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Coordenador UAB/NEAD/UFSJ
Heitor Antônio Gonçalves
Comissão Editorial:
Fábio Alexandre de Matos
Flávia Cristina Figueiredo Coura
Geraldo Tibúrcio de Almeida e Silva
José do Carmo Toledo
José Luiz de Oliveira
Leonardo Cristian Rocha (Presidente)
Maria Amélia Cesari Quaglia
Maria do Carmo Santos Neta
Maria Jaqueline de Grammont Machado de Araújo
Maria Rita Rocha do Carmo
Marise Maria Santana da Rocha
Rosângela Branca do Carmo
Rosângela Maria de Almeida Camarano Leal
Terezinha Lombello Ferreira
Edição
Núcleo de Educação a Distância
Comissão Editorial - NEAD-UFSJ
Capa
Eduardo Henrique de Oliveira Gaio
Diagramação
Luciano Alexandre Pinto
CDU: 811.134.3
Agradecimento
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
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Pra começo de conversa...
Prezado(a) Colega/Estudante
Buscamos fazer dessa disciplina um efetivo fórum de discussões sobre nossas práticas de
leitura e escrita, num ambiente descontraído e lúdico, onde não apenas vamos pensar nas
possíveis aplicações junto a nossos alunos como também praticaremos formas variadas
de produção.
Claudia Braga
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unidade 1
“Lendo” a vida
Objetivo
Estimular a reflexão sobre o conceito de leitura
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unidade 1
“Lendo” a vida
Em agosto de 2010, um conhecido periódico brasileiro trazia como título de sua matéria
de capa: “Falar e escrever bem: rumo à vitória”. Tratava-se de uma breve enquete sobre
as formas de expressão orais e escritas e seu manejo, no sentido de demonstrar como os
profissionais têm necessidade de se expressar bem em sua língua materna, para alcançar
êxito em todas as áreas.
[...] ler é indispensável para quem quer se expressar bem. E ler inclui de
Machado de Assis e Graciliano Ramos até um blog decente na internet
(mas atenção: é preciso ler de tudo – não uma coisa ou outra). Ler mostra
as infinitas possibilidades de expressão da língua, enriquece o vocabulário
(e o bom vocabulário é o melhor amigo da precisão), ensina o leitor a
organizar seu pensamento e ainda oferece a ele algo de valor inestimável:
conteúdo. (Revista Veja: 11/08/2010, p. 100)
Sabemos disso.
Mas essa “leitura” é bastante anterior a Machado de Assis ou aos “blogs” da internet. Todos
nós, desde o nascimento, percebemos, compreendemos, “lemos”, o universo que nos cerca.
Todos nós, desde a infância, somos leitores do mundo.
E essa “leitura” do mundo que nos cerca vai moldar nossa “escrita” nele, metafórica e
concretamente.
Assim, nossos alunos que chegam à escola possuem um conhecimento advindo dessa
“leitura” inicial de mundo. E só se transformarão em leitores de textos quando passarem
a ter contato com eles, dominando todo o processo de uma leitura diferente daquela que
utilizaram anteriormente.
Dessa forma, com certeza, o ato ou o hábito de ler é influenciado por determinantes que
causam reações e sensações diversas no leitor, a partir de seu histórico particular, de seu
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aprendizado anterior de “leitura” do mundo. Assim, a leitura não é algo estático, mas em
permanente transformação, que deve, sobretudo, ser prazeroso, pois aprender a ler é,
também, ter acesso a um mundo distinto daquele em que a oralidade se instala e organiza.
Diante disso, podemos afirmar que a leitura varia e se transforma de acordo com o texto,
o momento e a situação na qual se encontra o leitor, pois “não se lê uma poesia como se lê
um problema de matemática ou uma narrativa” (CAGLIARI, 2005, p. 172).
Assim, o acesso ao mundo da escrita exige habilidades para além do apenas aprender
a ler e a escrever – exige práticas de letramento autênticas, que garantam aos alunos o
procedimento de leitor e escritor autônomo; que lhe dê possibilidades de incorporar
habilidades de uso da leitura e da escrita desenvolvidas no início da escolarização, com
ampliação gradativa e consistente para sua formação digna e plena.
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unidade 1
e tempos para definir objetivos e para organizar atividades. Nos mesmos documentos,
há ênfase sobre a necessidade de investimento nos meios para a sua implementação,
destacando-se que a organização das atividades em torno da alfabetização deverá levar
em conta:
Sendo assim, em relação ao ler e escrever, verifica-se que o professor precisa facilitar
a interação entre a escrita e a leitura e, ao mesmo tempo, precisa propor desafios que
tenham significado para os alunos, para que estes se sintam instigados pela busca de
resultados, ou seja, para que se tornem sujeitos ativos e envolvidos com os procedimentos
de leitor e/ou escritor.
Logo, tanto quanto seus alunos, é preciso que o professor se torne sujeito do mundo da
leitura e da escrita, que organize registros de acompanhamento do processo de construção
do conhecimento de seu grupo, que busque textos que componham a pluralidade das
práticas de leitura.
O prazer da leitura
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O prazer em ler é uma técnica que se adquire no decorrer dos anos, tendo em vista que
vem gradativamente e contribui para a formação de leitores capazes de reconhecer as
sutilezas, as particularidades, os sentidos, a extensão e a profundidade de cada texto lido.
Segundo Lajolo (1997, p. 7), “lê-se para conhecer o mundo, para viver melhor”. Nesse
contexto, o papel dos professores, não só de Língua Portuguesa como de outras áreas de
ensino, é de colaborar para a compreensão e as transformações do mundo.
É necessário aprender a ler e, mais tarde, ler para aprender. Quer dizer,
conseguir que o indivíduo torne-se capaz de compreender os diferentes
tipos de textos que existem em sociedade e que assim possa participar de
dinâmica que é a própria do mundo da escrita.
Para conquistar e ganhar novos leitores é imprescindível saber utilizar-se dos artifícios
necessários, através dos quais se possa oferecer ao outro o que o outro deseja, mesmo
que este não tenha consciência do seu próprio desejo e da necessidade de adquirir novos
conhecimentos.
Dessa forma, no momento do trabalho com a leitura é que são fincados os alicerces para a
produção de bons textos. A escolha de textos e temas adequados à faixa etária dos alunos
permite que eles se integrem ao exercício da leitura de modo prazeroso e investigativo.
De acordo com os PCN de Língua Portuguesa (1997, p. 54), para formar um leitor
competente é preciso
[...] formar alguém que compreenda o que lê; que possa aprender a ler
também o que não está escrito, identificando elementos implícitos; que
estabeleça relações entre o texto que lê e outros já lidos; que saiba que
vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que consiga justificar e
validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos.
Mas, para que ocorra uma leitura fluente, é preciso que haja o envolvimento de uma
série de estratégias cognitivas que permitam ao leitor guiar sua leitura. A esse respeito,
Goodman (1990, p. 16-18) apresenta as seguintes estratégias:
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unidade 1
• Seleção: o leitor elege as informações do texto que lhe são realmente
úteis, necessárias.
• Predição: o leitor faz o uso de seu conhecimento prévio para antecipar,
predizer o que virá no texto e seu respectivo significado.
• Inferência: o leitor utiliza seus conhecimentos conceptual e linguístico
para complementar a ideias que não estão explícitas no texto.
• Autocontrole: o leitor põe à prova suas estratégias e as modifica se for
necessário.
• Autocorreção: o leitor repensa e corrige suas hipóteses levantadas por
inferência ou predição.
É necessário que a leitura tenha sentido e objetivo para o aprendiz. Em função disso, a
escolha de textos de boa qualidade, autênticos, variados, desde o início da escolarização, é
fundamental para a formação de bons leitores.
ATIVIDADE
A unidade 1 levanta reflexões sobre diferentes processos de leitura.
Qual sua opinião sobre as considerações apresentadas?
Elabore um texto conceituando as eventuais práticas de leitura e o que seria, para
você, o “leitor ideal”.
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unidade 2
Práticas de Leitura
Objetivo
Trabalhar a “leitura” de imagens e textos com vistas a sua análise escrita
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unidade 2
Práticas de Leitura
No início do trabalho de escrita nas classes de alfabetização, os textos devem ser criados
coletivamente e escritos no quadro pelo professor, que fará o papel de escriba. Depois, os
textos poderão ser transcritos em um cartaz e afixados na sala de aula, para serem lidos
diariamente pelo professor e pelos alunos, em grupo ou individualmente. O texto deverá
ser sempre substituído por outros textos coletivos criados pelo grupo recentemente.
Os textos literários são divididos em dois grupos: textos em verso, textos em prosa.
O professor deverá sempre definir o gênero textual a ser utilizado pelo aluno para a
produção de um texto. Em uma situação de interação verbal, são considerados vários
elementos, de acordo com a situação de comunicação em que o locutor se encontra,
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devendo escolher sempre o gênero textual mais adequado, avaliando com quem fala, sobre
o que fala, com que finalidade fala, pois, como afirma Koch,
Ao professor cabe eleger um determinado gênero textual para ser trabalhado na escola,
definindo um modelo específico desse gênero, com referências teóricas específicas, e
determinar as dimensões que serão abordadas com os alunos.
É de acordo com nosso domínio dos gêneros que usamos com desembaraço,
que descobrimos mais depressa e melhor nossa individualidade neles
(quando isso é possível e útil), que refletimos, com maior agilidade, a
situação irreproduzível da comunicação verbal, que realizamos, com o
máximo de perfeição, o intuito discursivo que livremente concebemos.
(1997, p. 304).
Para que o professor possa auxiliar seus alunos de forma eficiente na organização e
estruturação da escrita, deve estar atento à coesão e à coerência textuais. Segundo Koch &
Travaglia (1989, p. 11-12),
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unidade 2
de sentido do texto, o que caracteriza a coerência como global, isto é,
referente ao texto como um todo. (KOCH & TRAVAGLIA).
Para a formação de um leitor competente, o professor deve orientar seus alunos em relação
ao processo de revisão dos textos produzidos. Para isso deve ser solicitada a releitura
e a reelaboração de suas produções textuais, com o objetivo de melhorá-las o máximo
possível.
No momento da revisão dos textos, cabe ao professor selecionar os aspectos nos quais
deseja que seus alunos se concentrem: elementos de coesão, pontuação, adequação
ortográfica, clareza de ideias, uso da linguagem adequada a quem se destina o texto.
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• Após identificar os erros na produção escrita, solicitar sugestões, por parte do grupo,
para uma nova organização da frase ou da forma correta de escrever uma palavra.
• Ter o cuidado de não alterar o sentido do texto, deixando que os alunos-autores
decidam sobre a incorporação das sugestões da classe, respeitando a autonomia do
texto a ser escrito. Escolher a cada reescrita a produção de uma dupla ou grupo
diferente, de modo que todos tenham seus textos reescritos.
2.5.1 - Pintura
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unidade 2
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FIGURA 2 - “The River Bennecourt” (O rio Bennecourt) - MONET, 1868
Fonte: <http://absurtus.files.wordpress.com/2011/03/557_river_scene_at_
bennecourt_1868.jpg> . Acesso em: 10 jun. 2011.
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unidade 2
2.5.2 - Fotografia
FIGURA 3 - Fotografia 1
Fonte: PASSOS, Célia & SILVA, Zeneide – “Coleção Eu Gosto Integrado” 4ªsérie-Ed.
IBEP, 2006
Explorando a foto
• Quem foi fotografado?
• O que faz?
• Demonstra emoção?
• Por que podemos reconhecer se ele é destro ou canhoto?
Gravuras comparativas
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FIGURA 4 - Fotografia 2
Fonte: PASSOS, Célia & SILVA, Zeneide – “Coleção Eu Gosto Integrado”
4ªsérie-Ed.IBEP, 2006
2.5.3 - Tiras
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unidade 2
É comum vermos as tirinhas abordarem temas atuais de forma sarcástica, como é o caso
da corrupção, esportes e outros assuntos que são criticados e ironizados através dos
desenhos, encontramos até algumas que fazem fortes críticas ao governo ou a pessoas
famosas em particular.
a) Tira 1
FIGURA 5 - Tira 1
Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/_ZS1t8ouQWrY/SrgkHc6rjdI/AAAAAAAABq4/
RDMLFl66egE/s1600-h/tira_meninomaluquinho_30_07.jpg>. Acesso em 30 jun. 2011.
b) Tira 2
FIGURA 6- Tira 2
Fonte: <http://www.portalpower.com.br/tirinhas-inteligentes>. Acesso em 12 abr. 2011.
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Refletindo e conversando sobre a tira
• Qual a dúvida do menino da tira?
• Por que ele não acredita na afirmativa do pai?
• E para você, existe essa dúvida? Justifique.
c) Tira 3
FIGURA 7 - Tira 3
Fonte: <http://www.portalpower.com.br/tirinhas-inteligentes>. Acesso em 12 abr. 2011.
As histórias em quadrinhos são enredos narrados quadro a quadro por meio de desenhos
e textos que utilizam o discurso direto, característico da língua falada.
a) Em meio às sempre atuais questões sobre o meio ambiente, Chico Bento, personagem
criado por Maurício de Souza, apresenta algo bem ecológico...
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unidade 2
Leia a história.
Questões
• Que tipo de pesca Chico Bento realiza?
• Qual a emoção que ele demonstra sentir ao realizar essa pescaria?
• O que ele fez com o objetivo de preservar o nosso Planeta?
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2.5.5 - Textos diversos
O anúncio tem como objetivo tornar algo público, sem artifícios auxiliares, simplesmente
expor o produto.
FIGURA 9 - Classificados
Fonte: Jornal “O GLOBO”. 10 jun. 2011.
Reflita e compare
• Semelhanças.
• Diferenças.
• Propostas.
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unidade 2
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2.5.5.2 - Crônica
• Como você deve ter observado, o texto visa a divertir o leitor, falando de coisas de
seu cotidiano, de modo informal. Imagine ações engraçadas do pai, na tentativa de
tornar o filho um grande jogador de futebol.
2.5.5.3 - Fábulas
Fábulas são histórias fantásticas cujos personagens são animais que, nessas histórias,
sentem, agem e pensam como os seres humanos. As fábulas, por serem uma das mais
antigas maneiras de contar histórias, veiculam uma norma de conduta para a essência
humana, para expressar suas emoções e sentimentos; contêm um fundo moral para a
educação humana e criticam os valores de nossa sociedade.
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unidade 2
a) A Formiga e a Pomba
Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, escondido pelas folhas da
árvore, se prepara para apanhar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela
descansa, sem que ela perceba o perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele
deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba acorde e
voe para longe, a salvo.
Autor: Esopo
Fonte: <http://cantinhodasfabulas.vilabol.uol.com.br/aformigaeapomba.html>. Acesso
em 14 abr. 2011.
Moral da História:__________________________________________________
b) O Carvalho e os Juncos
Um enorme carvalho, ao ser puxado do chão
pela força de forte ventania, rio abaixo é
levado pela correnteza. Arrastado pelas
águas, ele cruza com alguns Juncos, e em tom
de pranto exclama:
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E eles responderam:
- Você competiu e lutou com o vento, por isso mesmo foi destruído. Nós, ao
contrário, nos curvamos, mesmo diante do mais leve sopro da brisa, e por essa
razão permanecemos inteiros e a salvo.
Autor: Esopo
Fonte: <http://cantinhodasfabulas.vilabol.uol.com.br/ocarvalhoeosjuncos.html>. Acesso
em 14 abr. 2011.
2.5.5.4 - Conto
O objetivo de trabalhar com contos é o de apresentar ao aluno uma forma curta de narrativa.
Pela manhã, os três sentaram-se à mesa para tomar café e cada qual teve que
contar o seu sonho. O padre disse ter sonhado com a escada de Jacó e descreveu-a
brilhantemente. Por ela ele subia triunfalmente para o céu. O estudante, então,
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unidade 2
narrou que sonhara estar já dentro do céu à espera do padre que subia. O caboclo
sorriu e falou:
– Eu sonhei que via “seu” padre subindo a escada e ”seu” doutor lá dentro do céu,
rodeado de amigos. Eu ficava na terra e gritava:
– Come o queijo, caboclo! Come o queijo caboclo! Nós estamos no céu, não
queremos queijo. “O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei-
me, enquanto vosmincês dormiam e comi o queijo.
(Luís da Câmara Cascudo)
Fonte: <http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Regionais/108800/Documentos/
melhortexto2009/ciclo1/caboclo.pdf>. Acesso em 14/04/2011.
Trabalhando o texto
Quais são os personagens do texto?
Por que o queijo de cabra tornou-se um problema?
Que solução foi dada pelo padre para resolver a questão?
O desfecho do texto é surpreendente em relação ao que se esperava que acontecesse
entre os três personagens caracterizados logo no início?
2.5.5.4 - Poemas
O poema é uma obra em verso. O poema, depois de criado, existe por si, em si mesmo,
ao alcance de qualquer leitor. Os poetas têm escrito poemas de vários tipos. Dois deles,
entretanto, são considerados os principais: o poema lírico e o poema narrativo. Alguns
críticos acrescentam, como um terceiro tipo, o poema dramático.
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Leia os poemas a seguir.
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unidade 2
Trabalhando com os textos
A música popular brasileira é das mais ricas do planeta, em termos de melodia, ritmo e/
ou temática. Trabalhar a “leitura” de músicas tem como objetivo fazer com que o aluno,
ouvindo e cantando, perceba que em qualquer tipo de canção há temas para reflexão.
Beba Queira
Pois a água viva ainda está na fonte Basta ser sincero e desejar profundo
Você tem dois pés para cruzar a ponte Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Nada acabou, não, não, não, não Tente outra vez
Tente Tente
Levante sua mão sedenta e recomece a andar E não diga que a vitória está perdida
Não pense que a cabeça agüenta se você parar, Se é de batalhas que se vive a vida
não, não, não, não Tente outra vez
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• A palavra TENTE repete-se várias vezes. Qual seria a intenção do poeta com esta
repetição?
CENA IV
[...]
FAUSTINO – Maricota...
MARICOTA – Fui bem desgraçada em dar meu coração a um ingrato!
FAUSTINO, enternecido – Maricota!
MARICOTA – Se eu pudesse arrancar do peito esta paixão...
FAUSTINO – Maricota, eis-me a teus pés! (Ajoelha-se, e enquanto fala, Maricota
ri-se, sem que ele veja.) Necessito de toda a tua bondade para ser perdoado!
MARICOTA – Deixe-me.
FAUSTINO – Queres que morra a teus pés? (Batem palmas na escada.)
MARICOTA, assustada – Quem será? (Faustino conserva-se de joelhos.)
CAPITÃO, na escada, dentro – Dá licença?
MARICOTA, assustada – É o capitão Ambrósio! (Para Faustino:) Vá-se embora,
vá-se embora! (Vai para dentro, correndo.)
FAUSTINO levanta-se e vai atrás dela – Então, o que é isso?... Deixou-me!... Foi-
se!... E esta!... Que farei?... (Anda ao redor da sala como procurando onde
esconder-se.) Não sei onde esconder-me... (Vai espiar à porta, e daí corre
para a janela.) Voltou, e está conversando à porta com um sujeito; mas
decerto não deixa de entrar. Em boas estou metido, e daqui não... (Corre
para o judas, despe-lhe a casaca e o colete, tira-lhe as botas e o chapéu e
arranca-lhe os bigodes.) O que me pilhar tem talento, porque mais tenho
eu. (Veste o colete e casaca sobre a sua própria roupa, calça as botas, põe o
chapéu armado e arranja os bigodes. Feito isso, esconde o corpo do judas em
uma das gavetas da cômoda, onde também esconde o próprio chapéu, e toma
o lugar do judas.) Agora pode vir... (Batem.) Ei-lo! (Batem.) Aí vem!
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unidade 2
CENA V
CENA VI
MARICOTA e os mesmos.
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MARICOTA – É, sim!
CAPITÃO – Essa agora é melhor! Explique-se...
MARICOTA, à parte – Em que me fui eu meter! O que lhe hei de dizer?
CAPITÃO – Então?
MARICOTA – Lembra-se...
CAPITÃO – De quê?
MARICOTA – Da... da... daquela carta que escreveu-me anteontem, em que me
aconselhava que fugisse da casa de meu pai para a sua?
CAPITÃO – E o que tem?
MARICOTA – Guardei-a na gavetinha do meu espelho e, como a deixasse aberta,
o gato, brincando, sacou-me a carta; porque ele tem esse costume...
CAPITÃO – Oh, mas isso não é graça! Procuremos o gato. A carta estava assinada
e pode comprometer-me. É a última vez que tal me acontece! (Puxa a espada
e principia a procurar o gato).
Fonte: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/martins-pena/o-judas-em-sabado-
de-aleluia.php>. Acesso em: 13 abr. 2011.
Estudo do texto
Apesar de não ter lido as primeiras cenas do texto, você pode entender o que se passou
anteriormente.
• Como você definiria a relação entre Maricota e Faustino?
• Que papel representa o Capitão nessa peça teatral?
A resenha crítica é um gênero argumentativo. Ela expressa uma opinião ou tese sobre
um produto cultural (livro, filme, peça, show, música etc.) e apresenta argumentos que
justificam essa opinião.
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unidade 2
41
ATIVIDADE
A unidade 2 apresenta diferentes tipos de textos sugerindo sua possível utilização
em nossa prática cotidiana.
1. Qual sua opinião sobre as sugestões apresentadas?
2. A partir de um gênero textual de sua escolha, elabore um exercício de verificação
de apreensão de leitura para aplicação.
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unidade 3
Objetivo
Trabalhar a prática da escrita em diferentes gêneros de produção
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Propostas de produção escrita
Com base nos trabalhos de leitura realizada, faremos agora, nós também, exercícios de
produção escrita. Lembramos que as unidades propostas no desenvolvimento da leitura
podem ser exploradas e trabalhadas na produção escrita.
3.1- Pontuação
Os sinais de pontuação servem para marcar pausas (a vírgula, o ponto e vírgula, o ponto)
ou a melodia da frase (o ponto de exclamação, o ponto de interrogação etc.). Geralmente,
estão ligados à organização sintática dos termos na frase, eles são regidos por regras.
Assim, é necessário trabalhar com os alunos a necessidade de seu bom emprego para a
melhor compreensão do que é lido ou escrito.
Leia o texto que nos fala sobre os sinais de pontuação. E veja como esse trabalho pode ser
descontraído e prazeroso
Quem é importante
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- Essa não! Tenha paciência! – Importante eu é que sou
Intervêm as Reticências. Eu preparo toda a ação
- Somos nós as importantes, E a e-nu-me-ra-ção!
Tanto agora como dantes: - É aqui que nós entramos!
Quando falta competência, Nós, as Aspas, e avisamos:
Botam logo... Reticências! Sem nossa contribuição
Não existe citação!
Til e Acento Circunflexo,
Numa discussão sem nexo, A Cedilha e o Travessão
Cara a cara, bravos, quase Já se enfrentaram, mas então,
Se engalfinham. Mas a Crase Bem na hora, firme e pronto
Corta a briga, ao declarar: Se apresenta o senhor Ponto:
- Poucos sabem me empregar! - Importante é o meu sinal.
Me respeitem pois bastante, Basta. Fim. PONTO FINAL.
Já que sou tão importante!
Tatiana Belinki, Di-versos russos.
Mas Dois-Pontos protestou: São Paulo: Scipione, 1994
ATIVIDADE 1
Crie você mesmo(a), agora, uma forma de trabalhar a pontuação em sala de aula.
Discuta sua proposta com os tutores e os colegas no Fórum da turma.
ATIVIDADE 2
De modo a exercitar a criação de discursos diretos, crie as falas das personagens da
história em quadrinhos a seguir.
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unidade 3
Fonte: PASSOS, Célia & SILVA, Zeneide – “Coleção Eu Gosto Integrado” 4ª série-Ed.IBEP,
2006
3.3 - Propagandas
ATIVIDADE 3
Elabore um anúncio para a venda de cada item:
Uma casa Um carro Um utensílio doméstico
3.4 - Fábula
O galo e a águia
Dois galos estavam disputando em feroz luta o direito de
comandar o galinheiro de uma chácara. Por fim, um põe o
outro para correr e é o vencedor.
O Galo derrotado afastou-se e foi se recolher num canto
sossegado do galinheiro.
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O vencedor, voando até o alto de um muro, bateu as asas e, exultante, cantou
com toda força.
Uma Águia que pairava ali perto lançou-se sobre ele e com um golpe certeiro
levou-o preso em suas poderosas garras.
O Galo derrotado saiu do seu canto e daí em diante reinou absoluto, livre de
concorrência.
Autor: Esopo
Fonte: <http://cantinhodasfabulas.vilabol.uol.com.br/ogalodebrigaeaaguia.html>.
cantinhodasfabulas.vilabol.uol.com.br. Acesso em 14/04/2011.
ATIVIDADE 4
Crie, agora, SUA fábula.
Lembre-se de que toda fábula tem uma mensagem moral a ser difundida.
Apresente sua história no Fórum da turma.
Diferentemente dos textos de ficção, das fábulas, os jornais devem dar informações
precisas sobre os fatos, fornecendo o maior número de dados no menor espaço possível.
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unidade 3
ATIVIDADE 5
Faça uma leitura crítica do texto.
Destaque pontos positivos e negativos.
Pesquise na internet para saber mais sobre o desarmamento infantil.
Discuta a proposta da Campanha “Desarmamento Infantil” do Instituto Sou da Paz
com os tutores e os colegas no Fórum da turma.
Elabore um texto sobre o assunto a partir de suas leituras e experiências cotidianas.
3.6 - Crônicas
Temos que estimular nossos alunos a analisar criticamente eventos de seu cotidiano.
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Façamos uma breve prática antes de aplicá-lo.
Observe as imagens abaixo. Elas são relacionadas a disputas esportivas que mobilizam no
público uma variedade de reações e sentimentos.
ATIVIDADE 5
Escreva uma crônica a respeito de um jogo da modalidade de sua preferência. Para
isso, você deverá descrever e analisar os fatos que conferiram emoção à partida. A
abordagem do tema deverá ser feita de forma espontânea e subjetiva.
50
unidade 3
• Qual será o tom da sua crítica: como torcedor, como admirador, com descontração,
com otimismo, como desabafo, como deboche?
Pense em algum filme, livro, ou peça teatral você que tenha visto...
... e faça uma resenha crítica.
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Destaque sempre pontos positivos e/ou negativos.
Crie um título, que deverá vir antes do conteúdo da resenha, e apresente a opinião que
será defendida.
Avalie e reescreva o texto. Para avaliar sua produção, siga respondendo as seguintes
perguntas:
• Há informações básicas sobre a obra?
• Seu ponto de vista sobre o livro está claro?
• Apresentou argumentos para justificar seu ponto de vista?
• Procurou escrever de forma impessoal?
• Você acredita que a sua resenha convence o leitor a respeito do seu ponto de vista?
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unidade 3
3.8 – Uma leitura árdua: os gráficos
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ATIVIDADE
1) Crie um exercício para seus alunos
A partir de um texto de sua escolha, elabore um exercício de expressão escrita
para aplicação em sala.
2) Autoavaliação
O conteúdo da disciplina atendeu às suas expectativas?
Destaque pontos positivos e negativos.
As discussões no fórum foram proveitosas?
Como foi sua participação nessas discussões?
Como se deu sua atuação nas atividades propostas?
Concluindo a disciplina, você diria que ela foi útil a seu trabalho em sala?
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Pra final de conversa
Prezado(a) Colega/Estudante
Gostaríamos também de contar com a avaliação do (a) colega sobre a disciplina e sobre
sua atuação nela.
Assim, pedimos que você elabore um texto sobre este período de estudos, no qual sejam
respondidas as questões propostas abaixo, e o poste na plataforma.
Até a próxima!
Um abraço,
Claudia Braga
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REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins
Fontes, 1997.
BUIN, Edilaine. Aquisição da escrita: a coerência e a coesão. São Paulo: Contexto, 2002.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o Babébibóbu. São Paulo: Scipione, 2005.
______. & KOCH, Ingedore V. Linguística textual: uma introdução. São Paulo: Cortez, 1994.
KOCH, Ingedore G.V.; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 1989.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.
Revista VEJA, n. 2177. São Paulo: Editora Abril, 11 ago. 2010. (pp. 94-101).
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