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APRESENTAÇÃO

Parabéns! Você acaba de adquirir o maior e melhor conteúdo presencial para o Concur-
so da UFS.

O Canal dos Concurseiros tem a enorme satisfação de lhe apresentar este material que
irá prepará-lo para ingressar no concurso público. É um prazer ter você aqui lendo o nos-
so material. Agradecemos pela confiança! Nossa função é ajudá-lo, da melhor maneira
possível, a alcançar o seu objetivo, pois o seu sucesso é também o nosso! Confie em
nosso material, mas acredite principalmente em você e na conquista do seu objetivo!

O segredo do sucesso no concurso público é a persistência. Portanto, estude sempre!

“Paixão de ler. Ler a paixão.

Como ler a paixão se a paixão é quem nos lê? Sim, a paixão é quando nossos incons-
cientes pergaminhos sofrem um desletrado terremoto. Na paixão somos lidos à nossa
revelia.

O corpo é um texto. Há que saber interpretá-lo. Alguns corpos, no entanto, vêm em


forma de hieroglifo, dificílimos. Ou, a incompetência é nossa, iletrados diante deles?”

(Affonso Romano de Sant’anna)


DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO

OBRA

Apostila do Concurso da UFS

PROFESSORES DO CANAL DOS CONCURSEIROS

Prof. Sidney Martins (Língua Portuguesa e Redação)


Prof. Deodato Neto (Noções de Informática)
Prof. Demétrio Dantas (Lei 8.112/90)
Prof. Harlenson Fonseca (Lei 8.666/93)
Profa. Joelma dos Santos (Lei 9.785/99)
Prof. Gracindo Andrade (Gestão Organizacional,
Gestão Pública, Gestão de Pessoas e Gestão de Logística)
Prof. Cláudio Praxedes (Gestão Financeira)

PRODUÇÃO EDITORIAL

Diretor Geral - Fábio Figueirôa


Diretora Gráfica e de Impressão - Raquel Dantas Figueirôa
Diagramação e Design - Fabiano Soares Costa
Coordenador dos Cursos Presenciais - Prof. Bareta

EDIÇÃO
FERVEREIRO/2022

Copyrigts ©2022
Todos os direitos autorais desta obra são protegidos
pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998. Nenhuma parte
deste material poderá ser reproduzida, transmitida e
gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por
fotocópia e outros, sem a prévia autorização,
por escrito, da editora Instituto Educar.
SUMÁRIO

SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA...............................................................................................................5
LEGISLAÇÃO.....................................................................................................................................76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS............................................................................................120
NOÇÕES INFORMÁTICA.........................................................................................................173

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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA

1. CLASSES DE PALAVRAS Critério Definição de Exemplo


advérbio
As palavras do português podem ser enquadradas Circunstância
de tempo (hoje,
em dez classes gramaticais (ou classes de palavras). O advérbio ex-
amanhã, etc.);
São elas: prime
Critério semântico circunstância de
diferentes circuns- lugar (aqui, lá,
tâncias etc.); circunstância
1. Substantivo 6. Artigo de modo (rapida-
2. Adjetivo 7. Numeral mente, tristemen-
te, etc.), dentre
3. Verbo 8. Conjunção outras.
4. Advérbio 9. Preposição O advérbio é in- O advérbio não
5. Pronome 10. Interjeição variável, porque tem plural ou
não sofre flexão
feminino, mas tem
Neste capítulo, apresentamos uma visão panorâmica Critério morfoló- (gênero, número,
aumentativo
gico tempo, modo). Por
da maior parte dessas classes, focalizando as rela-
outro lado, pode e diminutivo, que
ções que elas estabelecem entre si (por exemplo, o receber elementos aparecem no re-
substantivo com o adjetivo, o verbo com o advérbio, que indiquem gistro coloquial:
etc.) e os significados dos conectores (conjunções e grau (aumentativo, agorinha,
preposições). diminutivo).
pertinho, lonjão...
Visão geral: os critérios semântico, morfológico e Comeu muito →
sintático de classificação advérbio de
intensidade ligado
As classes gramaticais podem ser definidas segundo três Critério sintático O advérbio se liga
a verbo;
a verbos, adjetivos
parâmetros: o critério semântico, o critério morfológico e
e outros advér- Está muito bonita
o critério sintático. Para entender esses critérios, é preciso bios. → advérbio de
saber que eles estão diretamente associados a três com- intensidade ligado
ponentes, ou subáreas, da gramática: Semântica, Morfo- a adjetivo; Comeu
logia e Sintaxe. muito rapidamen-
te → advérbio de
intensidade ligado
a um advérbio de
Área Definição Exemplo modo.
Estuda o significa- Na frase Saí com
do das palavras e você, a palavra
Semântica
das frases. “com” indica com-
panhia
As relações entre as classes de palavras
Estuda a estrutura A palavra “mesa”
está no singular, 1.1 - O SUBSTANTIVO E SEUS SATÉLITES
Morfologia interna da palavra.
porque não tem o
elemento -s.
Estuda as relações Na frase Ele co-
entre meu muito, a
Sintaxe
os constituintes palavra muito está
das sentenças. ligada à forma
verbal comeu.

Conhecendo essas três subáreas da gramática, você po-


derá entender os três critérios usados para definir as clas-
ses gramaticais. Vamos tomar como exemplo o advérbio.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Exemplos:

QUESTÕES OBJETIVAS
1. Aqueles meus três amigos chegaram
2. Um livro do Zé ficou comigo
3. Esses oito apartamentos serão vendidos.
1. A alternativa que apresenta classes de palavras
4. Alguns poucos meninos pobres viajaram.
cujos sentidos podem ser modificados pelo ad-
vérbio são:
1.2 - O ADVÉRBIO E SEUS NÚCLEOS
a. adjetivo - advérbio - verbo.
b. verbo - interjeição - conjunção.
c. conjunção - numeral - adjetivo.
d. adjetivo - verbo - interjeição.
Exemplos
e. interjeição - advérbio - verbo.

1. Zé estudou demais.
2. Na oração “Ninguém está perdido se der
2. Zé fez um plano de estudos árduo demais.
amor...”, a palavra grifada pode ser classificada
3. Zé estudou arduamente demais.
como:

b) demais advérbios
a. advérbio de modo.
b. conjunção adversativa.
c. advérbio de condição.
Exemplos
d. conjunção condicional.
1. Francisco acordou tarde. (advérbio de tempo)
e. preposição essencial.
2. João apareceu aqui. (advérbio de lugar)

3. Aponte a opção em que muito é pronome in-


Diferença entre locução adjetiva e locução
definido:
adverbial
a. O soldado amarelo falava muito bem.
A locução adjetiva e a locução adverbial têm a mesma
b. Havia muito bichinho ruim.
estrutura mínima: preposição + substantivo
c. Fabiano era muito desconfiado.
d. Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
Por isso, a única maneira de diferenciá-las é através do
e. Muito eficiente era o soldado amarelo.
critério sintático. Veja:

Ela fez cara de medo. (de medo é locução adjetiva,


pois está ligada ao substantivo cara)

Ela morreu de medo. (de medo é locução adverbial,


pois está ligada à forma verbal morreu)
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4. Em “Tem bocas que murmuram preces...”, a se- c. “O crime é a extensão lógica de um tipo de com-
quência morfológica é: portamento perfeitamente respeitável no mun-
do dos negócios”. (Robert Rice)
a. verbo – substantivo - pronome relativo – verbo d. “Para os ricos, a pobreza é incompreensível. Eles
- substantivo. não entendem por que as pessoas que querem
b. verbo – substantivo – conjunção integrante – jantar não tocam simplesmente a campainha”.
verbo - substantivo. (Walter Bagehot)
c. verbo – substantivo - conjunção coordenativa – e. “Ouro, s.m.: Um metal amarelo mundialmente
verbo - adjetivo. apreciado por sua utilidade nas diversas formas
d. verbo – adjetivo - pronome indefinido – verbo - de roubo chamado comércio”. (Ambrose Bierce)
substantivo.
e. verbo – advérbio -pronome relativo – verbo -
substantivo. GABARITO

01-a 02-d
5. A frase abaixo em que o vocábulo sublinhado
exemplifica uma classe gramatical diferente da
03-b 04-a
dos adjetivos é: 05-e 06-c
a. “Eu não sou arrogante. Simplesmente sou me-
lhor do que você”. (anônimo)
b. “Os cemitérios estão cheios de gente insubstituí-
vel”. (Charles de Gaulle)
c. “Eu achei que eu estava errado uma vez, mas eu
estava enganado”. (Lee Iacocca)
d. “Nada grandioso no mundo foi realizado sem
paixão”. (Hegel)
e. “Pontualidade é a virtude do chato”. (Evelyn 2 - SINTAXE
Waugh) TERMOS DA ORAÇÃO

6. A formação de advérbios em -mente é feita A análise dos termos da oração estabelece-se numa níti-
com o acréscimo desse sufixo à forma feminina da hierarquia entre os termos, classificados como: essen-
do adjetivo. A frase abaixo em que o advérbio ciais, integrantes e acessórios.
mostra claramente essa formação é:
TERMOS ESSENCIAIS
a. “Um inimigo pode arruinar parcialmente um ho-
mem, mas é preciso um amigo fiel e desastrado Sujeito
para completar de vez o serviço”. (Mark Twain) Predicado
b. “Um homem que rouba por mim fatalmente Predicativo (do sujeito ou do objeto)
roubará de mim”. (Teddy Roosevelt)
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TERMOS INTEGRANTES 1) Emprego de Verbo (intransitivo, transitivo indireto ou


de ligação) na 3ª pessoa do singular + partícula SE (índice
Complementos verbais (objeto direto e indireto) de indeterminação do sujeito).
Complemento nominal
Agente da passiva Ex: Precisa-se de carpinteiros.

TERMOS ACESSÓRIOS 2) Emprego de verbo na 3ª pessoa do plural, sem nenhu-


ma referência dentro do texto.
Adjunto Adnominal
Adjunto Adverbial Ex: Atropelaram um cachorro na esquina.
Aposto
OPA! ORAÇÃO SEM SUJEITO
2.1 - SUJEITO (ou SUJEITO INEXISTENTE)

É o termo a que o verbo faz referência e com o qual É aquela que não possui nenhum ser ao qual o
concordará. Tem como núcleos o substantivo (ou pala- predicado possa ser atribuído. O que importa,
vra substantivada) e os pronomes substantivos. Jamais se nesse caso, é o processo verbal em si. Os ver-
separa do predicado por vírgula ou vem precedido de bos das orações sem sujeito são chamados de
preposição. Apresenta-se na ordem direta (antes do ver- IMPESSOAIS.
bo) ou indireta( após o verbo). O sujeito classifica-se em:
Tais verbos serão sempre mantidos na 3ª pessoa do sin-
a) SIMPLES - o sintagma nominal apresenta apenas um gular, uma vez que não há sujeito com o qual concordar.
núcleo. Quando acompanhados de verbos auxiliares, transmitem
a eles a sua impessoalidade.
Ex: Os dias nublados entristecem as pessoas. Ex: Havia poucas flores naquele jardim.
Ex: Na próxima semana, viajaremos com a nossa família. Devia haver poucas flores naquele jardim.
(Simples Desinencial ou Elíptico)
CASOS DE IMPESSOALIDADE DE VERBO
b) COMPOSTO - o sintagma nominal apresenta mais de
um núcleo. a) Verbo HAVER exprimindo EXISTÊNCIA ou OCORRÊN-
CIA.
Ex: Pai e filho sempre foram amigos.
Ex: No meio do caminho, sempre haverá uma pedra.
c) INDETERMINADO - é aquele que não está expresso
na oração e não pode ser reconhecido por elementos b) Verbos HAVER e FAZER indicando tempo decorrido.
fornecidos por nenhum outro termo. Nessas orações, em
que só o predicado está expresso, não se pode ou não Ex: Há três meses não o vejo.
se quer determinar sobre quem recai a ação. Casos de Deve fazer dois anos que tudo começou.
indeterminação do sujeito:
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c) Verbo SER nas indicações de tempo. b) PREDICADO NOMINAL - é aquele que contém um
verbo de ligação e, consequentemente, um predicativo
Ex: Já são duas horas. do sujeito. Tem como núcleo o predicativo.
Hoje são 22 de abril.
Agora é tarde. Ex: As luzes da cidade estavam apagadas.

d) Verbos que exprimem fenômenos da natureza (No c) PREDICADO VERBO-NOMINAL - é aquele que con-
sentido denotativo) tém um verbo significativo e um predicativo (do sujeito
ou do objeto). Tem como núcleos o verbo e o predicativo.
Ex: Choveu muito naquela cidade.
Ex: O tribunal julgou culpado o réu.

2.3 - PREDICATIVO

É o termo da oração que indica uma característica que se


Opa!! No sentido conotativo atribui ao sujeito ou ao objeto. O predicativo classifica-se
(linguagem figurada), há sujeito. em:

Ex: Choveram broncas na aula. a) PREDICATIVO DO SUJEITO - é o termo que se liga


ao sujeito, atribuindo-lhe estado ou qualidade. Aparece
2.2 - PREDICADO em predicados nominais (com verbos de ligação) ou ver-
bo-nominais (com verbos intransitivos ou transitivos).
É a parte da oração que contém a informação, a
declaração a respeito do sujeito. Basicamente, pode-se Ex: Aqui eu não sou feliz.
informar a respeito do sujeito uma idéia de ação, pratica- Ela baixou os olhos, amuada.
da ou sofrida, ou uma idéia de estado.
b) PREDICATIVO DO OBJETO - é o termo que se refere
A partir disso, pode-se dizer que o núcleo informativo ao objeto, atribuindo-lhe um estado ou qualidade. Con-
de um predicado pode ser um verbo ou um nome. Há corda com o objeto em gênero e número. Pode vir pre-
também predicados que têm um verbo e um nome como cedido das preposições como, por, para, de. Ocorre,
núcleos ao mesmo tempo. Os predicados classificam-se principalmente, com verbos do tipo: declarar, nomear,
em: julgar, chamar, ver, eleger, consagrar, considerar,
achar, ter, tomar, fazer, deixar e dar.
a) PREDICADO VERBAL - é aquele que contém um
verbo significativo (transitivo ou intransitivo). Tem como Ex: Dr. Juca achou o negócio ótimo.
núcleo o verbo e não há nele nenhum predicativo.

Ex: As luzes da cidade surgiram à frente de todos.


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b) PARA EVITAR AMBIGUIDADE


OPA!

Ex: Ao guarda o ladrão matou.


1- Segundo vários gramáticos, o predicativo do
objeto indireto só ocorre com o verbo chamar,
c) COM O PRONOME QUEM (INTERROGATIVO OU
significando cognominar, atribuir um nome a.
RELATIVO)

Ex: Chamei-lhe de bobo.


Ex: A quem convidaste?

2 - Pode ocorrer predicativo do sujeito em


d) COM A PREPOSIÇÃO DE COM SENTIDO PARTI-
frases com voz passiva sintética ou analítica.
TIVO
Nesse caso, o predicado será verbo-nominal
e o predicativo da voz passiva será analisado
Ex: Ele bebeu do meu vinho.
como o da voz ativa correspondente.

e) COM OS PRONOMES REFERENTES A PESSOAS


Ex: O jovem foi encontrado ferido pelo policial.
(NINGUÉM, ALGUÉM, OUTROS, TODOS)
O policial encontrou o jovem ferido.

Ex: A menina a todos encantava.


2.4 - COMPLEMENTOS VERBAIS

f) COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO


a) OBJETO DIRETO (substantivo ou pronome substan-
tivo) – é o termo que completa o sentido de um verbo
Ex: Colocaram a Vossa Excelência em má situação.
transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio de pre-
posição obrigatória. É importante que só encontremos o
a.2) OBJETO DIRETO INTERNO OU COGNATO -
objeto direto depois de sabermos qual é o sujeito.
quando representado por palavra que repete a ideia já
expressa pelo verbo.
Ex: Recebi o prêmio.
Recebi o quê? o prêmio.
Ex: Ele viveu uma vida gloriosa.
O.D.

a.3) OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO - quando apare-


a.1) OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO - o objeto
ce repetido sob a forma de pronome oblíquo.
direto pode apresentar-se preposicionado em alguns ca-
sos. Cuidado para não confundi-lo com o objeto indireto.
Ex: Esta esperança jamais a terei

PRINCIPAIS CASOS
b) OBJETO INDIRETO (substantivo ou pronome subs-
tantivo) - é o termo que completa o sentido de um verbo
a) COM PRONOME PESSOAL TÔNICO
transitivo indireto, ligando-se a ele com o auxílio obriga-
tório de uma preposição: A, COM, DE, EM, PARA, POR,
Ex: Ele não auxilia a mim.
SOBRE.
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Ex: O peixe depende da água. 2.7 - ADJUNTO ADVERBIAL

2.5 - COMPLEMENTO NOMINAL É o termo da oração que se relaciona ao verbo, ao ad-


vérbio ou ao adjetivo a fim de acrescentar a um desses
Termo que integra ou limita o sentido de um advérbio, elementos uma circunstância qualquer. Os advérbios e as
adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre prepo- locuções adverbiais desempenham a função de adjunto
sicionado. adverbial.

Ex.: Agiu favoravelmente a ambos. Ex: A prova de matemática foi muito fácil.
O fumo é prejudicial à saúde.
Tenho confiança em ti. 2.8 - ADJUNTO ADNOMINAL

2.6 - AGENTE DA PASSIVA Termo de valor adjetivo que serve para especificar ou
delimitar o significado do substantivo, podendo ser ex-
Termo que, na voz passiva, pratica a ação expressa pelo presso por:
verbo, a qual é sofrida pelo sujeito.
a) Adjetivo: Compareceram pessoas interessadas.
Ex.: As ruas foram lavadas pelas chuvas. b) Locução Adjetiva: Era um homem de consciência.
Mariana era apreciada por todos quantos iam a c) Artigo: O mar era um lago sereno e azul.
nossa casa. d) Pronome Adjetivo: Minha camisa é igual à sua.
e) Numeral : Casara-se havia duas semanas.
Opa! f ) Oração Adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos,
caíram-lhe pelo rosto.
1. A voz passiva é privativa dos verbos TD; g) Pronome Oblíquo: “...te beijar a boca de um jeito que
2. O termo “agente da passiva” vem sempre intro- te faça rir...”
duzido por preposição (por, per, de);
3. A voz passiva sempre apresenta sujeito, o qual 2.9 - APOSTO
é o paciente da ação expressa pelo verbo;
4. A voz passiva analítica ou verbal pode apresen- É o termo usado para explicar, enumerar, recapitular ou
tar agente da passiva, mas a voz passiva sintéti- especificar o seu antecedente. O núcleo do aposto é
ca ou pronominal nunca apresentará agente da representado por um substantivo ou palavra substantiva.
passiva. Classifica-se em:

Ex.: 1- Cabral descobriu o Brasil. (VA) a) APOSTO EXPLICATIVO - explica um termo anterior.
1- O Brasil foi descoberto por Cabral. (VPA)
Ex: Londrina, cidade paranaense, é muito linda.
2- Vendem-se flores. (VPS)
2- Flores são vendidas. (VPA) b) APOSTO ENUMRATIVO - enumera um termo an-
terior.
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Ex: Dois países não assinaram o acordo: Brasil e Chile. 4. ( ) As mulheres desconfiam dos homens.
5. ( ) Sabe-se que Brutus traiu a Nero.
c) APOSTO RECAPITULATIVO - resume um termo an- 6. ( ) Obedeço aos meus superiores.
terior. 7. ( ) Não temas da morte.
8. ( ) Não concordaram com o projeto.
Ex: Os amigos, os parentes, os professores, todos o aju- 9. ( ) Fazer samba lá na Vila é um brinquedo.
daram. 10. ( ) O policial sacou do revólver.
11. ( ) Amarás a Deus sobre todas as coisas.
d) APOSTO ESPECIFICADOR - especifica um termo
anterior. 2. Tendo em vista a transitividade verbal e seus
respectivos complementos, analise os termos
Ex: A cidade de Fortaleza é muito visitada por turistas. em evidência de acordo com o código (OD) e/
ou (OI):
2.10 - VOCATIVO
a. Entregamos o livro ao professor.
É o termo da oração usado para chamar, pelo nome, b. Necessitamos de sua ajuda.
apelido ou característica, o ser com quem se fala. O vo- c. Não concordo com suas ideias.
cativo também é uma função substantiva. Ele, como ter- d. Gostamos muito do passeio.
mo independente que é, não faz parte do sujeito nem e. Aprecio a brisa da manhã.
do predicado e aparece sempre isolado por pontuação,
geralmente a vírgula. 3. Analise sintaticamente os termos em destaque,
atribuindo-lhes a devida classificação:
Ex: Sossega, coração, não desesperes.
Pai, afasta de mim esse cálice. a. Ontem, pedi-lhe um favor.
b. Entregamos as encomendas aos clientes.
c. Não o cumprimentamos, pois saímos mais cedo.
Exercícios de Fixação d. Devemos respeitar os mais velhos.

4. Classifique os termos destacados em CN(Com-


1. Classifique os termos integrantes usando os se- plemento nominal) ou AA(Adjunto adnomi-
guintes códigos: nal):

a) Obj. direto. 1. Tinha medo da noite.


b) Obj. direto preposicionado. 2. Ela é digna de pena.
c) Obj. Indireto. 3. É preciso ter respeito a todos.
4. Está enorme a fila do leite.
1. ( ) Adoramos nossas sogras. 5. O amor ao filho reanimava a mãe.
2. ( ) Eduardo Paes cumpriu com a palavra. 6. A descoberta do rapaz deixou-o famoso.
3. ( ) Convidaram-me para uma grande festa.
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7. A descoberta de ouro deixou aquela região muito a) Os verbos são todos transitivos diretos e estão no
rica. pretérito imperfeito.
8. O rapaz mora perto de casa. b) Os verbos são todos transitivos diretos, embora o
9. O apoio ao amigo fê-lo feliz. objeto direto não esteja expresso; e os verbos estão
10. A leitura do anúncio fez-se em voz alta. no pretérito perfeito.
11. A leitura do aluno era deficiente. c) O primeiro e o segundo verbo são transitivos dire-
12. A mesa de vidro quebrou. tos e os dois últimos são transitivos indiretos e estão
13. O fumo é nocivo à saúde. no pretérito mais-que-perfeito.
14. Agiu favoravelmente a nós. d) Todos os verbos destacados são intransitivos e es-
15. A admiração do povo ao Tiririca ainda é grande. tão no pretérito perfeito.
16. Relativamente ao assunto.
17. Barco a vela. 2. Observe as duas orações abaixo:
18. Mula sem cabeça.
19. O receio do frio. I - Os fiscais ficaram preocupados com o alto índice
20. Ele está apto ao serviço. de sonegação fiscal.
21. Ódio ao burguês. II - Houve uma sensível queda na arrecadação do
22. Amor de filho. ICM em alguns Estados.
23. Paulo foi cruel com o vizinho.
24. Homem de coragem. Quanto ao predicado, elas classificam-se, respectiva-
25. Pedro é sincero com o amigo. mente, como:
26. O estudo sobre cinema.
27. Independentemente de nós. a) nominal e verbo-nominal
28. O erro será digno de registro. b) verbo-nominal e verbal
29. O ladrão é cheio de temor. c) nominal e verbal
d) verbal e verbo-nominal
e) verbal e nominal
QUESTÕES OBJETIVAS
3. Assinale a alternativa em que o predicado é
verbo-nominal:
“E agora, José?
A festa acabou a) O garoto tímido fez o discurso.
A luz apagou b) Não encontraram o suspeito.
O povo sumiu c) A garota saiu chateada da escola.
A noite esfriou...” d) O garoto continua internado.

(Carlos Drummond de Andrade)


GABARITO
1. Em relação aos verbos destacados, pode-se
01-d 02-c 03-c
afirmar que:
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3. REGÊNCIA VERBAL ASSISTIR

E NOMINAL a) no sentido de dar assistência, ajudar: com ou sem


preposição – VTD ou VTI.
Acessível A Cuidadoso COM Junto A/DE Prejudicial A
Acostumado A/COM Estranho A Leal A Próprio DE/PARA
Alheio A Favorável A Natural DE Próximo A/DE Assim é aceito pela FCC.
Alusão A Fiel A Necessário A Respeito A/POR
Atenção A/PARA Grato A Necessidade DE Sensível A
Ex.: O médico assistia os (aos) lutadores machucados
Benefício A/PARA Hábil EM Nocivo A Simpatia POR

b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição


3.1 - REGÊNCIA VERBAL a - VTI. O objeto indireto não pode ser representado por
lhe(s), apenas por a ele(s) a ela(s):
AGRADAR

Ex.: Assistimos ao filme


a) no sentido de acariciar – VTD
Ex.: A criança assistiu ao espetáculo inteiro.

Ex.: Não é bom agradar demais as crianças.


c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposi-
ção a - VTI. Admite substituição pelos pronomes lhe(s),
b) no sentido de satisfazer, causar agrado (prepo-
a ele(s), a ela(s).
sição a) – VTI

Ex.: Assiste ao homem o direito de permanecer calado.


Para a FCC também pode ser VTD, pois a
(Assiste-lhe ou assiste a ele.)
banca adota o dicionário de regência do
Celso Pedro Luft.
d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige
a preposição em.
Ex.: O sítio agradou ao fazendeiro.
Ex.: Este chapéu lhe agradará.
Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.

ASPIRAR
CHAMAR

a) no sentido de cheirar, sorver: sem preposição -


a) no sentido de convocar, sem preposição – VTD.
VTD.

Ex.: A direção chamou os professores.


Ex.: Maradona aspirou o ar puro da manhã.

b) no sentido de apelidar, denominar, caracterizar


b) no sentido de almejar, pretender: exige a prepo-
– VTD ou VTI. É verbo transobjetivo (objeto + predicativo
sição a - VTI.
do objeto). Esse predicativo pode aparecer ou não com
a preposição de.
Ex.: Aspirava ao cargo de promotor de vendas.
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Ex.: Chamei-o de tolo. b) Quando forem pronominais: preposição de - VTI.


Chamei-o tolo.
Chamei-lhe de tolo. Ex.: Lembrei-me de todas as respostas
Chamei-lhe tolo.
INFORMAR / CERTIFICAR / CIENTIFICAR / NOTIFI-
CHEGAR / IR CAR / AVISAR / PREVENIR / COMUNICAR

Deve ser introduzido pela preposição a e não pela pre- a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação:
posição em. admite duas construções:

1) Alguém de algo – VTDI.


A FCC classifica esses verbos como tran-
sitivos indiretos. Ex.: Informou todos do acidente.

2) Algo a alguém – VTDI.


Ex.: Vou ao ortopedista./ Cheguei a Brasília.
Ex.: Informou a todos o acidente.
CUSTAR Ex.: Avisei-o de que eu faltaria.

a) no sentido de ser custoso, ser difícil: preposição a. NAMORAR

Ex.: Custou ao aluno entender o fenômeno da crase. Não se usa com preposição - VTD.

b) no sentido de acarretar: sem preposição. Ex.: Elisa namora Otávio.

Ex.: O valor da casa custou-me tudo o que tinha. OBEDECER / DESOBEDECER

c) no sentido de ter valor de, ter o preço: sem pre- Exigem a preposição a - VTI.
posição.
Ex.: 1 - O bom filho obedece aos pais.
Ex.: Imóveis custam caro. 1 - O candidato desobedeceu ao regulamento

ESQUECER / LEMmbrar PAGAR / PERDOAR

a) Quando não forem pronominais: sem preposição a) Se o objeto é a coisa que sofre a ação do verbo:
- VTD. sem preposição – VTD.

Ex.: Esqueci o casaco dele. Ex.: Ela pagou a conta de luz.


Ex.: O professor perdoou os erros do aluno
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b) Se o objeto é pessoa que recebe a ação do verbo: Ex.: Visou o alvo com precisão.
são regidos pela preposição a – VTI. Ex.: Visaram os cheques.

Ex.: Perdoei a todos. b) no sentido de objetivar: preposição a – VTI.


Ex.: O cliente pagou ao dono da loja.
Ex.: Cristo perdoou aos pecadores. Para a FCC também pode ser VTD, pois a
banca adota o dicionário de regência do
PREFERIR Celso Pedro Luft.

Exigem um complemento sem preposição e outro com Ex.: Viso a uma nova vida.
preposição a – VTDI

Ex: Prefiro futebol a vôlei QUESTÕES OBJETIVAS

É errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou


palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc. 1. Com relação à regência verbal, a norma
padrão aceita a construção presente na al-
Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica. ternativa:

QUERER a. Entrei em casa e dela saí.


b. Entrei e saí de casa.
a) no sentido de desejar: sem preposição. c. Entrei a casa e dela saí.
d. Entrei e sai à casa.
Ex.: Quero a risada mais gostosa
2. Assinale a alternativa em que a regência verbal
b) no sentido de querer bem, ter afeto: usa-se com a está CORRETA.
preposição a.
a. Assisti o filme de que você gostou.
Ex.: Quero muito aos meus primos. b. Prefiro mais a cidade do que o campo.
c. Este é o museu de que mais gosto.
SIMPATIZAR / ANTIPATIZAR d. Finalmente chegamos em Diamantina.

exigem a preposição com - VTI. Ex.: Sempre simpatizei 3. Em relação à regência verbal e nominal, o em-
com você. prego do pronome relativo, segundo o registro
culto e formal da língua, está INCORRETO em:
VISAR
a. A conclusão que chegamos é que o fracasso en-
a) no sentido de mirar ou dar visto: sem preposição – sina ao homem como recomeçar
VTD.
LÍNGUA PORTUGUESA
13

b. O barco a cujos tripulantes me referi pode voltar bor e aroma aos alimentos”.
a navegar
c. O ideal por que lutamos norteia nossos projetos. O trecho cujo verbo apresenta a mesma regência é:
d. O infortúnio a que está sujeito o empreendedor
motiva-o a. “Quando você lê ‘aroma natural’ ”
e. Após o término da pesquisa, informei-lhe que b. “ ‘artificial’ no rótulo significa que os aromistas”
tomasse cuidado para não errar. c. “que não existem na natureza,”
d. “O processo encarece o produto”
4. Assinale a alternativa INCORRETA quanto à re- e. “enviar as moléculas às fábricas de alimentos”
gência:
7. A frase cuja regência do verbo respeita a nor-
a. Chegamos finalmente ao colégio. ma-padrão é:
b. Sua atitude implicará demissão.
c. Ele namora com uma aluna do segundo ano. a. Esquecemo-nos daquelas regras gramaticais.
d. Eles eram fiéis ao amigo. b. Os professores avisaram aos alunos da prova.
e. O presidente assiste em Brasília. c. Deve-se obedecer o português padrão.
d. Assistimos uma aula brilhante.
5. NÃO há erro de regência verbal em: e. Todos aspiram o término do curso.
9. Assinale a opção que apresenta a regência ver-
a. Altos salários são dados os jogadores, sem te- bal incorreta, de acordo com a norma culta da
rem ficado nos bancos escolares. língua:
b. Falta de punição implica violência.
c. Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem a. Os sertanejos aspiram a uma vida mais confor-
princípios morais do que pessoas honestas. tável.
d. Todos assistem os programas de televisão que b. Obedeceu rigorosamente ao horário de traba-
só apresentam tragédias. lho do corte de cana.
e. O povo esquece, rapidamente, dos crimes que c. O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros.
abalam a sociedade. d. O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.
e. Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas,
5. Alternativa correta: ao lucro pretendido.

a. Precisei de que fosses comigo. GABARITO


a. Avisei-lhe da mudança de horário.
01-a 02-c
b. Incumbiu-me para realizar o negócio.
c. Recusei-me em fazer os exames.
03-a 04-c
d. Convenceu-se nos erros cometidos. 05-b 06-a
07-e 08-a
6. Considere o comportamento do verbo em des-
taque quanto à sua regência, em “para dar sa- 09-d
LÍNGUA PORTUGUESA
14

4.1 - ALGUNS CASOS MERECEM DESTAQUE


4. CRASE
1 - A crase obviamente “não” ocorre diante de palavras
A palavra crase provém do grego Krasis e significa “fusão”, que não podem ser precedidas de artigo feminino. É o
“junção”. Em português, ocorre a crase com as vogais caso:
idênticas a + a. Tal fusão é indicada por meio do acento
grave (à). Pode ocorrer a fusão da preposição a com: ar- a) dos substantivos masculinos:
tigo feminino (a / as), pronomes (aquele (s)/ aquelas (s)/
aquilo), pronome relativo (a qual/ as quais) ou com os Ex.: Andamos a cavalo.
demonstrativos (a / as = aquela/ aquelas). Ex.: Íamos a pé.

prep. art. prep. art b) dos verbos no infinitivo:

Fui a + a feira. Retornamos a + as praias. Ex.: Não tenho nada a declarar.


Ex.: Começamos a sofrer.

Fui à feira. Retornamos às praias. c) da maioria dos pronomes:

Fui a + aquele lugar. Ex.: Entreguei a Vossa Excelência.


Ex.: Diga a ela.

Fui àquele lugar.


OPA!
REGRA GERAL
Alguns pronomes admitem artigos, como:
Haverá crase sempre que o termo anterior exigir a prepo- senhora, dona, mesma, própria, senhorita e
sição “a” e o termo posterior admitir o artigo “a” ou “as”. madame (e também outra e outras). Com isso,
poderá ocorrer crase.

prep. art.

Ex.: Estou-me referindo à mesma pessoa.


Eu me referi a + a diretora.
(ao mesmo homem)

d) de palavras femininas “no plural” precedidas de


Eu me referi à diretora.
um a:

Ex.: Dirigi-me a pessoas desconhecidas.


LÍNGUA PORTUGUESA
15

OPA! 3 - O acento grave, indicativo de crase, é usado nas ex-


pressões adverbiais e nas locuções prepositivas e conjun-
Nesses casos, o a é preposição, e os substanti- tivas de que participam palavras femininas.
vos estão sendo usados em sentido genérico.
Quando são usados em sentido específico, os à tarde à proporção que à força de
substantivos passam a ser precedidos do arti- à toa à procura de às escondidas
go as; ocorrerá então, a crase: à noite à direita às ordens

Ex.: Você está se referindo a vidas humanas? OPA!


Você está se referindo às vidas de nossos compa-
nheiros? Incluem-se nessas expressões as indicações
de horas especificadas: à meia-noite, às duas
e) Não ocorre crase nas expressões formadas por horas, às três e quarenta.
palavras repetidas femininas ou masculinas:
Merece destaque a expressão “à moda de”,
Cara a cara / Gota a gota / Dia a dia que pode estar subentendida:

2 - Com as expressões adverbiais de lugar, deve-se fa- Ex.: Você fez um gol à (moda de) Pelé.
zer a verificação da ocorrência por meio da troca do
termo regente: 4 - A crase é FACULTATIVA diante dos nomes próprios
femininos, e após a preposição “até” que antecede subs-
Ex.: Vou à Bahia Vim da Bahia. / Estou na Bahia. tantivos femininos, e ainda, no caso dos pronomes pos-
sessivos femininos.
Vou a Recife Vim de Recife. / Estou em Recife.
Ex.: Dei um recado a Atadolfa. Dei um recado a Atadolfo.
Dei um recado à Atadolfa. Dei um recado ao Atadolfo.
OPA! Vou até a praia. Vou até o parque.
Vou até à praia. Vou até ao parque.
Merecem destaque as palavras casa (no senti- Refiro-me a minha amiga. Refiro-me a meu amigo.
do de lar, moradia) e terra (no sentido de chão Refiro-me à minha amiga. Refiro-me ao meu amigo.
firme) que só admitirão crase, se estiverem
especificadas.

Ex.: Cheguei a casa. / Cheguei à casa das minhas primas.


A tripulação da GOL desceu a terra. / A aeromoça da
GOL chegou à terra de seus tios.
LÍNGUA PORTUGUESA
16

e. Os metais do caminhão esplendiam à luz da manhã.


Exercício de Fixação
2. Indique a alternativa em que o sinal indicativo
de crase é facultativo:
1. Coloque o acento indicador de crase quan-
do for necessário. a. Voltou à casa do Juiz.
b. Chegou às três horas.
a. Diga às pessoas que me procurarem que tive de sair. c. Voltou à minha casa.
b. Fui à Europa, de onde à Ásia. d. Voltou às pressas.
c. Fui à Natal das praias inesquecíveis.
d. Cheguei a casa tarde da noite ontem. 3. Assinale a opção em que o A sublinhado nas
e. Preciso ir à terra dos meus antepassados. duas frases deve receber acento grave indica-
f. À noite, teremos de ficar à espreita. tivo de crase:
g. Dobre à esquerda.
h. A loja estava às moscas quando chegamos, às quatro a. Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou
horas. a falar em voz alta.
i. Prefiro isto àquilo. b. Pedimos silêncio a todos. / Pouco a pouco, a
j. A pessoa a que fiz referência não esteve presente à praça central se esvaziava.
reunião. c. Esta música foi dedicada a ela. / Os romeiros
chegaram a Bahia.
d. Bateram a porta fui atender. / O carro entrou a
direita da rua.
QUESTÕES OBJETIVAS e. Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tin-
ta.

1. O sinal indicador da CRASE foi corretamente 4. Quanto ..... suas exigências, recuso-me ..... le-
empregado na frase “Que estivesse bem cedo vá-las ..... sério.
junto ao edifício Brasília para assistir à coleta
de lixo”. Dentre as opções abaixo, porém, este a. às - à - a
sinal foi INCORRETAMENTE utilizado em: b. a - a - a
c. as - à – à
a. O bom repórter não poupa elogios à higiene dos d. à - a – à
lixeiros. e. as - a – a
b. Na adolescência o motorista teria sucumbido à pre-
visão de uma velhice pobre.
c. A esperança sobrevive até mesmo à uma ou outra
mutilações.
d. O motorista parece dizer às pessoas da cidade: “o
lixo é vosso”.
LÍNGUA PORTUGUESA
17

5. Marque o item cuja frase apresenta redigida da Ex. urubu, motel, marajá...
forma mais adequada, considerando-se clare-
za, elegância, precisão e correção. 2. PAROXÍTONAS

a. De segunda à sexta, o programa será dedicado A penúltima sílaba é a tônica.


à você.
b. De segunda à sexta, o programa será dedicado Ex. cigarro, janela, lápis...
a você.
c. Da segunda à sexta, o programa será dedicado 3. PROPAROXÍTONAS
a você.
d. Da segunda à sexta, o programa será dedicado A antepenúltima sílaba é a tônica.
à você.
e. Da segunda a sexta, o programa será dedicado Ex. gramática, tóxico, semântica...
a você.
Casos Específicos de Acentuação:
GABARITO
01-c 02-c a) Monossílabos tônicos: acentuam-se os termina-
dos em: a(s), e(s), o(s)
03-d 04-b
05-c Ex: má(s), ré(s), pó(s).

b) Oxítonos: acentuam-se os terminados em: a(s),


e(s),o(s), em, ens

Ex: está(s), prevê(s), amém, reféns.

c) Paroxítonos: acentuam-se os terminados em:

5. ACENTUAÇÃO 1) i(s), us: júri(s), vírus.


E ORTOGRAFIA 2) um, uns: álbum, álbuns.
3) on, ons: íon(s), prótons.
5.1 - ACENTUAÇÃO 4) ôo, ôos: vôo(s).
5) r, x, n ou l: ímpar, látex, hífen, túnel.
Quanto à acentuação tônica (sílaba mais forte), as pala- 6) ditongo: água, mágoa, série, ciência, órgão.
vras recebem as seguintes classificações: 7) ps, ã(s): bíceps, ímã(s).

1. OXÍTONAS d) Proparoxítona: acentuam-se todas.

A última sílaba é a tônica. Ex. fósforo, partícula, álibi...


LÍNGUA PORTUGUESA
18

e) Hiatos: as vogais “i”, “u” receberão acento agu- Ex: Méier, Destróier.
do quando forem segunda vogal tônica de hiato e
estiverem constituindo sílaba sozinhas ou acompa- 2 - Cai o acento circunflexo nos hiatos com vo-
nhadas de “s”. gal repetida (OO; EE).

Ex. baía, faísca, baú, balaústre... Como era Como ficou


Vôo Voo
Enjôo Enjoo
SUPER OPA! Lêem Leem
Crêem Creem
REGRAS MODIFICADAS PELA Vêem Veem
REFORMA ORTOGRÁFICA.
3 - Cai o acento nas vogais i e u antecedidas de
1 - Cai o acento dos ditongos abertos EI e OI ditongo decrescente nas palavras paroxítonas.
nas palavras paroxítonas (sílaba tônica = pe-
núltima). Como era Como ficou
Feiúra Feiura
Como era Como Ficou Sauípe Sauipe
idéia ideia
platéia plateia
jibóia jiboia OPA!
bóia boia
heróico heroico A regra de acentuação diz que I e U são acentua-
dos em HIATO (sozinhos na sílaba ou seguidos de
S). Hiato é V + V. Nas palavras acima, o que temos
OPA! é V + SV. Por isso, a regra do hiato não deve mes-
mo se aplicar.
Lembre-se de que a mudança só vale para as
palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou Note que a regra ainda se aplica em “Guaíba”
monossílabos tônicos). ou “Guaíra”, uma vez que os ditongos são cres-
centes.
Ex: Contrói, Destrói, Dói, Fiéis.

OPA!
OPA!
Lembre-se de que a mudança só vale para as
Quando a palavra paroxítona termina em R, o palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou
acento nos ditongos ei e oi se mantém. proparoxítonas).
LÍNGUA PORTUGUESA
19

Ex: Tuiuiú, Piauí e Maiúscula.

4. Com relação ao U, caem o acento agudo e o trema nos ambientes QUE/QUII, GUE/GUII

Como era Como ficou


Apazigúe Apazigue
Argúi Argui
Averigúe Averigue
Conseqüência Consequência
Lingüiça Linguiça

COMO ERA COMO FICOU NOS DOIS CASOS


Para (preposição) X Pára (verbo “parar”) Para
Pêlo (do corpo) X Pelo (por + o) Pelo
Pólo (Ex: Pólo Sul) X Polo (preposição arcaica) Polo
Pêra (fruta) X Pera (preposição arcaica) Pera
Côa/Côas (verbo “coar”) X Coa (com + a) Coa (e Coas)

5. Acento Diferencial - deixa de existir a maio-


ria dos casos de acento diferencial; três casos QUESTÕES OBJETIVAS
ainda se mantêm.

Casos em que o acento diferencial se mantém 1. Assinale a alternativa em que pelo menos um
vocábulo não seja acentuado:
CASOS COM ACENTO DIFERENCIAL
Pôr (verbo) Por (preposição) a. orfão, taxi, balaustre.
Pôde (passado) Pode (presente) b. parabens, alguem, tambem.
Vem / Tem (singular) Vêm / Têm (plural) c. tatil, amago, cortex.
d. hifen, cipos, leem.
EXEMPLOS
2. Assinale a alternativa em que todos os vocábu-
Quis pôr o seu envelope por cima do outro. los estejam corretamente acentuados.
Um dia ele pôde; hoje não pode mais.
Ele sempre vem. X Eles sempre vêm. a. rítmo, impossível, enjoos, alcatéia.
O rapaz tem sorte. X Os rapazes têm sorte. b. pôquer, sanduíche, seminú, afáveis.
c. sótão, môsca, portátil, coronéis
d. ensaísta, antevéspera, protótipo, orquídea
LÍNGUA PORTUGUESA
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3. Assinale o vocábulo acentuado graficamente • Burgu____


por imposição de regra diferente das demais: • Pequen____
• Pequin____
a. inúmeros
b. calmíssima 3. ISAR x IZAR
c. cédulas
d. uísque • Pesqu____
• Anal____
4. “As aves que _____aqui beber água são tão man- • Harmon____
sas que não ____ defesa contra a ação de preda- • Higien____
dores.” • Final_____
• Real____
a. vêem - têm
b. vêm – tem 4. POR QUE/POR QUÊ/PORQUE/PORQUÊ
c. vem – têm
d. vêem – tem • Não sei _______ você se foi.
e. vêm – têm. • _______ você estuda tanto?
• Este é o time ________ tenho carinho.
GABARITO • Correu ________?

01-d 02-d 03-d 04-e • Não sei o ________ disso tudo.


• Não estudarei em outro curso ________ 0 CPC é o
melhor preparatório do Sul, quiçá do Brasil!

Exercício de Fixação 5. MAL x MAU

• Ela não está ______ vestida.


• Há luta do bem contra o _______.
5.2 - ORTOGRAFIA
• Pedro não é um _____ sujeito.
• Não há ____ que sempre dure.
1. ESA x EZA

6. SENÃO x SE NÃO
• Natur___
• Portugu____
• ______ estudar, ficará de castigo.
• Calabr____
• Estude, _______ ficará de castigo.
• Bel____

2. ÊS x EZ

• Palid____
• Franc____
LÍNGUA PORTUGUESA
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7. ACERCA DE x CERCA DE 13. DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE

• Discursou _______ problemas políticos. • O carro foi __________ o poste.


• Comprei ______ 200 g de presunto. • Pedro foi ___________ Paula para beijá-la.
• A guerra ocorreu _______ vinte anos.
• A capital fica ______ 200 km daqui. 5.3 - SEMÂNTICA

8. AFIM x A FIM a) Homógrafos

• Trabalhei ______ de ganhar dinheiro. colher (verbo) x colher (substantivo)


• João está ______ de pedir demissão.
• Matemática e Física são disciplinas ______. b) Homófonos

9. DEMAIS x DE MAIS sessão x seção x cessão

• A viúva comeu ________. c) Homônimos perfeitos


• A viúva comeu sal ______.
• Chamaram os ______ colegas. manga (fruta) x manga (de camisa)

10. MAS x MAIS d) Parôni mos

• Ela é a _____ bonita da turma. soar x suar


• Ela estudou, _____ não passou de ano.
14. ABSOLVER x ABSORVER
11. HÁ x A
• Usamos papel para _________ a gordura.
• Ele parou de estudar ____algum tempo. • O juiz vai __________ o réu.
• Daqui ___ alguns dias eu me formo.
• ____ muito tempo não o vejo 15. COMPRIMENTO x CUMPRIMENTO
• Daqui ____ duas semanas ela chegará.
• Vamos garantir o ____________ da lei.
12. ONDE x AONDE • Quando cheguei, recebi um ____________.
• Qual é o ___________ da ponte?
• A cidade ______ moro é linda.
• A cidade ______ irei é linda. 16. DEFERIR x DIFERIR

• É impossível __________ aqueles gêmeos.


• Vamos tentar __________ o compromisso.
• O juiz vai _________ o processo.
LÍNGUA PORTUGUESA
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17. DESCRIÇÃO x DISCRIÇÃO 25. CESSÃO x SESSÃO x SEÇÃO

• Aja com ___________. • Vamos a uma _______ de cinema.


• Fiz uma ___________ minuciosa da casa. • Trabalho na ________ de calçados.
• Fiz uma ________ de direitos autorais.
18. DISPENSA x DESPENSA

• Ponha a comida na __________. QUESTÕES OBJETIVAS


• Houve __________ de muitos empregados.

19. EMINENTE x IMINENTE 1. A única frase que, do ponto de vista semântico,
NÃO está comprometida é:
• Ele é um homem ___________.
• A colisão é __________. a. Delatou a pupila há meia hora, por isso não está
enxergando bem.
20. MANDATO x MANDADO b. Há muito tempo o rapaz está submerso; se ele
demorar mais para imergir, pode correr perigo
• Entramos com um __________ de segurança. de morte.
• O ___________ do político foi cassado. c. Nunca vi uma chuva que não dá um minuto de
trégua; essa intermitência me angustia.
21. RATIFICAR x RETIFICAR d. Distratava tanto a cunhada, que ela deixou de
visitá-los.
• É preciso _________ algumas falhas. e. Quando o temporal se anunciou, mandou arrear
• Estou decidido: vou _________ o que disse antes. o cavalo e partiu imediatamente.

22. ACENDER x ASCENDER 2. Assinale a alternativa em que a palavra desta-


cada foi empregada erroneamente:
• É preciso _________ a luz.
• O elevador vai __________. a. O Diretor-Geral retificou a Portaria 601, que fora
publicada com incorreções.
23. CENSO x SENSO b. Esse assunto é confidencial; conto, portanto,
com sua descrição.
• Como foi o ________ do IBGE? c. O Superintendente da Receita Federal deferiu
• É um guri de pouco _________. aquele nosso pedido.
d. Recuso-me a defender aquele réu, pois foi pego
24. CONSERTO x CONCERTO em flagrante.
e. Este fiscal vai trabalhar na seção de Tributação.
• Essa mesa precisa de um _________.
• Vamos a um _________ de violinos.
LÍNGUA PORTUGUESA
23

3. Assinale a alternativa em que a oração está in- 6. Traduz-se corretamente um segmento do tex-
correta. to em:

a. Eu não sei por que! a. primordial vida marinha = preponderante nascente


b. As agonias, por que passei, não as revelo. marítima
c. Ela fala tanto porque pretende convencer-nos. b. propelida pela luz solar = arrefecida pela energia do
d. Não sei e acho que não saberei, jamais, o por- sol
quê. c. recuperar esse valor intrínseco = reaver essa
e. Você não me quer mais. Por quê? importância inerente
d. colônia extravagante de organismos = linha-
gem errante de seres vivos
4. Considerando-se o contexto, o segmento cujo e. resiliente biologia tropical = perseverante bio-
sentido está adequadamente expresso em ou- ma dos trópicos
tras palavras é:
7. Respeita a ortografia oficial vigente:
a. Entre exclamações, citou = Em meio aos brados,
parodiou a. O culto à ignorância e à xenofobia é o respon-
b. Ofícios fúnebres = Comunicações danosas sável, em nosso dia-a-dia, por esta situação de-
c. o seu necrológio no jornal = a sua matéria fúne- plorável, que enserra a população local na bolha
bre impressa impenetrável de seus interesses e valores parti-
d. obrigado à caceteação = compelido ao aborre- culares.
cimento b. Incrementar a participação política é um desafio
e. aliviar o luto fechado = compensar a grande tris- perene, aja vista a nova estratégia de controle
teza político que aparelha muitos órgãos publicos,
incluindo os do setor educacional.
5. Sem prejuízo da correção e do sentido, o ele- c. A soberania do mercado não é imprescindível
mento em destaque pode ser substituído pelo para a democracia liberal − é uma alternativa a
que se encontra entre parênteses em: ela e a todo tipo de política, na medida em que
elimina a necessidade de serem tomadas deci-
a. ...qualquer possibilidade de remissão humana. sões que contemplem consensos coletivos.
(impiedade) d. Foram mencionadas as estratégias para disper-
b. ...com a maior falta de consideração e desfaça- çar as cepas oligárquicas das altas esferas do po-
tez possíveis... (indiferença) der e, sobretudo, para prover o controle jurídico
c. ...conhecidas pela sua beleza inóspita,... (profí- das suas ações; mais, até o momento, não se
cua) obteve sucesso.
d. − o mesmo país que, hoje, subsidia a tradução e. Suas ideias íam de encontro às dos demais; ele
de seus livros... (consolida) sempre optava pelas vias mais polêmicas afim
e. a linguagem e a verve de Thomas Bernhard... de obter atenção da audiência.
(vivacidade)
LÍNGUA PORTUGUESA
24

GABARITO Ex: Longa novela e filme.

01-e 02-b 03-a 04-d 3. MESMO


05-e 06-c 07-c
a) Quando pronome, concorda com o substantivo
(= próprias)

6. CONCORDÂNCIA Elas mesmas irão lá.

VERBAL E NOMINAL b) Quando advérbio, é invariável (= realmente; de


fato)
6.1 - CONCORDÂNCIA NOMINAL
Elas irão mesmo lá.
É o estudo das relações sintáticas existentes entre um
núcleo (de natureza substantiva) e seus determinantes.
4. ANEXO

MEU ------------ > CÃO < ------------ BRAVO


É adjetivo. Logo, concorda com o substantivo ao
MEUS ------------ > CÃES <------------ BRAVOS
qual se refere.

Principais casos de Concordância Nominal:


Ex: As cartas estão anexas ao contrato.

1. ADJETIVO APÓS VÁRIOS SUBSTANTIVOS


OPA!

a) mesmo gênero – O adjetivo vai para o plural ou


A locução adverbial EM ANEXO é invariável. Ela é
concorda com o último substantivo
repudiada pelos gramáticos, mas não podemos ig-
norá-la.
Ex: Casa e igreja antigas (concordância gramatical)
Casa e igreja antiga (concordância atrativa)
As cartas estão em anexo.

b) gêneros diferentes – O adjetivo concorda com o


Seguem em anexo os documentos.
último ou vai para o plural

5. BASTANTE
Ex: Prédio e casa antiga
Prédio e casa antigos (o gênero masculino prevalece)
a) Quando pronome indefinido, variável (referin-
do-se a substantivo)
2. ADJETIVO ANTES DE VÁRIOS SUBSTANTIVOS

Ex: Eles fizeram bastantes críticas ao projeto


A concordância só poderá ser atrativa
LÍNGUA PORTUGUESA
25

b) Quando advérbio, invariável (referindo-se a ver- 6.2 - CONCORDÂNCIA VERBAL


bo, advérbio ou adjetivo)
É o estudo das relações sintáticas existentes entre
Ex: Eles estudaram bastante. o verbo e o seu sujeito.
Eles chegaram bastante tarde.
Eles permanecem bastante irritados. 1. REGRA GERAL – O verbo concorda com o núcleo
do sujeito.
6. ANEXO
Ex: A flor murchou → As flores murcharam.
a) Quando numeral, concorda com a palavra à qual Surgiu uma dúvida → Surgiram várias dúvidas.
se refere. (= metade)
2. SUJEITO COMPOSTO
Ex: O alcoólatra só bebeu meia garrafa
Antes do verbo → verbo no plural.
b) Quando advérbio, invariável. (=mais ou menos)
Ex: Céu e terra passarão
Ex: A criança ficou meio cansada.
Depois do verbo → verbo no plural ou concorda
7. É BOM / É PROIBIDO / É NECESSÁRIO + com o primeiro.
SUBSTANTIVO
Ex: Sabes / Sabemos tu e eu.
a) Se o substantivo está acompanhado de deter- Cansei / Cansamos eu e ela.
minante (artigo ou pronome) → bom, necessá-
rio, proibido e outros adjetivos concordam com o Com núcleos ligados por ou → verbo no plural (ex-
substantivo. ceto se houver exclusão)

Ex: É permitida a entrada de crianças. Ex: Aída ou Eva estão em casa? Um ou outro ficará na
A cerveja é gostosa. chefia.

b) Se o substantivo NÃO está acompanhado de de- 3. SER


terminante (artigo ou pronome) → bom, necessá-
rio, proibido e outros adjetivos ficam no masculino a) hora, data, distância → verbo concorda com o
e singular. número seguinte.

Ex: É permitido entrada de crianças Ex: É uma hora. São 3 de maio. Da porta à rua são dez
Cerveja é gostoso. metros.
LÍNGUA PORTUGUESA
26

b) quantidade (muito pouco) → verbo no singular.

Ex: Dois minutos é pouco tempo. Dois quilos foi demais.


OPA!

4. EXPRESSÕES COLETIVAS Em sentido figurado, há sujeito.

Coletivo + plural  verbo no singular.


Ex: Choverão muitos exercícios. (sentido figurado)/
Ex: Um enxame de abelhas africanas aterrorizou a cida- Choveram granizos no sul. (Catacrese)
de.
6. FAZER
A maioria de, a maior parte de + plural  verbo no
sing./plural. Indicando tempo transcorrido ou clima

Ex: A maior parte das mulheres protestou/protestaram. Ex: Faziam dez dias que eu não te via (erro!)
Fazia dez dias...(certo)
5. MAIS DE, MENOS DE, CERCA DE Fará dez dias de calor. (certo)

Verbo concorda com número seguinte. 7. PRONOME APASSIVADOR “SE”

Ex: Mais de um bar fechou. Cerca de cem bares fecha- Vale a regra geral: verbo concorda com sujeito
ram.
Ex: A lei é cumprida./ Cumpre-se a lei
6. VERBOS IMPESSOAIS As leis são cumpridas./ Cumprem-se as leis.

Haver no sentido de existir, ocorrer e acontecer. 8. QUEM e QUE

Ex: Haverá dúvidas em concordância. Sou eu quem  verbo concorda com quem ou seu
antecedente.
Verbos que expressam fenômenos da natureza em
sentido denotativo (real). Ex: És tu quem faz/fazes. Fomos nós quem venceu/ven-
cemos.
Ex: Choverá muitos dias seguidos (sentido real)
Sou eu que  verbo concorda com antecedente de
que.

Ex: És tu que fazes. Fomos nós que vencemos.


LÍNGUA PORTUGUESA
27

Exercícios de Fixação a) Já fazem alguns dias que não se veem.


b) Na cidade, haviam viúvas e clérigos.
c) As crianças da cidade tem privilégios.
d) As luzes do castelo se mantinham acesas.
1. Numere as colunas sendo:
e) A maioria da população viviam ao redor do pa-
lácio.
a) Sujeito simples;
b) Sujeito composto;
2. Na oração “Pelas esquinas, havia vendedores,
c) Sujeito indeterminado;
prostitutas e mendigos...”, o sujeito deve ser
d) Oração sem sujeito.
classificado como:

1. ( ) “Sob pressão da opinião pública, a Câmara apro-


a) Simples
vou ontem, em ritmo acelerado, o fim dos salários
b) Composto
extras.” (Jornal O Globo)
c) Indeterminado
2. ( ) “Recebiam R$ 25 mil.” (Jornal O Globo)
d) Inexistente
3. ( ) “Está-se sujeito a incertezas, após as eleições.”
e) Oculto ou desinencial
4. ( )”A Dilma é a primeira presidente do Brasil.”
5. ( ) Choveu muito.
3. “O pároco que lê as escrituras tem mais sabe-
6. ( ) Choveu muito dinheiro.
doria.” A pluralização do termo em destaque
7. ( ) Havia muita gente na rua.
acarretaria as seguintes formas verbais:
8. ( ) Existia muita responsabilidade.
9. ( ) Choram de susto os meninos.
a) Leem e teem
10. ( ) Fazia grande calor.
b) Lêm e têm
11. ( ) Na minha rua estão cortando árvores.
c) Leem e têm
12. ( ) “Bronzeado e de alto astral, Jesus brilhou na se-
d) Lêem e tem
mana de moda carioca.”
e) Lêem e têm
13. ( ) “Miguel Falabella e Marília Pêra se encontram em
Ipanema.” (Jornal EXTRA)
4. Apenas uma das orações abaixo se apresenta
14. ( ) “Divertiram-se muito, no último dia 14, na Gran-
sem sujeito. Identifique-a:
de Rio, Gilberto e Suzana Vieira.”
15. ( ) Corre, Joana!
a) As pessoas haviam abandonado o cão na rua.
b) Os alunos se houveram bem na prova.
c) Haviam ocorrido alguns avanços.
Exercícios de Fixação d) Havia certo rancor em sua voz.
e) Os réus haviam sido libertados.

1. Identifique a opção em que não houve erro de


concordância verbal:
LÍNGUA PORTUGUESA
28

5. Assinale a alternativa que preenche correta- 9. O verbo que se mantém corretamente no sin-
mente as lacunas: “Ainda não ............... soado gular, apesar das alterações propostas entre
as oito horas da noite, quando ................. à parênteses para o segmento grifado, está na
porta: ................ um viajante em busca de abri- frase:
go.”
a. É o desafio do nosso tempo. (os desafios)
a) havia – bateu – era b. E isso quando a própria FAO alerta ... (os espe-
b) havia – bateram – era cialistas da própria FAO)
c) havia – bateu – eram c. E que a produção precisará crescer 70% até
d) haviam – bateram – era 2050 ... (a produção de alimentos)
e) haviam – bateu – eram d. Tudo acontece num cenário paradoxal. (Todos os
problemas)
6. Analise as opções abaixo quanto à concordân- e. Um relatório da própria FAO assegura ... (Os da-
cia verbal e identifique a incorreta: dos de um relatório)

a. Este documento é um dos que identifica a série 10. Assinale a alternativa em que ocorreu erro de
de atribuições de cargo. concordância nominal.
b. A maioria das decisões anteriores desaprova tal
procedimento. a) livro e revista velhos
c. Admite-se que seja propício o estudo e a poste- b) aliança e anel bonito
rior avaliação. c) rio e floresta antiga
d. Vão fazer dez anos que eu não a vejo. d) homem, mulher e criança distraídas
11. Assinale a frase que contraria a norma culta
7. Assim que .................. quatro horas no relógio quanto à concordância nominal.
da igreja, mais de um aluno ................. .
a) Falou bastantes verdades.
a) bateu, saiu b) Já estou quites com o colégio.
b) bateram, saíram c) Nós continuávamos alerta.
c) baterão, sairá d) Haverá menos dificuldades na prova.
d) bateu, saíram
e) bateram, saiu 12. Cometeu-se erro no emprego de ANEXO em:

8. .......... cinco anos que não se ...................mais a. Anexas seguirão as fotocópias.
estes aparelhos. b. Em anexo estou mandando dois documentos.
c. Estão anexos os requerimentos.
a) Fazem, faz d. Anexo seguiu uma foto.
b) Faz, faz
c) Fazem, fazem
d) Faz, fazem
LÍNGUA PORTUGUESA
29

13. Assinale o erro de concordância nominal.


7. TEMPOS, MODOS
E VOZES VERBAIS
a. Maçã é ótimo para isso.
b. É necessário atenção.
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo
c. Não será permitida interferência de nin-
para indicar se o sujeito gramatical é agente ou
guém.
paciente da ação.
d. Música é sempre bom.

São três as vozes verbais:


14. Marque o erro de concordância.

a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação
a) Os alunos ficaram sós na sala.
expressa pelo verbo. Por exemplo:
b) Já era meio-dia e meio.
c) Os alunos ficaram só na sala.
Ele fez o trabalho.
d) Márcia está meio cansada.
sujeito agente ação objeto (paciente)

15. Assinale a opção incorreta quanto à concor-


dância nominal: b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a
ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
a. Colecionava jornais e revistas antigas.
b. Ao meio-dia e meia desceram para o almoço. O trabalho foi feito por ele.
c. Tinha pelo computador sincero respeito e ad- sujeito paciente ação agente da passiva
miração.
d. Quaisquer que sejam as dificuldades, tudo será c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo
resolvido. agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
e. Ela mesmo se negara a conhecê-lo melhor.
Ex: O menino feriu-se.
GABARITO
01-d 02-d 03-c OBS
04-d 05-d 06-d Não confundir o emprego refle-
07-e 08-d 09-c xivo doverbo com a noção de re-
10-d 11-b 12-d ciprocidade.
13-c 14-b 15-e

Ex: Os lutadores feriram-se. (um ao outro).


LÍNGUA PORTUGUESA
30

últimos séculos, a carta.


QUESTÕES OBJETIVAS e. A carta, essa personagem central dos últimos
séculos, solaparia o e-mail.

1. “... ela nunca alcançava a musa.”. 4. “... o indivíduo exerce livremente sua ativida-
de”
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a
forma verbal resultante será: Transpondo a frase acima para a voz passiva, ob-
tém-se a forma verbal
a. foi alcançada.
b. fora alcançada. a. exercerá.
c. seria alcançada. b. é exercida.
d. era alcançada c. pode exercer.
d. terá exercido.
2. “E assim, num impulso, lança a primeira pin- e. terá como exercer.
celada...”.
5. ... o etanol reduz em mais de 80% a emissão de
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a gases do efeito estufa. (2° parágrafo)
forma verbal resultante será:
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a
a. foi lançada. forma verbal passará a ser, corretamente:
b. é lançada.
c. fora lançada. a. é reduzida.
d. lançaram-se b. foi reduzido.
e. era lançada. c. tinha reduzido.
d. serão reduzidos.
3. A carta, essa personagem central dos últimos sé- e. vinha sendo reduzida.
culos, foi solapada pelo e-mail...

A frase acima está corretamente transposta para a GABARITO


voz ativa em:
01-d 02-b
a. A carta, essa personagem central dos últimos
03-c 04-b
séculos, solapa o e-mail. 05-a
b. O e-mail, essa personagem central dos últimos
séculos, a carta solapou-o.
c. O e-mail solapou a carta, essa personagem cen-
tral dos últimos séculos.
d. O e-mail solapara essa personagem central dos
LÍNGUA PORTUGUESA
31

8. EQUIVALÊNCIA E TRANS- a) com o verbo no início da frase.


Ex.: Comenta-se que ele deverá recebe o prêmio.
FORMAÇÃO DE ESTRU-
TURAS. COLOCAÇÃO DOS b) com o verbo no imperativo afirmativo.

PRONOMES ÁTONOS Ex.: Alunos, apresentem-se ao diretor.

Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, c) com o verbo no gerúndio.
te, se, nos, vos), como todos os outros monossílabos áto-
nos, apoiam-se na tonicidade de alguma palavra próxi- Ex.: Modificou a frase, tornando-a ambígua.
ma. Assim, esses pronomes podem ocupar três posições
na oração: antes do verbo; no meio do verbo; depois do OPA!
verbo.
Caso o gerúndio venha precedido pela prepo-
sição em, ocorrerá a próclise.
a) antes do verbo: nesse caso, ocorre a prócli-

se, e dizemos que o pronome está proclítico: Ex.: Em se  tratando de cinema, prefiro filmes
europeus.
Ex.: Nunca me revelaram os verdadeiros motivos.

b) no meio do verbo: nesse caso, ocorre a mesóclise, d) com o verbo no infinitivo impessoal.
e dizemos que o pronome está mesoclítico. A me-
sóclise só é possível com o verbo no futuro do pre- Ex.: Leia atentamente as questões antes de resolvê-las.
sente ou no futuro do pretérito do indicativo:
8.2 - PRÓCLISE
Ex.: Revelar-te-ei os verdadeiros motivos.
Ex.: Revelar-me-iam os verdadeiros motivos. A próclise ocorre geralmente em orações em que
antes do verbo haja:
c) depois do verbo: nesse caso, ocorre a ênclise, e
dizemos que o pronome está enclítico: a) palavra de sentido negativo (não, nada, nunca,
ninguém, etc.)
Ex.: Revelaram-me os verdadeiros motivos.
Ex.: Nunca me convidam para festas.
Apresentamos, a seguir, algumas orienta-
ções acerca da colocação dos pronomes b) conjunção subordinativa
oblíquos átonos.
Ex.: “Quando te encarei frente a frente não vi o meu
8.1 - ÊNCLISE rosto.» (Caetano Veloso)

A ênclise ocorre normalmente:
LÍNGUA PORTUGUESA
32

c) advérbio i) Com certas conjunções coordenativas aditivas e


Ex.: Assim se resolvem os problemas. certas alternativas antes do verbo*

Ex.: Ora me ajuda, ora não me ajuda. / Não foi nem se


OPA! lembrou de mim.

Caso haja pausa depois do advérbio (marcada *nem, não só/apenas/somente...mas/como (também/
na escrita por vírgula), ocorrerá a ênclise. ainda/senão)..., tanto... quanto/como..., que, ou... ou,
ora...ora, quer... quer..., já... já...
Ex.: Assim, resolvem-se os problemas.

8.3- MESÓCLISE
d) pronome indefinido

A mesóclise só pode ocorrer quando o verbo estiver no


Ex.: Tudo se acaba na vida. futuro do presente ou no futuro do pretérito do indica-
tivo.
e) pronome relativo
Ex.: Convidar-me-ão para a solenidade de posse da
Ex.: Não encontrei o caminho que me indicaram. nova diretoria.

f) Ocorre também a próclise nas orações iniciadas por Ex.: Convidar-te-ia para viajar comigo, se pudesse.
palavras interrogativas e exclamativas e nas orações Caso o verbo no futuro do presente ou no futuro do pre-
optativas (orações que exprimem um desejo). térito do indicativo venha precedido de alguma palavra
que exija a próclise, esta será de rigor.
Ex.: Quem te disse que ele não viria? (oração iniciada por
palavra interrogativa); Ex.: Não me convidarão para a solenidade de posse da
nova diretoria.
Ex.: Quanto me custa dizer a verdade! (oração iniciada
por palavra exclamativa); 8.4 - CASOS FACULTATIVOS

Ex.: Deus te proteja. (oração optativa). 01. Pronomes demonstrativos antes do verbo sem
g) Com o infinitivo flexionado precedido de pre- palavra atrativa.*
posição.
Ex.: Aquilo me deixou triste / Aquilo deixou-me triste.
Ex.: Foram ajudados por nos trazerem até aqui. *este (e variações), isto; esse (e variações), isso; aquele (e
variações), aquilo.
h) Com formas verbais proparoxítonas.
02. Conjunções coordenativas (exceto aquelas
Ex.: Nós lhes desobedecíamos sempre. mencionadas nos casos de próclise) antes do verbo
sem palavra atrativa.
LÍNGUA PORTUGUESA
33

Ex.: Ele chegou e dirigiu-se a mim. / Ele chegou e se Até se formar, vai demorar muito. Até formar-se, vai demorar muito.

dirigiu a mim. Corri atrás da bola, mas me escapou. Erro agora em lhe permitir sair? Erro agora em permitir-lhe sair?

Por se fazer de bobo. Enganou a muitos. Por fazer-se de bobo, enganou a muitos.
/ Corri atrás da bola, mas escapou-me.

Colocação dos pronomes oblíquos átonos nas locuções


03. Sujeito explícito com núcleo pronominal (pro-
verbais e nos tempos compostos
nome pessoal reto e de tratamento) antes do verbo
sem palavra atrativa.
Nas locuções verbais em que o verbo principal está
no infinitivo ou no gerúndio, o pronome oblíquo áto-
Ex.: Eu te amo. / Eu amo-te. Sua Excelência se queixou
no pode ser colocado, indiferentemente, depois do
de você. / Sua Excelência queixou-se de você.
verbo auxiliar (com hífen), antes do principal (sem
hífen) ou depois do verbo principal (com hífen).

OPA!
Ex.: Quero-lhe apresentar os meus primos que
vieram do interior.
Com verbos monossilábicos, a eufonia ordena que
Quero lhe apresentar os meus primos que
se use a próclise, segundo o Gramático Manoel Pinto
vieram do interior.
Ribeiro: “Eu a vi ontem, e não Eu vi-a ontem.”
Quero apresentar-lhe os meus primos que
vieram do interior.
04. Sujeito explícito com núcleo substantivo (ou
numeral) antes do verbo sem palavra atrativa.
Ex.: Ia-lhe dizendo as razões da minha desistência.
Ia lhe dizendo as razões da minha desistência.
Ex.: Camila te ama ou Camila ama-te. / Os três se amam
Ia dizendo-lhe as razões d a minha desistência.
ou Os três amam-se.

Caso haja antes da locução verbal palavra que exija a próclise,


o pronome oblíquo poderá ser colocado, indiferentemente,
OPA!
antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Para banca IBFC nesse caso a ênclise é obrigatória.


Ex.: Não lhe quero apresentar os meus primos que
Portanto, caberia apenas a frase: Camila ama-te.
vieram do interior.
Não quero apresentar-lhe os meus primos que
05. Infinitivo não flexionado precedido de “pala-
vieram do interior.
vras atrativas” ou das preposições “para, em, por,
sem, de, até, a”.
Nos tempos compostos e nas locuções verbais em que o ver-
bo principal está no particípio, a colocação dos pronomes
Ex.:
Meu desejo era não o incomodar. Meu desejo era não incomodá-lo. oblíquos átonos será feita sempre em relação ao verbo auxiliar
Calei-me para não o contrariar. Calei-me para não o contrariá-lo. e nunca em relação ao particípio, podendo ocorrer a próclise,
Corri para o defender. Corri para defendê-lo.
a mesóclise ou a ênclise, conforme as orientações apresenta-
Acabou de se quebrar o painel. Acabou de quebrar-se o painel.

Sem lhe dar de comer, ele passará mal. Sem dar-lhe de comer, ele passará mal.
das anteriormente.
LÍNGUA PORTUGUESA
34

Ex.: Havia-lhe contado os verdadeiro motivos da b. pertencem a outro capítulo da história = per-


minha desistência. tencem a ele.
Nunca o tinha visto antes. c. que pode causar admiração pela força = que
Ter-lhe-ia procurado, se tivesse tempo. pode causá-lo.
d. mas nunca provocará um sorriso = mas nunca
Ex.: Ficou tímido, porque se sentiu rejeitado pelos lhe provocará.
colegas. e. representam a intromissão do humor = o repre-
Se não o convidarem, sentir-se-á rejeitado pelos sentam.
colegas.
3. A substituição do elemento grifado pelo pro-
Nas locuções verbais e nos tempos compostos, quando nome correspondente, com os necessários
se coloca o pronome oblíquo átono depois do verbo au- ajustes, foi feita corretamente em:
xiliar, pode-se usar o hífen ou não.
a. quando veio apanhar a crônica = quando veio
Ex.: Vou-te devolver o livro amanhã. apanhar-lhe
Vou te devolver o livro amanhã. b. Depois de cumprir meus afazeres = Depois de
cumprir-nos
c. Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas =
QUESTÕES OBJETIVAS Já lhes tive
d. pendurei o guarda-chuva = pendurei-no
e. Pedi ao moço de recados = Pedi-lhe
1. A substituição do elemento grifado pelo pro-
nome correspondente, com os necessários 4. ... por conhecer a dádiva do tempo.
ajustes, foi corretamente realizada em: ... que distinguem o homem do resto...
A transitoriedade dá alma ao ser...
a. Duas figuras merecem atenção = Duas figuras
merecem-na Os segmentos sublinhados são, respectivamente,
b. poderá atingir a purgação = poderá lhe atingir substituídos por pronomes em:
c. dissecando a estrutura = dissecando-la
d. provocar compaixão e terror = provocá-las a. por a conhecer / que distinguem-no do resto /
e. mandou organizar as festas = mandou organi- A transitoriedade o dá alma
zar-lhes b. por conhecê-la / que o distinguem do resto / A
transitoriedade lhe dá alma
2. O segmento grifado está corretamente substi- c. por conhecê-la / que distinguem-no do resto /
tuído pelo pronome correspondente, conside- A transitoriedade dá-lhe alma
rando-se também sua colocação, em: d. por conhecê-lo / que o distinguem do resto / A
transitoriedade dá alma a ele
a. para substituir os próprios punhos = para lhes e. por a conhecer / que distinguem-o do resto / A
substituir. transitoriedade o dá alma
LÍNGUA PORTUGUESA
35

5. Ninguém sabe de fato o que é a vida... a colocação do pronome oblíquo está corre-
Querida, não reduza minhas ideias... ta. Assinalar a alternativa em que a colocação
Podemos fazer opções mais ousadas. do pronome oblíquo átono está incorreta, de
acordo com a Norma Culta.
Os trechos sublinhados são corretamente substi-
tuídos por pronomes em: a. O anti-herói leva uma vida de malandro e vadio,
envolvendo-se em vários amores.
a. Ninguém a sabe de fato / Querida, não as re- b. Ademais, dever-se-ia envelhecer maciamente.
duza / Podemo-las fazer c. Nem já sei qual fiquei sendo. Depois que os vi.
b. Ninguém a sabe de fato / Querida, não as re- d. Jamais dar-te-ia tantas explicações, se não fosses
duza / Podemos as fazer pessoa de tanto merecimento.
c. Ninguém a sabe de fato / Querida, não reduza-
-as / Podemos fazê-las
d. Ninguém o sabe de fato / Querida, não nas GABARITO
reduza / Podemos fazê-lo
01-a 02-b
e. Ninguém o sabe de fato / Querida, não as re-
duza / Podemos fazê-las
03-e 04-b
05-e 06-a
6. ... desrespeitando interlocutores.
07-d
Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual...
... que caracteriza a obsessão pelos “cliques”.

Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos


9. PONTUAÇÃO
sublinhados nos segmentos acima foram corretamente
substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

9.1 - USO DA VÍRGULA


a. desrespeitando-os − invadem-no − a caracte-
riza
Dentro de uma oração:
b. desrespeitando-lhes − o invadem − caracteri-
 
za-lhe
1 - É recomendável o uso da vírgula
c. desrespeitando-os − lhe invadem − a caracte-
 
riza
a) Para separar termos de idêntica função (coor-
d. desrespeitando-nos − invadem-no − lhe carac-
denados)
teriza
e. desrespeitando-lhes − invadem-no − caracte-
Ex: Escolheram um garoto-propaganda feio,
riza-a
atrapalhado, desajeitado, carente.
Bois, cavalos, bezerros e vacas vivem em
harmonia aqui.
7. “Ninguém a olhava duas vezes.” Nessa frase,
 
LÍNGUA PORTUGUESA
36

Ex: Mãe, acabei!


OPA!  
f) Para isolar certos tipos de aposto (sobretudo o
Quando ligados por e, não se usa vírgula.
explicativo)

Ex: Pedro estuda e trabalha.


Ex: A minha espingarda, a melhor do mundo,

b) Nas indicações de local e data  nunca falha.


 

Ex: Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2019. g) Para indicar a elipse do verbo

c) A vírgula separa o adjunto adverbial deslocado Dizem que os homens decidem com o cérebro; as mu-

do seu lugar normal lheres, com o coração.


 

Ex: Na virada do século, a operária Luiza trabalhava na


fábrica têxtil Bangu. h) Para isolar palavras e expressões intercaladas
que servem para resumir, incluir, excluir, retificar,
exemplificar.

OPA!
Ex: Esse caso, por exemplo, pode ser resolvido
Quanto maior a extensão, maior a obriga- rapidamente. 
toriedade em isolar o adjunto adverbial
por vírgula para a gramática tradicional.
Contudo, para o CESPE o adjunto adverbial Em suma, sua função era fazer comida.
deslocado com 3 ou mais palavras tem vír-  
gula obrigatória e para a FCC o tamanho do
adjunto adverbial deslocado não importa. i) Para separar, quando deslocadas, as conjunções
A FCC considera a vírgula facultativa sem- adversativas (mas, porém, todavia, contudo, entre-
pre nesses casos.   tanto, no entanto) e as conclusivas (logo, portanto,
pois, por conseguinte)
Ex: Ontem, (facultativa para qualquer banca)
estudei Direito Administrativo. Ex: Tenho certeza; não darei, portanto,
Na semana passada, (Facultativa para banca o braço a torcer.    
FCC e obrigatória para banca CESPE) estudei          
Direito Constitucional. O trabalho é árduo; ele, porém, não pára
 
d) Para isolar o Objeto pleonástico (enfático) 2 - É proibido o uso da vírgula
 
Ex: Esse dinheiro, nunca vou voltar a vê-lo. a) Entre o sujeito e o verbo e entre o verbo e seu
  objeto.
e) Para isolar o vocativo

Ex: Os índios, acreditaram, nos invasores. (errado)


LÍNGUA PORTUGUESA
37

b) Entre o nome o seu adjunto adnominal. Ex: O time estava escalado...


 
Ex: A preocupação, do rapaz era enorme. (errado) c) Para enfatizar ideias adversativas ou conclusivas

c) Entre o nome e seu complemento nominal. Ex: Estudou; portanto mereceu.

Ex: A rua é paralela, ao rio (errado) 9.3 - USO DOS DOIS-PONTOS


 
3 - Entre orações Usam-se dois pontos para:

Usa-se a vírgula para: a) Introduzir uma fala, uma citação

a) Para separar as orações coordenadas Ex: A manchete estampava: “a meninha morreu”

Ex: Foi lá no porão, pegou três oitão, deu tiro na mão do b) Anunciar uma enumeração
próprio irmão.
  Ex: Três meninas elegantes: cobra, jacaré e elefante.
b) Para separar a oração subordinada adjetiva ex-
plicativa c) Introduzir um exemplo:

Ex: João, que não se sentia bem, caiu no chão. Ex: um monossílabo tônico: pé.
   
c) Para separar as orações subordinadas adverbiais d) Anunciar um esclarecimento ou explicação de
deslocadas termo anteriormente dito:

Ex: Quando meu time voltar a ganhar, eu compro a ca- Ex: Ele é impaciente: não sabe ouvir.
misa.
  
9.2 - USO DO PONTO E VÍRGULA QUESTÕES OBJETIVAS
 
Usa-se o ponto-e-vírgula para:
  1. Considere as construções abaixo.
a) Separar orações que tenham vírgulas em seu in-
terior. I. Ele pesquisa o transporte público nas grandes cidades,
onde convivem meios obsoletos e avançados.
Ex: Ela agia correto; ele, errado. II. A preferência pela vida no campo tende a diminuir, em
  função das ofertas de trabalho que há na cidade.
b) Separar os itens de uma enumeração: III. Num passado recente, ninguém imaginaria que confor-
tos da cidade viessem a se oferecer na vida do campo.
LÍNGUA PORTUGUESA
38

A exclusão da vírgula altera o sentido do que se mond, em seu poema motivam uma ampla discus-
enuncia APENAS em são, acerca do que se pode ou não classificar, como
uma ação bárbara.
a. I. d. Nunca ocorreu, ao Sr. Matter, que, um índio jivaro,
b. II. tivesse qualquer critério para escolher aquele, de
c. III. quem reduziria a cabeça.
d. I e III. e. A curiosidade do explorador Matter, não deixava de
e. II e III. ser mórbida, mas por vezes, somos levados a apre-
ciar a crueldade, sem pensar no que, esta, significa
2. Atente para as seguintes frases: para a vítima.

I. Com atenção, eles ouviam as músicas que eu sele- 4. Em pouco mais de seis minutos, Porter costura
cionara para eles. cenas de um dia na vida de um bombeiro, esta-
II. Eles gostavam especialmente dos movimentos len- belecendo o conceito narrativo que iria domi-
tos, que lhes pareciam mais poéticos. nar o cinema comercial ao longo das décadas
III. Atenção especial foi dada aos compositores român- seguintes: as imagens se sucedem, convidando
ticos, sobre os quais fiz comentários emocionados. o espectador a organizá-las como uma história
linear, com começo meio e fim.
A exclusão da vírgula acarretará mudança de sen-
tido APENAS em Atente para as afirmações abaixo a respeito do
segmento acima.
a. II e III.
b. I. • I. O sinal de dois-pontos introduz uma decorrência
c. II. do que se afirma antes.
d. III. • II. Sem prejuízo da correção e do sentido original,
e. I e III. uma continuação para o segmento “as imagens se
sucedem” é: “umas as outras”.
3. Está inteiramente correta a pontuação do se- • III. A vírgula empregada após “linear” precede uma
guinte período: explicação.

a. Certamente, os homens caçados pelo czar prefe- Está correto o que se afirma APENAS em:
ririam que este, como outros caçadores, tomasse
como alvo apenas alguma borboleta, ou uma ando- a. I.
rinha, ou mesmo um macaco. b. II e III.
b. Macacos, borboletas, e andorinhas, são, para muita c. I e II.
gente, interessantes alvos de caça, mas não para o d. I e III.
índio jivaro, nem tampouco, para o czar naturalis- e. III.
ta.
c. Tanto Rubem Braga em sua crônica, quanto Drum-
LÍNGUA PORTUGUESA
39

5. A vírgula pode ser retirada sem prejuízo para A oração que forma um período simples recebe o nome
o significado e mantendo a norma-padrão na de oração absoluta.
seguinte sentença:
10.2 - PERÍODO COMPOSTO
a. Mário, vem falar comigo depois do expediente.
b. Na próxima semana, apresentaremos a proposta de É formado por mais de uma oração. Dependendo de
trabalho. como as orações se relacionam, pode ser:
c. Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
d. Encomendei canetas, blocos e crachás para a reu- Composto por coordenação
nião.
e. Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o dis- É formado exclusivamente por orações coordenadas.
curso.
Ex.: No outro dia tomei o trem, peguei no sono e acordei
na estação.
GABARITO No outro dia tomei o trem , peguei no sono e acordei na estação

01-a 02-a
oração coord. assindética oração coord. oração coordenada
assindética sindética aditiva
03-a 04-d
05-b Ex.: Cheguei cedo ao teatro, mas não arranjei um bom
lugar.
Cheguei cedo ao teatro , mas não arranjei um bom lugar.
oração coord. assindética oração coordenada sindética adversativa
10. PROCESSOS DE
COORDENAÇÃO E Composto por subordinação
SUBORDINAÇÃO.
É formado de oração principal e oração(ões) subordina-
Como já sabemos, período é a frase organizada em ora- da(s) à principal.
ções. Dependendo do número de orações que o com-
põem, o período pode ser simples ou composto. Ex.: Um relance de olhos revelou-me que sua fisionomia
não era estranha.
10.1 - PERÍODO SIMPLES Um relance de olhos revelou-me que sua fisionomia não era estranha.
oração principal oração subordinada

é formado por uma única oração, organizada em torno


de um verbo ou uma locução verbal. Ex.: Não conheço a pessoa que ela estava procurando.
Não conheço a pessoa que ela estava procurando.
oração principal oração subordinada
Ex.: “Minha vida era um palco iluminado.”
(Sílvio Caldas e Orestes Barbosa)

Ex.: Amanhã poderá chover.



LÍNGUA PORTUGUESA
40

10.2 - ORAÇÕES COORDENADAS Ex.: Pedro trabalha muito, mas ganha pouco.
Pedro trabalha muito , mas ganha pouco.
Orações coordenadas são aquelas que, no período, não or. coord. Assindética or. coord. sind. adversativa
exercem função sintática umas em relação às outras. Uma
oração coordenada, portanto, nunca será termo das ou- Alternativas
tras coordenadas com as quais se relaciona.
exprimem ideia de alternância, escolha. Haverá alter-
Ex.: Acordei cedo , tomei o café, paguei a conta e deixei nância quando a ocorrência de um fato implicar a não
o hotel. ocorrência de outro. As principais conjunções alternativas
Acordei cedo , tomei o café , paguei a conta e deixei o hotel. são: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, já...já, seja...
oração oração oração oração seja.
coordenada coordenada coordenada coordenada

Ex.: Venha agora ou perderá a vez.


Verifique que, no exemplo acima, temos quatro orações Venha agora , ou perderá a vez.
sintaticamente independentes; cada oração é, do ponto or. coord. assindética or. coord. sind. alternativa
de vista sintático, uma unidade autônoma.
Conclusivas
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas
Exprimem ideia de conclusão. As principais conjunções
As orações coordenadas sindéticas classificam-se, de conclusivas são: logo, portanto, então, pois (pospos-
acordo com a conjunção que as introduz, em: aditivas, to ao verbo).
adversativas, alternativas, conclusivas e explicati-
vas. Ex.: As árvores balançam, logo está ventando.
As árvores balançam , logo está ventando.
Aditivas or. coord. Assindética or. coord. sind. Conclusiva

Exprimem ideia de soma, adição. As principais conjun- Explicativas


ções aditivas são: e, nem, mas também, mas ainda.
exprimem idéia de explicação, justificação, confirmação.
Ex.: Pedro estuda e trabalha. As principais conjunções explicativas são: pois (ante-
Pedro estuda e trabalha. posto ao verbo), porque, que.
or. coord. assindética or. coord. sind. aditiva
Ex.: Venha imediatamente, pois sua presença é indis-
Adversativas pensável.
Venha imediatamente , pois sua presença é indispensável.
Exprimem ideia de adversidade, oposição, contraste. As or. assindética or. coord. sind. Explicativa
principais conjunções adversativas são: mas, porém, to-
davia, contudo, entretanto, no entanto.
LÍNGUA PORTUGUESA
41

10.4 - O PAPEL DAS CONJUNÇÕES 10.5 - ORAÇÕES SUBORDINADAS

Como já foi dito no em Conjunção, é fundamental notar No período composto, as orações se relacionam de tal
que o contexto determina o tipo de relação estabelecido modo que umas podem exercer funções sintáticas em re-
pela conjunção, pois uma mesma conjunção pode esta- lação a outras. Toda oração que exerce uma função sintá-
belecer relações diferentes entre orações. tica em relação à outra denomina-se oração subordina-
da. As orações subordinadas, conforme a função sintática
a) Pedro trabalha de dia e estuda à noite. que exerçam, classificam-se em substantivas, adjetivas ou
b) Pedro queria viajar nas férias e não podia. adverbiais.
c) Siga este conselho e terá sucesso.
Substantivas
Observe que, em a, a conjunção e estabelece relação de
adição entre as duas orações. Já em b e c essa mesma Exercem as funções próprias de um substantivo (sujeito,
conjunção assume outros matizes, indicando adversida- objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento
de e explicação, respectivamente. As frases b e c equiva- nominal e aposto). As subordinadas substantivas são in-
lem, respectivamente, a: troduzidas, em geral, pelas conjunções integrantes que
e se, as quais não desempenham nenhuma função sin-
Pedro queria viajar nas férias, mas não podia. tática.
Siga este conselho, pois terá sucesso.
Adjetivas
10.5 - ORAÇÕES INTERCALADAS
Exercem a função sintática de adjunto adnominal, comu-
Orações intercaladas (também conhecidas como orações mente exercida pelo adjetivo. As subordinadas adjetivas
interferentes) são orações independentes que não per- são introduzidas por pronomes relativos - que, quem,
tencem à sequência do período. quanto, como, onde cujo (e flexões), o qual (e flexões).
Os pronomes relativos desempenham diferentes funções
As orações intercaladas são utilizadas para um esclareci- sintáticas na oração por eles introduzida.
mento, um aparte, uma citação.
Adverbiais
Ex.: Eu - retrucou o advogado - não concordo.
Eu retrucou o advogado não concordo. Exercem a função sintática de adjunto adverbial, carac-
oração intercalada terística do advérbio. As subordinadas adverbiais são
introduzidas pelas conjunções subordinativas (exceto as
Ex.: “- Tem razão, Capitu / , concordou o agregado. / integrantes) e exprimem circunstâncias de tempo, con-
Você não imagina como a Bíblia é cheia de expressões sequência, causa, comparação, concessão, proporção,
cruas e grosseiras.” (Machado de Assis) condição, conformidade e finalidade. Tais conjunções não
desempenham função sintática.
As orações intercaladas vêm separadas por vírgula ou
travessões.
LÍNGUA PORTUGUESA
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10.6 - ORAÇÕES SUBORDINADAS Note as ocorrências mais frequentes de orações su-


SUBSTANTIVAS bordinadas substantivas subjetivas:

As orações subordinadas substantivas, conforme a fun- Ex:


ção sintática que desempenham, classificam-se em sub- É provável que ele chegue ainda hoje.
jetivas, objetivas diretas,objetivas indiretas, predicativas, Convém que ele chegue ainda hoje.
completivas nominais ou apositivas. Conta-se que ele chegará ainda hoje.
Or. Principal Or. Sub. Substantiva Subjetiva
Subjetivas

Exercem a função de sujeito do verbo da oração princi-


OPA!
pal.

Quando há oração subordinada substantiva


Ex: Seu casamento, é urgente.
subjetiva, a oração principal apresenta o verbo
Seu casamento , é urgente. na terceira pessoa do singular e não possui su-
sujeito jeito nela mesma.

Ex: Que você case, é urgente. Objetivas diretas
Que você case , é urgente.
or. subord. subst. subjetiva or. principal
Exercem a função sintática de objeto direto do verbo da
oração principal:
No primeiro exemplo, em que temos um período sim-
ples, o núcleo do sujeito é representado por um subs-
Ex.: Espero que você case.
tantivo - casamento. No segundo exemplo, um período
Espero que você case.
composto formado de duas orações, o sujeito da oração
or. principal or. subord. subst. objetiva direta
principal é representado por uma oração - que você case
- que exerce a mesma função sintática do substantivo ca-
Ex.: Desejo que ele volte.
samento no primeiro exemplo. A essa oração, que exer-
Desejo que ele volte.
ce a função sintática de sujeito de outra oração, dá-se o
or. principal or. subord. subst. objetiva direta
nome de oração subordinada substantiva subjetiva:

Objetivas indiretas

• Oração subordinada, por quê?


Exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da
• Porque exerce uma função sintática subor-
oração principal.
dina-se a outra
• Substantiva, por quê?
Ex.: Necessitávamos de que nos ajudassem.
• Porque exerce uma função própri do subs-
Necessitávamos de que nos ajudassem.
tantivo
or. principal or. subord. subst. objetiva indireta
• Subjetiva, por quê?
LÍNGUA PORTUGUESA
43

Ex.: Gostaria de que todos me apoiassem. Apositivas


Gostaria de que todos me apoiassem.
or. principal or. subord. subst. objetiva indireta Desempenham a função sintática de aposto de um nome
da oração principal.
Nesses exemplos os verbos da oração principal exigem
uma preposição, a qual antecede a conjunção integrante. Ex.: Desejo uma coisa: que sejas feliz.
Desejo uma coisa: que sejas feliz.
Predicativas or. principal or. subord. subst. apositiva

Desempenham a função sintática de predicativo do sujei- Ex.: Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais.
to da oração principal. Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais.
or. principal or. subord. subst. apositiva
Ex.: Meu maior desejo era que todos voltassem.
Meu maior desejo era que todos voltassem. Note que, assim como no caso do aposto, as ora-
or. principal or. subord. subst. predicativa ções apositivas separam-se da principal por sinal
de pontuação.
Ex.: Minha esperança é que sejas feliz.
Minha esperança é que sejas feliz.
or. principal or. subord. subst. predicativa OPA!

Observe a presença do verbo de ligação na oração As orações subordinadas substantivas, como


principal. vimos, começam geralmente pelas conjunções
subordinativas integrantes (que e se). Podem,
no entanto, vir introduzidas por outras pala-
Completivas nominais vras:

Exercem a função sintática de complemento de um nome


da oração principal. Ex.: Não sei/ como ele se comportou.

Ex.: Perguntei/ quando era o exame.


Ex.: Tenho medo de que me traias.
Ex.: Não sei/ por que és tão vaidosa.
Tenho medo de que me traias.
or. principal or. subord. subst. completiva nominal Ex.: Perguntamos/ quanto custava o produto.

Ex.: Não sabemos/ quem escondeu os documentos.


Ex.: Sou favorável a que o condenem.
Sou favorável a que o condenem.
or. principal or. subord. subst. completiva nominal

Observe que as completivas nominais (assim como o


complemento nominal) se ligam ao nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio) por meio de preposição.
LÍNGUA PORTUGUESA
44

10.7 - ORAÇÕES SUBORDINADAS É muito fácil reconhecer uma oração subordinada


ADJETIVAS adjetiva, já que ela sempre virá introduzida por um
pronome relativo. A oração adjetiva pode vir depois da
As orações subordinadas adjetivas são, como já defini- oração principal ou estar nela intercalada:
mos, aquelas que exercem a função sintática de adjun-
to adnominal, própria do adjetivo. Estão relacionadas a Ex.: Serão premiados os alunos que conseguirem melhor
um nome da oração principal e vêm introduzidas por um nota.
pronome relativo. Serão premiados os alunos que conseguirem melhor nota.
or. principal pron. rel. or. subord. adjetiva
Ex: Admiramos os alunos, estudiosos.
Admiramos os alunos , estudiosos. Ex.: Os alunos que conseguirem melhor nota serão pre-
adjetivo miados.
Os alunos que conseguirem melhor nota. serão premiados.

or. principal or. subord. adjetiva or. principal
Ex: Admiramos os alunos que estudam.
pron. rel.
Admiramos os alunos que estudam.
or. subord. adjetiva
Quanto ao sentido, as orações subordinadas adjetivas

classificam-se em restritivas ou explicativas.
No primeiro exemplo, em que temos um período sim-
ples, o adjetivo estudiosos exerce a função sintática de
Restritivas
adjunto adnominal. Já no segundo exemplo, um período
composto, a função sintática de adjunto adnominal não é
Restringem a significação do nome a que se referem.
mais exercida por um adjetivo, mas por uma oração que
equivale a um adjetivo - que estudam - a qual funciona
Ex.: O homem que fuma vive menos.
como adjunto adnominal do núcleo do objeto direto alu-
Os alunos que conseguirem melhor nota. serão premiados.
nos. A essa oração dá-se o nome de oração subordinada
or. principal or. subord. adj. restritiva or. principal
adjetiva:

Verifique que a característica expressa pela oração ad-


• Oração subordinada?
jetiva que fuma não se aplica a todos os elementos da
espécie humana. Dizemos, então, que ela restringe a sig-
Porque exerce uma função sintática, sendo determi-
nificação do nome a que se refere: abrange não todos os
nante de outro termo.
homens, apenas aqueles que fumam.

• Adjetiva?
Outros exemplos:

Porque exerce a função de adjunto adnominal, pró-


Ex.: Os jogadores que foram convocados apresentaram-
pria do adjetivo.
-se ontem.

Os jogadores que foram convocados apresentaram-se ontem.


or. principal or. subord. adj. restritiva or. principal
LÍNGUA PORTUGUESA
45

Ex.: O homem que trabalha vence na vida. 10.8 - ORAÇÕES SUBORDINADAS


O homem que trabalha vence na vida. ADVERBIAIS
or. principal or. subord. adj. restritiva or. principal

Orações subordinadas adverbiais são, conforme defini-


Ex.: Resolveram os exercícios que faltavam. mos anteriormente, aquelas que exercem a função sintá-
Resolveram os exercícios que faltavam. tica de adjunto adverbial, própria do advérbio. Observe:
or. principal or. principal Ex Saímos tarde.
Saímos tarde
Explicativas advérbio

Não restringem a significação do nome; pelo contrário, Ex: Saímos quando era tarde.
acrescentam uma característica que é própria do elemen- Saímos quando era tarde.
to a que se referem. or. subord. Adverbial

Ex.: O homem, que é um ser racional, aprende com os No primeiro exemplo, em que temos período simples, o
erros. advérbio tarde exerce a função sintática de adjunto ad-
O homem que é um ser racional aprende com os erros.
verbial. Já no segundo exemplo, período composto, a
or. principal or. subord. adj. or. principal
função sintática de adjunto adverbial não é mais exerci-
explicativa
da por um advérbio, mas por uma oração equivalente -
quando era tarde. A essa oração dá-se o nome de oração
Ex.: O Sol, que é uma estrela, é o centro do nosso siste-
subordinada adverbial:
ma planetário.
O Sol , que é uma estrela , é o centro do nosso
• Oração subordinada?
sistema planetário.
or. principal or. subord. adj. or. principal
explicativa
Porque exerce uma função sintática sobre outro ter-
mo

Ex.: Capitu , que é uma personagem de Dom Casmurro,


tinha olhos de ressaca. • Adverbial?
Capitu , que é uma personagem , tinha olhos de ressaca.

de Dom Casmurro Porque exerce a função de adjunto adverbial, própria


or. principal or. subord. adj. explicativa or. principal do advérbio

As orações subordinadas adverbiais iniciam-se pelas con-


As orações subordinadas adjetivas explicativas são obri-
junções subordinativas, exceto as integrantes (que, como
gatoriamente separadas da principal por vírgula.
vimos, introduzem as orações subordinadas substanti-
vas).
LÍNGUA PORTUGUESA
46

Causal efeito de uma ação qualquer). A principal conjunção


consecutiva QUE é precedida de um termo intensificador:
Exprime uma circunstância de causa, aqui entendida tão, tal, tanto, tamanho.
como motivo, ou seja,aquilo que determina ou provoca
um acontecimento. As principais conjunções e locuções Ex.: Choveu tanto que o jogo foi suspenso.
conjuntivas causais são: porque, como (equivalendo a Choveu tanto que o jogo foi suspenso.
porque), visto que, já que, uma vez que. or. Principal or. sudord. adv. Consecutiva

Ex.: Não viajamos, porque estava chovendo. Concessiva


Não viajamos , porque estava chovendo.
or. Principal or. sudord. adv. Causal Exprime circunstância de concessão, que é o ato de con-
ceder, de permitir, de não negar, de admitir uma idéia
Comparativa contrária. As principais conjunções e locuções conjuntivas
concessivas são: embora, conquanto, se bem que, ainda
Exprime circunstância de comparação, que é o ato de que, mesmo que, por mais que, por menos que.
confrontar dois elementos a fim de estabelecer seme-
lhanças ou diferenças entre eles. As principais conjunções Ex.: Choveu embora a meteorologia previsse bom tem-
comparativas são: como, que (precedido de mais ou de po.
menos): Choveu embora a meteorologia previsse bom tempo.
or. Principal or. sudord. adv. Concessiva
Ex.: Choveu como chove em Belém.
Choveu como chove em Belém. Condicional
or. Principal or. sudord. adv. comparativa
Exprime circunstância de condição, entendida como uma
obrigação que se impõe ou se aceita para que um deter-
OPA! minado fato se realize. As principais conjunções e locu-
ções conjuntivas condicionais são: se, caso, contanto que,
Muitas vezes as orações comparativas vêm com o verbo desde que.
elíptico.
Ex.: Viajaremos se não chover amanhã.
Ex.: Choveu / como em Belém. Viajaremos se não chover amanhã.
(= choveu como chove em Belém. Verbo elíptico: chove) or. Principal or. sudord. adv. Concessiva

Ex.: Falava mais / que papagaio. Conformativa


(= Falava mais que papagaio fala. Verbo elíptico: fala)
Exprime circunstância de conformidade, isto é, de acordo,
Consecutiva de adequação, de não-contradição. As principais conjun-
ções conformativas são: conforme, segundo, consoante,
Exprime circunstância de consequência (resultado ou como.
LÍNGUA PORTUGUESA
47

Ex.: Choveu, conforme era previsto. 10.9 - ORAÇÕES SUBORDINADAS


Choveu conforme era previsto REDUZIDAS
or. principal or. sudord. adv. Conformativa
Muitas vezes, as orações subordinadas (substantivas, ad-
Final jetivas, adverbiais) podem aparecer sob a forma de ora-
ções reduzidas. As orações subordinadas reduzidas têm
Exprime circunstância de finalidade, entendida como o duas características:
objetivo, a destinação de um fato. As principais conjun-
ções e locuções conjuntivas finais são: a fim de que, para 1. apresentam o verbo em uma das formas nominais: ge-
que, que. rúndio, particípio ou infinitivo;

Ex.: Os lavradores esperavam a chuva a fim de que não 2. não vêm introduzidas por conectivos (conjunções
perdessem safra. e locuções conjuntivas subordinativas ou pronomes
Os lavradores esperavam a chuva a fim de que não perdessem safra. relativos).
or. principal or. sudord. adv.final
As orações subordinadas reduzidas classificam-se, de
Proporcional acordo com a forma verbal que apresentam, em:

Exprime circunstância de proporção, entendida como a 3. subordinada reduzida de gerúndio;


relação entre duas coisas, de modo que qualquer altera- 4. subordinada reduzida de particípio;
ção em uma delas implique alteração na outra. As princi- 5. subordinada reduzida de infinitivo.
pais locuções conjuntivas proporcionais são: à proporção
que, à medida que. Para analisar uma oração subordinada reduzida,
basta fazer o seguinte:
Ex.: À proporção que a civilização progride, o romantis-
mo se extingue. a. desenvolvê-la, ou seja, tirá-la da forma reduzida, fa-
À proporção que a civilização progride o romantismo se extingue.
zendo aparecer o conectivo;
or. principal or. sudord. adv.final b. analisar a oração desenvolvida;
c. aplicar a análise da oração desenvolvida à reduzi-
Temporal
da, acrescentando as palavras reduzida de gerúndio,
particípio ou infinitivo, conforme o caso. Observe
Exprime circunstância de tempo. As principais conjunções
atentamente o exemplo que segue:
e locuções conjuntivas temporais são: quando, enquanto,
logo que, desde que, assim que.
Ex.: Penso estar doente.

Ex.: Choveu quando eram dez horas.


Penso que estou doente.
Choveu quando eram dez horas. Penso que estou doente.
or. principal or. sudord. adv. temporal or. principal or. sudord. subst. obj. dir.
LÍNGUA PORTUGUESA
48

Analisando a oração desenvolvida, temos: oração subor- a) Vamos comer, Douglas Canário, que estou mor-
dinada substantiva objetiva direta. Agora, basta aplicar a rendo de fome.
classificação à oração reduzida e acrescentar as palavras b) Alguns leram, no entanto não entenderam.
reduzida de infinitivo. Portanto: c) Não fiques nervoso, Douglas Canário, pois eu é
que fiz os exercícios.
Ex.: Penso estar doente. d) Douglas Canário está nervoso, necessita, pois,
Penso Estar doente. de calmante.
or. principal or. sudord. subst. obj. dir. reduzida de infinitivo e) Cala-te, porque só dizes besteiras.
f ) A vida é curta, por isso aproveitemos cada mo-
Vejamos outro exemplo: mento.
g) Saia, porque você é execrável.
Ex.: Vi guardas conduzindo presos. h) Douglas Canário falou muito, e não convenceu.
i) O prefeito é vítima de atentado, entretanto go-
vernador não acredita em motivação política.
Vi guardas que conduziam presos. j) Entro num drama ou saio de uma comédia.
Vi guardas que conduziam presos. k) A temperatura ameaçava subir; não subia, pois.
or. principal or. sudord. subst. adj. restritiva

Aplicando a análise à oração reduzida, temos: oração su- 2. Classifique as orações subordinadas adverbiais
bordinada adjetiva restritiva, reduzida de gerúndio. destacadas:
Examinemos agora uma terceira hipótese:
a) “Você passou na minha vida como um vadio
Ex.: Terminado o baile, todos saíram. vendaval.”
b) “Quero que você me faça um favor, já que a
gente não vai mais se encontrar.”
Quando terminou o baile, todos saíram. c) “E, embora eu já conheça bem os seus caminhos,
Quando terminou o baile, todos saíram. me envolvo e sou tragado pelos seus carinhos.”
or. sudord. adverbial temporal or. principal d) “Onde andei não deu para ficar, porque aqui é
o meu lugar.”
Aplicando a análise da oração desenvolvida à reduzida, temos: e) “Aguardaremos, brincaremos no regato, até que
oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio. nos tragam frutos.”
f ) Ajoelhou-se porque estava curada.
g) Esforçou-se tanto quanto no dia anterior.
h) Esforçou-se tanto que alcançou o seu objetivo.
Exercícios de Fixação i) Quanto mais pensa, mais nervoso fica.
j) Está no Rio Grande do Sul desde que terminou
a Faculdade.
1. Classifique as orações coordenadas destacadas k) Ganhará um automóvel desde que termine a Fa-
a seguir: culdade.
LÍNGUA PORTUGUESA
49

1. No período: “Paredes ficaram tortas, animais a. porquanto


enlouqueceram e as plantas caíram”, temos: b. em detrimento disso
c. desse modo
a. Duas orações coordenadas assindéticas e uma d. embora
oração subordinada substantiva. e. todavia
b. Três subordinadas substantivas.
c. Três orações coordenadas. 5. Sua inserção no interior do tecido urbano é,
d. Quatro orações coordenadas. porém, uma outra história.
e. Uma oração principal e duas orações subordi-
nadas. Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento
sublinhado pode ser substituído por:
2. “Mauro não estudou nada e foi aprovado”. A
oração sublinhada é: a. contudo
b. afinal
a. adversativa c. portanto
b. conclusiva d. assim
c. explicativa e. logo
d. alternativa
e. aditiva 6. Manaus é uma cidade como as outras, só que
ela tem, como as outras cidades, algumas par-
3. À falta de lazareto, o navio estava obrigado à ticularidades...
caceteação da quarentena.
Mantêm-se as relações de sentido do texto substi-
Mantendo-se o sentido e a coesão da frase, o seg- tuindo-se o segmento sublinhado por:
mento grifado acima pode ser corretamente subs-
tituído por: a. uma vez que
b. no entanto
a. De sorte que faltava o lazareto c. se acaso
b. Embora faltasse o lazareto d. conquanto
c. Uma vez que faltava o lazareto e. embora
d. À medida que faltasse o lazareto
e. Conquanto faltava o lazareto 7. Embora as esculturas ficassem longe do públi-
co, elas foram vistas por artistas que visitavam
4. E, no entanto, o cinema chegou num ponto em Picasso.
que é capaz de expressar...
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:
sublinhado acima pode ser substituído por:
LÍNGUA PORTUGUESA
50

a. Porquanto 11. Chico Mendes foi vereador em Xapuri, onde


b. Apesar de nasceu, e se firmou como crítico de projetos
c. Contudo governamentais de graves consequências am-
d. Conquanto bientais, como a construção de estradas na
e. A despeito de região amazônica. O termo “onde” introduz
oração:
8. “Os homens sempre se esquecem  de que so-
mos todos mortais.” A oração destacada é: a. adjetiva de sentido explicativo.
b. adjetiva de sentido restritivo.
a. substantiva completiva nominal c. substantiva objetiva direta
b. substantiva objetiva indireta d. adverbial de lugar
c. substantiva predicativa e. substantiva explicativa
d. substantiva objetiva direta
e. substantiva subjetiva GABARITO

01-c 02-a
9. “Estou seguro  de que a sabedoria dos legis-
ladores saberá encontrar meios  para realizar
03-c 04-e
semelhante medida.” A oração em destaque é 05-a 06-b
substantiva:
07-d 08-b
a. objetiva indireta 09-b 10-b
b. completiva nominal 11-a
c. objetiva direta
d. subjetiva
e. apositiva

11. COESÃO E COERÊNCIA


10. Na frase “Maria do Carmo tinha a certeza  de
que estava para ser mãe”, a oração em desta-
TEXTUAIS
que é:
Textualidade é um conjunto de características que
fazem com que um texto possa ser considerado um
a. subordinada substantiva objetiva indireta
texto, e não um aglomerado de palavras.
b. subordinada substantiva completiva nomi-
A textualidade conta com dois ingredientes bási-
nal
cos: a coesão e a coerência.
c. subordinada substantiva predicativa
d. coordenada sindética conclusiva
11.1 - COESÃO TEXTUAL
e. coordenada sindética explicativa

Ligação existente entre as ideias, feita por meio de conec-


tivos apropriados, como conjunção, pronomes e artigos.
LÍNGUA PORTUGUESA
51

O texto não é um emaranhado de palavras e nem uma Com metonímia


colocação mecânica de sentenças – há uma interação fei-
ta por meio de conectivos. Ex: Adoro Dom Casmurro. Não deixo de ler Machado.

Ex: Eu ajudei os trabalhadores. Deixei-os felizes. Com sinônimos

Coesão Referencial Ex: O papa nunca desistiu da paz. Sua Santidade


dedica-se a essa causa.
Quando há remissão a outros itens do discurso (elemen-
to do texto) Coesão Elíptica

Anafórica (antes) Ex: O Treinador do time reclamou bastante da


arbitragem após o jogo. Disse que ia recorrer à
Ex: Felicidade era o que ele desejava. Isso era o que Justiça Desportiva
nós também desejávamos. O gorila fugiu da jaula. No entanto, foi recuperado.
A vida é bela. Isso é verdade.
As autoridades chegaram a SP. Lá estava frio. Coesão Transfrástica com famílias
O gorila fugiu da jaula. No entanto, ele já foi recu- etimológicas
perado.
Ex: Júlia e Marcelo se amavam. Esse amor era radiante.
Catafórica (depois)
11.2 - COERÊNCIA TEXTUAL
Ex: Só te pergunto isto: quem vai ficar com Poly?
Falarei uma coisa com toda certeza: o Flamengo A coerência é um dos fundamentos da textualidade. Ela
não vai ser campeão. se refere às ligações de sentido construído no texto, que
podem estar relacionadas a diferentes fatores: lógico-lin-
Exofórica (dêixis) guísticos, textuais ou culturais.

Ex: A vida é bela, mas há os que digam que não. Fatores de incoerência

Coesão Lexical Fatores lógico-linguísticos

Com hipônimos e hiperônimos. • Um determinado conjunto de palavras que participa


da construção de uma frase tem que estar ligado se-
Ex: O gorila fugiu da jaula. No entanto, o animal já manticamente de forma adequada: assim, podemos
foi recuperado. dizer homem enérgico, árvore frondosa, rua engarra-
O garfo estava bem na ponta da mesa. Mamãe fada, mas não faz qualquer sentido dizer-se homem
gritou, mas o talher caiu no meu pé frondoso, rua enérgica ou árvore engarrafada.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Na história das palavras de uma língua, cada uma delas, e pensam como seres humanos, nas narrativas do
por sua origem e, principalmente, por seu uso, adquire realismo mágico podem ocorrer ações impossíveis
determinados significados, excluindo qualquer significa- no mundo real etc.
do diferente de suas possibilidades de emprego; assim, é
possível construir-se incoerência a partir do mau empre- • Campo semântico: caso interessante, nesse aspec-
go de vocábulos. to, é a incoerência gerada pela intromissão de um
vocábulo inesperado em um grupo de que seman-
A linguagem figurada é uma “permissão” oficial de incoe- ticamente não faz parte: assim, numa frase como O
rência, em muitos casos, mas, para que seja aceita, deve professor entrou em sala com os livros, o apagador, o
ser vista como tal: assim, ao dizer-se que Um homem é giz, o maiô e o cacho de banana, o que fazem aí os
um touro, o leitor compreende que tal homem é muito dois últimos elementos citados?
forte e, em nenhum momento, que seja um animal.
• Esquemas culturais: muitas ações apresentam de-
• As relações lógicas estabelecidas entre palavras e en- terminada organização estabelecida no meio cultural
tre segmentos de palavras devem ser estabelecidas em que estão presentes e, alterar essa organização
de forma clara, não podendo chocar-se com essas também pode provocar incoerência. Assim, pode
mesmas relações no mundo conhecido; assim, é pos- causar estranheza o fato de alguém entrar em um
sível dizer-se Não fui à universidade porque estava restaurante e solicitar ao garçom, inicialmente, que
chovendo muito, estabelecendo-se uma justa relação lhe sirva a sobremesa e, depois, um prato salgado.
entre um fato e sua causa, mas não se pode dizer
Não fui à universidade embora estivesse chovendo, Fatores textuais
pois a concessão não cabe nesse contexto. Do mes-
mo modo, a frase Por falta de insegurança deixei de Um outro fator de incoerência é a ruptura de esquemas
visitar aquela cidade traz uma incoerência lógica, já previamente estabelecidos e de conhecimento do lei-
que se trata, logicamente, de falta de segurança. tor como os esquemas textuais: cada um dos modos de
organização discursiva apresenta uma estrutura básica,
Fatores culturais estabelecida em sua própria história, e perturbar essa es-
truturação provoca incoerência. Assim, numa narrativa, a
• informações: as informações presentes num texto sucessão de fatos cronologicamente apresentados sem-
devem também estar adequadas ao nosso conhe- pre parte do menos para o mais intenso; daí que uma
cimento de mundo: assim, a frase Pedro Álvares Ca- narrativa que faça o oposto, salvo situações especiais,
bral, depois de proclamar nossa independência, voltou provoca estranhamento em sua leitura.
a Portugal não faria sentido para um leitor sabedor
de que Pedro Álvares Cabral foi nosso descobridor Do mesmo modo, os tipos textuais apresentam caracte-
e nada tem a ver com nossa independência política. rísticas básicas que, se subvertidas, podem trazer incoe-
No entanto, certas informações equivocadas podem rência: um cartaz publicitário que, em lugar de elogiar
ganhar coerência, como sabemos, se modificamos o produto a ser vendido, o deprecie, certamente trará
as condições de leitura do texto, gerando sua aceita- espanto ao leitor.
bilidade. Nas fábulas, por exemplo, os animais falam
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Assim também, certas estruturas frasais esquemáticas po- sunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do
dem, se modificadas, causar estranhamento: a frase: Não autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
compre um apartamento barato, compre um apartamen-
to bom, provocou ruptura na oposição entre contrários 3.1 Dissertação-Exposição
(barato – caro), causando estranhamento temporário.
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um
11.3 - TIPOLOGIA TEXTUAL saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, ex-
põe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O
1. Narração texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determi-
nado assunto. A intenção é informar, esclarecer.  Ex: aula,
Modalidade em que um narrador, participante ou resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos
não,  conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num de revistas e jornais,  etc.
determinado tempo e lugar, envolvendo certos persona-
gens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação 3.2 Dissertação-Argumentação
de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal pre-
dominante é o passado. Estamos cercados de narrações Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de
desde as que nos contam histórias infantis até às piadas ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de
do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, explicar, também persuade o interlocutor, objetivando
fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, re- convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão ló-
lato, etc. gica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa.
É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia,
2. Descrição dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de
jornais e revistas.
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um
lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de 4. Injunção / Instrucional
palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela
sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abs- Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva
trata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no
Não há relação de anterioridade e posterioridade. Signi- modo imperativo, porém nota-se também o uso do infi-
fica “criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É nitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo.
fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da perso- Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções
nagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; tex-
agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros tos com regras de comportamento; textos de orientação
textuais. Tem predominância em gêneros como: cardá- (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com
pio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.  votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).

3. Dissertação

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um as-


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Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia, o pianista


OPA! Marcos Resende primeiro tratou de verificar que estava
vivo, bem vivo. Em seguida gravou uma mensagem na
Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos sua secretária eletrônica: “Hoje é 27 e eu não morri.
acima. Alguns outros consideram que existe também Não posso atender porque estou na outra linha dando
o tipo predição.  a mesma explicação”. Quando li esta nota, me lembrei
de como tudo neste mundo caminha cada vez mais
5. Predição depressa. Em 1862, chegou aqui a notícia da morte de
Gonçalves Dias.
Caracterizado por predizer algo ou levar o inter-
locutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está O poeta estava a bordo do Grand Condé havia cinquenta
por ocorrer. É o tipo predominante nos gêne- e cinco dias. O brigue chegou a Marselha com um morto
ros: previsões astrológicas, previsões meteoroló- a bordo. À falta de lazareto, o navio estava obrigado à
gicas, previsões escatológicas/apocalípticas.  caceteação da quarentena. Gonçalves Dias tinha ido se
tratar na Europa e logo se concluiu que era ele o morto. A
notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma sessão
OPA! presidida por d. Pedro II. Suspensa a sessão, começaram
as homenagens ao que era tido e havido como o maior
Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou poeta do Brasil.
Conversacional. Entretanto, esse nada mais é que o Suspeitar que podia ser mentira? Impossível. O imperador,
tipo narrativo aplicado em certos contextos, pois toda em pleno Instituto Histórico, só podia ser verdade.
conversação envolve personagens, um momento Ofícios fúnebres solenes foram celebrados na Corte e
temporal (não necessariamente explícito), um espaço na província. Vinte e cinco nênias saíram publicadas
(real ou virtual), um enredo (assunto da conversa) e de estalo. Joaquim Serra, Juvenal Galeno e Bernardo
um narrador, aquele que relata a conversa.  Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quentes
e sinceras. O grande poeta! O grande amigo! Que
trágica perda! As comunicações se arrastavam a passo
Dialogal / Conversacional de cágado. Mal se começava a aliviar o luto fechado,
dois meses depois chegou o desmentido: morreu, uma
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o vírgula! Vivinho da silva.
tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa te- A carta vinha escrita pela mão do próprio poeta: “É
lefônica, chat etc. mentira! Não morri, nem morro, nem hei de morrer nunca
mais!” Entre exclamações, citou Horácio: “Não morrerei
de todo.” Todavia, morreu, claro. E morreu num naufrágio,
QUESTÕES OBJETIVAS vejam a coincidência. Em 1864, trancado na sua cabine
do Ville de Boulogne, à vista da costa do Maranhão.
Seu corpo não foi encontrado. Terá sido devorado pelos
A morte e a morte do poeta tubarões. Mas o poeta, este de fato não morreu.
[...]
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(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. motivação da viagem do poeta para a Europa e as
São Paulo: Cia das Letras, 2011, p.107-8) falhas de comunicação entre o navio e o porto de
Marselha.
1. No texto, o autor contrapõe fundamentalmente c. a impossibilidade dos passageiros do navio
cumprirem o período de quarentena em terra, a
a. as boas condições do porto de Marselha, em presença do Imperador no Instituto Histórico e as
território francês, às péssimas condições do porto homenagens feitas no Brasil ao grande poeta.
brasileiro localizado no Maranhão, perto do qual o d. a morte de um passageiro no navio em que ele
navio Ville de Boulogne acabou por naufragar. viajava, a motivação da viagem do poeta para a
b. a demora com que a notícia da suposta morte de Europa e as falhas de comunicação entre o navio e o
Gonçalves Dias, no século XIX, pôde ser contestada porto de Marselha.
pelo poeta à rapidez com que o pianista Marcos e. a inexistência de lazareto no Grand Condé, a morte
Resende, contemporâneo do cronista, pôde de um passageiro no navio e as homenagens feitas
contestar a própria morte. no Brasil ao grande poeta.
c. a comoção com que foi recebida a notícia da suposta
morte do poeta Gonçalves Dias à indiferença com Do adultério
que se recebeu a notícia da morte do pianista Marcos
Resende, buscando-se esclarecê-la com um simples O adultério é um crime para todos os povos da terra;
telefonema. o adultério das mulheres, entenda-se, visto terem sido
d. a resistência do navio Grand Condé, onde Gonçalves os homens que fizeram as leis. Enxergaram-se como
Dias pôde permanecer em segurança por mais de proprietários de suas esposas; elas são um de seus bens;
cinquenta dias, à fragilidade do Ville de Boulogne, o adultério as rouba, introduz nas famílias herdeiros
que levou pouco tempo para naufragar na costa do estranhos. Acrescente-se a essas razões a crueldade do
Maranhão. ciúme, e não será surpreendente que em tantas nações,
e. a banalização das notícias em seu próprio tempo, mal saídas do estado selvagem, o espírito de propriedade
mesmo as mais trágicas, à solenidade com que tenha decretado a pena de morte para sedutores e
eram dadas no século XIX, muitas vezes em sessões seduzidas.
no Instituto Histórico, com a eventual presença do
próprio Imperador. (VOLTAIRE, O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 63-64)

2. De acordo com o texto, a falsa notícia da morte 3. Ao considerar o adultério como crime que
de Gonçalves Dias teria se originado de uma penaliza sobretudo as mulheres, Voltaire
conjunção de acontecimentos que incluem: estabelece uma íntima conexão entre

a. a morte de um passageiro no navio em que ele a. o preconceito masculino e a moralidade religiosa.


viajava, a impossibilidade dos passageiros do navio b. a ética própria do século XVIII e a capacidade
cumprirem o período de quarentena em terra e a feminina de sedução.
motivação da viagem do poeta para a Europa. c. a origem autoral da legislação e o direito de
b. a inexistência de lazareto no Grand Condé, a propriedade.
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d. a volubilidade masculina e o oportunismo feminino. outra ponta, podem surgir meios que valorizem a leitura
e. a administração política e os direitos da família. e a aplicação nos estudos.

Pátrio poder Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de influir
é determinando a vizinhança em que seu filho vai viver e a
Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo chegam escola que frequentará. (Adaptado de: SCHWARTSMAN,
a comprometer 20% de sua renda para manter seus Hélio. Folha de São Paulo, 7/12/2014)
filhos em escolas privadas. O investimento faz sentido?
A questão, por envolver múltiplas variáveis, é complexa, 4. À pergunta O investimento faz sentido? o
mas, se fizermos questão de extrair uma resposta simples, próprio autor responde: “provavelmente sim”.
ela é “provavelmente sim”. Uma série de estudos sugere Essa resposta se justifica, porque
que a influência de pais sobre o comportamento dos
filhos, ainda que não chegue a ser nula, é menor do que a. a escola, ao contrário do que se imagina, tem
a imaginada e se dá por vias diferentes das esperadas. efeitos tão poderosos quanto os que decorrem da
Quem primeiro levantou essa hipótese foi a psicóloga convivência familiar.
Judith Harris no final dos anos 90. b. as influências dos pares de um educando numa escola
pública são menos nocivas do que os exemplos de
Para Harris, os jovens vêm programados para ser seus pais.
socializados não pelos pais, como pregam nossas c. a qualidade do convívio de um estudante com seus
instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é, pelas colegas de escola é um fator determinante para sua
outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos formação.
argumentos que ela usa para apoiar sua teoria é o fato d. as grandes concentrações humanas estimulam
de que filhos de imigrantes não terminam falando com a características típicas do que já foi nosso ambiente
pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens que ancestral.
os cercam. e. a escola particular, mesmo sendo cara, acaba por
desenvolver nos alunos uma subcultura crítica em
As grandes aglomerações urbanas, porém, introduziram relação ao ensino.
um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado
por bandos de no máximo 200 pessoas, o “cantinho” das 5. Com a frase O resultado é formação de nichos
crianças era heterogêneo, reunindo meninos e meninas com a exacerbação de características mais
de várias idades. Hoje, com escolas que reúnem centenas marcantes o autor está afirmando que a
de alunos, o(a) garoto(a) tende a socializar-se mais socialização nas escolas se dá de modo a
com coleguinhas do mesmo sexo, idade e interesses.
O resultado é formação de nichos com a exacerbação a. dissolver os agrupamentos perniciosos.
de características mais marcantes. Meninas se tornam b. promover a competitividade entre os grupos.
hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno c. estabelecer uma hierarquia no interior dos grupos.
encontra outros maus alunos, que constituirão uma d. incentivar o desempenho dos alunos mais habilitados.
subcultura onde rejeitar a escola é percebido como algo e. criar grupos fortemente tipificados.
positivo. O mesmo vale para a violência e drogas. Na
LÍNGUA PORTUGUESA
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6. Considere as seguintes afirmações: condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de
toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia,
I. A hipótese levantada pela psicóloga Judith Harris é a nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo
de que os estudantes migrantes são menos sensíveis ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como
às influências dos pais que às de seus professores. um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou
II. O fato de um mau aluno se deixar atrair pela amizade comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é
de outro mau aluno prova que as deficiências similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível,
da vida familiar antecedem e determinam o mau para ele, distinguir uma da outra, opor personagem a
aproveitamento escolar. pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo
III. Do ponto de vista do desempenho escolar, podem dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu
ser positivos ou negativos os traços de afinidade que como um homem/artista crítico para quem já existe arte
levam os estudantes a se agruparem. encarnada no corpo e suspensa no espírito do outro:
fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se,
Em relação ao texto, está correto o que se afirma mostra-se, mostra-o, mostra-nos.
APENAS em (Armindo Post, inédito)

a. I. 7. Ao se referir à recusa aos paradigmas


b. III. que atropelam nossa visão de mundo,
c. II e III. identificando-a como uma característica da
d. I e II. arte de Eduardo Coutinho, o autor do texto
e. I e III. enaltece a capacidade que tem esse cineasta de

Eduardo Coutinho, artista generoso a. reproduzir os lugares-comuns e as fórmulas


conhecidas, aderindo aos valores socialmente aceitos
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do e dados por nós como irrefutáveis.
cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, b. rejeitar as perspectivas estereotipadas que, de forma
morto em 2014, está em sua recusa aos paradigmas que intempestiva, condicionam nosso modo de enxergar
atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar as coisas.
a distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto c. desviar-nos da tentação de embaralhar a
pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo- compreensão que temos da vida, quando ele
se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões simplifica e enrijece os valores pelos quais devemos
coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões nos guiar.
de fábrica”, “os sertanejos nordestinos”: os famigerados d. dissipar os valores éticos, substituindo-os por critérios
“tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão pessoais capazes de nos tornar mais determinados
lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem em nossas iniciativas.
ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse e. evitar decididamente os parâmetros estranhos
operá- rio que está falando, de repercutir as palavras e os aos códigos sociais já firmados, para que não nos
silêncios do morador de um povoado da Paraíba. enganemos na apreciação das coisas.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela
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8. Atente para as seguintes afirmações sobre queria fazer 24”, até chegar a 20 − acho que ninguém,
Eduardo Coutinho e sua arte: a não ser dopado por doses cavalares de nostalgia e
amnésia, gostaria de ir além, ou melhor, aquém, e voltar
I. As expressões coletivistas referidas e exemplificadas no à adolescência.
primeiro parágrafo são aquelas que ajudam o cineasta a
reconhecer a contribuição original de cada cidadão no Trinta anos é uma idade marcante. Agora é inegável que
exercício de sua função social. você ficou adulto. Mas aí você faz 35 e entra numa zona
II. Deve-se entender que, em seus documentários, o cineasta cinzenta (ou grisalha?) em que idade não significa mais
valoriza sobretudo a singularidade das pessoas retratadas, muita coisa. A impressão que eu tenho, a esta altura do
em vez de tomá-las como tipos sociais já identificados e campeonato − qual altura, exatamente? − é que todo
rotulados. mundo tem a minha idade. Não sendo púbere nem
III. O foco de atenção que o cineasta faz incidir sobre as gagá, estão todos no mesmo barco, uns com mais dor
pessoas que retrata é tão intenso e bem trabalhado que nas costas, mas no mesmo barco, trabalhando, casando,
elas surgem como personagens que se revelam para nós separando e resmungando nas redes sociais. Deve ser
em toda a sua verdade. Está correto o que se afirma em por isso que, sem perceber, parei de contar. (Adaptado
de: PRATA, Antonio. Folha de S. Paulo, 01/02/2015)
a. I, II e III.
b. I e II, apenas. 9. A “saudável aspiração” apontada pelo autor
c. I e III, apenas. refere-se
d. II e III, apenas.
e. III, apenas. a. ao desejo de crescer que se manifesta nas crianças,
que, desse modo, acabam se referindo a uma idade
Texto futura ao dizerem quantos anos têm.
b. ao sonho de perpetuar indefinidamente a infância,
Outro dia, numa mesa de bar, hesitante e assustado, me período do desenvolvimento humano marcado pela
dei conta de que eu não sabia a minha idade. Como pode, fantasia, explorada em contos infantis, de nunca
a esta altura do campeonato − qual altura exatamente? − crescer.
a pessoa ignorar quantos anos tem? c. ao desejo de parar de envelhecer quando se tem
Quando você é criança, a idade é um negócio mais 30 anos e se percebe a inexorabilidade do
fundamental. É o dado mais importante depois do passar do tempo.
seu nome. Lembro que, na época, eu achava de uma d. à pretensão nostálgica do adulto recém-formado
obviedade tacanha esse “vou fazer”, mas hoje entendo: o de retornar à adolescência e, assim, escapar das
desejo de crescer é parte fundamental do software com responsabilidades adquiridas.
que viemos ao mundo. Seis, vou fazer sete, é menos uma e. ao esquecimento voluntário da própria idade,
constatação óbvia do que uma saudável aspiração. estratégia que, segundo o autor, proporciona a
Dos 20 aos 30 anos, avança-se lentamente, com oportunidade de enxergar as pessoas como se não
sentimentos contraditórios. A escola foi há séculos, mas houvesse diferença etária entre elas.
ser adulto ainda é estranho. A resposta sincera a quantos
anos você tem, nessa fase, seria: “26, queria fazer 25”, “25,
LÍNGUA PORTUGUESA
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10. A repetição, na crônica, da pergunta qual logne, é possível que Gonçalves Dias não sobrevive-
altura, exatamente? reitera a ideia do autor de ria muitos dias à seu desembarque, pois seu estado
que, a partir de dado momento, de saúde era de fato muito grave.
e. Ser dado por morto e estar bem vivo, numa ex-
a. é inegável que você ficou adulto. periência das mais inquietantes que o ser humano
b. idade não significa mais muita coisa. pode vir a conhecer, cuja é talvez ainda mais terrifi-
c. idade é um negócio fundamental. cante quando se depara de repente com a notícia da
d. ser adulto ainda é estranho. própria morte.
e. avança-se lentamente, com sentimentos
contraditórios. 2. ... meu velho rancor contra os guarda-chuvas
cedeu a um estranho carinho...
GABARITO Sem que seja feita qualquer outra alteração, a frase
01-b 02-a 03-c 04-c 05-e acima permanecerá correta caso o verbo sublinha-
06-b 07-b 08-d 09-a 10-b do seja substituído pelo que consta em:

a. deu lugar
b. transformou-se
c. foi vencido
Questões Objetivas d. transigiu
e. trocou-se

1. A frase cuja REDAÇÃO está inteiramente clara


3. Por apresentar falha estrutural de construção,
e correta é:
deve-se reelaborar a redação da seguinte frase:

a. Para quem acredita em destino e que o dia da morte


a. Há quem busque disfarçar a falta de talento atribuin-
está marcado, nada nem ninguém pode alterá-la ou
do a autores famosos os textos medíocres que publi-
prolongá-la, e nenhum remédio poderia ser proscri-
ca nas páginas da internet.
to para salvar aquele que já está condenado.
b. A falta de talento faz com que artistas famosos pas-
b. Não foi absolutamente efêmera há glória de Gonçal-
sem por ser alegados como genuínos autores da-
ves Dias, mas ao contrário duradoura e imperecível,
queles textos de escritores medíocres que não o têm.
já que ainda hoje o autor da “Canção do exílio” é
c. Alguns nomes de grandes escritores brasileiros são
considerado um dos maiores poetas brasileiros de
muitas vezes indicados na internet como autores de
que conhecemos.
textos que jamais escreveriam.
c. Outra extraordinária coincidência na biografia de
d. É fácil entender que alguém cometa uma fraude
Gonçalves Dias é a composição de um poema cha-
para enganar os outros; difícil é aceitar que alguém
mado “O mar”, em cujos versos aquele que viria a
se proponha a enganar a si mesmo.
morrer num naufrágio alude ao “oceano terrível” e à
e. Leitores ingênuos deixam-se enganar pelos falsários
própria morte.
da internet, mostrando que não reconhecem a dife-
d. Senão tivesse morrido no naufrágio do Ville de Bou-
rença entre a boa e a má literatura.
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4. ...para ser levado a sério, um jornal precisa dar de seu patrimônio do qual foi usurpado.
a impressão de concretude em seu conteúdo. e. Não obstante se considere que as esposas sejam
parte de seus bens, os homens passam a ver como
O conteúdo expresso acima está preservado, em um roubo o adultério que os privam delas.
formulação condizente com a norma-padrão, em:
GABARITO
a. se quizer ser levado a sério, um jornal não pode es-
01-c 02-a
quivar-se em dar a impressão de concretude em seu
conteúdo.
03-b 04-c
b. um jornal, sendo levado a sério, não pode abster a 05-b
impressão de concretude em seu conteúdo.
c. a condição de que um jornal não pode prescindir,
para ser levado a sério, é a de dar a impressão de
concretude em seu conteúdo.
d. com vistas ser levado a sério, um jornal não pode
deixar de renunciar à impressão de concretude em
seu conteúdo.
e. um jornal tendo a intensão de ser levado a sério, não
pode abdicar quanto à impressão de concretude em
seu conteúdo.

5. Enxergaram-se como proprietários de suas es-


posas; elas são um de seus bens; o adultério as
rouba.

Dando nova redação à frase acima, ela se manterá


coerente e formalmente correta em:

a. Ainda que se vejam como proprietários, os homens


consideram que o adultério as rouba, tal e qual pode
acontecer com um de seus bens.
b. Os homens entendem o adultério como um roubo,
uma vez que consideram suas esposas um bem de
que um terceiro se apropria.
c. Como as esposas são bens inalienáveis dos homens,
qualifica-se como roubo aquele que as usurpam de
seu legítimo proprietário.
d. Uma vez premeditado o adultério como um roubo,
os homens passam a ver suas esposas como parte
REDAÇÃO
1
REDAÇÃO
REDAÇÃO •

Uso correto da pontuação
Acentuação gráfica
• Uso correto dos pronomes
1. O que é dissertação?
• Uso correto de determinadas expressões
Dissertação é o tipo textual em que se discute um
4. Estrutura de um parágrafo
tema específico e, para isso, usam-se argumentos sóli-
dos que sustentem a ideia abordada.
É importante que tanto no parágrafo de introdução
quanto nos de desenvolvimento e conclusão haja um
Espera-se que se saiba a estrutura de um texto disser-
certo padrão a ser seguido. Ei-lo:
tativo, a fim de que a redação apresente uma sequên-
cia lógica no que diz respeito à coerência textual.
• Trabalhe com uma média de 3 a 5 períodos (enun-
ciado com verbo escrito até o ponto final);
2. Aspectos macroestruturais
• Entre um período e outro, obrigatoriamente colo-
que algum conectivo ligando-os;
• Legibilidade: nesse caso, o que está em discussão
• Escreva uma média de 5 a 7 linhas por parágrafo.
não é se a letra do participante é bonita ou não. O
que importa é que cada morfema seja grafado da
sua devida forma, para que assim não haja qual- DICA
quer equívoco na hora da correção. Caso ocorra Toda vez que for afirmar ou negar algo, questione-se o porquê
erro com relação à escrita de alguma palavra, o desse seu posicionamento. Essa explicação será seu embasa-
participante deve passar um trasso traço na ho- mento argumentativo. Mesmo depois de obter uma explicação,
rizontal e corrigir a falha na sequência. Para isso, tente ver o que mais pode explicar sua afirmação ou negação.
não se deve utilizar parênteses. Ou seja, explore ao máximo as ideias.

• Respeito às margens: o participante não deve ul- Exemplo de afirmação:


trapassar, em nenhuma hipótese, as margens da
A violência contra a mulher é algo crescente na sociedade.
folha de redação, seja para colocar uma palavra
que ficou faltando ou para puxar a “perna” de uma Por quê?
letra ou até mesmo para colocar um hífen que de-
marca a separação de sílabas. Porque alguns homens ainda veem a mulher como seu objeto
de posse.
• Número de linhas: o participante deverá escrever
sua redação com o mínimo de 20 linhas e o má- Exploração do motivo
ximo de 30. É aconselhável que se escreva uma
Isso é validado, muitas vezes, por uma sociedade de base pa-
média de 25 a 28 linhas, caso não se queira che-
triarcal e machista.
gar até o limite estabelecido. Caso o participante
risque alguma linha com o intuito de anulá-la, ela No parágrafo, fica...
não será considerada na contagem total.
A violência contra a mulher é algo crescente na sociedade, pois
• Indicação de parágrafos: cada parágrafo deve ser alguns homens ainda a veem como seu objeto de posse, e isso
demarcado com um recuo de aproximadamente é validado, muitas vezes, por uma construção social de base
dois centímetros ou o equivalente à colocação de patriarcal e machista.
um dedo indicador.

• Título: fica a critério do participante, mas aconse- 5. Como elaborar a introdução?


lho que utilize todas as linhas para a produção do
próprio texto em si. Entre 3 e 5 períodos, mencione a proposta trazida pela
banca e explique-a. Ao final do parágrafo, traga uma
3. Aspectos microestruturais tese e se posicione de um jeito que fique claro para o
avaliador.
• Grafia de palavras
REDAÇÃO
2

A estrutura sugerida é: • Conclusão do parágrafo.

• Tópico frasal; Exemplo:


• Explicação sobre o tópico frasal; A civilização contemporânea frente às drogas ilícitas
• Explicação sobre a proposta da redação;
• Tese.
1 – Drogas ilícitas e crime organizado global;
6. Como elaborar o desenvolvimento 1? 2 – Relação entre tráfico de drogas e violência;
3 – Alternativas à denominada guerra às drogas.
Entre 3 e 5 períodos, mencione o primeiro aspecto
proposto pela banca, aplicando-lhe argumentos e, se No caso, você construirá seu parágrafo com base no as-
houver, também repertórios socioculturais que funda- pecto Relação entre tráfico de drogas e violência, apre-
mentem suas ideias. sentando argumentos que fundamentem seu ponto de vis-
ta e também, caso haja, um repertório sociocultural.
A estrutura sugerida é:
8. Como elaborar a conclusão?
• Conectivo e tópico frasal com o primeiro aspecto
proposto; Entre 3 e 5 períodos, mencione o segundo eixo pro-
• Argumentação e explicação do primeiro aspecto posto pela banca, aplicando-lhe uma solução clara e
proposto; um agente também claro que a execute.
• Repertório sociocultural que seja coerente com a
argumentação; A estrutura sugerida é:
• Conclusão do parágrafo.
• Conectivo e tópico frasal com o terceiro eixo pro-
Exemplo: posto;
A civilização contemporânea frente às drogas ilícitas • Apresentação do agente e da solução detalhados;
• Conclusão da redação.
1 – Drogas ilícitas e crime organizado global;
2 – Relação entre tráfico de drogas e violência; Exemplo:
A civilização contemporânea frente às drogas ilícitas
3 – Alternativas à denominada guerra às drogas.

No caso, você construirá seu parágrafo com base no as- 1 – Drogas ilícitas e crime organizado global;
pecto Drogas ilícitas e crime organizado global, apresen- 2 – Relação entre tráfico de drogas e violência;
tando argumentos que fundamentem seu ponto de vista e 3 – Alternativas à denominada guerra às drogas.
também, caso haja, um repertório sociocultural.
No caso, você construirá seu parágrafo com base no as-
pecto Alternativas à denominada guerra às drogas, apre-
7. Como elaborar o desenvolvimento 2?
sentando um agente e uma solução claros que possam pôr
em prática as tais alternativas citadas.
Entre 3 e 5 períodos, mencione o segundo aspecto
proposto pela banca, aplicando-lhe argumentos e, se
houver, também repertórios socioculturais que funda- 9. Proibições
mentem suas ideias.
• O uso da palavra “coisa”
A estrutura sugerida é: Fazer alguma coisa é mais do que importante para
que haja harmonia social.
• Conectivo e tópico frasal com o segundo aspecto
proposto; • A prática do gerundismo
• Argumentação e explicação do segundo aspecto
proposto; Ficar propondo ideias extremistas parece estar ti-
• Repertório sociocultural que seja coerente com a rando de nós a essência da empatia, fazendo com
argumentação; que sejamos mais intolerantes.
REDAÇÃO
3

• “Pois”, “porque”, “já que”, “uma vez que”, “de modo • Excesso de rasuras
que” e demais conjunções explicativas ou causais A economia no brasil Brasil conseguiu uma sobriiida
após ponto final sobrevida no ano de 2019 2020 graças à ao auxílio
Sempre há meios cabíveis de se pensar em uma cau- emergêncial emergencial, proporcionando propor-
sa social. Pois a empatia social é algo que está qua- cionado pelo pela câmera Câmara dos Deputados.
se inerente ao ser humano.
• Assinaturas ou quaisquer outras formas de iden-
• Verbos no gerúndio (-ndo) após ponto final tificação
Muitas empresas ainda recorrem às queimadas para Por isso, é importante que saibamos que a educação
a obtenção de sua matéria-prima. Fazendo com que é a chave-mestra para que não regridamos enquanto
a natureza padeça diante da visão capitalista exa- sociedade.
cerbada.
Ass. Hider Oliveira
• A estrutura “acabar” + gerúndio” (acaba fazendo,
acaba sendo, acaba cometendo etc.) • Qualquer símbolo que fuja à construção textual
Fazer alguma coisa é mais do que importante para O preconceito linguístico está presente em diversos
que haja harmonia social. contextos, tais como no aspecto regional, social ou
mesmo no #gênero ou #orientação de gênero.
• Reduções de palavras desnecessariamente
Pra ter empatia, ninguém precisa tá inserido na vida • Expressões próprias da oralidade
de uma outra pessoa. Ninguém percebe que tá na cara que a corrupção
chegou chegando no Brasil e não tem tempo pra ir
• Opiniões próprias muito evidentes embora.
A corrupção é um assunto bastante cansativo, exaus-
tivo ao extremo, afetando a paciência de qualquer • Neologismos
um de nós, cidadãos. A andação dos projetos sociais dependem, única e
exclusivamente, do unimento entre ação governa-
• Ideias extremistas mental e iniciativa privada.
É importante que os presidiários, para que possam
pensar nos crimes que fizeram, não vejam mais • Jargões
a luz do sol e nem mesmo tenham direito a uma Vários exploradores de terras, unidos às suas greis,
alimentação saudável. foram poupados de ações no âmbito jurídico devido
à existência de litispendência.
• Períodos muito curtos
Discutir a mobilidade urbana é importante. Esse as- • Expressões regionais
sunto faz parte do cotidiano. Muitas pessoas preci- O bullying é praticado por meio de diversas ações,
sam se locomover nas ruas. desde mangar de alguém de maneira sutil ou aren-
gar de forma bem escrachada.
• Períodos muito longos
A violência contra as crianças é um crime que, infe- • Verbos no imperativo
lizmente, ainda ocorre muito, ao passo que também é Por isso, faça sua parte para que possamos preser-
bastante silencioso, pois as vítimas, por serem inde- var o meio ambiente das ações degradantes do ser
fesas, não buscam, muitas vezes, a ajuda necessária, humano.
ficando submissas aos maus-tratos que podem vir de
parentes, sejam eles pais, mães, irmãos, avós, tios,
como também de vizinhos e conhecidos.
REDAÇÃO
4

10. Sugestões 12. Algumas citações

Troque a locução verbal por um verbo único “A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justi-
Troque isso... ... Por isso ça em todo o lugar.”
(Martin Luther King)
Possivelmente, a popula- Possivelmente, a popula-
ção vai fazer um protesto ção fará um protesto nas
nas ruas da cidade. ruas da cidade.
“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o si-
lêncio dos bons.” 
Resuma conectivos de conclusão (Martin Luther King)
Troque isso... ... Por isso
Em vista dos argumentos Portanto, é importante
supracitados, é importante que... “Todo homem toma os limites de seu próprio campo
que... de visão como os limites do mundo” 
(Arthur Schopenhauer)

Uso de palavras com o mesmo radical perto uma da


outra “A história de todas as sociedades até hoje existentes
é a história da luta de classes.” 
Troque isso... ... Por isso (Karl Marx)
Tudo foi feito enquanto al- Tudo foi feito enquanto al-
guns assessores assessora- guns assessores instruíam
vam as empresas culpadas as empresas culpadas pelo “A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte,
pelo descaso ambiental. descaso ambiental. tem valor.” 
(Padre Antônio Vieira)
11. Alguns sinônimos

Brasil = país = nação = república “Sem um fim social o saber será a maior das futilida-
des.” 
Ação = ato = atividade = execução
(Gilberto Freyre)
Inerente = intrínseco = inserido
Família = clã = seio familiar
Importante = crucial = fulcral “Os Estados não são agentes morais; as pessoas são.”
(Noam Chomsky)
Problema = impasse = dilema = óbice
Coerente = congruente
Pedir = solicitar = requerer “O homem é uma corda estendida entre o animal e o
Permitir = liberar = legitimar super-homem: uma corda sobre um abismo” 
(Friedrich Nietzsch)
Mostrar = expor = apresentar = explanar
Também = ademais = outrossim
Cidadão = pessoa = indivíduo “Devemos promover a coragem onde há medo, pro-
Hoje em dia = atualmente = hodiernamente mover o acordo onde existe conflito, e inspirar espe-
rança onde há desespero.” 
Onde = em que = no (a) qual
(Nelson Mandela)
Sociedade = comunidade = corpo social
Crime = violência = atentado
Sobre = acerca de = a respeito de “A maior necessidade de um Estado é a de governan-
tes corajosos.” 
Possível = provável = viável
(Johann Goethe)
REDAÇÃO
5

QUESTÕES

Desenvolva a ideia dos seguintes argumentos:

a) A falta do hábito de leitura tem a ver com a falta de incentivo familiar.

01
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04
05
06
b) O indivíduo está cada vez mais dependente das redes sociais

01
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03
04
05
06
c) A melhora econômica no Brasil em 2021 depende de um contundente programa de vacinação em massa

01
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05
06
REDAÇÃO
6

Para analisar:
REDAÇÃO
7
REDAÇÃO
8

Proposta de redação Proposta de redação

Texto motivador: Texto motivador:

O resultado mais significativo da Conferência Um atentado com atiradores e homens-bom-


Rio+20 foi o desencadear de um processo que envol- ba matou mais de 40 pessoas e feriu outras 239 no
ve a sociedade civil e os governos e que culminou em Aeroporto Kemal Ataturk, o principal terminal aéreo
uma agenda para a humanidade até 2030. Após três da Turquia, no episódio mais recente dos ataques ex-
anos de trabalhos e negociações, foi finalmente apro- tremistas que atingem o país desde o ano passado. A
vada na 70.ª Assembleia Geral da ONU, em 2015, a polícia turca afirmou que, segundo investigações pre-
Agenda 2030, que estabelece os objetivos do desen- liminares, o Estado Islâmico arquitetou o ataque. Au-
volvimento sustentável a serem empreendidos pelas toridades europeias condenaram a violência. Este é o
nações. Esses objetivos visam acabar com a pobreza, mais recente ato de uma longa série de ações armadas
oferecer uma vida digna para todos e proteger o pla- com que tanto os jihadistas do Estado Islâmico como
neta. São baseados em cinco pês: pessoas, prosperida- os nacionalistas curdos de vários grupos armados pro-
de, paz, parcerias e planeta. Embora de natureza glo- vocaram mais de 250 mortos durante o último ano.
bal e universalmente aplicáveis, os objetivos dialogam
com as políticas e ações nos âmbitos regional e local. Internet: elpais.com e estadao.com , 28/6/2016 (com adaptações).
Oded Grajew. Desenvolvimento sustentável nas cida-
des.
Considerando que o fragmento de texto acima tem
In: Folha de S. Paulo, 10/4/2016, p. A3 (com adaptações). caráter unicamente motivador, redija um texto disser-
tativo acerca do seguinte tema.

Considerando que o fragmento de texto acima tem A CIVILIZAÇÃO CONTRA A BARBÁRIE: O TERRO-
caráter unicamente motivador, redija um texto disser- RISMO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
tativo acerca do seguinte tema.
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
AGENDA PARA A HUMANIDADE: O IMPERATIVO
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 1. Intolerância como uma das motivações das ações
terroristas; [valor: 3,00 pontos]
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
2. Instrumentos para o combate ao terrorismo; [valor:
1. Amplitude do conceito de desenvolvimento susten- 3,50 pontos]
tável; [valor: 3,00 pontos]
3. Democracia como meio de contenção das práticas
2. O futuro das sociedades e do planeta como conse- terroristas. [valor: 3,00 pontos]
quência das decisões e das atitudes do presente; [va-
lor: 3,00 pontos]

3. A sustentabilidade aplicada à gestão municipal. [va-


lor: 3,50 pontos]
REDAÇÃO
9

O conforto trazido pelos avanços tecnológicos é inegável, mas você é capaz de avaliar o impacto que TVs
(e seus controles remotos), computadores, telefones móveis e carros podem ter na vida e na saúde das famílias?
Recente estudo de universidade canadense mostrou que essas comodidades da vida moderna aumentam muito o
risco de obesidade, principalmente nos países em desenvolvimento, em que parcelas significativas da população
melhoraram sua condição econômica e passaram a adquirir esses bens de consumo. Isso não é exatamente uma
novidade nos países desenvolvidos. Não é à toa que, por exemplo, ingleses, norte-americanos e canadenses lutam
contra uma verdadeira "epidemia" de obesidade há décadas. A novidade é a migração desse padrão para países
em desenvolvimento, o que pode onerar ainda mais os seus sistemas de saúde pública, que já enfrentam inúme-
ras limitações de orçamento. A pesquisa apontou a relação entre esses itens de consumo, maior sedentarismo e
risco aumentado de obesidade e doenças dela decorrentes (como diabetes e hipertensão).

Jairo Bouer. O peso da tecnologia. In: O Estado de S.Paulo, 16/2/2014, p. A28 (com adaptações).

Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto expositivo-ar-
gumentativo acerca do seguinte tema.

IMPACTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DOS AVANÇOS


TECNOLÓGICOS NA VIDA MODERNA
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LEGISLAÇÃO
1
LEGISLAÇÃO
4. Lei 8.666/93 6. Comutativo: Obrigações recíprocas/equivalentes

7. Possui Cláusulas exorbitantes: Cláusulas que


O que é Contrato Administrativo?
concedem prerrogativas para Administração agir
unilateralmente e com superioridade.
Considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre
órgãos ou entidades da Administração Pública e
Quais são as cláusulas dos contratos administrativo?
particulares, em que haja um acordo de vontades para
a formação de vínculo e a estipulação de obrigações
São cláusulas necessárias em todo contrato as que
recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
estabeleçam:
A qual regime se regulamenta os contratos
I. o objeto e seus elementos característicos;
administrativos?
II. o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III. o preço e as condições de pagamento, os critérios,
Suas cláusulas e pelos preceitos são regulados pelo
data-base e periodicidade do reajustamento de
direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente,
preços, os critérios de atualização monetária entre
os princípios da teoria geral dos contratos e as
a data do adimplemento das obrigações e a do
disposições de direito privado.
efetivo pagamento;
IV. os prazos de início de etapas de execução, de
O que deve ser estabelecido nos contratos?
conclusão, de entrega, de observação e de
recebimento definitivo, conforme o caso;
Os contratos devem estabelecer com clareza e
V. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a
precisão as condições para sua execução, expressas
indicação da classificação funcional programática
em cláusulas que definam os direitos, obrigações e
e da categoria econômica;
responsabilidades das partes, em conformidade com
VI. as garantias oferecidas para assegurar sua plena
os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
execução, quando exigidas;
VII. os direitos e as responsabilidades das partes, as
Quais são as principais características dos contratos
penalidades cabíveis e os valores das multas;
administrativos?
VIII. os casos de rescisão;
IX. o reconhecimento dos direitos da Administração,
1. Presença da Administração Pública: Sempre deve
em caso de rescisão administrativa
ser uma das partes do contrato e possui em regra
X. as condições de importação, a data e a taxa de
superioridade por meio das cláusulas exorbitantes.
câmbio para conversão, quando for o caso;
XI. a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que
2. Finalidade Pública: Deve sempre buscar o interesse
a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta
público
do licitante vencedor;
XII. a legislação aplicável à execução do contrato e
3. Natureza de Contrato de Adesão: As cláusulas são
especialmente aos casos omissos;
imposta pela administração, cabe ao particular
XIII. a obrigação do contratado de manter, durante
aceitá-las ou não.
toda a execução do contrato, em compatibilidade
com as obrigações por ele assumidas, todas as
4. Intuitu Personae (personalidade): O contrato deve
condições de habilitação e qualificação exigidas
ser executado pelo próprio contratado, sendo, em
na licitação.
regra, vedado a subcontratação. A subcontratação
somente pode ocorrer parcialmente nos casos em
Obs.: Nos contratos celebrados pela Administração
que for prevista no edital e no contrato, dentro
Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive
nos limites estabelecidos da administração.
aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar
necessariamente cláusula que declare competente o
5. Formalidade: Deve ser celebrado de acordo com
foro da sede da Administração para dirimir qualquer
as formalidade prevista em Lei. Lembrando que
questão contratual,
podem existir contratos verbais, quando se tratar
de pequeno valor (R$ 8.800,00)
LEGISLAÇÃO
2

A Administração poderá exigir prestação de administração, limitada a sessenta meses, mas


garantia nas contratações ? em caráter excepcional, devidamente justificado
e mediante autorização da autoridade superior,
A critério da autoridade competente, em cada caso, poderá ser prorrogado por até doze meses.
e desde que prevista no instrumento convocatório,
poderá ser exigida prestação de garantia nas III. ao aluguel de equipamentos e à utilização de
contratações de obras, serviços e compras. (As programas de informática, podendo a duração
garantias não são obrigatórias!!) estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito)
meses após o início da vigência do contrato.
Quais são as modalidades de prestação de garantia?
Caberá ao contratado optar por uma das seguintes IV. segurança nacional; material forças armadas;
modalidades de garantia: (A administração decide complexidade tecnológica e defesa nacional;
se vai ou não exigir garantias, mas quem decide a inovação tecnológica, cujos contratos poderão ter
modalidade da garantia é o contratado) vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso
haja interesse da administração.
I. caução em dinheiro ou em títulos da dívida
pública, devendo estes ter sido emitidos sob a Obs.: É vedado o contrato com prazo de vigência
forma escritural, mediante registro em sistema indeterminado.
centralizado de liquidação e de custódia autorizado
pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos Pode existir prorrogação dos prazos?
seus valores econômicos, conforme definido pelo
Ministério da Fazenda; Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão
II. seguro-garantia; e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais
III. fiança bancária. cláusulas do contrato e assegurada a manutenção
de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que
Obs.1: As garantias a que se referem os incisos I e III do ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente
parágrafo anterior, quando exigidas, não excederão a autuados em processo:
5% (cinco por cento) do valor do contrato. Para obras,
serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo I. alteração do projeto ou especificações, pela
alta complexidade técnica e riscos financeiros Administração;
consideráveis, demonstrados através de parecer II. superveniência de fato excepcional ou imprevisível,
tecnicamente aprovado pela autoridade competente, estranho à vontade das partes, que altere
o limite de garantia poderá ser elevado para até dez fundamentalmente as condições de execução do
por cento do valor do contrato. contrato;
III. interrupção da execução do contrato ou
Obs.2: A garantia prestada pelo contratado será diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no
liberada ou restituída após a execução do contrato e, interesse da Administração;
quando em dinheiro, atualizada monetariamente. IV. aumento das quantidades inicialmente previstas
no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;
Qual a duração do contrato administrativo? V. impedimento de execução do contrato por fato ou
ato de terceiro reconhecido pela Administração
A duração dos contratos ficará vinculada à vigência em documento contemporâneo à sua ocorrência;
dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto VI. omissão ou atraso de providências a cargo da
aos relativos: Administração, inclusive quanto aos pagamentos
previstos de que resulte, diretamente,
I. aos projetos cujos produtos estejam contemplados impedimento ou retardamento na execução
nas metas estabelecidas no Plano Plurianual do contrato, sem prejuízo das sanções legais
aplicáveis aos responsáveis.
II. serviços a serem executados de forma contínua,
que poderão ter a sua duração prorrogada por Obs.1:Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada
iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção por escrito e previamente autorizada pela autoridade
de preços e condições mais vantajosas para a competente para celebrar o contrato.
LEGISLAÇÃO
3

Obs.2: Ocorrendo impedimento, paralisação ou Obs.: A declaração de nulidade do contrato


sustação do contrato, o cronograma de execução será administrativo opera retroativamente impedindo
prorrogado automaticamente por igual tempo. os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria
produzir, além de desconstituir os já produzidos.
Quais são as prerrogativas que a Administração
Pública possui nos contratos administrativos, Como ocorre a formalização dos contratos
advindo do regime jurídico de direito público? AS administrativos?
FAMOSAS CLÁUSULAS EXORBITANTES!!
Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas
Confere à Administração a prerrogativa de: repartições interessadas, as quais manterão arquivo
cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático
I. modificá-los, unilateralmente, para melhor do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre
adequação às finalidades de interesse público, imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado
respeitados os direitos do contratado e revisando em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no
as cláusulas econômico-financeiras do contrato processo que lhe deu origem. Vale lembrar que é
para que se mantenha o equilíbrio contratual. nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
Administração, salvo o de pequenas compras de
II. rescindi-los, unilateralmente, nos casos pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
especificados não superior a 5% do limite estabelecido no art. 23,
inciso II, alínea “a” da Lei 8.666/93, feitas em regime de
III. fiscalizar-lhes a execução; adiantamento. (O valor seria de R$8.800,00)

IV. aplicar sanções motivadas pela inexecução total O contrato deve mencionar os nomes das partes
ou parcial do ajuste; e os de seus representantes, a finalidade, o ato que
autorizou a sua lavratura, o número do processo da
V. nos casos de serviços essenciais, ocupar licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas
e serviços vinculados ao objeto do contrato, na contratuais.
hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo Após deve realizar a publicação resumida do
contratado, bem como na hipótese de rescisão do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na
contrato administrativo. imprensa oficial, que é condição indispensável para
sua eficácia, será providenciada pela Administração
VI. Exigência de Garantia até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua
assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela
Obs.1: Essas prerrogativas são as chamadas cláusulas data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem
exorbitantes ônus, ressalvado os casos dos processos de dispensa,
inexigibilidade.
Obs.2: As cláusulas econômico-financeiras e
monetárias dos contratos administrativos não poderão Obs.: É permitido a qualquer licitante o conhecimento
ser alteradas sem prévia concordância do contratado. dos termos do contrato e do respectivo processo
licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção
Nos casos de nulidade do contrato administrativo, de cópia autenticada, mediante o pagamento dos
a Administração Pública deverá indenizar o emolumentos devidos.
contratante?
Caso o interessado (vencedor da licitação) não
A nulidade não exonera a Administração do dever aceite os termos do contrato, o que acontece?
de indenizar o contratado pelo que este houver
executado até a data em que ela for declarada e
por outros prejuízos regularmente comprovados,
contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se
a responsabilidade de quem lhe deu causa.
LEGISLAÇÃO
4

É facultado à Administração, quando o e a retribuição da administração para a justa


convocado(interessado) não assinar o termo de contrato remuneração da obra, serviço ou fornecimento,
ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente objetivando a manutenção do equilíbrio
no prazo e condições estabelecidos, convocar os econômico-financeiro inicial do contrato, na
licitantes remanescentes, na ordem de classificação, hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou
para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições previsíveis porém de conseqüências incalculáveis,
propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto retardadores ou impeditivos da execução do
aos preços atualizados de conformidade com o ato ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso
convocatório, ou revogar a licitação fortuito ou fato do príncipe, configurando álea
econômica extraordinária e extracontratual.
Obs.: O licitante se for convocado no prazo (60 dias)
para assinatura do contrato, ele será “obrigado” Obs.1.: O contratado fica obrigado a aceitar, nas
a assinar o contrato, ou então sofrerá as sanções mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
previstas em lei. Mas decorridos 60 (sessenta) dias supressões que se fizerem nas obras, serviços ou
da data da entrega das propostas, sem convocação compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor
para a contratação, ficam os licitantes liberados dos inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de
compromissos assumidos. reforma de edifício ou de equipamento, até o limite
de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.
Como pode ser realizadas as alterações nos
contratos administrativos? Obs.2: Nos casos de supressões resultantes de acordo
celebrado entre os contratantes poderá exceder os
Os contratos poderão ser alterados, com as devidas limite de 25%
justificativas, nos seguintes casos:
Obs.3: No caso de supressão de obras, bens ou serviços,
I - unilateralmente pela Administração: se o contratado já houver adquirido os materiais e posto
no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela
a. quando houver modificação do projeto ou das Administração pelos custos de aquisição regularmente
especificações, para melhor adequação técnica comprovados e monetariamente corrigidos, podendo
aos seus objetivos; caber indenização por outros danos eventualmente
b. quando necessária a modificação do valor decorrentes da supressão, desde que regularmente
contratual em decorrência de acréscimo ou comprovados.
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites
permitidos por esta Lei; Obs.4: Quaisquer tributos ou encargos legais criados,
alterados ou extintos, bem como a superveniência
II - por acordo das partes: de disposições legais, quando ocorridas após a
data da apresentação da proposta, de comprovada
a. quando conveniente a substituição da garantia de repercussão nos preços contratados, implicará a
execução; revisão destes para mais ou para menos, conforme o
b. quando necessária a modificação do regime caso.
de execução da obra ou serviço, bem como do
modo de fornecimento, em face de verificação Como deve ser executado o contrato?
técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais
originários; O contrato deverá ser executado fielmente pelas
c. quando necessária a modificação da forma de partes, respondendo cada uma pelas conseqüências
pagamento, por imposição de circunstâncias de sua inexecução total ou parcial.
supervenientes, mantido o valor inicial atualizado,
vedada a antecipação do pagamento, com A execução do contrato deverá ser acompanhada e
relação ao cronograma financeiro fixado, sem a fiscalizada por um representante da Administração
correspondente contraprestação de fornecimento especialmente designado, permitida a contratação de
de bens ou execução de obra ou serviço; terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
d. para restabelecer a relação que as partes pactuaram pertinentes a essa atribuição.
inicialmente entre os encargos do contratado
LEGISLAÇÃO
5

O representante da Administração anotará em b. definitivamente, por servidor ou comissão


registro próprio todas as ocorrências relacionadas designada pela autoridade competente, mediante
com a execução do contrato, determinando o termo circunstanciado, assinado pelas partes, após
que for necessário à regularização das faltas ou o decurso do prazo de observação, ou vistoria
defeitos observados. As decisões e providências que comprove a adequação do objeto aos termos
que ultrapassarem a competência do representante contratuais. O prazo não poderá ser superior a
deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais,
hábil para a adoção das medidas convenientes. devidamente justificados e previstos no edital

O contratado deverá manter preposto, aceito pela II - em se tratando de compras ou de locação de


Administração, no local da obra ou serviço, para equipamentos:
representá-lo na execução do contrato.
O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, a. provisoriamente, para efeito de posterior
reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou verificação da conformidade do material com a
em parte, o objeto do contrato em que se verificarem especificação;
vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução b. definitivamente, após a verificação da qualidade e
ou de materiais empregados. quantidade do material e conseqüente aceitação.

O contratado é responsável pelos danos causados Nos casos de aquisição de equipamentos de grande
diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes vulto, o recebimento far-se-á mediante termo
de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não circunstanciado e, nos demais, mediante recibo.
excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a
fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão O recebimento provisório ou definitivo não exclui a
interessado. responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra
ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita
O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, execução do contrato.
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da
execução do contrato. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra,
serviço ou fornecimento executado em desacordo
A inadimplência do contratado, com referência aos com o contrato.
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere
à Administração Pública a responsabilidade por seu O que ocorre nos casos de Inexecução e da Rescisão
pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato dos Contratos?
ou restringir a regularização e o uso das obras e
edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. A A inexecução total ou parcial do contrato enseja a
Administração Pública responde solidariamente com o sua rescisão, com as conseqüências contratuais e as
contratado pelos encargos previdenciários resultantes previstas em lei ou regulamento.
da execução do contrato.
Quais são os motivos para rescisão do contrato?
Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
Constituem motivo para rescisão do contrato:
I - em se tratando de obras e serviços:
I. o não cumprimento de cláusulas contratuais,
a. provisoriamente, pelo responsável por seu especificações, projetos ou prazos;
acompanhamento e fiscalização, mediante
termo circunstanciado, assinado pelas partes em II. o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,
até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do especificações, projetos e prazos;
contratado;
III. a lentidão do seu cumprimento, levando a
Administração a comprovar a impossibilidade da
conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento,
nos prazos estipulados;
LEGISLAÇÃO
6

IV. o atraso injustificado no início da obra, serviço ou XV. o atraso superior a 90 (noventa) dias dos
fornecimento; pagamentos devidos pela Administração
decorrentes de obras, serviços ou fornecimento,
V. a paralisação da obra, do serviço ou do ou parcelas destes, já recebidos ou executados,
fornecimento, sem justa causa e prévia salvo em caso de calamidade pública, grave
comunicação à Administração; perturbação da ordem interna ou guerra,
assegurado ao contratado o direito de optar pela
VI. a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a suspensão do cumprimento de suas obrigações
associação do contratado com outrem, a cessão até que seja normalizada a situação;
ou transferência, total ou parcial, bem como a
fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no XVI. a não liberação, por parte da Administração,
edital e no contrato; de área, local ou objeto para execução de obra,
serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais,
VII. o desatendimento das determinações regulares bem como das fontes de materiais naturais
da autoridade designada para acompanhar e especificadas no projeto;
fiscalizar a sua execução, assim como as de seus
superiores; XVII. a ocorrência de caso fortuito ou de força
maior, regularmente comprovada, impeditiva da
VIII. o cometimento reiterado de faltas na sua execução, execução do contrato.

IX. a decretação de falência ou a instauração de Os casos de rescisão contratual serão formalmente


insolvência civil; motivados nos autos do processo, assegurado o
contraditório e a ampla defesa.
X. a dissolução da sociedade ou o falecimento do
contratado; Como pode ser as rescisões contratuais?

XI. a alteração social ou a modificação da finalidade I. determinada por ato unilateral e escrito da
ou da estrutura da empresa, que prejudique a Administração, nos casos enumerados
execução do contrato; II. amigável, por acordo entre as partes, reduzida a
termo no processo da licitação, desde que haja
XII. razões de interesse público, de alta relevância e conveniência para a Administração;
amplo conhecimento, justificadas e determinadas III. judicial, nos termos da legislação;
pela máxima autoridade da esfera administrativa a
que está subordinado o contratante e exaradas no A rescisão administrativa ou amigável deverá ser
processo administrativo a que se refere o contrato; precedida de autorização escrita e fundamentada da
autoridade competente.
XIII. a supressão, por parte da Administração, de obras,
serviços ou compras, acarretando modificação do É permitido à Administração, no caso de concordata
valor inicial do contrato além do limite permitido do contratado, manter o contrato, podendo assumir
na Lei; o controle de determinadas atividades de serviços
essenciais.
XIV. a suspensão de sua execução, por ordem escrita da
Administração, por prazo superior a 120 (cento e Quando se aplica as sanções?
vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por Nos casos de inexecução total ou parcial do contrato
repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, a Administração poderá, garantida a prévia defesa,
independentemente do pagamento obrigatório de
aplicar ao contratado sanções
indenizações pelas sucessivas e contratualmente
imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras
previstas, assegurado ao contratado, nesses casos,
o direito de optar pela suspensão do cumprimento
das obrigações assumidas até que seja normalizada
a situação;
LEGISLAÇÃO
7

Quais são as sanções? O QUE É FATOR PRINCÍPE?

I. advertência; É toda determinação estatal, imprevista, que


onera substancialmente a execução do contrato
II. multa, na forma prevista no instrumento administrativo, isto é, a Administração adota medida
convocatório ou no contrato; geral e está, de maneira indireta, atinge o contrato de
tal forma que sua execução se torna muito onerosa,
III. suspensão temporária de participação em licitação justificando sua alteração ou rescisão, sem culpa do
e impedimento de contratar com a Administração, contratado.
por prazo não superior a 2 (dois) anos;
1. LEGISLAÇÃO SOBRE LICITAÇÃO
IV. declaração de inidoneidade para licitar ou
contratar com a Administração Pública enquanto
perdurarem os motivos determinantes da punição a) Competência Legislativa:
ou até que seja promovida a reabilitação perante a Art. 22, CF – Compete privativamente à União legislar
própria autoridade que aplicou a penalidade, que sobre:
será concedida sempre que o contratado ressarcir
a Administração pelos prejuízos resultantes e após
decorrido o prazo da sanção aplicada com base XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em
no inciso anterior. todas as modalidades, para a administração pública,
direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
As sanções previstas I, III e IV deste artigo poderão ser mantidas pelo Poder Público, nas diversas esferas de
aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a governo, e empresas sob seu controle;
defesa prévia do interessado, no respectivo processo,
no prazo de 5 (cinco) dias úteis. § único - Lei complementar poderá autorizar os Esta-
dos a legislar sobre questões específicas das matérias
A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é relacionadas neste artigo.
de competência exclusiva do Ministro de Estado, do
Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, A competência para legislar sobre licitações cabe a
facultada a defesa do interessado no respectivo
processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de União, Estados, Municípios e DF. Entretanto cabe so-
vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 mente à União, editar normas gerais sobre o tema.
(dois) anos de sua aplicação. Com efeito, o tema é estritamente de Direito Adminis-
trativo, dizendo, pois, com um campo de competência
O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará próprio dos vários entes federativos, pelo quê cada
o contratado à multa de mora, na forma prevista no
instrumento convocatório ou no contrato. A aplicação qual legislará para si própria em sua esfera específica.
da multa não impede que a Administração rescinda Sem embargo, todos devem acatamento às normas
unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções gerais legislativamente produzidas com alcance na-
previstas em Lei. cional (âmbito da Lei 8666/93).

A multa, aplicada após regular processo administrativo,


será descontada da garantia do respectivo contratado. Há, entretanto, algumas exceções ao âmbito de
Se a multa for de valor superior ao valor da garantia abrangência da Lei 8.666/93: a) Licitações relativas a
prestada, além da perda desta, responderá o telecomunicações (inconstitucional pois as licitações
contratado pela sua diferença, a qual será descontada são reguladas por regulamentos);
dos pagamentos eventualmente devidos pela
Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada
judicialmente. b) Licitações relativas a Agência Nacional do Petróleo
(ANP); c) Serviços detelecomunicação como radiodi-
fusão sonora e de sons e imagens (âmbito de com-
petência do Executivo – absurdo).
LEGISLAÇÃO
8

a) Normas Gerais de Licitação e Contratos: normas ge- Igualdade: Implica o dever não apenas de tratar iso-
rais são aquelas que veiculam: nomicamente todos os que participarem do certame,
mas também o de ensejar oportunidade de disputá-lo
• Preceitos que estabelecem princípios, os funda- a quaisquer interessados. É vedada a existência de
mentos, as diretrizes, os critérios básicos, confor- cláusulas ou condições capazes de frustrar ou restrin-
madores das leis que necessariamente terão de gir o caráter competitivo da licitação. Obs.: CABM e
sucedê-las para completar a regência da matéria; tende que o favorecimento de empresas brasileiras
no §2º do art. 3º não é incostitucional, pois o fato de
• Preceitos que podem ser aplicados uniforme- desaparecer uma proteção em nível constitucional
mente em todo o País, ou seja, nacionalmente. (revogação art. 171, CF) não quer dizer que não possa
Não serão normas gerais aquelas que produzirem haver proteção em nível legal (Daniel entende difer-
consequências díspares. ente);

2. Princípios da Licitação: Publicidade: Impõe que os atos e termos da licitação


sejam efetivamente expostos ao conhecimento de
A Lei 8.666/93, dispõe que as licitações serão pro- quaisquer interessados. É um dever de transparência
cessadas e julgadas na conformidade dos seguintes em prol de qualquer cidadão. Os atos públicos devem
princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, ter divulgação oficial, como requisito de sua eficácia,
igualdade, publicidade, probidade administrativa, vin- salvo as exceções previstas em lei (segurança nacion-
culação ao instrumento convocatório e julgamento al, certas investigações policiais, processos cíveis em
objetivo. segredo de justiça); a licitação não será sigilosa, sendo
públicos e acessíveis ao público os atos de seu pro-
a) Gerais (Correspondem a alguns dos princípios cedimento, salvo quanto o conteúdo das propostas,
da Administração Pública - art. 37 da CF): até a respectiva abertura.

Legalidade: Agir de acordo com a lei, na forma deter- Moralidade: O procedimento licitatório terá de se de-
minada; o conceito de legalidade contém em si não só senrolar na conformidade de padrões éticos prezáveis.
a lei mas, também, o interesse público. A discricion- A licitação deve ser norteada pela honestidade e serie-
ariedade da Administração existe apenas quanto à es- dade, de parte a parte.
colha do objeto da licitação ou ao momento em que b) Específicos da Licitação:
vai instaurar o procedimento.
Probidade Administrativa: o certame da licitação
Impessoalidade: Não pode haver quaisquer favoritis- deverá ser conduzido em estrita obediência a morali-
mos ou discriminações impertinentes, sublinhando o dade, mas também as exigências de lealdade e boa-fé.
dever que, no procedimento licitatório, sejam todos os É dever de todo administrador.
licitantes tratados com absoluta neutralidade. A Adm.
deve servir a todos, sem preferências ou aversões pes- Vinculação ao Instrumento Convocatório: obriga a
soais ou partidárias. Administração a respeitar estritamente as regras que
haja previamente estabelecido para disciplinar o cer-
tame. O edital é a lei interna da licitação.
LEGISLAÇÃO
9

Julgamento Objetivo: este princípio visa impedir que II - para outros serviços e compras de valor até 10%
a licitação seja decidida sob o influxo do subjetivismo, (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do
de sentimentos, impressões ou propósitos pessoais inciso II do artigo anterior e para alienações, nos ca-
dos membros da comissão julgadora (art. 45 da lei). sos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a
obs.: a objetividade absoluta aparece nos certames parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação
decididos unicamente pelo preço. Nem sempre é pos- de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;
sível se atingir o ideal de objetividade em se tratando
de licitações que envolvam qualidade, técnica, rendi- III - nos casos de guerra ou grave perturbação da or-
mento etc. dem;

Por força do art. 37, caput e inciso XXI, CF, estão IV - nos casos de emergência ou de calamidade pú-
obrigadas à licitação pública tanto as pessoas de Dire- blica, quando caracterizada urgência de atendimento
ito Público de capacidade política quanto as entidades de situação que possa ocasionar prejuízo ou compro-
de suas Administrações indiretas, isto é, autarquias, meter a segurança de pessoas, obras, serviços, equi-
empresas públicas, sociedades de economia mista e pamentos e outros bens, públicos ou particulares, e
fundações governamentais, ressalvadas as hipóteses somente para os bens necessários ao atendimento da
de dispensa ou inexigibilidade. situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas
de obras e serviços que possam ser concluídas no pra-
As sociedades de economia mista e empresas públicas zo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos
exploradoras da atividade econômica estão sujeitas e ininterruptos, contados da ocorrência da emergên-
ao dever de licitar pois no art. 37, XXI, encontram-se cia ou calamidade, vedada a prorrogação dos respec-
normas que impõem a quaisquer entidades da ad- tivos contratos;
ministração indireta regramento diverso do aplicável
às empresas privadas, sem discriminar se são ou não V - quando não acudirem interessados à licitação an-
exploradoras de atividade econômica. terior e esta, justificadamente, não puder ser repetida
sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste
No caso de empresas públicas e sociedades de econo- caso, todas as condições preestabelecidas;
mia mista que explorem atividade econômica, a obrig-
atoriedade de licitação não abrange, logicamente, os VI - quando a União tiver que intervir no domínio
atos comerciais de rotina. econômico para regular preços ou nor malizar o abas-
tecimento;
Os casos de dispensa da licitação estão previstos no
art. 24 da Lei 8666/93: VII - quando as propostas apresentadas consignarem
preços manifestamente superiores aos praticados no
“Art. 24. É dispensável a licitação: mercado nacional, ou forem incompatíveis com os
fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em
I - para obras e serviços de engenharia de valor até que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei
10% (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação
inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao
parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para constante do registro de preços, ou dos serviços;
obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local
que possam ser realizadas conjunta e concomitante-
mente;
LEGISLAÇÃO
10

VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direi- XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos ter-
to público interno, de bens produzidos ou serviços mos de acordo internacional específico aprovado pelo
prestados por órgão ou entidade que integre a Ad- Congresso Nacional, quando as condições ofertadas
ministração Pública e que tenha sido criado para esse forem manifestamente vantajosas para o Poder Públi-
fim específico em data anterior à vigência desta Lei, co;
desde que o preço contratado seja compatível com o
praticado no mercado; XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte
e objetos históricos, de autenticidade certificada, des-
IX - quando houver possibilidade de comprometimen- de que compatíveis ou inerentes às finalidades do
to da segurança nacional, nos casos estabelecidos em órgão ou entidade.
decreto do Presidente da República, ouvido o Consel-
ho de Defesa Nacional; XVI - para a impressão dos diários oficiais, de for-
mulários padronizados de uso da administração, e de
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao edições técnicas oficiais, bem como para prestação de
atendimento das finalidades precípuas da adminis- serviços de informática a pessoa jurídica de direito pú-
tração, cujas necessidades de instalação e localização blico interno, por órgãos ou entidades que integrem
condicionem a sua escolha, desde que o preço seja a Administração Pública, criados para esse fim espe-
compatível com o valor de mercado, segundo aval- cífico;
iação prévia;
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço origem nacional ou estrangeira, necessários à ma-
ou fornecimento, em conseqüência de rescisão con- nutenção de equipamentos durante o período de
tratual, desde que atendida a ordem de classificação garantia técnica, junto ao fornecedor original desses
da licitação anterior e aceitas as mesmas condições equipamentos, quando tal condição de exclusividade
oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao for indispensável para a vigência da garantia;
preço, devidamente corrigido;
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros o abastecimento de navios, embarcações, unidades
gêneros perecíveis, no tempo necessário para a real- aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quan-
ização dos processos licitatórios correspondentes, re- do em estada eventual de curta duração em portos,
alizadas diretamente com base no preço do dia; aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes,
por motivo de movimentação operacional ou de ade-
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbi- stramento, quando a exiguidade dos prazos legais pu-
da regimental ou estatutariamente da pesquisa, do der comprometer a normalidade e os propósitos das
ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de operações e desde que seu valor não exceda ao limite
instituição dedicada à recuperação social do preso, previsto na alínea “a” do inciso II do art. 23 desta Lei;
desde que a contratada detenha inquestionável rep-
utação ético-profissional e não tenha fins lucrativos; XIX - para as compras de material de uso pelas Forças
Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
administrativo, quando houver necessidade de mant-
er a padronização requerida pela estrutura de apoio
logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, medi-
ante parecer de comissão instituída por decreto;
LEGISLAÇÃO
11

XX - na contratação de associação de portadores de a) dação em pagamento;


deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão
idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração ou entidade da Administração Pública, de qualquer es-
Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento fera de governo;
de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado. c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisi-
tos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusiva- d) investidura;
mente a pesquisa científica e tecnológica com recur- e) venda a outro órgão ou entidade da administração
sos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras pública, de qualquer esfera de governo;
instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo f) alienação, concessão de direito real de uso, locação
CNPq para esse fim específico. ou permissão de uso de bens imóveis construídos
e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito
XXII - na contratação do fornecimento ou suprimento de programas habitacionais de interesse social, por
de energia elétrica com concessionário, permissionário órgãos ou entidades da administração pública especi-
ou autorizado, segundo as normas da legislação espe- ficamente criados para esse fim;
cífica.
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e
XXIII - na contratação realizada por empresa pública de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
ou sociedade de economia mista com suas subsidiári-
as e controladas, para a aquisição ou alienação de a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de
bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que interesse social, após avaliação de sua oportunidade e
o preço contratado seja compatível com o praticado conveniência sócio-econômica, relativamente à escol-
no mercado. ha de outra forma de alienação;
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou
serviços com as organizações sociais, qualificadas no entidades da Administração Pública;
âmbito das respectivas esferas de governo, para ativi-
dades contempladas no contrato de gestão. c) venda de ações, que poderão ser negociadas em
bolsa, observada a legislação específica;
Há, ainda, as hipóteses do art. 17 da Lei 8666/93:
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
“Art. 17. A alienação de bens da Administração Pú-
blica, subordinada à existência de interesse público e) venda de bens produzidos ou comercializados por
devidamente justificado, será precedida de avaliação órgãos ou entidades da Administração Pública, em vir-
e obedecerá às seguintes normas: tude de suas finalidades;

I - quando imóveis, dependerá de autorização legisla- f) venda de materiais e equipamentos para outros
tiva para órgãos da administração direta e entidades órgãos ou entidades da Administração Pública, sem
autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as utilização previsível por quem deles dispõe.
entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia
e de licitação na modalidade de concorrência, dispen-
sada esta nos seguintes casos:
LEGISLAÇÃO
12

§ 1o Os imóveis doados com base na alínea «b» do pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal,
inciso I deste artigo, cessadas as razões que justificar- ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
am a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa
jurídica doadora, vedada a sua alienação pelo benefi- II - para a contratação de serviços técnicos enumer-
ciário. ados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com
profissionais ou empresas de notória especialização,
§ 2o A Administração poderá conceder direito real de vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade
uso de bens imóveis, dispensada licitação, quando o e divulgação;
uso se destina a outro órgão ou entidade da Admin- III - para contratação de profissional de qualquer setor
istração Pública. artístico, diretamente ou através de empresário exclu-
sivo, desde que consagrado pela crítica especializada
§ 3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei: ou pela opinião pública.

I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros § 1o Considera-se de notória especialização o profis-


de área remanescente ou resultante de obra pública, sional ou empresa cujo conceito no campo de sua
área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, especialidade, decorrente de desempenho anterior,
por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que estudos, experiências, publicações, organização, apa-
esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do relhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos
valor constante da alínea “a” do inciso II do art. 23 des- relacionados com suas atividades, permita inferir que
ta lei; o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais
adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou,
na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins § 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos
residenciais construídos em núcleos urbanos anexos de dispensa, se comprovado superfaturamento, re-
a usinas hidrelétricas, desde que considerados dis- spondem solidariamente pelo dano causado à Fazen-
pensáveis na fase de operação dessas unidades e não da Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e
integrem a categoria de bens reversíveis ao final da o agente público responsável, sem prejuízo de outras
concessão. sanções legais cabíveis.”

Inexigibilidade Cumpre salientar que a relação dos casos de inexigib-


ilidade não é exaustiva. Outras hipóteses de exclusão
De acordo com o art. 25 da Lei 8666/93: do certame licitatório existirão, ainda que não arrola-
das nos incisos I a III, quando se proponham situações
“Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviab- nas quais estejam ausentes pressupostos jurídicos ou
ilidade de competição, em especial: fáticos condicionadores dos certames licitatórios. Vale
dizer, naquelas hipóteses em que o uso da licitação
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou significaria simplesmente inviabilizar o cumprimento
gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, de um interesse jurídico prestigiado pela Adminis-
empresa ou representante comercial exclusivo, veda- tração ou os prestadores do serviço almejado simples-
da a preferência de marca, devendo a comprovação mente não se engajariam na disputa dele em certame
de exclusividade ser feita através de atestado forne- licitatório por não terem aptidões necessárias.
cido pelo órgão de registro do comércio do local em
que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, Deve o Direito ser interpretado inteligentemente.
LEGISLAÇÃO
13

É o caso da sociedade de economia mista ou empresa início e incluído o de vencimento.


pública exploradora da atividade econômica, para as
quais é inexigível a licitação para aquisição rotineira a) Concorrência:
dos insumos de sua produção e comercialização para
que não se inviabilize seu funcionamento. A definição legal de concorrência pode ser analisada
no §1o do artigo 22:
Além dos casos arrolados acima, há no art. 13 da
referida lei, hipóteses nas quais é inexigível a licitação. “§ 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre
São os casos de serviços técnicos de natureza singular, quaisquer interessados que, na fase inicial de habil-
como pareceres, perícias, projetos executivos, patrocí- itação preliminar, comprovem possuir os requisitos
nio para causas judiciais etc. É preciso que, além dis- mínimos de qualificação exigidos no edital para ex-
to, que, tendo natureza singular, a singularidade nele ecução de seu objeto.”
reconhecível seja necessária para o bom atendimento
do interesse administrativo posto em causa. Donde, Prazo: o prazo mínimo até o recebimento das propos-
é preciso que seu desempenho demande qualificação tas ou da realização do evento será de 30 dias, salvo
incomum e satisfaça a necessidade administrativa. se o contrato contemplar o regime de empreitada in-
tegral ou a licitação for do tipo “melhor técnica” ou
3. Modalidade de Licitação “técnica e preço”, quando será de 45 dias. Estes prazos
se iniciam a partir do último dia da publicação do aviso
No sistema brasileiro a licitação compreende 5 modal- contendo o edital ou da efetiva disponibilidade de sua
idades, previstas no art. 22 da Lei 8666/93: concorrên- íntegra.
cia, tomada de preços, convite, concurso e leilão.
Divulgação: publicação na imprensa oficial e em jor-
A concorrência é obrigatória no caso de valores mais nal particular, contendo as informações essenciais da
elevados; a tomada de preços, tal como o leilão, é pre- licitação e o local onde pode ser obtido o edital.
vista para os negócios de vulto médio e o convite para
os de modesta significação econômica. Obrigatoriedade: independentemente da magnitude
do negócio na compra ou alienação de bens imóveis,
Todas as modalidades licitatórias dependem da pub- como nas concessões de direito real e de uso e nas lic-
licação de aviso contendo um resumo do edital com itações internacionais, ressalvados os bens móveis da
a indicação do local em que os interessados poderão Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de
obter-lhe o texto completo, bem como as informações procedimentos judiciais ou de dação em pagamento.
sobre o certame.
b) Tomada de Preços:
Entre esta divulgação e a apresentação das propostas
(concorrência, tomada de preços e convite) ou a real- De acordo com o art. 22, §2º da Lei 8666/93:
ização do evento (leilão e concurso) devem haver pra-
zos mínimos obrigatórios que irão variar em função da “§ 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação
modalidade licitatória. Tais prazos contam-se a partir entre interessados devidamente cadastrados ou que
da data da última publicação do edital resumido, ou atenderem a todas as condições exigidas para cadas-
da expedição do convite, ou ainda, da efetiva disponi- tramento até o terceiro dia anterior à data do recebi-
bilidade do edital ou convite. São computados em dias mento das propostas, observada a necessária qualifi-
corridos (dias úteis ou não), sempre excluído o dia de cação.”
LEGISLAÇÃO
14

Prazo: o prazo mínimo até o recebimento das propos- Como pode-se verificar, não se trata do concurso
tas ou da realização do evento será de 15 dias, salvo para provimento de cargos públicos, mas do concurso
se se tratar de licitação do tipo “melhor técnica” ou como procedimento administrativo concorrencial com
“técnica e preço”, quando será de 30 dias. finalidade, geralmente, artística ou científica.

Divulgação: publicação na imprensa oficial e em jornal Nas outras modalidades de licitação, a Administração
particular, contendo as informações essenciais da lic- pagará um preço a ser proposto pelos licitantes e que
itação e o local onde pode ser obtido o edital. se aceito executarão o seu objeto, enquanto no con-
curso os licitantes apresentarão o objeto, já pronto,
c) Convite: isto é, não seja julgada a proposta mas o objeto e o
Poder Público pagará um prêmio ou uma remuneração
O conceito legal de convite no §3o do artigo 22: preestabelecida. Os membros da banca julgadora não
precisam ser servidores da instituição que realiza a lic-
“§ 3o Convite é a modalidade de licitação entre in- itação, mas precisam ser espertos na matéria, ou seja,
teressados do ramo pertinente ao seu objeto, cadas- conhecedores do tema. Obs.: princípio do julgamento
trados ou não, escolhidos e convidados em número objetivo fica em segundo plano.
mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual
afixará, em local apropriado, cópia do instrumento Prazo: o prazo mínimo até o recebimento das propos-
convocatório e o estenderá aos demais cadastrados tas ou da realização do evento será de 45 dias.
na correspondente especialidade que manifestarem
seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e Divulgação: publicação na imprensa oficial e em jor-
quatro) horas da apresentação das propostas.” nal particular, contendo as informações essenciais da
licitação e o local onde pode ser obtido o edital.
Prazo: o prazo mínimo até o recebimento das propos-
tas ou da realização do evento será de 5 dias úteis. e) Leilão

Divulgação: é feita com a simples afixação do edital O conceito legal está previsto no art. 22, §5º da Lei
em local próprio da repartição. Mesmo que não se at- 8666/93:
inja o número mínimo de três licitantes, por limitações
de mercado ou desinteresse, o certame pode ser real- “§ 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
izado, desde que tais circunstâncias sejam justificadas interessados para a venda de bens móveis inservíveis
no processo. para a administração ou de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de
d) Concurso: bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
Artigo 22, §4o, Lei 8666/93:
“§ 4o Concurso é a modalidade de licitação entre Somente os bens dominicais podem ser alienados,
quaisquer interessados para escolha de trabalho téc- pois não exercem função pública. Os bens de uso co-
nico, científico ou artístico, mediante a instituição de mum e especial que forem desafetados também po-
prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme dem ser alienados.
critérios constantes de edital publicado na imprensa
oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e Prazo: o prazo mínimo até o recebimento das propos-
cinco) dias”. tas ou da realização do evento será de 15 dias.
LEGISLAÇÃO
15

Divulgação: publicação na imprensa oficial e em jornal É uma nova modalidade de licitação que teve origem
particular, contendo as informações essenciais da lic- nos regimentos das ANATEL. A Administração enten-
itação e o local onde pode ser obtido o edital. deu que esta modalidade funcionou bem e, portanto,
foi proposto o pregão para a União.
f) Aspectos Gerais
O pregão inicia-se para o público com a convocação dos
As modalidades de licitação mais importantes são a interessados, mediante aviso publicado no Diário Oficial e,
concorrência, a tomada de preços e o convite. É veda- conforme o vulto da licitação, também em jornal de grande
da a criação de outras modalidades de licitação ou a circulação. Do aviso terão de constar a definição do objeto
combinação das referidas. da licitação, local, dias e horários em que poderá ser lida ou
obtida a íntegra do edital.
A Administração, pode, ao invés de adotar a modali-
dade correspondente ao respectivo patamar de valor, Aberta a sessão, serão entregues as propostas, por escri-
optar pela prevista no patamar de valor mais elevado, to, em envelope do qual constarão a indicação do objeto
evidentemente, jamais o inverso. e do preço oferecidos. Os envelopes serão abertos para se
verificar se houve conformidade com os requisitos estabe-
Nos casos em que couber convite, a administração lecidos no instrumento convocatório. Após a abertura dos
poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer envelopes é feita a classificação das propostas. Tanto o autor
caso, a concorrência. Os prazos estabelecidos serão da proposta mais baixa quanto os que hajam feito ofertas
contados a partir da última publicação do edital resu- até 10% superiores a ela poderão fazer sucessivos lances
mido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva verbais, até a proclamação do vencedor. Se não tiver hav-
disponibilidade do edital ou do convite e respectivos ido pelo menos três proponentes cujas ofertas preencham
anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. este requisito (10% de diferença em relação à mais baixa), os
demais disputantes autores das melhores propostas, até o
Qualquer modificação no edital exige divulgação máximo de três, adquirem o direito de ofertar lances verbais.
pela mesma forma que se deu o texto original, rea-
brindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto Para julgamento e classificação o critério das propostas é o
quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a do melhor preço, observados os prazos máximos de fornec-
formulação das propostas. O aviso publicado conterá imento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de
a indicação do local em que os interessados poderão desempenho e qualidade definidos no edital.
ler e obter o texto integral do edital e de todas as in-
formações sobre a licitação. Isto posto, só então, será aberto o envelope contendo os
documentos com a habilitação daquele que resultou como
g) Pregão o melhor ofertante, para verificação do atendimento das
condições previstas no edital quanto à habilitação (regulari-
Art. 2º, MP 2108-9/2000: “Pregão é a modalidade de dade fiscal, FGTS regular etc).
licitação para aquisição de bens e serviços comuns,
promovida exclusivamente no âmbito da União, Verificado o atendimento das exigências do edital, o licit-
qualquer que seja o valor estimado da contratação, ante será declarado vencedor. Se o proponente de melhor
em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio proposta não preencher os requisitos, o pregoeiro exami-
de propostas e lances em sessão pública”. nará as ofertas subsequentes.
LEGISLAÇÃO
16

O período de validade das propostas é de 60 dias, salvo interessados para a apresentação de suas propostas. É o
disposição no edital. É uma modalidade que poupa tempo ato por cujo meio a Administração faz público o propósito
para a Administração pois, antes de se verificar a habilitação de licitar determinado objeto, estabelece os requisitos ex-
de todos os proponentes, se verifica, de pronto, a melhor igidos dos proponentes e das propostas, regula os termos
proposta, retirando-se do certame aqueles com proposta segundo os quais avaliará e fixará as cláusulas do eventual
incompatível com o interesse administrativo. contrato a ser travado. É a “lei interna” da licitação. É a
matriz da licitação e do contrato.
4. Etapas da Licitação
a) Funções: dar publicidade à licitação; identifica o objeto
As licitações possuem uma etapa interna e externa. A in- da licitação e delimita o universo das propostas; circun-
terna é aquela em que a promotora do certame, em seu screve o universo dos proponentes; estabelece os critéri-
recesso, pratica todos os atos condicionais à sua abertura; os para análise e avaliação dos proponentes e propostas;
antes, pois de implementar a convocação dos interessa- regula atos e termos processuais do procedimento;
dos. A etapa externa, que se abre com a publicação do
edital ou com os convites, é aquela em que, já estando fixa cláusulas do futuro contrato.
estampadas por terceiros, com a convocação de interes-
sados, as condições de participação e disputa, irrompe a b) Anexos do Edital: projeto básico e/ou executivo
oportunidade de relacionamento entre a Administração e com todas as especificações; orçamento estimado em
os que se propõem afluir ao certame. planilhas de quantitativos e custos unitários; minuta
do contrato a ser firmado; especificações complemen-
Requisitos para Instauração da Licitação: tares.

Para ser instaurada a licitação destinada à contratação de c) Vícios do edital: indicação defeituosa do objeto
obras ou serviços é necessário que exista ao menos: ou delimitação incorreta do universo de propostas;
impropriedade na delimitação do universo de pro-
Projeto básico: conjunto de elementos definidores do ponentes; caráter aleatório ou discriminatório dos
objeto suficientes para a estimativa de seu custo final e critérios de avaliação de proponentes e propostas; es-
prazo de execução; tabelecimento de trâmites processuais cerceadores da
liberdade de fiscalizar a lisura do procedimento.
Orçamento;
**Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar
Recursos orçamentários previstos: que assegurem o pa- edital que se ressinta de desconformidade com a lei.
gamento das obrigações a serem saldadas no exercício;
Habilitação
5. Fases da Licitação
Ato pelo qual são admitidos os proponentes aptos.
Edital A habilitação, por vezes denominada qualificação, é
a fase do procedimento em que se analisa a aptidão
Ato pelo qual são convocados os interessados e estabe- dos licitantes. A atenção da Administração vai cifrar-se
lecidas as condições que irão reger o certame. É o instru- a verificar se os que acorreram ao certame preenchem
mento pelo qual a Administração leva ao conhecimento ou não os requisitos necessários para disputá-lo, se-
público a abertura de “concorrência” ou de “tomada de gundo os termos do edital.
preços”, fixa as condições de sua realização e convoca os
LEGISLAÇÃO
17

a) Requisitos: Tais requisitos relacionam-se com a a) Requisitos: a proposta deve ser:


documentação que é o conjunto dos comprovantes
da personalidade jurídica, da capacidade técnica e da Ajustada às condições do edital;
idoneidade financeira que se exigem dos interessa-
dos para habilitarem-se na licitação. São eles: habili- Séria: é aquela feita não só com o intuito, mas também
tação jurídica (art. 28: RG, registro comercial, estatuto com a possibilidade de ser mantida e cumprida. As
etc), qualificação técnica (art. 30: registro na entidade propostas inexequíveis não são sérias.
profissional competente, prova de aptidão técnica
etc), econômico-financeira (art. 31: balanço patrimo- Firme: é aquela feita sem reservas, ou seja, sem cláusu-
nial, certidão negativa de falência etc) e regularidade las condicionais ou resolutivas.
fiscal (art. 29: CPF, CGC, prova de regularidade fiscal do Concreta: é aquela cujo conteúdo do ofertado está
FGTS etc) dos interessados. perfeitamente determinado nela mesma, sem estabe-
lecer remissões a oferta de terceiros.
Na modalidade de convite, inexiste a fase de habil-
itação pois esta é presumida. Na tomada de preços Obs: há a proibição de propostas que apresentem
os interessados devem inscrever-se em um cadastro preços simbólicos, irrisórios, ou de valor zero, incom-
administrativo no qual ficam catalogados os que se patíveis com o preço de mercado, pois a intenção ad-
habilitaram mediante demonstração dos requisitos ministrativa é manter relação de reciprocidade com o
acima referidos. particular, respeitando o princípio da isonomia.

No caso de consórcio, no qual uma associação de em- b) Objetividade do Julgamento: o julgamento das
presas conjuga recursos humanos, técnicos e materiais propostas será de acordo como tipo de licitação ado-
para execução do objeto a ser licitado, a habilitação tado no edital e será com o máximo de objetividade.
se faz com a apresentação da documentação por par-
te de cada um dos integrantes do compromisso de c) Classificação: é o ato pelo qual as propostas ad-
consórcio. mitidas são ordenadas em função das vantagens que
oferecem, na conformidade dos critérios de avaliação
Nas licitações internacionais, as empresas estrangei- estabelecidos no edital (e, portanto, consonantes com
ras (as que não funcionem no País) devem apresentar a lei).
documentos equivalentes ao exigidos para empresas
nacionais, autenticados pelos consulados e traduzidos. Tipos de Licitação

Julgamento com a Classificação São critérios fundamentais de julgamento aplicáveis às


concorrências, tomadas de preços e convites):
Ato pelo qual são ordenadas as propostas admitidas.
O julgamento das propostas começa por um exame Menor Preço: critério de seleção da proposta mais
de suas admissibilidades, pois as propostas devem vantajosa é o da oferta menor.
atender a certos requisitos, sem o quê não poderão
sequer ser tomadas em consideração. Analisadas as
propostas conformes ao edital estas devem ser julga-
das. É a classificação.
LEGISLAÇÃO
18

Melhor Técnica: a seleção da proposta mais vantajo- 1. Homologação


sa, é a que resulta de uma negociação que comina pela
escolha daquele que, tendo alcançado índice técnico Ato pelo qual se examina a regularidade do desen-
comparativamente mais elevado do que o de outras, volvimento do procedimento anterior. É ato pelo qual
seu proponente concorde em rebaixar a cotação que a autoridade competente, estranha à comissão, após
havia feito até o montante da proposta de “menor examinar todos os atos pertinentes ao desenvolvi-
preço” entre os ofertados. Neste tipo de licitação o mento do certame licitatório, proclama lhe a correção
ato convocatório indicará o preço, máximo admissível, jurídica, se esteve conforme às exigências normativas.
o índice de valorização técnica mínima para aceitabili- É o ato de controle pelo qual a autoridade superior
dade das propostas e os critérios de avaliação técnica. confirma o julgamento das propostas e, consequente-
As propostas serão apresentadas cada qual em en- mente, permite à adjudicação.
velopes distintos, correspondentes um à proposta
técnica e outro à proposta de preços. Primeiro serão 2. Adjudicação
abertos os envelopes contendo as propostas técnicas
que serão avaliadas. Após, serão abertos os envelopes Ato pelo qual é selecionado o proponente que haja
contendo as propostas de preço. A partir daí a Admin- apresentado propostas havida como satisfatória, con-
istração iniciará negociação com o autor da proposta vocando-se o vencedor para travar o contrato em vista
técnica classificada em primeiro lugar para que este a do qual se realizou o certame. É o ato pelo qual se
rebaixe. atribui ao vencedor o objeto de licitação para a subse-
quente efetivação do contrato.
Melhor Técnica e Preço: o critério de seleção da mel-
hor proposta é o que resulta da média ponderada das 3. Recursos
notas atribuídas aos fatores técnica e preço, valorados
na conformidade dos pesos e critérios estabelecidos Dos atos da Administração decorrentes da aplicação
no ato convocatório; só para serviços intelectuais. Ab- da Lei de licitações cabem:
ertos os envelopes de técnica e preço, procede-se à
classificação de acordo com a média ponderada das a) Recurso: no prazo de 5 dias úteis a contar da inti-
valorizações das propostas técnicas e de preços. mação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:

Maior Lance ou Oferta; • habilitação ou inabilitação do licitante;


• julgamento das propostas;
Em regra, o critério para a avaliação das propostas é • anulação ou revogação da licitação;
o “menor preço”; mas, no caso de serviço intelectual • indeferimento do pedido de inscrição em registro
podem ser usados os critérios de “melhor técnica” ou cadastral, sua alteração ou cancelamento;
“técnica e preço”. • rescisão do contrato;
• aplicação das penas de advertência, suspensão
No caso de empate, têm preferência os bens e serviços temporária ou de multa.
produzidos no País e, sucessivamente, os produzidos
ou prestados por empresa brasileira (art. 2°, II e III; 3°); b) Representação: no prazo de 5 dias úteis da inti-
persistindo o empate, decide-se por sorteio (art. 45, § mação da decisão relacionada com o objeto da lic-
2°). itação ou do contrato, de que não caiba recurso hi-
erárquico.
LEGISLAÇÃO
19

c) Pedido de Reconsideração: de decisão do Ministro 2. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova:
de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal. FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área
Técnico-Administrativa
O “mandado de segurança” é, frequentemente, a única O Tribunal de Justiça do Ceará, após regular processo
via hábil capaz de salvaguardar os direitos postulados licitatório, contratou a sociedade empresária XXX
por um licitante, sendo certo que a possibilidade da para aquisição de determinados equipamentos
liminar presta-se acautelar os direitos destes últimos. de informática. Tão logo a contratada entregou o
primeiro lote da compra, o Tribunal verificou que,
diante da criação de novas varas especializadas,
seria necessário um acréscimo na quantidade dos
mesmos produtos originalmente contratados.
VAMOS PRATICAR 4
No caso em tela, a contratada está:

a. obrigada a aceitar a alteração unilateral do contrato


1. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: pelo Tribunal, desde que respeitado o limite de
FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área 25% para acréscimo e mantido seu equilíbrio
Técnico-Administrativa econômico-financeiro;
b. obrigada a aceitar a alteração unilateral do contrato
Um experiente executivo da iniciativa privada foi pelo Tribunal, desde que respeitado o limite de
indicado para ser diretor de um órgão público. Uma 50% para acréscimo e mantido seu equilíbrio
de suas maiores dificuldades iniciais foi entender o econômico-financeiro;
processo licitatório e a posterior contratação. c. obrigada a aceitar a alteração unilateral do contrato
pelo Tribunal, desde que respeitado o limite de
O contrato administrativo é entendido como: 100% para acréscimo e mantido seu equilíbrio
econômico-financeiro;
a. o ajuste de vontades firmado entre órgãos da d. desobrigada a aceitar a alteração unilateral do
Administração Pública, segundo regime jurídico contrato pelo Tribunal, que poderá ocorrer na
de Direito Privado; hipótese de acordo entre as partes do contrato
b. obrigatório, no caso de concorrência em tomada administrativo, desde que respeitado o limite de
de preços, e é regido segundo regime jurídico de 100% para acréscimo;
Direito Público; e. desobrigada a aceitar a alteração unilateral do
c. aquele em que não é lícito alteração unilateral do contrato pelo Tribunal, que poderá ocorrer na
contrato pela Administração, nem sua rescisão hipótese de acordo entre as partes do contrato
unilateral, e é regido segundo regime jurídico de administrativo, desde que respeitado o limite de
Direito Privado; 50% para acréscimo.
d. aquele em que não é possível ter cláusulas
exorbitantes, embora sejam cláusulas comuns em
contratos particulares, e é regido segundo regime 3. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: AL-RO Prova: FGV
jurídico de Direito Privado; - 2018 - AL-RO - Assistente Legislativo
e. todo ajuste entre órgãos ou entidades da
Administração Pública e particulares, em que O contrato administrativo representa um ajuste
entre a Administração Pública e particulares, regido
haja um acordo de vontades para a formação de
predominantemente pelo direito público. Nesse
vínculos e a estipulação de obrigações recíprocas,
tipo de ajuste, por estar agindo na qualidade de
segundo regime jurídico de Direito Público.
poder público, a Administração Pública possui
certas prerrogativas que distinguem o contrato
administrativo do contrato de direito privado,
denominadas, pela doutrina, de cláusulas
exorbitantes.
LEGISLAÇÃO
20

As opções a seguir apresentam exemplos de e. Devem ser formais e onerosos, porque remunerados
prerrogativas conferidas à Administração Pública na forma convencionada.
nos contratos administrativos, à exceção de uma.
Assinale-a. 6. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: MPE-BA Prova:
FGV - 2017 - MPE-BA - Assistente Técnico -
a. Exigir garantias. Administrativo
b. Alterar unilateralmente o contrato.
c. Aplicar sanções de natureza administrativa ao Contratos administrativos podem ser definidos
contratado. como as manifestações de vontade de duas ou mais
d. Celebrar contratos por prazo indeterminado. pessoas para a celebração de um negócio jurídico,
e. Fiscalizar, por meio de um representante, a com a participação do poder público, que atua com
execução do contrato. as cláusulas exorbitantes, com o escopo de atender
ao interesse público.
4. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: MPE-AL Prova:
FGV - 2018 - MPE-AL - Técnico do Ministério Nesse contexto, conforme ensina a doutrina de
Público - Tecnologia da Informação Direito Administrativo, tais cláusulas exorbitantes:

Os contratos administrativos se diferenciam dos a. A decorrem do princípio constitucional da


contratos de direito privado por propiciarem alguns isonomia, colocando o Estado e o particular em
tipos de prerrogativas para o poder público. Essas igualdade jurídica na avença;
prerrogativas são chamadas de b. B são implícitas em todos os contratos
administrativos, não dependendo de expressa
a. A tratados desiguais. previsão no acordo;
b. B acordos Impróprios. c. C viabilizam o direito potestativo do Estado de
c. C fato do príncipe. alterar o objeto do contrato, a qualquer momento;
d. D onerosidade exclusiva. d. D permitem à Administração Pública promover a
e. E cláusulas exorbitantes. alteração unilateral quantitativa, em regra, de até
10% do valor inicial;
e. E concedem à Administração Pública o poder
5. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: SEPOG - RO Prova: de alterar unilateralmente a margem de lucro
FGV - 2017 - SEPOG - RO - Técnico em Políticas inicialmente contratada.
Públicas e Gestão Governamental
7. Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: Câmara Municipal
Os contratos administrativos estão disciplinados
de Caruaru - PE Prova: FGV - 2015 - Câmara
na Lei nº 8.666/93, e podem ser considerados os
Municipal de Caruaru - PE - Técnico Legislativo
ajustes firmados entre a administração pública,
agindo nesta qualidade, e outras partes, desde
A Lei nº 8.666/93 dispõe sobre características
que em conformidade com o interesse público,
dos contratos administrativos, inclusive sobre os
sob a regência do direito público e nos termos
motivos que ensejam a rescisão de tais contratos.
estabelecidos pela própria contratante.

Sobre as características dos contratos Acerca do tema, analise as situações descritas a


administrativos, assinale a afirmativa incorreta. seguir.

a. Devem ter licitação prévia, salvo nos casos de I. Não cumprimento de cláusulas contratuais,
dispensa, dispensável ou inexigível, conforme especificações, projetos e prazos.
previstos em lei. II. Cumprimento irregular de cláusulas
b. Devem ser consensuais, por surgirem do contratuais, especificações, projetos e prazos.
consentimento mútuo entre as partes. III. Não liberação, por parte da Administração,
c. Devem ser executados pelo contratado, não de área, local ou objeto para execução de
admitindo a livre subcontratação. obra, serviço ou fornecimento, nos prazos
d. Devem ser informais, não admitindo a existência de contratuais, bem como das fontes de materiais
cláusulas exorbitantes. naturais especificadas no projeto.
LEGISLAÇÃO
21

Considerando o texto da Lei nº 8.666/93, assinale a indenizar o contratante pelo que este houver
opção correta acerca das situações que constituem executado.
motivo para rescisão do contrato administrativo.

a. Apenas os motivos descritos nos itens I e II podem 10. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de
ensejar a rescisão do contrato administrativo. Salvador - BA Prova: FGV - 2019 - Prefeitura de
b. Apenas os motivos descritos nos itens I e III podem Salvador - BA - Analista - Engenharia Elétrica
ensejar a rescisão do contrato administrativo.
c. Apenas os motivos descritos nos itens II e III podem Segundo legislação de licitações e contratos
ensejar a rescisão do contrato administrativo. administrativos, assinale a opção que apresenta
d. Todos os itens descrevem motivos que podem uma prerrogativa da Administração.
ensejar a rescisão do contrato administrativo. a. Modificar, unilateralmente, cláusulas econômico-
e. Apenas os motivos descritos no item II podem financeiras e monetárias do contrato.
ensejar a rescisão do contrato administrativo b. Estabelecer prazo de vigência indeterminado,
no caso de contratos de prestação de serviços
continuados.
8. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Senado Federal c. Aplicar sanções motivadas pela inexecução total
Provas: FGV - 2008 - Senado Federal - Técnico ou parcial do contrato.
Legislativo - Administração d. Definir percentual de garantia que será exigido,
devendo estar entre 5% e 20% do valor do
Em relação aos contratos administrativos é correto contrato.
afirmar que: e. Definir modalidade de garantia que será exigida
na celebração do contrato.
a. podem sofrer alteração unilateral de natureza
quantitativa ou qualitativa.
b. não podem ser celebrados por empresas públicas e
sociedades de economia mista. 2. Lei 9.785/99
c. só podem ser rescindidos se houver inadimplemento
de obrigações por parte do contratado. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
d. são formalizados por instrumento escrito, salvo Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
quando se tratar de compra de bens móveis. Lei:
e. nulos não conferem ao particular o direito
à indenização pelo que já tiver executado Art. 1o O art. 5o do Decreto-Lei no 3.365, de 21 de
anteriormente à declaração de nulidade. junho de 1941, modificado pela Lei no 6.602, de 7 de
dezembro de 1978, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
9. Ano: 2011 Banca: FGV Órgão: TRE-PA Prova:
FGV - 2011 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Área “Art. 5o ..............................................................
Administrativa
..........................................................................
Quanto aos contratos administrativos, é correto
afirmar que “i) a abertura, conservação e melhoramento de vias
ou logradouros públicos; a execução de planos de
a. a celebração de contrato verbal é vedada pela lei, urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem
sendo nula e não produzindo efeitos. edificação, para sua melhor utilização econômica,
b. a rescisão contratual se dá privativamente pela via higiênica ou estética; a construção ou ampliação de
administrativa. distritos industriais;” (NR)
c. é vedado o contrato com prazo de duração
indeterminado. “.......................................................................”
d. a declaração de nulidade do contrato não opera
retroativamente para desconstituir os efeitos
jurídicos já produzidos.
e. a nulidade exonera a administração do dever de
LEGISLAÇÃO
22

“§ 3o Ao imóvel desapropriado para implantação I - vias de circulação;


de parcelamento popular, destinado às classes de
menor renda, não se dará outra utilização nem haverá II - escoamento das águas pluviais;
retrocessão.”
III - rede para o abastecimento de água potável; e
Art. 2o O inciso I do art. 167 da Lei no 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, alterado pelas Leis nos 6.216, de IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a
30 de junho de 1975, e 9.514, de 20 de novembro de energia elétrica domiciliar.”
1997, passa a vigorar acrescido do seguinte item 36:
“Art. 3o Somente será admitido o parcelamento do
“Art. 167. .............................................................. solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão
urbana ou de urbanização específica, assim definidas
I -.......................................................................... pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal.”
(NR)
“36) da imissão provisória na posse, e respectiva cessão
e promessa de cessão, quando concedido à União, “.......................................................................”
Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas entidades
delegadas, para a execução de parcelamento popular, “Art. 4o .............................................................”
com finalidade urbana, destinado às classes de menor
renda.” “I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a
implantação de equipamento urbano e comunitário,
“..........................................................................” bem como a espaços livres de uso público, serão
proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo
Art. 3o A Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979, plano diretor ou aprovada por lei municipal para a
passa a vigorar com as seguintes alterações: zona em que se situem.” (NR)

“Art. 2o ................................................................ “.......................................................................”

...........................................................................” “§ 1o A legislação municipal definirá, para cada zona


em que se divida o território do Município, os usos
“§ 2o (VETADO) permitidos e os índices urbanísticos de parcelamento
e ocupação do solo, que incluirão, obrigatoriamente,
“§ 3o (VETADO) as áreas mínimas e máximas de lotes e os coeficientes
máximos de aproveitamento.” (NR)
§ 4o Considera-se lote o terreno servido de infra-
estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices “.......................................................................”
urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei
municipal para a zona em que se situe. “Art. 7o ............................................................”

§ 5o Consideram-se infra-estrutura básica os “Parágrafo único. As diretrizes expedidas vigorarão


equipamentos urbanos de escoamento das águas pelo prazo máximo de quatro anos.” (NR)
pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário
e abastecimento de água potável, e de energia “Art. 8o Os Municípios com menos de cinqüenta
elétrica pública e domiciliar e as vias de circulação mil habitantes e aqueles cujo plano diretor contiver
pavimentadas ou não. diretrizes de urbanização para a zona em que se situe
o parcelamento poderão dispensar, por lei, a fase de
§ 6o A infra-estrutura básica dos parcelamentos fixação de diretrizes previstas nos arts. 6o e 7o desta
situados nas zonas habitacionais declaradas por lei Lei.” (NR)
como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo,
de:
LEGISLAÇÃO
23

“Art. 9o Orientado pelo traçado e diretrizes oficiais, rejeitado e para que as obras executadas sejam aceitas
quando houver, o projeto, contendo desenhos, memorial ou recusadas.” (NR)
descritivo e cronograma de execução das obras com
duração máxima de quatro anos, será apresentado à “§ 1o Transcorridos os prazos sem a manifestação do
Prefeitura Municipal, ou ao Distrito Federal, quando Poder Público, o projeto será considerado rejeitado
for o caso, acompanhado de certidão atualizada da ou as obras recusadas, assegurada a indenização por
matrícula da gleba, expedida pelo Cartório de Registro eventuais danos derivados da omissão.
de Imóveis competente, de certidão negativa de
tributos municipais e do competente instrumento de § 2o Nos Municípios cuja legislação for omissa, os
garantia, ressalvado o disposto no § 4o do art. 18.” (NR) prazos serão de noventa dias para a aprovação ou
rejeição e de sessenta dias para a aceitação ou recusa
“......................................................................” fundamentada das obras de urbanização.”

“§ 3o Caso se constate, a qualquer tempo, que a “Art. 18. ....................................................................”


certidão da matrícula apresentada como atual não tem
mais correspondência com os registros e averbações “I - título de propriedade do imóvel ou certidão da
cartorárias do tempo da sua apresentação, além das matrícula, ressalvado o disposto nos §§ 4o e 5o;” (NR)
conseqüências penais cabíveis, serão consideradas
insubsistentes tanto as diretrizes expedidas “................................................................................”
anteriormente, quanto as aprovações conseqüentes.”
“V - cópia do ato de aprovação do loteamento e
“Art. 10. Para a aprovação de projeto de desmembramento, comprovante do termo de verificação pela Prefeitura
o interessado apresentará requerimento à Prefeitura Municipal ou pelo Distrito Federal, da execução
Municipal, ou ao Distrito Federal quando for o caso, das obras exigidas por legislação municipal, que
acompanhado de certidão atualizada da matrícula da incluirão, no mínimo, a execução das vias de circulação
gleba, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis do loteamento, demarcação dos lotes, quadras e
competente, ressalvado o disposto no § 4o do art. 18, logradouros e das obras de escoamento das águas
e de planta do imóvel a ser desmembrado contendo:” pluviais ou da aprovação de um cronograma, com a
(NR) duração máxima de quatro anos, acompanhado de
competente instrumento de garantia para a execução
“...............................................................................” das obras;” (NR)

“Art. 11. Aplicam-se ao desmembramento, no que “...............................................................................”


couber, as disposições urbanísticas vigentes para as
regiões em que se situem ou, na ausência destas, as “§ 4o O título de propriedade será dispensado quando se
disposições urbanísticas para os loteamentos.” (NR) tratar de parcelamento popular, destinado às classes de
menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública,
“................................................................................” com processo de desapropriação judicial em curso e
imissão provisória na posse, desde que promovido pela
“Art. 12. ....................................................................” União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas
entidades delegadas, autorizadas por lei a implantar
“Parágrafo único. O projeto aprovado deverá ser projetos de habitação.
executado no prazo constante do cronograma de
execução, sob pena de caducidade da aprovação.” § 5o No caso de que trata o § 4o, o pedido de registro
do parcelamento, além dos documentos mencionados
“Art. 13. Aos Estados caberá disciplinar a aprovação nos incisos V e VI deste artigo, será instruído com cópias
pelos Municípios de loteamentos e desmembramentos autênticas da decisão que tenha concedido a imissão
nas seguintes condições:” (NR) provisória na posse, do decreto de desapropriação, do
comprovante de sua publicação na imprensa oficial e,
“................................................................................” quando formulado por entidades delegadas, da lei de
criação e de seus atos constitutivos.”
“Art. 16. A lei municipal definirá os prazos para que um
projeto de parcelamento apresentado seja aprovado ou
LEGISLAÇÃO
24

“Art. 26. .................................................................


“Parágrafo único. .......................................................
.............................................................................”
“§ 3o Admite-se, nos parcelamentos populares, a ...............................................................................”
cessão da posse em que estiverem provisoriamente
imitidas a União, Estados, Distrito Federal, Municípios “II - com inexistência de título legítimo de propriedade
e suas entidades delegadas, o que poderá ocorrer por do imóvel loteado ou desmembrado, ressalvado
instrumento particular, ao qual se atribui, para todos o disposto no art. 18, §§ 4o e 5o, desta Lei, ou com
os fins de direito, caráter de escritura pública, não omissão fraudulenta de fato a ele relativo, se o fato
se aplicando a disposição do inciso II do art. 134 do não constituir crime mais grave.” (NR)
Código Civil.
“Art. 51. ...................................................................”
§ 4o A cessão da posse referida no § 3o, cumpridas as
obrigações do cessionário, constitui crédito contra o “Parágrafo único. (VETADO)
expropriante, de aceitação obrigatória em garantia de
contratos de financiamentos habitacionais. “Art. 53-A. São considerados de interesse público os
parcelamentos vinculados a planos ou programas
§ 5o Com o registro da sentença que, em processo habitacionais de iniciativa das Prefeituras Municipais
de desapropriação, fixar o valor da indenização, a e do Distrito Federal, ou entidades autorizadas por lei,
posse referida no § 3o converter-se-á em propriedade em especial as regularizações de parcelamentos e de
e a sua cessão, em compromisso de compra e venda assentamentos.
ou venda e compra, conforme haja obrigações a
cumprir ou estejam elas cumpridas, circunstância que, Parágrafo único. Às ações e intervenções de que trata
demonstradas ao Registro de Imóveis, serão averbadas este artigo não será exigível documentação que não
na matrícula relativa ao lote. seja a mínima necessária e indispensável aos registros
no cartório competente, inclusive sob a forma
§ 6o Os compromissos de compra e venda, as cessões de certidões, vedadas as exigências e as sanções
e as promessas de cessão valerão como título para o pertinentes aos particulares, especialmente aquelas
registro da propriedade do lote adquirido, quando que visem garantir a realização de obras e serviços, ou
acompanhados da respectiva prova de quitação.” que visem prevenir questões de domínio de glebas,
que se presumirão asseguradas pelo Poder Público
“Art. 40. .................................................................. respectivo.”

..............................................................................” Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua


publicação.
“§ 5o A regularização de um parcelamento pela
Prefeitura Municipal, ou Distrito Federal, quando for Brasília, 29 de janeiro de 1999; 178o da Independência
o caso, não poderá contrariar o disposto nos arts. 3o e 111o da República.
e 4o desta Lei, ressalvado o disposto no § 1o desse
último.” FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Clovis de Barros Carvalho
“Art. 43. .................................................................”
Este texto não substitui o publicado no DOU de
“Parágrafo único. Neste caso, o loteador ressarcirá a 1.2.1999 e retificado em 4.2.1999
Prefeitura Municipal ou o Distrito Federal quando for
o caso, em pecúnia ou em área equivalente, no dobro
da diferença entre o total das áreas públicas exigidas e
as efetivamente destinadas.”

“Art. 50. ....................................................................

................................................................................”
LEGISLAÇÃO
25

qualquer hipótese de sigilo;


d. impulsão, pelos interessados, do processo
VAMOS PRATICAR 5 administrativo, vedado o andamento de ofício;
e. E interpretação da norma da forma que melhor
garanta o fim público, inclusive com aplicação
retroativa de nova interpretação.
1. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: MPE-AL Prova:
FGV - 2018 - MPE-AL - Técnico do Ministério
Público - Geral 3. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-AL Prova:
FGV - 2018 - TJ-AL - Técnico Judiciário - Área
Com o objetivo de aumentar a segurança Judiciária
jurídica dos administrados, determinada
entidade administrativa elaborou um formulário Os atos administrativos devem ser precedidos de
padronizado para determinados assuntos, que um processo formal que justifica sua prática e serve
importem em pretensão equivalente. de base para sua legitimidade, documentando
todas as etapas até a formação válida da atuação
À luz da sistemática estabelecida pela Lei nº da Administração Pública.
9.784/99, que regula o processo administrativo no
âmbito da Administração Pública Federal, é correto Nesse contexto, a Lei nº 9.784/99 estabelece que,
afirmar que o referido formulário foi elaborado nos processos administrativos, será observado,
por unidade entre outros, o critério de:
a. da administração fundacional, com personalidade a. obrigatoriedade de defesa técnica por advogado
jurídica de direito privado. no processo administrativo disciplinar, sob pena
b. integrante do terceiro setor, mas que se relaciona de nulidade absoluta por violação à Constituição
com o poder público. da República de 1988;
c. da administração direta, destituída de b. interpretação da norma administrativa da forma
personalidade jurídica. que melhor garanta o atendimento do fim público
d. da administração indireta, destituída de a que se dirige, permitida aplicação retroativa de
personalidade jurídica. nova interpretação;
e. da administração direta ou indireta, dotada de c. impulsão procedimental pelos interessados,
personalidade jurídica. vedada a atuação de ofício pela própria
2. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: TJ-CE Prova: Administração Pública;
FGV - 2019 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área d. divulgação oficial dos atos administrativos, vedada
Técnico-Administrativa qualquer hipótese de sigilo;
e. proibição de cobrança de despesas processuais,
De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, ressalvadas as previstas em lei.
processo administrativo é uma série concatenada
de atos administrativos, obedecendo a uma ordem
previamente estabelecida pela lei, com uma 4. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: TRT - 12ª Região
finalidade específica que enseja a prática de um (SC) Prova: FGV - 2017 - TRT - 12ª Região (SC) -
ato final. Técnico Judiciário - Área Administrativa
Consoante dispõe a Lei nº 9.784/99, nos processos
administrativos serão observados, entre outros, o José, Técnico Judiciário do Tribunal Regional do
critério de: Trabalho de Santa Catarina, ocupante do cargo
em comissão de supervisor do departamento
a. proibição de cobrança de despesas processuais, de recursos humanos do Tribunal, praticou ato
ressalvadas as previstas em lei; administrativo que era de competência do diretor
b. atendimento a fins de interesse geral, permitida, daquele departamento.
em qualquer caso, a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências; De acordo com a doutrina de Direito Administrativo
c. divulgação oficial dos atos administrativos, vedada e a Lei nº 9.784/99, o ato praticado por José:
LEGISLAÇÃO
26

a. deve ser anulado pela autoridade competente, 6. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: Senado Federal
eis que vícios de competência são insanáveis, Prova: FGV - 2012 - Senado Federal - Técnico
com efeitos ex tunc, pelo princípio da segurança Legislativo - Administração
jurídica e para evitar prejuízos a terceiros;
b. deve ser anulado pela autoridade competente, A respeito da comunicação dos atos, conforme a
pois se trata de ato vinculado em razão do vício de Lei 9.784/99, assinale a afirmativa INCORRETA.
competência, que não admite retificação, devendo
atender ao princípio da legalidade e observar o a. A intimação deverá conter identificação do
interesse público; intimado e nome do órgão ou entidade
c. deve ser anulado pela autoridade competente, administrativa, além da finalidade da intimação.
pois se trata de matéria de ordem pública, b. O desatendimento da intimação importa o
regida por normas cogentes que não admitem a reconhecimento da verdade dos fatos e a renúncia
retificação do ato por parte do agente que deveria a direito pelo administrado.
originalmente tê-lo praticado; c. A intimação observará a antecedência mínima de
d. pode ser convalidado pela autoridade competente, três dias úteis quanto à data de comparecimento.
por meio da ratificação do ato, caso entenda d. No caso de interessados indeterminados,
conveniente e oportuno, desde que sanável o desconhecidos ou com domicílio indefinido,
vício e não haja prejuízos a terceiros, bem como a intimação deve ser efetuada por meio de
seja atendido o interesse público; publicação oficial.
e. pode ser convalidado pela autoridade e. As intimações serão nulas quando feitas sem
competente, por meio da prática de novo ato que observância das prescrições legais, mas o
substitua o anterior, com efeitos ex nunc, sendo comparecimento do administrado supre sua falta
tal aproveitamento um ato vinculado, cuja prática ou irregularidade.
é obrigatória pelo agente superior.

5. Ano: 2010 Banca: FGV Órgão: FIOCRUZ Prova: 7. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: Senado Federal
FGV - 2010 - FIOCRUZ - Assistente Técnico de Prova: FGV - 2012 - Senado Federal - Técnico
Gestão em Saúde Legislativo - Administração

A respeito dos critérios que devem ser observados Em relação à forma, tempo e lugar dos atos do
no processo administrativo da Administração processo, com base na Lei 9.784/99, assinale a
Pública Federal, assinale a afirmativa incorreta. afirmativa INCORRETA.

a. Adequação entre meios e fins, vedada a imposição a. Os atos do processo administrativo não
de obrigações, restrições e sanções em medida dependem de forma determinada senão quando
superior àquelas estritamente necessárias ao a lei expressamente a exigir.
atendimento do interesse público. b. Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma
b. Adoção de formas simples, suficientes para somente será exigido quando houver dúvida de
propiciar adequado grau de certeza, segurança e autenticidade.
respeito aos direitos dos administrados. c. A autenticação de documentos exigidos em cópia
c. Atendimento a fins de interesse geral, vedada poderá ser feita pelo órgão administrativo.
a renúncia total ou parcial de poderes ou d. Serão concluídos depois do horário normal os
competências, salvo autorização em lei. atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o
d. Interpretação da norma administrativa da forma curso regular do procedimento ou cause dano ao
que melhor garanta o atendimento do fim público interessado ou à Administração.
a que se dirige, com aplicação retroativa de nova e. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão
interpretação. ou autoridade responsável pelo processo e dos
e. Proibição de cobranças de despesas processuais, administrados que dele participem devem ser
ressalvadas as previstas em lei. praticados no prazo de quinze dias, salvo motivo
de força maior.
LEGISLAÇÃO
27

8. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: Senado Federal iniciativa do interessado.


Prova: FGV - 2012 - Senado Federal - Técnico d. não há impedimento à atuação do servidor que
Legislativo - Administração o preside, ainda que tenha interesse direto ou
indireto na matéria discutida.
Com base na Lei 9.784/99, analise os itens que
complementam o enunciado abaixo:
10. Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: MPE-RJ Prova:
O administrado tem os seguintes direitos perante FGV - 2019 - MPE-RJ - Oficial do Ministério
a Administração, sem prejuízo de outros que lhe Público
sejam assegurados:
A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo
I. ser tratado com respeito pelas autoridades e no âmbito da Administração Pública Federal e
servidores, que deverão facilitar o exercício de pode ser aplicada de forma subsidiária a Estados e
seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; Municípios quando não houver lei local para tratar
II. ter ciência da tramitação dos processos da matéria.
administrativos em que tenha a condição de
interessado, ter vista dos autos, obter cópias Ao dispor sobre a comunicação dos atos dos
de documentos neles contidos e conhecer as processos administrativos, a citada lei estabelece
decisões proferidas; que a intimação:
III. formular alegações e apresentar documentos
antes da decisão, os quais serão objeto de a. deve observar a antecedência mínima de 15 (quinze)
consideração pelo órgão competente; dias úteis quanto à data de comparecimento do
IV. fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, administrado intimado para o ato;
salvo quando obrigatória a representação, por b. desatendida importa o reconhecimento da
força de lei. verdade dos fatos e a renúncia a direito pelo
Assinale administrado, diante de sua revelia;
c. é nula quando feita sem observância das
a. se apenas os itens I, II e III estiverem corretos. prescrições legais, e o comparecimento do
b. se apenas os itens II, III e IV estiverem corretos. administrado não supre sua falta ou irregularidade;
c. se apenas os itens I e III estiverem corretos. d. deve ser efetuada em regra pessoalmente, exceto
d. se apenas os itens II e IV estiverem corretos. quando a lei permitir expressamente a ciência via
e. se todos os itens estiverem corretos. postal com aviso de recebimento, por telegrama
ou outro meio que assegure a certeza da ciência
do interessado;
9. Ano: 2008 Banca: FGV Órgão: Senado Federal e. deve ser feita em relação aos atos do processo que
Prova: FGV - 2008 - Senado Federal - Policial resultem para o interessado imposição de deveres,
Legislativo Federal ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos
e atividades e aos atos de outra natureza, de seu
No que se refere ao processo administrativo geral, interesse.
regido pela Lei 9.784/99, é correto afirmar que:

A os atos administrativos com vício de legalidade


não podem ser convalidados, em razão do princípio 3. LEI Nº 8.112, DE 11 DE
da segurança jurídica.
DEZEMBRO DE 1990
a. nele não há incidência dos princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
b. é indispensável a motivação nos atos que públicos civis da União, das autarquias e das
imponham ou agravem deveres, encargos ou fundações públicas federais.
sanções.
c. seu andamento não pode resultar de impulsão, de Para os efeitos desta Lei, SERVIDOR é a pessoa
ofício, do órgão administrativo, exigindo sempre a legalmente investida em cargo público.
LEGISLAÇÃO
28

CARGO PÚBLICO é o conjunto de atribuições e VIII. reintegração;


responsabilidades previstas na estrutura organizacional IX. recondução.
que devem ser cometidas a um servidor.
Nomeação
Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros,
são criados por lei, com denominação própria Far-se-á:
e vencimento pago pelos cofres públicos, para
provimento em caráter efetivo ou em comissão. I. em caráter efetivo, quando se tratar de cargo
isolado de provimento efetivo ou de carreira;
É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os II. em comissão, inclusive na condição de interino,
casos previstos em lei. para cargos de confiança vagos.                  

São requisitos básicos para investidura em cargo O servidor ocupante de cargo em comissão ou de
público: natureza especial PODERÁ SER NOMEADO PARA
TER EXERCÍCIO, INTERINAMENTE, EM OUTRO
I. a nacionalidade brasileira; CARGO DE CONFIANÇA, sem prejuízo das atribuições
II. o gozo dos direitos políticos; do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá
III. a quitação com as obrigações militares e eleitorais; optar pela remuneração de um deles durante o período
IV. o nível de escolaridade exigido para o exercício da interinidade.
do cargo;
V. a idade mínima de dezoito anos; O CONCURSO PÚBLICO
VI. aptidão física e mental.
• A nomeação para cargo de carreira ou cargo
As atribuições do cargo podem justificar a exigência isolado de provimento efetivo depende de prévia
de outros requisitos. habilitação em concurso público de provas ou
de provas e títulos, obedecidos a ordem de
Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado classificação e o prazo de sua validade.
o direito de se inscrever em concurso público
para provimento de cargo cujas atribuições sejam • O concurso será de provas ou de provas e
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; títulos, podendo ser realizado em duas etapas,
para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por condicionada a inscrição do candidato ao
cento) das vagas oferecidas no concurso. pagamento do valor fixado no edital, e ressalvadas
as hipóteses de isenção.  
As universidades e instituições de pesquisa científica
e tecnológica federais poderão prover seus cargos • O concurso público terá validade de até 2 anos,
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de podendo ser prorrogado uma única vez, por igual
acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. período.
A investidura em cargo público ocorrerá com a • Não se abrirá novo concurso enquanto houver
posse. candidato aprovado em concurso anterior com
prazo de validade não expirado.
São formas de provimento de cargo público:

I. nomeação; Posse e do Exercício


II. promoção;
III. ascensão;  (Revogado pela Lei nº 9.527, de A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo
10.12.97) termo, no qual deverão constar as atribuições, os
IV. transferência;  (Revogado pela Lei nº 9.527, de deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes
10.12.97) ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados
V. readaptação; unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados
VI. reversão; os atos de ofício previstos em lei.
VII. aproveitamento;
LEGISLAÇÃO
29

A posse ocorrerá no prazo de 30 dias contados da O servidor que deva ter exercício em outro município
publicação do ato de provimento.     em razão de ter sido removido, redistribuído,
requisitado, cedido ou posto em exercício provisório
A posse poderá dar-se mediante procuração específica. terá, no mínimo, 10 e, no máximo, 30 dias de prazo,
contados da publicação do ato, para a retomada do
Só haverá posse nos casos de provimento de cargo efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído
por nomeação.                nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento
para a nova sede.
No ato da posse, o servidor apresentará DECLARAÇÃO
DE BENS e valores que constituem seu patrimônio e • Os servidores cumprirão jornada de trabalho
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, fixada em razão das atribuições pertinentes aos
emprego ou função pública. respectivos cargos, respeitada a duração máxima
do trabalho semanal de 40h e observados os
Será tornado sem efeito o ato de provimento se a limites mínimo e máximo de 6h e 8h diárias,
posse não ocorrer no prazo. respectivamente.    

A posse em cargo público dependerá de prévia • Ao entrar em exercício, o servidor nomeado


inspeção médica oficial e só poderá ser empossado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito
aquele que for julgado apto física e mentalmente. a estágio probatório por período de 24 meses,
durante o qual a sua aptidão e capacidade serão
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do objeto de avaliação para o desempenho do cargo,
cargo público ou da função de confiança.               observados os seguinte fatores:  

É de 15 dias o prazo para o servidor empossado em Assiduidade, Disciplina, Capacidade de Iniciativa,


cargo público entrar em exercício, contados da data Produtividade e Responsabilidade.
da posse.           
• 4 meses antes de findo o período do estágio
O servidor será exonerado do cargo ou será tornado probatório, será submetida à homologação
sem efeito o ato de sua designação para função de da autoridade competente a avaliação do
confiança, se não entrar em exercício nos prazo. desempenho do servidor, realizada por comissão
constituída para essa finalidade
À autoridade competente do órgão ou entidade para
onde for nomeado ou designado o servidor compete O servidor não aprovado no estágio probatório será
dar-lhe exercício. exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo
anteriormente ocupado.
O início do exercício de função de confiança coincidirá
com a data de publicação do ato de designação, salvo O servidor em estágio probatório poderá exercer
quando o servidor estiver em licença ou afastado por quaisquer cargos de provimento em comissão ou
qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá funções de direção, chefia ou assessoramento no
no primeiro dia útil após o término do impedimento, órgão ou entidade de lotação, e somente poderá
que não poderá exceder a trinta dias da publicação.            ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar
cargos de Natureza Especial, cargos de provimento
O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento
exercício serão registrados no assentamento individual Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.
do servidor.
◊ Ao servidor em estágio probatório somente
A promoção NÃO interrompe o tempo de exercício, poderão ser concedidas as seguintes licenças e
que é contado no novo posicionamento na carreira a afastamentos:
partir da data de publicação do ato que promover o
servidor.             ►► Por motivo de doença em pessoa da família
►► Por motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro
LEGISLAÇÃO
30

►► Para o serviço militar declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria.


►► Para atividade política
►► Para Estudo ou Missão no Exterior É o retorno à atividade de servidor aposentado:                       
►► Para Exercício de Mandato Eletivo
►► Para servir em organismo internacional de que I. por invalidez, quando junta médica oficial declarar
o Brasil participe. insubsistentes os motivos da aposentadoria;
(encontrando-se provido o cargo, o servidor
◊ O estágio probatório ficará suspenso durante as exercerá suas atribuições como excedente, até a
seguintes licenças e afastamentos: ocorrência de vaga)

►► Licença ao servidor por motivo de doença do II. no interesse da administração, desde que:     
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos,              
do padrasto ou madrasta e enteado. a. tenha solicitado a reversão;                        
►► Licença para atividade política. b. a aposentadoria tenha sido voluntária;                         
►► Licença para servir em organismo internacional c. estável quando na atividade;                   
de que o Brasil participe. d. a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos
anteriores à solicitação;                        
Da Estabilidade e. haja cargo vago.

O servidor habilitado em concurso público e A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo


empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá resultante de sua transformação.   
estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois)                
anos de efetivo exercício.  (prazo 3 anos - vide EMC O tempo em que o servidor estiver em exercício será
nº 19) considerado para concessão da aposentadoria.                     

O servidor estável só perderá o cargo em virtude de O servidor que retornar à atividade por interesse
sentença judicial transitada em julgado ou de processo da administração perceberá, em substituição aos
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo
ampla defesa. que voltar a exercer, inclusive com as vantagens
de natureza pessoal que percebia anteriormente à
Readaptação aposentadoria.                     

Readaptação é a investidura do servidor em cargo de Não poderá reverter o aposentado que já tiver
atribuições e responsabilidades compatíveis com a completado 70 (setenta) anos de idade.
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física
ou mental verificada em inspeção médica. Reintegração

Se julgado incapaz para o serviço público, o A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no


readaptando será aposentado. cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante
de sua transformação, quando invalidada a sua
A readaptação será efetivada em cargo de atribuições demissão por decisão administrativa ou judicial, com
afins, respeitada a habilitação exigida, nível de ressarcimento de todas as vantagens.
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na
hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor
exercerá suas atribuições como excedente, até a ficará em disponibilidade, observado o disposto nos
ocorrência de vaga. arts. 30 e 31.

Reversão Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual


ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem
É o retorno à atividade de servidor aposentado por direito à indenização ou aproveitado em outro cargo,
invalidez, quando, por junta médica oficial, forem ou, ainda, posto em disponibilidade.
LEGISLAÇÃO
31

Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de


anteriormente ocupado e decorrerá de: função de confiança dar-se-á:

I. inabilitação em estágio probatório relativo a outro I. a juízo da autoridade competente;


cargo; II. a pedido do próprio servidor.
II. reintegração do anterior ocupante.
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou
de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem
Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor mudança de sede.
será aproveitado em outro, 
Dar-se-á a remoção, a pedido, para outra localidade,
Disponibilidade e do Aproveitamento independentemente de vaga, para acompanhar
cônjuge ou companheiro, ou por motivo de saúde
O retorno à atividade de servidor em disponibilidade do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente,
far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em condicionada à comprovação por junta médica.
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com
o anteriormente ocupado. Entende-se por modalidades de remoção:  
                       
O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil I. de ofício, no interesse da Administração;                     
determinará o imediato aproveitamento de servidor II. a pedido, a critério da Administração;                         
em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos III. a pedido, para outra localidade, independentemente
órgãos ou entidades da Administração Pública Federal. do interesse da Administração:                   

Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a a. para acompanhar cônjuge ou companheiro,
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício também servidor público civil ou militar, de
no prazo legal, salvo doença comprovada por junta qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
médica oficial. do Distrito Federal e dos Municípios, que foi
deslocado no interesse da Administração;                 
A vacância do cargo público decorrerá de: b. por motivo de saúde do servidor, cônjuge,
companheiro ou dependente que viva às suas
I. exoneração; expensas e conste do seu assentamento funcional,
II. demissão; condicionada à comprovação por junta médica
III. promoção; oficial;    
IV. ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) c. em virtude de processo seletivo promovido, na
V. transferência; (Revogado pela Lei nº 9.527, de hipótese em que o número de interessados for
10.12.97) superior ao número de vagas, de acordo com
VI. readaptação; normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade
VII. aposentadoria; em que aqueles estejam lotados.
VIII. posse em outro cargo inacumulável;
IX. falecimento. Redistribuição é o deslocamento de cargo de
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do
A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade
servidor, ou de ofício. do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão
         central do SIPEC,     observados os seguintes preceitos:     
A exoneração de ofício dar-se-á:               
I. interesse da administração;                   
I. quando não satisfeitas as condições do estágio II. equivalência de vencimentos;           
probatório; III. manutenção da essência das atribuições do cargo;
II. quando, tendo tomado posse, o servidor não IV. vinculação entre os graus de responsabilidade e
entrar em exercício no prazo estabelecido. complexidade das atividades;    
         V. mesmo nível de escolaridade, especialidade ou
habilitação profissional;         
LEGISLAÇÃO
32

VI. compatibilidade entre as atribuições do cargo e O servidor em débito com o erário, que for demitido,
as finalidades institucionais do órgão ou entidade.                        exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou
disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias
A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento para quitar o débito.                 
de lotação e da força de trabalho às necessidades
dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, A não quitação do débito no prazo previsto implicará
extinção ou criação de órgão ou entidade. sua inscrição em dívida ativa.         

Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício O vencimento, a remuneração e o provento não serão
de cargo público, com valor fixado em lei. objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos
casos de prestação de alimentos resultante de decisão
Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, judicial.
importância inferior ao salário-mínimo.                 

Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, VANTAGENS


acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor
as seguintes vantagens:
O vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens de caráter permanente, é irredutível. I. indenizações;
II. gratificações;
É assegurada a isonomia de vencimentos para III. adicionais.
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do
mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, As indenizações não se incorporam ao vencimento ou
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as provento para qualquer efeito.
relativas à natureza ou ao local de trabalho.
As gratificações e os adicionais incorporam-se ao
• Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, vencimento ou provento, nos casos e condições
a título de remuneração, importância superior à indicados em lei.
soma dos valores percebidos como remuneração,
em espécie, a qualquer título, no âmbito dos As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem
respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
por membros do Congresso Nacional e Ministros outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo
do Supremo Tribunal Federal. título ou idêntico fundamento.

• O servidor perderá: Indenizações


I. a remuneração do dia em que faltar ao serviço, Constituem indenizações ao servidor:
sem motivo justificado;         
II. a parcela de remuneração diária, proporcional I. ajuda de custo;
aos atrasos, ausências justificadas, salvo na II. diárias;
hipótese de compensação de horário, até o mês III. transporte.
subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida IV. auxílio-moradia.
pela chefia imediata.  
Ajuda de Custo
• As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito
ou de força maior poderão ser compensadas A ajuda-de-custo destina-se a compensar as despesas
a critério da chefia imediata, sendo assim de instalação do servidor que, no interesse do serviço,
consideradas como efetivo exercício. passar a ter exercício em nova sede, com mudança de
domicílio em caráter permanente.
LEGISLAÇÃO
33

A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas Nos casos em que o deslocamento da sede constituir
de instalação do servidor que, no interesse do serviço, exigência permanente do cargo, o servidor não fará
passar a ter exercício em nova sede, com mudança jus a diárias.
de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo
pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar
de o cônjuge ou companheiro que detenha também dentro da mesma região metropolitana, aglomeração
a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma urbana ou microrregião, constituídas por municípios
sede.       limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de
controle integrado mantidas com países limítrofes,
Correm por conta da administração as despesas de cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades
transporte do servidor e de sua família, compreendendo e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo
passagem, bagagem e bens pessoais. se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que
as diárias pagas serão sempre as fixadas para os
• À família do servidor que falecer na nova sede afastamentos dentro do território nacional.     
são assegurados ajuda de custo e transporte para  
a localidade de origem, dentro do prazo de 1 O servidor que receber diárias e não se afastar da
(um) ano, contado do óbito. sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.
• A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração
do servidor, conforme se dispuser em Indenização de Transporte
regulamento, não podendo exceder a importância
correspondente a 3 (três) meses. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor
que realizar despesas com a utilização de meio próprio
• Não será concedida ajuda de custo ao servidor que de locomoção para a execução de serviços externos,
se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de por força das atribuições próprias do cargo, conforme
mandato eletivo. se dispuser em regulamento.

• Será concedida ajuda de custo àquele que, não Auxílio-Moradia


sendo servidor da União, for nomeado para cargo
em comissão, com mudança de domicílio. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das
despesas comprovadamente realizadas pelo servidor
• O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem
de custo quando, injustificadamente, não administrado por empresa hoteleira, no prazo de um
se apresentar na nova sede no prazo de 30 mês após a comprovação da despesa pelo servidor.
(trinta) dias.
Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se
Diárias atendidos os seguintes requisitos:            

O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter I. não exista imóvel funcional disponível para uso
eventual ou transitório para outro ponto do território pelo servidor;  
nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e II. o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe
diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas imóvel funcional;       
extraordinária com pousada, alimentação e locomoção III. o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja
urbana. ou tenha sido proprietário, promitente comprador,
cessionário ou promitente cessionário de imóvel
A diária será concedida por dia de afastamento, no Município aonde for exercer o cargo, incluída
sendo devida pela metade quando o deslocamento a hipótese de lote edificado sem averbação de
não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União construção, nos 12 meses que antecederem a sua
custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias nomeação; 
cobertas por diárias.  IV. nenhuma outra pessoa que resida com o servidor
receba auxílio-moradia;  
  
LEGISLAÇÃO
34

V. o servidor tenha se mudado do local de residência mês de dezembro de cada ano.


para ocupar cargo em comissão ou função de
confiança do Grupo-Direção e Assessoramento • O servidor exonerado perceberá sua gratificação
Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza natalina, proporcionalmente aos meses de
Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; exercício, calculada sobre a remuneração do mês
VI. o Município no qual assuma o cargo em comissão da exoneração.
ou função de confiança não se enquadre nas
hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de • A gratificação natalina não será considerada para
residência ou domicílio do servidor;  cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
VII. o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha
residido no Município, nos últimos 12 doze meses, Adicionais de Insalubridade, Periculosidade
aonde for exercer o cargo em comissão ou função ou Atividades Penosas
de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a
sessenta dias dentro desse período; e  • Os servidores que trabalhem com habitualidade
VIII. o deslocamento não tenha sido por força de em locais insalubres ou em contato permanente
alteração de lotação ou nomeação para cargo com substâncias tóxicas, radioativas ou com
efetivo. risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o
vencimento do cargo efetivo.
O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a
25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em • O servidor que fizer jus aos adicionais de
comissão, função comissionada ou cargo de Ministro insalubridade e de periculosidade deverá optar
de Estado ocupado.                      por um deles.
O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% • O direito ao adicional de insalubridade ou
da remuneração de Ministro de Estado.     periculosidade cessa com a eliminação das
condições ou dos riscos que deram causa a sua
Independentemente do valor do cargo em comissão concessão.
ou função comissionada, fica garantido a todos os que
preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor • Haverá permanente controle da atividade de
de R$ 1.800,00. servidores em operações ou locais considerados
penosos, insalubres ou perigosos.
I. retribuição pelo exercício de função de direção,
chefia e assessoramento; • A servidora gestante ou lactante será afastada,
II. gratificação natalina; enquanto durar a gestação e a lactação, das
IV. adicional pelo exercício de atividades insalubres, operações e locais previstos neste artigo,
perigosas ou penosas; exercendo suas atividades em local salubre e em
V. adicional pela prestação de serviço extraordinário; serviço não penoso e não perigoso.
VI. adicional noturno;
VII. adicional de férias; • Na concessão dos adicionais de atividades
IX. gratificação por encargo de curso ou concurso. penosas, de insalubridade e de periculosidade,
serão observadas as situações estabelecidas em
Gratificação Natalina legislação específica.

• A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um • O adicional de atividade penosa será devido aos
doze avos) da remuneração a que o servidor fizer servidores em exercício em zonas de fronteira
jus no mês de dezembro, por mês de exercício no ou em localidades cujas condições de vida o
respectivo ano. justifiquem, nos termos, condições e limites
fixados em regulamento.
• A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será
considerada como mês integral.
• Os locais de trabalho e os servidores que operam
• A gratificação será paga até o dia 20 (vinte)  do
LEGISLAÇÃO
35

com Raios X ou substâncias radioativas serão • O pagamento da remuneração das férias será
mantidos sob controle permanente, de modo que efetuado até 2 (dois) dias antes do início do
as doses de radiação ionizante não ultrapassem o respectivo período.
nível máximo previsto na legislação própria.
• O servidor exonerado do cargo efetivo, ou
• Os servidores a que se refere este artigo serão em comissão, perceberá indenização relativa
submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) ao período das férias a que tiver direito e ao
meses. incompleto, na proporção de um doze avos por
mês de efetivo exercício, ou fração superior a 14
Adicional por Serviço Extraordinário dias.   

• O serviço extraordinário será remunerado com • O servidor que opera direta e permanentemente
acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em com Raios X ou substâncias radioativas gozará
relação à hora normal de trabalho. 20 dias consecutivos de férias, por semestre de
atividade profissional, proibida em qualquer
• Somente será permitido serviço extraordinário para hipótese a acumulação.
atender a situações excepcionais e temporárias,
respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por • As férias somente poderão ser interrompidas por
jornada. motivo de calamidade pública, comoção interna,
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral,
Adicional Noturno ou por necessidade do serviço declarada pela
autoridade máxima do órgão ou entidade.
• O serviço noturno, prestado em horário
compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um Licenças
dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-
hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), I. por motivo de doença em pessoa da família;
computando-se cada hora como cinqüenta e dois II. por motivo de afastamento do cônjuge ou
minutos e trinta segundos. companheiro;
III. para o serviço militar;
• Independentemente de solicitação, será pago IV. para atividade política;
ao servidor, por ocasião das férias, um adicional V. para capacitação;                       
correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração VI. para tratar de interesses particulares;
do período das férias. VII. para desempenho de mandato classista.

Férias A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do


término de outra da mesma espécie será considerada
• O servidor fará jus a 30 dias de férias, que podem como prorrogação.
ser acumuladas, até o máximo de 2 períodos, no
caso de necessidade do serviço, ressalvadas as Licença por Motivo de Doença em Pessoa
hipóteses em que haja legislação específica.  da Família

• Para o primeiro período aquisitivo de férias serão Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo
exigidos 12 (doze) meses de exercício. de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais,
dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou
• É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao dependente que viva a suas expensas e conste do seu
serviço. assentamento funcional, mediante comprovação por
perícia médica oficial. 
• As férias poderão ser parceladas em até 3 etapas,
desde que assim requeridas pelo servidor, e no
interesse da administração pública.                         
LEGISLAÇÃO
36

A licença somente será deferida se a assistência Licença para Atividade Política


direta do servidor for indispensável e não puder ser
prestada simultaneamente com o exercício do cargo O servidor terá direito a licença, sem remuneração,
ou mediante compensação de horário durante o período que mediar entre a sua escolha em
convenção partidária, como candidato a cargo eletivo,
Poderá ser concedida a cada período de doze meses e a véspera do registro de sua candidatura perante a
nas seguintes condições:             Justiça Eleitoral.

I. por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, O servidor candidato a cargo eletivo na localidade
mantida a remuneração do servidor; e    onde desempenha suas funções e que exerça cargo
II. por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
sem remuneração.                             fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato
ao do registro de sua candidatura perante a Justiça
O início do interstício de 12 (doze) meses será contado Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.       
a partir da data do deferimento da primeira licença
concedida. A partir do registro da candidatura e até o décimo
dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à
Licença por Motivo de Afastamento do licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo,
Cônjuge somente pelo período de três meses.

Poderá ser concedida licença ao servidor para Licença para Capacitação


acompanhar conjuge ou companheiro que foi
deslocado para outro ponto do território nacional, Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor
para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo poderá, no interesse da Administração, afastar-
dos Poderes Executivo e Legislativo. se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
remuneração, por até três meses, para participar de
A licença será por prazo indeterminado e sem curso de capacitação profissional.
remuneração.
Licença para Tratar de Interesses
No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou Particulares
companheiro também seja servidor público, civil
ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos A critério da Administração, poderão ser concedidas
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não
haver exercício provisório em órgão ou entidade esteja em estágio probatório, licenças para o trato
da Administração Federal direta, autárquica ou de assuntos particulares pelo prazo de até três anos
fundacional, desde que para o exercício de atividade consecutivos, sem remuneração.
compatível com o seu cargo.  
É assegurado ao servidor o direito à licença sem
Licença para o Serviço Militar remuneração para o desempenho de mandato em
confederação, federação, associação de classe de
Ao servidor convocado para o serviço militar será âmbito nacional, sindicato representativo da categoria
concedida licença, na forma e condições previstas na     ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para
legislação específica. participar de gerência ou administração em sociedade
cooperativa constituída por servidores públicos para
Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 prestar serviços a seus membros.
(trinta) dias sem remuneração para reassumir o
exercício do cargo.
LEGISLAÇÃO
37

Afastamento para Exercício de Mandato Afastamento para Participação em


Eletivo Programa de Pós-Graduação  Stricto
Sensu no País
Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se
as seguintes disposições: O servidor poderá, no interesse da Administração,
e desde que a participação não possa ocorrer
I. tratando-se de mandato federal, estadual ou simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante
distrital, ficará afastado do cargo; compensação de horário, afastar-se do exercício do
II. investido no mandato de Prefeito, será afastado cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para
do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua participar em programa de pós-graduação stricto
remuneração; sensu em instituição de ensino superior no País.            
III. investido no mandato de vereador:
Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade
a. havendo compatibilidade de horário, definirá, em conformidade com a legislação vigente,
perceberá as vantagens de seu cargo, sem os programas de capacitação e os critérios para
prejuízo da remuneração do cargo eletivo; participação em programas de pós-graduação no
b. não havendo compatibilidade de horário, será País, com ou sem afastamento do servidor, que serão
afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar avaliados por um comitê constituído para este fim.
pela sua remuneração.
Os afastamentos para realização de programas de
• No caso de afastamento do cargo, o servidor mestrado e doutorado somente serão concedidos aos
contribuirá para a seguridade social como se em servidores titulares de cargos efetivos no respectivo
exercício estivesse. órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para
mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído
• O servidor investido em mandato eletivo ou o período de estágio probatório, que não tenham
classista não poderá ser removido ou redistribuído se afastado por licença para tratar de assuntos
de ofício para localidade diversa daquela onde particulares para gozo de licença capacitação ou com
exerce o mandato. fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores
à data da solicitação de afastamento.  
Afastamento para Estudo ou Missão no
Exterior Os afastamentos para realização de programas de pós-
doutorado somente serão concedidos aos servidores
• O servidor não poderá ausentar-se do País para titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou
estudo ou missão oficial, sem autorização do entidade há pelo menos quatro anos, incluído o período
Presidente da República, Presidente dos Órgãos de estágio probatório, e que não tenham se afastado
do Poder Legislativo e Presidente do Supremo por licença para tratar de assuntos particulares ou com
Tribunal Federal.        fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à
                 data da solicitação de afastamento.
• A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda
a missão ou estudo, somente decorrido igual Concessões
período, será permitida nova ausência.
I. por 1 (um) dia, para doação de sangue;
• Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo II. pelo período comprovadamente necessário para
não será concedida exoneração ou licença para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado,
tratar de interesse particular antes de decorrido em qualquer caso, a 2 (dois) dias;  (Redação dada
período igual ao do afastamento, ressalvada a pela Lei nº 12.998, de 2014)
hipótese de ressarcimento da despesa havida com III. por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :
seu afastamento.
a. casamento;
b. falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta
• O disposto neste artigo não se aplica aos
ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou
servidores da carreira diplomática.
tutela e irmãos.
LEGISLAÇÃO
38

Será concedido horário especial ao servidor estudante, IV. cumprir as ordens superiores, exceto quando
quando comprovada a incompatibilidade entre o manifestamente ilegais;
horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do V. atender com presteza:
exercício do cargo.
a. ao público em geral, prestando as informações
Direito de Petição requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b. à expedição de certidões requeridas para defesa
É assegurado ao servidor o direito de requerer aos de direito ou esclarecimento de situações de
Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse interesse pessoal;
legítimo. c. às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

O requerimento será dirigido à autoridade competente VI. levar as irregularidades de que tiver ciência em
para decidi-lo e encaminhado por intermédio razão do cargo ao conhecimento da autoridade
daquela a que estiver imediatamente subordinado o superior ou, quando houver suspeita de
requerente. envolvimento desta, ao conhecimento de outra
autoridade competente para apuração;
Cabe pedido de reconsideração à autoridade que VII. zelar pela economia do material e a conservação
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, do patrimônio público;
não podendo ser renovado. VIII. guardar sigilo sobre assunto da repartição;
IX. manter conduta compatível com a moralidade
O requerimento e o pedido de reconsideração de que administrativa;
tratam os artigos anteriores deverão ser despachados X. ser assíduo e pontual ao serviço;
no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 XI. tratar com urbanidade as pessoas;
(trinta) dias. XII. representar contra ilegalidade, omissão ou abuso
de poder.
Caberá recurso:
Proibições
I. do indeferimento do pedido de reconsideração;
II. das decisões sobre os recursos sucessivamente I. ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
interpostos. prévia autorização do chefe imediato;
II. retirar, sem prévia anuência da autoridade
O recurso será dirigido à autoridade imediatamente competente, qualquer documento ou objeto da
superior à que tiver expedido o ato ou proferido a repartição;
decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às III. recusar fé a documentos públicos;
demais autoridades. IV. opor resistência injustificada ao andamento de
documento e processo ou execução de serviço;
O recurso será encaminhado por intermédio da V. promover manifestação de apreço ou desapreço
autoridade a que estiver imediatamente subordinado no recinto da repartição;
o requerente. VI. cometer a pessoa estranha à repartição, fora
dos casos previstos em lei, o desempenho de
O prazo para interposição de pedido de reconsideração atribuição que seja de sua responsabilidade ou de
ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da seu subordinado;
publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão VII. coagir ou aliciar subordinados no sentido de
recorrida. filiarem-se a associação profissional ou sindical,
ou a partido político;
Deveres VIII. manter sob sua chefia imediata, em cargo ou
função de confiança, cônjuge, companheiro ou
I. exercer com zelo e dedicação as atribuições do parente até o segundo grau civil;
cargo; IX. valer-se do cargo para lograr proveito pessoal
II. ser leal às instituições a que servir; ou de outrem, em detrimento da dignidade da
III. observar as normas legais e regulamentares; função pública;
LEGISLAÇÃO
39

X. participar de gerência ou administração de comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo


sociedade privada, personificada ou não ao erário ou a terceiros.
personificada, exercer o comércio, exceto na
qualidade de acionista, cotista ou comanditário;  A indenização de prejuízo dolosamente causado
XI. atuar, como procurador ou intermediário, junto ao erário somente será liquidada em 30 dias ou
a repartições públicas, salvo quando se tratar parceladas, na falta de outros bens que assegurem a
de benefícios previdenciários ou assistenciais de execução do débito pela via judicial.
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro; Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá
XII. receber propina, comissão, presente ou vantagem o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; regressiva.
XIII. aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
estrangeiro; A obrigação de reparar o dano estende-se aos
XIV. praticar usura sob qualquer de suas formas; sucessores e contra eles será executada, até o limite
XV. proceder de forma desidiosa; do valor da herança recebida.
XVI. utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
em serviços ou atividades particulares; A responsabilidade penal abrange os crimes e
XVII. cometer a outro servidor atribuições estranhas contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
ao cargo que ocupa, exceto em situações de
emergência e transitórias; A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato
XVIII. exercer quaisquer atividades que sejam omissivo ou comissivo praticado no desempenho do
incompatíveis com o exercício do cargo ou função cargo ou função.
e com o horário de trabalho;
XIX. recusar-se a atualizar seus dados cadastrais As sanções civis, penais e administrativas poderão
quando solicitado. cumular-se, sendo independentes entre si.

Acumulação A responsabilidade administrativa do servidor será


afastada no caso de absolvição criminal que negue a
Considera-se acumulação proibida a percepção de existência do fato ou sua autoria.
vencimento de cargo ou emprego público efetivo com
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil,
que decorram essas remunerações forem acumuláveis penal ou administrativamente por dar ciência à
na atividade. autoridade superior ou, quando houver suspeita de
envolvimento desta, a outra autoridade competente
O servidor não poderá exercer mais de um cargo em para apuração de informação concernente à prática de
comissão. crimes ou improbidade de que tenha conhecimento,
ainda que em decorrência do exercício de cargo,
O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular emprego ou função pública.
licitamente dois cargos efetivos, quando investido em
cargo de provimento em comissão, ficará afastado
de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em Penalidades
que houver compatibilidade de horário e local com
o exercício de um deles, declarada pelas autoridades I. advertência;
máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. II. suspensão;
III. demissão;
Responsabilidades IV. cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V. destituição de cargo em comissão;
O servidor responde civil, penal e administrativamente VI. destituição de função comissionada.
pelo exercício irregular de suas atribuições.
• A advertência será aplicada por escrito, nos
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou seguintes casos:
LEGISLAÇÃO
40

I. ausentar-se do serviço durante o expediente, sem retroativos.


prévia autorização do chefe imediato;
II. retirar, sem prévia anuência da autoridade A demissão será aplicada nos seguintes casos:
competente, qualquer documento ou objeto da
repartição; I. crime contra a administração pública;
III. recusar fé a documentos públicos; II. abandono de cargo;
IV. opor resistência injustificada ao andamento de III. inassiduidade habitual;
documento e processo ou execução de serviço; IV. improbidade administrativa;
V. promover manifestação de apreço ou desapreço V. incontinência pública e conduta escandalosa, na
no recinto da repartição; repartição;
VI. cometer a pessoa estranha à repartição, fora VI. insubordinação grave em serviço;
dos casos previstos em lei, o desempenho de VII. ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
seu subordinado; VIII. aplicação irregular de dinheiros públicos;
VII. coagir ou aliciar subordinados no sentido de IX. revelação de segredo do qual se apropriou em
filiarem-se a associação profissional ou sindical, razão do cargo;
ou a partido político; X. lesão aos cofres públicos e dilapidação do
VIII. manter sob sua chefia imediata, em cargo ou patrimônio nacional;
função de confiança, cônjuge, companheiro ou XI. corrupção;
parente até o segundo grau civil; XII. acumulação ilegal de cargos, empregos ou
IX. recusar-se a atualizar seus dados cadastrais funções públicas;
quando solicitado. IX. valer-se do cargo para lograr proveito pessoal
ou de outrem, em detrimento da dignidade da
* inobservância de dever funcional previsto em lei, função pública;
regulamentação ou norma interna, que não justifique X. participar de gerência ou administração de
imposição de penalidade mais grave. sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na
A suspensão será aplicada em caso de reincidência qualidade de acionista, cotista ou comanditário;   
das faltas punidas com advertência e de violação das XI. atuar, como procurador ou intermediário, junto
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a repartições públicas, salvo quando se tratar
a penalidade de demissão, não podendo exceder de de benefícios previdenciários ou assistenciais de
90 (noventa) dias. parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
companheiro;
Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias XII. receber propina, comissão, presente ou vantagem
o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
submetido a inspeção médica determinada pela XIII. aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
autoridade competente, cessando os efeitos da estrangeiro;
penalidade uma vez cumprida a determinação. XIV. praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV. proceder de forma desidiosa;
Quando houver conveniência para o serviço, a XVI. utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição
penalidade de suspensão poderá ser convertida em em serviços ou atividades particulares;
multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia
de vencimento ou remuneração, ficando o servidor Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal
obrigado a permanecer em serviço. de cargos, empregos ou funções públicas, a
autoridade notificará o servidor, por intermédio
As penalidades de advertência e de suspensão terão de sua chefia imediata, para apresentar opção
seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e no prazo improrrogável de dez dias, contados
5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se da data da ciência e, na hipótese de omissão,
o servidor não houver, nesse período, praticado nova adotará procedimento sumário para a sua
infração disciplinar. apuração e regularização imediata, cujo processo
administrativo disciplinar se desenvolverá nas
O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos seguintes fases:  
LEGISLAÇÃO
41

I. instauração, com a publicação do ato que Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade


constituir a comissão, a ser composta por dois do inativo que houver praticado, na atividade, falta
servidores estáveis, e simultaneamente indicar a punível com a demissão.
autoria e a materialidade da transgressão objeto
da apuração;                       A destituição de cargo em comissão exercido por não
II. instrução sumária, que compreende indiciação, ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos
defesa e relatório;                       de infração sujeita às penalidades de suspensão e de
III. julgamento. demissão.

A indicação da autoria dar-se-á pelo nome e matrícula Demissão ou a destituição de cargo em comissão
do servidor, e a materialidade pela descrição dos que implica a indisponibilidade dos bens e o
cargos, empregos ou funções públicas em situação ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação
de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de penal cabível:
vinculação, das datas de ingresso, do horário de
trabalho e do correspondente regime jurídico.  IV. improbidade administrativa;
VIII. aplicação irregular de dinheiros públicos;
A comissão lavrará, até 3 dias após a publicação do X. lesão aos cofres públicos e dilapidação do
ato que a constituiu, termo de indiciação, bem como patrimônio nacional;
promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou XI. corrupção;
por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo
de 5 dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se- Demissão ou a destituição de cargo em comissão
lhe vista do processo na repartição. que incompatibiliza o ex-servidor para nova
investidura em cargo público federal, pelo prazo
Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório de 5 (cinco) anos:
conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade
do servidor, em que resumirá as peças principais IX. valer-se do cargo para lograr proveito pessoal
dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação ou de outrem, em detrimento da dignidade da
em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e função pública;
remeterá o processo à autoridade instauradora, para XI. atuar, como procurador ou intermediário, junto
julgamento.  a repartições públicas, salvo quando se tratar
de benefícios previdenciários ou assistenciais de
No prazo de 5 dias, contados do recebimento do parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou
processo, a autoridade julgadora proferirá a sua companheiro;
decisão
Não poderá retornar ao serviço público federal o
A opção pelo servidor até o último dia de prazo servidor que for demitido ou destituído do cargo
para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em em comissão por:
que se converterá automaticamente em pedido de
exoneração do outro cargo. I. crime contra a administração pública;
IV. improbidade administrativa;
Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má- VIII. aplicação irregular de dinheiros públicos;
fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou X. lesão aos cofres públicos e dilapidação do
cassação de aposentadoria ou disponibilidade em patrimônio nacional;
relação aos cargos, empregos ou funções públicas XI. corrupção;
em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os
órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.              Configura abandono de cargo a ausência intencional
do servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos.
O prazo para a conclusão do processo administrativo
disciplinar submetido ao rito sumário não excederá Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço,
30 dias, contados da data de publicação do ato que sem causa justificada, por 60 dias, interpoladamente,
constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por durante o período de 12 meses.  
até 15 dias, quando as circunstâncias o exigirem.
LEGISLAÇÃO
42

Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade O prazo de prescrição começa a correr da data em que
habitual, também será adotado o procedimento o fato se tornou conhecido.
sumário, observando-se especialmente que:
A abertura de sindicância ou a instauração de processo
I. a indicação da materialidade dar-se-á: disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final
                  proferida por autoridade competente.
a. na hipótese de abandono de cargo, pela indicação
precisa do período de ausência intencional do Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará
servidor ao serviço superior a 30 dias;                       a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
b. no caso de inassiduidade habitual, pela indicação
dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, Processo Administrativo Disciplinar
por período igual ou superior a sessenta dias
interpoladamente, durante o período de 12 meses;                      A autoridade que tiver ciência de irregularidade
no serviço público é obrigada a promover a sua
II. após a apresentação da defesa a comissão apuração imediata, mediante sindicância ou processo
elaborará relatório conclusivo quanto à inocência administrativo disciplinar, assegurada ao acusado
ou à responsabilidade do servidor, em que ampla defesa.
resumirá as peças principais dos autos, indicará o
respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese As denúncias sobre irregularidades serão objeto de
de abandono de cargo, sobre a intencionalidade apuração, desde que contenham a identificação e o
da ausência ao serviço superior a trinta dias e endereço do denunciante e sejam formuladas por
remeterá o processo à autoridade instauradora escrito, confirmada a autenticidade.
para julgamento.
Quando o fato narrado não configurar evidente
As penalidades disciplinares serão aplicadas: infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será
arquivada, por falta de objeto.
I. pelo Presidente da República, pelos Presidentes
das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Da sindicância poderá resultar:
Federais e pelo Procurador-Geral da República,
quando se tratar de demissão e cassação de I. arquivamento do processo;
aposentadoria ou disponibilidade de servidor II. aplicação de penalidade de advertência ou
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; suspensão de até 30 dias;
II. pelas autoridades administrativas de hierarquia III. instauração de processo disciplinar.
imediatamente inferior àquelas mencionadas  
no inciso anterior quando se tratar de suspensão O prazo para conclusão da sindicância não excederá
superior a 30 (trinta) dias; 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período, a
III. pelo chefe da repartição e outras autoridades critério da autoridade superior.
na forma dos respectivos regimentos ou
regulamentos, nos casos de advertência ou de Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a
suspensão de até 30 (trinta) dias; imposição de penalidade de suspensão por mais de
IV. pela autoridade que houver feito a nomeação, 30 dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
quando se tratar de destituição de cargo em disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão,
comissão. será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

A ação disciplinar prescreverá: Afastamento Preventivo


I. em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis Como medida cautelar e a fim de que o servidor
com demissão, cassação de aposentadoria não venha a influir na apuração da irregularidade, a
ou disponibilidade e destituição de cargo em autoridade instauradora do processo disciplinar poderá
comissão; determinar o seu afastamento do exercício do cargo,
II. em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; pelo prazo de até 60 dias, sem prejuízo da remuneração.
III. em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
LEGISLAÇÃO
43

O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, Inquérito


findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não
concluído o processo. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do
contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa,
O processo disciplinar é o instrumento destinado com a utilização dos meios e recursos admitidos em
a apurar responsabilidade de servidor por infração direito.
praticada no exercício de suas atribuições, ou que
tenha relação com as atribuições do cargo em que se Os autos da sindicância integrarão o processo
encontre investido. disciplinar, como peça informativa da instrução.

O processo disciplinar será conduzido por comissão Na hipótese de o relatório da sindicância concluir
composta de três servidores estáveis designados pela que a infração está capitulada como ilícito penal,
autoridade competente que indicará, dentre eles, o a autoridade competente encaminhará cópia dos
seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo autos ao Ministério Público, independentemente da
efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de imediata instauração do processo disciplinar.
escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
Na fase do inquérito, a comissão promoverá a
A Comissão terá como secretário servidor designado tomada de depoimentos, acareações, investigações
pelo seu presidente, podendo a indicação recair em e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova,
um de seus membros. recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos,
de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
Não poderá participar de comissão de sindicância
ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente É assegurado ao servidor o direito de acompanhar
do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou o processo pessoalmente ou por intermédio de
colateral, até o terceiro grau. procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir
provas e contraprovas e formular quesitos, quando se
As reuniões e as audiências das comissões terão tratar de prova pericial.
caráter reservado.
O presidente da comissão poderá denegar pedidos
O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes considerados impertinentes, meramente protelatórios,
fases: ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos
fatos.
I. instauração, com a publicação do ato que
constituir a comissão; Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
II. inquérito administrativo, que compreende comprovação do fato independer de conhecimento
instrução, defesa e relatório; especial de perito.
III. julgamento.
As testemunhas serão intimadas a depor mediante
O prazo para a conclusão do processo disciplinar não mandado expedido pelo presidente da comissão,
excederá 60 dias, contados da data de publicação devendo a segunda via, com o ciente do interessado,
do ato que constituir a comissão, admitida a sua ser anexado aos autos.
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias
o exigirem. Se a testemunha for servidor público, a expedição do
mandado será imediatamente comunicada ao chefe
Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo da repartição onde serve, com a indicação do dia e
integral aos seus trabalhos, ficando seus membros hora marcados para inquirição.
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
O depoimento será prestado oralmente e reduzido
As reuniões da comissão serão registradas em atas a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por
que deverão detalhar as deliberações adotadas. escrito.

As testemunhas serão inquiridas separadamente.


LEGISLAÇÃO
44

Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se dias a partir da última publicação do edital.


infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.
Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente
Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão citado, não apresentar defesa no prazo legal.
promoverá o interrogatório do acusado.
A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo
No caso de mais de um acusado, cada um deles será e devolverá o prazo para a defesa.
ouvido separadamente, e sempre que divergirem em
suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora
promovida a acareação entre eles. do processo designará um servidor como defensor
dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior
O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou
bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe superior ao do indiciado. 
vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-
se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório
da comissão. minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos
e mencionará as provas em que se baseou para formar a
Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do sua convicção.
acusado, a comissão proporá à autoridade competente
que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou
da qual participe pelo menos um médico psiquiatra. à responsabilidade do servidor.

O incidente de sanidade mental será processado em Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão


auto apartado e apenso ao processo principal, após a indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido,
expedição do laudo pericial. bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Tipificada a infração disciplinar, será formulada a O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será
indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a remetido à autoridade que determinou a sua instauração,
ele imputados e das respectivas provas. para julgamento.

O indiciado será citado por mandado expedido pelo Julgamento


presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no
prazo de 10 dias, assegurando-se-lhe vista do processo
No prazo de 20 dias, contados do recebimento do
na repartição.
processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e
Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada
de 20 dias.
da autoridade instauradora do processo, este será
encaminhado à autoridade competente, que decidirá em
O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
igual prazo.
para diligências reputadas indispensáveis.
Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções,
No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na
o julgamento caberá à autoridade competente para a
cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data
imposição da pena mais grave.
declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão
que fez a citação, com a assinatura de 2 testemunhas.
Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a
autoridade instauradora do processo determinará o seu
O indiciado que mudar de residência fica obrigado
arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova
a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
dos autos.                       
encontrado.
Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido,
O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo
será citado por edital, publicado no Diário Oficial da
quando contrário às provas dos autos.
União e em jornal de grande circulação na localidade do
último domicílio conhecido, para apresentar defesa.

Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15


LEGISLAÇÃO
45

Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui
autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, fundamento para a revisão, que requer elementos novos,
agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o ainda não apreciados no processo originário.
servidor de responsabilidade.
O requerimento de revisão do processo será dirigido ao
Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se
que determinou a instauração do processo ou outra de autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente
hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou do órgão ou entidade onde se originou o processo
parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de disciplinar.
outra comissão para instauração de novo processo.         
O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade A revisão correrá em apenso ao processo originário.
do processo.
Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a
Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade produção de provas e inquirição das testemunhas que
julgadora determinará o registro do fato nos arrolar.
assentamentos individuais do servidor.
A comissão revisora terá 60 dias para a conclusão dos
Quando a infração estiver capitulada como crime, o trabalhos.
processo disciplinar será remetido ao Ministério Público
para instauração da ação penal, ficando trasladado na O julgamento caberá à autoridade que aplicou a
repartição. penalidade.

O servidor que responder a processo disciplinar só poderá O prazo para julgamento será de 20 dias, contados do
ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, recebimento do processo, no curso do qual a autoridade
após a conclusão do processo e o cumprimento da julgadora poderá determinar diligências.
penalidade, acaso aplicada.
Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a
Serão assegurados transporte e diárias: penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos
do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em
I. ao servidor convocado para prestar depoimento comissão, que será convertida em exoneração.
fora da sede de sua repartição, na condição de
testemunha, denunciado ou indiciado; Da revisão do processo não poderá resultar agravamento
II. aos membros da comissão e ao secretário, quando de penalidade.
obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para
a realização de missão essencial ao esclarecimento
VAMOS PRATICAR 1 - GABARITO
dos fatos.
1 E 6 B
Revisão do Processo 2 A 7 D

O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer 3 D 8 A


tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem     4 E 9 C
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
5 D 10 C
inocência do punido ou a inadequação da penalidade
aplicada.
VAMOS PRATICAR 2 - GABARITO
Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento
do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer 1 E 6 A
a revisão do processo.
2 A 7 E
No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão 3 E 8 E
será requerida pelo respectivo curador.
4 D 9 C
No processo revisional, o ônus da prova cabe ao 5 D 10 E
requerente.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

1. NOÇÕES DE A gestão por competências tem o objetivo de fornecer


à área de recursos humanos e gestores das empresas
ADMINISTRAÇÃO ferramentas para realizar gestão e desenvolvimento de
pessoas, com clareza, foco e critério. Essas ferramentas
são alinhadas às atribuições dos cargos e funções de
Administração pública é o poder executivo em ação;
cada organização.
função típica.
Sub-sistemas da gestão por competências
Funciona em 3 esferas (sistema federativo):
Mapeamento e mensuração por competências
• Federal – Presidente como chefe;
• Estadual ou Distrital – Governador como chefe
Através do mapeamento e mensuração por competên-
• Municipal – Prefeito como chefe;
cias são identificados os conhecimentos, habilidades
e atitudes necessários para a execução das atividades
Conceito – aspecto material (ou sentido objetivo, ou
de um cargo ou função e mensurados os graus ideais
sentido funcional), foca a atividade exercida, por exem-
para cada grupo de competências que uma pessoa que
plo: serviço público, atividade de fomento, intervenção
assuma o cargo ou função deve ter para atingir os ob-
(fiscalização ou participação do Estado em atividades
jetivos da empresa.
privadas), polícia administrativa. Aspecto formal (ou
sentido subjetivo, ou sentido orgânico), projeta sua at-
Seleção por competências
enção em quem exerce a atividade (pessoas, órgãos e
os agentes).
Por meio da seleção por competências, são realizadas
entrevistas comportamentais, visando identificar se
É chamado recursos humanos ao conjunto dos em-
o candidato possui o perfil ideal para a vaga de em-
pregados ou dos colaboradores de uma organização.
prego. Antes devem ser identificadas as competências
Mas o mais frequente deve chamar-se assim à função
necessárias para determinada atividade.
que ocupa para adquirir, desenvolver, usar e reter os
colaboradores da organização.Gestão de recursos hu-
Avaliação por competências
manos tem por finalidade de selecionar, gerir e nortear
os colaboradores na direção dos objetivos e metas da
Através da avaliação por competências, é verificado se
empresa.
o perfil comportamental e técnico dos colaboradores
de uma corporação estão alinhados ao perfil ideal ex-
O objetivo básico que persegue a função de Recursos
igido pelos cargos e funções.
Humanos (RH) é alinhar as políticas de RH com a es-
tratégia da organização.
Plano de desenvolvimento por competências
A Gestão de pessoas é uma atividade a ser executada
Por meio do plano de desenvolvimento por competên-
por todos os gestores de uma organização, contando
cias, procura-se aperfeiçoar e potencializar o perfil in-
com o apoio do setor de recursos humanos, com a fi-
dividual de cada empregado através de ações de de-
nalidade de alcançar um desempenho que possa com-
senvolvimento.
binar as necessidades individuais das pessoas com as
da organização. Apesar da disseminação em tempos
Serviços mais usuais em recursos humanos
recentes dos cursos de gestão de pessoas, tal prática
ainda é confundida com uma atividade restrita ao setor
Assessment
de recursos humanos.
É uma metodologia de avaliação que consiste na análise
Gestão de pessoas
de comportamentos baseada em múltiplos inputs, uti-
lizando múltiplas técnicas, métodos e instrumentos de
O principal modelo de gestão de pessoas atualmente é
avaliação, baseados nas competências a avaliar. Tem a
a Gestão por Competências.
participação de vários observadores.
Gestão por competências
Headhunting
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
2

iação de Desempenho; Cargos, Salários e Carreiras.


Abordagem confidencial e direta de quadros superi-
ores, com o objetivo de selecionar os profissionais que Planejamento do RH
se destacam no seu setor de atividade, quer pelos seus
conhecimentos técnicos quer pela sua experiência. O planejamento de RH é um o processo pelo qual a
empresa se assegura que as quantidades e tipos certos
Ínterim management de Recursos Humanos estejam disponíveis nos lugares
e momentos apropriados, desempenhando as tarefas
Serviço de Recursos Humanos em que se pode ter pes- para as quais eles são economicamente mais úteis.
soas disponíveis em poucos dias em oposição aos pro- planejamento de Recursos Humanos em relação ao
cessos de recrutamento, sempre mais demorados em planejamento estratégico da empresa como um todo.
termos de admissão. Isso significa dizer que as projeções de RH servem para
fazer as previsões orçamentárias de gastos indiretos e
A temporalidade destes projetos permite que especial- de investimentos em ativo imobilizado ajustando as
istas muito experientes estejam disponíveis para pro- próprias diretrizes da empresa. Nesse sentido, o plane-
jetos cujo conhecimento necessário é inferior aquele jamento de Recursos Humanos, pode vir a ser adota-
que terão de disponibilizar. Há foco total na missão a do pelos gerentes como uma valioso instrumento de
desempenhar. planejamento e controle administrativo.

Outplacement Relações Interpessoais

O outplacement é uma forma de ajudar os indivíduos Dentro da perspectiva humanista da administração sur-
a prosseguirem a sua vida profissional e na maior parte gida com a Escola de Relações Humanas onde os estu-
dos casos isto significa arranjar uma nova oportunidade diosos destacavam que o mais importante era desen-
profissional. volver os empregados no relacionamento interpessoal.
Essa Escola preconizava que se os funcionários desen-
A empresa prestadora de serviços nesta área pode tra- volvessem bem esse aspecto (relação interpessoal) a
balhar num caso individual ou num grupo de pessoas. técnica viria como conseqüência, ou seja, era mais fácil
um indivíduo que se relacionava bem com os colegas
Outsourcing aprender com facilidade do que um indivíduo isolado
dos demais, como era na Administração Científica.
O ato de terceirizar um serviço não considerado cen-
tral para o negócio, para que seja executado por uma O Treinamento e Desenvolvimento fornecer ao empre-
entidade externa. Tal processo que permite a uma or- gado melhores conhecimentos, habilidades e atitudes,
ganização não se ater a recursos cujo desempenho não para que não se dissocie das inovações em relação a
é crítico para a organização, para se empenhar em ativ- seu campo de atividade e das profundas mutações do
idades que constituem fatores críticos de sucesso. mundo. As estratégias das empresas quanto ao trein-
amento estão diretamente ligadas às suas estratégias
Recrutamento e seleção de recrutamento e seleção. Podendo optar por recru-
tamento e seleção baseada em uma fonte de recruta-
Tem por objetivo atrair e selecionar os profission- mento interno, onde terá programas formais de trein-
ais mais adequados (nem sempre o melhor é o mais amento de pessoal, se ao contrário, sua estratégia de
adequado) para o desempenho de uma determinada contratação estará voltada para o mercado externo não
função. Os processos seletivos podem ser compostos terá programas de treinamento e contratará pessoal
por entrevistas, dinâmicas de grupo e testes psicológi- bem capacitado e, normalmente, acima do nível de en-
cos, entre outros. trada.

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS FUNÇÕES Desenvolvimento Gerencial


BÁSICAS:
As empresas têm diferentes opções estratégicas para
Planejamento do RH; Relações Interpessoais; Recruta- o desenvolvimento de executivos. Decisão entre pro-
mento e Seleção de Pessoal; Treinamento e Desenvolvi- gramas de desenvolvimento formais ou informais, pro-
mento; Desenvolvimento Gerencial; Motivação; Aval- gramas de desenvolvimento extensos ou limitados,
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
3

formação de habilidades ou identificação e contratação de garantir a ordem e a eficiência, geram resistências


externa de habilidades. “Estes três tipos de opções e desestímulos que bloqueiam a capacidade de real-
apontam para o grau de compromisso que tem a em- izações do indivíduo. Argyris identificou três fatores
presa para levar a cabo o desenvolvimento de seus ex- que levam às empresas a frustrar seus empregados : a
ecutivos. As companhias que consideram o desenvolvi- estrutura formal, a liderança impositiva e os controles
mento de seus gerentes como a atividade central na administrativos.
gestão de Recursos Humanos optam por programas de
desenvolvimento extensos e formais, e estão desenvol- Avaliação de Desempenho
vendo constantemente as habilidades e conhecimentos
requeridos para que os gerentes desempenhem eficaz- São técnicas utilizadas com a finalidade de obter in-
mente suas atividades. formações sobre o comportamento profissional do
Motivação funcionário, face ao posto de trabalho que ocupa na
empresa. Em resumo, é um conceito dinâmico, pois
A administração de recursos humanos tradicional tem os empregados estão sendo continuamente avaliados,
como uma de suas principais preocupações a moti- seja formal ou informalmente, nas organizações.
vação do indivíduo na organização como o ponto de
partida da integração e a produtividade da força de Cargos e Salários
trabalho, sendo analisado a nível global e não como
uma simples manifestação da personalidade. As pes- CARGOS
soas motivadas apresentam uma enorme aptidão para
o desenvolvimento, que é o potencial para aprender Descrever um cargo consiste em enumerar todas as
novas habilidades, obter novos conhecimentos, mod- tarefas e responsabilidades atribuídas ao seu ocu-
ificar atitudes/comportamentos e liberar sua criativi- pante. Vale ressaltar, que quando vamos descrever um
dade. cargo, não podemos levar em consideração a pessoa
que ocupa atualmente, e sim o que esse cargo deve
Linhas Teóricas da Motivação no trabalho realizar, quais são as suas atribuições.

Elton Mayo Frederick Herzberg Cris Argyris Elton SALÁRIOS


Mayo “Propiciou um cenário favorável à introdução de
uma nova abordagem na solução dos problemas de É o conjunto de normas e procedimentos que visam
administração, focalizada no processo de motivar os estabelecer e/ou manter estruturas de salários equi-
indivíduos à atingir metas organizacionais” nos quais tativas e justos na organização. Em uma organização,
analisa as condições adversas de trabalho impostas cada cargo tem o seu valor individual. Outro fator im-
pela administração científica, concluindo que os op- portante, é que seja baseado em um sistema lógico de
erários tendem a reunir-se em grupos informais como comparações internas e externas dos cargos e de seus
fuga dos efeitos da estrutura formal. Nesses grupos respectivos salários.
informais, esses trabalhadores conseguem comunic-
ar-se com maior facilidade, além de encontrar ambi-
entes de apoio para a melhoria de seus problemas.
Frederick Herzberg Classificou os estímulos de tra-
balho em duas categorias: fatores higiênicos:voltados 2. FUNÇÕES DO
a atender a natureza material e fisiológica da mão-de-
obra; e fatores motivacionais:na procura de incentivos
ADMINISTRADOR
como participação,realização profissional e progresso
pessoal. Sua principal conclusão foi que ‘’a adminis- Características da Função Administrativa
tração deve perceber que os fatores higiênicos são
importantes, mas uma vez neutralizada a insatisfação, Concreta – não inova na ordem jurídica, executa a lei
não geram resultados positivos, apenas os fatores mo- nos casos concretos, apenas cumpre o que a lei diz
tivacionais conduzem ao melhor desempenho”. Cris
Argyris Pesquisou os efeitos da organização na vida Parcial – interesse na relação
dos indivíduos, concluindo que a restrição imposta Subordinada ao controle jurisdicional – art. 5º, XXXV,
aos empregados pelas estruturas empresariais, em vez CF
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
4

Sistemas Administrativos ba toda a organização, algo a longo prazo, devem ser


avaliados os ambientes internos e externos, as tendên-
Sistema Inglês ou de Unidade da Jurisdição – adotado cias de mercado, se vale a pena investir, pergunta que
pelo Brasil, diz que toda e qualquer situação pode ser se deve fazer… O que vai ser dessa empresa no futuro?
levada ao poder judiciário, ainda que tenha sido julga-
do no âmbito administrativo; Importante! O planejamento estratégico se baseia no
ESTABELECIMENTO de METAS, OBJETIVOS, POLÍTICAS
Sistema Francês ou Contencioso Administrativo – as e MISSÃO da ORGANIZAÇÃO.
causas submetidas aos Tribunais Administrativos não
necessitam ser analisadas novamente no Poder Ju- META = Objetivo de curto prazo.
diciário.
OBJETIVO = alvo a ser alcançado
Funções Administrativas POLÍTICAS = são as diretrizes amplas e gerais para se
chegar aos objetivos
Planejamento, Organização, Direção e Controle
MISSÃO = é a razão de existência da empresa
(PODC): Planejamento, Organização, Direção e Con-
trole. Para conhecer as funções de um administrador Planejamento Operacional: é o planejamento diário
de empresas, entenda o que cada função administra- é a parte que elabora cronogramas específicos, cada
tiva significa. tarefa deve ser planejada, daí são criados métodos,
procedimentos, normas, metas, programas.
PLANEJAMENTO: define as atividades a serem realiza-
das e os resultados a serem alcançados. Planejamento Tático: Analisa alternativas para realizar
a missão da empresa, no entanto é um planejamento
ORGANIZAÇÃO: organiza-se os recursos disponíveis de médio prazo, normalmente anual, nível departa-
para realizar aquilo que foi planejado. Faz a dis- mental, cada departamento da empresa tem o seu.
tribuição das tarefas, das autoridades e dos recursos
materiais entre os membros da organização. ORGANIZAÇÃO
DIREÇÃO: é a função de dirigir a execução do planeja- A fu nção de organizar compreende várias fases, como
mento, para atingir os objetivos da organização. a elaboração dos níveis hierárquicos e definição das
estruturas organizacionais. Pode ser definida como a
CONTROLE: Analisa os resultados obtidos verificando ordenação dos recursos materiais e recursos humanos
se foram os planejados. Monitora as atividades, deter- visando atingir os objetivos estabelecidos, o Organo-
minando se a organização esta ou não em direção a grama da empresa é definido nessa função adminis-
suas metas. trativa, este serve para representação da estrutura da
empresa, estrutura departamental, deixando claro os
Vamos analisar agora uma a uma: níveis hierárquicos.
PLANEJAMENTO DIREÇÃO
Planejar é definir os objetivos para alcançar a finali- Esta é a função da tomada de decisões, de liderança
dade da empresa, decidir como alcançar, desenvolven- e intercomunicação com os subordinados. Fazer ac-
do planos de ações e programando as atividades para ontecer, dinamizar, esta função administrativa exige
alcançar as metas definidas. Algumas empresas ainda muito da habilidade humana do profissional pela área
adotam o método arcaico de administração as escuras relacionada, a direção pode ser a nível institucion-
e não planejam, desta forma, não se preparam para al abarcando toda a empresa, nível departamental
possíveis reveses e acabam por terem insucesso em abrangendo as unidades em separado e por fim a nív-
seus objetivos, O planejamento pode ser divido em: el operacional.
Planejamento Estratégico: é bastante amplo e englo-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
5

Veja agora alguns princípios da direção: global do negócio.

Unidade de Comando: Cada funcionário tem um su- Coordenar: Ligar, unir, harmonizar todos os atos e es-
perior ao qual deve prestar contas forços coletivos para facilitar o trabalho e para alcançar
resultados positivos, ou seja, sincroniza coisas e ações
Delegação: Compreende designação de tarefas, de em proporções adequadas e adapta os meios aos fins.
autoridade, de responsabilidade.
Controlar: Certifica-se de que tudo ocorra de acordo
Amplitude de Controle: Há um limite quanto ao núme- com as regras estabelecidas e as ordens dadas. Con-
ro de posições que podem ser eficientemente supervi- forme os planos, instruções e princípios.
sionadas por um único indivíduo.

Princípio da coordenação ou relações humanas: har-


moniza os esforços individuais em benefício de um 3. RELAÇÕES HUMANAS
bem comum.
As relações interpessoais desenvolvem-se em decor-
CONTROLE rência do processo de interação. Em situação de tra-
balho, compartilhadas por duas ou mais pessoas, há
Esta diretamente ligado ao planejamento, nesta atividades predeterminadas a serem executadas, bem
função devem ser avaliados os progressos da empresa como interações e sentimentos recomendados, tais
em seus objetivos e feitas as devidas correções (ação como: comunicação, cooperação, respeito, amizade.
corretiva)para garantir que os resultados sejam satis- À medida que as atividades e interações prosseguem,
fatórios, os principais pontos da função de controle os sentimentos despertados podem ser diferentes dos
são: indicados inicialmente e então – inevitavelmente – os
sentimentos influenciarão as interações e as próprias
• Necessário para medir e avaliar o desempenho or- atividades. Assim, sentimentos positivos de simpatia
ganizacional e atração provocarão aumento de interação e coop-
• Dinâmico e contínuo eração, repercutindo favoravelmente nas atividades e
• Engloba todas as vertentes da organização ensejando maior produtividade.
fases do controle: Por outro lado, sentimentos negativos de antipatia
e rejeição tenderão à diminuição das interações, ao
• estabelecimento dos objetivos ou padrões de de- afastamento nas atividades, com provável queda de
sempenho produtividade.
• avaliação ou mensuração do desempenho atual
• comparação do desempenho atual com os obje- Esse ciclo “atividade-interação-sentimentos” não se
tivos ou padrões estabelecidos relaciona diretamente com a competência técnica de
• tomada de ação corretiva para corrigir os possíveis cada pessoa. Profissionais competentes individual-
desvios ou anormalidades mente podem render muito abaixo de sua capacidade
por influência do grupo e da situação de trabalho.
Na teoria clássica de Fayol eram as seguintes funções
administrativas: Quando uma pessoa começa a participar de um grupo,
há uma base interna de diferenças que englobam va-
Prever: Visualizar o futuro e os recursos necessários lores, atitudes, conhecimentos, informações, precon-
traçando um programa de ação. ceitos, experiência anterior, gostos, crenças e estilo
comportamental, o que traz inevitáveis diferenças de
Organizar: Constituir o duplo organismo material e so- percepções, opiniões, sentimentos em relação a cada
cial da empresa. situação compartilhada.
Comandar: Dirigir e orientar o pessoal para alcançar
o máximo de retorno dos empregados. Concentra-se
no funcionamento da empresa, segundo o interesse
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
6

Essas diferenças passam a constituir um repertório Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser
novo: o daquela pessoa naquele grupo. Como es- estudados de forma complementar aos de Taylor:
sas diferenças são encaradas e tratadas determina a
modalidade de relacionamento entre membros do 1 - Divisão do trabalho - Especialização dos funcionári-
grupo, colegas de trabalho, superiores e subordina- os desde o topo da hierarquia até os operários da
dos. fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção
aumentando a produtividade.
Por exemplo: se no grupo há respeito pela opinião do
outro, se a idéia de cada um é ouvida, e discutida, es- 2 - Autoridade e responsabilidade - Autoridade é o
tabelece-se uma modalidade de relacionamento difer- direito dos superiores darem ordens que teoricamente
ente daquela em que não há respeito pela opinião do serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida
outro, quando idéias e sentimentos não são ouvidos, da autoridade.
ou ignorados, quando não há troca de informações. A
maneira de lidar com diferenças individuais criam cer- 3 - Unidade de comando - Um funcionário deve rece-
to clima entre as pessoas e tem forte influência sobre ber ordens de apenas um chefe, evitando contra-or-
toda a vida em grupo, principalmente nos processos dens.
de comunicação, no relacionamento interpessoal, no
comportamento organizacional e na produtividade. 4 - Unidade de direção - O controle único é possi-
bilitado com a aplicação de um plano para grupo de
Valores: Representa a convicções básicas de que um atividades com os mesmos objetivos.
modo específico de conduta ou de condição de ex-
istência é individualmente ou socialmente preferível a 5 - Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de
modo contrário ou oposto de conduta ou de existên- conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionári-
cia. os. A ausência de disciplina gera o caos na organ-
ização.
Eles contêm um elemento de julgamento, baseado
naquilo que o indivíduo acredita ser correto, bom ou 6 - Prevalência dos interesses gerais - Os interesses
desejável. gerais da organização devem prevalecer sobre os in-
teresses individuais.
Os valores costumam ser relativamente estáveis e du-
radouros. 7 - Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a
satisfação dos funcionários e da própria organização.
A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por
Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura 8 - Centralização - As atividades vitais da organização
organizacional, pela visão do Homem Econômico e e sua autoridade devem ser centralizadas.
pela busca da máxima eficiência. Sofreu críticas como
a manipulação dos trabalhadores através dos incen- 9 - Hierarquia - Defesa incondicional da estrutura hi-
tivos materiais e salariais e a excessiva unidade de erárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade
comando e responsabilidade. Paralelamente aos estu- fixa.
dos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia
princípios semelhantes na Europa, baseado em sua ex- 10 - Ordem - Deve ser mantida em toda organização,
periência na alta administração. preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em
seu lugar.
Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por
executivos Europeus, os seguidores da Administração 11 - Equidade - A justiça deve prevalecer em toda or-
Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol ganização, justificando a lealdade e a devoção de cada
quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. funcionário à empresa.
O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol
fez com que grandes contribuintes do pensamento 12 - Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade
administrativo desconhecessem seus princípios Princí- alta tem conseqüências negativas sobre desempenho
pios Básicos. da empresa e o moral dos funcionários.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
7

13 - Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade 3. Disciplina


de estabelecer um plano e cumpri-lo. 4. Unidade de comando
5. Unidade de direção
14 - Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, 6. Subordinação do interesse individual ao geral
facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os in- 7. Remuneração do pessoal justa e satisfatória ao in-
tegrantes de um mesmo grupo precisam ter consciên- divíduo e à empresa
cia de classe, para que defendam seus propósitos. 8. Centralização de comando
9. Hierarquia de superiores
10.Ordem (um lugar para cada indivíduo)
11.Eqüidade (senso de justiça entre todos)
4. TEORIAS CLÁSSICAS 12.Estabilidade (tempo para o empregado se adaptar
ao trabalho)
DA ADMINISTRAÇÃO 13.Iniciativa (entusiasmo e energia)
14.Espírito de equipe ou trabalho em grupo
2. Escola de anatomia e fisiologia da organização -
FAYOLISMO Henry Fayol (1841-1925) A Teoria Clássica concebe a organização como um sis-
tema fechado, rígido e mecânico (teoria da máquina)
Henri Fayol (1841-1925), o fundador da teoria Clássica, sem nenhuma conexão com o ambiente exterior. A
nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris, vivendo preocupação dos autores era encontrar a melhor ma-
as consequências da Revolução Industrial e, mais tar- neira de organizar e fazer bem as coisas, com princípi-
de, da Primeira Guerra Mundial. os e receitas aplicados às circunstâncias.

Surgiu para aumentar a eficiência da empresa por Concentrou-se no estudo da organização apenas no
meio da organização e a aplicação de princípios gerais seu aspecto formal, objetivando o aumento de efi-
da administração em bases científicas. ciência, dando ênfase ao trabalho e à estrutura sem
considerar o lado humano, em que os fatores pessoais
Sua preocupação era a forma e disposição dos com- (comportamento, crenças, cultura, etc) também inter-
ponentes da organização (departamentos) e suas in- ferem no status organizacional.
ter-relações estruturais.
3. Abordagem ou teoria (escola) das relações hu-
A ênfase era na anatomia (estrutura) e na fisiologia manas, também denominada Escola Humanística da
(fundamento) da organização. Administração. Surgiu nos Estados Unidos, desen-
volvida por Elton George Mayo e seus colaboradores.
Funções básicas da empresa (segundo Fayol): Nasceu decorrente da necessidade de corrigir a forte
tendência à desumanização do trabalho surgida com a
• Funções técnicas, relacionadas com a produção de aplicação de métodos rigorosos, científicos e precisos,
bens ou serviços da empresa. aos quais os trabalhadores deveriam forçosamente se
• Funções comerciais, relacionadas com a compra, submeter.
venda e permutação.
• Funções financeiras, relacionadas com a procura e Principal característica: Ênfase nas pessoas.
gerência de capitais.
• Funções de segurança, relacionadas com a pro- Origens da Teoria das Relações Humanas
teção e preservação dos bens e das pessoas.
• Funções contábeis, relacionadas com os inventári- 1) A necessidade de humanizar e democratizar a Ad-
os, registros, balanços, custos e estatísticas. ministração: Libertar conceitos rígidos e mecanicistas
• Funções administrativas, relacionadas com a inte- da Abordagem Clássica
gração de cúpula das outras cinco funções.
2) O desenvolvimento das chamadas ciências hu-
Princípios de administração segundo Fayol: manas: Psicologia e sociologia, bem como sua cres-
cente influência intelectual e suas primeiras tentativas
1. Divisão de trabalho e especialização de aplicação à organização industrial.
2. Autoridade e responsabilidades
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
8

3) As idéias da filosofia pragmática e da psicologia Mayo defendeu os seguintes pontos de vista:


dinâmica.
• O trabalho é uma atividade tipicamente grupal;
4)As conclusões da Experiência de HAWTHORNE • O operário não reage como indivíduo isolado,
mas como membro de um grupo social;
Desenvolvida sob a coordenação de Elton Mayo pôs • A tarefa básica da administração é formar uma
em xeque os principais postulados da Abordagem elite capaz de compreender e de comunicar;
Clássica da Administração. Os problemas nesta In- • O ser humano é motivado pela necessidade de es-
dústria Hawthorne eram produção baixa e rotação de tar junto e ser reconhecido, de receber adequada
pessoal anual ao redor de 250%. As soluções introduz- comunicação;
idas por Mayo foram intervalo de descanso, critério • A civilização industrializada traz como conseqüên-
dos operários na decisão de quando as máquinas de- cia à desintegração dos grupos primários da so-
veriam ser paradas e contratação de uma enfermeira. ciedade, como família, para os informais e religião.
Suas conclusões foram de que emergiu o espírito de
equipe, a produção aumentou e a rotatividade de pes- Há um conflito social na sociedade industrial: uma in-
soal declinou. compatibilidade entre os objetivos organizacionais e
os objetivos individuais dos empregados. As relações
No mundo da administração científica, as pessoas humanas e a cooperação constituem a chave para evi-
eram relegadas ao segundo plano pela baixa eficiên- tar o conflito social.
cia e produtividade. Seus desejos, aspirações e moti-
vações eram amplamente ignorados ou, no máximo, 4. Abordagem ou teoria comportamental
falava-se deles com desprezo. Vozes solitárias comen-
tavam que a satisfação do indivíduo é um pré-requisi- A Teoria Comportamental representa um desdobra-
to importante para qualquer organização responsável. mento da Teoria das Relações humanas. Em 1947, Her-
bert Simon lança o livro O Comportamento Adminis-
Os estudos Hawthorne sobre as atitudes e o compor- trativo, que marca o início da teoria Comportamental,
tamento dos operários, realizados entre 1927 e 1932, criticando os princípios da Teoria Clássica e fazendo
revelaram que o resultado do trabalho dos operários reparos e correções na Teoria das Relações Humanas.
melhorava quando eles acreditavam que a gerência
estava preocupada com seu bem-estar. Simon concebeu a organização como um sistema de
decisões e um conjunto de indivíduos comprometidos
Mayo deu ênfase ao homem (homem social) e ao cli- com o processo decisório. As decisões são tomadas
ma psicológico do trabalho. Seus principais estudos de acordo com as percepções individuais. Havia busca
foram às expectativas dos empregados, as necessi- apenas do suficiente, do adequado, do razoável, e não
dades psicológicas, a organização informal e a rede do máximo. A preocupação era evitar incertezas.
não convencional de comunicações.
Para explicar o comportamento organizacional, a Te-
Elton Mayo (1880-1949), australiano que se radicou oria Comportamental funda-se no comportamento
nos EUA, argumentava que a auto-estima era vital individual das pessoas. Para explicar como as pessoas
para o desempenho eficaz e que a gerência precisaria se comportam, torna-se necessário o estudo da mo-
conquistar o consenso tanto entre grupos de trabalho tivação humana. O administrador precisa conhecer as
quanto entre indivíduos. necessidades humanas para melhor compreender o
comportamento humano e utilizar a motivação huma-
Mayo acreditava que os grupos informais revelados na como poderoso meio para melhorar a qualidade de
em Hawthorne poderiam ser utilizados tanto para o vida dentro das organizações.
bem do indivíduo quanto para o da corporação ou ig-
norados em detrimento de todos. Mayo foi o primeiro Maslow propõe que as pessoas seriam dominadas por
a identificar a necessidade de canais de comunicação motivos e necessidades internas insatisfeitas, que ori-
eficientes e reconhecidos entre os operários e a gerên- entam o comportamento. Há uma hierarquia de ne-
cia, para que os indivíduos e grupos pudessem se cessidades humanas, numa espécie de pirâmide, em
identificar com as metas e os objetivos corporativos. cujo topo estão as necessidades fisiológicas, de segu-
rança, sociais de estima e auto-realização.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
9

É a chamada teoria da motivação humana. Estudou Teoria da burocracia


a motivação do homem pela suas necessidades, não
considerando a situação ou local onde se encontra. A teoria da Burocracia desenvolveu-se na década de
1940, em função da fragilidade e parcialidade das
Herzberg desenvolveu as idéias de Maslow. O homem Teorias clássica e teoria das Relações Humanas, a ne-
tem grupos de necessidades: a animal que evita a dor cessidade de um modelo de organização racional, o
e outra como ser humano para crescer psicologica- crescente tamanho e complexidade das empresas e o
mente. Também identificou fatores de higiene (ma- ressurgimento da sociologia da burocracia, propondo
nutenção) como as necessidades econômicas básicas, um novo modelo de organização.
contrastando com fatores de motivação que corre-
spondiam às aspirações mais profundas. A boa higiene Baseia-se na racionalidade, na adequação dos meios
é necessária, mas não é suficiente para gerar a moti- aos objetivos (fins) pretendidos, garantindo a máxima
vação adequada. eficiência possível no alcance destes objetivos.

5. Teoria da Contingência Weber distinguiu três tipos de sociedade:

A palavra contingência significa algo incerto ou even- Sociedade tradicional características patriarcais e pat-
tual, que pode suceder ou não, refere-se a uma prop- rimonialistas.
osição que só pode ser conhecida pela experiência e
pela evidência e não pela razão. A teoria da contingên- Sociedade carismática características místicas, arbi-
cia vai bem mais longe do que a teoria de sistemas trárias e personalísticas, como nos grupos revolu-
quando aborda a problemática do ambiente. Na te- cionários, partidos, etc.
oria da contingência as condições de ambiente é que
causam transformações no interior das organizações. Sociedade legal, racional ou burocrática normas im-
Ou seja, o ambiente explica o fenômeno organizacion- pessoais e racionalidade na escolha dos meios e fins.
al. Há quem negue esta influência total do ambiente A cada tipo de sociedade corresponde um tipo de au-
sobre a organização. toridade, um comando ou ordem a ser obedecido.

O argumento é que a influência sobre a organização Características da Burocracia


é ditada não pelo ambiente, mas apenas pelo que in-
teressa diretamente a organização, isto é, a tecnolo- • Caráter legal de normas e regulamentos;
gia existente no ambiente. É o ambiente que conduz a • Caráter formal das comunicações;
vida da organização. • Caráter racional e divisão do trabalho;
• Impessoalidade nas relações;
A teoria da contingência apresenta os seguintes as- • Hierarquia de autoridade;
pectos básicos: • Rotinas e procedimentos modelo;
• Competência técnica e mérito;
• A organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é • Especialização da administração;
um sistema aberto. • Profissionalização;
• As características organizacionais apresentam • Previsibilidade do funcionamento.
uma interação entre si e com o ambiente.
• As características ambientais são as variáveis inde-
pendentes, enquanto as características organiza-
cionais são variáveis dependentes daquelas.

6. Teoria ou abordagem estruturalista

A abordagem estruturalista, com a ênfase na estrutu-


ra organizacional (teoria da burocracia) e a ênfase na
estrutura, pessoas e no ambiente (teoria estruturalista)
surgiu no século XX, em uma crescente burocratização
da sociedade.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
10

5. ESTRUTURA Os lideres dos grupos informais surgem por várias


causas, como por exemplo: Idade; Competência;
ORGANIZACIONAL Conhecimento; Personalidade; Comunicação; Dentre
varias outras situações.
Algumas vezes, a estrutura informal se torna uma força
Conceito de organização: a organização existe quando negativa dentro da empresa, porém
duas ou mais pessoas trabalham juntas para alcançar se a administração conseguir conciliar e/ou integrar
um propósito comum, através da divisão do trabalho os grupos formais com os informais, haverá uma har-
– é o desmembramento de tarefas complexas em ativ- monização nas tarefas, o que ai sim, se torna uma
idades mais simples, as quais são atribuídas a pessoas condição favorável de rendimento e produção.
especializadas no desempenho de cada uma delas
(sinergia- ocorre quando o desempenho coletivo con- Vantagens: Rapidez no processo; Redução de comu-
segue mais que a soma dos esforços individuais). nicação entre chefe e empregado; Motiva e integra os
grupos de trabalho.
Organização é uma coletividade formada por pessoas
com função de produzir bens e prestar serviços a co- Desvantagens: Desconhecimento de chefia; Dificul-
munidade e possui estrutura formada por indivíduos dade de controle; Atrito entre pessoas.
que se relacionam, colaborando e dividindo o trabalho
para transformar insumos em bens e serviços. Estrutu- Estrutura Formal
ra organizacional é conjunto de unidades organizacio-
nais ou órgãos, inter- relacionados através de relações Essa é a estrutura que a grande maioria das empre-
funcionais, e hierárquicas utilizados para integrar to- sas adotam, é a estrutura deliberadamente planeja-
dos os recursos da empresa - humanos e materiais - da, e formalmente representada, em alguns aspectos,
para alcançar objetivos predeterminados. (Lacombe e em organogramas. Nessa fase, a definição de suas
Heilborn, 2003, p.49). atribuições se torna mais criteriosa, ou seja, aqui a es-
trutura formal pode alcançar proporções imensas.
A estrutura organizacional deve ser delineada de
acordo com os objetivos e estratégias estabelecidos, Os principais fatores para a criação de uma estrutura
ou seja, a estrutura organizacional é uma ferramenta formal empresarial são:
básica para alcançar as situações almejadas pela em-
presa, é o instrumento básico para concretização do - Focar os objetivos estabelecidos pela empresa;
processo organizacional.
- Realizar atividades que podem chegar nesses obje-
Estrutura Informal tivos;
- Distribuir as funções administrativas para cada fun-
Esse tipo de estrutura se consiste numa rede de cionário desempenhar;
relações sociais e pessoais que não é estabelecida - Levar em consideração habilidades e limitações tec-
formalmente, ou seja, a estrutura surge da interação nológicas;
entre as pessoas, desenvolvendo-se espontaneamente - Tamanho da Empresa.
quando as pessoas se reúnem entre si. A informali-
dade, é geralmente, mais instável, pois está sujeita aos E os componentes chaves para o bom funcionamento
sentimentos pessoais, pois se trata de uma natureza dessa formalidade são:
mais subjetiva, ela não possui uma direção certa e
obrigatória. Hoje, em qualquer tipo de empresa, existe - Sistema de Responsabilidade – que é constituído
as estruturas informais. pela departamentalização, especialização.
- Sistema de Autoridade – nada mais é que a dis-
É errado pensar na hipótese de que grupos informais tribuição de poder;
apenas se formam dentro de um grupo religioso, ou - Sistema de Comunicação – é a interação entre todas
até mesmo dentro de uma sala de aula, muitas estru- as unidades da empresa;
turas informais existem dentro de grandes empresas, - Sistema de Decisão – que é ato de poder entender, e
e apresentam diferentes níveis de atuação. poder definir e decidir uma ação solicitada.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
11

Uma estrutura organizacional se resume, simples- No Brasil, a Administração Pública burocrática con-
mente, em um organograma, que é um desenho gráf- templou duas fases: a primeira, denominada
ico onde mostra cada integrante de uma empresa se modelo clássico, corresponde ao período 1930-1945.
delegando a uma área especifica. A estrutura é a rep-
resentação de um organograma, mostrando a formali- Características: ênfase na reforma administrativa e o
dade existente dentro de uma certa empresa. autoritarismo. Administração fechado. O fim do Esta-
do Novo marca o fim dessa fase.
Representação gráfica ou descritiva das áreas que
compõem as Unidades, distribuídas em níveis hi- No período de transição já era objeto de debate a
erárquicos A estrutura organizacional projeta e or- excessiva centralização da Administração Pública bra-
ganiza os relacionamentos dos níveis hierárquicos e o sileira.
fluxo das informações essenciais de uma Organização.
Governo JK (1956-1961): administração para o de-
senvolvimento. A segunda fase estendeu-se até as
vésperas da reforma gerencial, com ênfase no desen-
6. ADMINISTRAÇÃO volvimento da nação.

PÚBLICA: MODELOS O modelo burocrático está presente na Constituição


de 1988 e em todo o sistema do direito administrativo
Patrimonialista, Burocrática e Gerencial. brasileiro.

1.Patrimonialista: Típica dos Estados absolutistas eu- 3.Gerencial: Após as duas guerras mundiais do Século
ropeus do século XVIII, onde o Estado é a extensão do XX, o Estado se viu na obrigação de se reerguer políti-
poder do administrador público e os seus servidores ca, econômica e socialmente.
eram vistos como nobres que recebiam este título por
indicações do governante. Surge o Estado Social, que tinha como deveres, o
acesso da população à educação, moradia, saúde etc.
A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo
de administração. Características:

Com o capitalismo industrial e as democracias, que • Uso da tecnologia;


surgem no século XIX a administração patrimonialista • Redução dos custos
torna impraticável, pois é primordial para o capitalis- • Estado mais eficiente e eficaz (qualidade);
mo a secção entre o Estado e o mercado e a democ- • Descentralização;
racia só pode existir quando a sociedade distingue-se • Controle no resultado;
do Estado. • Foco no cidadão-cliente;
• Inspira-se na administração de empresas.
2.Burocrática: Surge então a necessidade de desen-
volver um tipo de administração que separasse o pú- Surge a economia neoliberalistas: a economia e o
blico do privado. Dessa forma, a administração públi- mercado tinham suas próprias regras.
ca burocrática foi adotada para suprir a administração
patrimonialista. Brasil: Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Esta-
do de 1995 – PDRAE.
Ela surge também para repreender a corrupção e o
nepotismo, características do modelo anterior. Estado Reforma de estado e reforma administrativa:
liberal.
-1930 – Getulio Vargas: absolutismo, burocracia,
Princípios: profissionalização, carreira, hierarquia fun- economia no estado.
cional, impessoalidade, formalismo, desconfiança
prévia, controle rígido no processo (eficiência). Ela é -1995 – FHC: Plano Diretor de Reforma do Estado –
cara, lenta e o estado perde o foco no cidadão. Implanta a economia Neo-Liberal).
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
12

Crise do modelo burocrático e o movimento de refor- servidor, que passaria a perceber salários mais justos
ma do estado contemporâneo para todas as funções.

A crise brasileira da década de 80 foi também uma Os diagnósticos e o quadro teórico apresentados no
crise do Estado. Em razão do modelo de desenvolvi- “Plano Diretor” serviram de base para as propostas de
mento que Governos anteriores adotaram, o Estado Emenda Constitucional que o Poder Executivo apre-
desviou-se de suas funções básicas para ampliar sua sentou ao Congresso Nacional para as reformas nas
presença no setor produtivo, o que acarretou, além áreas administrativa e previdenciária (neste último
da gradual deterioração dos serviços públicos, a que caso, no que respeita às aposentadorias e pensões
recorre, em particular, a parcela menos favorecida da dos servidores públicos). Tais propostas de Emenda
população, o agravamento da crise fiscal e, por con- visavam, por um lado, garantir conquistas da Consti-
sequência, da inflação. Nesse sentido, a reforma do tuição de 1988, as quais, na realidade, nunca se con-
Estado passou a ser instrumento indispensável para cretizaram, tais como a definição de tetos precisos
consolidar a estabilização e assegurar o crescimento para a remuneração dos servidores ativos e inativos e
sustentado da economia. Somente assim é possível a exigência de Projeto de Lei para aumentos de remu-
promover a correção das desigualdades sociais e re- neração nos Poderes Constituídos. Por outro lado, me-
gionais. diante a flexibilização da estabilidade e da permissão
de regimes jurídicos diferenciados, o que se buscava
O “Plano Diretor de Reforma de Estado” lançado pelo era viabilizar a implementação de uma administração
Governo FHC em 1995 procurou criar condições para pública de caráter gerencial. Nos últimos anos, assisti-
a reconstrução da administração pública em bases mos em todo o mundo a um debate acalorado - ain-
modernas e racionais. No passado, constituiu grande da longe de concluído - sobre o papel que o Estado
avanço a implementação de uma administração públi- deve desempenhar na vida contemporânea e o grau
ca formal, baseada em princípios racional-burocráti- de intervenção que deve ter na economia. No Brasil, o
cos, os quais se contrapunham ao patrimonialismo, ao tema adquire relevância particular, tendo em vista que
clientelismo, ao nepotismo, vícios estes que ainda per- o Estado, em razão do modelo de desenvolvimento
sistem e que precisam ser extirpados. Mas o sistema adotado, desviou-se de suas funções precípuas para
introduzido até então, limitava-se a padrões hierárqui- atuar com grande ênfase na esfera produtiva. Essa
cos rígidos e concentrava-se no controle dos proces- maciça interferência do Estado no mercado acarre-
sos e não nos resultados. Este modelo revelou-se lento tou distorções crescentes neste último, que passou a
e ineficiente para a magnitude e a complexidade dos conviver com artificialismos que se tornaram insus-
desafios que o País passou a enfrentar diante da glo- tentáveis na década de 90. Sem dúvida, num sistema
balização econômica. A situação agravou-se a partir capitalista, Estado e mercado, direta ou indiretamente,
do início da década de 90, como resultado de reformas são as duas instituições centrais que operam na co-
administrativas apressadas, as quais desorganizaram ordenação dos sistemas econômicos. Dessa forma, se
centros decisórios importantes, afetaram a “memória uma delas apresenta funcionamento irregular, é inev-
administrativa”, a par de desmantelarem sistemas de itável que nos depararemos com uma crise. Foi assim
produção de informações vitais para o processo de- nos anos 20 e 30, em que claramente foi o mau fun-
cisório governamental. cionamento do mercado que trouxe em seu bojo uma
crise econômica de grandes proporções. Já nos anos
Foi preciso, então, dar um salto adiante, no sentido de 80, é a crise do Estado que põe em cheque o modelo
uma administração pública mais “gerencial”, baseada econômico em vigência.
em conceitos atuais de administração e eficiência,
voltada para o controle dos resultados e descentral- É importante ressaltar que a redefinição do papel do
izada para poder chegar ao cidadão, que, numa so- Estado é um tema de alcance universal nos anos 90.
ciedade democrática, é quem dá legitimidade às insti- No Brasil esta questão adquiriu importância decisi-
tuições e que, portanto, se torna “cliente privilegiado” va, tendo em vista o peso da presença do Estado na
dos serviços prestados pelo Estado. economia nacional: tornou-se, consequentemente, in-
adiável equacionar a questão da reforma ou da recon-
Foi preciso reorganizar as estruturas da administração strução do Estado, que já não consegue atender com
com ênfase na qualidade e na produtividade do eficiência a sobrecarga de demandas a ele dirigidas,
serviço público; na verdadeira profissionalização do sobretudo na área social.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
13

A reforma do Estado não é, assim, um tema abstrato: No Brasil, embora esteja presente desde os anos 70, a
ao contrário, é algo cobrado pela cidadania, que vê crise do Estado somente se tornará clara a partir da se-
frustrada suas demandas e expectativas. gunda metade dos anos 80. Suas manifestações mais
evidentes são a própria crise fiscal e o esgotamento
A crise do Estado teve início nos anos 70, mas só nos da estratégia de substituição de importações, que se
anos 80 se tornou evidente. Paralelamente ao descon- inserem num contexto mais amplo de superação das
trole fiscal, diversos países passaram a apresentar re- formas de intervenção econômica e social do Esta-
dução nas taxas de crescimento econômico, aumento do. Adicionalmente, o aparelho do Estado concentra
do desemprego e elevados índices de inflação. e centraliza funções, e se caracteriza pela rigidez dos
procedimentos e pelo excesso de normas e regula-
Após várias tentativas de explicação, tornou-se claro mentos.
afinal que a causa da desaceleração econômica nos
países desenvolvidos e dos graves desequilíbrios na A reação imediata à crise - ainda nos anos 80, logo
América Latina e no Leste Europeu era a crise do Esta- após a transição democrática - foi ignorá-la. Uma se-
do, que não soubera processar de forma adequada a gunda resposta igualmente inadequada foi a neolib-
sobrecarga de demandas a ele dirigidas. A desordem eral, caracterizada pela ideologia do Estado mínimo.
econômica expressava agora a dificuldade do Estado Ambas revelaram-se irrealistas: a primeira, porque
em continuar a administrar as crescentes expectativas subestimou tal desequilíbrio;
em relação à política de bem-estar aplicada com rela-
tivo sucesso no pós-guerra. a segunda, porque utópica. Só em meados dos anos
90 surge uma resposta consistente com o desafio de
A Primeira Grande Guerra Mundial e a Grande De- superação da crise: a idéia da reforma ou reconstrução
pressão foram o marco da crise do mercado e do Es- do Estado, de forma a resgatar sua autonomia finan-
tado Liberal. Surge em seu lugar um novo formato de ceira e sua capacidade de implementar políticas pú-
Estado, que assume um papel decisivo na promoção blicas.
do desenvolvimento econômico e social.
Neste sentido, são inadiáveis: (1) o ajustamento fiscal
A partir desse momento, o Estado passa a desem- duradouro; (2) reformas econômicas orientadas para o
penhar um papel estratégico na coordenação da mercado, que, acompanhadas de uma política indus-
economia capitalista, promovendo poupança forçada, trial e tecnológica, garantam a concorrência interna
alavancando o desenvolvimento econômico, corrigin- e criem as condições para o enfrentamento da com-
do as distorções do mercado e garantindo uma dis- petição internacional; (3) a reforma da previdência so-
tribuição de renda mais igualitária. cial; (4) a inovação dos instrumentos de política social,
proporcionando maior abrangência e promovendo
Não obstante, nos últimos 20 anos esse modelo melhor qualidade para os serviços sociais; e (5) a refor-
mostrou-se superado, vítima de distorções decorrentes ma do aparelho do Estado, com vistas a aumentar sua
da tendência observada em grupos de empresários e “governança”, ou seja, sua capacidade de implemen-
de funcionários, que buscam utilizar o Estado em seu tar de forma eficiente políticas públicas. Entende-se
próprio benefício, e vítima também da aceleração do por aparelho do Estado a administração pública em
desenvolvimento tecnológico e da globalização da sentido amplo, ou seja, a estrutura organizacional do
economia mundial, que tornaram a competição entre Estado, em seus três poderes (Executivo, Legislativo
as nações muito mais aguda. A crise do Estado de- e Judiciário) e três níveis (União, Estados-membros e
fine-se então (1) como uma crise fiscal, caracterizada Municípios). O aparelho do Estado é constituído pelo
pela crescente perda do crédito por parte do Estado governo, isto é, pela cúpula dirigente nos Três Poderes,
e pela poupança pública que se torna negativa; (2) o por um corpo de funcionários, e pela força militar.
esgotamento da estratégia estatizante de intervenção
do Estado, a qual se reveste de várias formas: o Es- A reforma do Estado é um projeto amplo que diz res-
tado do bem-estar social nos países desenvolvidos, a peito às varias áreas do governo e, ainda, ao conjunto
estratégia de substituição de importações no terceiro da sociedade brasileira, enquanto que a reforma do
mundo, e o estatismo nos países comunistas; e (3) a aparelho do Estado tem um escopo mais restrito: está
superação da forma de administrar o Estado, isto é, a orientada para tornar a administração pública mais
superação da administração pública burocrática. eficiente e mais voltada para a cidadania.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
14

O Plano Diretor focaliza sua atenção na adminis- plurianual, do orçamento-programa anual e da pro-
tração pública federal, mas muitas das suas diretrizes gramação financeira de desembolso;
e propostas podem também ser aplicadas no nível es-
tadual e municipal. - Coordenação: harmonizar todas as atividades da
Administração submetendo-as ao que foi planeja-
A reforma do Estado deve ser entendida dentro do do e poupando desperdício. Na Administração Fed-
contexto da redefinição do papel do Estado, que deixa eral a coordenação é da competência da Casa Civil
de ser o responsável direto pelo desenvolvimento da Presidência da República. O objetivo é propiciar
econômico e social pela via da produção de bens e soluções integradas e em sincronia com a política ger-
serviços, para fortalecer-se na função de promotor e al e setorial do Governo;
regulador desse desenvolvimento. No plano econôm-
ico o Estado é essencialmente um instrumento de - Descentralização: objetivo é descongestionar a Ad-
transferências de renda, que se torna necessário dada ministração Federal por meio de:
a existência de bens públicos e de economias exter-
nas, que limitam a capacidade de alocação de recursos • Desconcentração administrativa: repartição de
do mercado. Para realizar essa função redistribuidora função entre vários órgãos (despersonalizados) de
ou realocadora, o Estado coleta impostos e os destina uma mesma Administração sem quebrar a hierar-
aos objetivos clássicos de garantia da ordem interna e quia;
da segurança externa, aos objetivos sociais de maior • Delegação de execução de serviço: pode ser par-
justiça ou igualdade, e aos objetivos econômicos de ticular ou pessoa administrativa, mediante convê-
estabilização e desenvolvimento. Para realizar esses nio ou consórcio;
dois últimos objetivos, que se tornaram centrais neste • Execução indireta: mediante contratação de par-
século, o Estado tendeu a assumir funções diretas de ticulares; precedido de licitação, salvo nos casos
execução. As distorções e ineficiências que daí re- de dispensa por impossibilidade de competição.
sultaram deixaram claro, entretanto, que reformar o
Estado significa transferir para o setor privado as ativi- - Delegação de Competência: as autoridades da Ad-
dades que podem ser controladas pelo mercado. ministração transferem atribuições decisórias a seus
subordinados, mediante ato próprio que indique a
Daí a generalização dos processos de privatização de autoridade delegante, a delegada e o objeto da del-
empresas estatais. No plano diretor, entretanto, sali- egação.
entaremos um outro processo tão importante quanto,
e que no entretanto não está tão claro: a descentral- • Tem caráter facultativo e transitório, apoiando-se
ização para o setor público não-estatal da execução em razões de oportunidade e conveniência e na
de serviços que não envolvem o exercício do poder de capacidade do delegado. Só é delegável a com-
Estado, mas devem ser subsidiados pelo Estado, como petência para a prática de atos e decisões admin-
é o caso dos serviços de educação, saúde, cultura e istrativas. Não pode ser delegado:
pesquisa científica. Chamaremos a esse processo de
“publicização”. 1. Atos de natureza política (sanção e veto);
2. Poder de tributar;
3. Edição de atos de caráter normativo;
4. Decisão de recursos administrativos;
7. PRINCÍPIOS DA ADMIN- 5. Matérias de competência exclusiva dos órgãos ou
ISTRAÇÃO PÚBLICA autoridade;

- Controle: no âmbito da Administração direta, pre-


Os Princípios Fundamentais da Administração Pública veem-se:
Federal são os seguintes:
Controle de execução e normas específicas: feito pela
- Planejamento: estudo e estabelecimento das di- chefia competente;
retrizes e metas que deverão orientar a ação gover-
namental, por meio de um plano geral de governo,
programas globais, setoriais e regionais de duração
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
15

Controle do atendimento das normas gerais regulado- - Administração Pública Federal: representada pela
ras do exercício das atividades auxiliares: organizadas União, tem por finalidade o dever de administrar os
sob a forma de sistemas (pessoal, auditoria) realizada interesses;
pelos órgãos próprios de cada sistema;
- Administração Pública do Distrito Federal: repre-
Controle de aplicação dos dinheiros públicos: é o sentada pelo Distrito Federal, tem por finalidade at-
próprio sistema de contabilidade e auditoria realiza- ender aos interesses da população ali residente, e de
do, em cada Ministério, pela respectiva Secretaria de ser responsável pelo recebimento de representações
Controle Interno. diplomáticas ao Brasil quando em visita;

Princípios (“caput” do art. 37 da CF88) - Administração Pública Estadual: promove todas as


iniciativas para satisfazer os interesses da população
- Legalidade: “caput” do art. 37 e art. 5o Da CF: sub- de seu limite territorial geográfico como estado –
ordinação do poder público à previsão legal. Só pode membro;
fazer o que a lei determina;

- Impessoalidade: objetividade no atendimento do in- - Administração Pública Municipal: zelar pelos inter-
teresse público, vedada a promoção pessoal de agen- esses da população local dentro dos limites territoriais
tes ou autoridades. Não pode prejudicar ou favorecer do município.
determinadas pessoas (princípio da finalidade);
Administração direta
- Moralidade administrativa: Art. 2o da Lei 9.784/99;
art. 37, §4o da CF: atuação segundo padrões éticos de Constitui-se dos órgãos integrantes da estrutu-
probidade, decoro e boa-fé; ra administrativa da Presidência da República e dos
Ministérios. São centros de competência instituídos
- Publicidade: Art. 37, §1o. da CF; art. 5o, XXXII da CF: para o desempenho de funções estatais, através de
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orien- seus agentes, não possui patrimônio; estão inseridos
tação social, não podendo constar nomes, símbolos na estrutura de uma pessoa jurídica; na esfera federal
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de estão submetidos à supervisão ministerial (ao Ministro
autoridades ou servidores públicos; de Estado); e, alguns têm capacidade jurídica, proces-
sual, para defesa de suas prerrogativas funcionais.
- Eficiência: EC 19/98 - Exige-se a apresentação de re-
sultados positivos para o serviço público e satisfatório Administração indireta
atendimento das necessidades do administrado.
Constituída de entidades com personalidade jurídica
- Razoabilidade: Não cabe à Administração Pública e compreende as empresas públicas e as sociedades
decidir de maneira irracional, fora dos padrões de nor- de economia mista, que integram a Administração por
malidade da sociedade; relação de vinculação e cooperação, como: as Autar-
quias, Fundações Públicas, e Sociedade de Economia
- Proporcionalidade: Art. 2o, §único, VI da Lei 9.784/99: Mista.
adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior Suas características: personalidade jurídica; criação
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do autorizada por Lei; patrimônio próprio; capacidade
interesse público; de auto-administração ou autonomia própria; sujei-
tos ao controle pelo Estado; não tem liberdade para
- Motivação: A administração Pública tem que expor modificação ou fixação de seus próprios fins; e, tem
seus motivos; auto-gestão financeira etc.

No nosso sistema governamental, há quatro espécies


de Administração Pública:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
16

Sistema Clichê: “Fazer mais com menos”.

A Administração Pública Federal (APF) tem vários sis- Eficácia


temas de suporte para o andamento e funcionamento
das atividades fins dos órgãos e entidades, para a con- A eficácia está relacionada ao processo de escolha,
secução de uma mesma finalidade. de tomada de decisão. Enquanto a eficiência está li-
gada em como as coisas devem ser feitas, a eficácia
Sistemas do Poder Público: sistemas de suporte às refere-se ao resultado deste processo. Segundo Paulo
atividades fins do Poder Executivo Sandroni, mestre em economia e professor da Escola
de Economia da Fundação Getúlio Vargas e da Facul-
Federal: dade de Economia e Administração da PUC-SP, “Fazer
a coisa certa de forma certa é a melhor definição de
• Sistema de Controle Interno - SCI trabalho eficiente e eficaz”. Uma pessoa eficaz é aque-
• Sistema de Planejamento e Orçamento - SPO la que não só faz algo da maneira certa, mas se pre-
• Sistema de Administração dos Recursos de Infor- ocupa com os resultados, independente do esforço e
mação e Informática do setor Público – SISP tempo que isso pode levar.
• Sistema de Serviços Gerais - SISG
• Sistema de Pessoal Civil - SIPEC A eficácia é a obtenção de resultados através da ên-
• Sistema de Organização e Modernização Admin- fase nos próprios resultados e nos objetivos a serem
istrativa - SOMAD alcançados, com a exploração máxima do potencial
• Sistema de Contabilidade Federal - SICON dos processos. Significa a otimização das tarefas com
a agilização de recursos para alcançar o resultado es-
perado. É um conceito que tem um cunho “digital”, o
que significa que há, ou não há eficácia.
8. EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E
EFETIVIDADE Concepção: “Fazer a ‘coisa’ certa”. Pois se fizermos o
contrário (fazer a coisa errada), estaremos quebran-
Eficiência do expectativas no que era esperado de uma atitude
correta.
De acordo com alguns autores de livros sobre admin-
istração, economia e comunicação, a eficiência con- Clichê: “Fazer o certo”.
siste em fazer alguma coisa da maneira certa. Ter um
dever ou obrigação e fazê-lo da forma correta. Uma Citando um exemplo prático, vamos supor dois vende-
pessoa eficiente é uma pessoa que, diante de uma de- dores, João e Ana. Sabendo-se que os dois cumpriram
terminada circunstância, é capaz de exercer aquilo que sua meta de vendas do mês, mas Ana gastou 20%
lhe é proposto. menos combustível. Ambos foram eficazes, pois fize-
ram a coisa certa e cumpriram o objetivo. Entretanto,
A eficiência é a obtenção de resultados através da ên- Ana foi mais eficiente porque fez corretamente e uti-
fase nos meios, da resolução dos problemas existentes lizou produtivamente os recursos com menor desper-
e da salvaguarda dos recursos disponíveis com o cum- dício.
primento das tarefas e obrigações. Significa fazer bem
as tarefas, administrar os custos, reduzir as perdas Efetividade
e o desperdício. É um conceito que tem um cunho
“analógico”, o que significa que pode haver mais, ou Depois de entender o significado e a relação existente
menos eficiência. entre eficiência e eficácia, fica mais fácil falar sobre
efetividade, o que não quer dizer que seja um con-
Concepção: “Fazer certo a ‘coisa’”. Pois se fizermos o ceito simples. Entre eficiência, eficácia e efetividade,
contrário (fazer errado a coisa), estaremos provocan- o último dos três termos é o mais complexo, o mais
do desperdício de tempo ou recursos, contrariando os difícil de entender.
princípios da eficiência.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
17

Enquanto a eficiência consiste na condição e aptidão que ela faz).


para a realização de uma tarefa, a eficácia em alcançar
os objetivos, a efetividade é a satisfação, o sucesso na De acordo Chiavenato (2005, p. 138), “a missão da em-
prática do que é feito. É a capacidade de atender ex- presa está voltada para a definição do negócio e do
pectativas de um pequeno grupo, uma comunidade cliente, a fim de saber o que fazer (produto/serviço)
ou uma sociedade inteira (clientes). como fazer (tecnologia a ser utilizada) e para quem
fazer (mercado)”.
Robert Henry Srour sintetizou em uma frase todo o
conceito de efetividade “Difícil não é fazer o que é cer- A missão é o compromisso da empresa com os seus
to, é descobrir o que é certo fazer”. clientes fornecedores e funcionários.

A efetividade é a obtenção de resultados através Ela deve ser exposta através de texto curto e simples
da ênfase na percepção do cliente. Significa que há para o público em geral e para os funcionários, para
preenchimento das expectativas do cliente, através de que todas as pessoas possam conhecê-la.
uma ação programada e planejada para satisfazer os
seus desejos. É um conceito que tem um cunho “sensi- Exemplo de missão:
tivo”, o que significa que há comprovação, pelo cliente,
dos resultados alcançados. Simplificando, ser efetivo é “Servir alimentos de qualidade com rapidez e simpa-
realizar aquilo que foi feito (eficácia) da maneira certa tia, em um ambiente limpo e agradável” (McDonald’s)
(eficiência).

Apesar da relação interessante existente entre estes


termos, é importante ressaltar que nem sempre elas 10. DEPARTAMENTALIZAÇÃO
dependem umas das outras. É possível ser eficaz sem
ser eficiente, por exemplo. E às vezes estes três con- E ORGANOGRAMA
ceitos se sobrepõem ou se completam para orientar
decisões. Mesmo com estas possibilidades, devemos Departamentalização:
sempre tentar aliar eficiência, eficácia e efetividade,
monitorando nosso desempenho na busca da ex- É o agrupamento, de acordo com um critério específ-
celência, pois “Somos o que repetidamente fazemos. ico de homogeneidade, das atividades e correspond-
A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábi- entes recursos (humanos, financeiros, materiais e eq-
to.” (Aristóteles). uipamentos) em unidades organizacionais.

Nada mais é que as divisões da empresa, seus órgãos


que compõem a estrutura base como departamento
9. VISÃO E MISSÃO de compras, vendas e demais repartições, porém há
critérios e considerações para criar esses departamen-
Visão tos, há uma linha a ser seguida para evitar confusões
na estrutura e assim ser visualizada e respeitada de
A visão está focada no futuro do negócio. Conforme maneira simples e exposta na sua estrutura formal. É
Chiavenato (2005, p. 141-142), “a visão é a imagem preciso decidir centralização e a descentralização das
que o empreendedor tem a respeito do futuro do seu áreas de base e constituir a amplitude de supervisão.
negócio. É o que ele pretende que o negócio seja den-
tro de um certo horizonte de tempo”. Finalidade

Exemplo de visão: A empresa visa garantir facilidades Segundo o Chiavenato, A finalidade da departamen-
com versatilidade aos usuários dos produtos. talização não é a estrutura rígida e equilibrada em
termos de níveis e sim grupar atividades de maneira
Missão que melhor contribuam para obtenção dos objetivos
específicos da organização.
Para Biagio e Batocchio (2005), missão é a declaração
da razão de ser de uma empresa (seu propósito e o
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
18

Segundo Luis Oswaldo e Leal da Rocha a principal Padronização:


fi- ganização estruturada
uniformidade e coerência.linearmente como base, com
nalidade da Departamentalização é proporcionar mei- a inclusão de órgãos de staff em(apoio), possuidores
momento. de
16 Atualização:
os para o crescimento e desenvolvimento racional dos
retratar a realidade
conhecimentos
A centralização
da organização
especializados
e a descentralização
determinado
necessários
dependem da estrutura à organ-
da empresa.
órgãos da Empresa. ização. Esses órgãos de apoio têm a função de as-
1) Estrutura linear - neste tipo de estrutura não existe dúvida acerca de quem manda ou
é mandado.sessorar os executivos em assuntos especializados e
Organograma nãochefes
São exigidos possuemótimos,autoridade. Este diversas
capazes de abranger tipo de estrutura
partes ger- já que
do conhecimento,
estes não almente é utilizado
possuem assessoria em empresas
especializada e tomam de maior
decisões porte, pois
finais.
Uma das demanda
Representação gráfica simplificada da estrutura or- desvantagensrecursos
desta estrutura é que os chefes
suficientes para não possuem
manter umuma visão de toda a
grupo
empresa, apenas conhecem muito bem seu próprio departamento. Isso prejudica um pouco
ganizacional de uma instituição, especificando os de pessoas especializadas atuando constantemente
as relações entre departamentos, pois não há cooperação. Como podemos verificar, este
seus órgãos, seus níveis hierárquicos e as principais nas empresas.
tipo de estrutura favorece a redeComo exemplo
de comunicação de na
formal, órgãos
qual todadea hierarquia
apoio demons-
relações formais entre eles. podemos deve
trada no organograma citarseroobedecida.
departamento
O processojurídico
decisórioem
tambémempresa
é bastante rígido,
Princípios básicos do organograma sendo queindustrial.
os chefes passam a figurar quase que exclusivamente como os elementos críti-
cos para o sucesso. Dessa forma, na estrutura linear, há centralização do poder nas mãos
de uma única figura: o chefe.
Simplicidade: apresentar apenas os elementos essen- 3) Estrutura funcional - foge à rigidez que é impos-
Essa centralização é encontrada com mais frequência em pequenas empresas, pois reduz
ciais à compreensão da estrutura organizacional. custos com
ta especialização
pela estrutura linear.- oPossui
de pessoas uma descentralização
conhecimento é centralizado nas mãos de um
chefe. maior e é bastante flexível, favorecendo uma melhor
Padronização: uniformidade e coerência. divisão do trabalho. Um exemplo de utilização da es-
2) Estrutura
trutura - staff - é aéque
linearfuncional emapresenta
empresas uma organização
que possuem estruturada
filiaislinearmente
como base, com a inclusão de órgãos de staff (apoio), possuidores de conhecimentos es-
Atualização: retratar a realidade da organização em emnecessários
pecializados diversosà estados
organização.doEsses
país. Em de
órgãos vez detêm
apoio montar
a funçãoumde assessorar
determinado momento. departamento
os executivos especializado
em assuntos especializados e nãopara cada
possuem filial, aEste
autoridade. empre-
tipo de estrutura
saécria
geralmente esses
utilizado em departamentos especializados
empresas de maior porte, apenassuficientes
pois demanda recursos na para
manter um
A centralização e a descentralização dependem da es- grupo de
matriz pessoas
e eles especializadas
atendem atuando
a todas constantemente nas empresas. Como
as filiais.
exemplo de órgãos de apoio podemos citar o departamento jurídico em empresa industrial.
trutura da empresa. Uma das vantagens da estrutura funcional é que ela
favorece
3) Estrutura a cooperação
funcional - foge à rigidezequeo trabalho em estrutura
é imposta pela equipe,linear.
alémPossui uma
1) Estrutura linear - neste tipo de estrutura não existe de aumentar
descentralização o controle
maior e é bastante indireto,
flexível, já uma
favorecendo quemelhor
os departa-
divisão do trabalho.
dúvida acerca de quem manda ou é mandado. Um exemplomentos especializados
de utilização da estrutura funcionam
funcional é emcomo
empresasfiliais e não filiais em
que possuem
diversos estados
como do país. Em vezcerrada.
supervisão de montar um departamento especializado para cada fi-
lial, a empresa cria esses departamentos especializados apenas na matriz e eles atendem a
São exigidos chefes ótimos, capazes de abranger di- todas as filiais. Uma das vantagens da estrutura funcional é que ela favorece a cooperação
versas partes do conhecimento, já que estes não Deve-se
e o trabalho tomar
em equipe, alémcuidado,
de aumentarno entanto,
o controle para jánão
indireto, haver
que os departamentos
possuem assessoria especializada e tomam decisões uma funcionam
especializados falta de como
disciplina, pois
filiais e não haverá
como várias
supervisão chefias
cerrada. em tomar cui-
Deve-se
finais. uma mesma
dado, no entanto, para nãofilial.
haver uma falta de disciplina, pois haverá várias chefias em uma
mesma filial.
Uma das desvantagens desta estrutura é que os chefes
não possuem uma visão de toda a empresa, apenas
conhecem muito bem seu próprio departamento. Isso
prejudica um pouco as relações entre departamentos,
pois não há cooperação. Como podemos verificar,
este tipo de estrutura favorece a rede de comunicação
formal, na qual toda a hierarquia demonstrada no or-
ganograma deve ser obedecida. O processo decisório
também é bastante rígido, sendo que os chefes pas-
sam a figurar quase que exclusivamente como os el-
ementos críticos para o sucesso. Dessa forma, na es- Por Funções ; ou Funcional
trutura linear, há centralização do poder nas mãos de
uma única figura: o chefe. Vantagens

Essa centralização é encontrada com mais frequência • Agrupar especialista sob chefia única;
em pequenas empresas, pois reduz custos com espe- • segue princípio da especialização ocupacional;
cialização de pessoas - o conhecimento é centralizado • concentra competência em atividade específica;
nas mãos de um chefe. • mais indicada para circunstâncias estáveis ou tare-
fas rotineiras;
2) Estrutura linear - staff - é a que apresenta uma or- • poucas linhas de produtos;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
19

• reflete auto-orientação e introversão administrati- • Comunicação livre e coordenação entre especial-


va Desvantagens; istas;
• Reduz a cooperação interdepartamental; • Flexibilidade para responder rapidamente às mu-
• Inadequada quando a tecnologia necessita ser danças
mutável e evolutiva; • Ideal para empresas empreendedoras.
• Dificulta a adaptação às mudanças externas; • Processo de decisão descentralizado ( Bateman,
• Detrimento do objetivo global em prol dos es- 1998)
forços de especialistas. • Rede de comunicações extensas para processar
grande quantidade de informação
4) Estrutura matricial - é utilizada em empresas de alta • Utilização de recursos compartilhados de modo
tecnologia e grande especialização do trabalho. eficiente;

Alta adaptabilidade
Nessa estrutura
Por Funções ; ou Funcional existem diversos grupos de pessoas
Vantagens especializadas em determinada função e essas pessoas Desvantagens
• Agrupar especialista sob chefia única;
são alotadas
• segue princípio nos projetos
da especialização que vão surgindo. Quando
ocupacional;
estão participando de um projeto, as pessoas respon-
• concentra competência em atividade específica;
• mais indicada para circunstâncias estáveis ou tarefas rotineiras;
• Falta de clareza dos papéis; ( dois chefes : de pro-
• poucas dem aoprodutos;
linhas de gerente de projeto no que se refere ao cron- jeto e funcional)
• reflete auto-orientação e introversão administrativa
ograma
Desvantagens; do trabalho e ao gerente funcional no que • Competição pelo poder;
• Reduz a respeita
cooperação aos aspectos técnicos especializados. Quando
interdepartamental; • Muita democracia que pode conduzir a ação in-
• Inadequada quando a tecnologia necessita ser mutável e evolutiva;
o aprojeto
• Dificulta adaptaçãotermina,
às mudanças asexternas;
pessoas voltam aos seus depar- suficiente
tamentos funcionais de origem, passando
• Detrimento do objetivo global em prol dos esforços de especialistas.
a responder
4) Estrutura matricial - é utilizada em empresas de alta tecnologia e grande especializa-
• Todos têm que ser consultados a cada decisão
ao chefe desse departamento, agora de forma exclusi-
ção do trabalho.
Nessa estrutura existem diversos grupos de pessoas especializadas em determinada função
va. A são
e essas pessoas estrutura matricial
alotadas nos garante
projetos que uma Quando
vão surgindo. descentralização
estão participando deOutras tipos ou critérios de departamentalização
do
um projeto, aspoder de decisão
pessoas respondem maior
ao gerente que
de projeto as
no estruturas
que linear do
se refere ao cronograma
trabalho e ao gerente funcional no que respeita aos aspectos técnicos especializados. Quan-
e funcional,
do o projeto já quevoltam
termina, as pessoas os chefes
aos seusdos projetosfuncionais
departamentos têm maior de origem,• por Produtos ou Serviços;
passando a responder ao chefe desse departamento, agora de forma exclusiva. A estrutura
autonomia.
matricial garante uma descentralização do poder de decisão maior que as estruturas linear
• Por localização geográfica;
e funcional, já que os chefes dos projetos têm maior autonomia. • por Clientes;
• por Processos;
• Por Projetos;
• Por Quantidade
• por Produtos ou Serviços ou por Resultados;

Vantagens:
Obs: nas questões de matricial aparecem os termos: “mais adequada”, “a melhor”, “gestão
de vários projetos”. • Facilita o emprego de tecnologia;
SegundoObs: nas
Stanley questões
Davis de matricial
e Paul Lawrence, aparecem
uma Organização osemprega
matricial termos:um siste-• Permite a intensificação de esforços;
ma de comando múltiplo que inclui os mecanismos de apoio correspondentes e um padrão
“mais
de cultura adequada”,
e comportamento “a melhor”,
organizacional “gestão de vários pro-
associado. • Fixa a responsabilidade para um produto;
Segundojetos”.
Leon Megginson ( 1998) A departamentalização matricial é um tipo híbrido
onde vários especialistas são agrupados para completar uma tarefa em tempo limitado.• Facilita a cooperação interdepartamental;
(encontrada em organizações de alta tecnologia, Boing, Nasa, GE) • Facilita a inovação e a competitividade;
Segundo Stanley Davis e Paul Lawrence, uma Organ-
Vantagens; • Indicada para circunstâncias instáveis, mutáveis.
izaçãolivre
• Comunicação matricial emprega
e coordenação um sistema de comando
entre especialistas; • Induz a cooperação entre especialistas;
• Flexibilidade para responder rapidamente às mudanças
múltiplo
• Ideal para empresasque inclui os mecanismos de apoio corre-
empreendedoras. • Permite maior flexibilidade.
spondentes
• Processo e um padrão
de decisão descentralizado de cultura
( Bateman, 1998) e comportamento

organizacional associado. Desvantagens;

Segundo Leon Megginson ( 1998) A departamental- • Bitola técnica dos especialistas;


ização matricial é um tipo híbrido onde vários espe- • Contra-indicada para empresa com poucos pro-
cialistas são agrupados para completar uma tarefa em dutos ou estabilidade ambiental;
tempo limitado. (encontrada em organizações de alta • Problemas psicológicos de temores e ansiedades
tecnologia, Boing, Nasa, GE)
Vantagens; Por localização geográfica;
É a territorial ou regional.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
20

Vantagens: Desvantagens:

• Atende a estratégias regionais; • Descontinuidade ao fim do ciclo do projeto;


• Fixa responsabilidade de lucro; • Provoca ansiedade e angústia
• Encoraja novos executivos
• Indicada para agências de varejo; Por Quantidade

Desvantagens: Vantagens:

• Dificulta a coordenação e controle; • Conhece o quantitativo de pessoal nas funções


• Subdesenvolvimento das áreas de pesquisa, fi- • Simples elaboração e controle.
nanças e RH.
• Aplicação: Empresa que precisa de área mercado- Desvantagens:
lógica descentralizada
• Muito limitado gerencialmente falando.
por Clientes;

Vantagens: 11. FUNÇÃO DIREÇÃO


• Abordagem extrovertida , ideal se o importante é E QUESTÕES
a satisfação do cliente;
• Mais adequada se o cliente é mais importante Direção
que o produto;
• Concentra conhecimento sobre as necessidades Direção é terceira função do processo organizacional.
dos clientes. Está relacionada a maneira pela qual os objetivos de-
vem ser alcançados, isso é feito aplicando os recursos
Desvantagens: disponíveis.

• Torna secundárias as funções produção e finanças;


• Sacrifica objetivos como lucro e produtividade e Significa dizer que esta função interpreta os planos,
eficiência. instrui e orienta aos níveis inferiores da organização
rumo ao atingimento dos objetivos traçados no Plane-
por Processos; jamento, por meio de orientação e apoio.

ou por equipamentos , por maquinário, por tecnologia De forma lúdica, podemos fazer retratar a função Di-
Vantagens: reção como sendo um capitão de um navio no qual
possui o objetivo de transportar uma carga de um
• Prestigia a tecnologia como foco de referência porto a outro. Dessa forma, o capitão está no leme da
Desvantagens: embarcação de modo a dirigir o rumo traçado previa-
mente.
• Total falta de flexibilidade
• Aplicação; Empresas industriais. O conceito aborda por Chiavenato sobre direção está
abordado da seguinte maneira: “função administrativa
Por Projetos; Construção de Navios , de edifícios , con- que se refere ao relacionamento interpessoal do ad-
strução de fábricas ministrador com os seus subordinados”.

Vantagens: Esse pensamento coloca a Direção (enquanto posição


organizacional) como elo entre a alta cúpula da em-
• Concentrar diversos recursos em uma atividade presa e o “chão de fábrica” (operacional). Esse elo é
complexa feito por meio de comunicação adequada, liderança
• Se ajusta a uma departamentalização temporária e motivação.
por Produto complexo
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
21

A função Direção é a única das quatro funções do pro- se trata da única função interpessoal, o “motor” do
cesso organizacional que possui caráter interpessoal, barco são as pessoas. E assim, as pessoas têm motivos
ou seja, defini as relações entre indivíduos. Por isso, para estarem desempenhando suas tarefas e serviços.
constitui-se na mais complexa função administrativa.
Esta função possui sinônimos que podem aparecem Podemos dizer, portanto, que motivo é qualquer coisa
em bancas examinadoras, tais como: Coaching, Lider- que leva a pessoa a praticar uma ação e motivação é
ança ou Influenciação. proporcionar um motivo a uma pessoa.

A direção se distribui por toda a organização, de forma Do ponto de vista do Gestor /Administrador, a moti-
a sofrer modificações quanto na nomenclatura. Esta vação compreende a criação de condições que pro-
pode aparecer da seguinte forma: porcionem satisfação pessoal.

• Institucional – Presidentes, Vice-Presidentes, po- c) Comunicação – Processo de transmissão de


dendo, dependendo da estrutura organizacional, informação ou mensagem. A comunicação constitui o
os diretores. principal instrumento de falhas internas e externa das
• Intermediário – Gerência organizações. Aproximadamente 90% de erros/prob-
• Operacional – Supervisão lemas nas organizações estão associados à comuni-
cação. O processo de comunicação possui os seguin-
Por ser o processo administrativo que conduz e co- tes itens:
ordena o pessoal, a Direção está preocupada com a
execução das tarefas. • Emissor
• Codificação
Tarefa • Transmissão (canais)
• Receptor
Entende-se por tarefa todo trabalho que deve ser con- • Decodificação
cluído dentro de um prazo estipulado e com certo nív- • Feedback
el de qualidade esperado. Esta associado ao conceito
de serviço (exercício das funções obrigatórias de um Os ruídos de comunicação são interferências que prej-
cargo). udicam as transmissões, causando erros. Os ruídos ex-
igem que o processo se repita; a isso chamamos de
Para que as tarefas e serviços sejam realizados dentro redundância.
das expectativas da Direção se vale de alguns meios.
Meios de Direção As organizações, para viabilizar a comunicação com os
mais diferentes públicos, se valem de meios ou veícu-
Modo pelo qual a Direção de organização faz os níveis los orais, escritos, pictográficos, escrito-pictográficos,
inferiores atingir os objetivos pré-determinados. simbólicos, audiovisuais e telemáticos. É assim que,
em síntese, que podemos apresentar os meios dis-
a) Ordens ou Instrução – Transmissão das decisões aos poníveis, com base na classificação de Charles Redfield
subordinados. Essa transmissão subdividi-se em: (1980) e as devidas adaptações.

I. Quanto a amplitude Os meios orais podem ser divididos em diretos e in-


diretos. Os diretos são: conversa, diálogo, entrevistas,
1) Ordens Gerais reuniões, palestras, encontros com o presidente face
2) Ordens Específicas a face; os indiretos: telefone, intercomunicadores au-
tomáticos, rádios, alto-falantes etc.
II. Quanto a forma
Os meios escritos dizem respeito a todo material in-
1) Orais formativo impresso, a saber: instruções e ordens, car-
2) Escritas tas, circulares, quadro de avisos, volantes, panfletos,
boletins, manuais, relatórios, jornais e revistas.
b) Motivação – A Direção de uma organização deve es-
tar sempre preocupada com esse aspecto. Pois, como
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
22

Os meios pictográficos são representados por mapas, liberdade, e da responsabilidade no desempenho das
diagramas, pinturas, fotografias, desenhos, ideografi- tarefas.
as, entre outros.
Vê as pessoas aplicadas, pró-ativas, participativas. Del-
Os meios escrito-pictográficos se valem da palavra es- egam, portanto, mais autoridade, o que desperta a cri-
crita e da ilustração. São os cartazes, gráficos, diplo- atividade. A democracia se faz presente e o ambiente
mas e filmes com legenda. de trabalho, por seu turno, torna-se suave.

Os meios simbólicos são insígnias, bandeiras, luzes, Esse estilo, impulsiona as pessoas a tomar iniciativa e
flâmulas, sirenes, sinos e outros sinais que se classifi- responsabilidade no desempenho profissional. Porém,
cam tanto como visuais quanto auditivos. se houver a necessidade de intervenção direta de for-
ma a resolver um problema, o Gestor/Administrador
Os meios audiovisuais são constituídos principalmente não se furta a usar o poder da autoridade que lhe é
por vídeos institucionais, de treinamentos e outros, cabível.
telejornais, televisão corporativa, clipes eletrônicos
documentários, filmes etc. Uma questão nos incomoda ao analisarmos Estilos de
Direção diametralmente opostos: Qual o melhor esti-
Com o avanço das novas tecnologias da comunicação, lo de Direção? Qual o mais vantajoso para as organ-
as organizações modernas também estão se valendo izações?
de meios telemáticos, que têm esse nome porque a
informação é trabalhada e passada com o uso com- À primeira vista tendemos a escolher o Estilo Y, pois
binado da informática (computador) e dos meios de como seres-humanos não queremos ser tratados por
telecomunicação. Gestores/ Administradores de forma rude, autocráti-
ca. A escolha por um dos Estilos não significa que a
Como exemplos temos a própria intranet, o correio organização despreza o outro. Tendem a se comple-
eletrônico, os terminais de computador, os telões, os mentarem de forma a atingimento dos objetivos. As
telefones celulares etc. são meios interativos e virtuais. situações apresentadas em cada caso específico levam
os Gestores/ Administradores a trabalharem um ou
Estilos de Direção (Teorias X, Y e Z) outro Estilo.

Douglas McGregor desenvolveu teorias que balizaram Entretanto, há uma tendência, no mundo moderno de
os estilo de direção baseadas na natureza humana se usa o Estilo Y, corroborado pelo aumento do nível
(Behaviours), voltada para a administração dos recur- educacional, acesso à informação e a novas tecnolo-
sos humanos – Teoria X e Teoria Y. gias.
A Teoria X determina que o Gestor /Administrador
tende a dirigir e controlar os subordinados de maneira Por fim, a Teoria Z dá mais um passo à frente ao res-
rígida, pois entende que as pessoas são passivas, indo- gatar HOMEM de um absenteísmo, permitindo-lhe a
lentes, preguiçosas, desprovidas de iniciativa pessoal. liberdade de expressão e a participação na vida das
organizações.
A desconfiança se faz presente, por isso o Gestor/Ad-
ministrador passa a centralizar em si (a delegação de Outro resgate do HOMEM é feito quando o coloca no-
autoridade é mínima ou inexistente) porque entende vamente à frente das máquinas, pois sua posição fora
que as pessoas são dependentes e preferem ser di- ultrapassada pela tecnologia.
rigidas.
Esta Teoria abrange aspectos relacionados à vonta-
A autocracia é marca indelével dessa Teoria e o con- de que o HOMEM possui: estabilidade no emprego,
trole é coercitivo. Os funcionários deixam de reagir às remuneração mais condizente, participação nas de-
mudanças e passam a agir sob julgo do Chefe. cisões e soluções de problemas.

A Teoria Y vem coloca-se em posições oposta. Nesta Com esses aspectos, o HOMEM quer: participar, indic-
Teoria, o Gestor/Administrador pensa e age de forma ar soluções, ser original, ter liberdade, ter estabilidade,
a envolver as pessoas: aumento da participação, da melhor qualidade de vida.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
23

A velocidade com que o mundo se renova e a exigên- alidade. A postura deste líder brota ante as diferentes
cia dos colaboradores e clientes fazem com que os Ge- situações que ele detecta no dia-a-dia. Possui um es-
stores/ Administradores passem a ter mais requisitos tilo adequado para cada situação. Isso gera segurança
na condução de uma organização. Aqui, a presença do e motivação.
Líder é indispensável.
Emergente - Diz respeito aquele que surge e assume
Liderança o comando por reunir mais qualidades e habilidades
para conduzir o grupo aos objetivos diretamente rela-
Há vários conceitos de Liderança. A Liderança, antes cionados a uma situação especifica. Por exemplo, num
de tudo, é um fenômeno social em grupos sociais. É caso extraordinário, onde determinadas ações devem
definida como uma influência interpessoal, em uma ser traçadas de imediato.
situação, para o atingimento dos objetivos pelos inte-
grantes do grupo. Portanto, para que haja Liderança, O grupo reage bem, participa, colabora, sabendo que
necessariamente, precisamos ter interação entre pes- se houver emergência, o líder saberá o que fazer.
soas, com objetivos específicos.
Maturidade dos subordinados
A Liderança funciona de duas forma:
Tanto a maturidade dos subordinados, quanto a ma-
1a – Pode ser uma autoridade delegada, quando o turidade do líder requerem a Inteligência Emocional.
líder é aquele que possui um cargo de liderança, mas Esse aspecto não diz respeito a ter autocontrole so-
não necessariamente lidera e, bre as emoções (exclusivamente) ou se dar bem com
2a – Pode ser uma autoridade natural, quando o líder as pessoas, mas entender bem, antes de tudo, a sua
é aquele que consegue influenciar ou direcionar a própria constituição emocional e das outras pessoas
equipe sem, necessariamente, possuir um cargo de (subordinados e líderes), com vista à realização dos
liderança. objetivos.

Tipos e Estilos de liderança A Inteligência Emocional consiste em capacidades


fundamentais que possibilitam a razão e emoção es-
Os tipos e estilos de liderança são: tarem em equilíbrio. Isso permite clareza nas ações
acerem executadas. Esse equilíbrio está presente nos
Autocrático – aquele que determina as tarefas e quem seguintes pontos:
as executará, como serão elaboradas. Possui caráter
autoritário, dominador nos elogios e nas críticas e não • Autoconsciência
permite seja contrariado. Vale ressaltar que os resulta-
dos neste tipo de liderança é quase sempre maiores I. Emocional – Capacidade de identificar emoções e
que os demais. Entretanto, a frustração em caso de seus impactos no desempenho do trabalho e nos rel-
insucesso e agressividade também são maiores. acionamentos.

Liberal – total liberdade (laissez-faire) para a tomada II. Auto-avaliação


de decisão. A escolha das tarefas e sua execução ficam
por conta dos colaboradores. Não avalia ou regula o III. Autoconfiança – Forte e positivo.
curso das coisas.
• Autogerenciamento
Democrático – as diretrizes são debatidas pelo grupo
conjuntamente com o líder, o processo de definição I. Autocontrole
de tarefas e sua execução é trabalhado em grupo, po- II. Confiança
dendo sofrer alteração em razão de novas ideias. O III. Estado-consciente
líder é participativo no grupo, muitas vezes tendo pa- IV. Adaptabilidade
pel na execução de algumas tarefas específicas. V. Orientação de proezas
VI. Iniciativa
Situacional - É aquele que assume seu estilo de lider-
ança dependendo mais da situação do que da person-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
24

• Consciência Social a. ( ) estimula a criação de várias equipes de trabalho,


fazendo questão de presidir todas elas.
I. Empatia b. ( ) não se furta a usar o poder da autoridade para
II. Consciência organizacional (networks) resolver um conflito, se necessário.
III. Orientação de serviço c. ( ) como principal instrumento motivacional, vale-
se de punições ou recompensas salariais.
• Habilidade Social d. ( ) estimula o desenvolvimento de competências,
já que boa parte dos indivíduos não se interessa
I. Visão por novos aprendizados.
II. Influência e. ( ) ao mesmo tempo que empodera os indivíduos
III. Comunicação e enriquece suas tarefas, centraliza as decisões.
IV. Mudança Catalizadora

3. Elemento básico para a interação social e o de-


senvolvimento das relações humanas, a comu-
nicação desempenha papel fundamental para a
EXERCÍCIOS efetivação de planos e programas em qualquer
ambiente organizacional. Por isso mesmo, é
correto afirmar que:

1. O reflexo do exercício da Liderança é o resulta- a. ( ) a comunicação deve se prestar à defesa in-


do alcançado pelo líder em relação às pessoas condicional da organização, sem levar em conta
que influencia. Para o Líder que ocupa uma os interesses de seus diversos públicos, internos
posição formal dentro da organização, é um e externos.
desafio identificar o estilo de liderança que b. ( ) em organizações com fins lucrativos, a comuni-
deve aplicar a cada uma das circunstâncias que cação mercadológica deve ser priorizada em det-
vivencia no cotidiano. Considerando o contex- rimento das comunicações institucional e interna.
to de liderança, selecione a opção correta. c. ( ) o planejamento estratégico de comunicação
deve considerar a cultura organizacional como
a. ( ) Na divisão do trabalho, o líder autocrático de- um fator determinante dos procedimentos a ser-
termina a tarefa de cada um e cada qual escolhe em adotados.
seu companheiro de trabalho. Na liderança de- d. ( ) a comunicação organizacional deve ser levada
mocrática, o grupo decide sobre a divisão de tra- a efeito, exclusivamente, por especialistas da área,
balho e sobre o parceiro de cada um. de preferência lotados em uma assessoria vincula-
b. ( ) Na programação dos trabalhos, tanto o líder da à alta gerência.
democrático como o liberal não interferem de e. ( ) por não disponibilizarem bens e serviços ao
nenhuma forma nas decisões do grupo. mercado, organizações públicas propriamente di-
c. ( ) As características comportamentais predomi- tas devem apenas se preocupar com a comuni-
nantes dos subordinados do líder liberal e do líder cação interna.
democrático são similares quanto à escolha do
que fazer e quando fazer.
d. ( ) O volume dos resultados produzidos pelo ex- 4. A Teoria Y afirma que as organizações podem
ercício da liderança autocrática é maior, porém a tirar proveito da imaginação e do intelecto de
frustração e agressividade também. todos os seus funcionários. Esta teoria origi-
e. ( ) Grupos submetidos às lideranças liberais e de- nou-se em que fase histórica do pensamento
mocráticas tendem ao individualismo e a ignorar administrativo?
o líder com o passar do tempo.
a. ( ) A administração científica
b. ( ) A perspectiva dos recursos humanos
2. Ao adotar o estilo de liderança da Teoria Y, um c. ( ) A abordagem das ciências comportamentais
gestor de pessoas: d. ( ) A teoria dos sistemas
e. ( ) A abordagem contingencial
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
25

5. Acerca dos fluxos da comunicação, aquele que 9. A função administrativa de direção está dis-
flui entre um gestor de um determinado nível tribuída em qualquer nível organizacional. As-
para outro de nível inferior ou superior de out- sinale a alternativa que indica o nível adminis-
ra área de atuação é chamado de comunicação trativo que exerce a função de supervisão.

a. ( ) horizontal. a. ( ) institucional
b. ( ) diagonal. b. ( ) alta administração
c. ( ) ascendente. c. ( ) operacional
d. ( ) descendente. d. ( ) estratégico
e. ( ) vertical. e. ( ) tático

6. O fluxo de comunicação entre departamentos de 10. INMETRO/2010 Douglas McGregor defend-


uma organização, com indivíduos do mesmo nív- eu que o estilo de administrar é baseado em
el hierárquico, que visam agilizar a coordenação suposições dos gestores a respeito da natureza
e a solução de problemas é chamado de comu- humana e estabeleceu duas teorias nesse senti-
nicação: do, a teoria X e a teoria Y.

a. ( ) horizontal. a. ( ) De acordo com a teoria Y, que prevaleciam nas


b. ( ) vertical. práticas industriais modernas, as pessoas não
c. ( ) diagonal. gostam do trabalho e por isso necessitam de co-
d. ( ) ascendente. erção, controle e punição para o atendimento dos
e. ( ) descendente. objetivos organizacionais.
b. ( ) De acordo com a teoria X, as pessoas encaram
o trabalho como um componente natural de suas
7. TERRACAP/2010 Com relação aos estilos de vidas, sendo autocontroladas na busca por obje-
liderança, o líder que centraliza totalmente a tivos e comprometidas com os mesmos.
autoridade, as decisões e que não dá nenhuma c. ( ) De acordo com as teorias X e Y, que prevaleciam
liberdade de escolha aos subordinados é: nas práticas industriais modernas, as pessoas não
gostam do trabalho e por isso necessitam de co-
a. ( ) consultivo. erção, controle e punição para o atendimento dos
b. ( ) democrático. objetivos organizacionais.
c. ( ) liberal. d. ( ) De acordo com a teoria X e Y, as pessoas encar-
d. ( ) participativo. am o trabalho como um componente natural de
e. ( ) autocrático. suas vidas, sendo autocontroladas na busca por
objetivos e comprometidas com os mesmos.
e. ( ) De acordo com a teoria Y, as pessoas encaram
8. Acerca dos estilos de liderança, assinale a al- o trabalho como um componente natural de suas
ternativa que caracteriza um líder laissez-faire. vidas, sendo autocontroladas na busca por obje-
tivos e comprometidas com os mesmos.
a. ( ) Ele determina as providências e as técnicas para a ex-
ecução das tarefas, cada uma por vez, à medida que se
tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo. Preocupado com as insatisfações manifestadas no
b. ( ) Ele é dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas
ao trabalho de cada membro.
órgão público em que é lotado, relacionadas ao
c. ( ) Ele determina qual a tarefa que cada um deve executar comportamento dos servidores, João, integrante
e qual é seu companheiro de trabalho. da alta cúpula administrativa do referido órgão,
d. ( ) Ele permite uma pequena liberdade para as decisões aproveitou a presença de equipe externa de con-
grupais ou individuais, desde que os indivíduos sejam in- sultoria contratada pela instituição para propor
fluenciados fortemente por ele. alterações no escopo do projeto de planejamento
e. ( ) A divisão das tarefas e a escolha dos companheiros estratégico, a fim de incluir, na gestão de recursos
ficam totalmente a cargo do grupo, sem a participação
humanos da instituição, atividades de assessora-
desse líder.
mento.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
26

Considerando a situação hipotética acima apre- 15. Considere a seguinte situação hipotética.
sentada, julgue os três itens abaixo:
Jônatas, enfermeiro chefe de determinado hospital,
11. Considere que, após o levantamento do perfil tem um comportamento caracterizado pela amabi-
dos colaboradores e a análise minuciosa das lidade usual com que se relaciona com os subordi-
descrições de cargos, a equipe de consulto- nados e pela demonstração de preocupação com o
ria contratada sugira aos dirigentes do órgão seu bem-estar e suas necessidades. Nessa situação,
a adoção de um estilo de liderança autocráti- é correto afirmar que, com base no perfil de com-
co. Nessa situação, caso os dirigentes aceitem portamento descrito, Jônatas exerce uma liderança
tal recomendação, nesse órgão, a decisão final participativa.
deverá permanecer a cargo da diretoria, e, em
razão da autogestão, uma das características Lúcio é agente administrativo do DPF com lotação
na unidade do Distrito Federal. No exercício do car-
do estilo de liderança autocrático, as equipes
go, Lúcio deve manter contatos com seus pares, com
deverão ser as responsáveis pelo desenvolvi-
técnicos de nível superior e com autoridades de alto
mento das tarefas.
nível hierárquico. Além disso, deve supervisionar tra-
balhos relacionados às áreas de pessoal, orçamento,
a. ( ) Certo organização, métodos e material. Essas atribuições
b. ( ) Errado exigem que ele seja competente na comunicação in-
terpessoal. Em face da situação hipotética apresenta-
da acima, julgue os itens seguintes, relativos ao pro-
12. O estilo de liderança situacional — analisado cesso de comunicação humana nas relações internas
pelos modelos de liderança de Tannebaum e e públicas de trabalho.
Schimidt, Fiedler e Hersey- Blanchard — car-
acteriza-se pelo equilíbrio entre a efetividade a. ( ) Certo
da execução da tarefa e a satisfação da equipe. b. ( ) Errado

a. ( ) Certo
b. ( ) Errado 16. Lúcio deve levar em conta que os canais de
comunicação diferem quanto à capacidade de
transmitir informações.
13. O empowerment, técnica que consiste na trans-
ferência de atividades de planejamento, organ- a. ( ) Certo
ização e controle, não é capaz de redefinir o b. ( ) Errado
papel do chefe de modo a que este se torne um
staff da unidade.
17. Sendo Lúcio, na sua organização, responsável
a. ( ) Certo por contatos tanto horizontais quanto vertic-
b. ( ) Errado ais, ele deve usar a mesma linguagem em todas
as situações.

14. O estilo de liderança adotado por uma organ- a. ( ) Certo


ização influi direta e indiretamente em seus re- b. ( ) Errado
sultados. No caso da liderança orientada para
tarefas, a autocracia e o autoritarismo são car-
acterísticas marcantes. Já no estilo de liderança 18. Para enviar a seus superiores informações rel-
voltado para as pessoas, as características são ativas à publicação de nova legislação perti-
democracia e participação dos funcionários. nente ao trabalho do DPF, Lúcio poderá fazer
uso de e-mail, que é um canal de comunicação
a. ( ) Certo apropriado para esse fim.
b. ( ) Errado
a. ( ) Certo
b. ( ) Errado
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
27

19. Quando Lúcio se comunica com seus pares a mensagem.


utilizando terminologia especializada ou lin-
guagem específica de seu grupo profissional, a. ( ) Certo
ele está-se valendo de um jargão. b. ( ) Errado

a. ( ) Certo
b. ( ) Errado 25. Toda interação entre grupos dentro da organ-
ização pode ser considerada um processo de
comunicação formal, haja vista que os colab-
20. Considere que, ao se comunicar com seus su- oradores encontram-se no ambiente de tra-
periores, Lúcio manipule a informação para balho.
que ela seja recebida de maneira mais favoráv-
el. Nesse caso, Lúcio cria uma barreira à comu- a. ( ) Certo
nicação eficaz. b. ( ) Errado

a. ( ) Certo
b. ( ) Errado 26. Nas organizações estruturadas verticalmente,
o excesso de subdivisões hierárquicas constitui
uma barreira à fluidez da comunicação, retar-
21. As redes de comunicação interpessoal utiliza- dando as reações da empresa aos estímulos le-
das por Lúcio no DPF são caracterizadas como vantados pelo ambiente externo.
redes informais de comunicação, pois ele con-
hece as pessoas com as quais se comunica. a. ( ) Certo
b. ( ) Errado
a. ( ) Certo
b. ( ) Errado
27. Não prestar atenção aos silêncios de uma con-
versa é considerado falha no processo de co-
22. A adoção de um controle rigoroso por parte municação, visto que se perde uma parte vital
de um gerente sobre seus colaboradores, por da mensagem.
entender que estes são desmotivados e de-
pendem de uma liderança forte, identifica-se a. ( ) Certo
com os pressupostos da teoria X proposta por b. ( ) Errado
Douglas McGregor.

a. ( ) Certo 28. Os canais de comunicação que têm caráter ex-


b. ( ) Errado tremamente pessoal, como, por exemplo, con-
versas face a face, devem ser evitados a fim de
se preservar o profissionalismo e a formalidade
23. Na atualidade, inexiste situação que comporte nos processos de comunicação organizacional.
a aplicação da liderança autocrática no âmbi-
to de uma organização, pois essa é uma teoria a. ( ) Certo
sem aplicabilidade prática. b. ( ) Errado

a. ( ) Certo
b. ( ) Errado GABARITO

24. A veiculação de uma mesma mensagem por ca-


nais diferentes, seja interpessoal, seja de mas-
sa, estabelece percepções e processamentos
diferentes por parte das pessoas que recebem
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
28

12. ELEMENTOS DA CO- adequado.

MUNICAÇÃO E TIPOS DE Para recepção: >atenção, >disposição, >escutar, >re-


fletir e expor o seu ponto de vista, >anotar pontos
LIDERANÇA básicos se necessário, >respeitar as colocações dos
outros, não somos donos da verdade.
Liderança e comunicação visam analisar o processo
de interação entre o treinador e o atleta. Se efetivas Liderar significa dirigir e influenciar as pessoas para
em diferentes modalidades esportivas, faixas etárias, que realizem adequadamente as tarefas dentro de
níveis de rendimento e em ambos os gêneros. Assim, uma organização/empresa.
busca-se otimizar a relação treinador-atleta e, conse-
quentemente o desempenho e a satisfação dos atle- O verdadeiro líder SABE. Ele sabe de si, conhece seus
tas. limites, onde quer/precisa chegar e como conduzir re-
cursos, humanos ou materiais, para alcançar suas me-
Todas as pessoas que trabalham diretamente com o tas. Ele: Mobiliza esforços; Atribui responsabilidades;
público estão sujeitas a se relacionar com diferentes Delega funções; Incentiva Motivação; Ouve; Debate;
personalidades. Compartilha objetivos; Informa; Demonstra sua segu-
rança; É comprometido e envolvido com os resulta-
Neste sentido cada ser é único e exclusivo. Essas dif- dos; Reconhece o bom trabalho de cada indivíduo e
erenças individuais permitem ampliar conhecimentos, da equipe; Transforma grupos de pessoas em equipes,
melhorar e/ou piorar a maneira de agir, dependendo com metas e resultados. Dessa maneira ele consegue
da situação. Vale ressaltar, que também podem ocor- dar uma direção produtiva ao conjunto de habilidades
rer divergências, conflitos, por causa das posições que são encontradas numa reunião de pessoas dis-
antagônicas (antagônico = oposto, contrário). Essas postas a um trabalho.
divergências são inevitáveis e necessárias à vida em
grupo, pois aprendemos a aceitar a opinião do outro e Estilos de liderança:
também crescemos.
- Autocrática – aquele que é autoritário, não aceita
Considerando que todas as pessoas diferem entre si, opiniões;
cada atleta atendido é um ser diferente, com person- - Democrática – aquele que compartilha ideias com a
alidade diferente e deve ser tratado como tal. equipe;
- Paternalista – aquele que lida com a equipe utilizan-
A comunicação pode ser entendida como uma “tro- do tratamento familiar.
ca”de ideias, sentimentos ou experiências, entre os in-
divíduos. É o elo entre as pessoas.

Tipos de comunicação: Verbal e Não verbal ou corpo- 13. QUALIDADE NO


ral.
SETOR PÚBLICO
Para que se estabeleça a comunicação é necessária a
O Programa Nacional de Gestão Pública e Desburo-
existência de quatro elementos básicos:
cratização – GesPública – foi instituído pelo Decreto
nº 5.378 de 23 de fevereiro de 2005 e é o resultado
*A via/meio (fala, gesto, cartaz, telefone, etc.)
da evolução histórica de diversas iniciativas do Gov-
*O emissor.
erno Federal para a promoção da gestão pública de
*O receptor.
excelência, visando a contribuir para a qualidade dos
*A mensagem.
serviços públicos prestados ao cidadão e para o au-
Para a comunicação atingir os objetivos, devemos
mento da competitividade do País.
considerar alguns cuidados:

Para transmissão: >objetivo, >paciência, >clareza no


que vai falar, >adaptar sua linguagem a da pessoa,
>observar a linguagem verbal e não verbal, >via/meio
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
29

Visto como uma política pública fundamentada em provisação. A estratégia empresarial é basicamente
um modelo de gestão específico, o Programa tem uma atividade racional que envolve a identificação das
como principais características o fato de ser essencial- oportunidades e das ameaças do ambiente onde opera
mente público – orientado ao cidadão e respeitando a empresa, bem como a avaliação das forças e fraque-
os princípios constitucionais da impessoalidade, da le- zas da empresa, sua capacidade atual ou potencial em
galidade, da moralidade, da publicidade e da eficiên- se antecipar às necessidades e demandas do mercado
cia –, de ser contemporâneo – alinhado ao esta do-da- ou em competir sob condições de risco com os concor-
arte da gestão –, de estar voltado para a disposição rentes. Assim, a estratégia deve ser capaz de combinar
de resultados para a sociedade – com impactos na as oportunidades ambientais com a capacidade empre-
melhoria da qualidade de vida e na geração do bem sarial em um nível de equilíbrio ótimo entre o que a
comum – e de ser federativo – com aplicação a toda a empresa quer e o que ela realmente pode fazer.
administração pública, em todos os poderes e esferas
do governo. Por sua vez, o Modelo de Excelência em A estratégia constitui uma abordagem integrada, rel-
Gestão Pública (MEGP) representa a principal referên- acionando as vantagens da empresa com os desafios
cia a ser seguida pelas instituições públicas que dese- do ambiente, no sentido de assegurar o alcance dos
jam aprimorar constantemente seus níveis de gestão. objetivos básicos da empresa. Todavia, a estratégia se
Como todo modelo de gestão, o MEGP contém dire- preocupa com o “o que fazer” e não com “como fazer”.
trizes expressas em seus critérios de excelência geren- Em outros termos, a estratégia exige toda uma imple-
cial (liderança, estratégias e planos, cidadãos, socie- mentação dos meios necessários para a sua execução.
dade, informação e conhecimento, pessoas, processos Como esses meios envolvem a empresa como um todo,
trata-se aqui de atribuir incumbências a todos os níveis
e resultados), técnicas e tecnologias para sua aplicação
(ou subsistemas) da empresa: o nível institucional, o
(como, por exemplo, a Carta de Serviços ao Cidadão, o
nível intermediário e o nível operacional.
Instrumento Padrão de Pesquisa de Satisfação, o Guia
de Gestão de Processos, o Guia ‘d’ Simplificação Ad-
E a implementação exige planejamento. Isto é, a es-
ministrativa e o Instrumento de Avaliação da Gestão) e
tratégia empresarial precisa de um plano básico – o
práticas de gestão implantadas com sucesso.
planejamento estratégico- para a empresa poder lidar
com todas estas forças em conjunto. E o planejamen-
OBJETIVOS
to estratégico precisa apoiar-se em uma multiplicidade
de planos situados carreira abaixo dentro da estrutura
- Eliminar o déficit institucional; Promover a gover- da organização. Para levar adiante o planejamento es-
nança e a eficiência visando os resultados da ação tratégico requer planos táticos e cada um deles requer
pública; Assegurar a eficácia e efetividade da ação planos operacionais, combinando esforços para obter
governamental; e promover a gestão democrática, efeitos sinergéticos.
participativa, transparente e ética.
Em outros termos, o planejamento estratégico é defini-
Ações - Mobilizar e apoiar tecnicamente órgãos e en- do no nível institucional da empresa e exige a partici-
tidades para a melhoria da gestão e do atendimento pação integrada dos demais níveis empresariais: do nív-
e a desburocratização e simplificação de procedimen- el intermediário por meio dos planos táticos e do nível
tos e normas; Desenvolver modelo de excelência em operacional por intermédio dos planos operacionais.
gestão pública e capacitar e orientar a implantação
de ciclos contínuos de avaliação e melhoria da gestão DIREÇÃO:
pública.
DIREÇÃO DA AÇÃO EMPRESARIAL

Após o planejamento e a organização da ação empre-


14. PROCESSO sarial, o próximo passo é a função de direção. As pes-

ORGANIZACIONAL
soas precisam ser admitidas, aplicadas em seus cargos,
doutrinadas e treinadas: elas precisam conhecer aquilo
que se espera delas e como elas devem desempenhar
PLANEJAMENTO: seus cargos; precisam ser guiadas e motivadas para al-
cançarem os resultados que delas se espera.
As empresas não funcionam na base da pura im-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
30

PARTICIPANTES DE UMA ORGANIZAÇÃO Entre os exemplos estão um gerente passando umas


atribuições a sua secretária, um supervisor fazendo
a) Empregados: São as pessoas que contribuem com um anúncio a seus subordinados e o presidente de
seu tempo e esforço para a organização, fornecendo uma empresa dando uma palestra para sua equipe
habilidades e conhecimentos em troca de salários e de administração. Os funcionários devem receber a
de outros incentivos que a organização proporciona. informação de que precisam para desempenhar suas
funções e se tornar (e permanecer) membros leais da
b) Investidores: são as pessoas ou instituições que organização.
contribuem com os investimentos financeiros que
proporcionam a estrutura de capital e os meios para o Muitas vezes, os funcionários ficam sem a informação
financiamento das operações da empresa e esperam adequada. Um problema é a sobrecarga de infor-
um retorno para o seu investimento. mação: os funcionários são bombardeados com tan-
ta informação que não conseguem absorver tudo.
c) Fornecedores: são as pessoas ou instituições que Grande parte da informação não é muito importante,
contribuem com recursos para a produção, sejam mas seu volume faz com que muitos pontos relevantes
matérias primas, tecnologia, serviços (como consul- se percam.
torias, assessoria, propaganda, manutenção etc.), en-
ergia elétrica, componentes etc, em troca da remu- Quanto menor o número de níveis de autoridade
neração de seus produtos/serviços e condições de através dos quais as comunicações devem passar, tan-
continuidade de suas operações. to menor será a perda ou distorção da informação.

d) Distribuidores: são as pessoas ou instituições que Administração da comunicação de cima para baixo
adquirem os produtos ou serviços produzidos pela or-
ganização e os distribuem para o mercado de clientes Os administradores podem fazer muitas coisas para
ou consumidores em troca da remuneração de suas melhorar a comunicação de cima para baixo. Em
atividades e continuidade de suas operações. primeiro lugar, a administração deve desenvolver pro-
cedimentos e políticas de comunicação. Em segundo
e) Consumidores: são as pessoas ou instituições que lugar, a informação deve estar disponível àqueles que
adquirem os produtos ou serviços produzidos pela or- dela necessitam. Em terceiro lugar, a informação deve
ganização para utilizá-los e consumi-los na expectati- ser comunicada de forma adequada e eficiente. As
va de satisfação de suas necessidades. linhas de comunicação devem ser tão diretas, breves e
pessoais quanto possível. A informação deve ser clara,
COMUNICAÇÃO: consistente e pontual – nem muito precoce nem (o
que é um problema mais comum) muito atrasada.
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
COMUNICAÇÃO DE BAIXO PARA CIMA
Ser um comunicador habilidoso é essencial para ser
um bom administrador e líder de equipe. Mas a co- A comunicação de baixo para cima vai dos níveis mais
municação também deve ser administrada em toda a baixos da hierarquia para os mais altos.
organização. A cada minuto de cada dia, incontáveis
bits de informação são transmitidos em uma organ- Os administradores devem facilitar a comunicação de
ização. Serão discutidas as comunicações de cima para baixo para cima.
baixo, de baixo para cima, horizontal e informal nas
organizações. Mas os administradores devem também motivar as
pessoas a fornecer informações valiosas.

COMUNICAÇÃO HORIZONTAL
COMUNICAÇÃO DE CIMA PARA BAIXO
Muita informação precisa ser partilhada entre pessoas
A comunicação de cima para baixo refere-se ao fluxo do mesmo nível hierárquico. Essa comunicação hori-
de informação que parte dos níveis mais altos da hi- zontal pode ocorrer entre pessoas da mesma equipe
erarquia da organização, chegando aos mais baixos. de trabalho. Outro tipo de comunicação importante
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
31

deve ocorrer entre pessoas de departamentos difer- Alguns passos importantes:


entes. Por exemplo, um agente de compras discute um
problema com um engenheiro de produção, ou uma • determine o tipo de perda que você quer inves-
força-tarefa de chefes de departamento se reúne para tigar.
discutir uma preocupação particular. • especifique o aspecto de interesse do tipo de per-
da que você quer investigar.
Especialmente em ambientes complexos, nos quais • organize uma folha de verificação com as catego-
as decisões de uma unidade afetam a outra, a infor- rias do aspecto que você decidiu investigar.
mação deve ser partilhada horizontalmente. • preencha a folha de verificação.
• faça as contagens, organize as categorias por or-
As empresas integrantes da GE poderiam operar de dem decrescente de freqüência, agrupe aquelas
forma completamente independente. Mas cada uma que ocorrem com baixa freqüência sob denomi-
deve ajudar as outras. Transferem entre si recursos nação “outros” e calcule o total.
técnicos, pessoas, informação, idéias e dinheiro. A GE • calcule as frequências relativas, as frequências
atinge esse alto nível de comunicação e cooperação acumuladas e as frequências relativas acumuladas.
através de um fácil acesso entre as divisões e ao CEO;
uma cultura de abertura, honestidade, confiança e Por exemplo, como seria a distribuição das peças se-
obrigação mútua; e reuniões trimestrais em que to- gundo o tipo de defeitos:
dos os altos executivos se reúnem informalmente para
partilhar informações e idéias. Defeito Frequência Frequência
relativa acumulada
Os mesmos tipos de coisas são feitas também nos
níveis inferiores. A 0,35 0,35
B 0,25 0,6
COMUNICAÇÃO FORMAL E INFORMAL C 0,15 0,75
D 0,1 0,85
As comunicações organizacionais diferem em sua
formalidade. As comunicações formais são oficiais, E 0,1 0,95
episódios de transmissão de informação sanciona- D 0,05 1
dos pela organização. Podem mover-se de baixo para Total 1
cima, de cima para baixo ou horizontalmente, muitas
vezes envolvendo papel.

15. DIAGRAMA DE
ISHIKAWA E DE PARETO
O Diagrama de Pareto é um recurso gráfico utilizado
para estabelecer uma ordenação nas causas de perdas
que devem ser sanadas. Sua origem decorre de estu-
dos do economista italiano Pareto e do grande mestre O diagrama de Pareto estabelece prioridades, isto é,
da qualidade Juran. O diagrama de Pareto torna visiv- mostra em que ordem os problemas devem ser resolv-
elmente clara a relação ação/benefício, ou seja, prior- idos.
iza a ação que trará o melhor resultado. Ele consiste
num gráfico de barras que ordena as freqüências das verifique e teste diversas classificações, antes de faz-
ocorrências da maior para a menor e permite a local- er o diagrama definitivo estude o problema medin-
ização de problemas vitais e a eliminação de perdas. do-o em várias escalas quebre grandes problemas ou
grandes causas em problemas ou causas específicas,
Como fazer o diagrama de Pareto? estratificando ou subdividindo em aspectos mais es-
pecíficos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
32

O diagrama de Pareto é uma figura que permite vis-


ualizar a estratificação de dados segundo critérios de
priorização. É uma forma de descrição gráfica onde
procuramos identificar quais itens são responsáveis
pela maior parcela dos problemas.

Originou-se do modelo econômico de Pareto, traduz-


ido por Juran para a área da qualidade; sucintamente,
diz: alguns elementos são vitais; muitos, apenas trivi-
ais. Este princípio também ficou conhecido como “Lei
20/80”. Em termos práticos, significa afirmar coisas
como:

• 20% do tempo gasto com itens importantes são


responsáveis por 80% dos resultados; ou É comum ser incluído no Diagrama de Pareto o valor
• 20% dos itens em estoque respondem por 80% em porcentagem e o valor acumulado das ocorrências;
dos custos; ou desta forma, é possível verificarmos o efeito acumula-
• 20% do tempo gasto em planejamento econom- do dos itens pesquisados. Neste caso, a figura a seguir
iza até 80% do tempo de execução; ou mostra-nos qual é a participação de cada item individ-
• 20% dos clientes representam 80% do faturamen- ualmente e também a participação de:
to do negócio;
• 20% das empresas detêm 80% do mercado; Hematomas + Queimaduras
• 20% dos defeitos são responsáveis por 80% das Hematomas + Queimaduras+Cortes
reclamações. Hematomas + Queimaduras+Cortes+Fraturas (Todos)

Assim, quando se identificam e coletam dados sobre


um processo, é possível determinar as porcentagens
atribuídas a cada uma das causas (ou outro parâmet-
ro que esteja sendo estudado). Com isto, podemos
identificar quais elementos são críticos ou prioritários,
merecendo maior atenção e cuidado de nossa parte.

A seguir o modelo gráfico típico para um Diagrama de


Pareto: como exemplo, vamos considerar o resultado
de uma pesquisa sobre as principais tipos de lesões
por acidentes domésticos em uma determinada ci-
dade (repare que a coleta de dados terá usado um
formulário de dados, como já estudado).

Os resultados são: Já o Diagrama de Ishikawa é um gráfico de barras que


ordena as frequências das ocorrências, da maior para
1- hematomas 27 a menor, permitindo a priorização dos problemas,
2- queimaduras 23 procurando levar a cabo o princípio de Pareto (poucos
3- cortes 34 essenciais, muitos triviais), isto é, há muitos problemas
4- fraturas 15 sem importância diante de outros mais graves. Sua
maior utilidade é a de permitir uma fácil visualização
Para construir o Diagrama de Pareto, organizam-se os e identificação das causas ou problemas mais impor-
dados segundo a quantidade de ocorrências. Veja o tantes, possibilitando a concentração de esforços so-
resultado no exemplo abaixo: bre os mesmos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
33

É uma técnica para análise das causas profundas, na primeiramente precisamos identificar as sua causas.
transição entre a descrição do problema e a formu-
lação de soluções. Na prática constitui-se basicamente Estrutura dos Diagramas de Causa e Efeito e Fatores
de um diagrama que mostra a relação entre uma car- Envolvidos
acterística da qualidade e os fatores, permitindo que
seja identificada uma relação significativa entre um Um diagrama de causa e efeito também é chamado de
efeito e suas possíveis causas. “diagrama de espinha de peixe” porque ele se parece
com o esqueleto de um peixe, conforme mostrado na
Propósitos Figura 1. Um exemplo real é mostrado na Figura 2. Este
diagrama possibilita que se aprofunde a análise, e que
É usado para auxiliar a identificação e a justificativa se tenha uma visão macroscópica, de diversos fatores
das causas, e melhorias de determinados processos, envolvidos no processo, facilitando a visualização das
de modo a analogamente incorporá-las em processos causas dos problemas, definindo aspectos como:
similares. Porém, a utilização deste diagrama não diz
respeito apenas à investigação das causas de defeitos Mão-de-Obra (ou pessoas);
e falhas, de modo a evitar sua reincidência, mas é mais Materiais (ou componentes);
utilizado com este motivo.
Máquinas ou equipamentos);
Ao serem listadas diversas causas raiz, ou causas pro-
fundas, é necessário identificar aquelas de maior im- Métodos;
pacto sobre a eficiência e eficácia do todo. Estas cau-
sas restringem e obstruem o sistema e o processo de Meio Ambiente;
trabalho. Assim, a resolução de restrições de menos
impacto não ajudará caso estas causas não sejam re- Medição.
solvidas, e o todo continuará comprometido.

Como Funciona

A visão do todo direcionada a processo ou a gestão


por processos, possibilita aos interessados e to-
madores de decisão que cheguem a uma conclusão,
baseada em dados específicos, e tomem consciência
de que é preciso buscar mais explicações além daque-
las que os olhos podem ver, ou daquelas que são de
difícil ou de impossível resolução. Ao se deparar com
um problema, a tendência é que se coloque a culpa na
falta de recursos, ou na má gerência e administração;
no campo de futebol se demite o técnico. A realidade
mostra que existem outras causas sobre as quais te- Figura 1 – Estrutura do Diagrama de Causa e Efeito
mos menos controle e conhecimento, como por exem-
plo expectativas não transparentes, avaliações pouco
freqüentes do desempenho, e outras coisas. A prática
diz que não conhecemos o que não podemos medir.

No exemplo citado, a conclusão equivocada de que


há falta de recursos, pode na realidade ser originada
de uma má alocação de fundos, com mal planejamen-
to ou má coordenação. Sua confecção pode parecer
apenas burocracia, mas seus efeitos na melhoria dos
processos são surpreendentes. É importante para se
repensar as variáveis envolvidas em um processo. Figura 2 – Diagrama de Causa e Efeito da variação di-
Por isso, para que possamos resolver os problemas, mensional do Produto X
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
34

Fatores críticos de sucesso do uso do diagrama na


solução de problemas:
Perguntas Problemas Soluções
O quê / What é o proble- vai ser feito?
• Participação de todos os envolvidos; ma? Qual a ação?
• Não criticar nenhuma idéia;
• Visibilidade favorece a participação;
Por quê / ocorre ? foi definida
• Agrupar as causas conjuntamente; Why esta solução?
• Não sobrecarregar demais o diagrama; Quando / ( d e s d e será feito?
• Construir um diagrama separado para cada prob- When quando) ele
lema/defeito;
• Imaginar as causas mais favoráveis;
ocorre?
• Criar ambiente de solução ambientada; Onde / ele se encon- será implan-
• Entender claramente cada causa. Where tra? tada?
• Para organizar o diagrama de causa e efeito, você
pode usar as seguintes classificações de causas: Quem / Who está envolvi- será o re-
do? sponsável?
Os 7 M’s: Os 4 P’s: Como / How surgiu o vai ser imple-
Mão de obra Políticas problema? mentada?
Método Procedimentos Quanto Custa ter este prob- esta solução?
Material Pessoal / How Much lema?
Máquina Planta
Meio ambiente
Medição 16. FLUXOGRAMA
“Management”
(gestão) fluxograma é a representação de um processo que uti-
liza símbolos gráficos para descrever passo a passo a
natureza e o fluxo deste processo. O objetivo é mostrar
de forma descomplicada o fluxo das informações e el-
O 5W1H ementos evidenciando a sequência operacional que
caracteriza o trabalho que está sendo executado.
O 5W1H é um tipo de lista de verificação utilizada para
informar e assegurar o cumprimento de um conjunto fluxograma fluxogramaAs etapas do fluxograma são
de planos de ação, diagnosticar um problema e plane- apresentadas utilizando-se figuras geométricas que
jar soluções. Esta técnica consiste em equacionar o podem ser círculos, triângulos, retângulos, linhas ou
problema, descrevendo-o por escrito, da forma como setas, sendo que cada símbolo possui um significado
é sentido naquele momento particular: como afeta importante.
o processo, as pessoas, que situação desagradável o
problema causa. Com a mudança do final da pergunta, 1 – Quando Utilizar um Fluxograma?
pode ser utilizado também como um plano de ação
para implementação das soluções escolhidas. O quad- Quando desejamos entender como um processo fun-
ro abaixo resume estas perguntas e suas variações ciona;
para aplicá-las no levantamento dos problemas ou em
sua solução. Quando desejamos estudar um processo a fim de im-
plantar melhorias;
Observação:Ultimamente tem se incluido o “Quanto
Custa” (How Much) nas questões. Talvez sendo mais A fim de comunicar para outras pessoas como funcio-
adequado denominarmos a técnica de 5W2H. na um processo;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
35

Quando precisamos de melhorar a comunicação entre


as pessoas envolvidas em um mesmo processo;

Quando precisamos documentar um processo;

Quando deseja-se planejar um projeto.

2 – Tipos de Fluxograma

Quando pretendemos descrever um processo através


de fluxogramas, as formas mais comuns de disposição
são: forma linear (fluxograma Linear) ou forma matri-
cial (fluxograma Funcional ou Matricial). O fluxograma
linear é um diagrama que exibe a sequência de tra-
balho passo a passo compondo assim o processo. Esta
ferramenta ajuda a identificar retrabalhos, redundân-
cias ou etapas desnecessárias. Já o fluxograma fun- 17. MANUAIS, FORMULÁRI-
cional tem como objetivo mostrar o fluxo de processo
atual e quais as pessoas ou grupo de pessoas estão OS E PLANILHAS
envolvidas em cada etapa. Neste caso, linhas verticais
ou horizontais são utilizadas para definir as fronteiras A confecção de fluxogramas e manuais de proced-
entre as responsabilidades e no fluxograma funconal imentos, além de facilitar o trabalho de novos ser-
podemos demonstrar onde as pessoas ou grupo de vidores ou de servidores realocados, permite uma
pessoas se encaixam em cada sequência do processo melhor organização, segregação de funções, análise
e como elas se relacionam com outro grupo. Veja na crítica das atividades e celeridade administrativa. Es-
Figura abaixo a diferença entre os 2 tipos: truturas administrativas e finalísticas com detalhamen-
to do fluxo de atividades e manuais de procedimentos
são fundamentais para a profissionalização da admin-
istração pública e governança corporativa.

Portanto, é necessário que cada área administrativa


elabore fluxogramas e manuais de procedimentos para
detalhar como os servidores de cada setor devem re-
alizar as suas atribuições. Tal prática é tão importante
que o Tribunal de Contas no Acórdão nº 2328/2015
- TCU – Plenário, recomendou para toda a Adminis-
tração Pública Federal a adoção de critérios de “Gov-
ernança em Aquisições” e declarou ser imprescindív-
el a adoção de listas de verificação (leia-se checklist)
tanto para pregoeiros e comissão de licitação quanto
para os setores de consultoria jurídica. Em ambos os
casos, tais listas preenchidas devem estar acostadas
aos autos dos processos licitatórios.

3 – Formas Básicas de Fluxograma Ressalte-se que esses manuais e fluxogramas comple-


mentam e detalham, mas não se confundem com as
Com relação às formas básicas utilizadas para compor atribuições dos setores administrativos determinadas
um fluxograma, como informado anteriormente, elas por portarias ou regimentos internos.
podem ser círculos, triângulos, retângulos, linhas, se-
tas, etc, sendo que cada uma delas tem a sua devida Até mesmo para a alocação de servidores dentro do
importância. Abaixo, é possível visualizar na Figura 2 órgão, é necessária a verificação do fluxo de rotina de
algumas formas básicas e seus significados. trabalho por meio dos fluxogramas.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
36

Outra utilidade dos fluxogramas é a possibilidade de (4) Data de saída do setor: informar dia, mês e ano da
evidenciar fluxos deficientes de trabalho, situações saída do processo do setor.
de retrabalho, duplicidade de funções e demais con-
fusões e ineficiências administrativas. (5) Tempo de permanência do processo no setor: tra-
ta-se do tempo total do processo no setor desde sua
Portanto, com base na elaboração de organogramas, entrada até sua saída.
fluxogramas e manuais de procedimentos é possível
fazer análise aprofundada da gestão com objetivo de (6) Número de correções: quantas vezes a análise foi
gerar a simplificação de processo, desburocratização e corrigida ou revista pela chefia do setor até que fosse
melhoria administrativa. concluído o parecer ou documento final.

Porém, mesmo que o órgão possua documentado (7) Tempo médio por categoria: para identificar este
seu organograma, fluxograma e manuais, ainda é es- valor, basta somar o “Tempo de permanência do pro-
sencial assegurar a eficiência e a adequada avaliação cesso” de todos os processos de uma mesma cate-
dos trabalhos por meio da gestão e avaliação de pro- goria e dividir pelo quantitativo de processos dessa
cessos, ferramenta imprescindível para garantir o efi- mesma categoria no período. Esse valor demonstrará
ciente fluxo administrativo. quais tipos de processos demandam mais tempo.

Nota-se que todos os órgãos públicos trabalham com Diversos são os benefícios ao se implementar esse
processos (procedimentos), sejam finalísticos ou de tipo de tabela de controle: demonstrar gargalos na
área meio. Portanto, a tabela apresentada a seguir administração; evidenciar procedimentos simples que
pode ser introduzida e adaptada para cada órgão ou necessitam ser informatizados; demonstrar necessi-
setor administrativo e finalístico. dades de treinamentos; necessidade de ampliação de
quadro de servidores; remanejamento de servidores
Número Categoria Data de Data de Te m p o Número Te m p o para áreas comprovadamente com maior demanda, e
do pro-
cesso
(2) entrada
no setor
saída do
setor
de per-
manên-
de cor-
reções
médio
por cate-
mais justiça na distribuição do volume de trabalho por
(1) (3) (4) cia do (6) goria (7) servidor.
processo
no setor
(5)
Além disso, tabelas como essas permitem a avaliação
objetiva do trabalho dos servidores, o que se carac-
teriza como peça fundamental para a implementação
de teletrabalho (trabalho em casa) ou pagamento de
benefícios por desempenho.
(1) Número do processo ou procedimento: número
gerado por protocolo do órgão ou numeração interna
do setor.
18. ADMINISTRAÇÃO DE
(2) Categoria: todos os processos analisados ou RECURSOS HUMANOS
tramitados por um setor têm uma categoria ou critério
de análise, distribuição ou verificação. Separar os pro-
O termo geralmente é aplicado às atividades que
cessos por categoria permite planejar o fluxo de tra-
balho, prever sua conclusão em relação ao volume tratam da administração de pessoas, Aqui são incluí-
de trabalho, evidenciar quais são os mais complexos, das as funções típicas do departamento de pessoal,
quais tipos são mais demorados ou mais simples. Al- recrutamento, seleção, remuneração, treinamento, de-
guns exemplos para classificação dos processos se- senvolvimento, pesquisa e auditoria, e desligamento.
riam: revisão, análise, parecer, pesquisa, aprovação,
atestado, conferência, encaminhamento, certificado,
Outras funções também podem ser incluídas, tais
resposta e etc.
como supervisão de programas de ação afirmativa,
(3) Data de entrada no setor: informar dia, mês e ano oportunidade igual de trabalho, segurança, saúde in-
da entrada do processo no setor. dustrial e avaliação de desempenho.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
37

Planejamento de Recursos Humanos Técnicas para recrutar pessoas de dentro da or-


ganização (recrutamento interno): Quadro de aviso e
O planejamento dos recursos humanos enfatiza os Procura nos bancos de dados existentes.
inter-relacionamentos entre as funções dentro de
uma organização. Uma carreira é uma progressão de Técnicas para recrutar pessoas de fora da or-
funções na qual cada uma fornece as habilidades e/ ganização: Anúncios; Agências de emprego;
ou experiências necessárias de promoção para a próx- Recomendação de funcionários; Outras organizações;
ima função. O inter-relacionamento entre as funções além de Outras possibilidades de recrutamento in-
é a diferença principal entre um cargo que é parte da cluem formulários preenchidos casualmente ou não
carreira na empresa e um cargo que não qualifica a solicitados e agências de empregos temporários.
pessoa para promoção.

Uma carreira consiste em uma série de funções que


existem tanto numa hierarquia vertical de funções
seqüenciais interdependentes quanto em um arranjo
horizontal de funções não seqüencialmente interde-
pendentes, mas que precisam ser completadas an-
tes de se escalar o próximo degrau na organização.
As organizações são feitas de carreiras e de funções
que não apresentam possibilidade de carreira. Se um
Seleção
indivíduo chegar a um determinado nível e parar de
crescer, sua carreira será descrita como estacionada ou
Seleção é o processo pelo qual os candidatos a um
estagnada.
cargo são separados e entrevistados e é tomada a de-
cisão de contratar. É o conjunto de práticas e proces-
Plano de carreira - uma progressão planejada de
sos usados para escolher o candidato mais adequado
funções dentro de uma organização, onde cada uma
para a vaga.
desenvolve as habilidades técnicas e de negócios que
são necessárias para assumir uma posição mais alta.
A entrevista é o principal instrumento de seleção de
uma empresa para determinar o elo entre a organ-
Recrutamento
ização e o candidato. As entrevistas exigem muita
preparação, e as pessoas encarregadas de fazê-las de-
Cada gerente sem dúvida precisará, em algum ponto
vem ser treinadas e ser muito comunicativas.
de sua carreira, recrutar e selecionar funcionários. Esta
Os três formatos gerais para a entrevista de seleção:
seção discute alternativas para o recrutamento de pes-
entrevista estruturada, entrevista não estruturada e
soal - de dentro ou de fora da organização - que estão
entrevista de stress.
de acordo com as leis e regulamentações atuais.

Entrevista estruturada - também chamada de en-


Recrutamento é o processo de localizar, identificar e
trevista padronizada, faz uso de perguntas predeter-
atrair candidatos capazes. É o conjunto de práticas e
minadas. A predeterminação certifica que todas as
processos usados para atrair candidatos para as vagas
entrevistas terão um formato padronizado e colherão
existentes ou potenciais.
dados dos candidatos para serem comparados. As
perguntas são reunidas em um roteiro de entrevista,
Existem muitas alternativas para o recrutamento. Entre
que é usado para cada uma.
as mais comuns estão:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
38

Entrevista não estruturada - A entrevista não estru- dos recursos humanos.


turada, ao contrário da entrevista estruturada, pode
ter um roteiro de entrevista com perguntas em geral, A ênfase do treinamento está na função atual desen-
sem limites, ou não ter nenhum protocolo. Essa forma volvida por uma pessoa, e a avaliação do treinamen-
é muito mais livre e destaca perguntas relacionadas to está na própria função. A ênfase do ensino está na
com o trabalho em geral. Não é muito raro tal entre- função futura para a qual a pessoa está sendo prepa-
vista começar com perguntas do tipo: “Descreva amp- rada, e a avaliação, conseqüentemente, está nessa
lamente suas metas de carreira” ou até mesmo “Fale- função futura. Por outro lado, a ênfase do desenvolvi-
me sobre você”. mento está nas atividades organizacionais futuras, e a
avaliação é quase impossível.
Entrevista de stress - Durante a entrevista de stress,
o candidato é propositadamente estressado. Isso se Todas as três atividades fazem parte do conceito de
consegue pelo cenário, muitas vezes com iluminação desenvolvimento de recursos humanos (DRH), o que
exagerada ou inadequada, com dois ou mais entre- significa uma série de atividades organizadas conduzi-
vistadores agindo em conjunto para evitar que o can- das em um período de tempo específico para produzir
didato se sinta à vontade (eles podem se posicionar algum tipo de mudança comportamental.
um longe do outro, para dividir a atenção do entre-
vistado), com perguntas argumentativas, muitas vezes Existem vários caminhos para ajudar os funcionários
provocativas. a desenvolver suas habilidades. Já que cada pessoa é
única e está em um estágio particular de sua carreira, é
Entrevista diretiva: é um tipo de entrevista onde as importante selecionar o método de desenvolvimento
questões não são especificadas, mas sim as respostas, apropriado no momento para a organização e para a
visando apenas conhecer “certos conceitos espontâ- pessoa. Os métodos no trabalho podem incluir treina-
neos Conhecimentos Específicos dos candidatos”. O mento para aprendizes, instrução, rotação de cargos e
entrevistador formula as questões conforme o decor- reuniões departamentais.
rer da entrevista com o objetivo de obter uma deter-
minada resposta. Os métodos fora do trabalho podem incluir seminários
em outro local e programas de estudos reembolsáveis.
Entrevista não diretiva: é um tipo de entrevista não
estruturada. Neste caso não são especificadas nem as Desenvolvimento - a função de recursos humanos
questões nem as respostas, sendo totalmente livres. que enfatiza o desenvolvimento de habilidades em
É o entrevistador que tem a seu cargo a condução da funcionários para que possam fazer seus trabalhos at-
sequência da entrevista. uais da melhor forma, e realça suas habilidades em
fazer trabalhos adicionais, mais difíceis ou de nível
Treinamento e Desenvolvimento mais elevado na organização no futuro.

Treinamento é qualquer atividade que contribua para Remuneração


tornar uma pessoa apta a exercer sua função ou ativi-
dade, aumentar sua capacidade para suas funções at- Um sistema para remunerar cada funcionário justa e
uais ou prepará-la para novas funções. eqüitativamente. No geral, as remunerações podem
ser vistas como dinheiro (isto é, salários) e benefícios
É importante que se entendam as principais diferenças (isto é, a soma de todos os outros ganhos, tais como
entre treinamento, ensino e desenvolvimento para se auxílio-doença, férias, planos de saúde e bem-estar,
poder apreciar os relacionamentos e os significados pagamentos da previdência social).
dessas atividades e sua relevância no desenvolvimento
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
39

Remuneração é a soma de tudo o que é periodica- - contribuições para a aposentadoria.


mente pago aos empregados por serviços prestados.
Fatores que afetam a remuneração: oferta e demanda
Remuneração em Dinheiro de mão-de-obra; sindicatos trabalhistas; capacidade
de pagamento de uma empresa e sua produtividade
- salário - o dinheiro recebido pelo período de tempo e regulamentações governamentais.
trabalhado.
Avaliação de Desempenho
- pagamento por hora - o dinheiro recebido por se
trabalhar um número base de horas por semana. Avaliação de desempenho é uma ferramenta de
Qualquer hora trabalhada acima do número base de gestão de pessoas que corresponde a uma análise sis-
horas (sejam 30 ou 40 horas) é pago como hora extra temática do desempenho do profissional em função
por lei; das atividades que realiza, das metas estabelecidas,
dos resultados alcançados e do seu potencial de de-
- variável ou pagamento por peça - baseia-se no senvolvimento.
número de unidades produzidas.
O objetivo final da avaliação do desempenho é con-
- bônus - pagamento feito a um funcionário uma úni- tribuir com o desenvolvimento das pessoas na organ-
ca vez, com base no desempenho total da organização ização e com o sucesso da organização. As avaliações
durante um período de tempo específico, ou, em al- são utilizadas para tomar decisões fundamentais rel-
guns casos, com base no desempenho individual du- ativas às pessoas, tais como promoções, transferên-
rante um período de tempo. cias e rescisões; para identificar necessidades de tre-
inamento; para dar feedback aos funcionários sobre
Remuneração em benefícios como a organização encara o seu desempenho e, fre-
qüentemente, como base para reajustes salariais.
- seguro-saúde (hospitalar, médico, dentário, far-
macêutico, ótico etc.); Definindo Competências

- programas de assistência jurídica; Competência é o conjunto de conhecimentos, habil-


idades, atitudes e comportamentos manifestados no
- creches para os filhos dos funcionários; desempenho em determinadas atividades por meio
de ações observáveis pelos outros; pode-se dizer que
- pagamento por dias não trabalhados, tais como é o conjunto de três variáveis:
doença, férias, maternidade, paternidade, luto;
a. saber fazer: são os conhecimentos, habilidades e
- salário-educação; atitudes necessários para realizar um determinado tra-
balho.
- planos de saúde e de assistência ao funcionário; b. querer fazer: envolve as motivações, as iniciativas
pessoais e a vontade de realizar um determinado tra-
- programas de premiação especial e reconhecimento balho.
do funcionário;
c. poder fazer: são os recursos necessários para re-
- previdência social, contribuições para o seguro-inva- alizar um determinado trabalho e a autonomia para
lidez e seguro-desemprego; fazê-lo.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
40

Análise das variáveis - Escalas de Pontuação de Base Comportamental.


As escalas de pontuação de base comportamental
Para a análise dessas três variáveis, os avaliadores de- (EPBC) combinam os principais elementos das abor-
verão levar em consideração o desempenho das equi- dagens dos incidentes críticos e das escalas de pon-
pes e dos indivíduos no que se refere ao comprome- tuação gráfica: o avaliador classifica os funcionários
timento de ambos, quanto à atuação e à contribuição, segundo itens ao longo de um continuum, mas os
para atingir os resultados esperados. O desempenho pontos são exemplos de comportamento efetivo no
será analisado a partir das seguintes competências e cargo em questão e não descrições ou características
habilidades: gerais do funcionário.

- Competências Técnicas: dizem respeito à aplica- - Comparações Multipessoais. As comparações mul-


bilidade dos conhecimentos e experiências “es- tipessoais avaliam o desempenho de um indivíduo em
pecíficas” no que se refere ao uso das ferramentas, relação ao desempenho de um ou mais indivíduos.
materiais, normas, procedimentos e metodologias Trata-se de um dispositivo de mensuração mais relati-
necessárias para o desenvolvimento das atividades/ va do que absoluta. As três comparações mais comu-
serviços. mente adotadas são a classificação no grupo, a classi-
ficação individual e a comparação pareada.
- Habilidades Pessoais: são as ações do indivíduo,
considerando fatores de natureza interna, ou seja, aq- Outras Metodologias de Avaliação:
uilo que é próprio e particular de cada um, e que é
um referencial de personalidade, de modo que seja - Escolha e distribuição forçada: o avaliador é força-
perceptível pelas atitudes quanto ao envolvimento e do a escolher a frase mais adequada para descrever os
autodesenvolvimento e que refletem no desempen- comportamentos do avaliado.
ho das atividades/serviços.
- Avaliação por resultados, objetivos, desempenho:
- Habilidades Comportamentais: são atitudes relati- se alcanças as metas.
vas a estímulos que refletem na ação e reação com-
portamental e no desenvolvimento das atividades do Relações Trabalhistas - função em administração que
indivíduo. dirige as regras, os regulamentos e os procedimentos
relativos a como são tratados o comportamento e o
Métodos de Avaliação de Desempenho desempenho dos funcionários.

- Incidentes Críticos. Avaliação dos indivíduos que - Avaliação 360 graus: neste método o avaliado re-
são fundamentais em fazer a diferença entre a ex- cebe feedbacks (retornos) de todas as pessoas com
ecução eficaz e ineficaz de um trabalho. quem ele tem relação, também chamados de stake-
holders, como pares, superior imediato, subordinados,
- Escalas de Pontuação Gráfica. métodos mais anti- clientes, entre outros.
gos e difundidos de avaliação é o uso de escalas de
pontuação gráfica. A partir da listagem de um conjun- Descrição de Cargos
to de fatores de desempenho, tais como quantidade e
qualidade do trabalho, profundidade do conhecimen- Função: Posição definida na estrutura organizacional,
to, cooperação, lealdade, assiduidade, honestidade e à qual cabe um conjunto de responsabilidades afins
iniciativa, o avaliador dará notas a cada fator da lista e relacionamentos específicos e coerentes com a sua
em escalas progressivas. finalidade.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
41

Cargo: Conjunto de funções de mesma natureza de Análise de Cargos


trabalho, de requisitos e níveis de dificuldades semel-
hantes e com responsabilidades em comum. •Feita a descrição (identificação do conteúdo – as-
pectos intrínsecos), segue-se a análise do cargo em
Tarefa: é um conjunto de elementos que requer o es- relação aos aspectos extrínsecos, ou seja, aos requisi-
forço humano para determinado fim. tos que o cargo impõe ao seu ocupante.

Análise de Cargos: Define os cargos na organização e • Geralmente a análise de cargos concentra-se em


os comportamento necessários para desempenhá-los. quatro áreas de requisitos quase sempre aplicadas
a todos:
Especificação do Cargo: Estabelece as qualificações • Requisitos mentais (instrução, experiência, iniciati-
mínimas aceitáveis que um funcionário deve possuir va, aptidões, etc.)
para desempenhá-lo a contento. • Requisitos físicos (esforço, concentração, com-
pleição física, etc.)
Descrição do Cargo: Declaração escrita do que faz o • Responsabilidades envolvidas (por pessoas, por
ocupante do cargo e de como e por que seu trabalho material, etc.)
é realizado. É o processo que consiste em determinar • Condições de trabalho (ambiente, riscos, etc.)
os elementos ou fatos que compõem um cargo.
É o processo de detalhar o que o cargo exige do seu
A Descrição de Cargos é a base de todo o sistema de ocupante em termos de conhecimentos, habilidades
Administração de Cargos e Salários. Pois, a partir da e capacidades para que possa desempenhá-lo ade-
descrição é que os cargos serão avaliados. Portanto, a quadamente.
descrição deverá ser sucinto, direto e claro, de maneira
que qualquer um leigo leia e entenda. Por outro lado, O Desenho foca o conteúdo (o que faz, como, onde e
vários outros setores da Administração de Recursos por que) e a Análise procura determinar quais os req-
Humanos poderão ser beneficiados com a utilização uisitos físicos ementais que o ocupante deve possuir.
da Descrição de Cargos, tais como:
Métodos de Descrição e Análise de Cargos
• a área de Treinamento poderá desenvolver seus
programas com base na avaliação das necessi- • Observação direta: é um dos mais utilizados e
dades e nas especificações analisadas por meio da sua aplicação. O analista registra os postos-chaves
descrição; de sua observação. É o mais aplicado a trabalhos
• os programas de Seleção de Pessoal poderão ba- que envolvam operações manuais.
sear seus critérios para grupos de funções mais
específicos; • Questionário: a análise é efetuada solicitando-se
• plano de promoção mais realistas poderão ser de- que seja preenchido um questionário de análise
senvolvidos; de cargo. É mais econômico e rápido elaborar
• o recrutamento de candidatos a emprego poderá um questionário geral. É fundamental submeter
ser orientado de maneira mais precisa; o questionário ao chefe e ao ocupante antes de
• exigência do art. 2º, da Medida Provisória nº efetivá-lo.
1.523, de 11/10/96, DOU de 14/10/96, que manda
entregar uma cópia da descrição de cargos (perfil •Entrevista direta: é a abordagem mais flexível e
profissiográfico) no ato do desligamento do em- produtiva, pois pode obter informações sobre o car-
pregado; go, sobre a natureza e sequência das tarefas e sobre
• outros. “porquês” e “quandos”.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
42

• Métodos mistos: são adotados visando-se reduz- Conceito de logística: “A logística estuda a manei-
ir as desvantagens isoladas dos métodos e poten- ra como a administração pode melhorar o nível de
cializar-lhes as virtudes. rentabilidade nos serviços de distribuição aos con-
sumidores, por meio de planejamento, organização
Fases da Análise de Cargos e controle efetivo das atividades de movimentação e
armazenagem, cujo objetivo é facilitar o fluxo de pro-
a- Planejamento: dutos, diminuindo o hiato entre a produção e a de-
manda, de modo que os consumidores tenham bens e
- Determinação dos cargos a serem descritos serviços quando e onde quiserem, e na condição física
- Elaboração do organograma de cargos que desejarem.” Ronald H. Ballou, 1993.
- Elaboração do cronograma de trabalho
- Escolha dos métodos de análise a serem aplicados O sistema logístico é composto pelos seguintes ele-
- Seleção dos fatores de especificações que serão uti- mentos ou componentes:
lizados:
- Critério da generalidade: os fatores devem estar pre- • Estoques de produtos: permite que o sistema se
sentes em pelo menos 75% dos cargos a serem ana- adapte às variações da demanda;
lisados • Aquisição e controle da matéria-prima: estoque
- Critério da variedade ou discriminação: os fatores de matéria-prima é fator essencial na manutenção
devem variar de acordo com o cargo. da capacidade produtiva;
- Dimensionamento dos fatores de especificação (de- • Meios de transporte e de entrega local: são con-
terminação do campo ou amplitude de variação de sideradas todas as etapas do transporte, sendo o
cada fator) fornecedor ou consumidor o responsável pelo seu
- Graduação dos fatores de especificações (transfor- pagamento;
mar cada fator de variável contínua em discreta), facil- • Capacidade de produção e conversão: capaci-
itando e simplificando a aplicação. dade dos elementos (componentes) de produção
do sistema logística de produzir os requisitos
b- Preparação: médios e de também enfrentar as variações da
procura total e dos produtos;
-Recrutamento, seleção e treinamento dos analistas • Armazém: inclui todos os armazéns da fábri-
de cargos que comporão a equipe de trabalho ca, os regionais, os locais e os estoques dos dis-
-Preparação do material de trabalho (formulários, im- tribuidores;
pressos, etc.) • Comunicação e controle: todo o sistema logístico
-Preparação do ambiente (esclarecimentos à Direção, é administrado por um sistema de comunicação e
Gerência, Supervisão e a todo o pessoal envolvido). controle, que processa os pedidos do comprador,
-Coleta de dados prévios (nomes dos ocupantes dos recebe instruções para remover ou enviar mate-
cargos, relação dos equipamentos, ferramentas, mate- riais e mantém o registro da posição do material;
riais, formulários, etc. usados pelos ocupantes). • Recursos humanos: o sistema também inclui
pessoas responsáveis pela venda, pela tomada de
decisões quanto à operação, e pessoas que trans-

19. LOGÍSTICA portam.

Assim, concluímos que o sistema logístico influencia


A logística trata da administração do fluxo de bens e
diversas funções dentro da empresa, principalmente,
serviços em organizações orientadas ou não para o
aquelas que incluem compras, produção, finanças,
lucro.
contabilidade e marketing.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
43

Cadeia Logística Integrada nica ou um conjunto de técnicas de administração da


produção, é considerado como uma ferramenta que
inclui aspectos de administração de materiais, gestão
da qualidade, arranjo físico, organização do trabalho,
gestão de recursos humanos, entre outros.

KANBAN

Metodologia de programação de compras, produção


e controle de estoques extremamente precisa e ao
mesmo tempo barata; que se utiliza de cartões, que
permitem o controle visual da posição de estoque de
qualquer item, a qualquer momento. Veja agora as
principais ferramentas do KANBAN, para isso, clique
nas abas abaixo.
Missão da logística
Logística Reserva
• A missão da logística é dispor a mercadoria ou o
serviço certo, no lugar certo, no tempo certo e nas A logística reversa também é conhecida por reversível,
condições desejadas, ao mesmo tempo em que inversa ou verde, sendo a área da logística que trata,
fornece a maior contribuição à empresa. genericamente, do fluxo físico de produtos, embala-
• A logística de uma empresa é um esforço integra- gens ou outros materiais, desde o ponto de consumo
do com o objetivo de ajudar a criar valor para o até ao local de origem. Desde há muito tempo que
cliente pelo menor custo total possível. existem processos de logística reversa, mas, não eram
• A logística existe para satisfazer às necessidades tratados e denominados como tal, como por exemplo,
dos clientes, facilitando as operações relevantes o retorno das garrafas (vasilhame), o recolhimento de
de produção e marketing. lixos e resíduos.
• O desafio é equilibrar as expectativas de serviços
e os gastos de modo a alcançar os objetivos do Princípios da Logística
negócio.
1 – Visão: O gestor torna a logística de sua empre-
Just in Time sa muito mais eficiente quando passa a ter uma visão
geral sobre recursos, atividades e processos, isto per-
O just in time surgiu no Japão, em meados da déca- mite a identificação de gargalos e também a sua elimi-
da de 70. Sua idéia básica e seu desenvolvimento, são nação, antes que gerem impactos negativos na cadeia.
creditados à Toyota Motor Comapny, que buscava um
sistema de administração que pudesse coordenar, pre- 2 – Liderança: A eficiência dos processos logísticos
cisamente a produção, com a demanda específica de depende do papel da liderança. Se o gestor cumprir
diferentes modelos e cores de veículos, com o tempo bem o seu papel, delegando tarefas, otimizando a ca-
mínimo de atraso. deia e monitorando os resultados através de indica-
dores, então ele conseguirá atingir os objetivos traça-
O sistema de “puxar a produção à partir da deman- dos e melhorar os resultados da empresa.
da, produzindo em cada estágio somente os itens
necessários, nas quantidades necessárias e no mo-
mento necessário”. O JIT é muito mais que uma téc-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
44

3 – Comunicação: A boa comunicação entre os players Gestão de Estoque


é fundamental para eles conhecerem as peculiaridades
da cadeia logística e também os detalhes de todos os Armazenagem – É a denominação genérica e ampla
processos. Falhas nessa comunicação podem resultar em que inclui todas as atividades de um ponto destinado à
erros nas etapas (como expedição ou entrega incorretas guarda temporária e à distribuição de matérias depos-
de mercadorias), que aumentam os prazos de entrega, ito, almoxarifado, centros de distribuição. Estocagem –
alavancam os custos dos processos e afetam negativa- É uma das atividades do fluxo de matérias e o ponto
mente a experiência dos clientes. destinado à locação estática das matérias. Dentro de um
armazém, podem existir vários pontos de estocagem.
4 – Organização: Equipes ágeis geralmente trabalham (MOURA, 1997, p. 4).
em ambientes organizados.
Controle de estoque é o procedimento adotado para
5 – Envolvimento das pessoas: Para ser eficiente, a registrar entrada e saída de mercadorias e produtos seja
logística depende dos seus recursos humanos. Afinal, numa indústria ou no comercio, e deve ser utilizado tan-
são eles que estarão na linha de frente e que realizarão to na matéria prima, mercadorias produzidas ou merca-
todas as atividades e processos, tanto de transporte dorias vendidas.
quanto de armazenagem.
Podem existir vários tipos de estoques, mantidos em um
6 – Simplicidade: O registro de dados e a conferência ou vários almoxarifados, como:
de mercadorias, quando realizados de forma manual,
tornam o trabalho da equipe muito mais difícil. E isto faz • estoque de matéria-prima;
com que seus membros percam boa parte de seu tempo • estoque de materiais em processamento ou estoque
e não se concentrem em tarefas mais importantes. em trânsito: inclui materiais entre uma operação e a
seguinte;
7 – Sustentabilidade: Ações sustentáveis não só mini- • estoque de materiais semi-acabados: materiais es-
mizam os impactos que a cadeia logística causa ao meio tocados após algumas operações e que poderão ser
ambiente como também reduzem custos e melhoram a transformados em um ou mais produtos;
reputação da empresa no mercado. • estoque de materiais acabados: peças isoladas de
reposição e semi-montadas;
8 – Valor: Não basta apenas entregar uma carga. Pro- • estoque de produto acabado: produtos prontos.
cessos logísticos eficientes e bem estruturados também
satisfazem os clientes por meio da entrega contínua de O objetivo da gestão de estoques é otimizar o inves-
valor, para que seus negócios sejam beneficiados. E para timento em estoques, aumentando o uso eficiente dos
entregar valor, os players da cadeia devem evitar quais- meios da empresa, minimizando as necessidades de
quer erros e atrasos. Apenas uma falha já é suficiente capital investido.
para o valor entregue ao cliente ser reduzido e sua ex-
periência impactada. A administração de materiais visando harmonizar os
conflitos existentes entres os departamentos e para
9 – Melhoria contínua: O princípio da melhoria contínua poder determinar a quantidade ideal que deve ter no
contribui diretamente para o aumento da competitivi- estoque adota a seguinte política de estoques:
dade da empresa no mercado. Isso porque, ao identi-
ficar preventivamente erros nos processos e procurar • Estabelece metas para entregas dos produtos aos
melhorá-los, a empresa consegue tornar a sua logística clientes;
muito mais eficiente. • Quantidade / capacidade dos almoxarifados
• Previsão de estoques
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
45

• Lote econômico 0,2*34 = 30,9 = ̃ 31 unidades


• Rotatividade, prazo médio em dias
• Até que nível deverão oscilar os estoques para at- Termos:
ender uma alteração de consumo
Tempo de reposição (TR): É o intervalo de tempo en-
Métodos de Previsão da Demanda tre a emissão do pedido e a chegada do material no
almoxarifado. É também conhecido como lead time. =
Método da Média Aritmética ou da Média Móvel Δt (processamento da licitação/compra direta + tare-
fas do fornecedor + recebimento).
De acordo com esse método, o consumo do próximo
período é obtido a partir da média aritmética simples Lote de compra (LC): Quantidade do item de material
dos dados de consumo de períodos anteriores. especificada no pedido de compras.

DADOS DE CONSUMO Ponto de pedido (PP): É a quantidade de um deter-


Consumo minado produto em estoque que, sempre que atingi-
MÊS UNIDADE da, deve provocar um novo pedido de compra. Esta
Janeiro 28 quantidade garante a continuidade do processo pro-
Fevereiro 33 dutivo até que chegue o lote de compra (durante o
Março 41 tempo de reposição).
Abril 34
Maio 32 Estoque mínimo ou de segurança (ES): É um es-
Junho 29 toque “adicional”, capaz de cobrir eventuais situações
imprevisíveis, tais como:
Com base na Tabela 7, adotando o método da média
aritmética para 5 períodos, a previsão de consumo • atrasos no tempo de reposição;
para o mês de julho é de: • cancelamento do pedido de compra (por diversos
motivos);
Previsão de consumo para julho = (29+32+34+41+33 • aumento imprevisto no consumo;
) = 33,8 = ̃ 34 unidades • rejeição dos itens comprados quando do recebi-
mento (por exemplo, por inconformidade com as
Método da Média Ponderada especificações),
• etc.
De acordo com esse método, o consumo do próx-
imo período é obtido a partir da média ponderada Ruptura de estoque: É a situação na qual há a im-
dos dados de consumo de períodos anteriores. Pesos possibilidade de atendimento a uma necessidade de
maiores são atribuídos a períodos mais recentes. demanda, por insuficiência de estoque. Da ruptura de
estoque advêm os custos de falta de estoque.
Recorrendo-se, uma vez mais, à tabela apresentada no
método anterior, a previsão de consumo para o mês Avaliação dos Estoques
de julho, adotando o método da média ponderada
para três períodos, com os pesos 0,5/0,3 e 0,2, tere- O método de avaliação escolhido afetará o total do
mos: lucro a ser reportado para um determinado período
contábil. Permanecendo inalterados outros fatores,
Previsão de consumo para julho = 0,5 * 29+0,3 * 32 + quanto maior for o estoque final avaliado, maior será
o lucro reportado, ou menor será o prejuízo.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
46

Quanto menor o estoque final, menor será o lucro re- UEPS ou LIFO (Ultimo a entrar, primeiro a sair)
portado, ou maior será o prejuízo. (Last in – Last out)

Considerando que vários fatores podem fazer variar o É um método de avaliar estoque muito discutido. O
preço de aquisição dos materiais entre duas ou mais custo do estoque é determinado como se as unidades
compras (inflação, custo do transporte, procura de mais recente adicionadas ao estoque (últimas a en-
mercado, outro fornecedor, etc.), surge o problema de trar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas)
selecionar o método que se deve adotar para avaliar (primeiro a sair). Supõe-se, portanto, que o estoque
os estoques. Os métodos mais comuns são: final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado
ao custo destas unidades.
Custo Médio Ponderado
Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o cus-
Este método, também chamado de método da média to dos itens vendidos/saídos tende a refletir o custo
ponderada ou média móvel, baseia-se na aplicação dos itens mais recentemente comprados (compra-
dos custos médios em lugar dos custos efetivos. dos ou produzidos, e assim, os preços mais recentes).
Também permite reduzir os lucros líquidos relatados
O método de avaliação do estoque ao custo médio por uma importância que, se colocada à disposição
é aceito pelo Fisco e usado amplamente. Por esse dos acionistas, poderia prejudicar as operações fu-
critério, os estoques são avaliados pelo custo médio turas da empresa.
de aquisição, apurado a cada entrada de mercadorias,
ponderado pelas quantidades adquiridas e pelas ante- Compra
riormente existentes.
Segundo Gonçalves (2007), a função compras req-
O princípio contábil de Custo de Aquisição determina uer planejamento e acompanhamento, processos de
que se incluam no custo dos materiais, além do preço, decisão, pesquisa e seleção de fontes supridoras dos
todos os outros custos decorrentes da compra, e que diversos materiais, diligenciamento dos fornecedores
se deduzam todos os descontos e bonificações even- (para assegurar que o produto será recebido sem atra-
tuais recebidas. sos, no momento esperado). Requer, ainda, uma coor-
denação geral entre os diversos órgãos da empresa:
PEPS ou FIFO (Primeiro a entrar, primeiro a sair) almoxarifados, finanças e todos os diversos setores
(First in – First Out) que são revestidos do papel de clientes da compra a
ser realizada.
À medida que ocorrem as vendas, ocorre às baixas no
estoque a partir das primeiras unidades compradas, o “A arte de comprar está se tornando cada vez mais
que equivaleria ao raciocínio de que vendemos/com- uma profissão e cada vez menos um jogo de sorte”.
pramos primeiro as primeiras unidades compradas/ “Em muitos casos não é o custo que determina o preço
produzidas. Justificando, a primeira unidade a entrar de venda, mas o inverso. O preço de venda necessário
no estoque é a primeira a ser utilizada no processo de determina qual deve ser o custo. Qualquer economia,
produção o ou a ser vendida. resultando em redução de custo de compra, que é
uma parte de despesa de operação de uma industria,
Entretanto, não é objeto do o procedimento em si, e é 100% lucro. Os lucros das compras são líquidos”.
sim o conceito do resultado (lucro). (HENRY FORD)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
47

É a função responsável pela obtenção do material no • Manter um cadastro de fornecedores que garan-
mercado fornecedor, interno ou externo, através da ta maior agilidade e segurança na pesquisa de
mais correta tradução das necessidades em termos de preços;
fornecedor / requisitante. • Planejar as compras (fazendo um calendário de
aquisições, por exemplo);
A função Compras compreende: • Manter uma relação próxima com as áreas inter-
nas da organização, em especial os clientes inter-
- Cadastramento de Fornecedores; nos, almoxarifados e finanças;
- Coleta de Preços; • Manter um bom relacionamento com fornece-
- Definição quanto ao transporte do material; dores;
- Julgamento de Propostas; • Criar ferramentas que permitam um efetivo con-
- Diligenciamento do preço, do prazo e da qualidade trole do processo de compras.
do material;
- Recebimento e Colocação da Compra. Vantagens das Estruturas de Compras Centraliza-
das Versus Descentralizadas
Requisitos básicos para o abastecimento:
Centralizada:
a) Qualidade do Material: O material deverá apre-
sentar qualidade tal que possibilite sua aceitação den- • Obtenção de maior economia de escala
tro e fora da empresa (mercado). • Possibilita melhor controle global do processo de
compras e dos estoques
b) Quantidade: Deverá ser estritamente suficiente • Reduz o custo de pedido (menor número de pedi-
para suprir as necessidades da produção e estoque, dos e redução do quadro de pessoal)
evitando a falta de material para o abastecimento ger- • Evita a disparidade de preços de aquisição de um
al da empresa bem como o excesso em estoque. mesmo material por distintos compradores (o que
poderia suscitar uma competição danosa entre
c) Prazo de Entrega: Deverá ser o menor possível, a eles)
fim de levar um melhor atendimento aos consumi-
dores e evitar falta do material. Descentralizada:

d) Menor Preço: O preço do produto deverá ser tal • Resposta mais rápida e ágil às solicitações de
que possa situá-lo em posição de concorrência no compra
mercado, proporcionando à empresa um lucro maior. • Maior flexibilidade na negociação com fornece-
dores regionais
e) Condições de pagamento: Deverão ser as mel- • Maior autonomia funcional das unidades adminis-
hores possíveis para que a empresa tenha maior flexi- trativas regionais
bilidade na transformação ou venda do produto.
Compra compartilhada: contratação para um grupo
Objetivos da Função Compras de participantes previamente estabelecidos, na qual a
responsabilidade de condução do processo licitatório
• Garantir o efetivo suprimento de materiais e e gerenciamento da ata de registro de preços serão
serviços, nas quantidades e nos prazos demanda- de um órgão ou entidade da Administração Pública
dos pelos clientes internos; Federal.
• Comprar com qualidade, celeridade e ao preço
econômico;
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
48

Objetivo de Compras Também estão envolvidos os custos fixos (que inde-


pendem da quantidade), como por exemplo o alu-
“Comprar os materiais certos, com a qualidade exigida guel de um galpão.
pelo produto, nas quantidades necessárias, no tempo
requerido, nas melhores condições de preço e na fon- Custo de Pedido/Reposição
te certa”.
São inversamente proporcionais aos estoques médi-
A função de comprar implica na aquisição de materiais os. Quanto mais vezes se comprar ou se preparar a
na qualidade certa, na época certa, ao preço certo, na fabricação, menores serão os estoques médios e
quantidade certa e da fonte certa. maiores serão os custos decorrentes do processo tan-
to de compras como de preparação, ou seja, maior
Um cadastro de fornecedores deverá ser mantido estoque requer menor quantidade de pedidos,com
sempre atualizado de forma que nos permita obter in- lotes de compras maiores, o que implica menor custo
formações a tempo e à hora. de aquisição e menores problemas de falta ou atraso
Para quem compra, são necessárias algumas infor- e , consequentemente, menores custos . O total das
mações sobre o material a ser adquirido: (as principais) despesas que compõem os custos de pedidos incluem
os custos fixos(os salários do pessoal envolvidos na
a) qualidade emissão dos pedidos- que independem da quanti-
b) quantidade dade) e variáveis (referentes ao processo de emissão
c) época (quando a empresa necessitará do produto) e confecção dos produtos).

Custos Quando um pedido de reabastecimento de estoque é


colocado, incorre em custos relacionados ao proces-
Custo de Amazenagem/Manutenção samento, ao ajuste, á transmissão, ao manuseio e ao
pedido de compra. Em resumo, os custos de obtenção
São diretamente proporcionais ao estoque médio e podem incluir:
ao tempo de permanência em estoques. A medida
que aumenta a quantidade de material em estoque, • O preço ou o custo de manufatura do produto
aumenta os custos de armazenagem que podem ser para vários tamanhos de pedidos;
agrupados em diversas modalidades: • O custo de ajustar o processo de produção;
• O custo de processar um pedido internamente;
- Custos de capital: juros, depreciação ( o capital in- • O custo de transmitir o pedido para os pontos de
vestido em estoque deixa de render juros) suprimento;
• O custo para transportar o pedido;
- Custos com pessoal: salários encargos sociais (mais • O custo de manuseio dos materiais no ponto de
pessoas para cuidar do estoque) recebimento.

- Custos com edificações: aluguel, imposto, luz (maior Custo por Falta de Estoque
área para guardar e conservar os estoques)
No caso de não cumprir o prazo de entrega de um
- Custos de manutenção: deterioração, obsolescên- pedido colocado, poderá ocorrer ao infrator o paga-
cia, equipamento (maiores as chances de perdas e in- mento de uma multa ou até o cancelamento do pedi-
utilização, bem como mais custos de mão-de-obra e do, prejudicando assim a imagem da empresa perante
equipamentos). Este custo gira aproximadamente em ao cliente.
25% do valor médio de seus produtos.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
49

Este problema acarretará um custo elevado e de difícil Almoxarifados são locais destinados à guarda e à
medição relacionado com a imagem, custos, confiabi- conservação dos itens de material em estoque de uma
lidade, concorrência etc. determinada organização. É essencial que a gestão
dos almoxarifados seja eficiente, visando minimizar
Classificação ABC, Curva ABC ou Método ABC os custos de armazenamento de estoques, bem como
maximizando a qualidade de atendimento aos seus
A curva ABC é um importante instrumento para o ad- clientes internos à empresa.
ministrador. Ela permite identificar aqueles itens que
justificam atenção e tratamento adequados quanto à Objetivos da Gestão de Almoxarifados
sua administração. Obtém-se a curva ABC com a orde-
nação dos itens conforme a sua importância relativa. • Minimizar os custos de armazenamento.
Uma vez obtida a sequência dos itens e sua classi¬fi- • Maximizar a qualidade de atendimento aos con-
cação ABC, disso resulta, imediatamente, a aplicação sumidores.
preferencial das técnicas de gestão administrati-
vas, conforme a importância dos itens. A curva ABC Atividades básicas na gestão de almoxarifados
é uti¬lizada para a administração de estoques, para
definição de políticas de vendas, estabelecimento de
prioridades para a programação da produção e uma
série de outros problemas usuais na empresa. Após
os itens terem sido ordenados pela importância rela-
tiva, as classes da curva ABC podem ser definidas das
seguintes maneiras: Codificação de Materiais

• Classe A: grupo de itens mais importantes que Codificar um material significa representar todas as
devem ser trabalhados com uma atenção especial informações necessárias, suficientes e desejadas por
pela administração. São aqueles materiais com va- meio de números ou letras, com base na classificação
lores mais representativos. obtida do material.
• Classe B: grupo intermediário. São aqueles materi-
ais com valores intermediários A tecnologia de computadores está revolucionando a
• Classe C: grupo de itens menos importantes em identificação de materiais e acelerando o seu manu-
ter¬mos de movimentação, no entanto, requerem seio.
atenção pelo fato de gerarem custo para manter
estoque. São aqueles materiais com valores baixos A chave para a rápida identificação do produto, das
valores. quantidades e do fornecedor é o código de barras lin-
eares ou código de distribuição. Esse código pode ser
lido com leitores óticos (scanners). Os fabricantes cod-
ificam esse símbolo em seus produtos e o computa-
CLASSE % DE ITENS % DE VALOR
dor, no depósito, decodifica a marca, convertendo-a
A 20 80 em informação utilizável para a operação dos sistemas
B 30 15 de movimentação interna, principalmente os autom-
C 50 5 atizados.

Almoxarifado

Gestão de Almoxarifados
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
50

Principais Equipamentos Para Armazenagem Os espaços devem ser aproveita¬dos inteiramente,


mediante o uso de prateleiras, estruturas porta-pal-
Prateleiras: Podem ser de aço ou madeira. As de aço, etes, empilhamento de materiais ou a combinação
apesar de mais caras, possuem maior durabilidade, destas formas de armazenamento.
e não são atacadas por insetos. De forma geral, as
prateleiras têm a propriedade de alocarem materiais Na implantação do layout de um almoxarifado/depósi-
de dimensões variadas. to deve-se prever e programar o seguinte:

Contenedores (containers): Caixas metálicas retangu- • a disponibilidade dos equipamentos adequados


lares, hermeticamente fechadas e seladas, destinadas para facilitar a carga e descarga dos materiais
ao transporte intermodal de mercadorias (ferroviário, (empilhadeiras, guindastes, carregadores, paletes,
rodoviário, marítimo ou aéreo). docas, escadas móveis etc.);
• a técnica de armazenagem a ser utilizada;
Pallets (paletes): Paletes são estrados que possi- • a quantidade e os tipos de materiais a armazenar;
bilitam o empilhamento das cargas, maximizando a • os espaços das portas devem ser suficientemente
utilização do espaço cúbico do almoxarifado. Podem largos e altos;
ser de madeira, metal, papelão ou plástico. A pal- • altura da plataforma de desembarque de forma a
etização (possibilidade de empilhamento dos paletes facilitar a carga e descarga, em conformidade com
e de manipulação de uma carga unitizada) possibilita a altura dos caminhões;
o aproveitamento eficiente do espaço vertical dos ar- • resistência do piso suficiente para a movimentação
mazéns. de equipamentos e o empilhamento de materiais;
• a altura máxima permitida para as pilhas;
Engradados: São destinados à guarda e transporte de • fluxo de trânsito dos materiais em veículos
materiais frágeis ou irregulares, que não admitem o trans¬portadores;
uso de simples estrados, carecendo de uma estrutura • dimensionamento e instalação de equipamentos
que ofereça proteção lateral. para combate a incêndios, conforme normas da
ABNT e do Corpo de Bombeiros;
Caixas ou gavetas: São ideais para a armazenagem • medidas de segurança para evitar acidentes de
de materiais de pequenas dimensões, como pregos, trabalho;
porcas, parafusos e sobressalentes pequenos em ger- • altura adequada que permita ventilação do am-
al. biente.

Almoxarifado - Lay-out Objetivos do Lay-out

Duas características que apresentam uma boa organ- Redução no custo e maior produtividade através de:
ização no Almoxarifado, são a ordem e o asseio. Com . melhor utilização do espaço disponível;
isso podemos transmitir sempre uma sensação de . redução da movimentação de material e pessoal;
serviço perfeito. . fluxo mais racional;
. menor tempo para o desenvolvimento dos proces-
Lay-out, ou arranjo físico é a maneira como os homens, sos, e
máquinas e materiais estão dispostos dentro de um . melhores condições de trabalho.
Almoxarifado, ou qualquer outro local, desde que ar-
ranjados com certa ordem.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
51

teresse concentra se na movimentação rápida e de baixo


custo das mercadorias. (BALLOU, 2009, p. 172).

Segundo Meyers (2000, p. 2), a movimentação de materi-


ais não é mais que combinação de métodos e processos,
capazes de movimentar toda a mercadoria, matéria-pri-
ma e produto final, para o lugar certo, com a quantidade
específica e em tempo correto, numa sequência definida
pelo layout da fábrica. O mesmo autor (2000, p. 223) afir-
ma que a movimentação de materiais e produtos significa
transportar pequenas ou grandes quantidades de bens,
em distâncias relativamente pequenas, como por exemp-
Um bom lay-out deve satisfazer seis princípios básicos: lo no interior do local de produção, como fábricas, lojas,
armazéns, entre outros. Assim, pode ser definida como
1) Integração processo global de movimentação de materiais num am-
2) Mínima Distância biente de manufatura. Há quem defina este processo de
3) Fluxo transporte do material como “a arte e ciência da movi-
4) Uso de Espaço Cúbico (devem ser utilizadas as três mentação, embalagem e armazenamento de material em
dimensões Largura - Comprimento – Altura) qualquer forma”.
5) Satisfação e Segurança
6) Flexibilidade Objetivos:

Movimentação de Materiais O principal objetivo do processo de movimentação de


material é reduzir os custos operacionais na concepção
A movimentação e armazenagem tratam de etapas fun- do produto final e no seu armazenamento. Contudo, é
damentais do fluxo logístico, isto é, da preparação, da necessário alcançar outras metas e cumprir especificação
colocação e do posicionamento dos materiais de forma primordiais a fim de alcançar o objetivo principal - re-
que os processos logísticos sejam facilitados; levando em dução de custos. Segundo Ray (2008, p. 2), alem da re-
conta os equipamentos e os sistemas empregados em dução de custos, existem outros objetivos, tais como:
cada operação logística. Estes itens são constituídos por
um conjunto de funções de recepção, de descarga, de • Eficiência e segurança na movimentação dos mate-
carregamento, de arrumação e da conservação de matéri- riais;
as-primas, mas este processo apenas produz resultados • Transporte dos materiais em tempo útil, com a quan-
quando é realizada uma operação com objetivo de acres- tidade exata, para o local desejado;
centar valor. Pode-se “definir a missão da armazenagem • Armazenamento de materiais, otimizando a capaci-
como o compromisso entre os custos e a melhor solução dade espacial fornecida pela empresa;
para empresas” (CASADEVANTE Y MÚJICA, 1974, p. 26). • Soluções de baixo custo para as atividades de movi-
mentação de materiais.
O manuseio ou movimentação interna de produtos e
materiais significa transportar pequenas quantidades
de bens por distancias relativamente pequenas, quando
comparadas com as distâncias na movimentação de lon- Todas as movimentações de materiais devem ser efe-tu-
go curso executada pelas companhias transportadoras. É adas por meio das notas fiscais ou documentos internos
atividade executada em depósitos, fabricas e lojas, assim para movimentação de materiais.
como no transbordo entre modais de transporte. Seu in-
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
52

Existem três tipos de movimentações: Entrada, Saída e Modalidades de Transporte


Transferência.
Fatores a serem analisados na questão do transporte:
• Entrada: é a movimentação de materiais que en¬tram
no estoque da empresa. Estas entradas são registradas a) pontos de embarque e de desembarque;
por meio do cadastro das notas fiscais emitidas pelos for- b) custos relacionados com embarque, desembarque, cui-
necedores; dados especiais, frete até o ponto de embarque, frete in-
ternacional, manuseio, etc;
• Saídas: é a baixa do estoque registrada por meio da c) prazo de entrega;
emissão de notas fiscais de vendas ou, em se tratando de d) características da carga;
movimentações internas, via requisi¬ções de materiais. e) possibilidades de uso do meio de transporte, tais como
disponibilidade, freqüência, rapidez, segurança, ade-
• Transferências: são movimentações de materiais efet- quação e exigências legais.
uadas entre almoxarifados ou filiais da mesma empresa.
Esta operação gera débito e crédito entre as unidades O exportador pode designar uma empresa especializada
da empresa, mas não afeta o resultado final do saldo do ou proceder por sua conta para transporte de mercado-
estoque geral. O registro desta operação é efetuado via ria. Aconselha-se a revisão periódica dos contratos, pois a
emissão de notas fiscais de transferência ou por docu- dinâmica de inovações no segmento costuma favorecer o
mento interno de requisição de materiais. exportador.

Transporte Classificação dos Transportes

Os modais de transporte são: ferroviário (feito por ferro- Os transportes são classificados de acordo com a modal-
vias), rodoviário (feito por rodovias), hidroviário (feito pela idade em:
água), dutoviário (feito pelos dutos) e aeroviário (feito de
forma aérea). - Terrestre: rodoviário, ferroviário e dutoviário;
- Aquaviário: marítimo e hidroviário;
Escolha do Modal - Aéreo.

Ao planejar a movimentação da mercadoria pela cadeia E quanto a forma em:


de distribuição física internacional, o importador ou ex-
portador de pequenos lotes deve escolher, inicialmente, o - Modal ou Unimodal: envolve apenas uma modalidade;
modal de transporte mais adequado para conduzir a car- - Intermodal: envolve mais de uma modalidade e para
ga ao destino final estabelecido pelo importador. Os mo- cada trecho/ modal é realizado um contrato;
dais de transporte apresentam vantagens e desvantagens, - Multimodal: envolve mais de uma modalidade, porém
em decorrência de fatores como a segurança e rapidez no regido por um único contrato;
atendimento às demandas do comprador, o custo do frete - Segmentados: envolve diversos contratos para diversos
em relação ao valor da mercadoria, o tipo e a natureza da modais;
mercadoria e vários outros fatores.
Deve-se, portanto, avaliar as vantagens e desvantagens - Sucessivos: quando a mercadoria, para alcançar o desti-
dos modais, para determinar qual o modal que trará o no final, necessitar ser transbordada para prosseguimento
melhor custo/benefício para o transporte da mercadoria em veículo da mesma modalidade de transporte (regido
desejada. por um único contrato).
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
53

Operação de Transporte Multimodal definindo a responsabilidade de cada interveniente na op-


eração. Portanto, tornou-se necessário introduzir na leg-
A Operação de Transporte Multimodal é aquela que, islação de transporte, comercial, aduaneira, de seguros e
regida por um único contrato de transporte, utiliza duas fiscal a figura do OTM.
ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o
destino. Tal operação é executada sob a responsabilidade A Portaria nº 141/MT, de 19/05/2000 cria, na Secretaria-Ex-
única de um Operador de Transporte Multimodal – OTM. ecutiva do Ministério dos Transportes, a Comissão Especial
encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do
O Operador de Transporte Multimodal – OTM é a pessoa Operador de Transporte Multimodal de Cargas; a Circular
jurídica contratada como principal, para a realização do nº 40/SUSEP/MF, de 29/05/1998 dispõe sobre o Seguro
Transporte Multimodal de Cargas da origem até o destino Obrigatório de Responsabilidade Civil do Operador de
por meios próprios ou por intermédio de terceiros. O OTM Transporte Multimodal – OTM; a Resolução nº 37/SUSEP/
não precisa ser necessariamente um transportador, mas MF, de 8/12/2000 dispõe sobre o Seguro de Responsabil-
assume perante o contratante a responsabilidade pela ex- idade Civil do Operador de Transporte Multimodal – Car-
ecução do contrato de transporte multimodal, pelos pre- gas (RCOTM-C); e o Decreto nº 3.411, de 12/4/2000 regu-
juízos resultantes de perda, por danos ou avarias às cargas lamenta a Lei n° 9.611 de 19/02/1998, que dispõe sobre o
sob sua custódia, assim como por aqueles decorrentes de Transporte Multimodal de Cargas.
atraso em sua entrega, quando houver prazo acordado.
Cabe ressaltar que na prática não existe ainda a figura do
Modalidade: um meio de transporte. Operador de Transporte Multimodal no Brasil, bem como
Multimodalidade: utilização integrada de modais. o Conhecimento de Transporte Multimodal está em estu-
Intermodalidade: utilização integrada de cadeia de trans- do e processo de elaboração. No entanto, o uso de modais
porte. diferentes para uma mesma carga é prática constante e
Operadores logísticos: fornecedor de serviço integrado. realizado sob o regime de Transporte Intermodal. Neste,
cada trajeto é realizado por um tipo de transporte e os
O Transporte Multimodal de Cargas compreende, além embarcadores contratam cada trecho com cada transpor-
do transporte em si, os serviços de coleta, consolidação, tador separadamente.
movimentação e armazenagem de carga, desconsolidação
e entrega, enfim, todas as etapas indispensáveis à comple- Multimodalidade x Intermodalidade
ta execução da tarefa.
A multimodalidade e a intermodalidade são operações
A realização de transportes do tipo multimodal é uma que se realizam pela utilização de mais de um modal de
prática bastante utilizada no escoamento de mercadorias e transporte. Isto quer dizer transportar uma mercadoria do
propicia redução dos custos e dos tempos de operação na seu ponto de origem até a entrega no destino final por
exportação. Em 19/07/95, foi editado o Decreto nº 1.563 modalidades diferentes.
internalizando o Acordo para Facilitação do Transporte
Multimodal de Mercadorias entre os Países do Mercosul, A intermodalidade caracteriza-se pela emissão individual
assinado em 30 de dezembro de 1994. Em 19 de fevereiro de documento de transporte para cada modal, bem como
de 1998, foi sancionada a Lei nº 9.611, que dispõe sobre o pela divisão de responsabilidade entre os transportado-
Transporte Multimodal de Cargas no Brasil. res. Na multimodalidade, ao contrário, existe a emissão
de apenas um documento de transporte, cobrindo o tra-
Ambos os atos visam melhorar a qualidade e produtivi- jeto total da carga, do seu ponto de origem até o pon-
dade dos transportes. Em sua essência, estabelecem a to de destino. Este documento é emitido pelo OTM, que
operação não segmentada – serviço “porta-a-porta” – e também toma para si a responsabilidade total pela carga
a figura do Operador de Transporte Multimodal – OTM, sob sua custodia.
INFORMÁTICA
1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Ipd 1. O QUE É UM COMPUTADOR?


(Introdução ao Processamento de Dados)
Um computador é uma
máquina que processa

Windows 10 dados (processamento),


orientado por um conjun-
(Sistema Operacional) to de instruções (progra-
mas) e destinado a produ-

Word 2010
zir resultados completos/
complexos (informações),
(Processador de Textos) com um mínimo de intervenção humana. Entre vários
benefícios do uso de um computador, podemos citar:

Excel 2010 Tipos de Computadores – Natureza


(Planilha Eletrônica) de Processamento

Internet
Computadores Analógicos: Processam sinais elétri-
cos e costumam ser aplicados a problemas de proces-
(Rede mundial de comunicação) so. O seu funcionamento é baseado na comparação
de grandezas físicas e são típicos para medição.

- Manipulam sinais elétricos do tipo contínuo. - A pro-


A História Dos Computadores gramação geralmente acha-se implementada na fia-
ção de seus circuitos. - São utilizados principalmente
Logo após a Segunda Grande Guerra o Mundo ganhou
para controle de processo e instrumentação. - Pos-
seu primeiro Computador, como subsídio para os lon-
suem característica apropriada para medição por tra-
gos cálculos matemáticos exigidos pelo Censo norte-
tar informações analógicas (contínuas).
-americano. Este “dinossauro” da Informática ocupava
vários andares de um prédio, com suas válvulas gigan-
Computadores Digitais: A programação e os dados
tes e Sistema de Refrigeração à água. Naquela época,
são representados por meio de dígitos. São os com-
os Computadores eram usados exclusivamente por
putadores utilizados para contagem e cálculos que
empresas Estatais, Universidades e Grandes Compa-
exijam precisão.
nhias privadas, para uso acadêmico ou empresarial, e
a custos elevadíssimos.
- Manipulam sinais elétricos do tipo discreto. - A pro-
gramação é elaborada através do uso de uma lingua-
Primeiros Computadores gem de programação. - São usados em aplicações
científicas e comerciais. - Possuem a característica de
Nos Anos Setenta, graças “contar” (por serem binários: 0 ou 1).
ao advento do Circuito
Integrado (Chip), o estu- Computadores Híbridos: Reúnem as características
dante de eletrônica Steve dos dois anteriores.
Jobs produziu o primeiro
“Microcomputador”: O
Apple I. Popularizando-
Tipos de Computadores – Porte
-o, e colocando “um Microcomputador em cada lar Supercomputadores - Supercomputador é um computa-
americano”, a preços bastante reduzidos. Nos Anos dor com altíssima velocidade de processamento e grande
Oitenta, a apavorada IBM foi obrigada a investir ma- capacidade de memória, empregado em pesquisas cientí-
ciçamente no desenvolvimento do seu próprio Micro- ficas e militares. Este termo é geralmente confundido com
computador, criando o “PC” (“Personal Computer” ou cluster - um tipo de supercomputador criado a partir da
Computador Pessoal). cooperação de vários computadores convencionais.
INFORMÁTICA
2

Mainframes - Um mainframe é um computador de prestam serviços a outros sistemas computacionais.


grande porte, dedicado normalmente ao processa- Microcomputadores - o mesmo que PC.
mento de um volume grande de informações. Os
mainframes são capazes de oferecer serviços de pro- Notebooks - Um laptop (também chamado de note-
cessamento a milhares de usuários através de milha- book) é um computador portátil, leve, designado para
res de terminais conectados diretamente ou através poder ser transportado e utilizado em diferentes luga-
de uma rede. res com facilidade. Geralmente um laptop contém tela
de LCD (cristal líquido), teclado, mouse (geralmente
Servidores Corporativos - Em informática, um servi- um touchpad, área onde se desliza o dedo), unidade
dor é um sistema de computação que fornece servi- de disco rígido, portas para conectividade via rede
ços a uma rede de computadores. Esses serviços po- local ou fax/modem, gravadores de CD/DVD, os mais
dem ser de diversa natureza, por exemplo, arquivos modernos não possuem mais a entrada para discos
e correio eletrônico. Os computadores que acessam flexíveis (disquetes), quando há a necessidade de uti-
os serviços de um servidor são chamados clientes. As lizar um desses conecta-se um adaptador há uma das
redes que utilizam servidores são do tipo cliente-ser- portas USB.
vidor, utilizadas em redes de médio e grande porte
(com muitas máquinas) e em redes onde a questão
da segurança desempenha um papel de grande im-
portância. O termo servidor é larga-mente aplicado a
computadores completos, embora um servidor possa
equivaler a um software ou a partes de um sistema
computacional, ou até mesmo a uma máquina que
não seja necessariamente um computador.

Estações de Trabalho - Estação de trabalho (do inglês


Workstation) era o nome genérico dado a computa-
dores situados, em termos de potência de processa-
mento, entre o computador pessoal e o computador
de grande porte, ou mainframe ou os servidores de
rede.

Computadores Pessoais - Um computador pessoal é


MÓDULO BÁSICO
um computador de pequeno porte e baixo custo, que
se destina ao uso pessoal ou para uso de um pequeno
grupo de indivíduos.

PDAs / Computadores Móveis / Palmtops - Personal


Digital Assistants (PDAs ou Handhelds), ou Assistente
Pessoal Digital, é um computador de dimensões re-
duzidas (cerca de A6), dotado de grande capacidade
computacional, cumprindo as funções de agenda e
sistema informático de escritório elementar, com pos-
sibilidade de interconexão com um computador pes-
soal e uma rede informática sem fios - Wi-Fi - para
acesso a correio eletrônico e Internet.

Minicomputadores - É um sistema computacional


intermediário aos grandes mainframes (por exemplo
o ENIAC) e os microcomputadores, ou computadores
pessoais. Modernamente foram substituídos pelos
chamados workstations, sistemas de médio alcance,
ou, em suas versões mais recentes, os servidores, que
INFORMÁTICA
3

Arquivos
2. SISTEMA COMPUTACIONAL
Os Computadores armazenam todas as suas informa-
ções no formato de “Arquivos”. Os Arquivos são gra- Software, Hardware e Peopleware
vados em disco ou fita, e lidos pela Memória. Pode-
mos ter Arquivos de texto (uma carta, um documento, Não existem termos em Português que traduzam com
manual, livro, etc), bancos de dados (informações de exatidão os dois Componentes “fisiológicos” do Com-
um Cadastro, sons e imagens) ou um programa exe- putador: “Hardware” e “Software”. Mas, poderíamos
cutável (Windows, Word, etc). dizer que “Hardware” “é tudo que se pode tocar no
computador”, ou o próprio “Equipamento”, e “Sof-
Utilitário Tipos de arquivos Exemplos
tware” “tudo que é lógico”, ou seja, os programas, os
Processadores Textos em geral Word
Peopleware são os profissionais ou usuários do Com-
de texto putador.
Planilhas eletrônicas Números e gráficos Excel
Gerenciadores Cadastros Access Obs: Estas três partes são inerentes ao Computador,
de dados não funcionam em separado e possuem igual valor
Editores eletrônicos Jornais e revistas Page maker para a sua utilização. Apesar do Software determinar
Computação gráfica Anúncios e folhetos Corel draw o uso que está sendo feito do Hardware, o Software
sem o Equipamento não tem utilidade, assim como,
Capacidade de armazenamento do computador. o Hardware sem os Programas não possui serventia.

Bits, Bytes... Software


Os espaços em disco e a Memória dos Computadores Existem “Classes” de Software: “Softwares Aplicativos”,
são mensurados em “Bytes”. Um Bit é a menor uni- “Software Utilitários”, “Softwares de Desenvolvimen-
dade de medida do Computador. Um Byte equivale a to”e “Softwares Básicos”.
um caractere (Letra, Número, Espaço em Branco, Sinal
ou Caractere de Controle) e é formado por oito “Bits”, SOFTWARES APLICATIVOS: Se propõem a executar
mais um Bit de checagem (de segurança ou de “pari- tarefas específicas dos chamados “Usuários Finais”,
dade”). A seqüência “binária” ou “digital” de bits 0 ou como controles administrativos e Confeção de Textos,
1 (acesso ou apagado) determina qual caracter está por exemplo. Os Sistemas de Contabilidade, Contro-
sendo representado. le de Estoques, Folha de Pagamento, Faturamento e
Contabilidade, o Word, Excel, Corel Draw e Page Maker
Obs: Daí atribuir-se aos processadores dos Computa- estão neste grupo;
dores a capacidade de processar “palavras” (unidades
de informação) de 16, 32 ou 64 bits por vez. SOFTWARES DE DESENVOLVIMENTO: Servem aos
“Desenvolvedores” (Programadores e Analistas de Sis-
Aproximadamente (na realidade são Mil e Vinte e temas) como “ferramentas” para confecção dos Apli-
Quatro), mil Bytes equivalem a um “Kilobyte” ou “Kby- cativos e Softwares Básicos. São também chamados
te” (Kb) e mil Kbytes a um “Megabyte” (Mb), ou seja, de “Linguagens de Programação”. Nesta classificação
um milhão de bytes. Mil Megabytes formam um “Gi- encontramos o Clipper, o Basic, a Linguagem C, etc;
gabyte” - Um Bilhão de Bytes.
SOFTWARES BÁSICOS: A terceira categoria se dispõe
BYTES KB MB GB TB a viabilizar a execução dos Aplicativos, promovendo
1 BYTE 1 - - - - a interação entre o Hardware e o Software. São indis-
1 KB 1.024 1 - - - pensáveis para o uso dos Computadores, tanto aos
Desenvolvedores como aos Usuários Finais. Aqui en-
1 MB 1.048.576 1.024 1 - - contramos os Sistemas Operacionais Unix, DOS e OS/2
Warp, Softwares de Comunicação e o Windows.
1 GB 1.073.741.824 1.048.576 1.024 1 -
1 TB 1099511627776 1.073.741.824 1.048.576 1.024 1 Os “Sistemas Operacionais” funcionam “por baixo” dos
Aplicativos e possuem as seguintes funções:
INFORMÁTICA
4

Gerenciamento dos Discos Saída de Dados – As informações resultantes do


Controle da Impressão processamento dos dados pelo computador podem
Controle da Comunicação ser apresentadas de inúmeras formas, e por meio de
Controle de Entrada e Saída da Informação diversos dispositivos. O monitor de vídeo é um dos
Controle dos Periféricos principais meios para se obter dados de saída do com-
putador: tanto texto normal ou formatado (como em
SOFTAWES UTILITÁRIOS: são programas utilizados tabelas ou formulários) e gráficos podem ser apresen-
para suprir deficiências dos sistemas operacionais. Ex. tados ao usuário através desse dispositivo. Se quiser-
ScanDisk, anti-vírus, Desfragmentador, Gerenciador mos que os resultados sejam apresentados em papel,
de tarefas, etc. podemos fazer uso de impressoras e/ou plotters (para
“plotagem” de desenhos); se quisermos levar esses
Hardware dados para outros computadores, podemos fazer uso,
por exemplo, dos disquetes, ou então conectar os
Periféricos computadores em rede (resumidamente, ligá-los atra-
vés de cabos).
Os Periféricos divide-se em:
Unidades de Entrada, Saída,
Entra e saída e de Armaze- 3. IMPRESSORAS PARA
namento. O Teclado e Mou-
se, por exemplo, servem para MICROCOMPUTADORES
Entrada de dados para a CPU
(“Central Process Unid” ou Unidade Central de Proces- a. Matricial (Impacto) - Fita;
samento) processá-las, enquanto o Vídeo e a Impres- b. Jato de Tinta - Cartuchos;
sora nos dão as respostas. Os Discos e Memória, por c. Laser - Toner;
sua vez, fornecem a Área de Armazenamento do Com- d. Térmica - Papel Térmico;
putador e as Placas de Comunicação responsabilizam- e. Cera - Bastões de Cera.
-se pela interligação entre todos os componentes.
Todas estas partes são igualmente importantes: sem Unidades de Armazenamento (Memórias Auxilia-
as Unidades de Entrada é impossível fazermos alguma res Ou Memórias Secundárias)
requisição ao Computador; sem as Unidades de Saída
não obteríamos os resultados; sem as Unidades de Ar- HD, Disco Rígido ou Winchester;
mazenamento o Computador não teria área para efe- CD-ROM;
tivar seu trabalho; sem as Unidades de Comunicação DVD - Digital Versatile (Video) Disc;
o Computador não funcionaria, pois a ligação entre as Pendrive (memória Flash);
Unidades ficaria impossibilitada; e sem as Unidades de Cartão SSD/SD;
Processamento deixamos de ter a função primordial Blu-Ray.
para a qual o Computador foi concebido.
Observação: Drive vs Driver?
Entrada de Dados – Para o computador processar
nossos dados, precisamos ter meios para fornecê-los a Definição de Drive: Unidade de leitura e/ou gravação
ele. Para isso, o computador dispõe de recursos como de uma unidade de disco.
o teclado (para digitação, por exemplo, do texto que
define um programa de computador), o mouse (para Definição de Driver: Conjunto de arquivos respon-
selecionar opções e execu-tar algumas operações em sáveis pela instalação e configuração de um novo
um software qualquer), dis-quetes e CD’s para entrada dispositivo no computador. Estes arquivos possuem
de dados (gerados provavel-mente em algum outro parâmetros técnicos sobre os periféricos e serve de in-
computador), mesas digitalizado-ras (muito utilizadas terface do mesmo com o Sistema Operacional.
por programas CAD e aplicativos gráficos em geral)
entre outros.
INFORMÁTICA
5

Sistemas Básicos do Computador Interna: Dentro do Gabinete da CPU encontramos:

BIOS: Programa que inicializa o computador e permite - A Placa Principal ou “Placa


que o Sistema Operacional converse com os equipa- Mãe”(Mother Board)
mentos mais básicos do computador como teclado e - Os Chips da Memória
HD. O BIOS é normalmente armazenado em um chip - O Chip do Processador (Cele-
de memória ROM na placa mãe (pode ser memória rom, Pentiun IV, Semprom, I3, I5
flash, que é mais comum hoje em dia!). etc)
- Os Drivers de DVD
SETUP: É um programa que permite ao usuário alte- - O Disco Rígido
rar as configurações de funcionamento da placa mãe: - As Placas de Comunicação, de Vídeo e de Impressora
desde a freqüência com que as memórias vão funcio- - A Fonte de Alimentação e seu ventilador
nar, até a quantidade de memória RAM de vídeo (se a - Os “slots” (encaixes) para placas de expansão
placa de vídeo for on-board). O Setup é um programa
que normalmente está armazenado no MESMO CHIP Memórias Principais:
em que o BIOS está, o que gera a confusão.
- Memória RAM: Para efetuar os
CMOS: Chip de memória volátil que armazena uma cálculos, comparações, rascunhos
série de dados, entre eles o relógio e calendário do e outras operações necessárias ao
computador e os dados que foram definidos pelo usu- seu funcionamento, os computadores possuem uma
ário através do programa SETUP. memória de trabalho chamada de RAM (Random Ac-
cess Memory, ou Memória de Acesso Aleatório).
Características dos Pcs Memória de trabalho do usuário;
Memória volátil;
Os PCs possuem duas particularidades que os distin-
guem dos demais: Modularidade e Compatibilidade. Quanto maior for à quantidade de memória RAM do
computador maior será a sua velocidade e capacidade
Modularidade: Os Microcomputadores são projetados de processamento.
em “módulos”. Isto é, novas peças podem ser encaixa-
das para expansão da capacidade de processamento, - Memória ROM: Outro tipo de memória existente
armazenamento e memória ou para comunicação com nos microcomputadores permite apenas a leitura das
outros Computadores. informações nela contidas é a ROM (de Read Only
Memory, ou Memória Somente de Leitura). Essa me-
Compatibilidade: Os Micros têm suas partes e Progra- mória não perde as informações ao ser desligado o
mas compatíveis entre si, independentemente dos fa- equipamento, sendo, portanto, utilizada para guardar
bricantes que os desenvolveram, e as novas versões de os códigos básicos de operação do equipamento, suas
Microprocessadores aceitam normalmente qualquer rotinas de inicialização e auto teste. Tais informações
Sistema Operacional ou Programa desenvolvido para não podem ser alteradas, apenas lidas. Este conjunto
uma versão anterior. É este, aliás, o principal fator de de códigos de operação/funcionamento forma o Sis-
sucesso da filosofia dos Microcomputadores. tema Básico de Entrada e Saída (BIOS – Basic Input
Output System) da máquina. Outro exemplo de me-
mória ROM são as informações guardadas em CDs
Estrutura Do Pc normais (não regraváveis).
Os PCs podem ser estudados através da sua estrutura A ROM é responsável por dois processos no seu com-
Interna e Externa: putador:
Externa: São fabricados em três Módulos: Gabinete POST (Auto Teste ao ligar o computador) e Boot do
da CPU, Monitor de Vídeo e Teclado. No Gabinete são Sistema (Carregar o Sistema Operacional para a me-
ligados o Monitor, o Teclado e todos os demais peri- mória RAM do computador).
féricos (Impressora, Discos, Mouse, Caixas de CD-rom,
etc).
INFORMÁTICA
6

4. CONEXÃO COM 5. WINDOWS 10 SISTEMA


PERIFÉRICOS EXTERNOS OPERACIONAL GRÁFICO
Os periféricos externos, como impressoras e scanners, MULTITAREFA E MUL-
ligam-se à placa mãe do mesmo jeito que os internos
o fazem, através de interfaces (pontes de comunica- TIUSUÁRIO
ção, seriam quase sinônimos de barramentos) entre os
dois. Abaixo segue a listagem que apresenta os mais O Windows 10 segue a tendência de lançamento em
comuns tipos de interfaces de comunicação: edições, focando em diferentes ápos de consumido-
res. O mesmo esquema vale para dispositivos móveis, e
Paralela - Transferência de vários bits simultâneos; sistemas mas embarcados possuem uma variante pró-
Serial - Transferência de um bit por vez (em série) e pria do sotware. Como destaques principais, podemos
USB (Universal Serial Bus) - Permite a conexão de mencionar o novo navegador Microsoft Edge, o retor-
até 127 equipamentos em série através de uma única no do Menu Iniciar e a integração com a assistente de
porta USB. voz Cortana. A Microsoft espera que esta seja a “úlíma
versão” do Windows, já que o programa passará a ser
O barramento USB está sendo largamente utilizado na encarado comoum “serviço” e todas as suas funcionali-
indústria para a construção d e novos equipamentos, dades como “módulos” que poderão receber atualiza-
como impressoras, scanners, monitores, etc. Além de ções futuras sem alteração no core do sistema.
ser possível a conexão de vários equipamentos em
série, pode-se comprar o que chamamos de HUB Principais Características do Windows 10
USB (um equipamento que funciona como um “T”
(Benjamin) para unir vários equipamentos numa • Lançado em 2015 – Microsoft Corporation.
única porta de conexão). Apesar de ser um barra- • Software Básico (Essencial para o funcionamento
mento SERIAL, a proposta do USB é substituir os bar- do computador).
ramentos seriais e paralelos existentes • Software Proprietário (código fonte fechado).
• Pago.
Microprocessadores do Pc • Licença: Copyright (direitos autorais protegidos).
• Multitarefa (execução de diversas tarefas simulta-
O Chip do Processador do Computador, encontrado neamente).
na CPU, é responsável pelas principais rotinas de pro- • Preemptivo (capacidade de interromper tarefas
cessamento. O Microprocessador do PC original pas- em detrimento de outras).
sou por vários estágios e vem aumentando durante os • Multisessão (capacidade de operar com várias
anos sua capacidade, mensurada conforme o tamanho contas/sessões de usuários).
da “palavra” que consegue ler. OS Micros “286”, “386” • Usuários Administrador (poderes ilimitados) / Pa-
e “486”, “586” e “Pentiun” e I3, I5 e I7, foram batizados drão (poderes limitados, sem privilégios elevados).
assim conforme o Processador que utilizam - 80286, • Multiusuário (capacidade de acesSoftsimultâneo
80386, 80486 e 80586 até o Pentiun - processando e de usuários).
comunicando-se (entrada e saída) através de palavras • Multiprocessamento (capacidade de operar com
com 16 e 16 bits, 32 e 16 bits, 32 e 32 bits, 64 e 32 bits vários processamentos simultaneamente).
e 64 e 64 bits, respectivamente. • Gerenciamento de dois sistemas na mesma má-
quina (Dual boot).
INFORMÁTICA
7

Versões do Windows 10
Nova Central de Ações
• Windows 10 Home
• Windows 10 Pro A Central de Ações é a nova central de notificações do
• Windows 10 Enterprise Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de
• Windows 10 Education Ações das versões anteriores e também oferece aces-
• Windows 10 Mobile Softrápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de
Rotação, Luz noturna e VPN.

Área de Trabalho Novo ícone da Central de ações


(pacote aero)
Paint 3D
Aero é o nome dado a
recursos e efeitos visuais O novo App de desenhos tem recursos mais avança-
introduzidos no Win- dos, especialmente para criar objetos em três dimen-
dows a partir da versão 7. sões. As ferramentas antigas de formas, linhas e pin-
tura ainda estão lá, mas o design mudou e há uma
seleção extensa de funções que prometem deixar o
programa mais versátil.

Botão Iniciar Para abrir o Paint 3D clique no botão Iniciar ou


procure por Paint 3D na caixa de pesquisa na barra de
O menu iniciar está de volta e agora com uma nova tarefas.
roupagem, unificando o conceito que já tínhamos so-
bre o menu com a novidade que o Windows 8 trouxe
que eram as live deles (blocos dinâmicos). Seu tama-
nho pode ser redimensionado à vontade além de uma
ferramenta de busca padronizada que integrará os
resultados do buscador bing com o do próprio com-
putador.

Fixar aplicativos em Iniciar.

1. Clique no botão Iniciar e, em seguida, sele- Luz Noturna (Controle de Luz Azul)
cione Todos os aplicativos .
O Modo Noturno faz com que a tela do PC ou tablet
2. Pressione e segure o exiba cores quentes, que não agridem os olhos. A fun-
aplicativo (ou clique nele cionalidade é ideal para ser aquivada durante a noite e
com botão direito) que impedir que o uSoftdo computador prejudique a qua-
você deseja fixar. lidade do seu sono.
3. Selecione Fixar em Iniciar.
Para abrir Luz noturna clique no botão Central de
Depois que você fixar um novo aplicativo, redimensio-
ne-o. Pressione e segure (o u clique com botão direito) Ações ou procure por Luz noturna na caixa de
no bloco do aplicativo, selecione Redimensionar e es- pesquisa na barra de tarefas ou na opção Configura-
colha o tamanho de bloco desejado. ções.
INFORMÁTICA
8

WinKey + Ctrl + D Cria um novo desktop virtual e alterna para ele.


Cortana
WinKey + Ctrl + F4 Fecha o desktop virtual que está sendo usado.
Cortana é um/a assistente
virtual inteligente do siste- WinKey + Ctrl +
te- cla direcionais Alterna entre os desktops virtuais.
ma operacional Windows es- querda/direita
10. Além de estar integra-
da com o próprio sistema Microsoft Edge
operacional, a Cortana poderá atuar em alguns apli-
cativos específicos. Esse é o caso do Microsofit Edge, O novo navegador do Windows 10 veio para substituir
o navegador-padrão do Windows 10, que vai trazer a o Internet Explorer como o browser-padrão do siste-
assistente pessoal como uma de suas funcionalidades ma operacional da Microsoft. O programa tem como
nativas. O assistente pessoal inteligente que entende características a leveza, a rapidez e o layout baseado
quem você é, onde você está e o que está fazendo. O em padrões da web, além da remoção de suporte a
Cortana pode ajudar quando for solicitado, por meio tecnologias antigas, como o ActiveX e o Browser Hel-
de informações-chave, sugestões e até mesmo execu- per Objects.
tá-las para você com as devidas permissões.
Dos destaques, podemos mencionar a integração com
Múltiplas Áreas de Trabalho (Task View) – (Win+Tab) serviços da Microsoft, como a assistente de voz Corta-
na e o serviço de armazenamento na nuvem OneDrive,
Agora é possível criar desktops virtuais para organizar além do suporte a ferramentas de anotação e modo
as janelas que estão aber- tas. Com o recurso, o usuá- de leitura.
rio pode separar aplicativos que estão sendo usados
para trabalho daqueles para fins pessoais no mesmo O Microsoft Edge é o primeiro navegador que permite
computador. fazer anotações, escrever, rabiscar e realçar diretamen-
te em páginas da Web. Use a lista de leitura para
Para abrir o Task View clique no botão Visão de Tarefas salvar seus arquigos favoritos para mais tarde e lê-los
para trazer uma visão geral de seus desktops, adi-
cionar novos ou remover os existentes. no modo de leitura . Focalize guias abertas para
visualizá-las e leve seus favoritos e sua lista de leitu-
ra com você quando usar o Microsoft Edge em outro
dispositivo.

Explorador de Arquivos (Win+E)

O Explorador de Arquivos, Windows Explorer nas ver-


sões anteriores, é o responsável em gerenciar arqui-
vos, pastas e programas do Windows 10.

Para abrir o Explorador de arquivos clique no botão

Iniciar e no botão ou clique no botão


na barra de tarefas.

Teclas de atalho para manipular o Task View


Abre a visualização das áreas virtuais e mostra
WinKey + Tab apenas as janelas abertas no desktop atual.
Navega entre as janelas abertas no desktop
atual e permite alternar entre elas.
Ao soltar o atalho, a janela selecionada é exibida
Alt + Tab em primeiro plano.
INFORMÁTICA
9

Há arquivos de vários tipos, identificáveis por um


nome, seguido de um ponto e um sufixo com três
(DOC, XLS, PPT) ou quatro letras (DOCX, XLSX), de-
nominado extensão. Assim, cada arquivo recebe uma
denominação do tipo arquivo.extensão. Os tipos mais
comuns são arquivos de programas (executavel.exe),
de texto (texto.docx), de imagens (imagem.bmp, eu.
jpg), planilhas eletrônicas (tabela.xlsx) e apresentações
(monografia.pptx).

Pasta

Bibliotecas
As pastas ou diretórios: não contém informação pro-
priamente dita e sim arquivos ou mais pastas. A fun-
As Bibliotecas são um recurSoftdo Windows 10 que
ção de uma pasta é organizar tudo o que está dentro
permite a exibição consolidada de arquivos relaciona-
das unidades.
dos em um só local. Você pode pesquisar nas Biblio-
tecas para localizar os arquivos certos rapidamente,
O Windows utiliza as pastas do computador para
até mesmo quando esses arquivos estão em pastas,
agrupar documentos, imagens, músicas, aplicações, e
unidades ou em sistemas diferentes (quando as pastas
todos os demais tipos de arquivos existentes.
são indexadas nos sis- temas remotos ou armazena-
das em cache localmente com Arquivos Offline).
Para visualizar a estrutura de pastas do disco rígido,
bem como os arquivos nela armazenados, utiliza-se o
Para salvar um documento com o qual você está tra-
Explorador de Arquivos.
balhando no OneDrive, sele- cione uma pasta do One-
Drive na lista de locais de salvamento do software que
Manipulação de arquivos e/ou pastas (RECORTAR/CO-
estiver usando. Para mover arquivos para o OneDrive,
PIAR/COLAR)
abra o Explorador de Arquivos e arras- te-os para uma
pasta do OneDrive.
Existem diversas maneiras de manipular arquivos e/ou
pastas.

1. Através dos botões RECORTAR, COPIAR E COLAR.


(Mostrados na imagem acima – Explorador de ar-
quivos).
2. Botão direito do mouse.
3. Selecionando e arrastando com o click do mouse
(Atenção com a letra da unidade e origem e des-
tino).

Manipulação de Arquivos

Arquivo

É um conjunto de informações nomeadas, armazenadas


e organizadas em uma mídia de armazenamento de
dados. O arquivo está disponível para um ou mais pro-
gramas de computador, sendo essa relação estabele
cida pelo tipo de arquivo, identificado pela extensão
recebida no ato de sua criação ou alteração.
INFORMÁTICA
10

Sensor de Armazenamento Backup e Recuperação do Windows 10

Monitore o espaço de armazenamento com o Win- Sempre é bom ter um backup. Mantenha cópias dos
dows 10. A ferramenta Sensor de Armazenamento vai seus arquivos em outra unidade
permitir que usuários de Windows 10 monitorem o
uSoftdo espaço de seu sistema operacional. Para acessar o Backup e restauração, selecione o bo-
Para acessar o sensor de armazenamento, clique no tão Iniciar , selecione Configurações > Atualização
e segurança > Backup.
botão , selecione Configurações > Sistema >
Armazenamento. Ou procure por sensor de armazena- Restauração
mento na barra de pesquisa.
A Restauração é uma ferramenta do Windows que vai
Painel de Controle – Configurações restaurar o Sistema Operacional para um momento
anterior, de forma que, seja possível a recuperação de
O Painel de Controle é uma das ferramentas mais im- arquivos que foram danificados por algum problema
portantes do Windows, pois permite personalizar as de instalação.
configurações do computador. A opção Configura-
ções, é uma alternativa ao Painel de Controle. Conten- Para acessar a Restauração, selecione o botão Iniciar
do grande parte das opções de configurações conti-
das no Painel de Controle. , selecione Configurações

> Atualização e segurança > Recuperação.

Limpeza de Disco

Windows possui uma ferramenta que permite excluir


os arquivos e pastas inúteis do computador. A Lim-
peza de Disco examina, exibe e exclui determinados
arquivos e pastas, liberando espaço valioSoftno disco
rígido e melhorando o desempenho do sistema.

Para acessar Configurações, clique no botão , se-


lecione Configurações. Ou procure por Configurações
na barra de pesquisa.

Para acessar a Limpeza de Disco, clique no botão


selecione Ferramentas Administrativas do Win-
dows > Limpeza de Disco. Ou procure por Limpeza de
Disco na barra de pesquisa.
INFORMÁTICA
11

Desfragmentador de Disco (Otimizador) Outros Acessórios do Windows 10

A fragmentação faz com que Existem outros, outros poderão ser lançados e incre-
o disco rígido execute um tra- mentados, mas os relacionados a seguir são os mais
balho extra que pode tornar populares:
o computador lento. Os dis-
positivos removíveis de arma-
zenamento, como pen drives,
também podem ficar fragmen-
tados. O Desfragmentador de Disco do Windows reor-
ganiza os dados fragmentados para que os discos e as
unidades possam funcionar de maneira mais eficiente.
O Desfragmentador de Disco é executado por agen-
damento, mas você também pode analisar e desfrag-
mentar os discos e as unidades manualmente.

Para acessar o Desfragmentador de Disco, clique no


botão , selecione Fer- ramentas Administrativas do
Windows > Desfragmentar e otimizar as unidades. Ou
procure por Desfragmentar e otimizar as unidades na • Alarmes e relógio.
barra de pesquisa. • Assistência Rápida.
• Bloco de Notas.
• Calculadora.
Lixeira • Calendário.
• Clima.
A Lixeira armazena temporariamente arquivos e/ou • E-mail.
pastas excluídos das unidades internas do computa- • Facilidade de acesSoft(ferramenta destinada a
dor (c:\). deficientes físicos).
• Ferramenta de Captura.
Como enviar um arquivo para a lixeira: • Gravador de passos.
• Internet Explorer.
• Seleciona-lo e pressionar a tecla DEL. • Mapas.
• Arrasta-lo para a lixeira. • Mapa de Caracteres.
• Botão direito do mouse sobre o arquivo, opção • Paint.
excluir. • Windows Explorer.
• Seleciona-lo e pressionar CTRL+D. • WordPad.
• Arquivos apagados permanentemente: • Xbox.
• Arquivos de unidades de rede.
• Arquivos de unidades removíveis (pendrive, ssd Principais Teclas de Atalho:
card...).
• Arquivos maiores do que a lixeira. (tamanho da
lixeira é mostrado em MB (megabytes) e pode va-
riar de acordo com o tamanho do HD (disco rígi-
do) do computador).
• Deletar pressionando a tecla SHIFT.
• Desabilitar a lixeira (Propriedades).

Para acessar a Lixeira, clique no ícone correspon-


dente na área de trabalho do Windows 10.
INFORMÁTICA
12

6. MICROSOFT WORD 2010 • Parágrafo: para ajustes dos parágrafos (alinha-


mento, recuo, espaçamento de linhas etc.).
• Estilo: para determinarmos entre os estilos dispo-
níveis qual queremos aplicar ao parágrafo no qual
nos encontramos.
• Edição: ferramentas de busca e seleção / substi-
tuição.
Introdução
2. Réguas
O Microsoft Word é um software editor de textos cria-
do pela Microsoft e possui várias versões instaladas Nas réguas podemos observar / criar algumas mar-
em muitos computadores por todo o mundo. cações para facilitar nosso trabalho. É na régua que
podemos também verificar posicionamentos e anotar
Ao iniciarmos o Word, a tela a seguir será mostra- medidas. Para exibir / ocultar as réguas, utilize a guia
da: Exibição e marque o comando Régua no grupo Mos-
trar:

3. Barra de status

A barra de status engloba também os itens 5 e 6, mas


estou dividindo por uma questão didática. Aqui temos
informações sobre nosso arquivo, a quantidade de pá-
ginas e palavras, bem como o idioma utilizado.

4. Modos de Exibição

Prosseguiremos solicitando um documento em bran- Aqui podemos escolher entre:


co e analisando a tela que surge: • Modo de Leitura: coloca as páginas do do-
1. Barra de Guias cumento lado a lado para facilitar a leitura.
• Layout de Impressão: é o modo que utili-
Nessa área encontramos as diversas guias que nos zamos para a criação de nossos documentos, pois ele
auxiliarão em nossos trabalhos com o software. Em apresenta uma simulação do documento impresso.
cada guia temos blocos, com ícones e comandos para
• Layout de Web: mostra nosso documento
como se tivesse somente 1 página, como é o caso das
operações no software. Vamos tomar como exemplo a páginas de internet.
guia Página Inicial.
5. Painel de Zoom

Para ajustarmos o nível de zoom com o qual visualiza-


mos nosso documento. Esse ajuste também pode ser
Nessa guia, podemos observar alguns blocos de co- feito segurando a tecla CTRL e rolando aquele botão
mandos: no centro do mouse (para frente – aumenta o zoom).
• Área de Transferência: para gerenciamento daqui-
lo que copiamos / recortamos / colamos.
• Fonte: para ajuste da tipografia do documento
(tipo de letra, tamanho, cor, efeitos etc.).
INFORMÁTICA
13

Movimentando-se na tela No lado direito temos as últimas pastas que acessa-


mos, como sugestão e tendo como objetivo melhorar
É possível transportar-se de um lugar para o outro nossa produtividade. Caso a pasta desejada não apa-
simplesmente clicando com o botão direito do mouse reça, clique no botão Procurar para poder navegar até
onde queremos colocar o cursor, mas existem teclas a pasta desejada.Ao clicarmos em Procurar, no lado
de atalho que poderão ser muito úteis no processo esquerdo da tela temos as unidades e atalhos vincula-
de criação de um documento. Os mais utilizados são: dos ao nosso computador. Se você está com alguma
dúvida, veja nosso Curso de Sistemas Operacionais.
Teclas Resultado
No lado direito temos as pastas que compõem cada
unidade listada no lado esquerdo.
CTRL + seta esquerda Move o cursor para antes da palavra que está à esquerda

CTRL + seta direita Move o cursor para antes da palavra que está à direita
Mais abaixo podemos verificar o nome do arquivo (o
Home Move o cursor para o início da linha MS Word sugere na primeira vez o texto inicial do do-
End Move o cursor para o final da linha cumento) e o tipo do arquivo. Para cada tipo de ar-
CTRL + Home Move o cursor para o início do documento quivo uma extensão será atribuída. Veja os tipos de
CTRL + End Move o cursor para o final do documento arquivos mais utilizados:

Salvando um documento • *.docx: Documento do Word para versões a partir


de 2010
Durante o processo de criação de um documento (seja • *.doc: Documento do Word para versões 97 a
ele um texto, uma apresentação, planilha, imagem 2003
etc.) se acontecer uma pane no sistema operacional • *.docm: Documento do Word que contenha Ma-
do computador que estamos utilizando, por exemplo, cros (faremos um curso específico sobre macros)
perderemos toda a produção que havíamos promovi- • *.dotx: Modelo do Word para versões a partir de
do até aquele momento. 2010 (faremos um curso sobre modelos)
• *.dot: Modelo do Word para versões 97 a 2003
Para salvarmos um documento no MS Word, pres-
sionamos as teclas CTRL + B ou acionamos o menu • *.pdf: Portable Document Format, padrão de do-
Arquivo e escolhemos a opção Salvar. Uma tela será cumento criado pela Adobe
apresentada para as configurações de salvamento: • *.txt: Texto sem nenhuma formatação embutida

Abrindo um Arquivo
Note que a tela se apre-
senta com o título Salvar Para abrir um arquivo, basta acessar Arquivo >> Abrir.
Como. Como estamos sal- A primeira informação apresentada são os documen-
vando o documento pela tos recentes, ou seja, aqueles que você utilizou recen-
primeira vez, é essa tela que temente. Isso tem por objetivo facilitar seu trabalho
o MS Word Utiliza. Se você de busca.
está com um documento
que já foi salvo mas preten- Se o arquivo desejado estiver na lista, basta clicar nele.
de salvá-lo em outro lugar Para retirar um documento dessa lista, basta clicar
ou com outro nome, utilize com o botão direito sobre o documento e escolher
Arquivo >> Salvar Como. Remover da lista.
Você será remetido a essa mesma tela.

No lado esquerdo estão os locais para salvamento, ou Escolhendo Computador


seja, o OneDrive (que é um serviço de armazenamento no lado direito, uma lista
em nuvem da Microsoft e será visto em curso específi- com as últimas pastas uti-
co) ou o computador onde estamos. lizadas será apresentada.
Caso o arquivo desejado
esteja em uma delas, clique
sobre o nome da pasta para
que o conteúdo dela seja apresentado, para que você
então possa localizar e escolher o arquivo.
INFORMÁTICA
14

Se a pasta desejada não aparecer na lista, clique sobre Fonte


Procurar. A partir daí você poderá navegar até o ar-
quivo desejado. Com esse grupo pode-
mos efetuar alterações
Formatando texto no texto inserido, tro-
cando cor, tamanho,
É um tanto quanto básico demais o que você vai ler tipo de fonte, decoração, capitalização, dentre outras
nesse tópico, porque você mesmo já deve ter escrito funções. Vamos analisar uma a uma, apresentando sua
algo usando o Word e percebeu que tudo é bastante descrição e modo de uso.
intuitivo. Apresentaremos aqui a explicação sobre as
diversas ferramentas e ícones que você pode utilizar
para formatar os textos criados. Aqui você consegue alterar o tipo
de fonte (letra) que quer utilizar e o tamanho.
Se preferir, poderá aumentar o diminuir o tamanho da
A grande maioria das ferramentas de formatação do fonte nesses comandos.
texto e parágrafo estão concentradas na guia
Esse comando alterna entre tudo maiúsculo, tudo
Página Inicial. minúsculo, primeira letra da sentença em maiúscula,
primeira letra de cada palavra em maiúscula. Isso pode
ser feito usando SHIFT + F3.

Negrito, Itálico ou Sublinhado, sendo que


para esse último você tem a opção de escolher o tipo
Vejamos os diversos grupos dessa Guia: de linha que deseja para efetuar o sublinhado (clican-
do na seta).
Área de Transferência
Texto tachado, subscrito (H20) ou sobrescrito

(X ).
2

Temos nesse grupo os co-


mandos básicos de trans- Esse comando é responsável por limpar toda a for-
ferência de informações: matação atribuída ao texto selecionado.
Recortar, Copiar e Colar,
sendo que este último nos
apresenta algumas possibilidades conforme o tipo de Aplicamos efeitos especiais ao texto seleciona-
informação presente na área de transferência (que foi
copiada ou recortada). do, clicando na seta. Para selecionarmos a cor e
aplicar o marca texto ao texto selecionado. Aqui
Além dessas possibilidades, temos o Pincel de For-
matação, que nos possibilita copiar toda a formatação escolhemos a cor do texto selecionado.
de um pedaço de texto e aplicá-lo a outro trecho no
documento. Vamos supor que você realizou uma série Se clicarmos na seta posicionada no canto inferior di-
de formatações no nome de uma cidade (tamanho, reito do grupo Fonte, abriremos uma janela que nos
tipo e cor de fonte, por exemplo) e gostaria que es- apresenta as formatações possíveis e mostradas ante-
sas formatações fossem replicadas no nome de outra riormente.
cidade que aparece no texto. Uma maneira simples
é lembrar a formatação que fez e refazê-la na outra
ocorrência. A forma mais fácil é selecionar o texto (no
exemplo, o nome da cidade) que você formatou, clicar
na ferramenta Pincel de Formatação e então selecio-
nar a nova ocorrência de uma cidade no texto. Pron-
to! A formatação é copiada para esse novo trecho de
texto selecionado. Se você der um duplo clique na
ferramenta Pincel de Formatação, o cursor fica “tra-
vado” nessa ferramenta, permitindo que você realize
o transporte (colagem da formatação copiada) para
diferentes ocorrências. Para “destravar” a ferramenta,
pressione a tecla ESC.
INFORMÁTICA
15

Parágrafo Escolhida a imagem, basta selecioná-la e clicar no bo-


tão inserir para que a mesma seja colocada na posi-
Aqui encontra- ção onde se encontra o cursor.
mos diversas for-
matações que Perceba que existe um comando para inserirmos ima-
não se aplicarão gens Online. O que será isso? A melhor maneira de
a um trecho de descobrir isso é clicando nele.
texto e sim ao
parágrafo ao qual esse texto pertence. Enquanto que Criando Tabelas
no grupo anterior interferíamos na seleção de texto,
aqui atuamos diretamente no parágrafo ao qual o tex- Na guia Inserir existe o comando Tabela.
to pertence.

Aplicamos aqui listas sem numeração, Podemos marcar quantas


com numeração e listas de vários níveis. Para melhor colunas e linhas desejamos
configurar e escolher o tipo de lista, verifique as várias para nossa tabela (veja que
opções, clicando na seta do tipo de lista desejado. na imagem ao lado foi se-
lecionada para inserção
Para aplicarmos recuo esquerdo ao parágrafo uma tabela de 3 colunas x
em questão (ou removê-lo, se já tiver sido aplicado). 3 linhas).
Para organizar a seleção de linhas em ordem alfa-
Além disso, podemos utili-
bética ou numérica (lista de cidades, p. ex.). Mostra zar o subcomando Inserir
ou oculta marcas invisíveis de formatação como final Tabela..., onde poderemos
definir as variáveis para
de parágrafo, quebra de linha etc. Ali- nossa tabela, como Núme-
ro de linhas e colunas, se
nhamento do parágrafo: à esquerda, ao centro, à di- nossas colunas terão um
reita ou justificado. tamanho fixo ou se ajus-
tar-se-ão ao conteúdo ou
à janela onde estão inse-
Para ajustes do espaçamento de linhas do pará- ridas.
grafo, bem como linhas extras antes ou depois.

Para mudar a cor atrás do texto.


Adiciona ou remove bordas da área selecionada.

Trabalhando com imagens

A inserção de imagens em nossos documentos é uma


tarefa que deve ser bem executada a fim de garantir
que nossas expectativas sejam alcançadas.

Para inserir uma imagem, posicionamos o cursor no


ponto onde desejamos inserir a imagem e acessamos Trabalhando com Colunas e Capitular
a guia Inserir e, dentro do quadro Ilustrações, esco-
lhemos o item Imagens. Vamos deixar nosso texto mais
interessante aplicando um estilo
Teremos acesso a ele. A ideia é colocarmos o tex-
a uma tela de to em 3 colunas, iniciando com
navegação que uma capitular, como costuma-
nos permitirá mos ver em jornais e revistas.
escolher a ima- Para isso, utilizaremos o coman-
gem que será do Colunas na guia Layout de
inserida em Página.
nosso docu-
mento.
INFORMÁTICA
16

Além disso, criaremos no início do texto um efeito Em Orientação, definimos se nosso documento será
de capitular, fazendo com que a primeira letra fique montado em retrato ou paisagem (com a folha “em
maior, o que causa uma boa impressão e diferenciação pé” ou “deitada”, como muitas vezes dizemos).
no texto apresentado. Utilizaremos o seguinte texto
(apresentado a seguir na cor azul): Papel

Cabeçalhos e Rodapés Aqui temos as defini-


ções relativas ao papel
Se você perceber, nossas apostilas possuem informa- e à impressão propria-
ções repetidas na maioria de suas páginas. No alto das mente dita, iniciando
páginas (cabeçalho), temos Projeto Inclusão Digital pelo tamanho do pa-
– nomedaapostila, sendo que este último muda para pel.
cada apostila. Ao final da página (rodapé), temos:
Fonte de papel vai de-
Formatando a Página pender da impressora
selecionada como pa-
Tão importante quanto o conteúdo de um documento drão no sistema.
é a forma como ele é distribuído na página ou páginas
que o compõem. Essas configurações estão presentes As demais configura-
na guia Layout de Página, no grupo Configurar Pá- ções são as mesmas
gina. já vistas, à exceção do botão Opções de impressão...
que nos remeterá para uma tela onde podemos esco-
lher sobre imprimir ou não desenhos feitos no word,
cores de fundo, propriedades do documento, texto
oculto, entre outras opções disponíveis.

Layout

Temos nessa grupo predefinições para as mar gens, Em Seção, definimos se


orientação e tamanho do papel, que definem infor- ela será, por padrão,
mações relativas às folhas e ao documento como um contínua, iniciando em
todo. Para tal, podemos utilizar essas sugestões ou cli- nova coluna ou página,
car na pequena seta no canto inferior direito do grupo, se será uma seção para
páginas pares ou ímpa-
para acessarmos a tela de configurações com maiores res. Essas configura-
possibilidades e opções. ções podem ser feitas
quando da criação de
Margens seções. Em Cabeçalhos
e rodapés, atribuímos
Em Margens podemos as distâncias da borda,
definir as quatro margens além de definirmos se
do documento (superior, serão diferentes para
inferior, direita e esquer- páginas pares e ímpares e se termos um cabeçalho e
da). A margem medianiz rodapé diferente na primeira página do documento.
adiciona espaço extra à Essas configurações não são relevantes aqui, pois po-
margem lateral, à margem dem ser definidas quando da criação dos cabeçalhos e
superior ou às margens rodapés.
internas de um docu-
mento que você pretende Em Números de linhas definimos se iremos numerar
encadernar. Isso ajuda a as linhas do documento, em que número elas iniciarão
garantir que o texto não e se terão um reinício a cada página.
fique oculto pela encadernação, porém, a caixa Posi-
ção da medianiz não estará disponível se Páginas >> Em Bordas, definimos se nossa página terá bordas,
Várias Páginas, estiver definida como Margens espe- onde podemos definir tipos de linhas e espessuras,
lho, 2 páginas por folha ou Livro. A posição da media- inclusive composições diferentes para cada uma das
niz para essas opções é definida automaticamente. bordas.
INFORMÁTICA
17

Em Página, definimos o alinhamento vertical, que Refazer ou Repetir CTRL+R, F4 OU ALT+ ENTER


pode ser:
Itálico    CTRL+ I OU CTRL+SHIFT+ I
• Superior: as linhas formam-se de cima para bai- Sublinhado    CTRL+ S OU CTRL+SHIFT+ S
xo. Duplo Sublinhado         CTRL+SHIFT+ D
• Centralizado: as linhas formam-se do centro Maiúsculas e Minúsculas    SHIFT+ F3
para as extremidades da folha. Todas Maiúsculas         CTRL+SHIFT+ A
• Justificado: as linhas formam-se das extremida- Realce                ALT+CTRL+ H
des da folha para o centro. Sobrescrito             CTRL+SHIFT+ +
Subscrito              CTRL+ =
• Inferior: as linhas formam-se de baixo para cima. Oculto                CTRL+SHIFT+ H
As configurações definidas para o documento re- Versalete ou Caixa Alta     CTRL+SHIFT+ K
fletirão na forma como o documento será apresen-
tado tanto na tela como em uma folha impressa. Grupo Parágrafo
Recurso                Teclas de atalho
Imprimindo o Documento Alinhar à esquerda        CTRL+Q
Centralizar Parágrafo       CTRL+ E
A materialização do documento em papel não é uma Alinhar à Direita          CRTL+G
coisa que se faça com muita frequência. Hoje em dia a Justificar Parágrafo        CTRL+ J
troca de informações digitais é muito grande. Eu não Espaçamento Parágrafo 1    CTRL+ 1
gosto de ler um longo texto na tela do computador. Espaçamento Parágrafo 1,5  CTRL+ 5
Prefiro um texto impresso para leitura, mas isso está Espaçamento Parágrafo 2    CTRL+ 2
sendo uma tendência cada vez menor entre as pes-
soas, principalmente nas novas gerações. Guia Início
Grupo: Área de transferência
Para imprimir o documento, tecle CTRL + P ou sele-
cione Arquivo >> Imprimir. Na tela que surge, pode- Recurso Teclas de atalho
mos escolher a quantidade de cópias a ser impressa
Recortar CTRL+ X OU SHIFT+ DEL
e a impressora que executará a tarefa. Note que logo
abaixo do nome da impressora, você pode ajustar as Copiar CTRL+ C OU CTRL+ INSERT
Propriedades da Impressora. Mover Texto SHIFT+ F2
Colar CTRL+ V OU SHIFT+ INSERT
Colar Especial ALT+CTRL+ V
TECLAS DE ATALHO: Pincel: Copiar Formato CTRL+SHIFT+ C
Pincel: Colar Formato CTRL+SHIFT+ V

Principais teclas de atalho separado por grupos: Grupo: Fonte
Recurso Teclas de atalho
Fonte CTRL+ D OU CTRL+SHIFT+ F
Botão do Office Aumentar Fonte CTRL+SHIFT+ >
Recurso Teclas de atalho Diminuir Fonte CTRL+SHIFT+ <
Novo CTRL+ O Aumentar Fonte Um Ponto CTRL+ ]
Abrir CTRL+ A, CTRL+ F12 ou ALT+CTRL+ F2 Diminuir Fonte Um Ponto CTRL+ [
Salvar CTRL+ B, SHIFT+ F12 ou ALT+SHIFT+ F2 Negrito CTRL+ N OU CTRL+SHIFT+ N
Salvar Como F12
Imprimir CTRL+ P ou CTRL+SHIFT+ F12
Visualizar Impressão CTRL+ F2 ou ALT+CTRL+ I
Fechar CTRL+ W OU CTRL+ F4
Sair ALT+ F4

Acesso rápido:
Recurso Teclas de atalho
Salvar CTRL+ B, SHIFT+ F12 OU ALT+SHIFT+ F2
Salvar Como F12
Desfazer CTRL+ Z OU ALT+ BACKSPACE
Refazer CTRL+R
INFORMÁTICA
18

7. MICROSOFT EXCEL 1
A
FUNC
B
SLBRUTO
C
DESCT.
E
SL LIQUIDO
2 José 800 175 =B2-C2
FÓRMULAS E FUNÇÕES 3

FÓRMULA DA MULTIPLICAÇÃO
Agora a maneira como você subtraiu é a mes-
Conceitos básicos ma para multiplicar, será preciso apenas tro-
car o sinal de subtração pelo o sinal de multiplica-
Operadores ção (*). Veja o exemplo
SINAL FUNÇÃO SINAL FUNÇÃO
+ SOMAR > MAIOR QUE
FÓRMULA DA DIVISÃO
- SUBTRAÇÃO < MENOR QUE
* MULTIPLICAÇÃO <> DIFERENTE QUE A fórmula ocorre da mesma maneira que as duas an-
/ DIVISÃO >= MAIOR E IGUAL A teriores. Você só precisa trocar colocar o
% PORCENTAGEM <= MENOR E IGUAL A sinal para dividir (/).
= IGUALDADE = IGUAL A
^ EXPONENCIAÇÃO A B C
1 RENDA MEMBROS VALOR
Para construir as fórmulas do Excel, primeiro precisa- 2 25000 15 =A2/B2
-se conhecer os operadores matemáticos e de igual- 3
dade. Veja-os a seguir:

A B C D PRECEDÊNCIA DE OPERADORES
1 Produto Vendas – Jan Vendas - Fev Total
2 Mouse 300 500 Ao  criar  um  cálculo  que  pos-
3 Disquete 800 700
sua  mais  de  uma  operação  matemática,  deve-
-se levar em consideração a precedência de operado-
Criação de fórmulas: res, ou seja, qual operação o Excel fará primeiro.
Para calcular o total do exemplo acima deve- Veja a precedência abaixo na tabela:
mos criar uma fórmula de adição. Posicione o
Cursor na célula D2 e digite: =B2+C2
1º RAIZ E POTENCIA
Tecle ENTER ao terminar.
2º MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
• Toda fórmula sempre começa com  si- 3º ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
nal de igual para que o Excel entenda que é um
cálculo e não um texto qualquer que está digi-
tando. O Excel faz os cálculos nesta ordem e não na or-
• Não  se  coloca  o  va- dem digitada. Por exemplo:
lor  na  soma  como,  por  exem-
=10+5*2
plo,  =300+500  porque  estes  valores po-
dem  sofrer  alterações  e  o  resultado  não  se- O resultado deste cálculo é 20, pois primeiro o Ex-
ria  atualizado,  portanto  você  teria  que cel multiplica 5 por 2 e depois adiciona o 10.
corrigir a fórmula depois.
Caso queira que a adição seja feita primei-
FÓRMULA DA SUBTRAÇÃO ro, use os parênteses:

No exemplo abaixo você deseja saber qual o saldo lí- =(10+5)*2
quido do José. Então é simples: Basta que você digi- O resultado será 30. primeiro ocor-
te o endereço do Salário Bruto – o endereço do Des- re a soma, 10+5, resultado 15 e depois a multiplica-
conto.Veja:. ção por 2.
INFORMÁTICA
19

Veja mais um exemplo: USANDO  O  AUTOPREENCHIMENTO  PARA  CO-


PIAR FÓRMULAS.
=(80-2)*4-(10+(40+10/2))
É possível usar o auto preenchimento para co-
Qual o resultado desta fórmula ? piar qualquer fórmula criada. Este processo economiza
Vamos resolver os parênteses. O mais interno primei- muito tempo e é um dos principais recursos do Excel.
ro. Para isso basta criar a primeira fórmula na célula de-
sejada (normalmente a primeira da sua lista de valores),
1º divida 10 por 2 e some 40. resultado = 45 depois clique sobre ela e leve o ponteiro do mouse até
o canto inferior direito.
2º some 10 ao 45. resultado = 553: faça a subtração.
Observe que o cursor muda para uma cruz preta e fina. 
Resultado=784  Clique e arraste para copiar para outros itens da lista.
multiplique 78 por 4. depois subtria de 55 que é o re-

sultado do outro conjunto de parênteses. A B C D E
1 Aluno 1º Bim. 2º Bim Média Resultado
2 Maria 4 6 5 Reprovado
Veja mais um exemplo:
3 João 6 9 7,5 Aprovado
=10*4/2-(2*3)
USANDO A FUNÇÃO SE
1º: resolva a multiplicação.
2º Faça a multiplicação e em seguida a divisão. Nes- A função SE do Excel é sempre utilizada quando o va-
te caso resolve-se a operação na ordem da esquer- lor de uma célula pode variar.
da pra direita, pois as duas operações tem a mesma
precedência. O resultado subtraia do parênteses.
A tarefa da função SE é comparar o valor da célu-
la com um crítério estabelecido e retornar dois resul-
A B C E
tados. Um se a comparação for verdadeira e outro se a
1 PRODUTO VALOR QUANT. TOTAL
comparação for falsa.
2 Feijão 1,50 50 =B2*C2
3 Veja estas comparações:

5+2 > 8 – comparação falsa
ARREDONDAMENTO 2*3 = 6 – comparação verdadeira
(2+8) * 2 > 5+6 – comparação verdadeira.
Por padrão o Excel arredonda os decimais termina-
dos em 1,2,3 e 4 para baixo e os decimais
Estas comparações são bem simples e conheci-
terminados 5,6,7,8 e 9 para cima.
das. No Excel funciona da mesma forma, mas compara-
mos uma célula (ou seja, seu conteúdo) com um de-
Por exemplo: terminado valor
5,236 removendo uma casa decimal : 5,24 No exemplo a seguir o aluno é reprova-
5,236 removendo duas casas decimais: 5,2 do caso sua média seja menor que 7. Sendo as-
sim 7 é o critério para aprovação. Então compara-se a
Caso queira fazer um arredondamento diferen- média do aluno com 7. 
te do padrão use as funções Se a comparação retornar verdadeiro, este estará
aprovado, caso contrário estará reprovado.
ARREDONDAR.PARA.BAIXO e ARREDONDAR.PARA.
CIMA que são explicadas nesta apostila. Nossa comparação ficaria assim para o 1º aluno:

Média da Maria > 7 comparação falsa.
Então REPROVADA
INFORMÁTICA
20

No momento a Maria tem média menor que 7, mas o ultima alternativa para o retorno da resposta.
valor da média pode variar no decorrer dos bimestres,
fazendo com que a aluna seja aprovada. A função SE Usando o exemplo da tabela de notas acima te-
trata então as duas situações. Quando a comparação ríamos:
for falsa e quando for verdadeira.
=SE  (  D2  >  7;  “APROVADO”  ;  SE(D2  <  4;  “REPROVA-
Se a comparação retornar verdadeiro, este estará DO” ; “EXAME” ))
aprovado, caso contrário estará reprovado.
No exemplo acima a primeira comparação, sendo ver-
dadeira, retorna a resposta APROVADO Para o alu-
A forma de montar a Função é a seguinte: no, caso seja falsa, será realizada uma nova função
para comparar novamente a o valor da célula, pois
=SE ( Comparação ; Resultado caso Verdadeiro ; Resul- ainda não podemos afirmar que o aluno está RE-
tado caso Falso) PROVADO ou de EXAME.

A função SE para este exemplo ficaria assim: A  segunda  comparação  retorna  APROVA-


DO caso a comparação de D2 < 4 seja verdadeira.
= SE (D2 > 7 ; “APROVADO” ; “REPROVADO”) E retorna EXAME caso a comparação seja fal-
sa, pois se D2 não é nem maior que 7 (1ª comparação)
No exemplo acima o resultado da média da aluno Ma-
e nem menor que 4 só pode estar entre 4 e 7, fa-
ria, é REPROVADO, pois sua média é menor do que 7 o
zendo com que o aluno fique de exame.
que fa  com que a comparação retorne falso.

Para o aluno João, o resultado é APROVA-
DO, já que sua média é maior que 7, fazendo com que 8. INTERNET – REDE MUNIDIAL
a comparação seja verdadeira.
DE COMUNICAÇÃO
Obs:  o  sinal  de  ponto  e  vírgula  (  ;  ) é obrigató-
rio na função e serve para separar as 3 partes da mesma. Internet é uma rede mundial de computadores. Inter-
Toda  vez  que  usar  um  texto  na  em  qualquer  fun- liga desde computadores de bolso até computadores
ção o mesmo deve vir dentro de aspas como o pa- de grande porte (mainframe).
lavra aprovado e reprovado.
Para que um usuário possa acessar a Internet, deve-
Quando  usar  numeros  ou endereços  de  célu- rá possuir os seguintes requisitos básicos:
las (p. ex: D2 ) não há a necessidade do aspas.
• Possuir um computador com uma pla-
CRIANDO UMA FUNÇÃO SE COMPOSTA. ca de rede, ou porta USB, ou um modem.
• Ter instalado um software de navega-
Quando o valor da célula pode con- ção ou browser.
ter mais de dois resultados é necessário criarmos a • Ter uma assinatura gratuita ou paga com um pro-
função SE composta de mais outra. vedor de acesso.

No exemplo a seguir o aluno que tiver média me- Browser  ou  Navegador: é um programa que permi-


nor que 4 está reprovado, o aluno que tiver média te a fácil navegação na Internet para acessar todos
maior que 7 estará aprovado, e o aluno que tiver um os serviços. O programa permite o acesso e a navega-
média entre 4 e 7 ficará de exame. ção por interfaces gráficas (ícones), traduzindo- as em
comando de forma transparente para o usuário.
Note portanto que podemos ter 3 situa-
ções para o resultado das notas do aluno. Os navegadores mais comuns são: Internet Ex-
plorer;  Mozilla  Firefox;  Google  Chrome;  Safari;
É necessário então criarmos duas fun- Netscape; Opera.
ções SE, para realizar duas comparações, sobrando um
INFORMÁTICA
21

TIPOS DE CONEXÃO À INTERNET dereços de computadores na Internet. Sem
ele, teríamos que memorizar uma sequência gran-
Linha  discada dial-up:  conexão  discada  ou  dial- de de números.
-up  que  utiliza  como  dispositivo  um  mo-
dem.  Esse  meio  de acesso é o mais bara- O registro de domínios no Brasil é feito pela entida-
to e também mais lento. Sua taxa de trans- de Registro.br (Registro de Domínios para a Internet
missão máxima é de 56 Kbps (kilobits por no Brasil). Quando o site é registrado no Brasil utiliza-
segundo). Enquanto  em  conexão,  o  telefone  fica  in- -se a sigla BR. Quando não tem o código do país sig-
disponível para outras ligações. nifica que o site foi registrado nos EUA.

ADSL:  dispositivo  utilizado  é  um  mo-


dem  ADSL.  Utiliza  a  linha  telefôni- Alguns tipos de domínio:
ca, mas não ocupa a linha, permitindo o acesso à in- .com – instituição comercial.
ternet e o uso simultâneo do telefone. . Para este tipo .gov – instituição governamental.
de conexão, o usuário deverá possuir uma placa de .net – empresas de telecomunicação.
rede ou porta USB. .edu – instituições educacionais
.org – organizações não governamentais.
TV a cabo: dispositivo utilizado é um cable mo- .jus – relacionado com o Poder Judiciário.
dem. Utiliza o cabo da TV a cabo e não a li- Outros exemplos de domínios: adv; inf; med; nom.
nha telefônica. 
Domínio é uma parte da rede ou da inter-
Rádio: a conexão é feita via ondas de rádio. Nes- net que é de responsabilidade de alguém e dá o di-
te tipo de conexão, tanto o provedor quanto o usuá- reito de usar alguns serviços na internet.
rio deverão possuir equipamento para transmissão e re-
cepção  (antenas).  Neste  tipo  de  conexão  temos TIPOS DE SERVIÇOS
as modalidades WI-FI e WI MAX.. DISPONIBILIZADOS NA INTERNET
Satélite: nesta conexão, são usadas antenas espe- WWW  (World  Wide  Web)  –  significa  rede  de  al-
ciais para se comunicar com o satélite e transmitir ao cance  mundial  e  é  um  sistema  de  documen-
computador que deverá possuir  um  receptor  in- tos emHipermídia que são interligados e executados na in-
terno  ou  externo.  Inviável  comercialmente  para ternet.  Os  documentos  podem  estar  na  forma  de
usuários domésticos pelo seu alto custo, porém mui- vídeos, sons, hipertextos e figuras. Para  visuali-
to útil para áreas afastadas onde os demais servi- zar  a  informação,  utiliza-se  um  programa  de
ços convencionais não estão disponíveis. computador chamado navegador.

Celular:  o  dispositivo  utilizado  é  um  mo- WWW  não  é  um  protocolo,  é  um  serviço  de  si-
dem.  Tecnologia  3G, 4G  funciona  através  das tes na internet.
antenas de celular com protocolo HSDPA. Velocidade
de 3 Mbps. A grande vantagem desse tipo de conexão E-MAIL  – é um serviço que permite compor, en-
é a mobilidade, ou seja, enquanto estamos conecta- viar e receber mensagens através de sistemas eletrôni-
dos  poderemos  nos  deslocar  dentro  de uma área cos de comunicação.
de abrangência da rede, sem a necessidade de ficar-
mos em um lugar fixo. FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferên-
cia  de  arquivos)  – serviço para troca de arquivos e
DNS pastas. Permite copiar um arquivo de uma máqui-
na para outra.
DNS, abreviatura de Domain Name System (Siste-
ma de Nomes de Domínio), é um sistema de geren- CHAT  – é um serviço de comunicação interati-
ciamento de nomes de domínios, que traduz o ende- va em tempo real, por meio do qual dois ou mais usuá-
reço nominal digitado no navegador para o endereço rios “conversam” na rede.
numérico (IP) do site. O nome de domínio foi cria-
do com o objetivo de facilitar a memorização dos en-
INFORMÁTICA
22

PROTOCOLOS Navegador ou Browser 
é o principal programa para acesso à internet.
HTTP  (Hypertext  Transfer  Protocol  –  Protoco- Permite aos usuários visitarem endereços na rede, co-
lo de Transferência de Hipertextos): permite a trans- piar programas e trocar mensagens de web mail.
ferência  de  documentos  da  Web,  de servido-
res para seu computador. Os navegadores mais utilizados são: Internet Explo-
rer; Mozilla Firefox;
HTPS: é uma combinação do protocolo HTTP sobre u Google Chrome; Safari; Netscape; Opera.
ma camada de segurança, normalmente SSL (Secure
Sockets Layer). Essa camada Conexão criptografada, BARRA DE FERRAMENTAS
porém para que o site seja considerado seguro, Adi-
cional faz com que os dados sejam transmitidos atra- O Internet Explorer possui diversas barras de fer-
vés de uma deve ter também um certificado digital vá- ramentas, incluindo a barra de menus, a barra Fa-
lido, que garante a autenticidade e é representado voritos e a barra de comandos. Há também a bar-
por um pequeno cadeado no Navegador. ra de endereços, na qual você pode digitar um
endereço da Web, e a barra de status, que exi-
HTML: É uma linguagem de programação para pro- be mensagens como o progresso do download da
duzir sites. página.

URL: é um caminho único e completo até um recur- Botões Voltar (Alt + ←) e Avançar (Alt + →)
so na rede ou na internet.
Esses dois botões permitem recuar ou avan-
INTERNET, INTRANET E EXTRANET çar nas páginas que foram abertas no Internet Explo-
rer
INTERNET: é uma rede pública de acesso público.
Barra de endereços
INTRANET: utiliza os mesmos conceitos e protoco-
los da Internet, porém é uma rede privada, ou seja,
restrita ao ambiente interno de uma organiza-
ção. Os mesmos serviços que rodam na Internet po-
dem rodar na Intranet, mas são restritos ao ambiente A barra de endereços é um espaço para digitar o en-
Interno. Exemplo disso é o serviço de e-mail, que dereço da página que você deseja acessar. Com
pode ser utilizado somente na rede Interna, para co- o Auto Completar, quando você começa a digi-
municação entre os funcionários, sem a necessida- tar um URL já usado na barra de endereços, o Inter-
de da Internet. net
Explorer pode completar o endereço para você.
EXTRANET: algumas bancas consideram a Extra-
net  como  a  “Intranet  que  saiu  da  empresa”.  Ou  seja, No Mozilla Firefox é chamada de caixa de endereço.
é a Intranet acessível pelos funcionários da Insti-
tuição, via Internet, de fora da empresa, mas ainda
Botão Ir para
assim restrita ao público interno. A  Extranet  tam-
bém  pode  ser  considerada  como  um  sistema
corporativo, acessível via Web (navegador), de fora da Esse botão fica disponível apenas quando algum en-
instituição. Um exemplo seria um sistema de vendas, dereço está sendo digitado na barra de endereços.
onde o vendedor pode acessar de qualquer local para
realizar uma venda, e nesse  caso pode se estender Botão Atualizar (F5)
também o conceito de usuário da extranet a parceiros
comerciais da instituição. Recarrega a página atual.
INFORMÁTICA
23

Botão Interromper (Esc) de uma informação.

Interrompe a exibição da página que está sen- Integridade
do aberta. Isso evita que o usuário termine de carre-
gar Princípio em que as informações e dados serão guar-
Uma página que não deseja mais visualizar. dados em sua forma original evitando possíveis alte-
rações realizadas por terceiros.
Caixa de Pesquisa Rápida
Auditoria
Pesquisar na web é mais fácil com o menu de pesqui-
sa do Internet Explorer que oferece sugestões, histó- É a possibilidade de rastrear os diversos passos que
rico e preenchimento automático enquanto você digi- o processo realizou ou que uma informação foi
ta na caixa de pesquisa.  submetida, identificando os participantes, locais e
horários de cada etapa. Exame do histórico dos eventos
dentro de um sistema para determinar quando e onde
9. SEGURANÇA ocorreu violação de segurança.

DA INFORMAÇÃO Privacidade

Após o crescimento do uso Capacidade de controlar quem viu certas informações


de sistemas de informação, e quem realizou determinado processo para saber
comércio eletrônico e tec- quem participou, o local e o horário.
nologia digital as empresas
se viram obrigadas a pen- Legalidade
sar na segurança de suas
informações para evitar ameaças e golpes. Assim, a se- É a garantia de legalidade de uma informação de
gurança da informação surgiu para reduzir possíveis acordo com a legislação vigente.
ataques aos sistemas empresariais e domésticos.
Resumindo, a segurança da informação é uma Não Repúdio
maneira de proteger os sistemas de informação contra
diversos ataques, ou seja, mantendo documentações Não há como “dizer não” sobre um sistema que foi
e arquivos. alterado ou sobre um dado recebido.

Princípios Básicos da Segurança da Ameaças


Informação
Uma ameaça acontece
Disponibilidade quando há uma ação so-
bre uma pessoa ou sobre
É a garantia de que os sistemas e as informações de um um processo utilizando
computador estarão disponíveis quando necessário. uma determinada fraque-
za e causa um problema
Confidencialidade ou consequência. Sendo
assim, são caracterizados como divulgação ruim, usur-
É a capacidade de controlar quem vê as informações pação, decepção e rompimento. As ameaças podem
e sob quais condições. Assegurar que a informação só ter origem natural, quando surgem de eventos da
será acessível por pessoas explicitamente autorizadas. natureza, como terremotos ou enchentes; podem ser
involuntárias, como falta de energia ou erros causados
Autenticidade por pessoas desconhecidas; ou se tratam de ameaças
voluntárias em que hackers e bandidos acessam os
Permite a verificação da identidade de uma pessoa ou computadores no intuito de disseminar vírus e causar
agente externo de um sistema. É a confirmação exata danos.
INFORMÁTICA
24

Tipos de Ameaça dos de negação de serviço (DDoS). Nessa variante, o


agressor invade muitos computadores e instala neles
Ameaça Inteligente: Situação em que seu adversário um software zumbi, como o Tribal Flood Network ou
possui capacidade técnica e operacional para fazer o Trinoo. Quando recebem a ordem para iniciar o ata-
uso de algo vulnerável no sistema; que, os zumbis bombardeiam o servidor-alvo, tiran-
do-o do ar.
Ameaça de Análise: Após uma análise poderão
descobrir as possíveis consequências da ameaça a um Mail Bomb
sistema.
É a técnica de inundar um computador com mensa-
Principais Ameaças ao Sistema de Informa- gens eletrônicas. Em geral, o agressor usa um script
ção: incêndio, problemas na eletricidade, erros no para gerar um fluxo contínuo de mensagens e abar-
hardware e software, alterações em programas, furto rotar a caixa postal de alguém. A sobrecarga tende a
de dados, invasão ao terminal de acesso, dificuldades provocar negação de serviço no servidor de e-mail.
de telecomunicação, etc.
Phreaking
Ataques
É o uso indevido de linhas telefônicas, fixas ou
Um ataque pode ser decorrente de um furto a um sis- celulares. Conforme as companhias telefônicas foram
tema de segurança no intuito de invadir sistemas e reforçando a segurança, as técnicas tornaram-se
serviços. Ele pode ser dividido em ativo, passivo e des- mais complexas. Hoje, o phreaking é uma atividade
trutivo;o ativo muda os dados, o passivo libera os da- elaborada, que poucos hackers dominam.
dos e o destrutivo proíbe qualquer acesso aos dados.
Para que um ataque seja considerado bem sucedido o Scanners de Portas
sistema atacado deve estar vulnerável.
Os scanners de portas são programas que buscam
Tipos de Ataque portas TCP abertas por onde pode ser feita uma in-
vasão. Para que a varredura não seja percebida pela
Cavalo de Troia vítima, alguns scanners testam as portas de um com-
putador durante muitos dias, em horários aleatórios.
O cavalo de troia ou trojan horse, é um programa
disfarçado que executa alguma tarefa maligna. Um Smurf
exemplo:o usuário roda um jogo que conseguiu na In-
ternet. O jogo secretamente instala o cavalo de troia, O Smurf é outro tipo de ataque de negação de ser-
que abre uma porta TCP do micro para invasão. Al- viço. O agressor envia uma rápida seqüência de so-
guns trojans populares são NetBus, Back Orifice e Sub- licitações de Ping  (um teste para verificar se um
Seven. Há também cavalo de troia dedicado a roubar servidor da Internet está acessível) para um endereço
senhas e outros dados sigilosos. de broadcast. Usando spoofing, o cracker faz com que
o servidor de broadcast encaminhe as respostas não
Quebra de Senha para o seu endereço, mas para o da vítima. Assim, o
computador-alvo é inundado pelo Ping.
O quebrador, ou cracker, de senha é um programa
usado pelo hacker para descobrir uma senha do siste- Sniffing
ma. O método mais comum consiste em testar suces-
sivamente as palavras de um dicionário até encontrar O sniffer é um programa ou dispositivo que analisa o
a senha correta. tráfego da rede. Sniffers são úteis para gerenciamento
de redes. Mas nas mãos de hackers, permitem roubar
Denial Of Service (DOS) senhas e outras informações sigilosas.

Ataque que consiste em sobrecarregar um servidor


com uma quantidade excessiva de solicitações de ser-
viços. Há muitas variantes, como os ataques distribuí-
INFORMÁTICA
25

Spoofing nadas com você ou palavras que façam parte de di-


cionários.
É a técnica de se fazer passar por outro computador da
rede para conseguir acesso a um sistema. Há muitas Utilize uma senha diferente para cada serviço e altere
variantes, como o spoofing de IP. Para executá-lo, o com frequência. Além disso, crie tantos usuários com
invasor usa um programa que altera o cabeçalho dos privilégios normais, quantas forem as pessoas que uti-
pacotes IP de modo que pareçam estar vindo de outra lizam seu computador.
máquina.
Vírus
Scamming
Instale e mantenha atualizado um bom programa an-
Técnica que visa roubar senhas e números de contas tivírus e atualize as assinaturas do antivírus, de prefe-
de clientes bancários enviando um e-mail falso ofere- rência diariamente;
cendo um serviço na página do banco.
Configure o antivírus para verificar os arquivos obtidos
Controles de Segurança pela Internet, discos rígidos (HDs) e unidades removí-
veis, como CDs, DVDs e pen drives;
Autenticar e Autorizar
Desabilite no seu programa leitor de e-mails auto-exe-
Autorizar um usuário é conceder ou negar acesso cução de arquivos anexados às mensagens;
ao sistema utilizando controles de acesso no intuito
de criar perfis de acesso. Com esses perfis é possível Não execute ou abra arquivos recebidos por e-mail
definir que tarefa será realizada por determinada ou por outras fontes, mesmo que venham de pessoas
pessoa. Autenticar é a comprovação de que uma conhecidas. Caso seja necessário abrir o arquivo, certi-
pessoa que está acessando o sistema é quem ela diz fique-se que ele foi analisado pelo programa antivírus;
ser. Ela é importante, pois limita o controle de aces- Utilize na elaboração de documentos formatos menos
so e autoriza somente determinadas pessoas o acesso suscetíveis à propagação de vírus, tais como RTF, PDF
a uma informação. ou PostScript;

Não utilize, no caso de arquivos comprimidos, o for-


Processo de Autenticação mato executável. Utilize o próprio formato compacta-
do, como por exemplo Zip ou Gzip.
Identificação positiva: quando o usuário possui alguma
informação em relação ao processo, como acontece Worms, Bots e Botnets
quando ele possui uma senha de acesso.
Siga todas as recomendações para prevenção contra
Identificação proprietária:  o usuário tem algum vírus;
material para utilizar durante a etapa de identificação
como um cartão. Mantenha o sistema operacional e demais softwares
sempre atualizados;
Identificação Biométrica:  casos em que o usuário se
identifica utilizando alguma parte do corpo como a Aplique todas as correções de segurança (patches) dis-
mão ou impressão digital. ponibilizadas pelos fabricantes, para corrigir eventuais
vulnerabilidades existentes nos Softwares utilizados;
Prevenção de Riscos e Códigos Maliciosos (Malware) Instale um firewall pessoal, que em alguns casos pode
Contas e Senhas evitar que uma vulnerabilidade existente seja explora-
da ou que um worm ou bot se propague.
Elabore sempre uma senha que contenha pelo me-
nos oito caracteres, compostos de letras, números e
símbolos e jamais utilize como senha seu nome, so-
brenomes, números de documentos, placas de carros,
números de telefones, datas que possam ser relacio-
INFORMÁTICA
26

Incidente de Segurança e Uso Abusi- 10. SISTEMAS OPERACIO-


vo na Rede
NAIS LINUX – NOÇÕES
O incidente de segurança está relacionado a qualquer
problema confirmado ou não e tem relação com redes
de computadores ou sistemas de computação. Pode O SISTEMA
ser caracterizado por tentativas de acesso aos dados OPERACIONAL
de um sistema, acessos não autorizados, mudanças no LINUX
sistema sem prévia autorização ou sem conhecimento
da execução, etc. O LINUX é um Sistema
Operacional criado em
O uso abusivo na rede é um conceito mais difícil de ser 1991 por Linus Torvalds
definido, mas possui características específicas como na universidade de Hel-
envio de spams e correntes, distribuição de documen- sinki na Finlândia. É um
tação protegida por direito autoral, uso indevido da Sistema Operacional de
internet para ameaçar e difamar pessoas, ataques a código aberto distribuído gratuitamente pela In-
outros computadores, etc. ternet. Seu código fonte é liberado como Free Sof-
tware (software livre), sob licença GPL, isto quer
Registros de Eventos (logs) dizer que você não precisa pagar nada para usar o
LINUX, e não é crime fazer cópias para instalar em ou-
Os logs são registros de tarefas realizados com pro- tros computadores.
gramas de computador e geralmente são detectados
por firewalls. Os logs podem ser acusados no momen- SISTEMAS OPERACIONAIS Um Sistema Operacional
to em que uma pessoa tenta entrar em um compu- é um programa ou um conjunto de programas cuja
tador e é impedido pelo firewall. Verifique sempre os função é gerenciar os recursos de um Sistema Com-
logs do firewall pessoal e de IDSs que estejam instala- putacional (definir qual programa recebe atenção do
dos no computador e confira se não é um falso positi- processador, gerenciar memória, criar um sistema de
vo, antes de notificar um incidente. arquivos, etc.), além de fornecer uma interface entre
o computador e o usuário.
Notificações de Incidentes

Muitas vezes um computador é atacado por um pro-


grama ou pessoa mal intencionada. Caso seja um ata-
que proveniente de um computador, avise aos respon-
sáveis pela máquina para que sejam tomadas medidas
necessárias. No entanto, caso esse ataque venha de
uma pessoa que invadiu seu sistema com um com-
putador é importante avisá-lo de tal atitude para que
tome as medidas cabíveis.
O KERNEL DO LINUX Todo Sistema Operacional é
Incluia logs completos com data, horário, time tone complexo e formado por diversos programas meno-
(fuso horário), endereço IP de origem, portas envolvi- res, responsáveis por funções distintas e bem especí-
das, protocolo utilizado e qualquer outra informação ficas. O Kernel é o centro (núcleo) do Sistema Ope-
que tenha feito parte da  identificação do incidente. racional, que entra em contato direto com a CPU e
Além disso, envie a notificação para os contatos da os demais componentes de hardware do computador,
rede e para os grupos de segurança das redes envol- sendo, portanto, a parte mais importante do sistema.
vidas; manter cert@cert.br na cópia das mensagens. O Kernel do LINUX tem o código aberto, desta for-
ma, todos podem editar e compilar o Kernel conforme
suas necessidades, habilitando suporte a novos dispo-
sitivos e recursos.
INFORMÁTICA
27

Atualmente, o Kernel do LINUX encontra-se em sua Com a garantia destas liberdades, a GPL permite que
versão 2.6 (a versão estável mais recente do sistema). os programas sejam distribuídos e reaproveitados,
mantendo, porém, os direitos do autor por forma a
Fig. 23 - Simbolo GNU GPL não permitir que essa informação seja usada de uma
maneira que limite as liberdades originais. A licença
SHELL O Shell é um interpretador de comandos, ou não permite, por exemplo, que o código seja apodera-
seja, é ele quem traduz uma ordem dada pelo usuário do por outra pessoa, ou que sejam impostos sobre ele
via teclado ao Kernel, existem diversos Shell no LINUX restrições que impeçam que seja distribuído da mes-
sendo que o principal e padrão é o Bash. No LINUX ma maneira que foi adquirido.
em modo texto, Shell, você pode acessar diversos
terminais virtuais segurando a tecla <ALT> e pres- CARACTERÍSTICAS GERAIS DO LINUX
sionando de <F1> à <F6>. Cada tecla de função
corresponde a um número de terminal do 1 ao 6 (o Multitarefa real;
sétimo é usado por padrão pelo ambiente gráfico Multiusuário;
X). O LINUX possui mais de 63 terminais virtuais, mas
apenas 6 estão disponíveis inicialmente por motivos Suporte a nomes extensos de arquivos e diretórios
de economia de memória RAM. (255 caracteres);

LICENCIAMENTO LINUX Gerenciadores de Inicialização (LILO - Modo Texto


e GRUB - Interface Gráfica);
Inicialmente, Torvalds lançou o LINUX sob uma licença
de software que proibia qualquer uso comercial. Isso Utiliza permissões de acesso a arquivos, diretórios e
foi mudado de imediato para a GNU General Public programas em execução na memória RAM;
License. Essa licença permite a distribuição e mesmo
a venda de versões possivelmente modificadas do
Suporte a mais de 63 terminais virtuais (consoles);
LINUX, mas requer que todas as cópias sejam lança-
das dentro da mesma licença e acompanhadas do có- Modularização - O LINUX somente carrega para a
digo fonte. O GNU General Public License (Licença memória o que é usado durante o processamento,
Pública Geral), GNU GPL ou simplesmente GPL, é liberando totalmente a memória assim que o progra-
a designação da licença para software livre idealizada ma/dispositivo é finalizado;
por Richard Stallman no final da década de 1980, no
âmbito do Projeto GNU da Free Software Founda- Suporte nativo a múltiplas CPUs;
tion (FSF). Em termos gerais, a GPL baseia-se em 4
liberdades (EXECUTAR, ESTUDAR, REDISTRIBUIR e
Suporte nativo a virtualização, onde o LINUX se des-
APERFEIÇOAR):
taca como plataforma preferida para execução de ou-
tros Sistemas Operacionais;
• A liberdade de executar o programa, para qual-
quer propósito (liberdade nº 0);
• A liberdade de estudar como o programa fun- Acessa corretamente discos formatados pelo MS-
ciona e adaptá-lo para as suas necessidades (li- -DOS, Windows, Novell, OS/2, NTFS, SunOS, Amiga,
berdade nº 1). O acesso ao código-fonte é um Atari, Mac OS, entre outros;
pré-requisito para esta liberdade;
• A liberdade de redistribuir cópias de modo que Não é requerido pagamento de licença para uso. O
você possa ajudar ao seu próximo (liberdade GNU/LINUX é licenciado de acordo com os termos da
nº 2); GPL;
• Informática para Concursos.
• A liberdade de aperfeiçoar o programa, e li- O LINUX não é totalmente vulnerável a vírus! Devi-
berar os seus aperfeiçoamentos, de modo que do ao gerenciamento e separação de privilégios entre
toda a comunidade se beneficie deles (liberda- processos e acesso à arquivos e diretórios;
de nº 3). O acesso ao código-fonte é um pré-re-
quisito para esta liberdade.
INFORMÁTICA
28

• Roda aplicações Windows através do WINE; • openSUSE


• Suporte a dispositivos Plug-and-Play; • Ubuntu
• Suporte a dispositivos USB; • KUbuntu
• Suporte à dispositivos e padrões Wireless;
::. GERENCIADORES DE JANELAS - INTERFACES GRÁ-
• Os Sistemas de Arquivos usados pelo GNU/LINUX
(Ext2, Ext3, Ext4, ReiserFS, XFS, JFS, etc.) orga- FICAS
niza os arquivos de forma inteligente evitando a
fragmentação e com recursos de journaling; A principal função de um gerenciador de janelas é
• Pode ser executado em 16 arquiteturas dife-
gerenciar a apresentação das janelas (interface grá-
rentes (Intel, Macintosh, Alpha, Arm, etc.) e diver- fica) e fornecer métodos para controlar aplicações,
sas outras sub-arquiteturas. criar e acessar menus, além de fornecer meios para
que o usuário possa personalizar o seu ambiente. No
LINUX, o relacionamento entre o sistema e o geren-
DISTRIBUIÇÕES ciador de janelas é feito pelo Servidor de Janelas X
DO LINUX ou simplesmente X. Seu objetivo é fornecer acesso
aos dispositivos existentes em seu computador (mou-
Só o Kernel GNU/LINUX se, teclado) e fornecer um ambiente agradável para
não é suficiente para se
a manipulação de aplicações, através de componen-
ter uma sistema fun-
tes chamados janelas. Os principais gerenciadores de
cional, mas é o prin-
janelas para LINUX são: KDE, Gnome, Xfce, ICEwm e
cipal. Existem grupos
de pessoas, empresas
WindowMaker. ::. COMO O LINUX GERENCIA SEUS
e organizações que ARQUIVOS Cada arquivo deve ser identificado por
decidem “distribuir” o um nome, assim ele pode ser encontrado facilmente
LINUX junto com outros programas essenciais (como quando desejar usá-lo. Se estiver fazendo um trabalho
por exemplo, editores gráficos, planilhas, bancos de de história, nada melhor que salvá-lo com o nome his-
dados, ambientes de programação, formatação de toria. Um arquivo pode ser binário ou texto. O GNU/
documentos, firewalls, etc). Este é o significado básico LINUX é Case Sensitive, ou seja, ele diferencia letras
de distribuição. Cada distribuição tem suas caracte- maiúsculas e minúsculas nos arquivos. O arquivo his-
rísticas próprias, como o sistema de instalação, o ob- toria é completamente diferente de Historia. Esta re-
jetivo, a localização de programas, nomes de arquivos gra também é válida para os comandos e diretórios.
de configuração, etc. A escolha de uma distribuição é Um arquivo oculto no GNU/LINUX é identificado por
pessoal e depende das necessidades de cada usuário um “.” no inicio do nome (por exemplo, .bashrc). Ar-
de acordo com sua atividade fim. quivos ocultos não aparecem em listagens normais de
diretórios, deve ser usado o comando ls -a para tam-
Fig. 24 - LOGOs de Distribuições LINUX bém listar arquivos ocultos.

NOMES DAS PRINCIPAIS DISTRIBUIÇÕES ::. PRINCIPAIS EXTENSÕES DE ARQUIVOS LINUX Ex-
LINUX tensão Descrição

• Conectiva (braço brasileiro da Mandriva) sh Script de Shell, usado para


• Kurumin (brasileira) criar peque-nos programas.
• Debian c Código em linguagem C.
• Fedora Core
so Libraries compartilhadas
• Big LINUX (brasileira) equivalentes aos “dll” em
• Mandriva Windows.
• Red Hat gz Arquivo gerado pelo pro-
• Kalango (brasileira) grama Gzip que substituiu o
• Slackware obsoleto Compress.
INFORMÁTICA
29

rar Substituto natural do Arj, /lost+found Local para a gravação de


que permite uma maior arqui-vos/diretórios recu-
compressão perados pelo utilitário fsck.
tar Arquivo empacotado sem ext2. Cada partição possui
compressão, usado para seu próprio diretório /los-
num único ficheiro o con- t+found.
teúdo de uma pasta com /mnt Ponto de montagem tem-
vários arquivos. porário.
tgz (tar.gz) Resultado da compressão /proc Sistema de arquivos do
em Gzip de um arquivo tar. Kernel. Este diretório não
z Arquivo compactado com o existe em seu disco rígido,
programa Compress. ele é colocado lá pelo Ker-
nel e usado por diversos
conf Arquivo de configuração de
programas que fazem sua
um progra-ma.
leitura, verificam confi-
ko Módulos do núcleo do Ker- gurações do sistema ou
nel 2.6 modificar o funcionamento
log Arquivo de informação ge- de dispositivos do sistema
rado pelo núcleo do Kernel, através da alteração em
pelos programas e pelos seus arquivos.
serviços instalados. É nele /root Diretório do usuário root.
que ficam guardados os
/sbin Diretório de programas
estados e erros que se pro-
usados pelo superusuário
duzem pelos programas.
(root) para administração e
tmp Arquivo temporário criado controle do funcionamen-
por um pro-grama para to do sistema.
armazenar informações.
/tmp Diretório para armaze-
deb Usado pela Debian e distri- namento de arquivos
buições deri-vadas da De- temporários criados por
bian para distribuir pacotes programas.
de instalação.
/usr Contém maior parte de
rpm Arquivo usado pela Red seus programas. Normal-
Hat, Fedora, CentOS, SUSE, mente acessível somente
Mandriva e outras distri- como leitura.
-buições para instalação de
/var Contém maior parte dos
programas.
arquivos que são grava-
/etc Arquivos de configuração dos com freqüência pelos
de seu computador local. programas do sistema,
/floppy Ponto de montagem de e-mails, spool de impres-
unidade de disquetes. sora, cache, etc.
/home Diretórios contendo os
arquivos dos usuários.
/lib Bibliotecas compartilhadas
pelos pro-gramas do siste-
ma e módulos do Ker-nel.
INFORMÁTICA
30

PRINCIPAIS COMANDOS DO SHELL LINUX

Comando Finalidade Sintaxe Parâmetros


ls list Lista o conteúdo de um ls -lar --color dire- -l: lista longa -a: lista arquivos ocultos -r:
diretório. tório lista recursivamente - -color: ativa cores
cd change directory Troca de diretório. cd diretório
rm remove Remove arquivos e dire- rm -irf arquivo -i: apaga confirmando -r: apaga recursiva-
tórios. mente -f: apaga forçadamente
cp copy Copia arquivos. cp fonte destino
mkdir make directory Cria um diretório. mkdir diretório
rmdir remove directory Apaga um diretório. rmdir diretório
touch Cria um arquivo vazio. touch arquivo
more Exibe conteúdo do arqui- more arquivo
vo.
clear Limpa a tela. clear
su Muda de login. su [-] login
find Procura arquivos em dire- find caminho - -name: procura pelo nome
tórios. expr.
ps process Mostra os processos ro- ps - aux
dando na máquina.
grep Procura padrões em um grep expr. arquivo -a: todos os processos -x: mostra proces-
arquivo. sos que não foram iniciados no console
-u: nome do usuário e hora de início
df disk free Mostra espaço em disco df partição
livre.
du disk usage Mostra uso de disco. du -s arquivo -s: mostra apenas o total
pwd print working direc- Mostra o nome do diretó- pwd
tory rio corrente.
finger Mostra informações sobre finger usuário
um usuário.
passwd password Definir senha. passwd
logout Sair do sistema. logout
halt Desliga o sistema. halt

COMPARATIVO DE PROGRAMAS ENTRE O MS-WINDOWS E O LINUX

MS-Windows LINUX MS-Windows LINUX


Acrobat Reader Xpdf, Kpdf MSN aMSN, Gaim
Bloco de Notas Gedit, Kedit Internet Explorer Firefox, Konqueror, Opera
MS-Office OpenOffice Outlook Express Thunderbird, Evolution
Windows Explorer Nautilus, Konqueror Windows Media Player amaroK, Rhythmbox
Gravar CDs e DVDs Nautilus, Brasero, K3B MP3 Player XMMS
Painel de Controle KDE Control, LinuxConf
INFORMÁTICA
31

O que é software gratuito? nas liberdades que a entidade defende. Ou seja, quan-
do um programa possui licença GPL, significa que é,
Quando nos referimos a um software meramente gra- de fato, um software livre.
tuito (freeware), estamos falando de um programa que
você pode utilizar sem pagar. Perceba, com isso, que A GPL surgiu em 1989, mas foi revisada em 1991 para
um software pode ser gratuito e livre, por outro lado, atender a determinadas necessidades, resultando na
pode ser também gratuito e fechado. Um software GPLv2 (GPL versão 2). Em 2007, surgiu a GPLv3 (GPL
nesta condição é restrito, isto é, somente o autor ou a versão 3). É possível consultar a GPL no seguinte link
entidade que o desenvolve tem acesso ao código-fon- (em inglês): www.gnu.org/licenses/gpl.html.
te, portanto você não pode alterá-lo ou simplesmente
estudá-lo, somente usá-lo da forma como foi disponi- É importante frisar que um programa não necessita
bilizado. Muitas vezes, há limitações também em sua obrigatoriamente de uma licença GPL para ser um
distribuição. software livre. É possível o uso de outras licenças,
desde que compatíveis com as liberdades em questão.
Neste ponto, você já consegue perceber que software É possível conhecer as opções na página a seguir
livre e software gratuito não são a mesma coisa. (em inglês): www.gnu.org/licenses/license-list.html.

Todo software livre é gratuito?


O que é copyleft?
Você já sabe que o software livre consiste na ideia de
que você possa utilizar, distribuir, estudar o código-fonte Não é raro encontrarmos a ex-
e até modificá-lo, sem necessidade de pedir autorização pressão  copyleft em evidência
ao seu desenvolvedor. Softwares nestas condições geral- quando tratamos de software
mente não requerem pagamento, mas isso não é regra:
livre. Isso tem um motivo: ambos
um programa pode ser livre, mas não necessariamente
os conceitos estão intimamente
gratuito.
relacionados.
Uma pessoa pode pagar para receber um software livre
ou cobrar para distribuir um programa nesta condição, Talvez você tenha percebido que a expressão copyleft
por exemplo, desde que esta ação não entre em conflito (copy + left) é um trocadilho com o termo copyri-
com as liberdades apontadas pela Free Software Foun- ght (copy + right), que se refere aos direitos de uso
dation. ou cópia de uma propriedade intelectual. No caso, a
palavra left faz alusão a um contexto mais generoso:
Como exemplo, um programador pode desenvolver um enquanto o copyright dá mais foco nas restrições, o
aplicativo, disponibilizá-lo como software livre e vendê-lo copyleft se baseia nas permissões. Mas, no que exa-
em seu site, desde que não impeça o comprador de aces- tamente o software livre está relacionado ao copyleft?
sar o código-fonte, fazer alterações, redistribuir e assim
por diante. No caso do software livre, o desenvolvedor poderia
deixar seu programa em domínio público, isto é, sujei-
Perceba que esta é mais uma diferença entre software to a toda e qualquer forma de utilização, alteração e
livre e um software meramente gratuito. distribuição. Porém, esta situação pode fazer com que
indivíduos ou entidades modifiquem este software e
o disponibilizem mediante uma série de restrições, ig-
GNU Public License (GPL) norando as liberdades que o tornariam livre.

Quando um software é criado, o desenvolvedor o as- É para evitar problemas do tipo que o copyleft entra
socia a um documento que determina quais ações o em cena: com ele, as liberdades de modificação e dis-
utilizador pode ou não executar. Esta é a licença de sof- tribuição são garantidas, tanto em um projeto original
tware. Por exemplo, você pode adquirir uma solução quanto em um derivado. Isso significa que uma pessoa
de ERP que só é possível de ser implementada em um ou uma organização não poderá obter um software
número limitado de máquinas. Esta e outras condições livre, modificá-lo e distribuí-lo de maneira restrita, de-
devem ficar explícitas na licença. vendo compartilhar o programa - seja ele alterado ou
não - pelas mesmas condições em que o obteve (com-
A GNU Public License (GPL) nada mais é do que uma partilhamento pela mesma licença).
licença criada pela Free Software Foundation baseada
INFORMÁTICA
32

Este cenário é válido para as licenças compatíveis A diferença está, essencialmente, no fato de a OSI ter
com tais condições, como é o caso da GPL. Vale fri- receptividade maior em relação às iniciativas de sof-
sar, no entanto, que há licenças para software livre tware do mercado. Assim, empresas como Microsoft e
que não contemplam as características do copyleft. Oracle, duas gigantes do software proprietário, podem
desenvolver soluções de código aberto utilizando suas
próprias licenças, desde que estas respeitem os crité-
E o que é Open Source? rios da OSI. No Software Livre, empresas como estas
provavelmente enfrentariam algum tipo de resistência,
É comum ver Software Livre e uma vez que suas atividades principais ou mesmo os
Código Aberto (Open Source) programas oferecidos podem entrar em conflito com
sendo tratados como se fos- os ideais morais da Free Software Foundation.
sem a mesma coisa. De igual
maneira, não é difícil en- Apesar disso, Free Software Foundation e Open Sour-
contrar a expressão “código ce Initiative não são inimigas. Embora não concordem
aberto” como mero sinôni- em alguns pontos, ambas as entidades se respeitam e
mo de “código-fonte aberto”. reconhecem a importância da atuação de cada uma.
Não há, necessariamente, er- De certa forma, pode-se dizer inclusive que o traba-
ros aqui, mas há diferenças. lho das duas organizações se complementam: a FSF
atuando mais pelo lado social; a OSI, pelos contextos
O Open Source é um movimento que surgiu em 1998 técnicos e de mercado.
por iniciativa principal de Bruce Perens, mas com o
apoio de várias outras pessoas que não estavam total-
mente de acordo com os ideais filosóficos ou com ou- Software de domínio
tros aspectos do Software Livre, resultando na criação público
da Open Source Initiative (OSI).
Software de domínio pú-
A Open Source Initiative não ignora as liberdades da blico é software não su-
Free Software Foundation, por outro lado, tenta ser jeito a copyright. Se o
mais flexível. Para isso, a organização definiu dez que- código fonte estiver no
sitos para que um software possa ser considerado domínio público, este é
um caso especial de  sof-
Open Source: tware livre sem copyleft, o
que significa que algumas cópias ou versões modifica-
Distribuição livre; das podem não ser livres.
Acesso ao código-fonte;
Permissão para criação de trabalhos derivados; Em alguns casos, um programa executável pode es-
Integridade do autor do código-fonte; tar no domínio público, mas o código-fonte não estar
Não discriminação contra pessoas ou grupos; disponível. Isso não é software livre, porque software
Não discriminação contra áreas de atuação; livre requer acessibilidade ao código-fonte. Enquanto
Distribuição da licença; isso, a maioria dos softwares livres não está no domí-
Licença não específica a um produto; nio público; possui copyright, e os detentores deste
Licença não restritiva a outros programas; copyright autorizaram legalmente permissão para que
Licença neutra em relação à tecnologia. todo mundo o use livremente, usando uma licença de
A descrição de cada um desses critérios pode ser en- software livre.
contrada em softwarelivre.org/open-source-codigo-
-aberto ou em www.opensource.org/docs/definition. Software não livre
php (em inglês).
Software não livre é qualquer software que não é livre.
Analisando as características da Free Software Foun- Seu uso, redistribuição ou modificação é proibido, ou
dation e da Open Source Initiative, percebemos que, requer que você peça permissão, ou é restrito de tal
em muitos casos, um software livre pode também ser forma que você não possa efetivamente fazê-lo livre-
considerado código aberto e vice-versa. mente.
INFORMÁTICA
33

Software proprietário Shareware não vem com permissão para fazer uma
cópia e instalá-la sem pagar uma licença, nem mesmo
Software proprietário é um outro nome para software para indivíduos engajados a atividades não lucrativas.
não livre. No passado, nós subdividíamos software não (Na prática, as pessoas frequentemente desrespeitam
livre em “software semilivre”, o qual poderia ser modi- os termos da distribuição e fazem isso de qualquer
ficado e redistribuído não comercialmente, e “software forma, mas os termos não permitem isso).
proprietário”, que não poderia. Mas nós descartamos
tal distinção e agora usamos “software proprietário” Softwares privativos
como sinônimo de software não livre.
Software privativo ou personalizados é um software
A Free Software Foundation segue a regra de que não desenvolvido para um usuário (geralmente uma orga-
podemos instalar qualquer programa proprietário em nização ou empresa). Aquele usuário o mantém e o
nossos computadores, exceto temporariamente para usa, e não o libera para o público como código-fonte
o propósito específico de escrever um substituto livre ou como binários.
para aquele mesmo programa. Fora isso, achamos que
não há justificativa possível para instalar um programa Um programa privativo é um software livre (em algum
proprietário. sentido trivial) se seu único usuário tem as quatro li-
berdades. Em particular, se o usuário tem todos os di-
Por exemplo, nós achamos justificável instalar Unix reitos ao programa privado, o programa é livre. Porém,
em nosso computador nos anos 80, porque o está- se o usuário distribui cópias para outros e não fornece
vamos usando para escrever um substituto livre para as quatro liberdades com aquelas cópias, estas não
Unix. Hoje em dia, que um sistema operacional livre são software livre.
está disponível, a desculpa não é mais aplicável; agora
usamos nenhum sistema operacional não livre, e qual- Software livre é uma questão de liberdade, não de
quer computador novo que instalamos precisa funcio- acesso. Em geral, nós não acreditamos que seja errado
nar com um sistema operacional completamente livre. desenvolver um programa e não lançá-lo. Há ocasiões
Nós não insistimos que os usuários do GNU, ou con- em que um programa é tão importante que pode-se
tribuidores do GNU, tenham que viver com essa regra. argumentar que retê-lo do público é fazer errado para
Essa é uma regra que fizemos para nós mesmos. Mas a humanidade. Porém, tais casos são raros. A maio-
esperamos que você decida segui-la também, para ria dos programas não são tão importantes, e recu-
seu próprio bem. sar o lançamento deles não é particularmente errado.
Portanto, não há conflito entre o desenvolvimento de
Freeware software privado ou personalizado e os princípios do
movimento software livre.
O termo “freeware” não possui uma definição clara e
aceita, mas é muito usada para pacotes que permitem Quase todos os empregos para programadores são
redistribuição mas não modificação (e seu código-fon- em desenvolvimento de software personalizado e,
te não está disponível). Estes pacotes não são software portanto, a maioria dos trabalhos de programação é,
livre, portanto não use “freeware” para referir-se a ou poderia ser, feita em uma forma compatível com o
software livre. movimento software livre.

Shareware Software comercial

Shareware é software que vem com permissão para “Comercial” e “proprietário” não são a mesma coisa!
redistribuir cópias, mas diz que qualquer um que con- Software comercial é software desenvolvido por uma
tinue usando uma cópia é obrigado a pagar por uma empresa como parte de seu negócio. A maior parte
licença. dos softwares comerciais é proprietária, mas existem
softwares livres comerciais, e softwares não comerciais
Shareware não é software livre, ou mesmo semilivre. e não livres.
Existe duas razões para isso:
Por exemplo, o GNU Ada é desenvolvido por uma em-
Para maior parte dos sharewares, o código-fonte não presa. Ele é sempre distribuído sob os termos da GNU
está disponível; portanto, você não pode modificar o GPL, e toda cópia é software livre; mas seus desenvol-
programa. vedores vendem contratos de suporte. Quando seus
INFORMÁTICA
34

vendedores falam com clientes em potencial, algumas E) um programa que permite que os usuários visuali-
vezes os clientes dizem, “Nós nos sentiríamos mais se- zem o código fonte de qualquer software.
guros com um compilador comercial”. Os vendedores
respondem, “GNU Ada  é um compilador comercial,
apenas acontece de ser um software livre”. 2) Existem algumas regras para que um software
Para o Projeto GNU, as prioridades são de outra or- seja considerado Livre. A Fundação de Software li-
dem: o importante é que o GNU Ada é software livre; vre definiu quatro tipos de liberdade para os usuá-
que ele é comercial é apenas um detalhe. No entanto, rios, e duas delas possuem como pré-requisitos o
o desenvolvimento adicional do GNU Ada que resulta acesso ao código-fonte, quais são:
do mesmo ser comercial é definitivamente benéfico.
Por favor, ajude-nos a divulgar o fato de que software 1) A liberdade para executar o programa, para qual-
comercial livre é possível. Você pode fazer isso através
quer propósito.
de um esforço de não dizer “comercial” quando quer
2) A liberdade de redistribuir cópias ajudando desta
dizer “proprietário”.
forma, o próximo.
Finalizando 3) A liberdade de estudar o funcionamento do pro-
grama e, se desejar, modificá-lo para atender suas
Software livre, código aberto, software proprietário... necessidades.
Estamos diante de uma “guerra”? É evidente que cada 4) A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os
parte defende seus interesses e que, de fato, há quem ajustes para a comunidade se beneficiar.
encare ste cenário como uma disputa entre “o bem e
o mal”, mas, na prática, há espaço para todo mundo. A) 1 e 2
Por exemplo, os sistemas operacionais Windows, que B) 1 e 3
são fechados, são utilizados amplamente em compu- C) 2 e 3
tadores pessoais e de escritório, todavia, sistemas ba- D) 2 e 4
seados em Linux são muito fortes em aplicações para E) 3 e 4
a Web.

Quando há softwares das partes que atendem ao mes- 3) “Podemos começar por falar de um simples pro-
mo público, o melhor é tratar o outro lado como con- cessador de texto, propriedade de uma empresa
corrente, não como inimigo, de forma que o produto qualquer monopolista, gigante tubarão esperando
que se tem em mãos possa ser desenvolvido e aperfei- ansiosamente o total controle sobre todos os tipos
çoado para se tornar competitivo. Assim, os usuários de comunicação e dados (parece cinematográfi-
- a parte mais importante nessa história toda - sempre co, mas não é). Este simples programa, intitulado
terão à sua disposição soluções de qualidade.
de “Word”, esconde a cada tecla que batemos um
sem-número de operações algorítmicas, funções,
procedimentos e sub-rotinas. Operações essas que
deveriam estar documentadas para que todos nós
QUESTÕES tivéssemos a certeza de que aquilo que o software
está realmente a fazer é aquilo que lhe pedimos e
não outra coisa, como seja o envio de informações
e dados pessoais para processamento por uma em-
1) Software livre é: presa qualquer de pesquisa de mercado ou a pura
e simples espionagem sobre os nossos documen-
A) todo programa de computador que se adquire tos privados. Não há documentação suficiente,
gratuitamente. nem sequer é possível “ver” essas operações pois
B) um programa de computador que é concebido o código do software já está compilado e não é
com o objetivo de lucratividade. possível “abri-lo” a não ser que cometamos um ato
C) um programa protegido pelo conceito de copyri- tremendamente ilegal. Outra questão agregada ao
ght. software ser “fechado” é o fato de obrigar a utili-
D) qualquer programa que pode ser usado, copiado, zar sempre o mesmo programa para abrir o tipo/
estudado, modificado e redistribuído. formato de documento que foi guardado em disco.
INFORMÁTICA
35

Ou seja, ficamos sem acesso aos nossos próprios ( ) O Writer é um processador de textos capaz de es-
dados caso desejemos mudar de processador de crever documentos apenas em formato padrão .odt.
texto...” Este texto retirado do sítio http://resistir. ( ) O Impress é capaz de exportar apresentações no
info, se opõe a qual tipo de software: formato SWF.
( ) O Calc possui muitos recursos que não estão dis-
A) em domínio público poníveis no Excel, inclusive escrever a folha de cálculo
B) Proprietário como um arquivo PDF.
C) Código Aberto
D) Livre A) F, V, F, V, F
E) Comercial B) V, V, F, V, V
C) F, V, F, V, V
D) F, V, V, F, V
4) É característica da licença GPL (Licença Pública E) F, V, V, F, F
Geral):

A) Não permitir a distribuição e o reaproveitamento


dos programas.
B) O código fonte pode ser apoderado por outra
pessoa.
C) Permitir restrições sobre o código fonte, o impe-
RETOMANDO O ASSUNTO
dindo de ser considerado Software Livre.
D) Garantir a autoria do desenvolvedor.
E) Não proteger os direitos do autor.
11. BROWSER / NAVEGADOR
5) Corresponda os símbolos aos seus significados: NAVEGADORES
A seqüência correta é:
Os navegadores são programas mais simples para
( ) direitos de cópia A) 2, 1, 4, 3 estudar. Abrangem uma quantidade menor de fer-
( ) domínio público B) 1, 4, 3, 2 ramentas em relação a outros softwares abordados
( ) direitos reservados C) 4, 1, 3, 2 em editais, como o Microsoft officeIremos abordar os
( ) criação comum D) 2, 1, 3, 4 quatro principais navegadores cobrados nos certames:
Microsoft Internet Explorer, Microsoft Edge, Mozilla
Firefox e Google Chrome. Lembrando, aluno(a), que
6) No Brasil, qual o tempo limite determinado para existem outros navegadores no mercado, como o Op-
um software estar em domínio público? era, o Safari, etc. Peço para que tenha esses quatro
navegadores instalados em seu computador, pois a
A) Tempo de vida + 70 anos. prática será essencial para os seus estudos.
B) Tempo de vida + 60 anos.
C) Tempo de vida. MS INTERNET EXPLORER
D) 50 anos após a criação.
E) No Brasil não existe tempo determinado. Parte da linha de sistemas
operacionais Microsoft Win-
dows, iniciado em 1995. Ele
7) Julgue e confirme a seqüência: foi lançado para o Windows
95. O Internet Explorer foi um
( ) O BrOffice não é compatível com o Microsoft Office dos navegadores web mais
e não está disponível para diferentes plataformas. usados do mundo. Sua fatia
( ) Uma das vantagens do uso de software livre nos de uso foi diminuindo com o
governos é a possibilidade de soluções próprias e a lançamento do Firefox (2004)
diminuição de custos sobre as licenças de software e do Google Chrome (2008). É um navegador propri-
proprietário. etário e gratuito.
INFORMÁTICA
36

MS – EDGE MOZILLA FIREFOX

Lançado em janeiro de 2020 É um navegador livre e mul-


pela Microsoft. Principal tiplataforma desenvolvido
novidade é a utilização do pela Mozilla Foundation
motor Blink, o mesmo que (em português: Fundação
o do Chrome. Blink é um Mozilla) com ajuda de cen-
motor de navegadores web, tenas de colaboradores.
desenvolvido pela Google A intenção da fundação é
como parte do projeto Chro- desenvolver um navegador
mium. O Edge, atualmente, é leve, seguro, intuitivo e al-
o navegador padrão do Windows 10. tamente extensível. É um navegador livre e gratuito.

O novo navegador do Windows 10 veio para substituir GOOGLE CHROME


o Internet Explorer como o browser-padrão do siste-
ma operacional da Microsoft . O programa tem como É um navegador de in-
características a leveza, a rapidez e o layout baseado ternet desenvolvido pela
em padrões da web, além da remoção de suporte a companhia Google, com vi-
tecnologias antigas, como o ActiveX e o Browser Help- sual minimalista, sendo gra-
er Objects. tuito e proprietário (licença
Freeware – sob os termos
Dos destaques, podemos mencionar a integração com de serviços do Google
serviços da Microsoft , como a assistente de voz Corta- Chrome). Por utilizar soft-
na e o serviço de armazenamento na nuvem OneDrive, ware livre para construir e
além do suporte a ferramentas de anotação e modo manter o Chrome, o Google
de leitura. também contribui com os projetos opensource.

dica: O Internet Explorer 11, ainda vem como acessório CHROME X CHROMIUM
do Windows 10. Devendo ser descontinuado nas próxi-
mas atualizações. Para que possa proteger a
marca “Chrome”, ao mes-
SAFARI mo tempo em que de-
volve benefícios para a
comunidade de software
É o navegador da Apple e já livre, o Google oferece o
vem instalado no iMac. Ele Chromium, que nada mais
também é utilizado no iPad, é que uma versão do Chrome com código aberto.
iPhone, entre outros. Apesar
de ser desenvolvido para os TELA DO BROWSER – PRINCIPAIS COMPONENTES
equipamentos da Apple ele ABAS (NOVA:Ctrl+T)
tem versão para Windows.

Barra de Endereço al-


Consome menos energia. Integrado com o iCloud, fa- t+d ctrl+e

cilitando sua navegação entre todos os seus disposi-


tivos. Tem tecnologia anti rastreamento para impedir
anunciantes ou hacker de monitorar seu comporta-
mento online. Área de Exibição
INFORMÁTICA
37

ATALHOS COMUNS AOS NAVEGADORES Com este serviço você elimina seus custos com in-
CHROME, INTERNET EXPLORES/ EDGE E fraestrutura de armazenamento físico de dados. Além
disso, você pode acessar seus documentos em qual-
FIREFOX: quer lugar ou dispositivo (todos sincronizados).

CTRL + T – nova aba Estes provedores de armazenamento cobram um valor


CTRL + N – nova janela proporcional ao tamanho de sua necessidade, man-
CTRL+ H – histórico tendo seus dados seguros.
CTRL + J – downloads
CTRL + W – Fecha abas e depois janela Você pode acessar seus dados na nuvem através de
CRTL + D – Adiciona a página atual aos favoritos protocolos como o SOAP (Simple Object Access Pro-
CTRL + E – Foco na barra de pesquisas tocol), protocolo destinado à circulação de informa-
CTRL+ A – Selecionar TUDO ções estruturadas entre plataformas distribuídas e
CTRL + F – Localizar descentralizadas ou usando uma API (Application Pro-
CTRL + O – Abrir arquivo gramming Interface, traduzindo, Interface de Progra-
mação de Aplicações) que integra os sistemas que tem
linguagens diferentes de maneira rápida e segura.
12. A R M A Z E N A M E N T O Os benefícios do armazenamento na nuvem são:
DE DADOS NA NUVEM Diminuição do custo de hardware para armazenamen-
(CLOUD STORAGE) to e você só paga o que realmente necessita e ainda é
fácil e rápido aumentar o espaço caso necessite.
O que é armazenamento de dados na nu-
vem Cloud Storage? Tipos de armazenamento em nuvem

Nuvem pública: Basicamente quem usa é o usuário


comum, ou seja, as pessoas físicas que não necessitam
de muito espaço de armazenamento, por isso, é ofe-
recido um pequeno espaço gratuitamente, mas caso
eles precisem de mais espaço de armazenamento es-
tas empresas tem planos para expansão deste espaço.
É bom também para quem quer testar o serviço de
cloud storage e que normalmente não precisam de
desempenho ou mesmo muita segurança para seus
dados. 

Nuvem Comunitária: São pessoas ou organizações


que tem objetivos comum acabam utilizando este
Cloud Storage  é um termo em inglês que significa serviço para dividir os custos de uso e manutenção.
“armazenamento em nuvem” e se refere ao espa- Elas podem estar dentro das empresas ou em outra
ço online disponibilizado por um provedor de recur- empresa terceirizada. 
sos de cloud computing para você armazenar da-
dos pessoais e empresariais. Nuvem Privada: É uma nuvem para uma empresa
específica, onde todos os equipamentos (hardware) de
O armazenamento de dados data center (storage) e servidores ficam na empresa
na nuvem é quando você guar- que possui total controle da implementação das apli-
da suas informações na internet cações na nuvem. 
através de um provedor de servi-
ços na nuvem que gerencia o ar-
mazenamento dos dados.
INFORMÁTICA
38

Nuvem híbrida: Seria a mistura de todas as outras 2. Dropbox


nuvens, aproveitando o que tem de melhor delas.
Normalmente as informações consideradas mais Um dos melhores serviços, o Dropbox oferece apenas
importantes ficam na nuvem privada e as que não são 2 GB de espaço gratuito. No entanto, por meio de
tão relevantes eles colocam na pública ou comunitária. indicações ou parcerias, você pode expandir esse
espaço para até 18 GB sem limite de tempo. Se
Modelos de serviços você quiser expandir esse espaço deverá realizar o
pagamento que pode ser mensal ou anual.
• Software como Serviço (SaaS - Software as a Ser-
vice) - A capacidade fornecida ao consumidor 3. OneDrive
destina-se à utilização dos aplicativos do prove-
dor rodando em uma infraestrutura de nuvem. As O  OneDrive, da Microsoft, é o serviço de armazena-
aplicações são acessíveis a partir de diversos dis- mento que vem junto com o Office 365 e oferece 5 GB
positivos clientes, quer através de uma interface de espaço gratuito. Se você assina o Office 365, ganha
“leve” (thin), como um navegador web (por exem- 1 TB de armazenamento. Porém, Se você quiser expan-
plo, webmail), ou uma interface de programa. dir esse espaço deverá realizar o pagamento que pode
ser mensal ou anual.
• Plataforma como Serviço (PaaS - Platform as a
Service) - A capacidade fornecida ao consumidor 4. Mega
destina-se à infraestrutura criada ou comprada
pelo consumidor para a nuvem, criada usando lin- O Mega é o serviço de armazenamento em nuvem do
guagens de programação, bibliotecas, serviços e Kim Dotcom, criador do falecido Megaupload. Ele é
ferramentas suportadas pelo provedor. um dos serviços que oferece mais espaço grátis – 50
GB – e tem a privacidade como um dos principais atra-
• Infraestrutura como serviço (IaaS - Infrastructure tivos, já que os dados dos arquivos são criptografados
as a Service) - A capacidade fornecida ao consum- antes de serem enviados aos servidores.
idor destina-se ao provisionamento de processa-
mento, armazenamento, redes e outros recursos 5. iCloud Drive
de computação fundamentais onde o consumidor
é capaz de implementar e executar softwares ar- O  iCloud Drive, serviço de armazenamento online
bitrários, que podem incluir sistemas operacionais da  Apple, funciona apenas com produtos da marca.
e aplicativos. Ainda assim, ele é bem eficiente para quem quer se
manter integrado no ecossistema dos iDevices. O es-
Os melhores serviços de armazenamento em nuvem paço gratuito tem apenas 5 GB, se você quiser expan-
dir esse espaço deverá realizar o pagamento que pode
Está em dúvida sobre o melhor serviço de armazena- ser mensal ou anual.
mento em nuvem? Conheça as principais opções dis-
poníveis. 6. Box

1. Google Drive Bem tradicional e presente no mercado de armazena-


mento em nuvem há um tempo, o Box pode interes-
Mais popular, o Google Drive está ligado à sua conta sante para quem busca espaço. Ele oferece 10 GB no
do Google (a mesma do Gmail e YouTube), e oferece plano grátis e você pode expandir o armazenamento
15 GB de espaço gratuito, que é compartilhado entre o para 100 GB se você quiser expandir esse espaço deve-
Google Fotos e o próprio Gmail. Porém, se você quiser rá realizar o pagamento que pode ser mensal ou anual.
expandir esse espaço deverá realizar o pagamento que
pode ser mensal ou anual.
INFORMÁTICA
39

13. SISTEMA DE SUPORTE • Projeções de receita e/ou de vendas.

À DECISÃO (DSS) Assim, o líder terá insumos para reduzir o esforço


necessário para tomar decisões de qualidade, ava-
liando a importância das vantagens e desvantagens
Sistema de Suporte à Decisão (DSS) serve para de cada opção que ele pode escolher.
analisar e agrupar dados de diversas fontes den-
tro de uma corporação ou instituição para que Sistema de Suporte à Decisão: conceito
gerentes/administradores consigam resolver pro-
blemas específicos das empresas. O conceito de DSS começou a surgir na década de
1970, quando empresas desenvolveram Sistemas de
No mundo atual e digital exige tomadas de decisões Informações (SI) para ajudar um usuário a discutir
rápidas em diferentes níveis de uma empresa. É nessa e decidir problemas a partir de modelos analíticos e
hora que investir em um Sistema de Suporte à De- dados. Naquele momento, a aplicação não era para
cisão (DSS, sigla em inglês para Decision Support resolver questões.
System) pode fazer diferença para o seu negócio.
Já na década de 1980, as empresas passaram a ter a
As principais características dos SAD são: · Possibi- necessidade de tomar decisões baseadas em dados.
lidade de desenvolvimento rápido, com a participa- Então, elas deixaram de usar SI de forma individual e
ção ativa do usuário em todo o processo; · Facilidade estenderam essas aplicações para todas as áreas de
para incorporar novas ferramentas de apoio à deci- organizações.
são, novos aplicativos e novas informações.
Essa evolução se transformou no Sistema de Su-
Em um resumo, DSS  é um subconjunto de Busi- porte à Decisão: são sistemas de computador que
ness Intelligence (BI) e ajuda a sua organização a combinam dados e modelos analíticos sofisticados
tomar decisões de negócios baseadas em um grande para apoiar a tomada de decisão. Essas aplicações
volume de dados. Esse sistema pode ser usado no possuem interface amigável e estão sob o controle
gerenciamento, nas operações e no planejamento de do gestor da área.
uma empresa.
DSS x BI
Apesar de serem semelhantes, DSS não é o mesmo
que BI (vamos detalhar em um tópico mais abaixo), Como comentamos no início deste tex-
uma vez que um Sistema de Suporte à Decisão vai to,  DSS e BI não são a mesma coisa. Business In-
ser desenvolvido apenas para resolver um problema telligence utiliza aplicativos, serviços e tecnologias
específico. Alguns exemplos são: para coletar, armazenar, analisar e acessar dados,
dando insumos para o líder tomar uma decisão es-
• Uma instituição financeira pode verificar a qual tratégica.
crédito um cliente ainda tem direito, se ele soli-
citar mais. No entanto, a arquitetura de uma solução de BI não
• Uma empresa de engenharia pode saber se os é estável e provedores podem desenvolver uma fer-
custos de um projeto o tornam competitivo. ramenta baseada em funcionalidades específicas e
• Uma unidade de saúde pode avaliar riscos de expandi-las de acordo com as necessidades do clien-
doenças e elaborar laudos de pacientes. te.

Tudo isso é possível, porque o DSS vai combinar da- Independentemente da demanda, aplicações
dos específicos de fontes diversas: de BI vão oferecer a habilidade de evoluir os dados
em melhores relacionamentos com os clientes, no-
• Dados brutos. vas oportunidades de negócios e antecipação de de-
• Documentos. mandas e dores dos consumidores.
• Conhecimento de líderes/Modelos de negócios.
• Armazém de dados.
• Prontuários eletrônicos de saúde.
INFORMÁTICA
40

Enquanto isso, uma solução DSS  vai resolver — ou temas geralmente incluem a capacidade de mo-
fornecer opções para resolver — um determinado nitorar o tráfego em tempo real para evitar con-
problema. O processo de decisão é estruturado de gestionamentos.
maneira hierárquica. O gestor insere vários parâme- • Agricultura:  DSS  pode ser usado na colheita
tros e o DSS avalia essencialmente o impacto relativo para ajudar agricultores a determinar o melhor
de seguir um caminho ao invés de outro. momento para plantar, fertilizar e colher as plan-
tações. Um exemplo é a Bayer, que criou “fábri-
Quais são os modelos de um Sistema de cas virtuais” para executar análises “o que-se”
Suporte à Decisão? nas fábricas de milho.
• Saúde: os sistemas podem ajudar no diagnósti-
Os Sistemas de Suporte à Decisão vão usar diver- co de pacientes. A Penn Medicine, por exemplo,
sos dados (atuais ou antigos) extraídos de fontes criou um DSS clínico que ajuda a tirar os pacien-
internas e externas e armazenados especificamente tes da UTI dos ventiladores mais rapidamente.
para uso de uma ferramenta DSS. Soluções do tipo • Gestão: painéis de ERP podem ser embarcados
são baseadas em diversos modelos, como: com um sistema DSS para ajudar no monitora-
mento de desempenho dos colaboradores. As-
• Modelos estáticos: quando usados para estabe- sim, os gerentes podem identificar quais funcio-
lecer relacionamentos. Por exemplo, vender de- nários precisam de uma ajuda extra.
terminado produto a partir de uma idade, renda
ou outro dado do consumidor. Tome as melhores decisões com DSS
• Modelos de otimização: ajuda a determinar
quando alocar recursos para variáveis especí- Se sua empresa precisa resolver problemas específi-
ficas. Por exemplo, definir quando um estoque cos, talvez investir em um Sistema de Suporte à De-
deverá ser reposto para evitar indisponibilidade cisão seja uma etapa importante nessa estratégia de
de um item. inteligência de negócios. Com treinamento e envol-
• Modelos de previsão: plataforma será alimen- vimento dos gestores, será possível garantir tomadas
tada com dados históricos para, por exemplo, de decisão mais assertivas.
prever vendas e até mesmo o que a concorrência
pode fazer no futuro. Além disso, um DSS pode ser apoiado por outras
• Modelos de análise de sensibilidade: vão res- tecnologias, como Inteligência Artificial, levando
ponder perguntas do tipo “o que-se” para deter- mais insights para resolver o que for necessário e
minar as consequências ao alterar alguma deci- preparando o seu negócio para o próximo nível: no
são. Por exemplo, “o que pode acontecer se eu caso, o Business Intelligence.
elevar o preço de produto X em 5%?”.
O que é Business Intelligence (BI)?
Casos de uso do DSS
Uma área importante que analisa dados de forma es-
O  DSS  precisa focar em identificar um problema e tratégica e coerente, facilitando os planos de gestão de
dar ao gestor um conjunto de possibilidades úteis negócios e direcionamento de ações de marketing.
para auxiliar na tomada de decisão. Por isso, a inter-
face da ferramenta precisa ser intuitiva, porque esse O BI nasceu devido a grande quantidade de informa-
profissional não vai ter tempo para aprender a mexer ções/dados vem crescendo a cada dia e essa produção
na plataforma. só cresceu: seja por causa das redes sociais, serviços
em nuvem ou novas tecnologias. Com um número gi-
Isso possibilita que o Sistema de Suporte à Deci- gantesco de informações, a demanda por profissionais
são  seja usado em qualquer indústria. Abaixo, você e ferramentas que consigam decodificar dados tam-
confere alguns casos de uso, levantados pelo site bém aumentou exponencialmente. Para compreender
CIO.com. este universo, o Business Intelligence nasceu.

• Mobilidade: uma solução pode analisar as op-


ções disponíveis para auxiliar no planejamento
das melhores rotas entre dois pontos. Esses sis-
INFORMÁTICA
41

O que mudou? Decisões nos negócios eram tomadas do mercado.


a partir da visão ou inteligência dos líderes corporati-
vos, porém, a margem de erros eram alta. O processo “Utilizar somente os dados oriundos dos sistemas tran-
de tomada de decisão pode ser prejudicado pela falta sacionais ou de planilhas é um erro”, comenta Fernan-
de dados e por não sabermos como interpretar os in- do Zaidan. As organizações necessitam de tecnologias
dicadores gerados por sistemas de informação tran- que possibilitam o compartilhamento de quantidades
sacionais. enormes de informação sem restrições ou limites geo-
gráficos ou temporais.
Para melhorar o processo dentro de uma organiza-
ção, os dados viraram peça-chave para entender as Quando o BI surgiu?
necessidades de uma empresa e seu público-alvo. Só
o Business Intelligence pode transformar números em Os bancos de dados surgiram nos anos 70 com os
estratégias. Quer entender como? propósitos de armazenar informações. O intuito era
realizar operações transacionais tanto em tempo real,
O que é Business Intelligence? quanto em um intervalo de tempo e até utilizar os nú-
meros para executar processos analíticos.
É um processo de suporte onde os gestores analisam
os dados para ajudar nas tomadas de decisões de ne- Já nos anos 80, com o nascimento dos Sistemas Ge-
gócio, realizam a análise estruturada das informações renciadores de Banco de Dados (SGBD) para facilitar a
coletadas referente fontes diversas, quer seja entrada, computação de dados, o termo Business Intelligence
processamento ou saída de dados. Importante ressal- surgiu e os sistemas gerenciadores de banco de dados
tar que o termo também se refere à inteligência de (SGBD) apareceram.
negócio e tem como princípio a coleta dos dados, or-
ganização, análise, tomada de decisão e monitoração Para que serve o Business Intelligence?
dos resultados. Esses dados podem ajudar na tomada
de decisão das empresas e precisam ser processados Observar dados de forma analítica é  essencial para
para serem entendíveis. Com a ajuda de ferramentas uma empresa que quer ter visões assertivas de seu ne-
especiais, a decodificação dessa avalanche de conteú- gócio. O profissional de Business Intelligence, portan-
do pode ser útil e gerar projetos certeiros, pontuais e to, pode servir para qualquer empresa, em qualquer
rentáveis. área, tornando-se um grande aliado na hora de solu-
cionar problemas. Isso porque pode auxiliar na gestão
Na maioria, o processo de tomada de decisão é pre- de informações, otimizar processos, identificar opor-
judicado pela falta de dados e pela demora na in- tunidades, prevenir riscos e reconhecer o mercado.
terpretação dos indicadores gerados pelos sistemas Além disso, ele é capaz de ajudar a minimizar perdas
de informação transacionais. Por isso, é indiscutível em um negócio, diminuir gastos e o mais importante:
a importância da disponibilidade das informações aumentar lucros.
apropriadas durante esse percurso por meio de um
conjunto de ferramentas que viabilizem escolhas mais O que são todos esses dados?
assertivas. Sem isso, o administrador decidirá às cegas.
O fornecimento de dados é comum e recorrente para
Porque o BI é tão importante? todos que usam internet. Em cada site ou aplicativo,
há sistemas que coletam e processam todos os da-
O BI deve proporcionar a análise de informações e dos do usuário, como o seu perfil, de onde ele é, qual
fornecer a capacidade de realizar as análises asserti- dispositivo usa, qual é a sua idade, entre outras infor-
vas, tornando o processo de tomada de decisão mais mações.
eficiente.
Por exemplo, quando entramos em um site pesquisa-
A informação e o conhecimento são os pilares das em- mos um produto e deixamos a plataforma, todo esse
presas. Refletem a constatação de que a gestão efi- processo foi salvo em um banco de dados e pode ser
ciente do conhecimento organizacional é fundamental analisado por um BI.
para que as pessoas possam trabalhar num ritmo mais
acelerado para que possam acompanhar a velocidade
INFORMÁTICA
42

Com essa informação, o BI é capaz de analisar esses Cada rede como Facebook, Twitter e Instagram, pos-
pontos e organizá-los para  produzir relatórios e ex- sui a área Analytics, onde os dados das pessoas ficam
plicar como leitores e visitantes estão consumindo seu guardados e são gerados a cada postagem. Muitos
produto. Isso faz com que as empresas entendam o usam sistemas Analytics de alguns sites, como as re-
que cada pessoa está procurando e consiga desenvol- des sociais, para analisar qualquer interação de usuá-
ver saídas para atingi-los de forma eficaz. rios com postagens da sua marca que podem servir
para ajudar a entender o seu consumidor. Além disso,
Para e-commerces isso pode significar que, por meio os comentários e compartilhamentos também serão
de uma análise de comportamento, uma loja poderá interessantes para a análise.
estruturar melhor sua estratégia de acordo com o que
o seu cliente busca e, consequentemente, vender mais. Interações com o site próprio do negócio também são
importantíssimas. É possível saber em que páginas o
O que o BI Resolve? usuário foi, por quanto tempo permaneceu em cada
uma delas, taxa de rejeição, o que acrescentou ao
O Business Intelligence serve para auxiliar a tomada de carrinho, o que tirou, o que olhou. Todas essas ações
decisão de forma assertiva. Tendo isso em vista, o BI podem ser úteis e servir para que o profissional de BI
permite o acesso interativo aos dados e informações entenda o que os clientes estão sentindo sobre a sua
por pessoas capacitadas a analisá-los e compreendê- organização. Quem decide quais números são mais
-los. valiosos são os times de marketing – trabalhando jun-
to com a inteligência de dados, eles conseguem deter-
Com a ajuda de softwares, ferramentas e programas, minar quais são as informações mais preciosas e mais
o profissional dessa área atua basicamente em quatro esclarecedoras sobre seus clientes.
pilares:
Os analistas de BI também podem usar planilhas para
• Coleta de dados: ação de filtrar números de rele- a entrada de dados. Neste caso, será necessário or-
vância para a empresa ganizar e estruturar os dados de forma a garantir sua
• Organização: ação de organizar e agrupar as in- consistência e significado para serem posteriormente
formações agregando valor e sentido às mesmas analisados e compreendidos.
• Análise: análise e identificação de elementos que
suportem a decisão O caminho até o Dashboard  
• Ação: a tomada de decisão
O processo de BI baseia-se na transformação de da-
Depois disso, ainda é preciso fazer o monitoramento, dos em informação, posteriormente em decisões e
que é acompanhar os resultados. As métricas e indica- finalmente em ações. Outra característica importante
dores de desempenho são algumas das informações é que o BI utiliza um banco de dados analítico (Data
mais observadas pelos profissionais da área, especial- Warehouse –  DW) que armazena o acúmulo de da-
mente quando o objetivo da empresa é vender. Dados dos históricos, dados organizacionais de muitos anos.
como esses são essenciais para qualquer pessoa de O conjunto de dados de uma empresa é mantido de
uma organização, já que assim pode-se compreender duas formas: pelos sistemas transacionais e pelo Data
quais acertos e erros estão ocorrendo. Além disso, Warehouse (DW). Nos sistemas transacionais, os usuá-
identificar oportunidades será mais fácil, assim como rios executam tarefas de rotina da empresa e geral-
enxergar erros e riscos. mente os registros são acessados de forma pontual.

Como o BI consegue da- Já nos sistemas com DW, são estudados os direciona-
dos? mentos estratégicos que a empresa toma e são ana-
lisados, além de outras coisas, as ameaças ou opor-
O BI pode coletar dados de quais- tunidades escondidas. O DW é um dos componentes
quer fontes incluindo  o site do de um sistema de BI, os outros são: ETL (extração,
negócio, as redes sociais ou os transformação e carga dos dados); Cubos (estruturas
aplicativos. analíticas);  Relatórios e Dashboards (painéis de vi-
sualização).
INFORMÁTICA
43

A modelagem dimensional, característica do BI, é a escolhe e filtra os dados, garantindo eficácia e respos-
técnica utilizada para se ter uma visão multidimen- tas melhores.
sional dos dados e não uma visão simplista, como na
modelagem transacional. Onde o Business Intelligence é aplicável?

Antes de uma análise propriamente dita, precisamos BI é um conceito voltado ao atendimento de pessoas
modelar os DW, para que eles façam sentido e supram que ocupam posições estratégicas dentro das organi-
as necessidades da empresa. Tendo em mente que o zações e que possuem poder de decisão e influência
Data Warehouse é um banco de dados específico para sobre os rumos da empresa. Todas as áreas organiza-
o uso do BI, ele tem características que se diferem dos cionais podem almejar o BI, sem exceção.
bancos de dados transacionais, contendo elementos
como tabelas especiais. Os dados disponíveis do BI poderão ser acessados pe-
los gerentes, analistas e usuários finais, possibilitando
Após essa modelagem que variam para cada negó- a realização de várias tarefas, tais como o processa-
cio, o processo de ETL começa. Durante ele, os da- mento analítico online (OLAP).
dos são extraídos dos DW, transformados, para que
sejam inteligíveis para todos e carregados em painéis, Quanto tempo dura um projeto de Busi-
conhecidos como dashboards. Os dashboards podem ness Intelligence
conter gráficos, indicadores, tabelas e o que mais fizer
sentido, para oferecer suporte para a gestão de negó- Nenhum projeto de BI será curto. Normalmente, eles
cios, segundo Zaidan. “O profissional de Business Inte- duram anos. Antes de começar, a empresa precisa ter
lligence traz uma visão mais estratégica às empresas, os dados dos sistemas transacionais, para assim co-
saindo do operacional. Assim, a área de TI deixa de ser meçar a organizá-los e só depois disso, os dados serão
uma apagadora de incêndio”, explica decodificados para os dashboards.

Softwares mais usados É importante ressaltar que um projeto não ter-


mina após o desenvolvimento, já que pre-
Essa área precisa de  infraestrutura de apoio para fun- cisa receber manutenções constantemente.
cionar adequadamente. Além de um profissional de BI,
deve-se buscar  softwares de apoio à análise de dados O que a área de BI não resolve?
na empresa.
É difícil falar em limitações de tecnologias com os rá-
1. Tableau:  com uma interface simples, o programa pidos avanços que estão acontecendo dentro da área.
ajuda a organizar dados, analisá-los e apresentá- Mas é preciso ter cuidado com o gigantismo dos pro-
-los. Nele, também é possível responder pergun- jetos de BI.
tas rapidamente, além de contar com recursos que
ajudam a prever resultados. As empresas devem obter os indicadores estratégicos
2. Power BI: da Microsoft, ele está em primeiro lugar e essenciais para o negócio e estes serão utilizados
na votação dos usuários segundo Gartner – site de nos projetos de BI. É um erro achar que o BI resolverá
consulta da tecnologia da informação. O aplicati- todos os problemas das organizações.
vo consegue se conectar com dezenas de fontes
de dados, além de ajudar na visualização, graças Como posso aplicar essa inteligência em
aos seus dashboards. meu negócio?
3. Google Data Studio: A ferramenta gratuita do
Google conecta-se a outras fontes de dados, Para ter uma área de BI funcionando, é de extrema
como o Google Sheets, o Trends e o AdWords, importância ter uma equipe de Tecnologia da Infor-
facilitando a alimentação do Data Warehouse e mação bem estruturada, com visão estratégica de ne-
criando dashboards interativos e personalizados. gócios e que possa agir de forma mais interessante
quando alinhada com o restante da organização.
Apesar dos processos serem automatizados por essas
ferramentas, para ter 100% de aproveitamento, elas
devem ser associadas a expertise do profissional que
INFORMÁTICA
44

Ter um sistema integrado de gestão  significa que Por isso, o Business Intelligence pode ajudar muito o
os profissionais da tecnologia conhecerão o ERP da seu negócio, mas vale lembrar que é preciso contar
empresa e poderão buscar melhorias nos processos com softwares e a expertise de um profissional. Os
(BPM). Outro ponto importante para a área é focar analistas da área garantem que as informações sirvam
em estrutura e segurança. Empresas que têm ambien- para geração de indicadores em tempo real. Assim, as
te tecnológico confiável funcionam melhor. Entenda tomadas de decisão são rápidas e certeiras, trazendo
quais são as necessidades da sua empresa, dê autono- resultados impressionantes para o negócio.
mia para seus funcionários terem ideias de progresso
com você e incentive a inovação.

Business Intelligence x Big Data  14. FUNDAMENTO SOBRE


O Business Intelligence está relacionado a dados assim ANÁLISE DE DADOS
como o Big Data e isso pode trazer dúvidas. Enquanto
o BI lê informações atuais, que estão ocorrendo em
tempo real e em volume menor, Big Data analisa um BANCO DE DADOS
leque mais amplo de informações.
Um banco de dados é simplesmente um conjunto de
Seus conceitos, aliás, são diferentes: Volume, Velocida- dados. Sob esse ponto de vista, uma planilha com uma
de e Variedade são seus maiores lemas. Assim, o Big lista de clientes ou o caderno que o dono do mercadi-
Data lida com quantidades muito maiores de dados, nho da esquina mantém para saber quem está deven-
em uma variedade ainda maior. Suas análises são mais do podem ser tratados como bancos de dados.
amplas e exigem ferramentas variadas, que possam
processar em uma intensidade superior. A gente precisa de uma abordagem mais ampla: para
ser considerado como tal, um banco de dados deve
reunir informações de maneira organizada, consis-
O que é LGPD?
tente, protegida e acessível em tempo hábil. É neste
ponto que entra em cena o conceito de Sistema de
E já que estamos falando em dados, vale lembrar que
Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) ou, para
todas as empresas estão passando pelas adaptações
quem preferir o nome em inglês, Data Base Manage-
necessárias para se adequarem à Lei Geral de Prote-
ment System (DBMS).
ção de Dados. Ela entrará em vigor em 2020 e exige
que as empresas esclareçam quais informações são
Basicamente, um SGBD é uma estrutura de software
coletadas dos usuários e para que finalidades serão
que permite que dados sejam armazenados, organiza-
usados. Todos esses detalhes deverão estar nos ter-
dos, protegidos, atualizados, acrescentados, excluídos
mos e condições de uso de cada plataforma.
e acessados sempre que necessário, devendo corres-
ponder à demanda que a aplicação que o utiliza exige.
A lei também garante que os usuários possam solicitar
Por questões de praticidade, convencionou-se chamar
das empresas um relatório que mostre como e quando
os SGBDs simplesmente de… bancos de dados. E há
seus dados foram usados. A ideia é que o processo
várias opções disponíveis para aplicações de todos os
fique mais transparente e claro para qualquer pessoa.
tamanhos.
Mas não se preocupe, falaremos mais sobre o tema
em outra publicação.
Tipos de bancos de dados
Por que ter um BI na empresa?
Os bancos de dados atendem a praticamente qualquer
tipo de aplicação. É por esse motivo que não existe só
Por mais que a empresa tenha um plano gerencial bem um tipo de banco de dados. O padrão mais conhecido
feito, com o fluxo atual de informações não é possível é chamado de banco de dados relacional.
garantir que uma tomada de decisão sem análise de
dados seja correta, causando possíveis prejuízos – tan-
to financeiros como estruturais –a longo prazo.
INFORMÁTICA
45

Esse tipo é muito utilizado em sistemas de ERP (gestão vai.


de empresas), CRM (relacionamento com o cliente),
controle financeiro e tantas outras aplicações porque Arquiteturas de Banco Dados
os dados são estruturados em tabelas cujas colunas
e linhas se relacionam. Uma loja, por exemplo, pode Atualmente, devem-se considerar alguns aspectos re-
ter uma tabela de clientes, outra para controle de es- levantes para atingir a eficiência e a eficácia dos siste-
toque, uma terceira para fluxo de caixa e assim por mas informatizados desenvolvidos, a fim de atender
diante. seus usuários nos mais variados domínios de aplica-
ção: automação de escritórios, sistemas de apoio a
Via de regra, bancos de dados relacionais são base- decisões, controle de reserva de recursos, controle e
ados na linguagem SQL. Mas a gente também vai e planejamento de produção, alocação e estoque de re-
contrar bancos de dados não relacionais que, como cursos, entre outros. Tais aspectos são:
tal, são frequentemente chamados de no SQL. Eles
possuem estruturas que diferem do SQL e, portanto, 1. Os projetos Lógico e Funcional do Banco de Dados
são direcionados a aplicações que não podem ter os devem ser capazes de prever o volume de infor-
dados completamente organizados em tabelas, como mações armazenadas a curto, médio e longo pra-
serviços que armazenam imagens na web, por exem- zo. Os projetos devem ter uma grande capacidade
plo. de adaptação para os três casos mencionados;

Não pense que termina aí. Há outras soluções no mer- 2. Deve-se ter generalidade e alto grau de abstração
cado, inclusive dotadas de muita tecnologia. É o caso de dados, possibilitando confiabilidade e eficiên-
da Oracle, que lançou, no ano passado, o primeiro cia no armazenamento dos dados e permitindo a
banco de dados autônomo nas nuvens. Essa solução é utilização de diferentes tipos de gerenciadores de
capaz de ajustar, reparar e atualizar o banco de dados dados através de linguagens de consultas padro-
de modo automatizado, dispensando interferência nizadas;
humana.
3. Projeto de uma interface ágil e com uma “rampa
Sensacional, não? ascendente” para propiciar aprendizado suave ao
usuário, no intuito de minimizar o esforço cogni-
Bancos de dados: praticamente onipresentes tivo;

A razão para termos tantos tipos de bancos de da- 4. Implementação de um projeto de interface com-
dos está no fato de que eles armazenam e dão acesso patível com múltiplas plataformas (UNIX, Win-
a uma enorme variedade de informações. Sem eles, dows NT, Windows Workgroup, etc);
quase nada funciona de modo eficiente. Dos sistemas
mais simples aos mais complexos, praticamente todos 5. Independência de Implementação da Interface em
dependem de bancos de dados. relação aos SGBDs que darão condições às ope-
rações de armazenamento de informações (ORA-
Parece até uma constatação óbvia, mas, frequente- CLE, SYSBASE, INFORMIX, PADRÃO XBASE, etc).
mente, não nos damos conta disso. Tem que ser as-
sim mesmo: do ponto de vista do usuário, o banco de 6. Conversão e mapeamento da diferença semânti-
dados em si deve ser invisível no sentido de não se ca entre os paradigmas utilizados no desenvolvi-
distinguir da aplicação que o acessa. mento de interfaces (Imperativo (ou procedural),
Orientado a Objeto, Orientado a evento), servido-
Mas basta pensarmos um pouquinho que vamos per- res de dados (Relacional) e programação dos apli-
ceber que os bancos de dados estão em todos os lu- cativos (Imperativo, Orientado a Objetos).
gares e a gente os acessa constantemente: no caixa
eletrônico do banco, na compra de uma passagem aé-
rea, no serviço de email, em cada ação que realizamos
nas redes sociais, na aquisição de um produto pela in-
ternet, nas centrais telefônicas, ao declarar imposto de
renda, ao baixarmos um aplicativo no celular e por aí
INFORMÁTICA
46

Arquiteturas de Dados Relacionais (SGBDRs) comerciais é a inclusão


da
As primeiras arquiteturas usavam mainframes para funcionalidade de um SGBD centralizado no lado do
executar o processamento principal e de todas as fun- servidor. As consultas e a funcionalidade transacional
ções do sistema, incluindo os programas aplicativos, permanecem no servidor, sendo que este é chamado
programas de interface com o usuário, bem como a de servidor de consulta ou servidor de transação. É
funcionalidade dos SGBDs. Esta é a razão pela qual assim que um servidor SQL é fornecido aos clientes.
a maioria dos usuários fazia acesso aos sistemas via Cada cliente tem que formular suas consultas SQL,
terminais que não possuíam poder de processamento, prover a interface do usuário e as funções de interfa-
apenas a capacidade de visualização. Todos os proces- ce usando uma linguagem de programação. O cliente
samentos eram feitos remotamente, apenas as infor- pode também se referir a um dicionário de dados o
mações a serem visualizadas e os controles eram en- qual inclui informações sobre a distribuição dos da-
viados do mainframe para os terminais de visualização, dos em vários servidores SQL, bem como os módulos
conectados a ele por redes de comunicação. Como os para a decomposição de uma consulta global em um
preços do hardware foram decrescendo, muitos usuá- número de consultas locais que podem ser executa-
rios trocaram seus terminais por computadores pesso- das em vários sítios. Comumente o servidor SQL tam-
ais (PC) e estações de trabalho. No começo os SGBDs bém é chamado de back-end machine e o cliente de
usavam esses computadores da mesma maneira que front-end machine. Como SQL provê uma linguagem
usavam os terminais, ou seja, o SGBD era centraliza- padrão para o SGBDRs, esta criou o ponto de divisão
do e toda sua funcionalidade, execução de programas lógica entre o cliente e o servidor.
aplicativos e processamento da interface do usuário
eram executados em apenas uma máquina. Gradual- Atualmente, existem várias tendências para arquitetu-
mente, os SGBDs começaram a explorar a disponibili- ra de Banco de Dados, nas mais diversas direções.
dade do poder de processamento no lado do usuário, Resumo das arquiteturas de SGBDs
o que levou à arquitetura cliente-servidor.
Plataformas centralizadas: Na arquitetura centrali-
A arquitetura cliente-servidor foi desenvolvida para zada, existe um computador com grande capacidade
dividir ambientes de computação onde um grande de processamento, o qual é o hospedeiro do SGBD
número de PCs, estações de trabalho, servidores de e emuladores para os vários aplicativos. Esta arquite-
arquivos, impressoras, servidores de banco de dados e tura tem como principal vantagem a de permitir que
outros equipamentos são conectados juntos por uma muitos usuários manipulem grande volume de dados.
rede. A idéia é definir servidores especializados, tais Sua principal desvantagem está no seu alto custo, pois
como servidor de arquivos, que mantém os arquivos exige ambiente especial para mainframes e soluções
de máquinas clientes, ou servidores de impressão que centralizadas.
podem estar conectados a várias impressoras; assim,
quando se desejar imprimir algo, todas as requisições Sistemas de Computador Pessoal - PC: Os computa-
de impressão são enviadas a este servidor. As máqui- dores pessoais trabalham em sistema stand-alone, ou
nas clientes disponibilizam para o usuário as interfaces seja, fazem seus processamentos sozinhos. No come-
apropriadas para utilizar esses servidores, bem como ço esse processamento era bastante limitado, porém,
poder de processamento para executar aplicações com a evolução do hardware, tem-se hoje PCs com
locais. Esta arquitetura se tornou muito popular por grande capacidade de processamento. Eles utilizam o
algumas razões. Primeiro, a facilidade de implementa- padrão Xbase e quando se trata de SGBDs, funcionam
ção dada à clara separação das funcionalidades e dos como hospedeiros e terminais. Desta maneira, pos-
servidores. Segundo, um servidor é inteligentemente suem um único aplicativo a ser executado na máquina.
utilizado porque as tarefas mais simples são delegadas A principal vantagem desta arquitetura é a simplici-
às máquinas clientes mais baratas. Terceiro, o usuário dade.
pode executar uma interface gráfica que lhe é familiar,
ao invés de usar a interface do servidor. Desta manei- Banco de Dados Cliente-Servidor: Na arquitetura
ra, a arquitetura cliente-servidor foi incorporada aos Cliente-Servidor, o cliente (front_end) executa as tare-
SGBDs comerciais. Diferentes técnicas foram propos- fas do aplicativo, ou seja, fornece a interface do usuá-
tas para se implementar essa arquitetura, sendo que a rio (tela, e processamento de entrada e saída).
mais adotada pelos Sistemas Gerenciadores de Banco
INFORMÁTICA
47

O servidor (back_end) executa as consultas no DBMS e Isto é, o sistema omite certos detalhes de como os dados
retorna os resultados ao cliente. Apesar de ser uma ar- são armazenados e mantidos. Entretanto, para que o sistema
quitetura bastante popular, são necessárias soluções possa ser utilizado, os dados devem ser buscados de forma
sofisticadas de software que possibilitem: o tratamento eficiente. Este conceito tem direcionado o projeto de estru-
de transações, as confirmações de transações (commits), tura de dados complexas para a representação de dados em
desfazer transações (rollbacks), linguagens de consultas um banco de dados. Uma vez que muitos dos usuários de
(stored procedures) e gatilhos (triggers). A principal van- banco de dados não são treinados para computação, a com-
tagem desta arquitetura é a divisão do processamento plexidade está escondida deles através de diversos níveis
entre dois sistemas, o que reduz o tráfego de dados na de abstração que simplificam a interação do usuário com
rede. o sistema.

Banco de Dados Distribuídos (N camadas): Nesta ar- Nível físico: o nível mais baixo de abstração descreve
quitetura, a informação está distribuída em diversos ser- como os dados estão realmente armazenados. No nível
vidores. Como exemplo, observe a abaixo. Cada servidor físico, complexas estruturas de dados de baixo nível são
atua como no sistema cliente-servidor, porém as consul- descritas em detalhes;
tas oriundas dos aplicativos são feitas para qualquer ser-
vidor indistintamente. Caso a informação solicitada seja Nível conceitual: o próximo nível de abstração descre-
mantida por outro servidor ou servidores, o sistema en- ve quais dados estão armazenados de fato no banco de
carrega-se de obter a informação necessária, de maneira dados e as relações que existem entre eles. Aqui o banco
transparente para o aplicativo, que passa a atuar consul- de dados inteiro é descrito em termos de um pequeno
tando a rede, independente de conhecer seus servidores. número de estruturas relativamente simples. Embora as
Exemplos típicos são as bases de dados corporativas, em implementações de estruturas simples no nível conceitu-
que o volume de informação é muito grande e, por isso, al possa envolver complexas estruturas de nível físico, o
deve ser distribuído em diversos servidores. Porém, não usuário do nível conceitual não precisa preocupar-se com
é dependente de aspectos lógicos de carga de acesso isso. O nível conceitual de abstração é usado por admi-
aos dados, ou base de dados fracamente acopladas, em nistradores de banco de dados, que podem decidir quais
que uma informação solicitada vai sendo coletada numa informações devem ser mantidas no BD;
propagação da consulta numa cadeia de servidores. A
característica básica é a existência de diversos programas Nível de visões: o mais alto nível de abstração descre-
aplicativos consultando a rede para acessar os dados ne- ve apenas parte do banco de dados. Apesar do uso de
cessários, porém, sem o conhecimento explícito de quais estruturas mais simples do que no nível conceitual, al-
servidores dispõem desses dados. guma complexidade perdura devido ao grande tamanho
do banco de dados. Muitos usuários do sistema de ban-
co de dados não estarão interessados em todas as in-
formações. Em vez disso precisam de apenas uma parte
do banco de dados. O nível de abstração das visões de
dados é definido para simplificar esta interação com o
sistema, que pode fornecer muitas visões para o mesmo
banco de dados.

Segue ilustração da arquitetura e referente abstração de


dados envolvida.

Abstração de dados

Um SGBD é composto de uma coleção de arquivos inter-re-


lacionados e de um conjunto de programas que permitem
aos usuários fazer o acesso a estes arquivos e modificar os
mesmos. O grande objetivo de um sistema de banco de da-
dos é prover os usuários com uma visão abstrata dos dados.
INFORMÁTICA
48

Uma analogia com o conceito de tipos de dados em Independência lógica de dados: é a habilidade ded
linguagens de programação pode esclarecer a distin- modificar o esquema conceitual sem a necessidade de
ção entre os níveis de abstração. A maioria das lingua- reescrever os programas aplicativos. As modificações
gens de programação de alto nível tem suporte para no nível conceitual são necessárias quando a estrutura
a noção de um tipo de registro. Por exemplo, numa lógica do banco de dados é alterada (por exemplo, a
linguagem como Pascal podemos declarar um registro adição de contas de bolsas de mercado num sistema
assim: bancário).

A independência lógica dos dados é mais difícil de


ser alcançada do que a independência física, porém
os programas são bastante dependentes da estrutura
lógica dos dados que eles acessam.

O conceito de independência dos dados é similar em


muitos aspectos ao conceito de tipos abstratos de da-
Isto define um novo registro chamado cliente com três dos em modernas linguagens de programação. Ambos
campos. Cada campo tem um nome e um tipo asso- escondem detalhes de implementação do usuário. Isto
ciado a ele. Um banco privado pode ter diversos tipos permite ao usuário concentrar-se na estrutura geral
de registros incluindo: em vez de detalhes de baixo nível de implementação.

contas, com campos número e saldo;


funcionário, com campos nome e salário. ANÁLISE DE DADOS
No nível físico, um registro cliente, conta ou funcioná- Estruturação Dos Dados
rio pode ser descrito como um bloco de posições de
armazenamento consecutivas (por exemplo, palavras Está é uma etapa fundamental, sendo responsável por
ou bytes). No nível conceitual, cada registro destes é armazenar e estruturar os dados. Que serão utilizados
descrito por uma definição de tipo, ilustrado anterior- dos para análise, o ideal é que todos os dados estejam
mente e o inter-relacionamento entre esses tipos de guardados em um só local para facilitar o gerencia-
registros é definido. Finalmente, no nível de visões, mento e a extração.
diversas visões do banco de dados são definidas, por
exemplo: os contadores de um banco vêem apenas a
parte do banco de dados que possui informações so- Atenção
bre contas dos clientes. Eles não podem ter acesso a
informações que se referem a salários dos funcioná- Lembre-se, é importantíssimo planejar e ter uma boa
rios. estratégia de estruturação de base de dados para ga-
rantir a segurança e qualidade dos dados.
Independência de dados

Vimos três níveis de abstração pelos quais o banco Visualização de dados


de dados pode ser visto. A habilidade de modificar a
definição ded um esquema em um nível sem afetar a Assim como conversamos no tópico anterior, um con-
definição de esquema num nível mais alto é chamada junto de dados sem análise não significam muita coisa,
de independência de dados. Existem dois níveis de in- uma forma de transformar os dados em informações é
dependência dos dados: por meio dos painéis de visualização. Para isso, pode-
mos usar diversas ferramentas, as que mais gostamos
Independência física de dados: é a habilidade de na UFABC jr. são:
modificar o esquema físico sem a necessidade de re-
escrever os programas aplicativos. As modificações no Power BI: software da Microsoft criado para análise e
nível físico são ocasionalmente necessárias para me- visualização de dados que permite publicar relatórios
lhorar o desempenho; na web.
INFORMÁTICA
49

Tableau: ferramenta de análise e visualização de da- tinta em impressão em braille, conectado ao note-
dos que permite publicar relatórios na web. book via cartão de memória.
c. conectar a impressora pela entrada VGA, liberan-
Python: linguagem de programação extremamente do-se as entradas USB para outros dispositivos
versátil e que permite criar relatórios de forma rápida. d. usar um cabo HDMI Full HD com blindagem, tendo
R: linguagem de programação amplamente utilizada em vista uma melhor qualidade na passagem de
para estatística e visualização de dados, também per- dados e a maior durabilidade do cabo.
mite criar painéis de visualização. e. um cabo de impressora que converta a entrada
USB 2.0 para MiniUSB, pois a impressora braille tem
uma conexão analógica.

4. Acerca de arquitetura de computadores, julgue


QUESTÕES CESPE o próximo item.

A RAM tem como uma de suas características o fato


de ser uma memória não volátil, ou seja, se o for-
CONCEITOS necimento de energia for interrompido, seus dados
permanecem gravados.
1. Acerca dos sistemas de entrada, saída e arma-
zenamento em arquiteturas de computadores, Certo
julgue o item que se segue. Errado

CD-ROM, pendrive e impressora são exemplos de


dispositivos de entrada e saída do tipo bloco. 5. Com relação à instalação de impressoras em
computadores, julgue o item que se segue.
Certo
Errado Existe impressora que pode ser instalada no compu-
tador por meio de conexão sem fio.

2. O formato de arquivo que permite compactar Certo


músicas e sons sem perda de qualidade é con- Errado
hecida como

A.MP3. 6. O dispositivo responsável por armazenar dados,


B.PC. mas que, diferentemente dos sistemas magnéti-
C.DOC. cos, não possui partes móveis e é construído em
D.PDF. torno de um circuito integrado semicondutor é
E. EXE. o(a)

A DVD.
3. Uma escola recebeu uma impressora braille B SSD.
nova. No momento de sua instalação, verifi- C DDS.
cou-se que a escola dispunha de apenas um D HDD.
notebook com as seguintes conexões: duas en- E disquete.
tradas USB 2.0, entrada USB 3.0, uma entrada
HDMI, entrada VGA, uma entrada para cartão
de memória. Para que a impressora funcione 7. Um usuário necessita realizar uma cópia de se-
corretamente com esse notebook, é necessário gurança do disco rígido do computador, cujo
tamanho total é de 4 GB. Para atender a essa
a. conectar a impressora ao computador por meio de demanda de becape, ele deve utilizar um
um cabo USB 2.0 ou um cabo conversor de porta
paralela serial para USB 2.0. A CD-RW virgem.
b. instalar um hardware conversor de impressão em B disquete de alta densidade formatado.
INFORMÁTICA
50

C pendrive que contenha 3.800 MB de espaço livre. Operacional Microsoft Windows 10, instalado
D smartphone com cartão SD que tenha 3.800 MB de espaço em sua configuração padrão?
livre. A. !
E DVD-RW virgem.
B. @
C. #
D. *
8. Memória são dispositivos que permitem um
E. &
computador armazenar dados, temporária ou
permanentemente.
12. Com relação a sistemas operacionais e ferra-
Sobre os tipos de memória de um computador, assi-
mentas de edição de texto e planilhas, julgue o
nale a afirmativa correta.
item a seguir.
A) Disco rígido é um dispositivo de armazenamento
Programas e arquivos que estejam abertos e em uso
volátil.
no ambiente Windows podem ser acessados pelo
B) Pen-drive é uma memória principal.
Painel de controle, que é uma barra horizontal lo-
C) ROM é uma memória secundária.
calizada na parte inferior da tela.
D) RAM é uma memória volátil.
E) Disco ótico utiliza a mesma tecnologia da memória
Certo
cache.
Errado

9. Assinale a opção que indica o dispositivo semel-


13. Acerca de impressoras, afirma-se:
hante a uma impressora que pode ser utilizado
para gerar imagens em folhas de papel de ta-
I- As impressoras são consideradas dispositivos de
manhos grandes.
saída.
II- Nos aplicativos do Office, assim como em outros
A Blu-ray.
aplicativos, a combinação de teclas Alt+P é um ata-
B DVD.
lho para a impressão do documento.
C HDD.
III- A4 é o tamanho de papel comumente encontra-
D Plotter.
do no Brasil. O A4 é maior que o A3.
E Scanner.
Está(ão) correta(s):
10. No contexto de computadores de mesa, o com-
A.Todas as informações estão corretas.
ponente cuja função é armazenar dados e pro-
B.Apenas a afirmação II está correta.
gramas em caráter permanente é conhecido
C.Apenas a afirmação III está correta.
como:
D.Apenas as afirmações I e III estão corretas.
E.Apenas a afirmação I está correta.
A) Fonte;
B) Hard Disk;
C) Memória RAM; 14. Com relação a sistemas operacionais e ferra-
D) Placa-mãe; mentas de edição de texto e planilhas, julgue o
E) Processador. item a seguir.

Programas e arquivos que estejam abertos e em uso


WINDOWS no ambiente Windows podem ser acessados pelo
Painel de controle, que é uma barra horizontal lo-
11. Quando um usuário cria uma Pasta na Área de calizada na parte inferior da tela.
Trabalho (Desktop), ele NÃO poderá utilizar
qual dos seguintes caracteres abaixo no nome Certo
dessa Pasta, por este ser considerado um carac- Errado
tere exclusivo para o funcionamento do Sistema
INFORMÁTICA
51

15. Julgue o item a seguir, a respeito do sistema op- E) Esc.


eracional Windows, da manipulação de arquivos
e pastas e do Microsoft Word 2010.
18. Relacione as teclas de atalho do Windows 10 BR,
No ambiente Windows, as pastas, diferentemente listadas a seguir, às suas respectivas funções as-
dos arquivos, não podem ser recortadas, podendo sociadas.
apenas ser copiadas ou excluídas.
1. Tecla do Windows + E
Certo 2. Tecla do Windows + Ctrl + D
Errado 3. Tecla do Windows + D
4. Tecla do Windows + R

16. Ao utilizar um computador no qual está instala- ( ) Abre o Explorador de Arquivos


do o sistema operacional Windows, um usuário ( ) Cria uma nova área de trabalho virtual
efetuou com o mouse um clique duplo no ícone ( ) Executa um comando
do aplicativo X. Alguns segundos após ter sido ( ) Mostra a área de trabalho
aberto, o aplicativo apresentou a informação de
que não estava respondendo. Assinale a opção que mostra a relação correta, na
  ordem apresentada.
Nessa situação hipotética, para que o aplicativo X
seja encerrado, o usuário deverá A) 1, 2, 4 e 3
  B) 2, 1, 4 e 3
a. A pressionar simultaneamente a tecla do Windows C) 4, 1, 3 e 2
e a tecla , para exibir em segundo plano a lista de D) 3, 1, 2 e 4
programas que estão travando o sistema e, nela, E) 1, 4, 2 e 3
localizar e encerrar o aplicativo X.
b. inicializar o aplicativo Gerenciador de Tarefas, loca-
lizar na janela deste o aplicativo X, clicar sobre ele 19. Julgue o seguinte item, relativo a noções de in-
com o botão da direita e, então, selecionar a opção formática.
Finalizar tarefa.
c. pressionar, no teclado, a tecla para encerrar de for- No ambiente Windows, um arquivo, ao ser deleta-
ma forçada o aplicativo X. do, é enviado para a Lixeira, de onde poderá ser re-
d. efetuar novamente um clique duplo no ícone do cuperado por meio da opção Restaurar.
aplicativo X para abri-lo corretamente, pois esta
ação fechará a janela que não estava respondendo. Certo
e. inicializar outro aplicativo, por meio de clique du- Errado
plo, já que, ao se abrir um novo aplicativo, a janela
de X, que não estava respondendo, será finalizada
automaticamente. 20. Com relação a noções de informática, julgue o
item a seguir.

17. Dentro do Explorador de Arquivos do Windows Os arquivos gerados ou utilizados no Windows 10


10, você selecionou um arquivo qualquer com possuem um nome (livremente criado pelo usuário
o mouse e o arrastou para a pasta Documentos. ou sugerido automaticamente pelo software em
Para que essa ação crie um atalho para o arqui- uso), seguido de uma extensão que identifica esse
vo selecionado dentro da pasta Documentos, software; por exemplo, .doc para arquivo do Micro-
você deve, junto dessa ação de arrastar com o soft Word e .xls para arquivo do Microsoft Excel.
mouse, manter pressionada a tecla:
Certo
A) Shift. Errado
B) Ctrl.
C) Alt.
D) Tab.
INFORMÁTICA
52

21. Sobre arquivos e pastas no sistema operacional Certo


Windows 10, analise as afirmativas a seguir. I. Errado
Arquivos podem ter nomes de até 512 caracte-
res. II. Os caracteres * e ? não podem ser utiliza-
dos para atribuir nomes a arquivos e pastas. III. 25. Acerca da edição de textos, planilhas e apresen-
A opção de renomear o arquivo é apresentada tações no ambiente Microsoft Office 2013, jul-
ao selecionar o nome do arquivo e pressionar F2 gue o item subsequente.
no Explorador de Arquivos.
No Word 2013, as barras de ferramentas, que foram
Está correto o que se afirma em projetadas para ajudar o usuário a encontrar rapi-
damente os comandos necessários para o cumpri-
A) I, apenas. mento de sua tarefa, podem permanecer de forma
B) II, apenas. oculta, dependendo da configuração do aplicativo.
C) III, apenas.
D) II e III, apenas. Certo
E) I, II e III. Errado

WORD 26. Julgue o próximo item, relativo aos aplicativos


para a edição de textos e planilhas do ambiente
22. Com relação a noções de informática, julgue o Microsoft Office 2013.
item a seguir.
No Word 2013, ao se clicar, com o botão esquerdo
Em um documento em edição no processador de do mouse, a seta no botão , localizado na guia
textos Word do ambiente Microsoft Office 2010, Página Inicial, grupo Fonte, serão mostradas opções
um duplo clique sobre uma palavra irá selecioná-la, para sublinhar um texto, tais como sublinhado
e um clique triplo irá selecionar o parágrafo inteiro. duplo e sublinhado tracejado.

Certo Certo
Errado Errado

23. Julgue o item a seguir, a respeito do sistema 27. Na edição de um documento no Microsoft Word
operacional Windows , da manipulação de ar- 2010, é possível realizar o recuo da primeira lin-
quivos e pastas e do Microsoft Word 2010. ha de um parágrafo, afastando-a ou aproximan-
do-a em relação à margem da página, por meio
No Word 2010, por meio do botão Pincel de Forma- do(a)
tação, é possível somente copiar a formatação de
texto selecionado, já que esse botão não copia a for- A ferramenta Barra de rolagem.
matação de estruturas como parágrafos, tabelas etc. B ferramenta Régua.
C comando Sombreamento.
Certo D comando Subscrito.
Errado E ferramenta Zoom.

24. Julgue o próximo item, relativo aos sistemas 28. O MS Word 2010 BR está programado para abrir
operacionais Linux e Windows e ao editor de arquivos gravados sob diferentes formatos.
texto Microsoft Word 2013.
Assinale a extensão que corresponde a um tipo de
No Word 2013, para se inserir uma página em bran- arquivo que não pode ser aberto nessa versão.
co no final do documento em edição, é suficiente
clicar o botão Página em Branco, localizado na guia A) .CSV
Inserir do grupo Páginas. B) .HTM
INFORMÁTICA
53

C) .PDF EXCEL
D) .RTF
E) .TXT 31. No Excel, a fórmula =(B2+C2+D2+E2)/4

a. permite o cálculo da média entre os valores conti-


29. No MS Word 2010, Alice digitou o seguinte dos nas células B2, C2, D2 e E2.
texto: b. permite o cálculo da soma dos valores entre as
células B2 até E2.
“Meu avô perdeu o calçado no avião.” Quando Alice c. não é válida, pois o Excel não permite fórmulas com
olhou para a tela, viu o seguinte texto: “Meu Avö parênteses.
perdeu o calãdo no avi}ao.” , conforme ilustrado na d. permite o cálculo da divisão do valor de cada célula
figura a seguir. por 4, individualmente.
e. E permite multiplicar o valor em cada célula pela
soma dos valores nas 4 células

32. Com relação a sistemas operacionais e ferra-


mentas de edição de texto e planilhas, julgue o
item a seguir.

No Excel, para uma fórmula que tenha vários op-


eradores, as operações serão realizadas na seguinte
  ordem: adição ou subtração (+ ou –); multiplicação
ou divisão (* ou /); exponenciação (^); porcentagem
Alice percebeu que precisava ajustar as configura- (%).
ções do seu Windows 7 para que os caracteres do
seu teclado correspondessem aos que aparecem na Certo
tela. Errado

Para fazer essa configuração, no Painel de Controle,


Alice deve acessar a opção: 33. Acerca do sistema operacional Linux, do geren-
ciador de arquivos Windows Explorer e do Mi-
A Teclado; crosoft Excel 2010, julgue o item subsequente.
B Região e idioma;
C Sistema; A menos que o texto esteja entre aspas, o Microsoft
D Gerenciador de dispositivos; Excel 2010 não diferencia letras minúsculas e maiús-
E Ferramentas administrativas. culas; assim, as fórmulas =soma(c5:c10) e =SOMA(-
C5:C10) produzirão o mesmo resultado.

30. A respeito de sistemas operacionais e de apli- Certo


cativos de edição de textos e planilhas, julgue o Errado
item a seguir.

No Word, as macros são construídas com o uso da 34. Com relação a sistemas operacionais e ferra-
linguagem de programação VBO (Visual Basic for mentas de edição de texto e planilhas, julgue o
Office). item a seguir.

Certo No Excel, o uso de referências absolutas com auxílio


Errado do sinal $ (cifrão) garante que uma fórmula não seja
alterada quando for copiada.

Certo
Errado
INFORMÁTICA
54

35. Considere uma planilha MS Excel BR 38. A figura a seguir foi extraída do MS Excel e apre-
na qual a célula B1 contém a fórmula senta as células A1, B1 e C1 preenchidas com
=SE(A1>10;A1*0,3;A1*0,5)+A$2 números (formato numérico) e selecionadas.

Dado que as células A1 e A2 contêm, respectiva-


mente, os valores 10 e 12, assinale o valor exibido
na célula B1.

A) 12
B) 14
C) 17
Se o usuário utilizar a opção de mesclar células e
D) #NOME?
centralizar nesse momento, o resultado será uma
E) #VALOR!
única célula com o valor

A) 1
36. Observe o trecho de uma planilha Excel exibido
B) 123
a seguir.
C) 2
D) 3
E) 6

39. Considere uma planilha do MS Excel 2010 BR


cujas células A1, A2 e A3 contêm, respectiva-
mente, os valores 10, 30 e 40. Na célula C1, foi
A fórmula existente na célula C5 deve ser: digitada a fórmula =(A1+A2+A3)/4 e todas as
demais células da planilha permaneceram into-
A) =B2.MÉDIA(A1;A4) cadas. Sabendo-se que a célula C1 foi copiada
B) =B2 + MÉDIA(A:1..A4) por meio da combinação Ctrl-C e colada, com
C) =B:2*MÉDIA(A1:4) Ctrl-V, na célula E1, o valor exibido nesta última
D) =B2*MÉDIA(A1:A4) é:
E) =B$2*MÉDIA(A14)
A) 0
B) 5
37. Observe a seguinte planilha elaborada no Mic- C) 20
rosoft Excel. D) 22,5
E) 80

40. A respeito de sistemas operacionais e de apli-


cativos de edição de textos e planilhas, julgue o
item a seguir.

Devido à capacidade ilimitada de linhas de suas


planilhas, o aplicativo Excel pode ser utilizado como
um banco de dados para tabelas com mais de um
A fórmula contida na célula B6 é: milhão de registros.

A) =SOMA(B2;B5) Certo
B) =MÉDIA(B3:B5) Errado
C) =CONT.NÚM(B2:B5)
D) =B2*2
E) =B4
INFORMÁTICA
55

INTERNET Está correto o que se afirma APENAS em

41. A respeito da comunicação de dados e de as- a) I e II.


pectos a ela relacionados, julgue os itens a se- b) II e III.
guir. TCP (transmission control protocol) é um c) II e IV.
protocolo orientado a conexões, confiável, que d) I e IV.
permite que um fluxo de dados entre duas má- e) I, III e IV.
quinas conectadas em rede seja entregue sem
erros.
44. Julgue o item subsequente, a respeito de con-
Certo ceitos e modos de utilização de tecnologias, fer-
Errado ramentas, aplicativos e procedimentos associa-
dos à Internet.

42. Com relação a informática e processo digital, ju- Por meio de uma aplicação de acesso remoto, um
lgue o item que se segue. computador é capaz de acessar e controlar outro
computador, independentemente da distância física
Apesar de a Internet ser uma rede mundial de acesso entre eles, desde que ambos os computadores este-
amplo e gratuito, os usuários domésticos a utilizam jam conectados à Internet.
por meio de algum provedor de acesso à Internet,  
isto é, uma empresa privada que cobra pelo acesso Certo
ao serviço. Errado

Certo
Errado 45. A respeito de computação em nuvem, julgue o
próximo item.

43. Responda corretamente: A Intranet A computação em nuvem do tipo software as a ser-


vice (SaaS) possibilita que o usuário acesse aplica-
I. é uma rede particular de computadores que uti- tivos e serviços de qualquer local usando um com-
liza o protocolo TCP/IP, utilizado pela internet. putador conectado à Internet.
A diferença entre elas é que uma intranet per-
tence a uma empresa ou organização e é utiliza- Certo
da pelos seus funcionários e pessoas que ten- Errado
ham autorização para acessá-la. 
II. apesar de ser considerada uma internet interna,
não permite que computadores localizados re- 46. Com relação a conceitos básicos de informática,
motamente, mesmo que em uma filial, acessem julgue o item que se segue.
o conteúdo de servidores que estejam na matriz
ou sede da organização.  As intranets utilizam tecnologias da Internet para
III. para evitar a intrusão de agentes mal intencio- viabilizar a comunicação entre os empregados de
nados, precisa utilizar um firewall, equipamen- uma empresa, permitindo-lhes compartilhar infor-
to de hardware que compartilha recursos com mações e trabalhar de forma colaborativa.
outros aplicativos, que impede e bloqueia todos
os acessos indevidos.  Certo
IV. pode ser utilizada pelo departamento de TI, Errado
para disponibilizar aos colaboradores um
sistema de abertura de chamados técnicos,
ou pelo RH, para disponibilizar formulári-
os de alteração de endereço, ou de vale
transporte, dentre outras possibilidades. 
INFORMÁTICA
56

47. Uma rede de computadores apresenta as se- SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO


guintes características: utiliza protocolo TCP/IP,
é embasada no modelo web, oferece serviços de 51. No item seguinte, referente a conceitos de or-
email, transferência de arquivos e acesso a pá- ganização e de gerenciamento de informações
ginas HTTP a um conjunto restrito de usuários e segurança da informação, é apresentada uma
internos de uma empresa, para troca de infor- situação hipotética, seguida de uma assertiva a
mações corporativas. ser julgada.

As características dessa rede de computadores são Mateus tem em seu computador o Windows 10 e
típicas de um firewall pessoal instalado que funciona correta-
  mente. Nessa situação, embora esteja funcionando
A) rede de correio eletrônico. corretamente, o firewall não é suficiente para conter
B) extranet. vírus e(ou) perdas de arquivos devidas a eventual
C) Internet. falta de becape.
D) intranet.
E) World Wide Web (WWW). Certo
Errado

48. A Internet apresenta como característica o fato


de 52. Alguns e-mails se assemelham a outras formas
de propaganda, como a carta colocada na caixa
a. ter seus conteúdos disponibilizados controlados de correio, o panfleto recebido na esquina e a
pelo registro.br. ligação telefônica ofertando produtos.
b. ser controlada de forma global pela ARPANET (Ad-
vanced Research Projects Agency Network). Fonte: CERT.br/NIC.br
c. ser restrita aos usuários de uma rede corporativa.
d. ter criptografia nativa em todas as comunicações. Os e-mails não solicitados, às vezes com propagan-
e. ser formada por diferentes redes. da, que geralmente são enviados para um grande
número de pessoas são denominados

49. Os atalhos de teclado ajudam o usuário de com- A) Feed RSS.


putador a executar uma funcionalidade em B) Tópico.
determinado software de forma rápida, elim- C) Spam.
inando a necessidade de vários cliques com o D) Assinatura.
mouse, em determinados casos. No programa E) Threading.
de navegação Internet Explorer 10, por exemp-
lo, o uso do atalho constituído pelas teclas CTRL
e J fará que uma lista de downloads seja exibida. 53. O processo de proteção da informação das
ameaças caracteriza-se como Segurança da In-
Certo formação. O resultado de uma gestão de segu-
Errado rança da informação adequada deve oferecer
suporte a cinco aspectos principais:

50. O Google Chrome e o Internet Explorer – pro- I. Somente as pessoas autorizadas terão acesso às
gramas para navegação na Web – possuem informações.
opção para se apagar o histórico de navegações, II. As informações serão confiáveis e exatas. Pes-
a qual faz que os sítios visitados sejam bloquea- soas não autorizadas não podem alterar os da-
dos e não mais sejam visitados pelo usuário. dos.
III. Garante o acesso às informações, sempre que
Certo for necessário, por pessoas autorizadas.
Errado
INFORMÁTICA
57

IV. Garante que em um processo de comunicação e. worm é um conjunto de programas e técnicas que
os remetentes não se passem por terceiros e permite esconder e assegurar a presença de um
nem que a mensagem sofra alterações durante invasor ou de outro código malicioso em um com-
o envio. putador comprometido.
V. Garante que as informações foram produzidas
respeitando a legislação vigente. Os aspectos GABARITO CESPE
elencados de I a V correspondem, correta e re- 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
spectivamente, a: E A A E C B E D D B D E E E

15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
a. integridade − disponibilidade − confidencialidade E B C A C C D C E C C C B C
− autenticidade − legalidade. 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42
b. disponibilidade − confidencialidade − integridade B E A E C C C D C A B E C C

− legalidade − autenticidade. 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55
D C C C D C C E C C C C C
c. confidencialidade − integridade − disponibilidade
− autenticidade − legalidade.
d. autenticidade − integridade − disponibilidade − le-
galidade − confidencialidade.
e. autenticidade − confidencialidade − integridade −
disponibilidade − legalidade.

54. O tipo de código malicioso que torna inacessíveis


os dados armazenados em um equipamento,
usando geralmente criptografia, e que exige pa-
gamento de resgate para restabelecer o acesso
ao usuário é o:

A) Backdoor;
B) Cavalo de troia (trojan);
C) Ransomware;
D) Spyware;
E) Keylogger.

55. Segundo a Cartilha de Segurança para Internet


(http://cartilha.cert.br/malware/), códigos ma-
liciosos (malware) são programas especifica-
mente desenvolvidos para executar ações dano-
sas e atividades maliciosas em um computador.
Sobre códigos maliciosos, é correto afirmar que:
a. spyware é um programa que permite o retorno de
um invasor a um computador comprometido, por
meio da inclusão de serviços criados ou modifica-
dos para esse fim;
b. backdoor é um programa capaz de se propagar au-
tomaticamente pelas redes, enviando cópias de si
mesmo, de computador para computador;
c. bot é um programa que dispõe de mecanismos de
comunicação com o invasor que permitem que ele
seja controlado remotamente;
d. rootkit é um programa projetado para monitorar as
atividades de um sistema e enviar as informações
coletadas para terceiros;

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