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CENTRO UNIVERSITARIO ANHANGUERA PITAGÓRAS AMPLI

Claudia Clarinda de souza

Dourados MS 20

RELATORIO DE SÍNTE

Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Práticas de Alfabetização e Letramento


RELATORIO APRESENTADO AO CENTRO UNIVERSITARIO ANHANGUERA PITÁGORAS AMPLI, COM REQUISITO PARCIAL PA
O APROVEITAMENTO DA DISCIPLINA DA MATERIA DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM PEDAGOGIA: PRÁTICAS
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO.

Sumario
INTRODUÇÃO..........................................................................................1
Leitura e Letramento na Alfabetização.....................................................2

Textos que se sabe de memória na alfabetização.....................................9

PERGUNTAS TEXTOS QUE SE SABE DE MEMÓRIA NA ALFABETIZAÇÃ..........11

Considerações acerca da situação-problema............................................13

Alfabetizando jovens e adultos................................................................19

RESOLUÇÃO.............................................................................................21

Introdução
A Pedagogia desempenha um papel fundamental na formação de indivíduos, contribuindo para o
desenvolvimento de habilidades e competências quesão essenciais ao longo de toda a vida. Dentre as diversas
práticas pedagógicas, asrelacionadas à alfabetização e letramento destacam-se como pilares da educação, pois
têm o poder de abrir portas para o conhecimento, a comunicação e aparticipação ativa na sociedade. A
alfabetização e o letramento são conceitos intimamente relacionados, mas queabordam dimensões diferentes d
processo de aprendizagem da linguagem escrita. A alfabetização refere-se à aquisição das habilidades de
decodificação e codificaçãodas palavras, ou seja, a capacidade de ler e escrever. Por outro lado, o
letramentoabrange o uso social e funcional da leitura e escrita, indo além da simples decifraçãode letras e
palavras, incorporando o entendimento de como e por que usar alinguagem escrita em diferentes contextos e
situações. Neste contexto, as práticas de alfabetização e letramento desempenham um papel crucial na formaçã
de indivíduos capazes de compreender o mundo que os cerca, comunicar-se de maneira eficaz e exercer sua
cidadania de forma plena.

Através dessas práticas pedagógicas, os educadores buscam proporcionar experiências enriquecedoras e


desafiadoras, que promovam o desenvolvimento da linguagem escrita de maneira significativa, estimulando a
reflexão crítica, a expressão de ideiase a capacidade de interpretação do contexto cultural e social. Este texto
explorará as práticas de alfabetização e letramento na Pedagogia, destacando a importância desses processos p
o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças e adultos, assim como abordará estratégias,
métodos e abordagens que podem ser adotados para promover o sucesso na formação de leitores e escritores
competentes. É fundamental compreender que, embora esses processos tenham um lugar especial no contexto
educação inicial, eles continuam a desempenhar um papel vital em todas as etapas da vida, sendo um elemento
constante na construção do conhecimento e da cultura.

Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Práticas de Alfabetização e Letramento

Leitura e Letramento na Alfabetização

O trabalho com leitura durante a alfabetização oferece múltiplas possibilidades de abordagem e se define segundo os
propósitos didáticos estabelecidos pelo professor, baseados nas competências a serem alcançadas pelos alunos, no
conhecimento que tem do grupo e nos pressupostos teóricos que dispõe.

Entender a leitura como uma prática social que requer conhecimentos específicos por parte dos alunos e que tais
conhecimentos precisam ser construídos e ampliados também na escola, torna o planejamento do professor uma tarefa
complexa.

A situação-problema que apresentaremos a seguir faz a aproximação necessária entre os desafios encontrados pelos
professores e os conhecimentos teóricos disponíveis e essenciais. Em uma sala de 2º ano do Ensino Fundamental, com
aproximadamente 30 alunos, um professor decide pensar mais criteriosamente sobre o acervo da sala, que será a base de
seu trabalho naquele ano. Ele precisa organizar uma lista de livros para colocar na biblioteca de classe. Ele fez um
levantamento dos conhecimentos prévios sobre leitura e já conhece algumas características da turma.

Sabe que a maioria se interessa por ouvir histórias e leituras de notícias do jornal local. Cinco alunos conseguem ler textos
simples e curtos, como títulos de livros, manchetes de jornais e revistas, adivinhas e poemas. Os demais gostam de folhea
livros com imagens e comentá-las. De modo geral, preferem histórias de livros ilustrados. Cinco alunos não demonstraram
muito interesse pelas atividades de leituras das quais participaram, ficando muitas vezes, dispersos.

Decidido a envolver todo o grupo, heterogêneo como é, o professor pensou em usar os diferentes gêneros textuais, assim
alunos poderiam descobrir suas preferências e ainda ampliar o seu repertório. Mas quais livros usar? Quais os gêneros ma
adequados? Será que deve considerar somente os gêneros ou existem outros critérios? Quais? Aprender a ler é o mesmo
que decodificar o texto? Que aspectos da leitura se pode enfatizar? A leitura feita pelo professor entra neste trabalho?

Muitas dúvidas foram surgindo à medida que planejava as atividades de leitura com as crianças. O professor precisa toma
algumas decisões e planejar suas ações para utilizar os recursos e explorar ao máximo as situações que irá propor em sala
aula, compreendendo tanto os objetivos do trabalho com leitura como também os pressupostos teóricos em que se basei
importante ter claro não só o que se pretende, mas também as razões que orientam suas escolhas. Sua tarefa é proceder
como se fosse esse professor: solucione esse problema prático, definindo as etapas do trabalho e os propósitos de cada u
delas.
A alfabetização é tornar o indivíduo capaz de ler e escrever, é o processo pelo qual a pessoa adquire o domínio de um cód
e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, domínio de técnicas pra exercer a arte e a ciência da escrita, e
também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e interpretação e uso da linguagem de uma maneira geral.

O surgimento do termo literacy (cujo significado é o mesmo de alfabetismo), nessa época, representou, certamente, uma
mudança histórica nas práticas sociais: novas demandas sociais pelo uso da leitura e da escrita exigiram uma nova palavra
para designá-las. Ou seja: uma nova realidade social trouxe a necessidade de uma nova palavra (SOARES, 2011, p. 29,).

Na verdade, estar alfabetizado é poder ir além do código escrito, é apropriar-se da função social constituinte dos atos de l
escrever é fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, ser capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, estar apto a
escrever com total compreensão, ou seja, saber o que está lendo e escrevendo sem somente juntar as silabas, é poder no
mundo da cultura conseguir acessar informações e delas se utilizar com senso crítico.

O conceito de alfabetização para Paulo freire tem um significado mais abrangente na medida em que vai além do domínio
código escrito, ele tinha uma visão mais ampla desse conceito, enquanto prática discursiva que possibilita uma leitura críti
da realidade. Ele defendia a ideia de que o ser humano aprende a ler o mundo bem antes de aprender a ler e escrever
defendia que a leitura do mundo precede a leitura da palavra fundamentando se na antropologia: o ser humano, muito an
de inventar códigos linguísticos, já lia o seu mundo.

Enfim, ser alfabetizado não é só ser capaz de juntar letras para formar sílabas, juntar sílabas para formar palavras e palavr
para formar frases e frases para formar textos, e sim saber o que está lendo e escrevendo ter noção de concordância sabe
se o que está escrevendo tem coerência dizer que um sujeito é alfabetizado não é tão simples como parece.

“Progredir alfabetização adentro não é uma jornada tranquila. Encontram-se muitos altos e baixos nesse caminho, cujos
significados precisam ser compreendidos. Como qualquer outro conhecimentono domínio cognitivo, é uma aventura
excitante, repleta de incertezas, com muitos momentos críticos, nos quais é difícil manter ansiedade sob
controle.”( FERREIRO, 2001)

Na maioria das vezes as crianças são alfabetizadas na escola, mas a escola vai além do alfabetizar a escola tem como objeti
formar pessoas leitoras competentes e dar sentido ao ato de ler e escrever formar sujeitos amantes dos livros cidadãos
alfabetizados e letrados.

A alfabetização é um processo que não termina, pois no decorrer de nossas vidas estaremos sempre em constante
aprendizagem, seja na questão intelectual na escrita ou na fala estar aprendendo é estar se alfabetizando.

Tem-se tentado, ultimamente, atribuir um significado demasiado abrangente a alfabetização, considerando-a um processo
permanente, que se estenderia por toda vida, que não se esgotaria na aprendizagem da leitura e da escrita. É verdade que
de certa forma, a aprendizagem da língua materna, quer escrita, quer oral, é um processo permanente, nunca interrompid
(SOARES, 2012 pág. 15)

Alfabetizar não é apenas ensinar códigos de língua escrita não deve de maneira alguma ser um processo mecânico hoje nã
basta apenas saber ler e escrever, mas que se saiba fazer uso da leitura e da escrita.

Pode se concluir da discussão processo de alfabetização a respeito do conceito de alfabetização, que essa não é uma
habilidade, é um conjunto de habilidades, o que a caracteriza como um fenômeno de natureza complexa, multifacetado. E
complexidade e multiplicidade de facetas explicam por que o processo de alfabetização tem sido estudado por diferentes
profissionais, que privilegiam ora estas ora aquelas habilidades, segundo a área do conhecimento a que pertencem.
(SOARES, 2012 pg.18)

Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser
letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado até porque alfabetizado é aquele indivídu
que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, interpretar, mas, que responde adequadamente às
demandas da sociedade voltada ao uso adequado da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no
contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser não apenas alfabetizado, mas também
letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social de cad
um. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada.

Alguns estudos sobre alfabetização e letramento vêm, contribuindo para a reflexão sobre novas possibilidades de ação
pedagógica com a linguagem verbal, na perspectiva de repensarem-se metodologias de trabalho que favoreçam a constru
crítica e a formação de sujeitos letrados.

O letramento surge sempre envolvido no conceito de alfabetização, o que tem levado, a uma interpretação errônea desse
dois procedimentos, sendo que o conceito de letramento prevalece sobre o de alfabetização, porém não se podem separa
os dois processos, pois a princípio o estudo do aluno no universo da língua escrita se dá justamente por meio desses dois
processos: a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a
língua escrita , o letramento.

Na escola a criança deve interagir de maneira firme e constante com o caráter social da escrita e ler e escrever textos
significativos e que os levem a buscar mais, devem ouvir histórias que gostam para estimular e sua capacidade de interpre
e a sua imaginação. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo, o letramento focaliza os aspectos sóci
históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade.

A criança deve ver a escrita como momento natural de seu desenvolvimento e não como treinamento imposto de fora par
dentro: "o que se deve fazer é ensinar às crianças a linguagem escrita, e não apenas a escrita das letras" (vigotsky,2007)

A alfabetização deve seguir lado a lado com o letramento apesar de serem dois processos de significados diferentes deve
como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas
sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação ao aprendizado; entendendo que a
alfabetização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino
aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada .

Letramento é informar-se através da leitura, não apenas do que está escrita, mas quando por exemplo, uma pessoa identi
uma placa de pare, ou um sinal de proibido fumar, ou um sinal indicando silêncio, mesmo não sendo alfabetizada, isso é
letramento. Estar letrado é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertind
se com as histórias em quadrinhos, caça palavras, seguir receita de bolo, a lista de compras etc.

Ser letrado é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhor
amigos. Letramento é descobrir o mundo através da leitura e da escrita é ler e compreender não apenas decodificar texto
estar vivendo no mundo do conhecimento constante é estar dentro da história quando você lê um texto, um conto, ou um
história e consegue capturar a sua essência aí você passa a fazer parte dela e isso é mágico.

Segundo FREIRE: “A narração, de que o educador é sujeito, conduz os educandos a memorização mecânica do conteúdo
narrado. Mais ainda, a narração os transforma em "vasilhas”, em recipientes a serem enchidos pelo educador.” (FREIRE,
1987. Pág.57)

O processo de letramento está associado ao papel que a linguagem escrita exerce na sociedade.

Assim, o processo de letramento não se dá somente na escola. Os espaços que frequentamos, os objetos e livros a que
temos acesso, as pessoas com quem convivemos, também são agências e agentes de letramento tudo que nos rodeia e no
passa informação de uma maneira ou de outra é um veículo de letramento.

O letramento consiste em possibilitar o contato aos diversos gêneros literários levando a compreender os que eles trazem
Por isso são de foco principal nesse estudo a leitura de textos e histórias infantis e sua contribuição como recurso Pedagóg
no processo ensino-aprendizagem.

Nossa primeira tipologia escolhida foi o conto com o título de “A bela Adormecida” da obra Contos Grimm publicado em
1812. Este conto pode ser trabalhado no letramento de crianças a partir dos 4 anos. Neste conto temos a oportunidade de
despertar a criatividade, imaginação. Por se tratar de texto que agrada o leitor da faixa etária é possível desenvolver o háb
pela leitura.

Com o conto ainda é possível desenvolver habilidades sociais, enriquecer e ampliar o vocabulário e desenvolver o raciocín
lógico e rápido.

Fábula é uma das mais antigas formas de contar história que ainda prende a atenção dos pequeninos, por isso nosso
segundo gênero escolhido. O autor Esopo utiliza diversos bichos como personagens em suas fábulas. Esse modelo de
narrativa como objetivo de leitura para crianças é recomendado, principalmente pela natureza alegórica de seu discurso e
pela possibilidade de discussão sobre a moral, levando o leitor a questioná-la e relacioná-la com o mundo real.

Terceira escolha a lenda como por exemplo, A lenda do Saci é uma das mais conhecidas pela popularização com Monteiro
Lobato no Sitio do Pica Pau Amarelo. A lenda é uma narrativa de cunho popular que é transmitida principalmente de form
social de geração para geração. Elas são frutos da imaginação das pessoas que as criam. Ela tem a função de divertir, ensin
e fixar os costumes e crenças de determinada região.

A utilização do texto para a alfabetização em sala de aula é algo muito importante, onde o professor deve criar estratégias
para ensinar de acordo com as características individuais de seus alunos, isso envolve leitura, produção de textos
promovendo a alfabetização e também o letramento.

Por muito tempo o espaço do texto ficou relegado ao trabalho com análise linguística, o ensino tradicional tomava como
unidade de estudo a estrutura da oração e do período. Só a partir década de oitenta, opondo-se a essa maneira de ensino
língua portuguesa, começam a despontar propostas de trabalho diferentes que tomam o texto como unidade de estudo
essencial e com o reflexo das contribuições da Linguística Textual, da Teoria dos gêneros, da Sociolinguística, da Análise do
Discurso, passou-se a ver o texto como unidade básica da interação verbal.

A Educação Infantil é uma etapa fundamental do desenvolvimento escolar das crianças. Nessa fase, as crianças recebem
informações sobre a escrita, quando brincam com os sons das palavras, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os
termos, manuseiam todo tipo de material escrito, como revistas, gibis, livrinhos, etc., momento em que o professor lê text
ou histórias para os alunos e/ou escreve os textos que os alunos produzem oralmente. Essa familiaridade com o mundo do
textos proporciona maior interação na sociedade letrada.

As práticas pedagógicas de língua materna tem sido alvo de uma constante preocupação pois, os alunos enfrentam muitas
dificuldades no que diz respeito ao desenvolvimento da proficiência em leitura e compreensão de textos. No entanto, não
pode esquecer que é função da escola formar alunos com capacidade de fazer uso da linguagem como instrumento de
aprendizagem, utilizando informações que os textos contêm, bem como conhecer e analisar criticamente a utilização da
linguagem como um transporte de valores e classe, credo, gênero ou etnia. Em sala de aula o professor deve utilizar vário
gêneros e não apenas ficar centrado nos livros didáticos, utilizar várias maneiras para melhor ensinar abrir um leque de
possibilidades e maneiras diferentes de passar conhecimento.

Tais informações nos mostram e reafirmam que é muito importante se explorar a diversidade de gêneros em sala de aula,
está bem concretizada em muitas das práticas dos professores, no entanto, sabemos que não é a presença dessa pluralida
de gêneros que vai gerar a produção de alguma diferença maior, mas sim a uso adequado dos textos e seus gêneros em
função de uma busca significativa em uma melhor aquisição da linguagem e da escrita pelos alunos.

Quanto ao aspecto alfabetização, além alfabetizar a escola também tem como função formar cidadãos alfabetizados e
letrados, pois se os alfabetizadores não trabalharem esses aspectos só irá continuar a formar pessoas incapazes de assum
sua cidadania de forma plena e pra isso é preciso se forme cidadãos não apenas alfabetizados, mas também letrados. Log
não só o professor de Língua Portuguesa, mas o corpo docente como um todo deve ser responsável pela trajetória de
sucessos e de insucessos que acompanha a formação do alunado.

Assim sendo , se pudermos compreender o texto como uma a unidade básica da linguagem verbal, é de nosso dever utiliz
lo como veículo mediador em nossas aulas e torná-lo cada vez mais presente na escola e na vida dos nossos alunos trazen
para dentro do contexto educacional a diversidade de gêneros textuais disponíveis em toda a sociedade, até porque saber
e escrever não é suficiente para vivenciar de maneira plena a cultura escrita, para ler diferentes gêneros textuais e respon
as demandas da sociedade em que se vive atualmente. Detectar os principais aspectos que as leituras auxiliam no
aprendizado da criança da Educação Infantil.

Proporcionar um conhecimento mais histórias infantis não é apenas divertimento nem uma forma de entreter as crian
mas sim aprendizagem conhecimento e a formação de novos leitores.

Contribuir, através desse estudo possibilitando uma troca de teoria e prática, apontar alternativas metodológicas como a
leitura pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem da criança inserida na Educação Infantil sobre o assunto,
esclarecendo que a leitura de histórias infantis não é apenas divertimento nem uma forma de entreter as crianças, mas sim
aprendizagem conhecimento e a formação de novos leitores.

Contribuir, através desse estudo possibilitando uma troca de teoria e prática, apontar alternativas metodológicas como a
leitura pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem da criança inserida na Educação Infantil.

1) Que aspectos da leitura se pode enfatizar?

A escola deve proporcionar aos alunos conhecimentos que os tornem capazes de vivenciar, em outros espaços e situações
diversas práticas sociais de leitura. Para isso, o professor deve trazer à sala de aula as práticas de leitura relevantes para a
efetiva participação cidadã. Com esse objetivo, o professor da situação-problema

deseja apresentar diferentes gêneros textuais adequados às possibilidades e à sua faixa etária da turma. Os livros escolhid
deverão apresentar desafios que sejam possíveis aos alunos e que favoreçam a construção dos conhecimentos. O professo
deve trabalhar de forma explícita as capacidades requeridas para a leitura das obras selecionadas, possibilitando aos alun
constituí-las ou ampliá-las.

2)A leitura feita pelo professor entra neste trabalho?

Para responder esta pergunta teremos que estabelecer relações, pois não a encontraremos explicitamente no texto. O
professor, como cidadão, vivência e explora diferentes práticas sociais de leitura e, por meio das leituras que fizer para a
turma, poderá expor comportamentos e estratégias usadas durante o processo. A leitura feita pelo professor será, para os
alunos, uma grande fonte de informações. Segundo a intenção do professor, exposta na situação-problema, ele poderá ler
diferentes gêneros textuais, ampliando o conhecimento dos alunos sobre os comportamentos leitores que apresentar, sob
as características do gênero, sobre suas preferências literárias, entre outros.

3) Aprender a ler é o mesmo que decodificar o texto?

Diante de tudo o que foi estudado, sabemos que não. Aprender a ler implica muito mais do que a decodificação.

Durante a leitura, o sujeito não apenas relaciona símbolos escritos a unidades de som, mas também constrói significados
sentidos dos textos escritos. Assim, aprender a ler não é somente aprender a decodificar e descobrir palavras nos textos, m
é também aprender a construir os seus possíveis sentidos lidos por meio da negociação de significados, do conjunto de
referências semânticas constituídos pelos sujeitos na interação com os textos, com base em seus sentidos pessoais e suas
experiências.

4) Quais livros usar? Quais os gêneros mais adequados? Será que devemos considerar somente os gêneros ou existem out
critérios? Quais?

Podemos afirmar que outros critérios podem colaborar para tais respostas, por exemplo, algumas características do grupo
observadas pelo professor são bastante relevantes: os alunos se interessam por ouvir histórias e leituras de notícias do
jornal; cinco alunos que conseguem ler textos simples e curtos, como títulos de livros, manchetes de jornais e revistas,
adivinhas e poemas; gostam de folhear livros com imagens; preferem histórias de livros ilustrados e outros cinco alunos n
demonstram interesse pelas atividades de leituras.

Diante do exposto podem ser usados livros e outros portadores textuais que atendam aos interesses dos alunos e aos
propósitos do professor: livros ilustrados de diversos gêneros; diferentes textos de jornais, como notícias, tirinhas,
entrevistas, manchetes, etc.; livros de poemas (variando o tema para tentar conquistar diferentes crianças); livros de
adivinhas; histórias em quadrinho (por serem ilustradas e possuírem textos curtos e em caixa alta); outros livros e textos
ainda não apresentados pelo professor como livros informativos sobre variados temas agradem o grupo e que talvez atrai
aqueles que ainda não se interessaram por leitura.

Em todas essas escolhas, é fundamental que o professor preserve a fonte original dos textos, pois elas carregam informaç
de contexto que são essenciais às inferências dos leitores.
Ao observar e conhecer melhor o grupo de aluno, o professor encontra elementos que orientam suas escolhas e possibilit
que ele avance para os demais aspectos que o trabalho de leitura exige. Por meio da leitura de contos ilustrados, por
exemplo, o professor poderá trabalhar com a turma diversos comportamentos leitores. Da mesma forma que ao ler poem
poderá focar em estratégias que favorecem a reflexão sobre o sistema de escrita.

Textos que se sabe de memória na alfabetização

Situação problema;

O processo de alfabetização e letramento é marcado por muitos desafios. Os alunos envolvidos mobilizam conhecimentos
fazem relações entre o que lhes é apresentado e tudo aquilo que já sabem, levantam hipóteses, arriscam-se em tentativas
aproximações para compreender o sistema alfabético. Conhecem e fazem uso de práticas sociais de escrita e leitura, mesm
não sendo escritores e leitores convencionais. Assim, se tornam cada vez mais competentes no uso da língua.

Os professores também são mobilizados por variados desafios: precisam planejar situações que ajudem seus alunos e que
eles atinjam os objetivos pedagógicos, possibilidades e condições de trabalho em sala de aula.

Portanto, além de amplo conhecimento acerca do objeto de estudo, os professores precisam conhecer muito bem seus
alunos, compreender o que sabem, o que precisam aprender e como aprendem.

A situação-problema que apresentamos a seguir contribui para você enfrentar questões cotidianas na sala de aula de
professores do 1º ano, como: que tipo de textos ajudam mais as crianças no início da alfabetização?

Em uma sala de aula de 1º ano, o professor deseja trabalhar com textos da tradição oral na alfabetização.

Porém, tem dúvidas sobre como proceder para selecionar os textos: quais são mais adequados? Que tipo de apoio eles
oferecem? Que propostas podem ser desenvolvidas com base nesses textos?

Seu desafio é ajudar esse professor planejando uma atividade baseada em um texto que pode ser conhecido de memória

Começo com uma atividade para desenvolver com os alunos em sala de aula.

1ª Ação: Sítio do Sr. Juca

· Disponha os alunos em círculo ou em “u” e apresente esta ou outra ilustração semelhante, em slide ou cartaz.

· Apresente o sítio do Sr. Juca e pergunte se conhecem e o que costuma ter em um sítio. Deixe que relatem suas
vivências.

· Solicite que criem, com o colega do lado, uma historinha envolvendo o ambiente do sítio do Sr. Juca. Se
apresentarem dificuldade, faça perguntas como:

· Tem animais? Quais? Quantos?

· Existem plantas e frutas?

· Como o Sr. Juca cuida de seu sítio?


· O que o Sr. Juca pode fazer com as frutas que sobram?

· Deixe que falem aos demais colegas, sobre o que imaginaram. Propósito: Mobilizar conhecimentos para a elabora
de problema considerando uma frase apresentada.

Discuta com a turma:

· Qual informação foi apresentada inicialmente?

· O que você consegue fazer com a informação apresentada?

· De acordo com a frase ou situação dada, você é capaz de pensar em uma pergunta?

· A pergunta que você pensou está relacionada com a frase apresentada?

· O que você precisa saber ou fazer para responder a essa pergunta?

· Quais são os dados necessários para responder a essa pergunta?

· Esses dados são coerentes com a frase apresentada?

· Esses dados são coerentes com a pergunta criada por você?

· É possível chegar a uma solução para o problema que você criou?

Materiais complementares:

Textos com figuras que ajudem os alunos.

1)Quais são mais adequados?

· Abecedário de Bichos

· Lá vem história

· Cada bicho seu capricho

2)Que tipo de apoio eles oferecem?

· O Abecedário dos bichos brasileiros é uma obra de Geraldo Valério, publicada pela Martins Fontes, que combina o
alfabeto com os animais da fauna brasileira. As belíssimas ilustrações são do biólogo Humberto Conso. Júnior. Do
mesmo autor e com uma proposta similar, há também o Abecedário das aves brasileiras.

· Lá vem história, de Heloisa Pietro, também publicado pela Companhia das Letrinhas, é uma coletânea de contos q
traz clássicos como O Negrinho do Pastoreio e Macunaíma e outras histórias fantásticas para o público infantil.

· Que criança nunca sonhou em ser grande? Clara aborda justamente esse desejo dos pequenos de bancar os adul
de uma forma leve e divertida. Os autores são Ilan Brenman e Silvana Rendo, e a publicação é da Brinque Books.
3)Que propostas podem ser desenvolvidas com base nesses textos?

Abecedário de Bichos

O livro possui os poemas de Carlos Rodrigues Brandão estruturados pela ordem alfabética dos títulos, todos os títulos são
nomes de animais. Para cada poema, crianças da cidade de Pirapora, no Norte de Minas Gerais, fizeram um desenho, que
ilustra o livro de forma diferenciada. A prosa poética também invade o livro no começo e no final, quando o autor explica
proposta e convida a se divertir com o livro. Ao final ainda há espaço para a criança desenhar e atividades pedagógicas.

Recomendado para leitores iniciantes (início da alfabetização).

Lá vem história

Aprender pela escuta, pegando carona na voz de alguém que é conduzido por olhos atentos às páginas de um livro. Ler pa
as crianças não é só um exercício que desperta o encantamento, mas um diálogo que auxilia o desenvolvimento da
linguagem na primeira infância e o estabelecimento de vínculos afetivos.

O artigo “Aprender a partir da leitura em voz alta dos adultos”, publicado pelas pesquisadoras Ana Teberosky e Angelica
Sepúlveda, da Universidade de Barcelona, na Espanha, confirma a riqueza de aprendizados gerados apartir da leitura de
histórias, seja para a formação do corpo, do pensamento ou das emoções entre zero e seis anos. Essas informações são
trazidas pelo nosso parceiro Laboratório de Educação, no post do dia 11 de fevereiro.

Ampliando a “leitura.”

Segundo a pesquisa, ao escutar e se relacionar com as palavras do outro, que ganham vida por meio de livros, poemas,
notícias, canções e outros textos, as crianças são capazes de ampliar o conhecimento em relação à linguagem oral e escrit
construindo significados a sua própria maneira.

“É um processo que alimenta as potencialidades desse princípio da vida e que estimula uma concepção ampliada de
“leitura.”

No estudo, a leitura do adulto pode ser entendida também como a leitura da própria criança, tanto no sentido da
substituição da ação, quanto no sentido metafórico. “O sentido vicário acontece quando a criança participa da leitura por
meio do outro que lê, ao escutar, apontar, olhar, nomear, perguntar e comentar aquilo que é lido”, afirma.

Por outro lado, o sentido metafórico “deriva de um ‘como se’: como se lesse as leituras que são compartilhas, quando
participa dela”, pois ela compreende o que está sendo dito.

A leitura dos adultos, sejam eles pais, mães, cuidadores ou professores, prepara a aprendizagem infantil para o
desenvolvimento da linguagem, uma espécie de primeiro passo da formação de leitores autônomos e com melhor
desempenho escolar.

O trabalho realizado por Ana Teberosky e Angelica Sepúlveda buscou analisar a prática da leitura em voz alta para as
crianças, seus benefícios, explorando a escolha dos livros e maneiras de ler. As autoras defendem que essa escuta leva a
construção de um vocabulário mais rico e ao desenvolvimento de uma linguagem mais complexa e elaborada pelos
pequenos.
Para os bebês, por exemplo, pode ser uma boa oportunidade de interação com uma linguagem diferente da cotidiana
apresentada pelos adultos, o que favorece a ampliação do repertório de palavras conhecidas. Aos poucos, os pequenos
leitores vão identificando o livro, enquanto um objeto que possui palavras, ordem e estrutura narrativa que compõe uma
história.

Como ler histórias para crianças?

Ler histórias que estão escritas é diferente de reproduzi-las oralmente. Nosso parceiro Laboratório de Educação explora es
assunto em um conteúdo sobre a importância de escutar a leitura de textos, apontando comportamentos de diferentes
idades na primeira infância durante a escuta.

“Cria-se uma relação afetiva quando estamos lendo para as crianças – por exemplo, quando permitimos que se
aconcheguem e se aproximem ao compartilhar as emoções da história. Esse tipo de vínculo favorece o desenvolvimento
emocional das crianças e suas relações sociais com os outros”, aponta o post.

Mesmo quando a leitura passa a ser solitária e silenciosa, transformação que geralmente acontece quando as crianças fica
mais velhas e aprendem a ler, o estudo aponta que a verbalização dos textos pelos adultos segue sendo importante duran
toda a escolaridade. Isso acontece, pois elas têm a oportunidade de observar um leitor mais experiente e aprender a parti
de uma interação de qualidade.

Entrar em contato com situações e sentimentos que aparecem nas histórias pode ser também uma oportunidade de
conversar sobre assuntos difíceis como perdas, mortes e medos em geral.

“A leitura em voz alta se compara a uma peça de teatro, onde a audiência participa e entra, imaginativamente, nos espaço
fictícios e narrativos da cena”, descreve.

Outro formato possível de ser explorado é a poesia, um convite para interagir com ritmo e musicalidade, contribuindo par
formação do imaginário, do jogo simbólico e da criatividade. As lunetas reuniram 15 livros de poemas infantis para
presentear as crianças com poesia.

Possibilidades criadas pela literatura

A literatura infantil é um assunto bastante explorado por aqui. Uma das reflexões trazidas ao Lunetas pela professora e
crítica literária Cristiane Tavares, é que os livros destinados ao público infantil não se resumem a funções utilitárias. Ou se
embora sejam muitas vezes transformados em objeto de consumo ou reduzidos a uma utilidade específica, como, por
exemplo, à exploração do conteúdo escolar, os livros podem ser fonte de fantasia.

“É estranhamento, provocação para os sentidos, encontro de vozes plurais”

Seja com foco nos benefícios gerados às crianças ou simplesmente pelo puro prazer da ação, a leitura em voz alta pode se
no fundo, uma ferramenta, mas também um território aberto de possibilidades. O que as autoras da pesquisa indicam é q
essas experiências sejam naturais e tenham diversidade, criando oportunidades variadas de contato com as produções
textuais, e que possam iniciar de um jeitinho que não parece algo obrigatório a se fazer ou seja desagradável para as
crianças.

Considerações acerca da situação-problema


A alfabetização e letramento são processos sobre os quais sempre me instiguei a entender como e de que maneira
acontecem na escola, principalmente na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Entender esses dois processos é indispensável para que, o trabalho na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental sejam significativos para os sujeitos que nela atuam.

Nesse contexto, a alfabetização é entendida como uma técnica que tem como objetivo ensinar a ler e escrever de maneira
coerente, já o letramento se trata da habilidade de fazer o uso da leitura e escrita não só na escola, mas em outros espaço
sociais. Assim, alfabetizar e letrar são interdependentes. Então quando bem articulados ao planejamento de um educador
podem trazer benefícios, ou seja, uma aprendizagem mais significativa e eficaz na vida dessas crianças.

O principal objetivo desta monografia é ressaltar a função da Educação Infantil, e entender como o letramento pode ser
executado nesta etapa, e de que maneira isso se evidencia. Para isso, a pesquisa empírica buscou entender como a
alfabetização e letramento são trabalhados em duas escolas públicas dos municípios de Toparei e Porto Mauá. Foram
entrevistadas três educadoras da Educação Infantil, duas destas lecionando em uma mesma instituição e uma em outra
instituição, ambas públicas. Também foram entrevistados três pais de crianças que frequentam a Educação Infantil. Os
nomes utilizados ao longo do texto são fictícios para preservar a identidade dos pesquisados.

No primeiro capítulo, trago a alfabetização e letramento em outra perspectiva, a de leitura de mundo. Alfabetizar e letrar
sim aprender a ler e escrever de maneira coerente, mas também, é a compreensão do mundo, a sociedade, o tempo e o
espaço, sendo interpretados, de modo que compreendam a realidade pois, nessa perspectiva a leitura e a escrita ainda nã
são executadas sistematicamente. Nesse sentido, a alfabetização e letramento são processos que podem estar presentes n
cotidiano da maioria dos seres humanos, e são necessários para que possam inserir-se na realidade e entender,
compreender o mundo, a sociedade no qual se encontra.

No segundo capítulo, ressalto a etapa da Educação Infantil e suas especificidades, destacando o que de fato acredito,
pautado nas obras de pesquisadores da infância, que seja ideal estar presente no cotidiano das crianças que frequentam
esse ambiente. Então evidencio a possibilidade de elaboração de um currículo que tenha com base os princípios éticos,
políticos e estéticos que garantem experiências e vivências de modo que se desenvolvam. Então, por meio currículo
elaborado pelos educadores das escolas pesquisadas, é que se pode organizar um planejamento que atinja as metas e
objetivos estabelecidos no Projeto Político Pedagógico.

Para a organização deste, proponho que sejam elencados os campos de experiência conforme a Base Nacional Curricular
Comum apresenta.

A Educação Infantil precisa levar em conta que, esta é uma fase em que as crianças estão em desenvolvimento, e por isso
precisa proporcionar vivências significativas. São essas vivências que se dão de maneira lúdica, por meio do brincar, do
descobrir o mundo e a si mesmo que fazem parte do dia a dia nesta etapa. É por meio desse ambiente curioso que sugiro
que esta etapa seja um ambiente que evidencia o letramento de maneira que os instigue ao mundo letrado. A educação
Infantil não tem como foco a alfabetização, mas sim proporcionar o letramento e o contato com mundo da leitura.

Ressaltando-o, no terceiro capítulo, que a alfabetização se inicie nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Destaca-se a perspectiva de alfabetizar letrando, em um ambiente alfabetizador que interligue com o planejamento do
educador.
6. EDUCANDO E SEUS EDUCADORES

Não poderíamos aqui falar tanto das inúmeras formas de educação popular sem pelo menos entendermos asduas princip
engrenagens fundamentais para que o ato educativo aconteça. Os educandos e seuseducadores.

6.1. EDUCANDOS

Para que possamos falar um pouco sobre os educandos, temos que responder à alguns questionamentos sobreeles. Quem
são? Quais as suas perspectivas? O que os levaram a abandonar o ensino regular? Por que a EJA?Essas são algumas das
perguntas principais que precisamos responder para entender os alunos da EJA, porémnão são as únicas, sendo os
educandos dotados de inúmeros questionamentos sobre seu retorno à escola e asua aquisição de conhecimentos.Então
agora vamos começar a responder aos questionamentos. Os alunos da EJA, são aqueles que nãotiveram a possibilidade
concluir os seus estudos no seu tempo regular. Ele vem agora buscar sua inserçãonesta sociedade, que na maioria das vez
é entendida como “falsa erudita”, onde o mercado “capital”, buscacada vez mais pessoas com elevados graus de letramen
Mais quem afirma que esses educandos não sãoletrados? Ninguém, ou melhor, o mercado.

Acreditamos aqui que todo o ser social ele tem seu grau deletramento individual, isto porque, não podemos deix
de considerar o letramento fora da escola. Este indivíduobusca o letramento dentro da escola, mas não deixou de adquirir
seu letramento fora dela.Esses educandos são os adultos, que um dia receberam uma educação bancária, que não respeit
umatransferência mútua de conhecimentos, fazendo que conteúdos fossem depositados em cada um. Graças aPaulo Freir
esta concepção foi bastante criticada, principalmente em seu livro Pedagogia do Oprimido, queretrata justamente a opres
que esses estudantes receberam de opressores, que não são os professores,mas todo o sistema educativo. Os educandos
educação popular eram tratados com preconceitos e hoje estepreconceito ainda não deixou de existir, mas, acontece em
insignificante quantidade, por aqueles que aindainsistem em oprimir quem não merece ser oprimido. A falsa caridade, da
qual decorre a mão estendida do “demitido da vida”, medroso e inseguro, esmagado evencido. Mão estendida e trêmu
dos esfarrapados do mundo, dos “condenados da terra”.

A grande generosidade está em lutar para que, cada vez mais, estas mãos, sejam de homens ou de povos, se
estendammenos em gestos de súplica. Suplicas de Humildes a poderosos. E se vão fazendo, cada vez mais, mãoshumanas
que trabalhem e transformem o mundo. (FREIRE, 1997:42).Esta citação do mestre Paulo Freire, refere-se justamente ao qu
o educando sofreu e ainda sofre ao longo dotempo. Vivem em uma sociedade em que precisam todos os dias se curvare
aqueles que são seusopressores. Por isso, o novo conceito de educação libertadora proposta por Freire, diz que os
conhecimentosletrando é mais do que ensinar ler e escrever, mas acima de tudo é perceber o uso da leitura e da escrita n
contexto social, como uma prática que faz parte da realidade social de cada sujeito.

A razão da escolha do tema alfabetização e letramento se dá devido a percepção, durante minha trajetória como educado
de crianças atuando na Educação Infantil com habilidades avançadas na leitura e escrita. Será mesmo que está habilidade
precisa ser desenvolvida antes de ingressar nos Anos Iniciais? O que de fato pode ser evidenciado na Educação Infantil?
alfabetização ou letramento? No decorrer do texto, o leitor entenderá como e de que maneira ressalto que estes processo
podem ser evidenciados na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Quando pensamos em alfabetização e letramento, logo ponderamos que este processo se inicia ao ingressar nos anos inic
do Ensino Fundamental, ou até mesmo na Educação Infantil. Entretanto, ressalto que alfabetizar e letrar são práticas que
precisam ser executadas em seu tempo, em meio ao desenvolvimento de cada sujeito e sua mãe por exemplo está sendo
estimulado pelos adultos a iniciar o processo de aquisição da oralidade, que se inicia por meio de conversas, cantigas e
histórias. Através desses estímulos, começam aperceber que as coisas, os objetos e as necessidades básicas possuem um
denominação, econsequentemente surgem as primeiras tentativas de expressar sua necessidade por meio da fala.Esse
vínculo afetivo desde muito cedo é, como uma base para que, ao nascer, crescer e ingressar na EducaçãoInfantil os sujeito
estejam provocados e instigados ao processo de alfabetização e letramento. É por meiodesse processo que se inicia, antes
mesmo de nascerem, que a oralidade vai se constituindo, contribuindo parao processo de alfabetização e letramento num
perspectiva de leitura de mundo.Conforme este sujeito cresce, vai percebendo que tudo ao seu redor tem um significado
aos poucos inicia umprocesso de leitura de mundo, interpretando e conhecendo o espaço em que está inserido. Isso signi
quemesmo sem saber que um determinado objeto pode ser lido e tem uma grafia, entende e interpreta que omesmo tem
sua função. Como exemplo disso, pode se pensar em uma criança que necessita para dormir uma chupeta e, toda noite
antes de deitar-se encontra este objeto para usá-lo. Esta criança mesmo sem saber que achupeta possui uma grafia,
interpreta e entende que objeto é este, e que é necessário para que possa dormir.

Além disso, o ambiente em que está inserido apresenta representações de variados lugares com que se
deparacotidianamente, ou seja, toda representação de uma loja por exemplo, com roupas e manequins na vitrinemesmo
que não saiba sua denominação, interpreta que este local representado é uma loja de roupas. Ferreiroafirma:Muito antes
serem capazes de ler, no sentido convencional do termo, as crianças tentam interpretar osdiversos textos que encontram
seu redor (livros, embalagens, comerciais, cartazes de rua), títulos (anúnciosde televisão, histórias em quadrinhos, etc...)
(1996, p.65).Logo que se inserem no espaço em que vivem, vão percebendo que as representações estão presentes porto
os lados, bem como que necessitam se apropriar, entender o modo como as pessoas se comunicam,mesmo que ainda não
saibam ler e escrever no sentido convencional. Assim, a alfabetização e letramento“passa a ser entendida como um longo
processo que começa bem antes do ano escolar em que se espera quea criança seja alfabetizada e consiga ler e escrever
pequenos textos” (BRANDÃO; ROSA, 2010 p.20.

A alfabetização e letramento se inicia antes de os sujeitos ingressarem na escola, pois inseridos na sociedadeem que vivem
tem de interpretar as representações que seu cotidiano oferece, os livros, folders, anúncios entreoutras e localizar-se no
espaço social. A Educadora Carla afirma (pré de 5a):Acredito que a alfabetização e o letramento é um processo que começ
muito antes da entrada da criança naescola, então, o aluno que ingressa na pré-escola já vem com um conhecimento de
mundo bastante amplo,tendo curiosidades e desejos e o professor deve estimular e aprimorar, a fim de que encontre senti
para estarna escola.Não se trata da alfabetização e letramento somente como o ato de ler e escrever, este processo é mui
maisamplo que este simples ato, ele envolve tudo ao nosso meio, ao nosso redor, então, o nosso cotidiano gira emtorno d
alfabetização e letramento, é aprender a linguagem do mundo. Assim, ler o mundo é um estudo do serhumano no decorr
de seu desenvolvimento na sociedade para que possa compreender o espaço, as coisas,os objetos, e executar tarefas simp
de seu dia a dia. A leitura e escrita são atividades de linguagem quepertencem ao cotidiano de todo ser humano, portanto
importante mediador para inserir-se na realidade.Entretanto, se tratando do processo de alfabetização e letramento na
perspectiva de leitura e escrita, esseprocesso apresenta um conceito mais definido do que é alfabetizar e letrar. A
alfabetização é a capacidade queum sujeito desenvolve de ler e escrever de maneira coerente, reconhecendo
fonemas e grafemasapresentados em um determinado texto. Alfabetizar, é oferecer condições para que a leitura e a
escrita sejamdesenvolvidas neste sujeito com a aptidão de executá-las.Em conformidade com Rangel, “a alfabetização em
seu sentido próprio, específico, envolve o processo deaquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita. Nes
caso, alfabetizar significa adquirir ahabilidade de codificar a língua oral em língua escrita (escrever) e de decodificar a língu
escrita em língua oral(ler)” (2008, p.9). Já o processo de letramento está relacionado com a prática da leitura e da escrita n
contextosocial.Alfabetização e letramento embora tenham suas especificidades, caminham juntas no processo de leitura
eescrita, e nesse sentido, ser letrado é fazer o uso da leitura e escrita, é ler e escrever, mas acima de tudo saberinterpreta
esta ação. Então o letramento interligado com a alfabetização traz uma proposta pedagógica dealfabetizar letrando nos An
Iniciais do Ensino Fundamental, envolvendo práticas de leitura e escrita, o quediscutirei mais adiante.Portanto, a
alfabetização e letramento começa bem antes que as crianças saibam ler e escrever formalmente,uma vez que se trata de
um processo que se faz presente antes mesmo da criança vir ao mundo e se integrarna sociedade. Ele pode estar presente
no cotidiano de todos os seres humanos e conforme se desenvolvempercebem que saber ler e escrever é uma necessidad
para que possam interpretar o mundo a sua volta.

A alfabetização e letramento são processos que estão em construção a todo momento na vida de uma criançaou adulto, is
porque a prática da leitura e escrita torna-os cada vez mais aptos a esse exercício. Entretanto,um sujeito alfabetizado nem
sempre é um sujeito letrado, isso porque o ato de alfabetizar é a habilidade de ler eescrever de maneira coerente, já o
letramento está relacionado com a prática da leitura e escrita conforme seucontexto social. Acontece que nem sempre o
hábito de ler e escrever é incentivado pela escola/educadores eentão formam-se sujeitos apenas alfabetizados, mas
não se constituem como sujeitos que praticam oletramento.Nessa perspectiva que destaco o processo de alfabetiz
letrando nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,evolvendo mais do que aprender a ler e escrever, mas executar esses
processos como uma prática social, emseu dia a dia, sendo o letramento nesse sentido o “resultado da ação de ensinar e
aprender as práticas sociaisde leitura e escrita” (SOARES, 2003, p.39).Um sujeito letrado compreende a importância dessa
prática em seu meio social e tem domínio sob a leitura eescrita, ou seja, é um sujeito que utiliza a leitura e escrita como u
prática social. Para que os educandos dosAnos Iniciais do Ensino Fundamental compreendam a leitura e a escrita em seu
contexto social, destaco apossibilidade da escola, os educadores, os pais, a sociedade em geral fazerem parte da aquisiç
desseprocesso.Primeiramente ressalto que a sala do primeiro ano precisa ser um ambiente alfabetizador, organizado
comdiversas atividades que os próprios alunos desenvolvem, além de livros infantis, jornais, revistas,
folders,cartazes, textos e histórias diversificadas. Ferreiro afirma:Em cada classe de alfabetização deve haver um “canto ou
área de leitura” onde se encontrem não só livros bemeditados e ilustrados, como qualquer tipo de material que conten
a escrita (jornais, revistas, dicionário,folhetos, embalagens e rótulos comerciais, receitas, embalagens de medicamentos
etc.)Quanto mais variadoesse material, mais adequado para realizar diversas atividades de exploração,
classificação, busca desemelhanças e diferenças e para que o professor, ao lê-los em voz alta, de informações sobre “o q
se podeesperar de um texto” em função da categorização do objeto que veicula. Insisto: a variedade de materiais não ésó
recomendável (melhor dizendo, indispensável) no meio rural, mas em qualquer lugar onde se realize umaação alfabetizad
(1993, p.33).Ressalto também, que o ambiente do primeiro ano pode oferecer ludicidade, brinquedos, jogos de modo que
aaprendizagem seja significativa. A criança do primeiro ano depara-se com inúmeras grafias, letras, palavras e sea
alfabetização for proporcionada de maneira lúdica os instigará a aprender de maneira que a leitura e escritaseja algo
prazeroso para ela. Paula, educadora (pré de 4a) diz: “O lúdico é muito importante como estratégia trabalho para o
desenvolvimento de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais na formação dacriança.”A escola é o
principal ambiente que alfabetiza as crianças, é quem ensina de fato a habilidade de ler e escrever,entretanto é na socieda
que alfabetização se concretiza. Por isso, é importante que as crianças percebam queo ato de ler e escrever não é para a
escola, mas sim para que cada sujeito possa inserir-se na realidade, comouma garantia de existência na sociedade em que
vivem. Daí a importância de o educador mostrar que aalfabetização se encontra nos rádios, na TV, nos jornais, nas
revistas, nas ruas, no local onde vivem, epossibilitar que outras pessoas falem sobre sua profissão ou contam uma história
então a alfabetização éextraclasse, não ocorre somente no espaço escolar, ela engloba todo contexto em que estes sujeito
estãoinseridos.Instigados pela curiosidade em aprender a ler e escrever não só no contexto na escola, mas sim
englobandotodo local que vivem, o educador pode utilizar desta disposição das crianças e utilizar a favor do processo
dealfabetização e letramento. Isso significa que o educador precisa levar em conta a cultura, o conhecimento e otempo qu
cada sujeito leva para compreender esses processos.

O planejamento do educador precisa estar interligado com o ambiente no qual ele alfabetiza, este que pode ir
semodificando conforme os avanços das crianças. É muito importante que o planejamento seja
organizadoconforme os interesses e necessidades das crianças de modo que tenha como centralidade o
lúdico,despertando gosto e interesse pela prática da leitura e escrita de modo que compreendam o uso de ambas
emdiversos contextos do cotidiano. Para Carla, educadora (pré de 5a): “fundamental que no processo de
alfabetização, as crianças saibam as funções sociais e as finalidades da leitura e escrita. Só compreendendo epraticando q
a alfabetização terá sentido”.Assim, dá-se a possibilidade de alfabetizar letrando, propondo atividades que envolvam as
práticas sociais dascrianças além do contexto escolar, envolvendo a realidade que cada sujeito vive. Alfabetizar letrando é
mais doque ensinar a ler e escrever, é fazer o uso dessa prática no dia a dia e buscar alternativas para ampliar a leitura e a
escrita. As crianças aprendem a ler e escrever por meio do que vivem, conforme a cultura em que estáinserido, com quem
como interage com outros sujeitos e é por meio dessa interação que a leitura e a escritavão avançando.Ler e escrever não
são apenas habilidades estabelecidas em torno da decodificação; muito mais do que isso,saber ler e escrever significa
apropriar-se das diversas competências relacionadas à cultura orientada pelapalavra escrita, para dessa forma atuar
nessa cultura e, por decorrência, na sociedade como um todo(SCHOLZE; RÖSING, 2007, p.9).

Portanto, alfabetização e letramento andam juntas no processo de aquisição da leitura e escrita, partindo dopressuposto q
alfabetizar letrando é trazer pra dentro da sala de aula a prática da leitura e escrita, conforme arealidade de cada sujeito. “
processos de alfabetização e letramento escolares envolvem, fundamentalmente,a apropriação e o uso competente da
leitura e da escrita de textos variados, com significado e relevância social”(SCHOLZE; RÖSING, 2007, p.38). Assim, a prática
leitura e escrita é buscada pela criança conforme ointeresse e a forma como lhe trará algum significado social, e é por mei
desse interesse que a alfabetização vaise constituindo e sendo ampliada no decorrer de seu processo de alfabetização e
letramento.

Alfabetizando jovens e adultos.

A alfabetização de jovens e adultos está marcada historicamente por muitos insucessos. Precisamos considerar que não só
educadores têm consciência dessa dolorosa trajetória, mas principalmente esses alunos guardam marcas por não terem
alcançado as expectativas escolares, muitas vezes responsabilizados por não aprenderem.Trabalhar com esse público exige
do professor alfabetizador um olhar cuidadoso e diferenciado. A elecabe a tarefa de apresentar a esses alunos uma propo
que considere e valorize seus conhecimentos e experiências e que possa ampliar seus saberes. Para nos aproximar das
questões que envolvem o cotidiano do professor alfabetizador em uma turma de jovens e adultos, propomos a seguinte
situação-problema.

A professora Janaína trabalhou alguns anos com a alfabetização de crianças e sempre gostou muito dos desafios que essa
experiência traz. Acompanhar e promover as aprendizagens das crianças, que aos poucos conseguiam ler e escrever,
construindo seus conhecimentos e ganhando cada vez mais possibilidades para participar de práticas sociais de letrament
realmente foi muito importante em sua trajetória profissional.Em razão dessa experiência, a professora foi convidada a
alfabetizar um grupo de jovens e adultos. Assim que o conheceu, percebeu que as propostas que desenvolvia com as
crianças não poderiam ser simplesmente transpostas ao novo grupo.Muitas questões foram surgindo e mobilizando-a a
pensar nas diferenças entre alfabetizar crianças e alfabetizar jovens e adultos.

· O que diferencia o trabalho com esses dois públicos?

· Que aspectos teórico-metodológicos da sua ação com as crianças podem colaborar na alfabetização de jovens e
adultos?

· Quais outros aspectos específicos precisam ser levados em consideração?

· Seu desafio é responder essas questões escrevendo uma proposta de trabalho para o primeiro ano da turma de
alfabetização de jovens e adultos.

· A proposta deve ter de uma a duas páginas e pode ser apresentada em forma de texto, projeto didático pré-
formatado ou sequência didática. Além de apresentar as idéias e ações, é necessário explicitar seus propósitos e
justificar suas escolhas.

· Saiba o que é preciso para a resolução desta situação-problema.

· Reconhecer as peculiaridades da alfabetização de jovens e de adultos e o que se deve considerar no trabalho a se


proposto.

· Compreender os aspectos teórico-metodológicos da ação docente na prática de alfabetização de jovens e adultos


tais como:

· De que modo assegurar o letramento nas práticas alfabetizadoras, ou seja, que práticas sociais de leitura e de escr
podem ser exploradas?

· Como propor a leitura para os adultos, que livros e outros textos podem ser trabalhados comos alunos?

· Como formar agrupamentos ou duplas de trabalho mais produtivas e colaborativas na aprendizagem?

· É muito importante relembrar os estudos realizados nas unidades anteriores. Assim como o professor que se depa
com o novo grupo e apoia-se no conhecimento que dispõe por meiodo trabalho que desenvolveu de alfabetização
de crianças, você poderá fazer uso das reflexões anteriores para apoiar-se na bucsa de novas respostas.

Resolução

Em sentido estrito, alfabetização é o ensino e a aprendizagem do sistema alfabético de escrita.


Assim,indivíduos alfabetizados – crianças, jovens ou adultos – deverão ser capazes de codificar e decodificar essesistema,
meio da escrita e da leitura. O que difere a alfabetização de jovens e adultos da alfabetização decrianças é especialment
público a quem se destina essa aprendizagem. Os processos cognitivos seassemelham, parcialmente, mas
também guardam grandes diferenças. As semelhanças estão no processo ativodo aprendiz, através de construção e
reconstrução de hipóteses sobre a escrita – de acordo com estudos dapsicogênese da aquisição da língua escrita.Entretan
a alfabetização de jovens e adultos foi, durante muitos anos, concebida e desenvolvida igualmenteao que se propunha
na alfabetização de crianças. As didáticas, metodologias e até mesmo as cartilhasdirecionadas a esse público n
se diferenciavam daquelas dirigidas às crianças. A infantilização de textos eatividades era – e, em muitos casos, ainda pers
– repassada a jovens e adultos, sem levar em conta seusconhecimentos e ciclos de vida, suas experiências e expectativas
seus desejos e suas necessidades emrelação ao aprender a ler e a escrever. A alfabetização de jovens e adultos também
apresenta exigênciasespeciais na formação daqueles que vão atuar junto a esse público. Professores alfabetizadores
precisam terconhecimentos sobre peculiaridades dos interesses de jovens e adultos, muito diferentes dos das crianças;
aomesmo tempo, precisam reconhecer que eles manifestam diferenças, entre si, nas expectativas e demandas noque diz
respeito ao aprendizado.Na década de 60 do século XX, o educador Paulo Freire marcou bem a especificid
do campo daalfabetização de jovens e adultos, ao apresentar uma proposta conscientizadora que levasse em conta não
aaquisição do sistema de escrita, mas também a cultura da comunidade e a visão crítica do mundo. Atualmente,os
programas direcionados a esse campo agregam ao pensamento pedagógico freiriano a compreensão maisampla de
processos de letramento e, portanto, a concepção de que a alfabetização não se reduz as habilidades de decodificação e
decodifcação do sistema de escrita.É essencial, portanto, que o alfabetizando compreenda evivencie as funções reais da
escrita em nossa sociedade, para que seu aprendizado sirva como instrumento deluta na conquista da cidadania. Assim,
pressupostos teóricos e metodológicos de propostas curriculares oumétodos de alfabetização de jovens e adultos devem
garantir o acesso à alfabetização associado aos usos e àsfunções sociais da língua escrita, para que os jovens e
adultos alfabetizados de hoje não se tornem os analfabetos funcionais do amanhã.

O que se pode observar no Brasil é que, a todo o tempo surgem no processo educacional novas campanhas dealfabetizaçã
com a finalidade de envolver a sociedade na responsabilidade pela educação de adultos.Identificamos então
que a partir deste pressuposto, a educação de adultos não acontece somente no ambienteoficial, o ambiente escolar, mas
sim em várias esferas educacionais como ONG’s e sistemas privados, a fim dediminuir cada vez mais, o déficit educacional
pertinente aos adultos.As mudanças ocorridas ao longo dos anos na legislação, por exemplo, nos mostram um avanço
considerável noobjetivo implantado a educação de adultos. O dever de formar cidadãos para o mercado de trabalho,
porexemplo, busca suprir uma necessidade do sistema de capital, ao mesmo modo que supre uma necessidade deeste
jovem adulto de concluir seus estudos para poder se inserir neste mercado.A diferença social e cultural que marca a escol
suas relações humanas, pode ser um ambiente propício paraa expressão das experiências de vida que cada aluno possui.
caso dos adultos, muitos deles são pessoas que vieram de outros estados, possuindo na sua bagagem cultural conhecime
do mundo da vida. O que se pode observar no Brasil é que, a todo o tempo surgem no processo educacional novas
campanhas dealfabetização, com a finalidade de envolver a sociedade na responsabilidade pela educação de
adultos.Identificamos então que a partir deste pressuposto, a educação de adultos não acontece somente no
ambienteoficial, o ambiente escolar, mas sim em várias esferas educacionais como ONG’s e sistemas privados, a fim
dediminuir cada vez mais, o déficit educacional pertinente aos adultos.As mudanças ocorridas ao longo dos anos na
legislação, por exemplo, nos mostram um avanço considerável noobjetivo implantado a educação de adultos. O dever de
formar cidadãos para o mercado de trabalho, porexemplo, busca suprir uma necessidade do sistema de capital, ao mesmo
modo que supre uma necessidade deeste jovem adulto de concluir seus estudos para poder se inserir neste mercado.A
diferença social e cultural que marca a escola e suas relações humanas, pode ser um ambiente propício paraa expressão d
experiências de vida que cada aluno possui. No caso dos adultos, muitos deles são O que se pode observar no Brasil é que
todo o tempo surgem no processo educacional novas campanhas dealfabetização, com a finalidade de envolver a
sociedade na responsabilidade pela educação de adultos.Identificamos então que a partir deste pressuposto, a
educação de adultos não acontece somente no ambienteoficial, o ambiente escolar, mas sim em várias esferas educaciona
como ONG’s e sistemas privados, a fim dediminuir cada vez mais, o déficit educacional pertinente aos adultos.As mudança
ocorridas ao longo dos anos na legislação, por exemplo, nos mostram um avanço considerável noobjetivo implantado a
educação de adultos. O dever de formar cidadãos para o mercado de trabalho, porexemplo, busca suprir uma necessidad
do sistema de capital, ao mesmo modo que supre uma necessidade de este jovem adulto de concluir seus estudos para
poder se inserir neste mercado. A diferença social e cultural que marca a escola e suas relações humanas, pode ser um
ambiente propício paraa expressão das experiências de vida que cada aluno possui. No caso dos adultos, muitos deles são
pessoas que vieram de outros estados, possuindo na sua bagagem cultural conhecimentos do mundo da vida. Por issocab
ao profissional crítico a tarefa de explorar tais conhecimentos e buscar relações entre eles e aquelesnecessários a
aprendizagem na escola.Então, buscamos entender aqui, quem são os jovens e adultos e quem são seus educadores. Com
isso entãonos aprofundamos na leitura de autores como Paulo Freire, Suzana Schwartz, Moacir Gadotti, José Romão,Álvar
Vieira Pinto, Telma Ferraz Leal, Eliana Borges de Albuquerque e Artur Gomes de Morais e Maria Antôniade Souza.Querem
aqui contribuir com este trabalho, na reflexão sobre formação e prática voltadas a EJA, respondendoa questões como: O q
é a Educação de Jovens e Adultos? Quem são seus alunos e seus professores? O quediz a legislação sobre a EJA? Quais são
perspectivas e reflexões que são necessárias a EJA?Por fim, entendemos aqui a responsabilidade que este trabalho tem pa
que haja a discussão e reflexão daspolíticas educacionais existentes para a EJA, tanto para que se possa repensar um
pouco sobre as metodologias utilizadas no processo de ensino-aprendizagem, complementando pesquisas já existentes
sobre o tema.

1. O QUE É A EDUCAÇÃO?

Existem inúmeras definições acadêmicas para a educação e seus conceitos, na qual não iremos dar conta detodas neste
trabalho, porém buscaremos entendê-la a partir de duas perspectivas, os significados restritos eamplos. Então definirei es
sentidos a partir de Álvaro Vieira Pinto autor do livro Sete lições sobre a educaçãode adultos, lançado pela Editora CortezP
(PINTO, 2010), A educação é a formação do homem pela sociedade em que está inserida, ou seja, é oprocesso em que a
sociedade integra o indivíduo em seu modo de ser social, buscando sua aceitação paraatuar em fins coletivos e não
individuais. Nessa perspectiva, “a educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à sua imagem e em
função de seus interesses” (PINTO, 2010). Segundo o autor, a educação dita restrita refere-se à educação infantil e juvenil
vida humana, isto segundo apedagogia clássica. Podemos dizer aqui que pensar desta forma passa a ser um erro, quando
reduzido seuverdadeiro conceito para tal. Este sentido nos leva a entender que a educação é ofertada de
formasistematizada, convencional.Já a educação “em sentido amplo, (autêntico)” (PINTO, 2010), enxerga a educação do se
humano em sua totalidade, incluindo também a educação de adultos. É o sentido mais verdadeiro da educação que visa, a
priori,e concordamos, que a educação ocorre no indivíduo a partir de seu nascimento até o fim da vida. Ou seja, o ser
humano vive em um processo contínuo de educação, onde, a transferência de saberes e a construção deconhecimentos
jamais terminam. É um processo de formação do homem, um fato histórico.

2. EDUCAÇÃO E CULTURA

Falamos no tópico anterior sobre o conceito de educação, concordando com seu sentido que insere a educaçãode adultos
formação integral do indivíduo. Porém agora vamos abordar um novo viés que está inteiramenteintegrado a educação, a
cultura.Na sociedade, a educação se apresenta como um meio de reprodução da cultura. “A educação é a
transmissãointegrada da cultura em todos os seus aspectos, segundo os moldes e pelos meios que a própria cultura
existente possibilita.” (PINTO, 2010)A educação tem a finalidade de transferir a cultura praticada na sociedade. Sendo assi
no ato educativo, são passados os valores sociais, normas e deveres que o indivíduo deve seguir durante toda sua vida soc
Entendemos que tais transferências de valor cultural para um indivíduo, tornam-se algo relevante para suaformação, pois
será transferida para ele desde seu nascimento, tornando-se integrada a seu caráter desde sua base. Assim, “o método
pedagógico é função da cultura existente.” (PINTO, 2010). Entretanto, é possível afirmar que a escola é um ambiente
sociocultural, onde a cultura de sua sociedade é transmitida através da educação. A escola e os educadores têm a função
transmitir o conhecimento através do ato educativo sem desassociar a cultura do conteúdo a ser transferido. Nesse sentid
“o saber é o conjuntodos dados da cultura que se tem tornado socialmente conscientes e que a sociedade é capaz de
expressar pela linguagem. ” (PINTO, 2010). Contudo, é importante ressaltar que a educação se multiplica com sua própri
realização. Quanto mais o homem é educado, mas ele sente a necessidade da educação. Como já dissemos, a educaçã
nunca é acabada, quanto mais o temos, mais a queremos. Ela é intencional. Quando o homem se sente inacabado, necess
adquirir novos conhecimentos, então, é através da educação que ele consegue sua autoconsciência,se insere cada vez ma
na sua cultura social e adquire novos conhecimentos. Então a educação insere-se na cultura como totalidade, processo qu
cria e transmite a cultura social para oindivíduo, sendo a educação um produto ideológico da sociedade cultural.

3. ALFABETIZAÇÃO E SEUS CONCEITOS

Não podemos aqui falar sobre os conceitos da educação e sua inserção na cultura, sem falar da alfabetização. O ato de
alfabetizar se constitui como fator principal na formação do indivíduo como um ser “completo”, libertoda opressão das
classes opressoras que regem as regras de toda sociedade. Isso porque, ao estar alfabetizadoo sujeito social finda se
emancipando socialmente e intelectualmente. Então, entendemos que o ato de alfabetizar vai além do aprender a
codificar e decodificar o sistema de simbologias escritas, pois, a alfabetização está em constante acontecimento na vida d
educando.

Para Telma Ferraz Leal, Eliane Borges de Albuquerque e Artur Gomes de Morais (2010, p.15), A alfabetização consiste na a
de alfabetizar, de ensinar crianças, jovens ou adultos a ler e escrever.

Já Suzana Schwartz (2010, p.24), no sentido etimológico, alfabetizar significa “levar a aquisição do alfabeto”, oque deixa o
termo reduzido a uma estratégia mecânica, articulada com a habilidade de codificar e decodificar grafemas e fonemas. Ela
ainda diz que “o conceito de alfabetização se refere a habilidade de ler e escrever”.Compreendemos então que o ato de
alfabetizar vai muito além do ensinar a ler e escrever, do codificar e decodificar. A alfabetização perpassa a perspectiva d
conhecimento físico para o conhecimento intelectual, quero dizer, que vai além do indivíduo ler, escrever. O ato de
alfabetizar considera todo o aprendizado adquirido pelo educando indo além das paredes da sala de aula, em busca de um
status quo capaz de torná-lo liberto deum sistema educativo falho que não enxerga a sua riqueza intelectual. Sabemos qu
analfabeto funcional, como é chamado os que não sabem ler e escrever, não são analfabetos por completo. Não podemos
dizer que por ele não saber decodificar e codificar letras, palavras, sílabas e etc... , ele seja um completo analfabeto. Cabe
escola trabalhar o processo de ensino eaprendizagem com o objetivo de reverter esta situação de não aprendizado da
linguagem escrita, seja para crianças, jovens e adultos, integrando-os com os conhecimentos de decodificação e codificaçã
intelectual já existentes. Isso é o que pode ser denominado de Alfabetização Cultural.

Entraremos agora no objeto de estudo deste trabalho acadêmico de conclusão de curso, ou seja, a Educação deJovens e
Adultos, mais conhecida como EJA. Não poderíamos chegar aqui sem antes conceituarmos um poucoa educação, a cultura
a alfabetização, que são três fatores de alta relevância na construção do processoensino-aprendizagem e do ato educativo
em si. Porém neste próximo tópico vamos discutir um pouco sobre a EJA, seus educandos e seus educadores,currículo
legislação, propostas, práticas e etc. Não podemos aqui então deixar de falar da alfabetização dosjovens e adultos e da
concepção desta educação como educação popular e outras modalidades destinadas a ela.

4. A EJA E SEUS DIFERENTES TERMOS


Muitas vezes a educação de adultos é definida por termos que na maioria das vezes não lhe pertence. “Por isso falamos e
educação assistemática, não formal e extraescolar, expressões que valorizam mais o sistêmico, oformal e o escolar.”
(GADOTTI, ROMAO, 2011). O que pretendemos mostrar aqui então é o outro lado dessa educação de adultos que é rica em
mesma. Então vamos começar a entender a definição de alguns termos. Segundo Moacir Gadotti, (2011, p. 36):

Os termos educação de adultos, educação popular, educação não formal e educação comunitária, quenão devem ser usad
como sinônimos. Os termos educação de adultos e educação não formal referem-se amesma área disciplinar teórica e
prática da educação.

A UNESCO utiliza do nome Educação de Adultos, para referir-se a uma área especializada da educação, o queé correto em
partes, mas não deve ser desassociada da educação global.Já termo educação não formal que vem sendo utilizado
principalmente pelos EUA para referir-se à educaçãode adultos que se desenvolve nos países de Terceiro Mundo que é
geralmente vinculada aos projetos deeducação comunitária. Carlos Rodrigues Brandão (1984, p.181), define a educação e
três etapas. São elas:

1ª a Educação de classe: entendida como os processos não formais de reprodução dos diferentes modos dasclasses
populares;

2º a Educação popular: como processo sistemático de participação na formação, fortalecimento


einstrumentalização das práticas e dos movimentos populares com o objetivo de apoiar a passagem do saberpopular ao
saber orgânico (saber da comunidade para o saber de classe na comunidade).

3º a Educação do sistema: educação (oficial) que segue os valores e regras dos polos dominantes da sociedade.

5. O ANALFABETISMO E DO NÃO LETRAMENTO DO ADULTO

Então depois de aqui nos problematizarmos um pouco mais sobre a EJA e suas múltiplas definições, vamos abordar o tem
de analfabetismo. Porém, não falaremos aqui sobre o analfabetismo geral, vamos ser maisespecíficos puxando para o
analfabetismo dos adultos.

“O analfabetismo é a expressão da pobreza, consequência inevitável de uma estrutura social


injusta.”(GADOTTI, 2011).

Porém, o pior analfabetismo acontece pela omissão, negação do direito de alfabetização na idade certa porparte dos
opressores (burgueses, classes abastadas), que fazem o sistema de ensino básico ser precário,ocasionando que esses
indivíduos não tenham uma alfabetização adequada.

Atrelado a isto, este indivíduo cresce e por conta da vida adulta, não consegue se alfabetizar da maneira mais correta, pois
tem novas condições mais objetivas como o ter que trabalhar para ter salário, sustento da casa, aprópria moradia e etc.

A escola necessita não somente formar sujeitos sociais alfabetizados, mas também letrados. Os professores,seguindo ao
legado que Paulo Freire, tem que ser libertadores, sendo capaz de despertar o desejo dealfabetizar e letra
do indivíduo. Mas quem falou que o adulto não é letrado e alfabetizado? Existem inúmerasformas de alfabetizar e letrar o
adultos, porém o que afirmamos aqui é a necessidade de uma alfabetização eletramento culto que não pode ser passado
para o indivíduo somente através da escola.
“Até hoje, é o desejo de aprender a ler e escrever palavras e textos que circulam em nossa sociedade que levajovens e
adultos analfabetos a irem/retomarem à escola, as salas de aulas de alfabetização. (LEAL,ALBUQUERQUE,
MORAIS, 2010, P. 15).

Suzana Schwartz (2010, p.41), diz que o objetivo do trabalho didático-alfabetizador é contribuir para que os sujeitos se
tornem usuários autônomos da linguagem.

6. EDUCANDO E SEUS EDUCADORES

Não poderíamos aqui falar tanto das inúmeras formas de educação popular sem pelo menos entendermos asduas princip
engrenagens fundamentais para que o ato educativo aconteça. Os educandos e seuseducadores.

6.1. EDUCANDOS

Para que possamos falar um pouco sobre os educandos, temos que responder à alguns questionamentos sobre eles. Quem
são? Quais as suas perspectivas? O que os levaram a abandonar o ensino regular? Por que a EJA?Essas são algumas das
perguntas principais que precisamos responder para entender os alunos da EJA, porém não são as únicas, sendo os
educandos dotados de inúmeros questionamentos sobre seu retorno à escola e asua aquisição de conhecimentos.

Então agora vamos começar a responder aos questionamentos.

Os alunos da EJA, são aqueles que nãotiveram a possibilidade de concluir os seus estudos no seu tempo regular. Ele vem
agora buscar sua inserção nesta sociedade, que na maioria das vezes é entendida como “falsa erudita”, onde o mercado
“capital”, buscacada vez mais pessoas com elevados graus de letramento. Mais quem afirma que esses educandos não são
letrados? Ninguém, ou melhor, o mercado.

Acreditamos aqui que todo o ser social ele tem seu grau deletramento individual, isto porque, não podemos dei
de considerar o letramento fora da escola. Este indivíduo busca o letramento dentro da escola, mas não deixou de adquiri
seu letramento fora dela.Esses educandos são os adultos, que um dia receberam uma educação bancária, que não respeit
uma transferência mútua de conhecimentos, fazendo que conteúdos fossem depositados em cada um.

Graças a Paulo Freire, esta concepção foi bastante criticada, principalmente em seu livro Pedagogia do Oprimido, queretra
justamente a opressão que esses estudantes receberam de opressores, que não são os professores,mas todo o sistema
educativo. Os educandos da educação popular eram tratados com preconceitos e hoje este preconceito ainda não deixou
existir, mas, acontece em insignificante quantidade, por aqueles que ainda insistem em oprimir quem não merece ser
oprimido.A falsa caridade, da qual decorre a mão estendida do “demitido da vida”, medroso e inseguro, esmagado evenci
Mão estendida e trêmula dos esfarrapados do mundo, dos “condenados da terra”. A grande generosidade e
em lutar para que, cada vez mais, estas mãos, sejam de homens ou de povos, se estendammenos em gestos de súplica.
Suplicas de Humildes a poderosos. E se vão fazendo, cada vez mais, mãos humanas que trabalhem e transformem o mund
(FREIRE, 1997:42).Esta citação do mestre Paulo Freire, refere-se justamente ao que o educando sofreu e ainda sofre ao lon
dotempo. Vivem em uma sociedade em que precisam todos os dias se curvarem a aqueles que são seus opressores. Por
isso, o novo conceito de educação libertadora proposta por Freire, diz que os conhecimentos adquiridos por todos os
educandos devem ser sempre considerados, pois, somente se conhece o que é bom quando se conhece o ruim.Por isso a
perspectiva desses educandos aparece na sua fome de adquirir novos conhecimentos, se atualizar cada vez mais para assi
poder ser mais liberto de um sistema onde opressores oprimem e oprimidos sãosofridos. Porém vale salientar aqui, que n
adiantará uma mutua transferência de conhecimentos sem que mútuas experiências sejam respeitadas. Ai a importância d
professor, que ao nosso ver, está entre os dois lados, o do opressor e do oprimido. Profissional este que tem o dever de
transmitir e respeitar conhecimentos e transferências, eliminando qualquer preconceito existente.Na medida em que esta
visão bancária anula o poder criador dos educandos ou o minimiza, estimulando sua ingenuidade e não sua criticidade,
satisfaz ao interesse dos opressores: para estes o fundamental não é o desnudamento do mundo, a sua transformação. O
“humanitarismo”, e não humanismo, está em preservar asituação de que são beneficiários e que lhes possibilita a
manutenção de sua falsa generosidade. (FREIRE,1997:83).Esta citação de Freire nos indica o real interesse que os opressor
têm com os seus educandos sejam em ensino regular e principalmente na Educação Popular. Não querem indivíduos crític
e sim indivíduos passivos,domáveis, obedientes, para que eles possam através de sua falsa erudição controlar tudo e todo
Vale salientar que quando utilizamos o termo “falsa erudição”, queremos chamar à atenção para dizer que este saber dito
erudito por parte dos opressores, o saber oficial, não é o saber correto a ser seguido, pois, cada ser social buscaem seu
individualismo, seus próprios interesses de aprendizagem. Então, o saber erudito é como uma misturade todos os saberes
em busca de uma perspectiva que atenda a todas as classes sociais, respeitando umas àsoutras, sem que nenhuma seja ti
como maior ou melhor que outro. É como um equilíbrio para que a boa criticidade seja alcançada e a opressão não aconte

Agora retornando ao assunto, queremos aqui, concordar com mais uma citação de Freire, sobre a espécie de lavagem
cerebral que é feita nos oprimidos para que eles ajam como querem seus opressores:“Na verdade, o que pretendem os
opressores “é transformar a mentalidade dos oprimidos e não a situação que os oprime”, e isto para que, melhor adaptan
os a esta situação, melhor os dominem”. (FREIRE, 1997:84). Caso este objetivo não seja alcançado, a da concepção práxis
bancárias, os oprimidos recebem o nome de“assistidos”, mas que são marginalizados e discriminados pela própria socieda
oprimida pelo simples fato denão serem dominados e não se encaixarem na perspectiva da opressão, que é a de formar
cidadãos cada vezmais controlados e passivos.

6.2. OS EDUCADORES

Acima pudemos entender quem são os alunos da Educação de Jovens e Adultos e o porquê eles assim procuram tal
modalidade de educação.

Agora buscaremos aqui entender quem são os educadores da EJA.

Esses profissionais são Pedagogos? Profissionais do Magistério? Existe alguma formação específica para os profissionais da
EJA? É uma modalidade educacional que está além do curso de Pedagogia? E quando o cursode pedagogia e seu currículo
dão conta da EJA? Esses são alguns questionamentos que tentarei esclarecer aqui, levando em conta as ideias de Paulo Fre
e Suzana Schwartz.

“O objetivo do trabalho didático-alfabetizador é contribuir para que os sujeitos se tornem usuários autônomos
dalinguagem”. (Schwartz, 2010:41).

O professor alfabetizador, não deve contemplar somente o sistema de linguagem e tornar o estudante, que é umser de m
luz, autônomo dessa linguagem e da escrita.

O professor é, segundo Paulo Freire, o libertador deste aluno para a vida. Temos que considerar o estudante da EJA como
um ser já com vida praticamente conclusa, o que lhe falta é só a liberdade que o professor tem o papel de lhe dar, através
transferência dos múltiplos conhecimentos. Queremos então chamar a atenção, que o ato de ensinar não é só o método d
transferência de conhecimentos,mas também o ato de respeitar o conhecimento já adquirido dos seus alunos, realizando
soma de suas experiências já existentes com as que o próprio professor terá que transferir, o que chamamos então de troc
de saberes.

Então, o ato de transferir conhecimento vai muito além de ensinar, de aprender, e até mesmo vai mais além do fazer.
Transferir conhecimentos requer necessidades extraordinárias de respeito e de conhecimento por parte do professor que
maioria das vezes não é encontrado em livros ou aprendidos nas faculdades.

Cabe aos professores usarem sua inteligência para assim poder perceber a necessidade real de cada aluno e de cada turm
e assim poder andar com seus alunos, juntos, em um caminho repleto de conhecimentos e boas experiência
(Schwartz, 2010) diz que o professor necessita refletir sobre si, primeiramente, de forma crítica, sobre que teorias ele vai
seguir a fim de ter clareza sobre que correntes teóricas ele irá seguir para embasar sua prática, e decidir que tipo de aluno
ele quer formar. São eles:

· Um aluno copista: que não reproduz, que não transfere e consequentemente não aprende. É o tipo de aluno que
existe na escola somente para copiar o que o professor escreve no quadro, não opina, não aparece para o profess
não entende, quer só terminar o seu estudo na escola e receber sua ficha de conclusão do curso, seja ele
fundamental ou médio. Geralmente este tipo de aluno não estuda, e utilizao método de decoração do que é escri
pelo professor em sala de aula. Esse é o perfil do professor “Professarão”, fazendo referência ao livro
professores e professauros de Celso Antunes, onde épossível enxergar que é o professor que não está
muito preocupado se o aluno aprendeu; este professor deposita o conteúdo estando mais preocupado no
deposito do que na aprendizagem.

· Um aluno reprodutor de ideias: é aquele que não é autônomo de fato. É incapaz, ou melhor, não consegue ter ide
próprias porque a prática docente não lhe permite tal. Às vezes pensa que é mais fácil reproduzir o que o professo
fala, pois acha mais cômodo, do que pensar e tirar suas próprias conclusões, e as vezes esse aluno chega às suas
conclusões tendo ideias maravilhosas, mas, devido aautoridade ainda militar do professor, prefere guardar pra si s
opinião e reproduzir a opinião do outro. Este professor dito por mim como militar, faz jus ao professor autoritário
que prefere impor sua opinião, ao invés de transferir e respeitar ideias. É o professor que pensa que é o dono da
verdade, o detentor de todo conhecimento e que o aluno é a mais pura tábua rasa, independente de esse aluno t
ou não experiências que possa ser trocada.

· Um ser pensante, e autônomo: Este é aquele aluno que pensa, tem criticidade e opinião própria. É oaluno que t
suas experiências e conhecimentos respeitados pelo professor. Ele não recebe depósitos de
conhecimentos e conteúdo, aprende a respeitar opiniões e impõe respeito as suas, é capaz de construir um
conhecimento rico com toda a sala de aula, além de ajudar o professor no ato mais importante; o de aprender de
fato tudo que lhe é passado. Este professor por sua vez, é o questionador, o que desperta o interesse do aluno em
enxergar as coisas da maneira correta, além de aumentar a cede de seus alunos em aprender. É um profissional
inteligente e ao mesmo tempo inquieto que só fica satisfeito quando todos os seus alunos conseguem ser de fato
autônomos em suas ideias e em seus pensamentos. Tendo em vista que discutimos ainda aqui um pouco sobr
perfil de alguns profissionais de educação, introduzimos aqui o que observamos estar bastante presentes nas ma
variadas e inúmeras salas.

· Considerar que esses sujeitos já tiveram no passado uma tentativa de aprendizagem que acabou porser frustrada
pela vida, fazendo-os de certa forma fracassarem. Este sentimento de fracasso pode desencadear neste indivíduo
falsa sensação de incapacidade de aprendizagem e desencadeá-lo parao sentimento de desamparo para com a
aprendizagem. Agora vamos dar continuidade a reflexão sobre outros aspectos inerentes ao professor de jovens e
adultos.

O professor alfabetizador e seus saberes

O saber do professor está constituído em suas experiências, crenças, convicções, valores, ideias, princípios,algumas
correntes teóricas e principalmente em suas estratégias de atuação que organiza, justifica e executasua ação.

O saber do professor vai muito além de algo aprendido por ele no ensino superior em seu curso de licenciatura. Há pouco
anos atrás, era o profissional que tinha o curso de magistério, o “capaz” de alfabetizar os alunos,fossem eles crianças ou
adultos. Ainda hoje temos muitos desses profissionais dentro dos ambientes escolares,e queremos destacar aqui a
importância destes professores que tem como formação o Magistério, como desuma importância para o ato educati
Porém são os pedagogos que tem de suprir hoje a demanda educacional existente no país, pois, os profissiona
com a formação de magistério não conseguem mais darconta sozinhos da educação e do ato de educar, principalmente na
EJA. Mas continuando o raciocínio, os professores alfabetizadores hoje, são os responsáveis por, principalmente,formar
alunos a ler e escrever. São os verdadeiros soldados em pró da erradicação do analfabetismo, e o que os governantes
chamam de analfabetismo funcional. Este tipo de analfabetismo corresponde ao indivíduo que não sabe ler e escrever.

A ideia de ser alfabetizado é a de que os indivíduos que saibam pelo menos escrever seu próprio nome, são alfabetizados
Bem, o que realmente enxergamos é que a alfabetização vai muito além de ler e escrever e é isso que queremos discuti
neste tópico. Percebemos então que a Educação de jovens e adultos se encontra, de certa forma, anestesiada devido
asgrandes agressões sofridas, ocasionando um choque em sua identidade.

Para que se possa recuperá-la, dealguma forma, é necessário que se realize uma contraposição com as três instâncias do
atual sistema deensino. São Elas:

· Dimensão política, que vai muito além da escola, está presente em todo o sistema educativo e é regida pelo órgão
máximo como esferas de governos e secretarias de educação;

· Dimensão Gerencial, que é mais ligada a gestão da educação e não compreende, ao que entendo,somente ao
sistema político, mas também a gestão do ambiente educativo em particular.

Dimensão pedagógica, entende-se que é a principal por se tratar da sala de aula, ambiente mais específico, compreenden
exclusivamente o professor como autoridade máxima dentro de sala de aula, capaz de nortear seus alunos para seguir em
frente.

É a dimensão mais peculiar, se posso assim chamar, por se tratar do ato pedagógico compreendendo sempre os alunos e o
professor.“Na atuação pedagógica deve ser acrescentada a dimensão educativa, que lhe é imputada por força de sua próp
definição institucional. O professor é um educador... e, não querendo sê-lo, torna-se um deseducador.”(GADOTTI, ROMAO
2011:71)

Esta citação acima do artigo de José Romão, sintetiza um pouco o que dizer sobre o papel do professor na formação do
indivíduo. Porém concordamos com ele quando diz que o professor passa a também ser umdeseducador. Então, assim com
um professor que não segue normas oficiais de educação e que é visto por toda a dimensão política e gerencial, como o
profissional que não educa, logo deseduca. Mas, então fica apergunta no ar: como deseducar alguém que ainda não foi
educado? É controverso! Mas vamos responder perguntando: mas que tipo de educação eles estão se referindo? É certo q
o conceito de educação escolar mudou, e muito, ao longo dos anos, cabendo hoje inclusive para a escola, a educação
doméstica, mas quando eles dizem que o professor deseduca, estão querendo dizer que não é aplicado pelo professor a
educação oficial, a planejada pelos governantes cada vez mais burgueses que acham ser dotados de inteligênci
eruditas, mas, esquecem cada turma tem sua especificidade, seu tempo, seu momento, sua peculiaridade, sua fome de
aprendizagem, e o mais importante, seu objetivo, seja em grupo ou seja pessoal.

Em síntese parecem pequenos e frágeis os ombros do professor, face as dimensões, ao peso e à complexidadedo fardo
suportar tirocínio político, capacidade gerencial e competência pedagógica – agravada com a responsabilidade
educativa. (ROMÃO, GADOTTI, 2011:72).

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