Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO (UEMA)

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BALSAS (CESBA)


LETRAS: LICENCIATURA EM LÍNGUA INGLESA, LÍNGUA PORTUGUESA E SUAS
LITERATURAS

ALINE SUDRÉ DOS SANTOS LOPES

ESTRATÉGIAS PARA O INCENTIVO DA LEITURA NO ENSINO


MÉDIO: a experiência da extensão

BALSAS- MA
2021
ALINE SUDRÉ DOS SANTOS LOPES

ESTRATÉGIAS PARA O INCENTIVO DA LEITURA NO ENSINO


MÉDIO: a experiência da extensão

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Letras


na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Centro de Estudos Superiores de Balsas da como
pré-requisito para conclusão do curso.

Orientador(a): Profª. Drª. Ana Cristina Teixeira de


Brito Carvalho

BALSAS- MA
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................................
2 OBJETIVOS................................................................................................................................
2.1 Objetivo Geral............................................................................................................................
2.2 Objetivos Específicos.................................................................................................................
3 JUSTIFICATIVA........................................................................................................................
4 REVISÃO TEÓRICA.................................................................................................................
5 METODOLOGIA........................................................................................................................
6 CRONOGRAMA.........................................................................................................................
REFERENCIAS.............................................................................................................................
1 INTRODUÇÃO

A leitura representa uma atividade de grande relevância na vida do ser


humano, pois é por meio dela que o indivíduo se torna mais crítico e capaz de
assumir posições perante a sociedade na qual estão inseridos. Contudo, ela exige
mais que uma simples decodificação de signos linguísticos, tal como enfatizam os
Parâmetros Curriculares Nacionais:
A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de
construção do significado do texto a partir dos seus objetivos, do seu
conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a
língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc. Não
se trata simplesmente de extrair informação da escrita, decodificando-a letra
por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica,
necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser
constituídos antes da leitura propriamente dita (PCNs, 2001, p. 41).

Apesar das implicações na relação entre texto e leitor, ou seja, as especificidades


da leitura na vida de uma pessoa, explicitadas nos PCNs (2001), documento que norteia
o ensino de Língua Portuguesa no Brasil, a realidade no que concerne às práticas
linguísticas da leitura e escrita em nosso país apontam para um dado preocupante, uma
vez que pesquisas revelam que os alunos concluem o ensino médio sem o domínio
pleno da leitura e da escrita. Esse fato se apresenta como motivo de preocupação para os
educadores, pois, “a falta desse domínio tem se constituído uma barreira e impede
melhores conquistas profissionais e sociais para muitas pessoas” (MARTINS, 2016, p.
93).
O professor Rildo Cosson (2014, p. 25) aponta que o letramento literário permite
a apropriação da literatura como “construção literária de sentidos”. Ao falar sobre
letramento literário, coloca-se em pauta também à vida em sociedade e a
individualidade do ser humano e tudo aquilo que está inerente a ele, ou seja, o indivíduo
que tem contato com a leitura e a escrita não deve se limitar apenas a ler e escrever, mas
precisa compreender o contexto social que o cerca. Nesse sentido, as práticas sociais
estão espelhadas nos textos literários e a compreensão dos textos também é a
compreensão do seu espaço e tempo. A literatura proporciona um contato único com um
universo totalmente novo, afinal cada livro é um mundo inteiro a ser desvendado.
Desejamos, por meio desta pesquisa, iniciar o aluno ou direcionar àqueles que já
possuem certa familiaridade para a leitura de textos literários, tipologia que possui suas
especificidades. Um texto literário não apenas informa, mas emociona e leva à reflexão,
criando assim um pensamento deveras mais aguçado no leitor.
A leitura proporciona ao leitor um sair de si que o faz entender melhor sua
própria realidade e o seu papel na sociedade. A compreensão de um texto literário se dá
também pelo conhecimento do gênero que está sendo trabalhado. Em relação ao texto
narrativo, podemos apontar inúmeros gêneros como romance, crônica, mito, novela,
fábula, crônica, lenda, conto, entre outros, cada um desses gêneros apresenta uma
estrutura que deve ser observada para maior compreensão.
Para o desenvolvimento da pesquisa, foi escolhido o gênero conto, pois este
apresenta uma narrativa curta, fato que facilita o estudo, já que a proposta é que leitura e
discussão sejam iniciadas e concluídas em uma mesma aula e também possui uma
estrutura linguística acessível para os alunos.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

 Incentivar a leitura e o letramento literário de alunos do primeiro ano do Ensino


Médio do Centro de Ensino Padre Fábio Bertagnolli por meio dos círculos de leitura
e no espaço da biblioteca escolar.

2.2 Objetivos específicos

 Estimular a leitura do gênero conto em suas diferentes temáticas;

 Motivar o protagonismo social por meio das discussões realizadas;


 Desenvolver a expressão oral e escrita por meio de discussões em círculos
de leitura;
 Analisar o avanço dos alunos em relação à sua leitura e escrita ao final do
projeto.

3 JUSTIFICATIVA

A leitura, em séculos passados, era vista apenas como meio de compreensão de


determinado assunto, não como uma ferramenta importante para a compreensão e
reflexão acerca do cotidiano. Dessa forma, a leitura era compreendida apenas como
resultado da alfabetização. Esta era disposta e forma científica, tecnicista e de
decodificação do texto.
O conceito de Letramento Literário da pesquisa é fundamentado através da
metodologia abordada no livro Homônimo (2014) do professor Rildo Cosson, que
descreve o processo como a desenvoltura do leitor que em contato com a leitura escrita
não se limita apenas a ler e escrever, mas que compreende o contexto social que o cerca.
Neste sentido, as práticas sociais estão espelhadas nos textos literários e a compreensão
dos textos também é a compreensão do seu espaço e tempo.
Dessa forma, compreende-se que o estudo do Letramento é de suma
importância, dado que o trabalhar através do mesmo, proporciona o gostar de ler e não
apenas o aprender, então, os aspectos desse processo precisam ser explanados através do
uso da leitura, para os estudantes, desde cedo, assim, ao longo de suas leituras de vida,
eles reconheçam a grande significância do ato de ler. Roxane explana acerca disso, veja:
Se perguntarmos a nossos alunos o que é ler na escola, possivelmente estes
dirão que é ler em voz alta, sozinho ou em jogral (para avaliação de fluência
entendida como compreensão) e, em seguida, responder um questionário
onde se deve localizar e copiar informações do texto (para avaliação de
compreensão). Ou seja, somente poucas e as mais básicas das capacidades
leitoras têm sido ensinadas, avaliadas e cobradas pela escola. (R. Rojo, 2004,
p. 4).

O conceito de Letramento se tornou um termo bastante difundido, pois refere-se


à habilidades de leitura e escrita que podem ser valorizadas apesar do termo receber o
nome “Letramento”, normalmente é visto da seguinte forma: “Letramentos”, devido as
diversas formas, objetivos e objetos que podem ser distintos no uso para apreensão dos
aspectos, por exemplo, letramento digital, letramento literário, letramento acadêmico,
etc, diz-se de habilidades em áreas específicas que exigem compreensão.
Neste sentido, abordaremos o Letramento Literário, como uma prática da leitura
de textos literários. O processo do Letramento ocorre nas escolas de forma significativa,
mas apenas como repetição e paráfrases verbais, provocando a compreensão e
memorização dos textos escolares e científicos. Entretanto, o indivíduo letrado faz mais
que uma leitura linear e literal, mas sim conclui uma leitura levando em conta a
realidade social, relacionando à demais textos para a realização da literalidade e, assim,
interpretar. Dessa forma, percebemos esses aspectos no discurso de Roxane Rojo.
Observe:
Isso, se dá, em boa parte, porque as práticas didáticas de leitura no letramento
escolar não desenvolvem senão uma pequena parcela das capacidades
envolvidas nas práticas letradas exigidas pela sociedade abrangente: aquelas
que interessam à leitura para o estudo na escola, entendido como um
processo de repetir, de revozear falas e textos de autor(idade) – escolar,
científica – que devem ser entendidos e memorizados para que o currículo se
cumpra. (R. Rojo, 2004, p. 2).

Assim, Rojo explana acerca da importância de ler e poder refletir acerca da


leitura, não apenas que ela ocorra de forma tecnicista e linear, mas refletir acerca do que
se está lendo e saber aplicar essa compreensão em questões cotidianas. Neste contexto,
de acordo com Paulo Freire o termo alfabetização tem o sentido parecido ao do
Letramento, uma prática sociocultural na língua que sofre alterações ao longo do tempo
dependendo da época e pessoas que a utilizam. Então, entende-se que o letramento é a
alfabetização intrínseca do ser que tem acesso a um texto literário e consegue extrair
saberes reflexivos cotidianos acerca da leitura que fez.
Dessa forma, a escrita passa ser de conhecimento universal, promovendo
mudanças significativas em torno da relação língua e ser humano. Como se pode
observar no discurso de Kleiman:
O letramento abrange o processo de desenvolvimento e o uso dos sistemas da
escrita nas sociedades, ou seja, o desenvolvimento histórico da escrita
refletindo outras mudanças sociais e tecnológicas, como a alfabetização
universal, a democratização do ensino, o acesso a fontes aparentemente
ilimitadas de papel, o surgimento da Internet. (AB. Kleiman, 2005, p. 21)

No Brasil, na metade 1980, diversos estudiosos trabalhavam com a prática da


literatura de diversas maneiras em suas atividades. Então, fez-se necessário a criação de
um termo que não fosse relacionado apenas à escola, abrangendo apenas a tecnicidade,
pois alfabetização estava fortemente ligado a essas questões. Assim, surgiu então, na
literatura o termo Letramento, significando o conjunto de práticas sociais a partir da
leitura que o indivíduo faz.
A UNESCO (1958) define pessoas letradas e iletradas, observe: “É letrada a
pessoa que consegue tanto ler quanto escrever com compreensão uma frase simples e
curta sobre sua vida cotidiana. É iletrada a pessoa que não consegue ler nem escrever
com compreensão uma frase simples e curta sobre a sua vida cotidiana”. Assim,
podemos definir um indivíduo letrado como aquele que consegue de forma sucinta se
expressar acerca do seu cotidiano, e o iletrado aquele que não consegue compreender
uma simples frase e adequá-la ao seu cotidiano. Neste sentido, é importante trabalhar à
luz do Letramento, principalmente nas escolas, onde está sendo formado não apenas o
hábito de ler, mas a compreensão significativa da leitura proposta, podemos observar
isso no discurso de Terzi, que observa que:
O trabalho de sala de aula não-voltado para a construção de sentido revela
conceitos falsos de escrita, de texto e de leitura que levam crianças que não
tiveram oportunidade de perceber a escrita como significativa no período pré-
escolar à construção de conceitos também falsos. O texto é visto por elas
como um conjunto de palavras cujo significado não interessa, a leitura é vista
como apenas decodificação dessas palavras, e compreender o texto nada mais
é que usar a estratégia de pareamento e mecanicamente localizar a resposta
(TERZI, 1995, p. 104) [grifo no original].
Neste sentido, compreende-se então a relevância do tema para o mundo
acadêmico e escolar, visto que com a prática do processo de Letramento os indivíduos
se tornam ainda mais detentores de suas falas e expressões, pois é necessário autonomia
na escrita e estilo vocabular. Bem como, entendeu-se o leque de possibilidades e
compreensões acerca do Letramento, por conta das reflexões que se pode ser alcançada
através da leitura e das concepções abordadas por alguns autores, sendo este, um
instrumento de enorme significância para daqueles que o utilizam.

4 REVISÃO TEÓRICA

As Instituições de Ensino têm efetivado a leitura em seu papel didático, porém,


muitas vezes, a leitura proposta é vista de maneira técnica, pois é utilizada apenas como
fonte de pesquisa para respostas de exercícios ou memorização de conteúdo para
atividades avaliativas. Entretanto, a leitura necessita de uma nova ótica e novos métodos
que visem a formação do leitor autônomo. Neste sentido, concordando com Dalvi
(2013) a leitura de livros literários deveria estar ao centro do âmbito de ensino escolar,
visto que não são mais protagonistas da leitura em muitas instituições.
A leitura nas escolas precisa ser trabalhada e abordada de forma social, dado que
os livros literários abordam questões sócio-históricas, então, faz-se necessário a
apreensão dessas relações sociais para a melhor compreensão das questões abordadas
nas obras. Porém, as crises no ensino da leitura perpassam todas as instituições de
ensino, sejam elas municipais, estaduais ou federais, visto que muitas vezes a formação
continuada dos professores (devido as inúmeras evoluções no quadro de métodos de
ensino) não é ofertada, fazendo com o que o mediador conte apenas consigo mesmo
para atingir metas e objetivos propostas pela escola ou munícipio, sem o auxílio da
instrução que os ajudem nas abordagens que propõem. Ademais, se pode citar o
desprezo na estrutura escolar, visto que, muitas vezes, os materiais são escassos ou não
os recebem; os prédios necessitam de reforma e falta estrutura nas bibliotecas ou a
completa falta delas. Assim, diversos fatores que colaboram com a leitura trabalhada
nas Instituições de Ensino apenas de forma linear e literal.
A prática do Letramento é de suma importância na formação humanitária do
estudante, pois difere da leitura decodificada e oralização. O Letramento permite o
amplo relacionamento do leitor com a obra, pois é uma capacidade que necessita ser
desenvolvida através de métodos de leitura. Assim, faz-se essencial que o professor
proporcione o encontro do leitor e obra. Concordando com a ideia do professor Cosson,
quando explana que:
Na escola a leitura literária tem a função de nos ajudar a ler melhor, não
apenas porque possibilita a criação de hábito da leitura ou porque seja
prazerosa, mas sim, e sobretudo, porque nos fornece, como nenhum outro
tipo de leitura faz, os instrumentos necessários para conhecer e articular com
proficiência o mundo feito linguagem (COSSON, 2007, p. 30).

A escola não pode padronizar modelos de leitura puramente por a acharem


instrumental, pois ela não é apenas instrumento para a resolução das questões
burocráticas escolares, mas sim uma ferramenta de grande valia que abre a mente do
leitor para a compreensão do mundo e social. Como se observa em:
“a cópia, o ditado, a redação como atividade isolada ou, quando muito,
produto final de um processo deslanchado pela leitura, a Didática e Prática de
Ensino na relação com a Formação de Professores EdUECE- Livro 2 00759
própria leitura como simples verbalização oral de textos cuja compreensão
deixa muito a desejar” (CHIAPPINI, 1997, p. 10).
Assim, a leitura necessita de um olhar mais abrangente e não apenas de forma
técnica, mas sim formadora e pluralizada para questões para além de memorização e
resolução de atividades. O professor Cosson observa que “não é se a escola deve ou não
escolarizar a literatura [...] mas sim como fazer essa escolarização sem descaracterizá-
la, sem transformá-la em um simulacro de si mesma que mais nega do que confirma seu
poder de humanização” (COSSON, 2007, p. 23). As Instituições de Ensino deixam de
lado métodos de ensino para que o aluno compreenda realmente ler literatura. Assim,
Solé descreve a situação da leitura no âmbito educacional:
O Problema do ensino da leitura na escola não se situa no nível do método,
mas na própria conceitualização do que é a leitura, da forma em que é
avaliada pelas equipes de professores, do papel que ocupa no Projeto
Curricular da Escola, dos meios que se arbitram para favorece-la, e
naturalmente, das propostas metodológicas que se adotam para ensiná-las
[...]. (SOLÉ, 1998, p. 33).

A formação do leitor é um processo amplo de formação do indivíduo de acordo


com Colomer (2007). A aprendizagem da leitura é complexa, dessa forma, o professor
na função de mediador do conhecimento, necessita compreender essa enorme
complexidade e procurar maneiras para sistematizar o método de ensino da leitura para
que haja a contribuição para a ocorrência do Letramento Literário. Se isso não ocorrer,
pode desencadear o que o professor Cosson (2007) aborda sobre falência do ensino da
leitura. Desse modo, para que assim ocorra a garantia do uso essencial da leitura para a
humanização. É necessário valorizar o letramento literário devido ao seu impacto na
cognição do estudante que o utiliza através da mediação do orientador, como Silva
aborda:
Saber organizar seus programas didáticos com autonomia e fundamentação
política e pedagógica adequada, a partir de leituras e sínteses pessoais, de
modo que aquele compromisso com a construção do conhecimento por parte
dos seus alunos se realizasse por meio de diálogos e interações mais
autênticas, menos postiças ou artificiais (SILVA, 2004, p. 26).

Á vista disso, percebe-se a grande importância de se trabalhar a leitura à luz do


Letramento Literário, visto seus inúmeros benefícios cognitivos ao estudante que o
utiliza. Neste sentido, percebe-se que o leitor letrado não apenas aprende a ler, mas
aprende a gostar de ler, podendo utilizar essa leitura para o entendimento do que está ao
seu redor e elaborar escritas com um teor crítico e autônomo, não apenas repetições ou
memorizações das leituras que faz.

5 METODOLOGIA

A metodologia utilizada para esse projeto é a qualitativa, buscando descrever,


compreender e explicar questões referentes aos círculos de leitura e letramento literário
dentro do espaço da biblioteca escolar. Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa
trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e
atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e
dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. As
características da pesquisa qualitativa são: objetivação do fenômeno, hierarquização das
ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local
em determinado fenômeno, observância das diferenças entre o mundo social e o mundo
natural, respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores,
suas orientações teóricas e seus dados empíricos, busca de resultados os mais fidedignos
possíveis e oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para
todas as ciências.
Quanto aos objetivos, a pesquisa é do tipo descritiva ao buscar descrever os
resultados obtidos no projeto e explicativa, pois nas discussões do projeto busca-se
explicar a finalidade dos dados adquiridos e descritos. Segundo Gil (2007, p. 43), uma
pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a
identificação de fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja
suficientemente descrito e detalhado.
Em relação aos procedimentos, fundamenta-se por meio da metodologia
proposta no Círculo de leitura e letramento literário, do professor Rildo Cosson,
apresentado em seu livro homônimo (2014). No entanto, o projeto também é
personalizado por meio de questionário em que se observam as temáticas que vão
direcionar a escolha dos contos que serão trabalhados nas turmas.
A população investigada nesse projeto se constitui de alunos do Ensino Médio
de primeiro ano da escola Centro de Ensino Padre Fábio Bertagnolli, localizada no
município de Balsas-MA. Inicialmente, realizou-se aplicação de um questionário
relacionado à prática de leitura a fim de se reconhecer o nível de leitura que os alunos
possuem e que será apresentado em forma de gráficos, com a análise de suas
porcentagens. O número de alunos pesquisados nas duas turmas compõe um total de 80
alunos, com 40 alunos em cada turma.

6 CRONOGRAMA

MES/ETAPAS Mês/ano Mês Mês


Janeiro Fevereiro Março
Escolha do tema X
Levantamento X
bibliográfico
Elaboração do X X X
anteprojeto
Apresentação do
projeto
Coleta de dados X X
Análise dos dados X X
Organização do X X X
roteiro/partes
Redação do X X
trabalho
Revisão e redação X
final
Defesa
REFERÊNCIAS

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. 3. ed. Brasília: MEC, 2001.

COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2007.


__________. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Contexto, 2014.

DALVI, M. A. Literatura na escola: propostas didático-metodológica. In: DALVI,


M. A; REZENDE, N. L. de; JOVER-FALEIROS, R. (Orgs.). Leitura de literatura na
escola. São Paulo: Parábola, 2013.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
KLEIMAN, A. B. Preciso “ensinar” letramento? Não basta ensinar a ler e a
escrever? Editora Cefiel, 2005
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. Dag Gráfica e Editora LTDA.1994.

MINAYO, M. C. S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis:


Vozes, 2001.
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo:
SEE: CENP, 2004. Texto apresentado em Congresso realizado em maio de 2004.
SILVA, A. C.; CARBONARI, R. Cópia e leitura oral: estratégias para ensinar. In:
CHIAPPINI, L. (org.). Aprender e ensinar com textos didáticos e paradidáticos. São
Paulo: Cortez, 1997.
SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.
TERZI, Sylvia Bueno. A oralidade e a construção da leitura por crianças de meios
iletrados. In: KLEIMAN, Ângela B (Org). Os significados do letramento: Uma
nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de
Letras, 1995.

UNESCO. Revised Recommendation concerning the International Standardization of


Education Statistics. Paris: Unesco, 1958.

Você também pode gostar