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CURSO DE POS GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO EDUCACIONAL ALFA

GIAN GIORDANI DA SILVA GAMA

A IMPORTÂNCIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR NO INCENTIVO


AO HÁBITO DE LEITURA

CARATINGA - MG
2016
GIAN GIORDANI DA SILVA GAMA

A IMPORTÂNCIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR NO INCENTIVO


AO HÁBITO DE LEITURA

Pesquisa apresentada ao ao
Instituto Educacional Alfa Parceria com
ISEED ( INSTITUTO SUPERIOR DE
EDUCAÇÃO) como requisito parcial para
obtenção do Título de Biblioteconomia
Orientação de Elaine

CARATINGA - MG
2016
A IMPORTÂNCIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR NO INCENTIVO
AO HÁBITO DE LEITURA
Gian Giordani da Silva Gama1

RESUMO

A questão da leitura sempre foi abordada por vários estudiosos. Por isso nossa pesquisa
aborda sobre a importância da biblioteca escolar para incentivar o hábito da leitura nas escolas.
O trabalho aborda o papel dos mediadores de leitura: pais, professores e bibliotecários,
partindo para um estudo sobre biblioteca e atividades de incentivo à leitura. Analisar sobre a
realidade das bibliotecas escolares. Constatar as principais atividades que são realizadas na
biblioteca escolar que incentivam a leitura. Observar se os professores utilizam a biblioteca
escolar como um recurso didático disponível para as atividades que trabalham com a escrita e
a leitura. Entender se os alunos freqüentam a biblioteca na rotina escolar. A pesquisa se deu
por meio de uma revisão bibliográfica com intuito de compreender as idéias de outros autores
sobre o tema abordado; já a pesquisa de campo permitiu averiguar as informações necessárias
para a conclusão deste trabalho. Foi possível perceber também que a biblioteca escolar,
quando bem adaptada e adequada ao publico que atende , é o espaço preferido dos educando
quando trabalhada atividade de leitura.

Palavras-chaves: Biblioteca escolar. Leitura na biblioteca. Hábito de leitura.


Papel do bibliotecário.

INTRODUÇÃO

Neste trabalho venho trazer como tema de grande importância, a


biblioteca e o habito de leitura, buscando investigar, nos referenciais teóricos,
de que forma a literatura utilizada pelos educadores para despertar nos alunos
o gosto pela leitura. A leitura, no contexto escolar, profissional ou de lazer,
assume um papel importantíssimo na promoção do desenvolvimento dos
indivíduos. Por isso, tanto se tem refletido sobre a forma de incentivar e motivar
as pessoas para a leitura é, sem dúvida, na escola e, freqüentemente, através
do livro, que aprendem de forma mais organizada a sistematizar as
informações e os conhecimentos, a pensar, a olhar com espírito crítico a
realidade em volta, a problematizar o mundo, a encontrar respostas para os
problemas que enfrentam, a respeitar as diferenças étnicas, sociais e pessoais

1
Licenciado em Normal Superior pela Faculdade de Minas FINOM, aluna do curso de pós-
graduação Lato Sensu especialização em “Educação Inclusiva e Especial”, atua como
orientadora pedagógica da rede estadual de Minas Gerais gamaepires@globomail.com
e, muitas vezes, a interiorizar os seus direitos e deveres, como pessoas e
como cidadãos. Enfim, o contato com o livro enriquece culturalmente o
indivíduo e promove a sua autonomia, uma vez que conduz ao melhoramento
da competência lingüística oral e à aprendizagem do código escrito da língua
materna.
A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de
construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu
conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe
sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de
escrita etc. Não se trata simplesmente de extrair informação da
escrita decodificando- a letra por letra, palavra por palavra. Trata-se
de uma atividade que implica necessariamente, compreensão na qual
os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura propriamente
dita. Para Martins (2005, p. 32):

Observando que os problemas relacionados com a competência


lingüística oral e escritos que são muitos, vi que esses problemas são
evidenciados diariamente nas práticas dos alunos em sala de aula, e
denunciados por alguns pais mais comprometidos com a aprendizagem de
seus filhos, pelos meios de comunicação social e, claro, amargamente
constatado por todos os professores. É visível e constrangedora a dificuldade
de certos adolescentes em exporem claramente um raciocínio. No âmbito da
escrita, não são apenas os problemas ortográficos, mas é também o domínio
deficiente da construção sintática da frase, da organização das idéias, na
produção de um simples texto. Destaco, então, a importância do livro e da
leitura como fonte de saber e de cultura e como meio eficaz de
aperfeiçoamento lingüístico. Todavia, o difícil é ser capaz de conduzir as
crianças e os jovens à leitura, quando estão rodeados de tantas e tão
diversificadas e atrativas solicitações e quando, por vezes, até o próprio meio
familiar parece avesso a esta atividade e a tudo que com ela diretamente se
relacione. Se a própria comunidade escolar não conseguir mostrar aos alunos
uma atitude muito positiva em relação ao prazer de ler, quer a finalidade seja
informativa ou recreativa, dificilmente conseguirá cativar os alunos para a
leitura. O processo de aprendizagem da leitura inicia-se antes mesmo dos
alunos freqüentar uma escola.
A leitura é uma prática social fundamental na vida de todos os
estudantes, é através dela que podemos ter acesso a informação e
ao conhecimento. De acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais de Língua portuguesa (2000, p. 53):

[...] a leitura trata-se “de uma experiência individual, cujos limites não estão
demarcados pelo tempo em que nos detemos nos sinais ou pelo espaço
ocupado por eles”. [...] entende-se aqui qualquer tipo de expressão formal ou
simbólica, configurada pelas mais diversas linguagens.

A prática da leitura combate a ignorância, é uma atividade de


inserção sociocultural na sociedade, no mundo globalizado, aqueles
que dominam a leitura, que tem o hábito de ler constantemente e que
sabem interpretar o que ler, conseguem evitar a alienação e de ser
manipulado por outros. Por isso o desenvolvimento do hábito da
leitura nas escolas capacita o indivíduo para enfrentar as dificuldades
que se encontram na sociedade. Para Leahy (2006, p.12): 10

Quando as crianças já estão alfabetizadas e dominam a prática da


leitura, é necessário que exista um local apropriado para facilitar e aprimorar as
leituras, esse local geralmente são as bibliotecas escolares.
A biblioteca escolar pode favorecer a desenvolver o gosto pela leitura, pois ela
da uma oportunidade aos alunos de ler uma grande variedade de materiais em
diversos suportes, onde as crianças podem ter a liberdade de escolher
qualquer livro para ler sem a intervenção direta do professor. A biblioteca
escolar é um local de encontro entre as crianças e os livros, onde o hábito da
leitura pode ser praticado de forma espontânea.
Uns dos objetivos principais da biblioteca escolar segundo Fonseca (2007) é
oferecer livros e materiais didáticos tanto para alunos e professores, além de
oferecer uma infraestrutura bibliográfica e audiovisual para todos os alunos do
ensino fundamental e médio. Silva e Araújo (2009) conceituam a biblioteca
escolar como um local destinado a fornecer materiais bibliográficos necessários
para as atividades de professores e alunos, no qual ela deve estar intimamente
relacionada com a escola, para funcionar como verdadeiro complemento das
atividades realizadas em classe e desempenha um importante papel na
formação do hábito de leitura.
Estimular os alunos a ler na biblioteca escolar não é uma tarefa fácil, pois a
leitura não faz parte do cotidiano da maioria dos alunos, geralmente a leitura é
colocada na sala de aula como uma atividade escolar, não ocorre de forma
espontânea na escola e nem em casa. É preciso conhecer se existem hábitos
de leitura na vida dos alunos, pois ocorrem diversos problemas que interferem
nessa atividade.
Mas é preciso saber qual a visão que a biblioteca escolar possui nas
escolas, como ela é utilizada, como está estruturada, se é freqüentada
regularmente, se ela oferece um ambiente que estimula a leitura nos jovens, se
a biblioteca é divulgada para os alunos e se ela é realmente aberta para a
comunidade onde está inserida, esses são alguns fatores que devem ser
investigados e estudados para tornar a biblioteca escolar um recurso didático
pedagógico de ensino aprendizagem.

Desenvolvimento

A prática de leitura e a capacidade de compreender o texto lido têm


implicações diretas na participação social dos indivíduos, contribuindo para
uma maior produtividade e para sua inserção na sociedade de uma forma
geral. A família é uma peça fundamental para que a escola desempenhe um
melhor papel na vida da criança, fazendo com que ela se torne leitora e, para
tanto, é necessário que participe da tarefa de educá-la.Sabemos que essas
estratégias são restritas, pois em nosso país não se tem a cultura da leitura e
também os professores não são direcionados para trabalhar com literatura
infantil de forma prazerosa, mas, mesmo assim, a questão da leitura e da
formação do leitor mobiliza alguns segmentos de nossa sociedade como
educadores, artistas, lideranças políticas e até mesmo a imprensa falada e
escrita. Dentro desse processo é necessário repensar o papel da biblioteca
escolar no processo de formação do leitor crítico. Várias pesquisas têm
revelado que as atividades para promoção da leitura têm sido equivocadas,
pois partem do princípio de que o importante é ler, não importa o quê, e se
deve colocar o livro na mão da criança a qualquer custo.
Ler para seu filho gera uma vantagem educacional bastante
importante. E não há uma fórmula melhor de conseguir isso. As
crianças que têm oportunidade de ouvir histórias apresentam um
desempenho muito melhor na escola do que as outras. Elas são feito
esponjas: absorvem tudo que vêem e ouvem. Quando ouvem
histórias de que gostam, são capazes de lembrar de todos os
detalhes e aprender coisas que nem imaginamos ser
possível. (CULLINAN, 2001, p.31).

Ensinar a ler é desenvolver a competência leitora e despertar na


criança o gosto pela leitura, o que geralmente é esquecido na escola. Os
autores ressaltam a importância da diversificação das estratégias de ensino por
parte dos professores: Uma forma de desmistificar esta visão negativa da
leitura na escola é despertar novos interesses no leitor, multiplicar as práticas
de leitura e diversificar a oferta de material, pois para que um indivíduo se torne
consumidor, é preciso estímulo ao gosto e à predisposição para a leitura.
(RIGOLETO E DI GIORGI. In: SOUZA, 2009, p.227). O professor precisa ter
consciência de que é um mediador para o aprendizado da Língua Portuguesa,
pois para todas as outras disciplinas e atividades, tanto escolares como em sua
vida futura, o idioma estará presente e precisará ser bem entendido. O
letramento total se faz justamente a partir do domínio da língua materna onde o
sujeito lê, escreve se comunica e entende o que outros escrevem conseguindo
assim formular suas próprias hipóteses. Para que isso aconteça, este mediador
precisa apresentar novas possibilidades de leituras, explorando todos os
gêneros textuais, que são todos os tipos de textos, a exemplo dos bilhetes,
músicas, histórias em quadrinhos, contos de fadas, receitas, entre outras
leituras, oportunizando a realização prazerosa de atividades realizadas em sala
de aula. Sobre como transformar a leitura em um prazer, Fanny Abramovich
(1997) aborda o tema destacando a importância da narrativa oral para a
formação do leitor. Uma das afirmações mais veementes da relação entre a
escuta de história e a iniciação à leitura, encontra-se nesse fragmento:

Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir


muitas e muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem
para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito
de descoberta e de compreensão do mundo... (ABRAMOVICH, 1997,
p.16).
Está claro que ouvir histórias é sem dúvida determinante para que um
mundo se abra para a criança, onde ela irá começar suas descobertas,
favorecendo sua cognição. O gosto pela leitura nas crianças pode ser
despertado pelos pais, professores e na convivência com o mundo adulto, para
uma troca de informações. Muitas crianças às vezes não possuem essa troca e
o livro pode suprir essa ausência. O que não pode ocorrer é o acesso somente
a livros limitados, que são vistos na escola e a outros produzidos em série. Isso
se torna cansativo e repetitivo e acaba inibindo o leitor no gosto à leitura. È
importante que se trabalhe assuntos variados, que possam ampliar novos
horizontes ao leitor. A biblioteca é vista como um lugar onde são desfeitas
essas regras, apresentando diversas opções de leitura para as crianças. Lá
elas têm a oportunidade de escolha de suas leituras, proporcionando um
contato agradável com os livros. A biblioteca é o local onde nos aproximamos
dos livros. Lá encontramos enciclopédias, monografias, dicionários, livros,
jornais, revistas, entre outros materiais de consultas como CDs, fitas e banco
de dados. È um espaço no qual podemos realizar pesquisas, esclarecer nossas
dúvidas ou simplesmente passar o tempo na leitura de um bom livro em um
ambiente acolhedor e descontraído. Segundo Campelo (2005), os PCNs
entendem que a biblioteca é um local de fácil acesso aos livros. É papel da
escola estimular as crianças a freqüentarem esse espaço e desenvolverem o
apreço pelo ato de ler. Ainda nos PCNs, a biblioteca é vista como um estoque
de conhecimentos importante para os alunos; existem procedimentos que
devem ser seguidos para o seu bom funcionamento, bem como empréstimos,
organização dos materiais e cabe aos alunos cumprir essas regras para manter
vivo e de bom estado esse acervo rico de conhecimentos para que outros
usuários possam ter acesso. A biblioteca deve estar presente no cotidiano das
pessoas e não ser um local distante sem o livre acesso às pessoas. Precisa ser
um ambiente de encontro para discussão de nossos conhecimentos e troca de
experiências. Além de proporcionar a leitura, a biblioteca garante a seu público
o ato de dizer e escrever bem. Segundo Milanesi, a biblioteca pode ser assim
definida:
[...] a biblioteca é um conjunto de discursos, é como se ela fosse
milhares de aulas impressas, das quais os alunos aproximam-se sem
imposições e bloqueios. E, ainda, a biblioteca é mais do que livros, é
informação, seja de que tipo for. [...] Na biblioteca o professor é um
aluno também. Juntos é que buscarão o conhecimento, discutindo
passo a passo os obstáculos
para chegar a ele (MILANESI, 1993, p.49).

Quando chegamos a uma biblioteca, primeiramente somos atendidos


pelo bibliotecário. Esse atendimento é muito importante, pois um desinteresse
por parte dele faz com que o usuário fique frustrado, desista de pegar na
estante o livro que deseja ou até mesmo nunca mais volte a essa biblioteca. O
bibliotecário, não pode ficar restrito somente à função de localização de livros
na estante ou entrega de obras aos usuários, mas sim, ser um leitor, que goste
de ler, goste da profissão que exerce, que saiba e queira transmitir esses
conhecimentos a outros e que esteja sempre se atualizando. È indispensável
que saiba prestar um bom atendimento a esse usuário que chega sem muitas
informações que representa um momento essencial desde o primeiro passo.
Para Silva (1986, p.30) “o bibliotecário que não lê se castra consciente ou
inconscientemente. Não avança e não promove conhecimento [...].”Podemos
verificar no excerto abaixo, como o autor define o bom bibliotecário:

[...] o bom bibliotecário, além de conhecer as técnicas para o


tratamento documental, deve ser um leitor. Leitor com uma história de
várias obras. Sujeito explorador do conteúdo informacional, uma vez
que, ao buscar informações para entender o imediato e mediato,
estará se “armando” de condições para “trabalhar” as situações com
as quais se defronta. Situações na qual se situa como sujeito social e

profissional (SILVA, 1986, p.7).

A informação, e a busca pelo conhecimento são hoje fundamentais


para nos mantermos conectados com o mundo. A biblioteca pública é um
centro de informações, de leitura, que abre suas portas para a comunidade, na
qual podemos ter acesso sem nenhum custo: basta pesquisar. De acordo com
a Fundação Biblioteca Nacional (2000, p.17), ”O conceito de biblioteca pública
baseia-se na igualdade de acesso para todos, sem restrição de idade, raça,
sexo, status social, e na disponibilização à comunidade de todo tipo de
conhecimento”. Ela deve oferecer todos os gêneros de obras que sejam do
interesse da comunidade a que pertence. O serviço é gratuito; é um ambiente
totalmente público, onde as pessoas encontram-se para conversar, trocar
idéias, discutir problemas, realizar pesquisas e participar de atividades culturais
e de lazer que são oferecidas, como, por exemplo, apresentação de peças
teatrais, clubes de leitura, entre outros. O bibliotecário na escola atua no
processo de ensino aprendizagem dos alunos auxiliando as atividades
docentes nas salas de aulas, facilitando a comunicação e fornecendo um
acervo de materiais de leitura para as atividades dos alunos (FARIAS e
CUNHA, 2009). O bibliotecário escolar participa na formação de leitores, pois
ele conhece seus usuários, sabe quais as preferências dos materiais
bibliográficas e ele analisa o acervo adequado para cada faixa etária dos
alunos e identifica quais as principais atividades que podem ser realizadas na
biblioteca escolar para incentivar o hábito da leitura.
Dentro das bibliotecas escolares, o bibliotecário sabe que as suas
obrigações não estão limitadas apenas na organização do acervo, muitos
podem até achar que ele serve apenas para isso, mas o seu perfil vai muito
além. No ambiente escolar, se trabalha muito com a questão da aprendizagem
e na biblioteca escolar a parte da leitura, por isso o bibliotecário deve está apto
para atuar com práticas pedagógicas relacionadas tanto com a leitura como da
escrita, e uma de suas maiores obrigações é facilitar a aprendizagem através
de diversos recursos disponíveis na biblioteca. Para Caldin (2005, p. 02) “O
bibliotecário tem uma responsabilidade enorme, pois depende dele (de seus
próprios valores e crenças), o resultado das ações efetuadas dentro da
biblioteca. [...]”.
Para incentivar o hábito da leitura, o bibliotecário deve ser também um bom
leitor, pois para atuar na educação, ele precisa conhecer bem as práticas de 36
leitura para poder favorecer na formação de leitores. Para Pitz, Souza e Boso
(2011, p. 08):
Para que o hábito de ler seja incentivado, o bibliotecário de antes de
tudo gostar de ler, ser um leitor. […] A profissão de bibliotecário é vista também
como a função de educar, de auxiliar os usuários em como utilizar as fontes de
informação, de incentivar o estímulo a ler e que este desenvolva o gosto pela
leitura. O bibliotecário além da tarefa de organizar o acervo deve saber como
elaborar um sistema de empréstimo de livros para os alunos, auxiliar e orientar
os leitores a maneira de utilizar o acervo da biblioteca escolar, fazer um
planejamento escolar de atividades de leitura, sabendo que tudo isso deve ser
feito junto com a direção e os professores da escola (HILLESHEIM e FACHIN,
2004).
Mas para que o bibliotecário consiga exercer o seu papel na biblioteca
escolar, ele precisa estar atualizado e em formação continuada, pois na
sociedade da informação, novas práticas de aprendizagem da educação e
novos suportes de informação estão cada vez mais presentes no cotidiano, e a
biblioteca escolar também precisa acompanhar as mudanças que ocorrem a
todo o momento.

Conclusão:
Conclui-se que a biblioteca escolar é um recurso didático fundamental para
incentivar o hábito da leitura nas escolas, através de atividades de leitura como
as contações de histórias, recreação, artes, música e jogos. A presença do
bibliotecário na biblioteca escolar é necessária, pois ele é o único que conhece
as técnicas biblioteconômicas para administrar uma biblioteca, no qual ele pode
trabalhar em parceria com os professores e com a direção escolar. Hoje com
os avanços das tecnologias da informação e comunicação, as bibliotecas
escolares devem se adequar com os novos suportes de informação, pois o uso
das tecnologias já é algo bastante comum em todas as áreas do conhecimento,
com a revolução do livro eletrônico, a biblioteca escolar deve saber tirar os
benefícios possíveis dessas novas tecnologias que podem ser utilizadas nas
atividades que envolvem a leitura e a escrita. A maioria das escolas trata a
biblioteca escolar apenas como um depósito de livros que fica isolada das
outras dependências da escola, geralmente o espaço da biblioteca não está
adequado para atender o público infantil que deveria frequentá-la. A biblioteca
escolar às vezes é vista como um local de castigo para o aluno, colocando uma
imagem muito errada das bibliotecas escolares, geralmente os alunos
frequentam a biblioteca escolar apenas para fazer pesquisas escolares ou para
fazer cópias reprográficas de livros, o uso da biblioteca não é livre e muitas
escolas tratam as bibliotecas como um local destinado para guardar tesouros
que não devem jamais ser tocados e que a lei do silêncio é absoluta na
biblioteca escolar como a norma mais exigida entre os jovens. Não é dever
somente dos educadores e bibliotecários, mas também dos pais incentivarem
seus filhos ao hábito da leitura, temos que aproveitar as novas tecnologias e
meios para este incentivo, pois se a biblioteca escolar estiver bem organizada e
equipada com os padrões exigidos, a prática da leitura acontecerá de forma
plena.

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