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CURSO DE PEDAGOGIA
PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA
ENSINO FUNDAMENTAL

POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA

LER E ESCREVER:
AMBIENTE ALFABETIZADOR

Autores
Ariane Weiss da Silva – RA 1911427
Bruna Freire de Souza – RA 1976513
Fernanda Esteves Floriano – RA 1933226
Maria Eduarda Pascoal – RA 1941736
Vanessa Alexandrina dos Santos – RA 0527241

POLO
São José dos Campos – Objetivo – Aquarius
ANO 2020
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SUMÁRIO

1. Tema .............................................................................. 3

2. Situação-problema ......................................................... 3

3. Justificativa ..................................................................... 4, 6

4. Embasamento teórico ..................................................... 6, 7, 8

5.Público-alvo ...................................................................... 8

6. Objetivos .......................................................................... 8, 9

7. Percurso metodológico .................................................... 9, 10, 11

8. Recursos ......................................................................... 11

9. Cronograma ..................................................................... 11, 12

10. Produto Final e Avaliação ................................................ 14, 15, 16

11. Referências ......................................................................17, 18


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TEMA: Ler e Escrever


TITULO: Ambiente Alfabetizador

SITUAÇÃO-PROBLEMA

No que diz respeito à linguagem escrita, sabe-se que ela foi criada e elaborada
por volta de 4000 a.C, na antiga Mesopotâmia, sendo restrita a uma minoria da
população. Com as mudanças históricas, sociais e econômicas, esse cenário
mudou; e hoje a aprendizagem da leitura e da escrita é difundida através do
período escolar e dos meios tecnológicos para a grande maioria da população.
Entretanto, ainda existe um grande número de pessoas que apresentam
dificuldades na apreensão da leitura e da escrita. Percebemos que a realidade
atual vem afastando cada vez mais nossos alunos do ato de ler. Aspectos como
computadores, videogames, TV, o acesso restrito a leitura no núcleo familiar, e
a falta de incentivo, têm ocasionado pouco interesse para leitura e por
consequência dificuldades marcantes que sentimos na escola: vocabulário
precário, reduzido e informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos,
poucas produções significativas dos alunos, conhecimentos restritos aos
conteúdos escolares.
Propiciar a aprendizagem da leitura e da escrita representa um marco na história
do desenvolvimento social e cultural do ser humano. Esse aprendizado acontece
gradativamente durante todo o período escolar; mas a partir do 1º ano esse
aprendizado se torna um direito garantido; esse processo tem que ser em
ambiente próprio e com rotinas adequadas que possibilitem a construção de
conhecimentos, considerando as características de sua faixa etária e uma
proposta curricular que atenda a essas características e necessidades
específicas. Escrever e ler são duas atividades da alfabetização que devem ser
conduzidas paralelamente, no entanto, costuma-se dar muita mais ênfase a
escrita do que a leitura, visando erroneamente a avaliação pelos erros e acertos
ortográficos, que não é possível notar durante a leitura; porém o aprendizado de
ler e escrever em seu sentindo mais amplo e efetivo na formação de crianças,
jovens e adultos que leiam muito, leiam de tudo, compreendam o que leem; e
escrevam com coerência e se comuniquem com clareza.
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A criança dessa faixa etária tem um grande repertório de conhecimentos


construídos a partir das experiências cotidianas que vivenciou. Pode estabelecer
novos e diferentes vínculos afetivos e se interessa cada vez mais pelas
atividades em grupo, o que amplia suas habilidades sociais.

JUSTIFICATIVA

A linguagem surgiu na relação prática entre o homem e seu ambiente,


proporcionando aos seres humanos a capacidade de se comunicar por meio de
um código simbólico, que permite a exposição de seus pensamentos, ideias e
emoções. Antes da linguagem falada, o gesto prepara a palavra, a emoção
precede a comunicação, a comunicação não-verbal dá origem à comunicação
verbal; a linguagem edifica-se a partir da ação, da motricidade, para
posteriormente se libertar do contexto da ação”.
Entretanto, ainda existe um grande número de pessoas que apresentam
dificuldades na apreensão da leitura e da escrita. Neste sentido, é de vital
importância as investigações sobre os determinantes do sucesso ou fracasso
nessas habilidades, procurando assim, desenvolver meios de intervenção
educativa e/ou remediação adequados. Dessa forma, estudos sobre as
dificuldades de leitura e escrita estão sendo realizados em uma série de idiomas.
Há discussões ainda na literatura, se os “fatores neuropsicológicos” causam ou
estão meramente associados (desenvolvem-se paralelamente) às “dificuldades
de leitura e escrita”. Se forem considerados como causa, é importante verificar
se estão relacionados a um atraso ou a um desvio no desenvolvimento. As
dificuldades de leitura e escrita em crianças constituem tema de interesse
multidisciplinar nos meios educacionais, acadêmicos e clínicos.
A concepção de aprendizagem, pressupõe que o conhecimento não é concebido
como uma cópia do real e assimilado pela relação direta do sujeito com o objeto
de conhecimento, mas, produto de uma atividade mental por parte de quem
aprende, que organiza e integra informações e novos conhecimentos aos já
existentes, construindo relações entre eles. O modelo de ensino relacionado a
essa concepção de aprendizagem é o da resolução de problemas, que
compreende situações em que o aluno, no esforço de realizar a tarefa proposta,
e coloca em jogo o que sabe para aprender o que não sabe. Nesse modelo, o
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trabalho pedagógico promove a articulação entre a ação do aprendiz, a


especificidade de cada conteúdo a ser aprendido e a intervenção didática. O
objetivo maior, possibilitar que todos os nossos alunos se tornem leitores e
escritores competentes, compromete-nos com a construção de uma escola
inclusiva, que promova a aprendizagem de todos os alunos. Considerar as
crianças como seres únicos, provenientes de diferentes famílias, com
necessidades e jeitos próprios de se desenvolverem e aprenderem, pressupõe
um profissional flexível, observador, capaz de ter empatia com os alunos e suas
famílias, além dos conhecimentos didáticos imprescindíveis a uma boa atuação
pedagógica.
Sabemos que a escrita não é vista como um código que deve ser decifrado.
Entendemos a escrita como sistema de representação que se efetiva por meio
da linguagem, nas diferentes situações em que ela se realiza. Nesse sentido, a
escola deve propor atividades significativas organizadas nas diferentes práticas
de linguagem para que as crianças vejam sentido em aprender.
As propostas pedagógicas devem reconhecer as crianças como seres íntegros,
que aprendem a ser e conviver consigo, com os demais e com o ambiente de
maneira articulada e gradual. Devem organizar atividades intencionais que
possibilitem a interação entre as diversas áreas de conhecimento e os diferentes
aspectos da vida cidadã em momentos de ações ora estruturadas, ora
espontâneas e livres, contribuindo assim com o provimento de conteúdos
básicos para constituição de novos conhecimentos e valores. O desenvolvimento
das capacidades de ler e escrever não é processo que se encerra quando o
aluno domina o sistema de escrita. Ele se prolonga por toda a vida, com a
crescente possibilidade de participação nas práticas que envolvem a língua
escrita, o que se traduz na sua competência de ler e produzir textos dos mais
variados gêneros. Quanto mais acesso à cultura escrita, mais possibilidades de
construção de conhecimentos sobre a língua.
É necessário que a escola busque resgatar o valor da leitura, como ato de prazer
e requisito para emancipação social e promoção da cidadania.
A leitura nunca se fez tão necessária nos bancos escolares. De um lado há o
aumento nas fontes de pesquisa e uma crescente preferência pelo
construtivismo. Através da leitura o ser humano consegue se transportar para o
desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e
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acrescentar vida ao sabor da existência. Pode então, vivenciar experiências que


propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de
aprendizagem. Neste sentido pensamos ser dever, de nossa instituição de
ensino, juntamente com professores e equipe pedagógica propiciar aos nossos
educandos momentos que possam despertar neles o gosto pela leitura, o amor
ao livro, a consciência da importância de se adquirir o hábito de ler. O aluno deve
perceber que a leitura é o instrumento chave para alcançar as competências
necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com realização. Sabemos que,
do hábito de leitura dependem outros elos no processo de educação. Sem ler, o
aluno não sabe pesquisar, resumir, resgatar a idéia principal do texto, analisar,
criticar, julgar, posicionar-se. Todo corpo da equipe docente tem plena
consciência de que o aluno deve ter o domínio sobre a língua oral e escrita, tendo
em vista sua autonomia e participação social. Assim estimulando a leitura,
faremos com que nossos alunos, compreendam melhor o que estão aprendendo
na escola, e o que acontece no mundo em geral, entregando a eles um horizonte
totalmente novo.

EMBASAMENTO TEÓRICO

Este trabalho apresenta algumas reflexões teóricas sobre a alfabetização e o


letramento. Entende-se que ler e escrever é essencial na vida de qualquer
indivíduo, a pesquisa busca explicar a importância da linguagem escrita, traz
alguns conceitos sobre alfabetização e letramento e aborda questões sobre os
métodos de ensino. Sabe-se que alfabetização é um processo fundamental na
trajetória escolar, é a partir disso que o aluno terá condições para participar das
questões envolvendo a vida social, além de ser pré-condição para dar
continuidade nos estudos, portanto, a alfabetização é um processo indispensável
na vida das pessoas.
A alfabetização é uma questão bastante discutida na educação, e de suma
importância, por décadas se observam quais são as dificuldades para alcançar
tal objetivo que é alfabetizar. Desta maneira, trazem-se aqui alguns conceitos de
alfabetização e letramento na visão de diferentes autores que estudaram sobre
o tema e também os métodos de alfabetização. Segundo Kramer (1986, p.17), a
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alfabetização "vai além do saber ler e escrever inclui o objetivo de favorecer o


desenvolvimento da compreensão e expressão da linguagem”.
Neste sentido não basta apenas ler e escrever, é preciso entender o que é a
leitura e a escrita.
Oliveira (2002, p. 25) aponta que: "alfabetizar significa saber identificar sons e
letras, ler o que está escrito, escrever o que foi lido ou falado e compreender o
sentido do que foi lido e escrito". Desta forma reforça que é necessária a
compreensão no processo de alfabetização.
Segundo Soares (2006, p.15): "Alfabetizar significa adquirir a habilidade de
decodificar a língua oral em língua escrita [...]. A alfabetização seria um processo
de representação de fonemas em grafemas (escrever) e de grafemas em
fonemas".
Entende-se que alfabetizar é decodificar, porém como posto anteriormente é
preciso ir, além disso, é necessário ser um processo significativo de
aprendizagem, as informações recebidas devem ser assimiladas, interpretadas
e utilizadas pelos indivíduos nas práticas sociais. Neste sentido, no processo de
alfabetização a criança precisa compreender e adquirir diversas habilidades,
para utilizar a leitura e a escrita como condições fundamentais para a
participação das questões sociais. Para atender essa demanda de manter
relação com a sociedade, surgiu o letramento. O letramento é um termo recente
utilizado no Brasil, como condição de utilizar práticas de leitura e escrita com
autonomia no contexto social. Há anos vem sendo discutido o fracasso
enfrentado na escola nos anos iniciais, que formam alunos na maioria das vezes
que mal sabem ler e escrever, quanto mais interpretar e produzir textos, esses
alunos são conhecidos como analfabetos funcionais.
Conforme Justo e Rubio: (2013) O letramento: "surgiu da palavra inglesa 'literacy'
(letrado)", pois além de ler e escrever é necessário utilizar a leitura e a escrita
nas práticas sociais. Ainda, para os autores (2013, p. 02) a pessoa letrada: "não
é mais 'só aquele que é versado em letras ou literaturas', e sim 'aquele que além
de dominar a leitura e a escrita, faz uso competente e frequente de ambas". O
letramento é um conceito enraizado na alfabetização e por algumas vezes são
confundidos. De acordo com Taska e Guedes (2013) o letramento está sendo
discutido no ambiente escolar como associado à alfabetização, porém é preciso,
ampliá-lo, e enriquecê-lo, e mais, é necessário ensinar a ler e a escrever oferecer
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oportunidade de utilizar em práticas sociais. Almeida (2014, p. 205) explica que


o letramento "designa na ação educativa de desenvolver o uso de práticas
sociais de leitura e escrita, inicia-se um processo amplo que torna o indivíduo
capaz de utilizar a escrita em diversas situações sociais". Novamente reforçando
o uso no contexto social, pois o letramento surgiu para complementar à
alfabetização, pois não basta apenas ler e escrever.

PÚBLICO-ALVO

1º Ano do Ensino Fundamental

OBJETIVOS

Objetivo Geral:

Possibilitar que todos os nossos alunos se tornem leitores e escritores


competentes, comprometendo-nos com a construção de uma escola inclusiva,
que promova a aprendizagem de todos.

Objetivo Específico:

Mostrar para a criança o porquê de aprender a escrever, e fazer com que isso
seja interessante para a criança, que desperte nela um interesse. Planejar uma
diversidade de situações em que possam, em diferentes momentos, centrar seus
esforços na aprendizagem da escrita, sabemos que para obter uma boa escrita
precisa-se conhecer vários tipos de textos, de linguagens, para isso iremos
apresentar às crianças vários textos diferentes para que isso colabore na sua
aprendizagem da escrita. Organizar atividades intencionais que possibilitem a
interação entre as diversas áreas de conhecimento e os diferentes aspectos da
vida cidadã em momentos de ações ora estruturadas, ora espontâneas e livres,
contribuindo assim com o provimento de conteúdos básicos para constituição de
novos conhecimentos e valores.
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Possibilitar a criança ter mais acesso à cultura escrita, mais possibilidades de


construção de conhecimentos sobre a língua. Oferecer atividades para as
crianças praticarem a escrita, mas de uma forma mais prazerosa. Ex: palavra
cruzada, caça palavras, completar palavras, etc. Criar uma parceria entre a
escola e a família, fazer com que a família se torne parceira desta ação
educativa. Torna esse processo em um processo formativo, contínuo, que não
necessita de situações distintas das cotidianas. O nosso objetivo não é que esse
trabalho seja apenas um projeto para que contribua no aprendizado da criança,
mas que se torne parte integrante da escola, para que eles possam a partir desse
projeto ajudar futuramente outras crianças, e que a parceria entre escola e
família se perpetue para futuros projetos da escola.

PERCURSO METODOLÓGICO

Essa aprendizagem deve ocorrer de forma lúdica e divertida, para que o


aprendizado se torne mais prazeroso e atrativo. Inúmeras são opções e as
atividades que podem ser realizadas durante este aprendizado, entre elas
podem ser citadas: Fixar as letras do alfabeto junto com os alunos,
transformando esse momento de organização do espaço da sala de aula
também em um momento de aprendizagem.
Propor que os alunos analisem quais letras compõem seu nome, os nomes dos
colegas e o seu. A atividade poderá, inicialmente, ser feita de forma coletiva e,
depois, com os alunos reunidos em duplas ou em grupos, comece escrevendo
seu nome na lousa e, junto com a turma, analise as letras que o compõem,
mostre quais são essas letras, destacando aquelas que aparecem mais de uma
vez, depois em duplas, os alunos deverão analisar quais letras fazem parte do
próprio nome, utilizando como suporte o crachá.
Ensinar os alunos a “cantarolar” o alfabeto, de modo que memorizem a
sequência das letras, ainda que não conheçam sua forma gráfica. Esse
procedimento vai ajudá-los a reconhecer os nomes das letras, facilitando a
aprendizagem.
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Recitar parlendas que envolvem o alfabeto também é uma ótima estratégia. As


atividades com o alfabeto devem acontecer apenas enquanto houver alunos que
não sabem os nomes das letras, depois disso, elas perdem a função.
Leitura de contos pelo professor: para aproximar as crianças do universo literário,
organize todos os dias momentos em que você escolhe um livro para ler para
seus alunos. Atividades envolvendo nomes dos alunos: nessas atividades os
alunos serão desafiados a ler e a escrever seus nomes ou dos colegas da classe.
Saber reconhecer os nomes é importante, pois tais palavras servirão como
modelo para apoiar a escrita de outras palavras. Atividades envolvendo a escrita
de próprio punho pelos alunos (escrita de listas, títulos, legendas e outros textos
previamente combinados ou pequenos textos que se sabem de cor): propor
atividades em que os alunos escrevam de acordo com suas hipóteses de escrita
é fundamental para que possam refletir sobre o sistema alfabético pela troca de
informações com os colegas e contando com intervenções do professor, tais
propostas favorecem os avanços na compreensão desse sistema.
Atividades envolvendo a leitura dos alunos (localizar palavras em listas,
acompanhar a leitura de textos que se conhece de memória): nessas atividades
de leitura, os alunos serão desafiados a localizar palavras ou acompanhar a
leitura de textos conhecidos de memória, procurando fazer a correspondência
entre o que está escrito e o que dizem em voz alta enquanto recitam, tais
atividades permitem que as crianças se utilizem do conhecimento sobre as letras
para antecipar o que pode estar escrito em cada parte do texto e verificar se tais
antecipações são pertinentes. São importantes para ampliar conhecimentos
sobre o sistema de escrita, bem como favorecer que aprendam a ler, sem ter de
decodificar letra por letra. Atividades de produção de textos a partir do ditado
para o professor: é interessante que os alunos, mesmo antes de dominarem o
sistema de escrita alfabético, sejam desafiados a produzir textos completos, que
cumpram diferentes funções sociais. Ao propor que os alunos ditem um texto
para que você o escreva, os alunos compartilham conhecimentos sobre a
organização dos diferentes gêneros textuais e, além disso, aprendem
importantes procedimentos relacionados à composição de textos, tais como
planejar previamente o que se quer escrever e revisar aquilo que já foi escrito
para tornar seu texto melhor. Organize os alunos em grupos e ofereça livros e
textos que contenham regras de brincadeiras, peça para procurarem nesse
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material a explicação de como se brinca de “Coelhinho sai da Toca” (caso essa


seja uma brincadeira conhecida pelo grupo, é importante propor outra para ser
pesquisada, pois o que dá sentido a essa atividade é justamente ler para
aprender como se brinca), entre outras brincadeiras. Circule entre os grupos para
observar como manuseiam o material, quais são os procedimentos que utilizam
para procurar as informações como: Recorrem ao sumário, folheiam página por
página, buscam ilustrações, olham nas legendas, entre outros, façam das regras
dos jogos e brincadeiras uma forma de treinarem a leitura. Depois de observá-
los, oriente-os, quando necessário, oferecendo dicas que contribuam para tornar
a pesquisa mais eficaz, como por exemplo, o uso do sumário, a leitura de
subtítulos, entre outras. Também os incentive a observar as ilustrações ou
imagens que compõem o texto, assim como suas legendas, pois podem
contribuir com a compreensão do texto. Realize rodas de conversa para
compartilhar os resultados das pesquisas, assim como os procedimentos que
utilizaram para encontrar as informações sobre as brincadeiras.

RECURSOS

Livros, diversos textos (poesia, parlendas, trava línguas, receitas), revistas,


alfabeto móvel, jogos de letras, palavras e frases, músicas, som, jornal, ambiente
alfabetizador, computador, internet com vídeos de histórias e músicas de
alfabetização.

Cronograma

O projeto será dividido em eixos durante o ano letivo, seguindo o quadro abaixo:

1º Bimestre Eixo 1 Conhecer, utilizar e valorizar os


modos de produção e
Fevereiro, Compreensão e valorização circulação de escrita.
Março e Abril da cultura escrita e leitura Desenvolver capacidades
especificas para escrever
leitura diária de histórias de
diversos tipos de produção
textual.
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2º Bimestre Eixo 2 Compreender as diferenças


entre o sistema de escrita
Maio, Junho e Apropriação do sistema de alfabética e outras formas
Julho escrita. gráficas, compreender a
orientação e o alinhamento da
escrita, a função de
segmentação, reconhecer
unidades fonológicas,
conhecer o alfabeto, conhecer
e utilizar diferentes tipos de
letras.
3º Bimestre Eixo 3 Desenvolver atitudes e
disposições favoráveis a
Agosto e Leitura leitura, saber ler identificando
Setembro globalmente as palavras, saber
decodificar palavras e textos
escritos, desenvolver
capacidades necessárias a
leitura com fluência e
compreensão.
4º Bimestre Eixo 4 Compreender e valorizar o uso
da escrita com diferentes
Outubro, Produção de escrita e funções, em diferentes
Novembro e desenvolvimento da gêneros, produzir textos
Dezembro oralidade. escritos de gêneros diversos,
adequados aos objetivos, ao
destinatário e ao contexto de
circulação. Participar das
interações cotidianas em sala
de aula, usar a língua falada
em diferentes situações
escolares, buscando empregar
a variedade linguística.
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PRODUTO FINAL

Quando a criança é alfabetizada de forma lúdica, este processo se torna mais


significativo, e para entendermos o real sentido da aprendizagem dessa forma
menos estressante e entediante, pensamos como proposta os jogos com as
letras justas, na finalidade de indagar e proporcionar a alfabetização de forma
ativa, voltando o interesse das crianças, como o centro desta atividade.

Este jogo tem como objetivo o uso das letras justas, o foco principal foi trazer
imagens que seja do dia a dia das crianças, algo que elas reconheçam para que
seja mais fácil a familiarização das montagens dos nomes de cada personagem.

É um momento ideal de brincadeira e aprendizagem, onde vai revelar em qual


etapa da alfabetização a criança se encaixa, sendo descontraído e leve, pode se
perceber onde a criança está com defasagem e o que ainda precisa desenvolver
ao longo do semestre.

Podemos ver em cada quadro, personagens de histórias infantis ou ate mesmo


desenhos, como princesas e super-heróis, o jogo começa com a escolha da
criança em qual nome ela prefere montar, dentro das caixas tem as letras
referentes a cada nome, é observado neste momento a concepção da criança
ao escolher as letras e formar os nomes nos respectivos lugares.
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A proposta foi trazer imagens que as crianças possam relacionar com algo que
elas já conheçam, por isso não se faz necessário ser apenas desenhos, podem
trazer propostas dos nomes dos colegas, dos materiais escolares, de alimentos
e outros. Planejar atividades que também envolvam a motricidade da criança,
ao utilizar o canetão para escrever os nomes dos alimentos, e através disso
entra a ação da criança dentro de seu entendimento já pré-estabelecido ao
escrever as letras e montar cada nome.
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AVALIAÇÃO

A avaliação não foi feita de apenas uma maneira, e não houve uma única forma
de avaliar em um único momento, foi necessário estabelecer critérios claros
para sua realização.

A primeira forma de avaliação foi de observar se despertou o interesse da


criança, sabendo que hoje se tem vários pesos nesse momento e o aluno por
sua vez, não foi avaliado individualmente. Ha uma rede de compromissos
dentro desses critérios, que seria a validação do projeto proposto, o aluno, o
aplicador e o próprio ambiente educacional.

O segundo passo dessa avaliação entrou na desenvoltura da criança dentro do


projeto, como ela se revelou perante os desafios propostos, a intenção
primordial do jogo foi entender onde o aluno se encontrava dentro da
alfabetização, em qual etapa ele estava inserido para que pudesse ser
trabalhado, e assim alcançar a alfabetização em sua totalidade.

A atividade proposta revelou avanços e entendimento específico para as


crianças, compreendendo seus interesses e o conforto de assunto já
conhecidos, buscando facilitar sua aprendizagem. Foi avaliado durante o uso
dos materiais se a criança tem a concepção pelo som das letras e saber a forma
correta a se usar, se encontra-se como pré-silábica, silábica, silábica alfabética
ou alfabética, para assim dar continuidade a seu processo de aprendizagem
dentro da alfabetização.
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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Vanessa Fulaneti; FARAGO, Alessandra Corrêa. A importância do


letramento nas séries iniciais, Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade,
Bebedouro-SP, 1 (1): 204- 218, 2014. Disponível em: <
http://unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/31/
040420140744 26.pdf>

CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e Letrar: Um diálogo entre a teoria e a prática.


11ª Edição. Petrópolis: Editoras Vozes, 2006.

JUSTO, Márcia Adriana Pinto da Silva; RUBIO, Juliana de Alcântara Silveira.


Letramento: O uso da leitura e da escrita como prática social. Revista Eletrônica
Saberes da Educação – Volume 4 – nº 1 - 2013.

MOREIRA, Daniel Augusto. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo:


PioneiraThomson, 2002.

KRAMER, Sonia. Alfabetização: “Dilemas da Prática”. In: KRAMER, Sonia et al


(org). Rio de Janeiro: Ltda., 1986.

KLEIMAN, A. B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola.


In:______. (org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a
prática social da escrita. Campinas, Mercado das Letras, 1995.

ROJO, Roxane. Alfabetização e letramento: Perspectivas Lingüísticas. Mercado


das letras. São Paulo. 1998

SANTOS, Carmi Ferraz. Alfabetização e letramento: conceitos e relações/


Organizado por Carmi Ferraz Santos e Márcia Mendonça. Ied, Ireimp. Belo
Horizonte: Autêntica, 2007.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:


Autêntica, 2006. ______. Alfabetização e letramento / 6 de. 5ª reimpressão - São
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Paulo: contexto, 2013. ______. Alfabetização: a questão dos métodos. São


Paulo: contexto, 2016. 384p.
TASCA, Danieli Sebastiana Oliveira; GUEDES-PINTO, Ana Lúcia. A divulgação
do conceito de letramento e o contexto da escola de nove anos: o que dizem as
professoras alfabetizadoras?. Cad. CEDES vol.33 no.90 Campinas maio/ago.
2013.

NOVA ESCOLA. Ler e Escrever de Verdade. Disponível em:


https://novaescola.org.br/conteudo/2600/ler-e-escrever-de-verdade. Acesso em:
30 dez. 2005.

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