Você está na página 1de 9

PRÁTICA DE LEITURA

A Prática Da Leitura

A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a
“compreender” o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das
coisas que nos cercam, de perceber o mundo sobe diversas perspectivas, de relacionar a realidade
ficcional com a que vivemos no contato com um livro, enfim em todos estes casos estamos de certa
forma, lendo, embora muitas vezes, não nos damos conta.

Sendo a escola a instituição moderna encarregada de transmitir a cultura às novas gerações é nela
que as expressões “aprender a ler” e “ler para aprender” ganham o seu significado primeiro, para
posteriormente alcançar um dos objetivos básicos que é o de formar o leitor crítico da cultura.

A existência de uma biblioteca escolar dotada de acervo diversificado que atende às necessidades e
interesse do corpo docente e discente.

Educadores que são verdadeiros modelos de leitores isto é, demonstram entusiasmo pela leitura,
conhecem as características do processo de leitura, selecionam texto significativos para os alunos e
são abertos a outras interpretações de uma determinada obra.

Todavia, não é intenção de que a escola fabrique poetas, mas que possibilite às crianças o acesso
aos textos poéticos, a melodia, sua beleza estética e dê vazão à sua imaginação e criatividade,
características tão presentes nesses tipos de texto e que muito bem se identificam com as crianças.

Quando se fala em leitura na escola é preciso considerar as situações oferecidas no âmbito escolar
para que ela se desenvolva; os materiais oferecidos, o tempo disponível para tal ação; o clima
motivador do ambiente e as atividades desenvolvidas a partir do texto lido.

A escola tem por responsabilidade proporcionar aos seus alunos condições para que estes tenham
acesso ao conhecimento. Nesse ciclo de criação e recriação do conhecimento, próprio da vida
escolar, a leitura ocupa, sem dúvida alguma, um lugar de grande destaque.

É na escola, pela mediação do professor e com a ajuda do livro didático que os estudantes
aprenderão a ler, a escrever e a enxergar sua própria realidade e a realidade do outro. Essa relação é
essencial ao jovem, que pelo contato e exploração de diferentes textos e por meio de ações
intermediadas, o aluno passará a interagir com seus pares, a produzir um conhecimento partilhado e
com isto consegue representar oralmente e por escrito, sobe vários registros verbais, seu
pensamento, sua experiência prévia de vida e seu conhecimento coletivo de mundo.

O leitor deverá entender a escola como um espaço convencional privilegiando o saber, no que
concerne a leitura, e a escola precisa rever suas práticas, criando situações para que, o exercício da
leitura e escrita produza reações, interações, construção de subjetividade e conhecimento.

Nesta direção à escola, como espaço socializador do conhecimento, fica com a tarefa primordial de
assegurar aos seus alunos o aprendizado da leitura devendo fazer circular em seu meio uma
diversidade de materiais com conteúdos ricos e variados, que promovam a formação de leitores
livres. Concebe-se assim, a prática da leitura, não como habilidades linguísticas, mas como um
processo de descoberta e de atribuição de sentidos para que venha possibilitar a interação leitor-
mundo.

A leitura é uma ação que não pode faltar no contexto escolar, portanto, é de grande importância que
a escola se preocupe em formar o aluno leitor para que o processo ensino aprendizagem caminhe
com sucesso. É imprescindível que todo professor saiba diferenciar leitura enquanto decodificação,
de leitura significativa, para que possa melhorar a sua prática docente.

Constata-se, que todo professor quando está desenvolvendo o seu trabalho o faz com as melhores
intenções, além disso, acha que está fazendo correto talvez por desconhecer as técnicas,
metodologias e teorias e por isso, acabam trabalhando a leitura de maneira superficial, porque muitas
vezes em sua formação profissional não obtiveram embasamento teórico para respaldar a sua prática
pedagógica, ou os que tiveram, caíram no comodismo de compactar com os processos de alienação
social imposto pela classe dominante.

Porém, cabe ao professor assumir o seu papel de orientador e mediador do processo ensino-

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 1
PRÁTICA DE LEITURA

aprendizagem, apropriando-se de teorias que irão subsidiar sua prática pedagógica no ensino de
leitura e outros.

Assim, a noção de leitura ganha em amplitude, não mais ficando restrita ao que está escrito, mas,
abrindo-se pra englobar diferentes linguagens e compreensões.

Por fim, ousou-se afirmar no conhecimento teórico que vivenciados por todo processo acadêmico,
que o individuo que não tem experiência com a leitura como prática principalmente de exercício do
pensamento, do raciocínio lógico ou subjetivo, está fadado ao fracasso social, cultural e político.

A leitura é o conhecimento elementar de todos os homens. Sem ela, temos nossas atitudes e valores
condicionados aos “intelectuais” e nossas ações éticas, submissas aos “valores puros” da elite
dominante, que mesmo desprovida de cultura geral, está mais preparada economicamente para
operar a dominação.

Mais do que esta realidade, educadores e educandos, devem se comunicar, num processo contínuo,
para investir contra as de determinações desiguais da sociedade, em que uns indivíduos são
lançados ao crescimento extremo social e político, e outros, são espezinhados socialmente.

O Que Temos Para Enfrentar

Sabemos que ler traz muitos benefícios a quem o pratica de modo correto. A leitura desenvolve e
aumenta o repertório geral, auxilia para que o indivíduo tenha senso crítico, amplia o vocabulário,
estimula a criatividade e, finalmente, facilita a escrita. Mas ainda que carregue consigo um lado bom,
é preciso tomar cuidado e selecionar bem o que se lê. Segundo Valdir Heitor Barzotto, professor da
Faculdade de Educação (FE) da USP, vivemos em um momento em que há excesso de material
disponível. “O que também pode ser prejudicial, pois uma pessoa pode ler coisas que não são,
necessariamente, de uma fonte confiável. É uma novidade do tempo contemporâneo. Existe muito
acesso ao texto, mas não ao conhecimento”, explica ele. A grande quantidade de informação
disponível foi propiciada, principalmente, pelo avanço da tecnologia, em especial o da internet.

Além disso, outro grande problema do panorama da leitura e da escrita no País é a questão da
interpretação. Alunos com 14 anos ainda têm dificuldades em identificar informações que estão tanto
explícitas quanto implícitas em um texto. Este déficit transcende a disciplina de português e atinge
matérias como matemática, no momento de interpretar enunciados-problema, e história, para
compreender as relações entre os fatos. Nesse sentido, é importante lembrar o papel de uma
educação de boa qualidade, pois é necessário, primeiramente, ultrapassar a barreira da dificuldade
da leitura para que o poder de interpretação seja facilitado.

Na busca pela melhoria do incentivo à leitura e escrita no País, há três perspectivas para as quais
devemos tornar os nossos olhares: o governo, a escola e o próprio lar. Esses três constituem os
principais pilares e não acontecem separadamente. Do poder público é preciso cobrar uma melhor
administração dos recursos destinados a levar as pessoas a ler. Para o professor Barzotto, isso se
reflete, principalmente, nas bibliotecas escolares que, além de estarem bem aparelhadas, também
devem contar com bons funcionários especializados em leitura. “O governo precisa garantir uma
estrutura mínima em que seja possível ler”, afirma. Além disso, o professor diz que o poder público
também não deveria se envolver na visão de trabalho de quem ensina. Para ele, este profissional
deveria ter mais autonomia para encontrar as metodologias adequadas para o grupo com o qual
trabalha. Através de provas nacionais, o governo tem controle sobre as normas de como deve ser
feito o ensino dentro das escolas e, através dos resultados, muitas instituições de ensino se
submetem a elas. “Ter mais nota não é uma avaliação do que, de fato, aquela escola está fazendo
pelos seus alunos”, completa Barzotto.

No que diz respeito às funções da escola, é necessário que se construa uma autonomia dentro de
cada uma. Hoje, muito do que é reproduzido em sala de aula parte de pesquisas advindas das
universidades, como investigações sobre leitura, escrita e aprendizado. Cria-se então uma relação de
dependência, quando, na verdade, a universidade deveria funcionar como uma parceira. “Por mais
que saibamos que o Estado controla como se deve fazer, ele não está todos os dias na escola.”

Em casa, o professor Barzotto diz que é indispensável que haja material de leitura disponível, mas
ressalta que quantidade nem sempre é qualidade. O importante é que, primeiramente, não se force o

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 2
PRÁTICA DE LEITURA

hábito de leitura na família como uma obrigação, mas sim como um prazer. É muito mais produtivo
que a família converse e discuta sobre o que leu.

O Novo Papel Das Bibliotecas

Durante a Idade Média, quando a Igreja ainda detinha grande poder, livros eram materiais de difícil
acesso para a população mais simples, que era analfabeta em quase sua totalidade, e o
conhecimento era restrito apenas para a elite da sociedade. Hoje, com a população tendo total
acesso a esses ambientes, a mentalidade que ainda ficou desta época foi que bibliotecas são locais
de uma cultura mais rica e que ela deve, necessariamente, ser consumida, independentemente do
conteúdo. No entanto, a professora Ivete Pieruccini, do Departamento de Biblioteconomia da Escola
de Comunicações e Artes (ECA) da USP, diz que o correto seria destituir esse peso obrigatório da
leitura e transformá-lo em um ato espontâneo do cidadão e do frequentador desses ambientes.

A reversão de um quadro histórico como este não acontece da noite para o dia e está relacionada a
algumas instâncias, como as políticas públicas. Elas devem estar aliadas a uma formação que
instigue o pensamento inovador por parte dos profissionais bibliotecários. É neste modelo que está
baseada a disciplina de Informação, Educação e Conhecimento da ECA. “A biblioteca não deve ser
mais um lugar só de emprestar livro ou de estimular a leitura”, diz a professora. “Ela tem que ser
pensada em uma dimensão que possa acolher diferentes singularidades, para que o sujeito possa
buscar outros caminhos por si mesmo, seja em sua comunidade ou fora dela. E, a partir disso,
construir uma relação que seja significativa para ele.”

Nesse aspecto, alguns resultados já foram obtidos. A Lei nº 12.244, de maio de 2010, obriga que
todas as instituições de ensino, públicas ou particulares, tenham um acervo bibliotecário até 2020.
Além disso, ações inovadoras que têm sido feitas podem servir como exemplo. O projeto Quem Lê
Sabe Porquê, da Secretaria Municipal de São Paulo e com parceria com docentes da ECA, tem por
objetivo formar mediadores entre leitura e escrita e organizar atuações socioeducativas. A proposta
prática é, a partir das bibliotecas dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), integrar as
comunidades próximas através de saraus, leituras dramáticas, musicais e até gestuais. Deste modo,
será possível que o cidadão se aproprie dos livros e do conhecimento adequados aos seus próprios
gostos. “É preciso incluir o sujeito, para que ele participe das ações, proponha e seja um protagonista
dessa situação, ao invés de atraí-lo para que ele vire um mero usuário da leitura”, completa Ivete.

No Futuro

De acordo com a professora Fraulein Vidigal de Paula, do Instituto de Psicologia (IP), a deficiência na
alfabetização e no desenvolvimento da escrita e leitura pode acarretar consequências futuras, tanto
no campo cognitivo quanto no campo social. “Há pesquisas que mostram que há diferenças entre
crianças e adultos antes e depois do processo de alfabetização em relação às habilidades de senso
crítico”, explica. Pessoas que, por algum motivo, foram privadas da leitura podem apresentar maiores
dificuldades em situações que exijam maior deslocamento da sua realidade comum, como em
momentos de resolução de problemas.

Quem não teve acesso pleno ao ensino da leitura e da escrita também pode apresentar
desvantagens no campo da memória de retenção e de recuperação. “Se eu der uma sequência de
palavras para alguém decorar, muito provavelmente aquele que não sabe ler e escrever terá mais
dificuldades para relembrar”, conta a professora. Isso ocorre porque a escrita funciona como uma
ferramenta adicional no momento de resgatar os vocábulos e é também mais um registro visual e
sonoro que pode se ligar às palavras.

No aspecto social, não saber ler “é como ir a um país onde você não domina a língua”, diz Fraulein. É
um impacto social do ponto de vista das diferenças no acesso à informação e pleno exercício dos
seus direitos, além de colocar o cidadão em pé de igualdade com outras pessoas em diferentes
situações. “Uma pessoa que não sabe ler e escrever se sente numa posição de desigualdade social
em relação às que dominam esse conhecimento. Ter acesso a essa habilidade é um empoderamento
a mais do cidadão”, completa a professora.

Introdução

Ler, antes de tudo, é descobrir e expandir horizontes, porém ler apenas como um decifrar dos
sentidos dos signos parece automatismo. Deve ser encarado como um ato de prazer instigado desde

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 3
PRÁTICA DE LEITURA

a mais tenra idade por pais, professores e meios de comunicação, levando as crianças à ludicidade
necessária a fim de que o gosto pela leitura esteja inserido naturalmente no cotidiano e jamais como
obrigação. O objetivo disso? Futuros leitores assíduos e críticos.

No Brasil, infelizmente, lê-se pouco, normalmente ocorre por obrigatoriedade nas escolas, pois o
exemplo de casa com raras exceções existe. Essa leitura escolar está distanciada da realidade das
experiências pessoais. Daí que ao chegar à vida adulta a maioria esqueceu há tempos o gosto por
esse hábito e a probabilidade disso repetir-se de geração para geração, de pai para filho, da escola
para o aluno, é deveras preocupante e real.

É importante algumas perguntas serem abordadas: como inserir ao natural às crianças a prática da
leitura? De que forma motivar os jovens à leitura como fonte de prazer e conhecimento? O que fazer
para que se tenham leitores críticos? O hábito de ler formado desde cedo e encarado com satisfação
pode ser um caminho às elucidações. Deste modo, ter-se maior discernimento crítico parece
conseqüência, já que a necessidade será expandir-se sempre, crescer intelectualmente.

Um tema como esse está intrinsecamente interligado aos temas da Biblioteconomia que não só
informa, como urge por leitores ávidos por conhecimento, compreensão, que desejem decifrar as
entrelinhas, não apenas dos livros e dos bancos de dados, mas, principalmente, do dia-a-dia, da luta
rotineira e opressora que empurra a todos impreterivelmente a seguir a trilha do saber.

Motivações Para A Prática Da Leitura

Ler. Eis aí um ato repleto de inúmeras implicações, conseqüências, e dependendo de cada um que
lê, de motivações. Sim, motivações, pois até pegar um jornal diário e dar uma passada rápida com os
olhos pelas manchetes requer algum interesse por trás deste simples folhear despreocupado de
páginas. Cada leitor busca algo que lhe sacie o desejo por conhecimento ou apenas por lazer e este
objeto desejado muitas vezes torna-se obscuro, de difícil acesso, já que nem sempre se pode incluir
no dia-a-dia a leitura.

Quando não é elitizada a informação, seja por desigualdade social, seja por preconceito, ela pode
estar negligenciada, relegada a segundo plano, aos setores da sociedade realmente interessados, à
vida acadêmica, aos privilegiados. Porém o que será tratado aqui mais especificamente, será o
porquê da leitura não estar entre os principais interesses de tantas pessoas e como motivar este
batalhão de quase excluídos. Quase, pois essas pessoas é que pensam não gostar de ler. Ledo
engano. Elas foram adestradas durante anos, a começar desde a mais tenra idade, a não apreciarem
um livro. Não sabem que não tiveram opção de escolha, já foi escolhido para elas não gostarem e
pronto.

Tudo começa no seio familiar; todos os principais exemplos de conduta que serão levados pela vida
toda estiveram ali durante rápidos e decisivos anos como em uma exposição de fatos, princípios,
comportamentos. É neste ambiente propício para a construção da personalidade que se marca
indelevelmente as vontades e os anseios, os desejos e as motivações.

Como uma esponja insaciável e curiosa, esse pequeno aprendiz age, urge por interação com tudo e
todos a fim de reter a maior quantidade possível de informações, conhecimentos, experiências. Se
não for alimentado, essa gana por novidades poderá, com o tempo, distanciar-se do caminho que
leva à leitura, o hábito prosaico e deleitoso de ler quer seja um simples gibi, quer seja Camões. O
tempo trata de rapidamente apresentar trilhas muito mais fáceis de serem percorridas, pois algumas
dessas trilhas não necessitam de guia ou setas, apenas da atenção alheia. A televisão é uma delas,
certamente. Requer pouquíssima concentração, nenhuma aptidão, qualquer vontade que seja.
Pronto, perdeu-se outro leitor e agora o que se faz? Motiva-se apresentando outras fontes de prazer,
talvez reapresentando o ato de ler como um ato natural, sem dor alguma, ao contrário do que tantos
denotam erroneamente.

Conforme Yunes (1984, p. 53)

O estímulo sistemático à leitura deveria ser meta prioritária em países em via de desenvolvimento.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 4
PRÁTICA DE LEITURA

Constata-se no Brasil que o hábito de ler não representa uma tradição e, por isso, a motivação
através de técnicas específicas deve ser encarada como um campo de estudo e pesquisa de novas
modalidades que visem à aproximação do livro com o leitor.

Já Sandroni (1986 apud BORTOLOM et al, p. 11) afirma que “para ler é preciso gostar de ler.” Óbvio
que quando não é fomentada esta prática ou qualquer outra que seja, quando não há exemplos
vindos dos principais parâmetros referenciais, no caso aqui o lar familiar e a escola, raramente tem-se
um leitor assíduo e interessado em conhecimento. Raríssimas são as exceções. Adultos que jamais
lêem um livro, que passam tempo demais frente à teve, que pouco discutem assuntos de ordem geral
e polêmicos.

E o sistema escolar há muito tem parcela de culpa neste panorama. Como denotou Freire (1988
apud GADOTTI, 1996), é grande a distância entre o que é lido nas escolas e o mundo das
experiências pessoais, o mundo em que todos vivem suas vidas, com experiências personalíssimas.
Ao estudante, resta a obrigação de ler calhamaços, ou melhor, decorar mera e simplesmente. A
vontade pessoal, os gostos de cada um pouco importa. Claro que está mudando esse quadro, apesar
da lentidão e dos sempre escusos interesses de quem não deseja ver um Brasil de cidadãos
opinativos e críticos.

Então, como existir leitores de opiniões próprias se tantos nem gostam de ler? Claro que fica muito
mais difícil iniciar-se a inserção de uma pessoa depois de adulta ao mundo das letras do que uma
criança que já está por natureza apta e pronta para receber tantos ensinamentos e condicionamentos
que carregará por toda a vida de forma natural. Enquanto houver alguém sem ler, ali estará um futuro
leitor crítico, se for incentivado. Segundo Silva (1981, p. 45) é relevante “o fato da leitura ligar-se
muito intimamente ao projeto educacional e à própria existência do indivíduo.” De fato, quanto mais a
leitura estiver fazendo parte do cotidiano de cada um, haverá mais leitores realmente conscientes do
que lêem, e para quê lêem. Leitores afeitos ao prazer, sempre em prontidão para conhecerem outros
mundos, outras idéias, em benefício próprio.

Motivações Em Casa

É interessante instigar a criança à ludicidade, à curiosidade pela fantasia, por histórias, adaptadas ou
não, tanto faz, o importante é contá-las ou lê-las aos filhos. Casos ocorridos, lembranças de vida,
“causos” passados de geração a geração, tudo é válido. A aquisição rotineira de livros aos filhos
prestando atenção nas preferências deles também conta, assim como levá-los à bibliotecas e
livrarias, inserindo no dia-a-dia da família este hábito salutar, uma vez que o contato com este mundo
somente ajudará e muito para os costumes familiares caminharem em direção ao conhecimento. É
crucial saber que a criança deve ter as escolhas próprias respeitadas. Com o gerenciamento dos pais
obviamente.

A partir do que Silva (1981, p. 42) escreveu quando diz que “leitura é uma atividade essencial a
qualquer área do conhecimento e mais essencial ainda à própria vida do Ser Humano”, nota-se a
importância ao hábito de ler sem restrições. Impossível censurar alguém por ler. Talvez mostrar
outros prazeres da vida, como viver em meio à natureza, fazer amizades, amar, praticar esportes, etc.
Mas jamais censurar. O oposto a isso é que deve ser seguido por todos. Motivar sempre à leitura,
mostrar o tal caminho das pedras. E para isso, os primeiros anos de vida valem ouro quase
literalmente. O ambiente familiar exerce influência primordial na construção do futuro leitor.
O exemplo que a criança tem em casa é o mais valioso, por isso quando ela vê os pais em diversas
oportunidades “agarrados” a livros ou mesmo periódicos, terá maior facilidade a valorizar tal ato
instintivamente (SANDRONI, L. C.; MACHADO L. R., 1987).

Para os bem pequeninos são recomendadas as histórias mais curtas e rápidas, de linguagem bem
simples, com muitas ilustrações que denotam movimento e reforçam a história. Deve-se ler para eles
em voz alta, podendo-se interpretá-las encenando-as junto à leitura. Isso fará a criança interessar-se
em aprofundar-se neste mundo mágico, desejar mais e mais, até chegar o momento dela própria
buscar histórias que lhe interessam.

Para os já em processo de alfabetização, livros de fácil leitura, com histórias curtas impressas em
letras grandes, de frases curtas, ou aqueles que brincam com as formas da palavra.

Importante sempre dar vazão à fantasia e mostrar às crianças nesta idade contos e histórias que não

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 5
PRÁTICA DE LEITURA

dêem relevância excessiva à moral, assim como à lógica exacerbada e como denota Sandroni (1987,
p. 19), “os pais devem entrar no jogo [...]; pais e filhos juntos procurarem juntos as respostas,
consultando livros.” Os livros devem ficar num lugar da casa de acesso fácil.

Entretanto, há crianças que não gostam de ler e impõem obstáculos à prática da leitura. É necessário
não se preocupar em demasia, nem pressionar. Com paciência haverá livros para serem encontrados
que vão ao encontro dos interesses da criança. Mesmo que sejam gibis ou tiras dos quadrinhos de
jornal, não importa, tudo o que leva ao hábito de ler desde cedo deve ser encarado com naturalidade
e jamais com reservas, pois com o tempo esse iniciante leitor passará a desejar mais e novos rumos,
o que o fará crescer intelectualmente.

Motivações Na Escola

A escola é por um bom tempo na vida do Ser Humano o segundo lar e a segunda família. Nada mais
natural então, que os pais tenham contato estreito e sincero com professores, já que desta união
quem ganha certamente é a criança que será motivada com maior conhecimento de causa tanto em
casa como no ambiente escolar. Motivações que precisam ser para qualquer momento propício à
leitura (SOUZA, 1986). Essas motivações devem ser observadas inerentemente à faixa etária do
aluno, pois todos eles necessitam estar sempre em constante interesse pela leitura.

A escola integrada à vida do aluno, tendo diversos fatores em comum ao cotidiano é ponto crucial.
Uma escola desligada do que ocorre no “mundo de fora”, dos anseios e aflições características
dessas fases da vida (principalmente a adolescente), até mesmo dos modismos culturais, corre
seriamente o risco de ficar para trás, ultrapassada, e pior, de fomentar inúmeros inimigos da leitura.
Por isso discutir assuntos de toda ordem, falar sobre o que os alunos gostam, não como uma
concessão, mas como um atrativo sedutor a mais no processo todo, irá fazer com que eles desejem
outros temas, outros livros, por histórias que os levem por trilhas desconhecidas.

Como escreveu Souza (1986, p. 41), é preciso “angariar a simpatia do aluno, oferecendo-lhe
oportunidade de resgate de experiências pessoais [...] em sintonia com as experiências do texto.” E
quando o aluno ansiar por leituras além daquelas oferecidas pelos professores, que ela surja sem
condicionamentos, enfim, quando e onde ele bem desejar, livremente.

Ler deve ser prazeroso. É base para uma vida toda, ferramenta para enfrentar os desmazelos da
sociedade e a escola exerce fator importantíssimo no que se refere a esta construção do Ser Humano
consciente do que o rodeia. Segundo Bortolom et al. (1998, p. 118) “no Brasil a escola talvez seja o
único lugar onde a grande maioria das pessoas tem contato com o livro.”

Partindo desse pressuposto, tem-se a relevância da escola, que não substituirá jamais os pais no
que lhes competem, mas auxilia sem restrições os futuros adultos às múltiplas visões acerca do
universo que vivem, uma vez que leitura não está ligada apenas a textos, mas também a
acontecimentos variados, às diversas mídias existentes e continuamente em expansão, às
entrelinhas dos fatos que se sucedem perante os olhos de cada um e que muitas vezes não são
realmente aquilo que aparentemente parecem ser.

O Leitor Crítico

Escreve-se para alguém normalmente. Não sendo assim é apenas terapia pessoal ou um
passatempo sem maiores implicações ou conseqüências aparentes. E quando é criado um texto,
daquele instante em diante aquelas linhas serão do mundo, de todos, e a cada um que lê cabe
intrinsecamente a transformação da lógica, do conteúdo, da razão de ser da obra em si. Conhecendo
e aprendendo, o indivíduo através da decifração da escrita amplia horizontes consideravelmente,
assim como adiciona possibilidades a um texto.

Esse ato descrito acima não é nenhum demérito a um escritor ou jornalista, pelo contrário, é a prova
de que tais escritos levaram a discussões e a outras interpretações, enfim, o que se propõe é uma
leitura crítica e consciente, nunca passiva.

Na visão de Tufano (198? apud Bortolom et al) “um texto não traz, declarado, o seu sentido; é o
leitor, que no diálogo com a linguagem passa a atribuir significados [...]. Nesse sentido crítico, não

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 6
PRÁTICA DE LEITURA

podemos ler pelos outros [...]; o ato de ler é solitário [...]. Não há leitura autêntica sem a marca do
leitor.” O leitor torna-se seletivo, escolhe, decide o que lhe é útil.

O processo de caminho à criticidade inicia-se em casa e é levado adiante na escola (claro, nas
escolas que se doam a tal método instigante e essencial ao crescimento intelectual do Ser Humano).
No lar têm-se, principalmente, os exemplos dos pais, no cotidiano, em momentos sem maior
importância inclusive, pois uma criança que cresce vendo-os sempre entregues à leitura
(independentemente do que se está lendo) terá chances maiores de que no seu próprio cotidiano seja
formado por toda a vida o hábito de ler.

E ler é ferramenta primordial para que o Ser Humano saiba posicionar-se, ter opiniões próprias, ser
crítico, conforme tantos autores já louvaram. Pena que a grande maioria das escolas brasileiras de
ensinos fundamental e médio não exerça essa prática com afinco, trilhe o caminho mais fácil,
burocrático e desestimulante. O contrário é dispor e usar do recurso que a leitura revela a fim de ter-
se armas na luta contra a alienação e a massificação. Isso significa lutar em prol de cidadãos originais
e autênticos, que concebam suas próprias linhas de raciocínio, seus próprios pensamentos, que
sejam únicos, por mera e simplesmente obra do conhecimento adquirido. E ter tal atitude torna-se
então necessidade desses seres que aprendem e buscam, contestam e provam o sabor da
independência. Sim, essa talvez seja a palavra-chave: independência.

Comunicação, apreensão, fixação, compreensão, transformação. No momento da leitura o leitor está


senhor de si e de suas decisões. Como que em conflito com o texto, o transforma em algo familiar,
algo seu. Conforme Silva (198l, p. 45) “ler é [...] um modo de existir no qual o indivíduo compreende e
interpreta a expressão registrada pela escrita e passa a compreender-se no mundo.”

Domínio da linguagem, dos conceitos abstratos, das palavras não usuais, eis um desafio hercúleo
para pais e mestres, porém os frutos a colher são os mais saborosos, são aqueles que se degusta
com deleite e regozijo, e cidadãos formados em consciência crítica o são frutos especiais, de raro
prazer para quem planta sementinhas de saber, rega com carinho e esmero sabendo que aqueles
frutos herdarão liberdade plena.

Tomada de consciência que impreterivelmente gera criação, novidades. O leitor parte para a criação,
seu próprio texto e segundo Silva (1981, p. 81) “a leitura crítica deve ser caracterizada como um
projeto, pois se concretiza numa proposta pensada pelo ser-no-mundo, dirigido ao outro”.

Enfim, ler liberta, impulsiona as possibilidades de conhecimento a níveis inimagináveis, transforma a


consciência do Ser Humano perante o mundo em que vive, dota o leitor a ser capaz de abrir inúmeras
portas do desconhecido, instiga ao infinito.

Ler não é uma atividade simples. A prática envolve o domínio de diversos aspectos da língua que
devem ser incorporados pelas crianças na consolidação da aprendizagem da escrita. Para
desenvolver a competência leitora é necessário, além de conhecer o sistema alfabético, ter fluência e
dominar a compreensão de textos, assim como participar ativamente de práticas sociais letradas.
Nesse sentido, a escola tem um grande desafio como instituição que trabalha intencionalmente com o
ensino dessa prática. Assim, algumas questões fundamentais se apresentam, por exemplo:

Como a gestão escolar pode tornar seus espaços mais propícios à leitura? Como os professores
podem estimular os alunos a gostar de ler? Como incentivar os estudantes a se tornar leitores
autônomos e críticos?

A sala de aula e a casa são os locais onde as crianças mais ouvem histórias lidas por adultos, sejam
eles professores ou familiares. Quando essa atividade não acontece em nenhum dos dois lugares, os
pequenos deixam de ter um modelo de leitor experiente e o contato deles com o mundo escrito fica
limitado. Percebo também que isso pode ter consequência na aprendizagem da leitura, da escrita e
de outros conteúdos na escola.

Para resolver esse problema, a gestora e a equipe da EM Sebastião Araújo, onde trabalho como
professora desde o ano passado, elaboraram o projeto Maleta Literária. Numa reunião pedagógica,
a diretora me explicou que, há alguns anos, a instituição tem desenvolvido essa atividade como uma
das ações de um projeto institucional que visa à formação de uma comunidade leitora. A ideia é
incentivar a prática investindo em bons livros e numa rotina intensa de leitura pelos professores, pelos
alunos e por todos os funcionários.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 7
PRÁTICA DE LEITURA

O projeto funciona da seguinte maneira: logo no início do ano letivo, a escola manda um comunicado
aos pais, convidando-os a comparecer à instituição em uma data oportuna para realizar a leitura de
um livro na classe da filha ou do filho. Assim que o convite é aceito, o professor, o coordenador ou o
diretor organiza uma maleta com alguns livros de gêneros diversos e envia para o familiar.

No dia marcado, a mãe ou o pai escolhe um dos exemplares ou seleciona um livro que tenha em
casa e goste muito e lê para os alunos. A cada leitura, percebi que as crianças ficam mais animadas
para que uma pessoa da família participe e se dispõem eles mesmos a pegar mais livros literários
para ler.

Como Levei O Projeto Para A Escola Onde Sou Coordenadora

Com a autorização da diretora, levei esse projeto para a escola em que sou coordenadora e
apresentei aos professores, que gostaram da ideia. Juntos, definimos que a ação seria apresentada
aos pais na reunião seguinte, na hora da leitura em voz alta que sempre acontece nesses encontros.

A recepção à ideia foi um sucesso e os familiares se envolveram muito nas atividades. É claro que,
no começo, alguns ficaram receosos de participar, mas, com os relatos de outros pais, eles se
animaram. Para ilustrar como a ideia deu certo, pedi a alguns familiares que me dessem depoimentos
da experiência:

“O momento de leitura na classe foi muito interessante. Fiquei feliz em ver a alegria e a atenção dos
alunos e a forma como eles participaram. Quando as crianças percebem nosso interesse pela leitura,
elas também se interessam instantaneamente. Nossa participação também as incentiva a serem mais
participativas nas atividades propostas pela escola”, Emiliane, mãe de um aluno do 2º ano.

“A maleta literária mostra não só para as crianças, mas também para os adultos, como a leitura é
importante. Depois que a inventaram, passamos a ler em família toda semana”, Jaqueline, mãe de
um aluno do 3º ano.

Encaminhamentos Além Do Projeto

Com base no que o projeto rendeu, pensei em implantar as seguintes ações ao longo dos próximos
meses:

• Orientar as famílias na compra de títulos literários e nas estratégias de leitura em casa;

• Planejar com os professores tarefas de casa envolvendo a leitura que possam ser feitas em parceria
com os pais;

• Promover visitas a bibliotecas externas à escola com os alunos;

• Incentivar a participação dos professores em rodas de conversas com autores de livros;

• Organizar saraus e contação de histórias;

• Adquirir mais livros para a biblioteca da escola com o apoio da família;

• Fazer leituras literárias durante as reuniões de módulo com os professores de forma a incentivá-los
a ler para os alunos;

• Apresentar títulos e gêneros variados para os professores, buscando diversificar o repertório deles;

• Discutir e orientar os docentes na abordagem e na avaliação da leitura das obras literárias e nas
estratégias para estimular o comportamento leitor nas crianças.

• O uso pedagógico da expressão práticas de leitura se origina, no Brasil, de duas tradições de


investigações sobre a leitura. Primeiramente, origina-se de estudos históricos e sociológicos,
sobretudo franceses, que se difundiram no País a partir de meados da década de 1990. Nesse caso,
a expressão procura designar a situação da leitura em sua concretude, englobando o conjunto de
elementos que concorrem para a criação dessa situação, sempre tomada como histórica e, por isso,
diversificada e mutável. São estudos que se interessam, considerando um momento dado e grupos

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 8
PRÁTICA DE LEITURA

sociais determinados, por saber quem lê o quê, quando, onde, por que motivos, de que modos, com
que intensidade. Essas investigações se interessam, ainda, por apreender como determinados
processos – sejam de natureza técnica, sejam de natureza social mais ampla – interferem na
ampliação do público leitor, nos modos de ler, nas maneiras de atribuir sentido, na própria
organização da página, do impresso, de seus suportes.

• A segunda linha de investigação de que se origina o uso pedagógico da expressão práticas de


leitura é predominantemente anglo-saxônica e é conhecida como “estudos sobre o letramento”.
Nesse caso, trata-se do conceito de “práticas de letramento” – das quais as de leitura seriam parte.
Uma prática de letramento tem natureza abstrata e pode ser compreendida sempre a partir de um
“evento de letramento”. Este tem natureza concreta e designa uma situação em que a escrita é parte
estruturante da interação, seja diretamente, na forma de texto escrito, seja indiretamente, por
influenciar a fala (como, por exemplo, em conferências, jornais de rádio e TV, exposições didáticas,
sermões religiosos). Se o evento de letramento designa a situação concreta, as práticas de
letramento e, por extensão as de leitura, designam algo que pode ser apreendido a partir de um
conjunto de eventos: os significados que os agentes atribuem ao letramento, o modo como este se
vincula a processos sociais mais gerais, bem como a relações de poder e dominação e padrões
culturais mais amplos que organizam os usos da leitura e da escrita.

• Na tradição pedagógica recente, a expressão práticas de leitura refere-se à (i) criação de situações
reais de leitura em sala de aula, bem como à (ii) busca de apreensão e negociação dos significados
que os aprendizes atribuem à leitura em geral, bem como à leitura de diferentes gêneros. Em se
tratando da criação de situações reais de leitura, a noção pedagógica de práticas de leitura retoma,
ainda que de forma ampliada, a de “usos sociais da língua escrita” ou de “usos sociais da leitura”. Ela
busca recriar, no interior da escola, as práticas de leitura que ocorrem em outras esferas do mundo
social e não apenas fazer atividades para aprender a ler.

• O desafio, para aqueles que assumem essa perspectiva, é fazer aprender a ler ao mesmo tempo
em que se faz o aluno participar da cultura escrita, interagindo com textos reais, com propósitos
efetivos e em busca da construção de sentidos. Versões mais radicais dessa perspectiva assumem
que as atividades com o sistema de escrita só podem ocorrer no interior de práticas de leitura (ou de
escrita); outras perspectivas julgam que é difícil e pouco proveitoso fazer a atenção do aluno voltar-se
ora para a compreensão, ora para o sistema, sendo necessário trabalhar alternadamente com uma e
outra dimensão.

Conclusão

Verificou-se a importância do ato de ler desde os primeiros anos da criança, como deve ser a
influência dos pais neste processo – decisiva para toda a vida – e de que forma a escola interfere
para o bem ou para o mal.

A leitura segue sendo a principal forma de se construir opiniões próprias, de ter-se embasamento
necessário para toda e qualquer atividade ou área. E precisa-se ressaltar também a leitura como
lazer, um hábito que dá prazer ao Ser Humano.

O acréscimo de conhecimento está intrinsecamente ligado à construção do senso crítico, do modo de


se portar perante o mundo, e tal atitude leva à personalidade original de cada um, forte, marcante,
única.

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 9

Você também pode gostar