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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4

2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO .......................................................... 5

2.1 Diferenças entre alfabetização e letramento ........................................ 8

3 TEORIAS DA APRENDIZAGEM ............................................................... 10

3.1 Behaviorismo ...................................................................................... 11

3.2 Cognitivismo ....................................................................................... 13

3.3 Construtivismo .................................................................................... 13

3.4 Interacionismo .................................................................................... 16

4 MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA .......... 18

4.1 Método sintético ................................................................................. 18

4.2 Método analítico ................................................................................. 20

4.3 Método misto ...................................................................................... 21

4.4 Método Construtivista ......................................................................... 21

5 METODOLOGIA DE ENSINO................................................................... 22

5.1 Metodologia de ensino ativa ............................................................... 23

5.2 Metodologia de ensino tradicional ...................................................... 24

5.3 Metodologia de ensino construtivista.................................................. 24

5.4 Metodologia tradicional de ensino sociointeracionista ........................ 25

5.5 Metodologia de ensino Montessoriano ............................................... 25

5.6 Metodologia de ensino freiriana ......................................................... 26

6 CONCEPÇÃO SOBRE ESCRITA E LEITURA ......................................... 27

7 CONCEPÇÃO ATUAL DE EDUCAÇÃO ................................................... 31

8 O PAPEL DO EDUCADOR NO LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO ..... 34

9 AMBIENTE ALFABETIZADOR ................................................................. 37

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 43


1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Fonte: www.wp-content.com.br

O conceito de letramento e alfabetização não são a mesma coisa, são dois


processos inseparáveis e interdependentes. Alfabetização significa permitir que os
indivíduos leiam e escrevam. Quando ele usa a alfabetização na sociedade, ele se
torna alfabetizado. Uma pessoa pode ser alfabetizada, porém, não letrado, ler e
escrever, mas não treinar ou praticar a leitura e a escrita, pode não ser capaz de ler
jornais, revistas ou decifrar textos e ter dificuldade em escrever cartas e
telegramas. De acordo com o que foi mencionado o sujeito pode ser considerado um
sujeito apenas alfabetizado e não letrado.

Esta é considerada um processo permanente que se estenderia por toda vida


e que não se esgotaria na aprendizagem da leitura e da escrita, pois atribui
um significado muito amplo ao processo de alfabetização seria negar-lhe a
especificidade, com reflexos indesejáveis na caracterização de sua natureza,
na configuração das habilidades básicas de leitura e escrita, na definição das
competências de alfabetizar. (SOARES, 201, apud SILVA, 2012, p. 3).

O ato de envolver o letramento, significa que o uso da leitura e da escrita é


diferente do simples ato de ler e escrever que ocorrem na codificação e decodificação,
pois, representa o uso da leitura e a escrita em relação aos textos em diferentes
contextos sociais. De acordo com Ferreiro (2011, p. 63), "Estamos tão acostumados
a pensar em aprender a ler e escrever como um processo escolar que é difícil
reconhecer que o desenvolvimento da leitura e da escrita começa muito antes do início
da escola." (FERREIRO 2011, p. 63 apud DA SILVA, 2018 p.13)

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Segundo Soares (2003, p. 15):

Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das


atuais concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de leitura e
escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da
escrita se dá simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do
sistema convencional de escrita – a alfabetização, e pelo desenvolvimento de
habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas
práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. Não são
processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a
alfabetização se desenvolve no contexto de e por meio de práticas sociais de
leitura e de escrita, isto é, através de atividade de letramento, e este, por sua
vez, só pode desenvolver-se no contexto e por meio da aprendizagem das
relações fonema-grafema, isto é, em dependência da alfabetização.
(SOARES 2003, p. 15 apud DA SILVA, 2010 p. 32).

Na verdade, ser culturalmente alfabetizado significa conseguir transcender os


regulamentos escritos, ocupando as funções sociais que constituem o comportamento
de leitura e escrita, recorrer à leitura e à escrita no cotidiano, ser capaz de ler livros,
revistas e jornais sem acrescentar nenhuma sílaba Compreensão completa, ou seja,
saber o que você está lendo e escrevendo, é que você pode acessar e usar as
informações de forma crítica no mundo cultural.
Em qualquer caso, a capacidade de ser alfabetizado não é apenas conectar
letras em sílabas, conectar sílabas em palavras, palavras em sentenças e frases em
texto, mas também compreender o senso de concordância na leitura e na escrita.
Portanto, considera-se que diferentes métodos e teorias são necessários para explicar
como ocorre o processo de ensino, os educadores terão como base metodologia e
tecnologia de alfabetização, que trarão resultados significativos.

“Progredir alfabetização adentro não é uma jornada tranquila. Encontram-se


muitos altos e baixos nesse caminho, cujos significados precisam ser
compreendidos. Como qualquer outro conhecimento no domínio cognitivo, é
uma aventura excitante, repleta de incertezas, com muitos momentos críticos,
nos quais é difícil manter ansiedade sob controle. ” (FERREIRO, 2001, apud
GUZZI, 2013, p. 5).

Na maioria das vezes, as crianças são alfabetizadas na escola, mas a escola


planeja além da alfabetização para formar leitores capazes, dar sentido aos
comportamentos de leitura e escrita, de modo a formar cidadãos alfabetizados e
letrados. A alfabetização é um processo sem fim, pois o ser humano estará sempre
em constante aprendizagem ao longo de sua vida, seja na inteligência, na escrita ou
na fala, aprender significa alfabetizar.
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Mesmo atividades simples que aparecem de maneira importante na educação
infantil são consideradas lúdicas, como a repetição de parlendas, a brincadeira com
frases e versos, trava-línguas, cantigas de roda, memorização de poemas, também
são consideradas etapas importantes na alfabetização.

Tem-se tentado, ultimamente, atribuir um significado demasiado abrangente


a alfabetização, considerando-a um processo permanente, que se estenderia
por toda vida, que não se esgotaria na aprendizagem da leitura e da escrita.
É verdade que, de certa forma, a aprendizagem da língua materna, quer
escrita, quer oral, é um processo permanente, nunca interrompido. (SOARES,
2012, apud GUZZI, 2013, p. 5).

Quando o processo de alfabetização se despe da roupagem tradicional, faz


com que os alunos, descubram conhecimentos que aumentam a curiosidade. Dessa
maneira, incentiva a descobrir os pequenos avanços alcançados. Portanto, o desafio
que a escola enfrenta é a alfabetização, mesmo que a criança se adapte ao alfabeto
e ao sistema ortográfico do idioma, garantindo condições suficientes para o uso do
idioma em inglês, criando hábitos sociais de leitura e escrita.

Pode se concluir da discussão processo de alfabetização a respeito do


conceito de alfabetização, que essa não é uma habilidade, é um conjunto de
habilidades, o que a caracteriza como um fenômeno de natureza complexa,
multifacetado. Essa complexidade e multiplicidade de facetas explicam
porque o processo de alfabetização tem sido estudado por diferentes
profissionais, que privilegiam ora estas ora aquelas habilidades, segundo a
área do conhecimento a que pertencem. (SOARES, 2012, apud GUZZI, 2013,
p. 5).

Franchi, 2012, afirma que:

O professor alfabetizador deve estar sempre disponível para aguçar a


sensibilidade e a atenção das crianças para o material de fato relevante e
preparar a situação em que elas possam participar ativamente desse trabalho
de construção de hipóteses (FRANCHI, 2012, p. 206 apud DA SILVA, 2018
p.15).

Na perspectiva de repensar os métodos de trabalho que favorecem a


construção crítica e a formação de sujeitos da alfabetização, algumas pesquisas sobre
índice de alfabetização e índice de letramento, ajudam a refletir sobre as novas
possibilidades de uso da linguagem para as atividades de ensino.
Para Soares (2003, p.16), letramento é:

O resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais de leitura e de


escrita. É o estado ou a condição que adquire um grupo social, ou um
indivíduo, como consequência de ter se apropriado da escrita e de suas

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práticas sociais. Apropriar-se da escrita é torná-la própria, ou seja, assumi-la
como propriedade. Um indivíduo alfabetizado, não é necessariamente um
indivíduo letrado, pois ser letrado implica em usar socialmente a leitura e a
escritura e responder às demandas sociais de leitura e de escrita. (SOARES
2003, p. 16 apud DA SILVA, 2010 p. 33).

O letramento está sempre relacionado ao conceito de alfabetização, levando a


uma incompreensão dos dois processos, já o conceito de letramento tem prevalência
sobre o conceito de alfabetização, no entanto, os dois processos são indissociáveis,
pois, estudam a formação da linguagem escrita dos alunos no campo da linguagem
escrita e são realizados pelos dois processos: a alfabetização e o desenvolvimento da
alfabetização por meio da prática social que envolve a linguagem escrita, ou seja, o
letramento.
A alfabetização deve estar em conjunto com o letramento. Embora seja dois
processos com significados diferentes, deve-se começar com a aprendizagem da
escrita, como o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita nas práticas
sociais que envolvem a linguagem escrita e atitudes na prática em relação à
aprendizagem, reconhecendo que a alfabetização e o letramento devem aceitar
metodologias diferentes, para ter sucesso no ensino e aprendizagem de línguas
escritas, faladas e contextualizadas. O processo de letramento está relacionado ao
papel da linguagem escrita na sociedade. Portanto, esse processo não acontece
apenas nas escolas.

2.1 Diferenças entre alfabetização e letramento

A alfabetização é um processo de aprendizagem onde os indivíduos


desenvolvem habilidades de escrita e leitura, enquanto o letramento envolve a função
social da alfabetização. São processos complexos, mas devem ser combinados,
talvez seja o maior desafio que os alfabetizadores enfrentam.
A alfabetização é o processo pelo qual as crianças aprendem a decodificar os
elementos que compõem a escrita. Essa decodificação inclui a memorização de letras,
a identificação de letras e a ligação de sílabas. No entanto, o que muitas pessoas não
sabem é que essa capacidade de alfabetização por si só não prepara os indivíduos
para o mundo alfabetizado.

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De acordo com Barbosa, 2013,

Saber ler e escrever possibilita o sujeito do seu próprio conhecimento, pois


sabendo ler, ele se torna capaz de atuar sobre o acervo de conhecimento
acumulado pela humanidade através da escrita e, desse modo, produzir, ele
também, um conhecimento (BARBOSA, 2013, p.19 apud SANTI, 2014 p. 07).

O letramento é muito mais profundo do que a alfabetização, correspondendo à


interpretação e ao domínio da linguagem, não apenas decodificando. Quando um
aluno consegue entender o texto, contar histórias, falar com clareza e se expressar
com eficácia por meio das palavras que usa, o mesmo se torna uma pessoa
considerada letrada. Letramento, segundo defensores do mesmo, como Soares
(1999) e Kleimam (2007), principalmente, referem-se à apropriação da leitura e da
escrita para uso social, trazendo consequências (políticas, sociais, econômicas,
culturais) para indivíduos e grupos que se apropriam da escrita, fazendo com que esta
se torne parte de suas vidas como meio de expressão e comunicação. (apud SANTI,
2014 p. 11).
de acordo com o quadro abaixo pode-se observar algumas diferenças entre
letramento e alfabetização.

Fonte: diferenca.com/alfabetização-e-letramento/

Os estudantes com habilidades de alfabetização, conseguem compreender


uma história, esta pode ser lida e expressada notadamente a sua compreensão.
9
Portanto, as crianças alfabetizadas sabem ler e escrever, e as letradas sabem usar a
alfabetização conforme as necessidades sociais. Crianças letradas podem organizar
discursos, explicar textos e refletir sobre o que leem. Portanto, podemos dizer que a
principal diferença entre alfabetização e letramento está relacionada à qualidade do
domínio e à frequência do uso da leitura no dia a dia, além da capacidade de explicar
e lidar com as necessidades sociais.

3 TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Fonte: learnspace.com.br

De maneira geral, essa teoria pode ser entendida como uma explicação
sistemática do campo do conhecimento, uma forma especial de olhar as coisas,
interpretar observações e resolver problemas. A aprendizagem é um processo
contínuo e pode acontecer em qualquer circunstância. Nesse sentido, pode-se dizer
que um dos elementos básicos da aprendizagem é a cultura, pois a cultura molda as
disciplinas através de sua relação com o meio ambiente.
De acordo com Moreira (1999), de modo geral, uma teoria é uma tentativa
humana de sistematizar uma área de conhecimento, uma maneira particular de ver as
coisas, de explicar e prever observações, de resolver problemas. Uma teoria de
aprendizagem é então uma construção humana para interpretar sistematicamente a
área de conhecimento que chamamos de aprendizagem. (MOREIRA, 1999 p.12).

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Existem várias categorias de aprendizagem dentre elas podemos citar:
 Aprendizagem cognitiva: conhecimento que leva a um
armazenamento organizado de informações sobre a mente do aluno;
 Aprendizagem afetiva: é produzida pelos sintomas internos do
indivíduo, que podem ser reconhecidos como experiências como prazer
e dor, satisfação ou insatisfação, alegria ou ansiedade;
 Aprendizagem psicomotora: Envolve a resposta muscular obtida por
meio de treinamentos e exercícios.
Desse modo, a teoria da aprendizagem tenta explicar, reorganizar e prever
sistematicamente o conhecimento sobre a aprendizagem.

3.1 Behaviorismo

Behaviorismo é uma palavra derivada da palavra "behavior", que significa


comportamento. A teoria começou em 1913 com um manifesto criado por John B.
Watson- "Psychology as a Behaviorist". O autor acredita que a psicologia não deve
estudar os processos internos da psicologia, mas deve estudar o comportamento,
porque a psicologia é visível, portanto, sujeita à observação científica.
Watson é frequentemente chamado de metodológico por priorizar o método em
detrimento do objeto de estudo (Lopes Jr, 1993, p. 273). Neste sentido, Watson teria
inicialmente feito um apelo metodológico: “limitemo-nos às coisas que podemos
observar e formulemos leis que dizem respeito apenas às coisas observadas”.
(LOPES JR, 1993, p. 273 apud STRAPASSON; CARRARA, 2008 p. 07).
O Behaviorismo considera o comportamento como função a forma de reação
dos organismos vivos. Essa corrente psicológica não aceita nenhuma conexão com
aspectos transcendentais, introspectivos e filosóficos, mas seu propósito é estudar o
comportamento objetivo observável. O estudo do meio ambiente envolvendo os
indivíduos que permite prever e controlar o comportamento humano. No contexto da
educação, o behaviorismo se refere às mudanças no comportamento dos elementos
envolvidos no processo de aprendizagem, o que pode melhorar a aprendizagem de
professores e alunos. A educação é um fator importante que pode mudar o
comportamento individual.

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O Behaviorismo tinha na educação uma boa maneira de analisar e modificar o
comportamento humano. Watson acreditava que quando algumas variáveis de ensino
são alteradas, como, por exemplo, a forma de entrega de conteúdo ou estilos de
aprendizagem diferentes, isso pode aumentar o aprendizado das crianças. Além
disso, julgar-se que, desde que haja o estímulo correto, qualquer aluno poderá exercer
seu comportamento no futuro para exercer seus interesses.

 TIPOS DE BEHAVIORISMO:

 Behaviorismo clássico: também conhecido como watsoniana, tem John


B. Watson como a figura principal. Para Watson, o comportamento é
reflexo, uma vez que consiste “de respostas eliciadas por estímulos” (Zuriff,
1986, p. 692). O autor determina um ponto de estudo “[...] observável e
mensurável, cujo experimentos poderiam reproduzir diferentes condições
e sujeitos” (WATSON, John, p. 45, 1913).
 Behaviorismo metodológico: um dos marcos principais dessa tendência
é a chamada lei de Pavlov. Como descrito por Freire (2004), baseou-se no
estudo da psicologia animal para a elaboração de seus princípios, já que o
estudo com animais permitia experiências não viáveis com seres humanos,
tais como lesões nos órgãos sensoriais ou partes do cérebro visando
identificar seus efeitos sobre o comportamento. Assim o behaviorismo
adotava métodos que o aproximavam das ciências físicas. Abolia-se o
estudo de eventos extranaturais como consciência ou mente e buscava-se
um modelo mecanicista, materialista, determinista e objetivo de ciência.
(FREIRE, 2004 apud KAULFUSS, [2020])
 Behaviorismo filosófico: o behaviorismo filosófico também é chamado de
analítico ou lógico, com Gilbert Ryle da Grã-Bretanha e Ludwig
Wittgenstein da Áustria como os principais pensadores. Essa linha
filosófica, acreditava que o conceito de estado mental ou disposição mental
é na verdade o conceito de tendência comportamental ou concepção de
disposição comportamental.
 Behaviorismo radical de Skinner: o radicalismo do filósofo Burrhus
Frederic Skinner, reviveu a cultura anti-mentalista, embora o filósofo nunca

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tenha negado a existência de processos mentais. Como frisado por Baum
(1999) o behaviorismo radical baseia-se no pragmatismo. Estabelece como
objetivo de uma ciência do comportamento. Dessa maneira, descrevê-lo
em termos que o tornem familiar, ou seja explicado, na melhor tradição
pragmática. (BAUM, 1999 apud KAULFUSS, [2020]).

3.2 Cognitivismo

A teoria acredita que a habilidade de um aluno em aprender coisas novas


depende diretamente de seu conhecimento prévio. Para esses teóricos, é necessário
investigar o que será ensinado aos alunos sobre o assunto. Em seguida, deve-se
ajudar o aluno para que o mesmo sistematize e organize os novos conhecimentos por
meio da associação com os anteriores.
Moreira e Masini (1982) elaboram o conceito de cognição, a cognição é o
processo através do qual o mundo de significados tem origem. À medida que o ser se
situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à
realidade em que se encontra. Esses significados não são entidades estáticas, mas
pontos de partida para a atribuição de outros significados. Portanto, a estrutura
cognitiva tem sua origem (nos primeiros significados), constituindo-se nos pontos
básicos de ancoragem dos quais derivam outros significados (MOREIRA E MASINI,
1982, p. 3 apud COELHO; DUTRA, 2018 p. 59).
O cognitivo contrasta e enfatiza o que é ignorado pela teoria behaviorista, que
enfoca os aspectos biológicos e o comportamento humano por meio da análise
mental. Este é um método que envolve cientificamente o aprender não como um fator
interno de mecanização individual, mas como produto do ambiente, das pessoas e de
fatores externos, gerando uma rede de significados.

3.3 Construtivismo

A teoria construtivista é uma das teorias mais importantes em educação,


nascida no século XX da experiência do biólogo, filósofo e epistemólogo suíço Jean
Piaget (1896-1980).

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O construtivismo é um método psicológico desenvolvido a partir da teoria da
epistemologia genética proposta por Jean Piaget. Nessa teoria, o indivíduo aprende
com a interação entre ele e o meio em que vive. O professor é considerado um
intermediário de conhecimento. Jean Piaget desenvolveu sua teoria a partir de várias
outras teorias que existiam na época, como o cognitivismo.
Dentre as suas principais características, podemos citar o que Arce (2005,
p.50) destaca:
 Para o construtivismo a aprendizagem seria um processo de construção
individual do sujeito e este não copia a realidade, mas a constrói a partir
de suas representações. A aprendizagem é situada e deve dar-se em
cenários realistas; o cotidiano do sujeito e ele próprio trazem os
conteúdos necessários para que ocorra a aprendizagem;
 O conhecimento é fruto da interação com o meio e da construção
adaptativa que cada pessoa realiza. O sentido é sempre resultado de
negociações entre o que vem do externo e o que existe no interior do
aluno.
 O ensino deve proporcionar o aluno a aprender a aprender. (ARCE, 2005
p.50 apud MARINHO, 2016 p. 20).
Para Piaget

não pode ser concebido como algo predeterminado nem nas estruturas
internas do sujeito, porquanto estas resultam de uma construção efetiva e
contínua, nem nas características preexistentes do objeto, uma vez que elas
só são conhecidas graças à mediação necessária dessas estruturas, e que
essas, ao enquadrá-las, enriquecem-nas (PIAGET, 2007, p.1).

Ferreiro e Teberosky (1985, p.30) acrescentam que:

Na teoria de Piaget, o conhecimento objetivo aparece como uma aquisição,


e não como um dado inicial. O caminho em direção a este conhecimento
objetivo não é linear: não nos aproximamos dele passo a passo, juntando
peças de conhecimento umas sobre as outras, mas sim através de grandes
reestruturações globais, algumas das quais são “errôneas” (no que se refere
ao ponto final), porém “construtivas” (na medida em que permitem aceder a
ele). Esta noção de erros construtivos é essencial. (FERREIRO E
TEBEROSKY, 1985, p.30).

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Segundo Piaget o desenvolvimento da aprendizagem em crianças ocorre pelas
seguintes etapas:

 Sensório–motor (0 a 2 anos): as ações representam o mundo para a


criança. Representa a conquista, através da percepção e dos
movimentos, de todo universo prático que cerca a criança. Isto é, a
formação dos esquemas sensoriais-motores irá permitir ao bebê a
organização inicial dos estímulos ambientais, permitindo que, ao final do
período, ele tenha condições de lidar, embora de modo rudimentar, com
a maioria das situações que lhe são apresentadas (RAPPAPORT, 1981,
p.66 apud SCHIRMANN et al., 2019).
 Pré–operatório (2 a 7 anos): a criança lida com imagens concretas. O
período pré-operacional, acontece entre dois a sete anos. É chamado
assim, porque a criança carrega significações do período anterior, tendo
conceitos iniciais confusos, mas em constante construção de ideias
lógicas (RAPPAPORT, 1981 apud SCHIRMANN et al., 2019).
 Operações concretas (7 a 11 anos): a criança já pode efetuar
operações lógicas. Aproximadamente aos 7 anos, segundo Piaget, as
crianças entram no estágio de operações concretas, quando podem
utilizar operações mentais para resolver problemas concretos (reais). As
crianças são então capazes de pensar com lógica, porque podem levar
múltiplos aspectos de uma situação em consideração (PAPALIA, 2006,
p.365 apud SCHIRMANN et al., 2019).
 Operações formais (11 em diante): a criança já efetua operações
lógicas com mais de uma variável. Esta “reflexão”, é então com um
pensamento de segundo grau. O pensamento concreto é a
representação de ações possíveis. Não nos devemos espantar, então,
se o sistema das operações concretas deva terminar no decorrer dos
últimos anos da infância, antes que se torne possível “a reflexão” em
operações formais. Quanto a estas, não são outras senão as mesmas
operações, mas aplicadas a hipóteses ou proposições (PIAGET, 1999,
p.60 apud SCHIRMANN et al., 2019).

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3.4 Interacionismo

Lev Vygotsky (1896-1934) foi um psicólogo nascido na Bielorrússia tendo


falecido há mais de 70 anos, mas seu trabalho ainda está sendo descoberto e debatido
em todo o mundo (inclusive no Brasil). A parte mais famosa da extensa obra de
Vygotsky realizada em sua curta vida focalizou o tema da criação cultural. Tendo como
parte importante voltada para os educadores, em particular o estudo do
desenvolvimento intelectual. Vygotsky desempenhou um papel importante nas
relações sociais nesse processo, de modo que a corrente de ensino derivada de seus
pensamentos chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.
Vygotsky afirma:

Para o ser humano pensamento e linguagem têm origens diferentes.


Inicialmente o pensamento não é verbal e a linguagem não é intelectual. Suas
trajetórias de desenvolvimento, entretanto, não são paralelas - elas cruzam-
se. Em dado momento, a cerca de dois anos de idade, as curvas de
desenvolvimento do pensamento e da linguagem, até então separadas,
encontram-se para, a partir de aí dar início a uma nova forma de
comportamento. É a partir deste ponto que o pensamento começa a se tornar
verbal e a linguagem racional. Inicialmente a criança aparenta usar linguagem
apenas para interação superficial em seu convívio, mas, a partir de certo
ponto, esta linguagem penetra no subconsciente para se constituir na
estrutura do pensamento da criança. (VYGOTSKY, 1934 apud BARBOSA,
2013 p. 12).

Em seu método, o conhecimento é primeiramente impulsionado pelo


desenvolvimento da linguagem humana. Sua teoria também acredita que a interação
entre o indivíduo e seu ambiente é fundamental para o processo de aprendizagem,
sendo até consistente com o estágio de desenvolvimento proposto por Jean Piaget na
teoria do construtivismo.
Nessa concepção o que o indivíduo faz ao usar a língua não é tão somente
traduzir e exteriorizar um pensamento, ou transmitir informações a outrem, mas sim
realizar ações, agir, atuar sobre o interlocutor (ouvinte/leitor). A linguagem é, pois, um
lugar de interação humana, de interação comunicativa pela produção de efeitos de
sentido entre interlocutores, em uma dada situação de comunicação e em um contexto
socio-histórico e ideológico. (TRAVAGLIA, 2009, p. 23 apud BARBOSA, 2013 p. 15).

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No entanto, para Vygotsky, o movimento de aprendizagem e busca de
conhecimento produzirá uma aprendizagem eficaz. Esse processo deve ser realizado
de fora, ou seja, do meio social para o indivíduo. Essas teorias tiveram um impacto
profundo na maneira como organizamos os processos educacionais em todo o
mundo. Com o passar dos anos, devido a grandes mudanças nas escolas e campos
de trabalho, cada teoria se adequou mais às necessidades de seu tempo.
 Teoria do desenvolvimento proximal desenvolvida por Vygotsky: o
desenvolvimento proximal nada mais é do que o nível real de
desenvolvimento, ou seja, a distância entre a capacidade de resolver
problemas sem intermediário e o nível potencial de desenvolvimento, ou
seja, a capacidade de resolver problemas através de orientação de
adultos, interação com colegas, etc.
Por meio da troca de experiências proposta por Vygotsky, é natural que
os educadores não sejam mais vistos como a única fonte de
conhecimento em sala de aula. Mas seu papel não reduz, o educador
ainda é o mediador decisivo. No conceito vygotskyano, a principal
vantagem de divulgar esse “mix” é que todos ganham. Por um lado, o
aluno inexperiente sente-se desafiado, devido, a perceber que seu
colega de classe tem maior conhecimento, com a ajuda deste aluno,
poderá realizar tarefas que não consegue realizar sozinho. Por outro
lado, este aluno com maior conhecimento, ganha experiência,
aperfeiçoando suas habilidades ajudando os colegas.

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4 MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Fonte: pixabay.com

Desde a promulgação da República na década de 1890, o Brasil passou a dar


atenção à educação escolar para todos os estudantes, ou seja, procurava ensinar as
crianças a ler e escrever, pois até então essa doutrina ainda era privilégio de poucos.
Devido à necessidade de mão de obra qualificada para atender ao ambiente
profissional e aos ideais do país republicano, a escola passou a desempenhar um
importante papel como ferramenta para modernização.
Historicamente, o ensino brasileiro foi influenciado por diferentes métodos de
alfabetização. O primeiro método utilizado para o aumento da taxa de alfabetização
do Brasil foi chamado “método sintético”, que priorizava a leitura através das cartas
do “ABC”, baseando-se em um modo de associação de estímulos visuais e auditivos,
e dando uma maior prioridade a memorização.

4.1 Método sintético

O método sintético segue os passos da parte para o todo, ou seja, primeiro a


criança internaliza a unidade menor (fonema), para depois, gradativamente, atingir a
unidade maior. Em outras palavras, primeiro aprende-se o processo de codificação e
decodificação, para continuar a entender a leitura e a escrita em um estágio mais
adiantado. De acordo com Mortatti, 2006;

18
[...] métodos de marcha sintética (da ‘parte’ para o ‘todo’): da soletração
(alfabético), partindo do nome das letras; fônico (partindo dos sons
correspondentes as letras); e da silabação (emissão de sons), partindo das
sílabas. Sempre de acordo com certa ordem crescente de dificuldade. Quanto
à escrita, está se restringia à caligrafia e ortografia, e seu ensino, a cópias,
ditados e formação de frases, enfatizando o desenho correto das letras
(MORTATTI, 2006 p.4, apud FRANCIOLI, 2013, p.4).

Segundo o autor Soares (2001, p. 65).

Dever-se-ia, assim, iniciar o ensino da leitura com a apresentação das letras


e seus nomes (método da soletração/alfabético), ou de seus sons (método
fônico), ou das famílias silábicas (método da silabação), sempre de acordo
com certa ordem crescente de dificuldade. Posteriormente, reunidas as letras
ou os sons em sílabas, e conhecidas as famílias silábicas, ensinava-se a ler
palavras formadas com essas letras e/ou sons e/ou sílabas e, por fim,
ensinavam-se frases isoladas e agrupadas. Quanto à escrita, esta se
restringia à caligrafia e ortografia, e seu ensino, à cópia, ditados e formação
de frases, enfatizando-se o desenho correto das letras. (SOARES, 2001, p.
65 apud KOVALCZYK; LIMA, 2010 p. 04)

Esse método se divide em três processos:

 Alfabético: o processo alfabético ou de soletração caracteriza-se pela


aplicação através de uma sequência fixa baseada nos estímulos
auditivos e visuais, sendo a memorização o único recurso didático
utilizado, pois, de acordo com Carvalho (2010, p.22), “[...] o nome das
letras é associado à forma visual, as sílabas são aprendidas de cor e
com elas se formam palavras isoladas. [...]”. Esse método tem como
objetivo a combinação entre letras e sons. (ALMEIDA 2008 apud
FONTES e BENEVIDES, 2012, p. 3).
 Fônico: o processo fônico, é realizado de outra forma, em que a criança
começa com o som das letras, combina os sons das consoantes e vogais
e pronuncia a sílaba formada. A atenção está voltada para a dimensão
sonora da língua. Portanto, o processo começa com o ensino da forma
e do som das vogais, seguidas das consoantes, e então cada letra é
aprendida como um fonema, combinada com outra letra para formar
sílabas, e então sintetizada palavra.
 Silábico: no processo de silábico, as crianças aprendem a analisar as
sílabas para formar palavras. Palavras-chave são propostas na cartilha
com o objetivo de introduzir sílabas e, assim, formar frases.

19
No final do século XIX surge o método analítico, também conhecido como
“método olhar-e-dizer”, acredita-se que a leitura é um comportamento audiovisual
global. Com base nesse princípio, os seguidores desse método começam com uma
unidade de linguagem completa e a dividem em partes menores. No ato de aprender,
neste método a criança extrai palavras do início de uma frase e depois as divide em
unidades mais simples chamadas sílabas.

4.2 Método analítico

De acordo com Kleiman (1995), no método analítico, o ensino da leitura deveria


ser iniciado pelo “todo”, para depois se proceder à análise de suas partes constitutivas.
No entanto, diferentes se foram tornando os modos de se proceder tal método,
dependendo do que seus defensores consideravam o “todo”: a palavra, ou a sentença,
ou a "historieta". O processo baseado na "historieta" foi institucionalizado em São
Paulo, mediante a publicação do documento “instruções práticas para o ensino da
leitura pelo método analítico”. (KLEIMAN, 1995 apud KOVALCZYK; LIMA, 2010)
Este método divide-se em:
 Palavra: primeiro, entra o contato com os vocábulos em uma sequência
que contém todos os sons da linguagem, após obter um determinado
número de palavras, começa-se a formar frases.
 Sentença: a unidade inicial de aprendizagem é a frase, sendo então
dividida em palavras, e o elemento mais simples é extraído das palavras,
ou seja, as sílabas.
 Contos e historietas: este é um método como ideia básica, para que as
crianças entendam que ler é descobrir o que é escrito, decompondo
assim a história em partes cada vez menores.
Aqueles que apoiavam o método analítico, continuavam a usá-lo e a espalhar
sua eficácia. Contudo, para conciliar os dois métodos básicos de ensino da leitura e
da escrita, ocorre o surgimento do método misto, composto em parte pelo modelo
sintético e em sua outra metade pelo modelo analítico.

20
4.3 Método misto

Consiste em modelos sintéticos e analíticos projetados para proporcionar


rapidez e eficácia na aprendizagem das crianças.

4.4 Método Construtivista

Inspirado nas ideias de Jean Piaget, este método visa despertar a curiosidade,
pois, os alunos são orientados a encontrar respostas a partir do seu conhecimento e
interação com a realidade e os colegas. Emília Ferrero, aluna de Piaget, estendeu
essa teoria para o campo da leitura e da escrita, e concluiu que, enquanto as crianças
estiverem em um ambiente que estimula o contato com letras e palavras, esta pode
aprender a ler e a escrever sozinha.

O construtivismo constitui-se num ideário epistemológico, psicológico e


pedagógico, fortemente difundido no interior das práticas e reflexões
educacionais [...] não podemos negar a existência dessa corrente, pelo
simples fato do grande número de publicações de autores auto definidos
como construtivistas (ROSSLER, 2000, apud FRANCIOLI, 2013, p. 6).

O construtivismo sugere que os alunos participem ativamente de sua própria


aprendizagem através de experimentos, pesquisas em grupo, estimulando a dúvida e
desenvolvendo o raciocínio. Através de seu papel, estabelecendo os atributos do
objeto e as características do mundo. Esse método enfatiza a importância do erro, não
como uma pedra de tropeço, mas como uma ponte de acesso no caminho para o
aprendizado. A teoria condena a rigidez no processo de ensino, avaliações
padronizadas e o uso de materiais de ensino que são muito estranhos ao mundo
pessoal do estudante. Segundo Becker, 1993;

Construtivismo significa isto: a ideia de que nada, a rigor, está pronto,


acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em
nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do
indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo
das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer
dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que
podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e,
muito menos, pensamento. (Becker, 1993. p.88).

21
Para Ogborn (1997, p. 131) O construtivismo educacional também promove o
progresso da pesquisa do processo de ensino- aprendizagem, que ele resume
corretamente nos quatro aspectos a seguir:
 A importância do envolvimento ativo do estudante para o alcance de
entendimentos;
 A importância do respeito pelo estudante e por suas próprias ideias;
 A compreensão de ciência constituída de ideias criadas por seres
humanos;
 A primazia por uma concepção de ensino que capitaliza e usa o que os
estudantes já sabem, com o intuito de superar suas dificuldades para a
compreensão de novos saberes com base na sua visão de mundo.
(OGBORN,1997, p. 131 apud CUSTÓDIO et al., 2013, p. 17).
As propostas da prática construtivista também impactam positivamente na
avaliação dos estudantes sobre o processo de aprendizagem, pois esses conteúdos
possuem um maior significado para o estudante. O desempenho do educador evolui,
este se torna mais dinâmico, tendo melhores oportunidades voltadas para um
pensamento construtivo, possuindo maior disposição para conversar com os
discentes. Ocorre uma intervenção através do educador, e pode ser decisivo no
processo de ensino para proporcionar aos alunos um espaço construtivo, reflexivo e
aberto a debates.

5 METODOLOGIA DE ENSINO

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22
Metodologia é o direcionamento voltado a atingir um determinado objetivo,
alcançando o resultado final. A origem da palavra vem do latim “methodus”, se
constituindo no meio educacional, como campo de estudo da forma como o
conhecimento é gerado. Na educação entende como metodologia pedagógica, o
modelo teórico que subsidia a construção do currículo escolar e orienta o
planejamento curricular, indo desde a entrega de conteúdo escolar até as informações
de contato entre educadores e estudantes. As metodologias de ensino são “práticas
pedagógicas operacionalizadas por meio de conjuntos de atividades escolares
propostas pelos professores com vistas a alcançar a aprendizagem de determinados
conhecimentos, valores e comportamentos”. (TRAVERSINI; BUAES, 2009, p. 145
apud KRÜGER; ENSSLIN, 2013 p. 228).

Nenhuma prática pedagógica é neutra. Todas estão apoiadas em certo modo


de conceber o processo de aprendizagem. São provavelmente essas práticas
(mais do que métodos em si) que têm efeitos mais duráveis, a longo prazo,
no domínio da língua escrita como em todos os outros domínios. Conforme
se coloque a relação entre sujeito e objeto de conhecimento e conforme se
caracterize ambos, certas práticas aparecerão como normais ou aberrantes
(FERREIRO, 1987, apud GUIMARÃES, 2015, p. 497-498).

Buscando uma visão, missão e valores, as instituições de ensino devem


escolher a metodologia educacional mais apropriada para que se harmonize de forma
mais coerente a realidade dos estudantes. Dessa forma, os alunos são inspirados por
esses princípios de gestão e motivados pelo desenvolvimento pessoal e profissional
que a gestão acredita ser o melhor para seus discentes. Sendo assim é necessário
que apresenta-se algumas metodologias de ensino dentre as diversas existentes.

5.1 Metodologia de ensino ativa

Consiste em um método de aprendizagem cujo o principal objetivo é motivar os


alunos, interessados e engajados ao longo do semestre. Esta metodologia propõe um
novo paradigma educacional, que muda a relação entre educadores e alunos. Alguns
exemplos desta metodologia são: metodologia de projetos, sala de aula invertida,
trabalhos em dupla ou equipe, estudos de caso, exposições, mapas mentais,
gamificação, ensino híbrido.

23
De acordo com Lopes (2015), ‘o conceito de metodologia ativa está
fundamentado nas ideias de John Dewey, desde a década de 1930, sobre aluno ativo
e construção do conhecimento em situações que superem a tradicional aula
expositiva, em que a finalidade é a reprodução e memorização do conteúdo de
ensino”. (Lopes, 2015, p. 352).
Ainda corroborando com Lopes, Nascimento e Coutinho, 2017, afirmam que,
“as Metodologias Ativas de Aprendizagem (MAA) são formas inovadoras de educar,
que estimulam a aprendizagem e a participação do aluno em sala de aula, fazendo
com que ele utilize todas as suas dimensões sensório/motor, afetivo/emocional e
mental/cognitiva”. (Nascimento e Coutinho, 2017, p.136).

5.2 Metodologia de ensino tradicional

O método tradicional de ensino baseia-se no seguinte princípio: o professor é


o narrador dos fatos tendo como ouvinte o aluno. Os educadores preparam os
conteúdos com antecedência e os transmite aos alunos que possuem a função de
absorver e relembrar o que aprenderam. O foco dos professores é disseminar o
conhecimento de forma clara, para que os estudantes possam aprender e absorver
passivamente. Dessa maneira, ao não atingirem as metas esperadas, os alunos são
reprovados.
No método tradicional, tem-se como vantagem o fato do professor ser o centro
do aprendizado e, por esse motivo, possuir um maior controle das aulas (PINHO et
al., 2010). Contudo, também possui desvantagens, pois, torna-se difícil para o
professor explicar a prática através de aulas expositivas, assim como para o aluno fica
difícil pensar na aplicabilidade da teoria exposta. (WEINTRAUB; HAWLITSCHEK;
JOÃO, 2011 apud KRÜGER; ENSSLIN, 2013 p. 222).

5.3 Metodologia de ensino construtivista

Além do método tradicional, outro método utilizado pelos professores é o


construtivista. Nesse método, diferente do método tradicional, o aluno é o sujeito ativo
no processo de ensino-aprendizagem, e o professor age como um agente facilitador

24
no processo que orienta o aluno a buscar e gerar seus próprios conhecimentos.
(CHAHUÁN-JIMÉNEZ, 2009 apud KRÜGER; ENSSLIN, 2013 p. 222).
Nesta modalidade de ensino com Lev Vygotsky e Jean Piaget como principais
nomes, os alunos são os protagonistas do seu processo de aprendizagem, ou seja, a
educação não é uma simples disseminação de conhecimento, ela vai além e se torna
um processo que apoia e permite que os estudantes criem e vivenciem o
conhecimento e a aprendizagem. Além disso, as salas de aula são mais reduzidas, os
educadores podem prestar mais atenção aos alunos e personalizar os métodos de
ensino conforme necessário, estimulando o conhecimento e respeitando o tempo de
cada aluno.

5.4 Metodologia tradicional de ensino sociointeracionista

A metodologia tradicional de ensino sociointeracionista, possui como base a


importância da interação entre o sujeito e o meio. Neste método ocorre a acumulação
de conhecimento por meio da interação social, cultura e processos sociais. O
verdadeiro conhecimento da criança é o ponto de partida do conhecimento potencial.
Para Vygotsky (1987 apud DA SILVA et al., [2020] p. 0), o indivíduo não é
resultado de um determinismo cultural, ou seja, não é uma "tábula rasa", um ser
passivo, que só reage frente às pressões do meio, mas um sujeito que realiza uma
atividade organizadora em sua intervenção no mundo, capaz de mudar a própria
cultura. É, portanto, na relação dialética com o mundo que o sujeito se constitui e se
liberta. (Vygotsky, 1987 apud DA SILVA et al., [2020] p. 02).

5.5 Metodologia de ensino Montessoriano

Nas instituições de ensino Montessoriano, existem os professores


observadores. Nesse caso, o educador visa acompanhar de perto a aprendizagem de
crianças e jovens, examinando sua evolução e descobrir o que realmente atrapalha
sua aprendizagem avaliando o estudante por meio da observação. Por meio desse
método, as salas de aula são equipadas com diversos materiais e atividades, podendo
os alunos escolher o que fazer na aula.

25
Além de organizar a classificação das atividades para garantir o crescimento
de todos, o educador tem a função de orientar, esclarecer dúvidas e ajudar os alunos
a superar dificuldades. Segundo Lillard, 2017, Montessori considerava a ênfase no
ambiente um elemento básico de seu método. Ela descrevia esse ambiente como um
lugar que nutria a criança, planejado para suprir as necessidades de autoconstrução
e revelar a nós sua personalidade e padrões de crescimento. Isso significa que o
ambiente não deve conter apenas aquilo de que a criança precisa, no sentido positivo,
mas que todos os obstáculos ao crescimento dela devem ser removidos. (LILLARD,
2017, p. 45 apud CAMARGO et al., 2018 p. 15).

5.6 Metodologia de ensino Freiriana

A formação metodológica de Freire está muito alinhada aos problemas e


necessidades atuais e ao desenvolvimento da consciência crítica. Este é um método
desenvolvido na década de 1960, principalmente para atender às necessidades de
alfabetização de adultos. Há três fases no processo de desenvolvimento do
pensamento crítico. São elas: investigação temática, tematização, problematização
De acordo com (FREIRE, 1967, p. 26). “O educador estabeleceu, a partir de
sua convivência com o povo, as bases de uma pedagogia onde tanto o educador como
o educando, homens igualmente livres e críticos, aprendem no trabalho comum de
uma tomada de consciência da situação que vivem”. (FREIRE, 1967, p. 26 apud
SOUZA, 2015, p.12).

26
6 CONCEPÇÃO SOBRE ESCRITA E LEITURA

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A alfabetização fator de objeto de pesquisas e estudos por diversos


pesquisadores, destacou-se com avanços importantes, sendo que nos últimos trinta
anos a américa latina figurou em destaque, levando a grandes mudanças na prática
de ensino e, portanto, ao desempenho do aluno na área de leitura e escrita.
O uso da linguagem tem um forte significado histórico, ou seja, por meio da
leitura e da escrita, o ser humano passou a registrar a cultura, as emoções, a poesia,
e conseguiu ver o mundo com outros olhos. Mesmo assim, isso não significa que os
humanos não utilizassem outras formas de expressão antes do desenvolvimento da
escrita. Havia desenho, antes, mas foi através da escrita que as habilidades de
comunicação foram ampliadas.

O ensino de língua está relacionado aos modos como o homem compreende


a si mesmo, a linguagem, o universo em que se situa, e disso decorrem as
diferentes concepções de linguagem, de língua, de ensino (...) que foram
produzidas ao longo da história (AMOP, 2010, apud HOPPE, 2013, p. 6).

Segundo Marin (2001, p. 119) “ler é compreender o que lemos, dotar essa
operação de reconhecimento da estrutura de significante de uma significação, (...) Ler
também, é enfim, decifrar, interpretar, visar talvez adivinhar o sentido de um discurso”.
Entretanto, aprender a ler e escrever é um processo com formas diferentes do que
apenas decodificar símbolos. A construção das habilidades de alfabetização,
envolvem para o ser humano a compreensão da sua existência, percebendo que a
27
escrita tem a função de registrar os fatos da criação e da vida humana. A Leitura é um
processo que retrata a construção de novos significados pelo leitor e de sentidos da
leitura, pois quanto mais lemos, mais sabemos. No ato de ler o ser humano lembra,
compara, e evoca emoções, expande o desejo e a capacidade de criar significado.
Contudo, o ato de aprender a ler e escreve, possui forma simples em relação
aos símbolos. Para que os sujeitos construam habilidades de alfabetização, devem
compreender sua própria existência, percebendo que a escrita possui função de
registrar os fatos da vida humana. Como indicam Coscarelli e Novais (2010), a leitura
é um processo cada vez mais complexo, no sentido de que exige novas formas de
lidar com os textos nas situações reais de comunicação, já que é uma atividade
dinâmica.
Decorre, disso, que o ato de ler envolve considerar os elementos gráficos
presentes, bem como “a produção de inferências e a depreensão da ideia global, a
integração conceitual, passando pelo processamento lexical, morfossintático,
semântico, considerando fatores pragmáticos e discursivos imprescindíveis para à
construção do sentido ” (COSCARELLI; NOVAIS, 2010, p. 36 apud SILVA, [2020] p.
07). Aconselha-se fazer o esclarecimento relativo a escrita, sendo vista como um
processo de melhoria da humanidade, enriquecimento externo, desenvolvimento
intelectual e cultural humano.
A proficiência na linguagem falada e escrita é essencial para uma efetiva
participação social, pois o ser humano comunica-se, obtém informações, expressa e
defende opiniões, compartilha ou constrói uma visão de mundo e, por meio dessa
comunicação, gerar conhecimento. Portanto, as instituições de ensino devem cumprir
a função de assegurar que todos os estudantes obtenham os conhecimentos
linguísticos necessários ao exercício da cidadania, sendo um direito inalienável de
todos, SILVA, [2020] p. 07
Vale destacar que a relevância da leitura contínua e o papel do professor como
mediador, para os alunos, fundamentam a capacidade de fornecer texto por meio do
valor da leitura, assim como a compreensão de profissionais e dos textos sendo uma
unidade importante carregada pela rede de significados. Crucialmente, o ensino
deverá transformar os alunos em um indivíduo social que pode se relacionar com a
complexidade dos textos existentes na sociedade. De acordo com Rezende, 2009;

28
Quanto mais se exerce o ato de ler, melhor o desempenho de quem lê. Por
outro lado, se não temos conhecimentos prévios, que permitam o diálogo com
o texto, é preciso criar-se condições de aproximação do leitor com a leitura
(REZENDE, 2009, p. 10).

Dados Estatísticos em torno da educação brasileira demonstram que há um


número elevado de estudantes, evadindo do ambiente escolar sem as devidas
habilidades de comunicação da leitura e escrita. A evasão do aluno significa a
exclusão do indivíduo no ato de exercer a cidadania, sendo que no ambiente escolar
que se desenvolvem as habilidades de registro básico para o indivíduo ingressar em
seu grupo social como cidadão, significando participar conscientemente da construção
cultural e comprometer-se com a composição da cidadania do meio social em que faz
parte, SILVA, [2020] p.10.
Simões (2000 apud SILVA, [2020] p.10) reforça que é o contato do indivíduo
com o meio, intermediado pelos que o cerca, que possibilita a construção do
conhecimento e nesse processo “o indivíduo tem papel constitutivo e construtivo”
(SIMÕES, 2000, p. 24 apud SILVA, [2020] p.10), pois “ele não é passivo, percebe,
assimila, formula hipóteses, experimenta-as e em seguida reelabora-as” (SIMÕES,
2000, p. 24 apud SILVA, [2020] p.10).
Portanto, uma boa leitura e escrita exigem muito trabalho e dedicação dos
estudantes, bem como orientação e mediação segura do educador. Para aprofundar
a compreensão do comportamento de leitura e escrita, torna-se necessário avaliar o
papel dos discentes na estrutura da leitura e da escrita e suas visões sobre o
processo, bem como a importância e as visões dos educadores no processo de
desenvolvimento das capacidades relativas a leitura e a escrita no processo de
construção textual. Esses fatos são dignos de reflexão dos professores, em uma
época em que prevalece a linguagem oral, eficaz e abrangente, as pessoas não
podem esquecer a importância da expressão escrita, saber expressar corretamente
as ideias oralmente, escrever e argumentar de forma eficaz é um fator indiscutível
para o sucesso pessoal na sociedade.
De acordo com Branco; Simonian, 2010, p.59:

As práticas com a oralidade, além de atenderem objetivos específicos de


comunicação e serem consideradas atividades mais comuns na Educação
Infantil, se aplicam a todas as faixas etárias de alunos porque preparam os
aprendizes para as situações mais formais de contato com a produção escrita
que é a de ouvir e a de ouvir a leitura de histórias feitas pelo adulto. Essa
leitura faz com que os aprendizes entrem em contato com novos padrões

29
linguísticos, diferentes da linguagem coloquial com a qual estão
acostumados. Ouvindo a linguagem empregada nos livros de história, e nas
notícias, os alunos se expõem aos modelos da “linguagem que se escreve” e
que eles deverão distinguir e adquirir muito antes de aprender a
escreve. (BRANCO; SIMONIAN, 2010, p.59 apud LOVATTO et al., [2020]).

Consequentemente, as instituições de ensino são ambientes onde ocorre a


busca pelo desenvolvimento de habilidades referentes a construção do ato de ler e
escrever, devendo não ser excluída informações e habilidades a serem dominadas no
processo de ensino.
Para Branco; Simonian, 2010, p.50):

A escrita é sempre uma atividade reflexiva, pensada, e não uma reprodução


memorizada mecanicamente. Para escrever é preciso conhecer as palavras
que se quer escrever e não apenas as letras do alfabeto, embora as letras
sejam os instrumentos da escrita. As crianças conhecem as letras dentro das
palavras que desejam escrever e dos textos que o meio sociocultural e a
escola lhes oferecem, e não como elementos isolados. (BRANCO;
SIMONIAN, 2010, p.59 apud LOVATTO et al., [2020]).

São possíveis razões que podem causar dificuldades no aluno, podendo as


instituições de ensino privilegiar o aspecto gramatical, impondo o assunto a ser
desenvolvido, não fornecendo comentários, ou mesmo tem pouco interesse na escrita,
dando maior ênfase na Leitura mecânica, não proporcionando o desenvolvimento
criativo às crianças.
Quanto ao ensino da leitura, (SANTOS, 1991; OLIVEIRA & SANTOS, 2006
apud ROAZZY, ANTONIO, 2014, p. 67) afirmam: O ensino da leitura é um grande
desafio para a escola e uma exigência. Além de ser condição necessária para o
sucesso escolar, a leitura é elemento fundamental para o desenvolvimento
profissional, social e cultural, uma vez que possibilita a expansão de conhecimento,
favorece a compreensão dos fatos e flexibiliza formas de pensar a realidade. (Apud
LOVATTO et al., [2020]).

30
7 CONCEPÇÃO ATUAL DE EDUCAÇÃO

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“Cidadania”, do latim, civitas, “cidade” é um conjunto de direitos e obrigações


relacionados ao indivíduo e à sociedade em que vive. A escola desempenha um papel
fundamental na formação do cidadão, pois transmite a consciência cívica de forma
significativa para que possa atuar no meio social de forma crítica e consciente.
A educação vive um momento especial, pois, a atenção da sociedade tem se
voltado para as instituições de ensino, como espaço básico de formação. Diversas
demandas surgiram devido a globalização que a sociedade está vivendo. As
distâncias foram reduzidas, meios de comunicações sendo amplamente divulgados,
o que permite que as pessoas tenham acesso com maior rapidez as informações,
aliado a essa situação o surgimento da revolução tecnológica trouxe mudanças
significativas nos setores produtivos e nas formas de socializar.
Ressaltando que as instituições de ensino são campos de conhecimento onde
diversas gerações convivem, ocorrendo fortes conflitos e contradições, problemas
devem ser negociados e resolvidos para que o processo educativo seja um sucesso.
Costa (1995, p. 189) afirma que:

Não podemos deixar de reconhecer, hoje, a incidência de consideráveis


modificações operadas no mundo do trabalho pela sofisticação dos
mecanismos do capitalismo, o que é registrado mesmo por teóricos de
orientação marxista. O surgimento de um amplo espectro de atividades
burocráticas e de prestações de serviços, e as alterações no interior de
práticas ocupacionais reconhecidas e tradicionais, tem produzido mudanças
nas relações de trabalho e na estrutura de classes [...].
31
Além do mais, espera-se que as escolas proporcionem aos estudantes uma
formação integral, desenvolvendo aspectos como: capacidades cognitivas, culturais,
psicológicas, sociais e produtivas. Portanto, é fato que na história da educação, nunca
tantas exigências foram delegadas às instituições de ensino fundamental, médio e
superior, o que torna o trabalho da educação tão complicada quanto os problemas
que a sociedade hoje enfrenta, principalmente quando se aponta que a educação
formal é a principal forma de superar os desafios.
As mudanças graduais da sociedade, fazem com que esta precise se adaptar
aos novos problemas de sobrevivência causados pelas novas formas de organização
econômica. Nessa forma de organização econômica, a competitividade dos indivíduos
no mercado de trabalho torna necessária a busca constante por atualizações
profissionais a partir das necessidades do mercado.
O ambiente educacional brasileiro teve de se adequar às exigências desse tipo
de organização econômica. O conceito educacional brasileiro proposto a partir dos
PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais, exposto pela teoria construtivista, aponta
a relevância da educação em termos de desenvolvimento de habilidades e
competências. A construção global do conhecimento de indivíduos, visa preparar os
alunos para este tipo de organização social eficaz. Nesse tipo de organização social,
o desenvolvimento dos meios de produção e da tecnologia tendem a continuar
exigindo que as pessoas dominem diferentes habilidades.
As instituições de ensino passaram a serem vistas como uma válvula de escape
para a resolução de problemas contemporâneos causados pelo capitalismo. Desta
forma, a educação passou a ter uma função para além do âmbito da disseminação e
absorção sistemática do conhecimento, abrangendo os aspectos da educação que
antes eram considerados responsabilidades básicas da família, bem como resolver a
incerteza da relação atual entre os indivíduos e consequências da industrialização em
larga escala no meio ambiente, CRIVELARO, (2013).
Em determinados momentos a educação torna-se menos importante no fator
de função social, sendo este o pré-requisito básico para a transformação da realidade,
de forma crítica, criando cidadãos conscientes e informados. É neste sentido que “o
currículo, incluindo as disciplinas, constituem uma conversão da cultura da sociedade
global, uma espécie de ‘reinvenção da cultura’, que resulta num tipo peculiar de saber,
o saber escolar” (SAVIANI, 1994, p. 60 apud CRIVELARO, 2013).

32
Contribuindo com esta reflexão Luckesi (1993, p.115) expressa que:

[...] educador é aquele que, tendo adquirido o nível de cultura necessário


para o desempenho de sua atividade, dá direção ao ensino e aprendizagem.
Ele assume o papel de mediador entre a cultura elaborada, acumulada e em
processo de acumulação da humanidade.

Hoje, a proporção de crianças e jovens com deficiência de aprendizagem nas


escolas de todo o país é elevada, a taxa de analfabetismo diminuiu, mas, por outro
lado, a qualidade da educação em todos os níveis é muito baixa. Em muitos casos, os
estudantes precisam de intervenção especificamente em suas atividades de
aprendizagem, mas devido a burocracia das políticas públicas, dessa forma fragiliza
o desenvolvimento acadêmico e social de muitas pessoas e estimula o círculo vicioso
da baixa escolaridade no ano seguinte, não ocorrendo medidas especiais de
intervenção pedagógica.
De acordo com netto & Falcão, 1989, p. 19, estes afirmam que:

Vista sob um certo ângulo, a vida cotidiana é em si o espaço modelado (pelo


Estado e pela produção capitalista) para erigir o homem em robô: um robô
capaz de consumismo dócil e voraz, de eficiência produtiva e que abdicou de
sua condição de sujeito, cidadão (NETTO & FALCÃO, 1989, p. 19).

Segundo Abad (2004), a escola, ao não ter a capacidade de construir relações


condizentes com as características, interesses, expectativas, linguagens dos seus
jovens alunos, termina por criar rupturas, às vezes irreversíveis, entre o mundo escolar
e o mundo juvenil do educando. A consequência disto pode ser o afastamento, não
apenas simbólico, mas, real desses jovens da escola.
Tal situação pode ser comprovada pela análise dos índices de evasão,
repetência, e pela observação dos tão conhecidos problemas enfrentados pelos
professores, tais como a indisciplina, o desinteresse e até mesmo a violência. Ainda
mais que, atualmente, em decorrência da modernização industrial e da economia em
desenvolvimento, não existe mais a ilusão da mobilidade e da ascensão social, que
deveria ser trazida pela expansão da educação média, como já foi para seus pais,
tornando a escola menos atraente e sem sentido para os jovens. (ABAD,2004 apud
CRIVELARO, 2013)

33
Nesse processo, muitas são as lacunas que envolvem a educação sistemática,
uma vez que toda a escola é composta por diversos ramais, os esforços devem ser
feitos de forma clara na busca de um objetivo comum, não sendo possível apontar
apenas uma área específica responsável por este resultado. Na gestão da sala de
aula, os professores precisam buscar flexibilidade e atitudes empreendedoras para se
aprimorarem continuamente, adquirindo conhecimentos em diferentes áreas, para
melhorar a qualidade da aula, trazendo criatividade e sempre buscando a auto-
renovação para atender às crescentes necessidades sociais, os educadores precisam
melhorar continuamente suas habilidades.
Na prática de ensino, atrair a atenção e estimular a curiosidade e o desejo de
aprender dos alunos deve ser uma meta imutável. Respeito é o ponto principal, os
profissionais da educação devem ter como pré-requisito a criação de oportunidades,
incluindo ativamente e qualitativamente os indivíduos, respeitando os limites
individuais e demonstrando suas potencialidades.

8 O PAPEL DO EDUCADOR NO LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Fonte: pixabay.com

Os educadores que desejam desempenhar o papel de responsável pelo


letramento devem considerar que o ato de educar não é uma doação de conhecimento
do professor aos alunos nem a difusão de ideias, mesmo que essas ideias sejam
consideradas muito boas. Em vez disso, é uma contribuição ao processo de
humanização.

34
Este processo desempenha um papel fundamental no exercício do educador,
pois, este acredita na construção do conhecimento para promover o desenvolvimento
humano, tornando-se uma ferramenta cooperativa para o crescimento dos alunos,
orientando-os para a criação dos seus próprios conceitos e conhecimentos. “Ciente
da complexidade do ato de alfabetizar e letrar, o professor é desafiado a assumir uma
postura política que envolve o conhecimento e o domínio do que vai ensinar”
(CASTANHEIRA, 2009, p. 18 apud LIMA, 2015, p. 91).
Mas é preciso que os educadores, principalmente aqueles que estão há muitos
anos na função de alfabetizadores e contam com a pura decodificação, concordem
em quebrar o paradigma e acreditem que as mudanças na sociedade contemporânea
afetarão todas as áreas. LIMA, (2015, p. 91).
Assim como o conhecimento e o saber dos educadores, os métodos que
aprenderam décadas atrás podem e devem ser aprimorados, atualizados ou mesmo
revisados, o conhecimento nunca se completa, não ficar estagnado diante da
evolução e a globalização que a sociedade usufrui. “É importante que o professor, [...]
conceba a alfabetização e o letramento como fenômenos complexos e perceba que
são múltiplas as possibilidades de uso da leitura e da escrita na sociedade”
(CASTANHEIRA, 2009, p.15 apud LIMA, 2015, p. 91).
Na prática docente dos educadores, a parceria entre a alfabetização e
letramento deve ser estreitada ou estabelecida a cada dia, para promover o diálogo
entre o mundo abstrato da leitura e o mundo real dos indivíduos em processo de
aprendizagem letramento, fazendo com que aqueles que tivessem acesso a
alfabetização e letramento, transpassem o campo da leitura simples, encontrando um
significado em ato de ler e na escrita.
Portanto, antes que um professor queira desempenhar o papel de um
alfabetizador e letrador, este deve estar atento, buscando conhecimento contínuo,
dominando obras escritas, ferramentas de busca de informações e se tornar um
excelente leitor e redator. Porém, para ser capaz de alfabetizar e letrar os alunos, é
necessário compreender o processo de alfabetização e letramento reconhecendo as
características de cada um.

35
Soares (2000) Soares (2000) destacou como facilitar o ensino que combina as
especificidades desses dois processos o (alfabetizar e o letrar):

Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da


escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de
escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma
criança letrada (tomando este adjetivo no campo semântico de letramento e
de letrar, e não com o sentido que tem tradicionalmente na língua, este
dicionarizado) é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo
o prazer de leitura e de escrita de diferentes gêneros de textos, em diferentes
suportes ou portadores, em diferentes contextos e circunstâncias. [...]
alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a
escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita:
substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por
jornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade,
e criando situações que tornem necessárias e significativas práticas de
produção de textos. (Jornal do Brasil – 26/11/2000 apud LIMA, 2015, p 92).

Os cursos de formação de professores em qualquer área do conhecimento


devem se concentrar na formação de excelentes leitores e excelentes produtores de
texto na área, e na formação de indivíduos que possam treinar excelentes leitores e
produtores de texto. Vale ressaltar que a formação ineficiente de professores se reflete
na formação de um bom leitor de textos e também de um produtor de textos. Quanto
ao papel do professor de letrador, e alfabetizador alguns passos devem ser
respeitados. Dentre os quais são:
 Investigar os costumes sociais no cotidiano dos alunos para adaptá-los
à sala de aula e ao conteúdo a ser processado;
 O conceito de alfabetização, métodos de ensino e teoria da
aprendizagem;
 Planejar ações para ensinar o uso da linguagem escrita e como os
alunos devem utiliza-las;
 Identificar variáveis que interferem na assimilação do conteúdo;
 Através da leitura, interpretação e produção de vários tipos de textos,
são desenvolvidas entre os alunos competências eficazes de leitura e
escrita na sociedade;
 Escolha diferentes materiais adequados para o trabalho de ensino;
 Incentivar os alunos a ler e escrever socialmente de forma criativa,
detectável, crítica, autônoma e ativa;

36
 Gestão adequada da sala de aula e organização do espaço,
especialmente quando o nível de conhecimento relacionado ao sistema
de escrita é diferente;
 Orientar ao aluno em compreender o seu próprio valor, promovendo a
autoestima, alegria de viver e a cooperação;
 Analisar os trabalhos escritos dos alunos para determinar sua
compreensão sobre o conhecimento linguístico;
 Desenvolver uma metodologia de avaliação com um certo grau de
sensibilidade, atentando para múltiplas vozes, vários discursos e
diferentes linguagens;
 Produção de ferramentas de avaliação de aprendizagem.

Na sala de aula de alfabetização, os educadores devem considerar os


diferentes processos de letramento que constituem a vida dos alunos, visando utilizar
métodos e estratégias que permita os alunos aprendam, recebam e desenvolvam
esses diferentes níveis de conhecimento, de forma clara e interessante, obtendo
sucesso na leitura e na escrita e alcançando independência intelectual.

9 AMBIENTE ALFABETIZADOR

Fonte: pixabay.com

37
O termo "ambiente de alfabetização" tornou-se uma referência para discutir a
metodologia de alfabetização em meados da década de 80. Com a disseminação da
ideologia construtivista, a ênfase está nas crianças e no processo de conceituação de
sua escrita, e as crianças interagem com elas. Como objeto de conhecimento, é muito
importante nas recomendações de ensino.
A ideia básica é que os alunos da linguagem escrita podem refletir sobre o
sistema de representação e atribuir seus símbolos gráficos e regras de funcionamento
com base em conexões estreitas com materiais escritos e participação ativa em
práticas de leitura e escrita de adultos.
Tentamos dizer que um ambiente de alfabetização, quando promove uma série
de situações em que a alfabetização é efetivamente utilizada, as crianças têm a
oportunidade de participar. Se os adultos que vivem com crianças usam a escrita em
sua vida diária e lhes oferecem oportunidades de testemunhar e participar de vários
comportamentos de leitura e escrita, estas podem pensar sobre a linguagem e seus
usos desde a mais tenra idade sobre como ler e escrever.
Deste modo, Moreira (2007) afirma que:

O ambiente de aprendizagem escolar é um lugar previamente organizado


para promover oportunidades de aprendizagem e que se constitui de forma
única na medida em que é socialmente construído por alunos e professores
a partir das interações que estabelecem entre si e com as demais fontes
materiais e simbólicas do ambiente (MOREIRA, 2007 apud DA SILVA;
DUARTE, 2013 p. 03).

Nas instituições de educação infantil, existem vários ambientes de


comunicação que requerem mediação por escrito. Por exemplo, ao usar instruções
escritas para as regras do jogo, ao ler notícias de interesse das crianças, ao informar
a data e a hora da festa no convite de aniversário, no momento de anotação de ideias,
envios de bilhetes dos educadores para os pais, mas antes o educador faz uma leitura
para as crianças, deixe-as saber o conteúdo e a intenção das notas. Com essa visão,
a escola deve ser um local de aprendizagem que possa considerar de forma
sistemática e coesa as necessidades dos alunos.
O ambiente de ensino da maioria dos cursos planejados nem sempre é um
ambiente que pode atingir os objetivos esperados, pois mesmo quando se trabalha
apenas com conteúdo programático em um ambiente normal, ele se tornará muito

38
cansativo e monótono, e muitas vezes o estudante o faz para atingir os objetivos
definidos, não por causa do desejo de desenvolver e aprender o que é apresentado.
Assim, nas palavras de Souza (2005):

(...) a oportunidade de estar em um ambiente planejado e cuidado para elas,


pensando de forma humanizadora, buscando ser um espaço de promoção da
vida, do crescimento, do desenvolvimento e da aprendizagem, sem perder de
vista que isso terá também consequências positivas para todos os demais
atores envolvidos nesse processo de promoção/construção da qualidade, no
âmbito da instituição educativa e das famílias dessas crianças (SOUZA, 2005,
p. 122 apud DA SILVA; DUARTE, 2013 p. 05).

Os professores tradicionalmente realizam todas as tarefas fora da sala de aula


e sem as crianças, como preparar convites para reuniões de pais, escrever uma carta
para crianças ausentes, ler bilhetes relativos da escola, etc. estas situações podem
ser compartilhadas com as crianças, visando a interação do aluno nas atividades,
explorando assim o uso da escrita e da leitura.
Ao falar sobre a aprendizagem para as crianças, o espaço e o ambiente que
deve ser proporcionado a elas, os sentimentos que as cercam não podem ser
ignorados, pois, a vida das crianças está rodeada por curiosidade, ansiedade,
expectativas, medo, insegurança. Ao apresentar a experiência de lugares nunca antes
considerados, todos esses fatores devem ser analisados, pois cada um pode construir
sua própria experiência de conhecimento, sendo esses espaços visados a atender às
suas expectativas, ser desafiadores, organizados, contextuais e propícios
aprendizagem.
A participação ativa das crianças nas atividades de letramento configura um
ambiente de alfabetização para as escolas. Isso é especialmente importante quando
as crianças vêm de comunidades com níveis de alfabetização mais baixos, onde têm
poucas oportunidades de testemunhar a leitura e a escrita com educadores mais
experientes.
Nesse caso, o professor passa a ser uma referência muito importante. E,
pensando assim, por que não proporcionar uma aprendizagem mais significativa,
tendo em vista que existem outros espaços de alfabetização além da sala de aula.
Dentro da escola esses ambientes devem ser de construção de conhecimento, um
complemento as atividades escolares, porque as crianças não só aprendem com o
professor, mas também interagem com as várias escolhas da escola todos os dias,
basta fazê-las se adaptarem.

39
Nesse sentido um ambiente escolar deve possuir:
 Alfabeto: referências de leitura e escrita infantil;
 Canto de leitura: livros, fichas, histórias;
 Listas de referência: com nomes de alunos e palavras trabalhadas;
 Canto da matemática: utilização dos números, calendários com mês,
relógios;
 Motricidade: estimular as crianças, a amarrar cadarços, massinhas,
trancinhas, conta gotas;
 Trabalho com nomes: incentivar os alunos a fazerem uso dos próprios
nomes em trabalhos educativos.

Se a educação infantil trouxer para as instituições vários textos didáticos


usados na prática social, esta ampliará o acesso ao mundo da alfabetização e terá um
papel importante na busca pela igualdade de oportunidades. Às vezes, o termo
"ambiente de alfabetização" é confundido com a imagem da sala, as paredes da sala
são cobertas com texto puro, às vezes até com etiquetas que nomeiam móveis e
objetos, como se essa fosse uma forma eficaz de as crianças escreverem.
De acordo com Silva, 2013,

Além dos livros e dos jogos, os docentes utilizam em suas salas de aula
recursos como cartazes, que contribuem em atividades envolvendo
diferentes tipos de gêneros textuais, como cantigas, lista e receitas. Esses
recursos favorecem, também, a reflexão sobre a língua escrita, pois auxiliam
o aluno a visualizar os textos, observando as letras, sílabas e palavras que
compõem os mesmos. (SILVA, 2013, p.53 apud MOREIRA et al., 2017 p. 11).

Silva, 2013 ainda complementa que:

O ambiente escolar [norteado] por um projeto político pedagógico que, na


maioria das vezes, é construído por todos que fazem parte da escola leva em
consideração a realidade local e as necessidades da escola. O projeto
político-pedagógico é um dos documentos que servem para organizar a rotina
da escola e também para orientar a prática dos professores. (SILVA, 2013,
p.41 apud MOREIRA et al., 2017 p.11).

Araújo (2001) acrescenta que a construção e a organização do ambiente


alfabetizador na sala de aula e/ou no seu entorno não consiste em ter os objetos lá
sem saber como usá-los, “[...] nem tão pouco colocar os materiais num canto da sala
de aula. É preciso transformar a sala de aula num ambiente alfabetizador,
[particularmente] “ os materiais de leitura”. ” (ARAÚJO, 2001, p. 144 apud MOREIRA
40
et al., 2017 p.12). Portanto, na escolha do material escrito, é necessário orientar as
necessidades das crianças em expor diferentes textos, e promover a observação de
hábitos sociais de leitura e escrita que considerem suas diferentes funções e
características. Nesse sentido, as literaturas em geral como: infantis, jornais, revistas
e os textos publicitários são modelos que podem ser disponibilizados às crianças para
que aprendam a língua de escrita.
O educador pode escolher o gênero que vai utilizar de forma contínua e
sistemática de acordo com seus próprios projetos e objetivos, para que as crianças
possam conhecê-los melhor. Por exemplo, o entendimento do que é uma receita
culinária, sua aparência gráfica, formato de lista, combinação de palavras e números
que indicam a quantidade de ingredientes, etc., bem como características de poemas,
histórias em quadrinhos, notícias de jornal.
No que diz respeito ao ambiente de alfabetização, além dos livros didáticos e
atividades pedagógicas sugeridos diariamente, o educador também pode configurar
as salas de aula equipadas com cartazes, letras, e números explicados na íntegra.
Por muito tempo, pensou-se que, para que o aprendizado acontecesse eram
necessárias cartilhas, métodos de sílabas, pranchas e professores, diante deles para
servir e esclarecer todos ao mesmo tempo, esta era a receita pronta para um
estudante alfabetizado.
Teberosky e Colomer; 2003, afirmam que:

Se um material permanece durante todo o curso escolar é sinal de que não


foi usado para o desenvolvimento das atividades: ele tem, nesse caso, um
valor mais de decoração do que de outra coisa. Por outro lado, se o material
vai sendo substituído, significa que é funcional e que foi integrado como
conteúdo de ensino dentro das atividades de aprendizagem. (TEBEROSKY
E COLOMER; 2003, p. 111 MOREIRA et al., 2017 p.12).

Hoje em dia, é claro que isso não é suficiente, não atingindo o verdadeiro
sentido de alfabetização, mais trabalho precisa ser feito, porque apenas salas cheias
de livros didáticos e alguns similares não podem garantir o sucesso dos alunos. Os
fatos da exposição do mundo escrito não é critério de garantia que podem - se atribuir
conhecimento e aprendizado a criança, mas por meio da interação e da participação
nesse processo, o aluno poderá progredir na aquisição do conhecimento. O
conhecimento não é algo de cima para baixo, mas é obtido por meio da troca de
experiências com os outros e com o meio ambiente.

41
Pode-se fazer a diferença, ou seja, significa dar atribuição, melhor dizendo no
ambiente que está relacionado ao espaço oferecido. Portanto, a interação dos
estudantes com o ambiente é fundamental, podendo criar momentos de
aprendizagem, comunicação e diálogo sob a orientação dos professores. Outro ponto
importante é o interesse do aluno pelo conhecimento, pois toda disciplina tenta lidar
com o conhecimento e atividades prioritárias para promover o seu desenvolvimento.

O ambiente de aprendizagem escolar é um lugar previamente organizado


para promover oportunidades de aprendizagem e que se constitui de forma
única na medida em que é socialmente construído por alunos e professores
a partir das interações que estabelecem entre si e com as demais fontes
materiais e simbólicas do ambiente (MOREIRA, 2007, apud SILVA, p. 3).

Quando a escola puder proporcionar todos esses espaços para promover a


aprendizagem e ter um papel ativo na construção do conhecimento, a tarefa de ensino
e mediação se tornará mais fácil, e a pressão sobre alunos e professores será
reduzida, pois se trata de um possibilidade e condições para o ambiente atingir os
objetivos esperados.
Qualquer tipo de trabalho relacionado à escola precisa considerar esta questão,
e é principalmente dedicado à qualidade da educação infantil, porque as atividades
que não envolvem grupos e outros ambientes podem na verdade não ser contextuais,
de modo que as crianças realmente não entenderão o significado de esse tipo de
conhecimento, ocorrendo de fingir que aprendeu e o professor pensa que ensinou o
conteúdo corretamente. As instituições escolares devem estar preparadas para
promover o bem-estar das crianças e proporcionar um bom começo para suas vidas,
adotando métodos que respeitem o meio ambiente.

(...) a oportunidade de estar em um ambiente planejado e cuidado para elas,


pensando de forma humanizadora, buscando ser um espaço de promoção da
vida, do crescimento, do desenvolvimento e da aprendizagem, sem perder de
vista que isso terá também consequências positivas para todos os demais
atores envolvidos nesse processo de promoção/construção da qualidade, no
âmbito da instituição educativa e das famílias dessas crianças (SOUZA, 2005,
apud SILVA, p.5).

Como ponto negativo, infelizmente, na maioria das escolas públicas, existe um


ambiente precário que realmente precisa ser corrigido no processo de aprendizagem,
portanto, os professores precisam encontrar, criar oportunidades e permitir essas
experiências na realidade, e isso não se deve à falta dessas oportunidades.

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