão das características da
linguagem escrita, dos gêneros, convenções e formas. Essas situações
têm como objetivo acabar com as dificuldades que são próprias da
produção de textos, pois e uma maneira de recriar algo a partir do que já
existe, sem que para tanto seja preciso usar a imaginação, a
criatividade. (2010 pg.87).

Ao invés de criar algo, o aluno usa um texto pronto e só faz algumas mudanças,
essas situações consistem onde nas crianças reproduzem um texto pronto escrito por
outro autor.
Nas atividades escritas partem-se da hipótese de que as crianças fazem seu
próprio conteúdo, e aproveita-os para seu próprio conhecimento e o que já sabem para
tornar melhor e mais atrativo.
O professor pode utilizar nas atividades um texto conhecido pelos alunos para
que eles possam reescrevê-lo fazendo adaptações mostrando com criatividade os
conhecimentos adquiridos. A imaginação e o interesse dos alunos, sempre ressaltando
a importância do conhecimento linguístico sem dar muita importância ao tema.
Cada leitura e produção de texto são interpretadas de maneiras diversificada
depende do leitor, do escritor e da maneira como ele vê e escreve o texto, a
compreensão da leitura vai acontecendo aos poucos, principalmente na literatura
infantil essa possui certa magia, que faz com que o leitor use a imaginação onde a
leitura vai ganhando novos projeções, ou seja, o leitor viaja através da imaginação.
Segundo Teberosky:

A aprendizagem da leitura e da escrita se inicia na educação infantil por


meio do trabalho com base na cópia de vogais e consoantes, ensinadas
uma de cada vez, tendo como objetivo que a criança relacione sons e
escritas por associação progressiva: primeiro as vogais, depois as
consoantes, em seguida as silabas, a te chegar as palavras. Outra face
desse trabalho de segmentação e sequenciação é a ideia a partir de um
todo, de uma frase, por exemplo, decompô-la em partes até chegar as
silabas. (2013, 141).

As pesquisas realizadas sobre a produção de texto nas últimas décadas são


baseadas em produções feitas por crianças e as práticas decorrentes apontam para
novas direções no que se refere ao ensino e a aprendizagem da linguagem oral e
escrita, considerando a perspectiva da criança que aprende.

3.2 A Leitura utilizada para a produção de texto.

Todo professor e aluno têm que entender que a leitura e o embasamento para se
conseguir uma boa escrita e não somente para escrever algo, mas se deve ler para
crescer como ser humano criativo e participativo. O prazer de dialogar com alguém que
já leu um livro e outros que leram dá a sensação de um conhecimento aprofundado, de
novas descobertas.
Os alunos devem se convencer de que escrever é mostrar suas ideias,
conceitos, e deve haver um sentido entre o desejo do aluno e do professor pois é
função desse ensinar como selecionar textos, conceitos e informações para que se
possa obter o resultado desejado em sua produção textual.
As várias formas de ler para apreender o sentido dos textos, e imprescindível
para que o indivíduo se adapte ao mundo moderno.
Barbosa (2014) enfatiza:

A escola não tem levado em conta a existência da escrita diversificada e


a evolução das diversas modalidades de leitura. ao contrário, continua
se preocupando com um modelo imutável de leitura voltada somente
para a escrita dos livros, a escrita literária. e como se tivéssemos
vivendo a escrita encerrada nos mosteiros e não presente na rua, nas
lojas, em nossa casa. (2014, pg. 115).

A escola deveria dar mais atenção no que se refere ao comportamento dos


alunos, alguns são bem criativos e capazes de produzir excelentes textos e nem
sempre tem uma chance, pois a escola tem deixado muito de lado a importância da
redação nas aulas de língua portuguesa e isso é imperdoável, pois a redação e
fundamental para que o aluno possa expandir suas idéias,para a amplidão da leitura o
leitor não tem limites, pois a imaginação não conhece obstáculos, ele é o construtor das
imagens, quem constrói as imagens referentes a leitura, portanto, ela se torna uma
atividade gostosa de se realizar.
Através da leitura o aluno é capaz de criar textos a partir do que leu, sem se
preocupar com as palavras , pois elas fluem livremente devido a capacidade que tem
de usar a imaginação, a criatividade e graças a leitura. O aluno que gosta de ler,
simultaneamente gosta de interpretar e também escrever, sem medo.
Aprender a ler e a escrever fazem parte de um longo processo ligado à
participação em práticas sociais de leitura e escrita.
Teberosky diz que:

Sabe-se que para aprender a escrever a criança terá de lidar com dois
processos de aprendizagem para elos: o da natureza do sistema de
escrita da língua e o das características da linguagem que se usa para
escrever. A aprendizagem da linguagem escrita está associada ao
contato com textos diversos, para que as crianças possam desenvolver
a capacidade de escrever autonomamente. (2013 p, 154).
Essa observação revela que as crianças aos poucos tomam consciência das
características formais da linguagem. Constata-se, que desde cedo a criança pode usar
o lápis e o papel para deixar marcas imitando a escrita dos mais velhos da mesma
forma que utilizam os livros e revistas e outros para “ler” o que está escrito.
É fundamental que o professor aceite a ideia das crianças ao planejar e orientar
as atividades didáticas com o objetivo de desencadear e apoiar as suas ações,
estabelecendo um diálogo com elas e fazendo-as avançar nos seus conhecimentos as
crianças podem saber de cor os textos de música.
O professor pode usar metodologias diferenciadas para trabalhar com a
produção de texto como por exemplo contar uma história infantil e sugerir que os alunos
façam uma produção de texto utilizando a história que foi contada, dessa forma estará
fazendo com que a criança desenvolva a escrita e também use a imaginação de acordo
com o que ouviu.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dominar a leitura requer menos controle por parte do educador e maior controle
do educando, de outra perspectiva considera-se um conjunto de propostas para o
ensino de estratégias de compreensão leitora que se englobam sob a denominação de
ensino direto ressaltando a necessidade de ensinar a ler e a compreender de forma
clara.
A literatura se tornou um recurso, porém, nem todos sabem explorá-la da
maneira a devida, até mesmo as pessoas menos favorecidas têm acesso a leitura
quando interessam. Quem tem o habito de ler deve explorar de maneira adequada o
seu gosto pela leitura e transformar esse gosto em prazer, pois quem não gosta de ler,
de certa fora não participa da sociedade ficara desatualizado.
Portanto, motivar as crianças para a leitura não consiste em que o professor
diga palavras bonitas, mas que elas mesmas o digam, ou pensem. Isto se consegue
planejando bem a tarefa de leitura e selecionando com critério os materiais a serem
trabalhados, tomando decisões sobre ajuda que alguns alunos possam precisar,
evitando conflitos entre as crianças e promovendo no decorrer do processo de criação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito da leitura. 4 ed.São Paulo: Ática,


2015.

BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 2014 5 ed. ver
– (Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor; v. 16)

FERREIRO, Emilia. Cultura escrita e educação. Porto Alegre, Artes Médicas, 2010.

GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. 4. Cascavel: Assoeste, 2009.

KLEIMAN, Angela. Os significados do letramento. 2 ed. São Paulo: Ática,2009

MARTINS, Mariana Dias. Lendo e relendo e escrevendo. Porto Alegre, Artmed, 2012.

SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. 26ª Reunião Anual


da ANPED – GT Alfabetização, Leitura e Escrita. Poços de Caldas-MG, 2007

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2018.

TEBEROSKY, Ana. Psicopedagogia da Linguagem Escrita. São Paulo: Martins


Fontes, 2013.

Você também pode gostar